Hoje Macau PolíticaLAG | Académicos defendem prudência nas despesas Os académicos Loi Hoi Ngan e Davis Fong defenderam, segundo o canal chinês da Rádio Macau, que nas próximas Linhas de Acção Governativa (LAG), relativas a 2026, o Executivo deve estar atento à manutenção da despesa pública dentro dos limites das receitas e apoiar, de forma mais precisa, os grupos vulneráveis da sociedade. Loi Hoi Ngan, professor associado da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais da Universidade Politécnica de Macau, argumentou que há factores externos a causarem impacto em Macau, e caso as despesas financeiras fixas sejam demasiadas, isso não trará benefícios à saúde financeira do território. Já Davis Fong, professor da Faculdade de Gestão de Empresas da Universidade de Macau, apontou que a recuperação económica ainda não é tão forte como a subida do número de visitantes, pelo que a incerteza económica vinda do exterior pode continuar até ao próximo ano. Por esta razão, Davis Fong pede uma atitude prudente da parte do Executivo, devendo ser elaboradas políticas de apoio aos negócios dos bairros comunitários que têm recuperado de forma mais lenta.
Hoje Macau EventosIIM | Exposição de fotografia inaugurada no final do mês No próximo dia 27 de Novembro, quinta-feira, a partir das 18h30, vai ser inaugurada a exposição de fotografias “À descoberta de Macau e Hengqin”. A iniciativa do Instituto Internacional de Macau (IIM) é patrocinada pela Fundação Macau, em co-organização com a Associação de Fotografia Digital de Macau, a Associação dos Embaixadores do Património de Macau, a Halftone – Macao Photographic Association e a Macau Cable TV, tendo ainda a colaboração da Associação dos Jovens Macaenses, a Language Exchange and Culture Promotion (LECPA) e o Clube Leo Macau Central. Segundo uma nota do IIM, trata-se de uma iniciativa que visa “estimular o conhecimento da população, especialmente entre os mais jovens, das riquezas patrimoniais e das tradições que enformam a cultura de Macau, incluindo as atracções da Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin”. Destaca-se “a participação significativa dos residentes de Macau e também de participantes do exterior, tendo recebido a candidatura de mais de 200 fotografias a concurso, findo no passado dia 6 de Outubro. O júri foi constituído por António Monteiro, do IIM, Yuen Wai Man e Cheong Chi Keong, em representação da Associação de Fotografia Digital de Macau, Cheong Hio I, da Associação dos Embaixadores do Património de Macau, e José Sales Marques, ligado à Halftone. Após avaliação dos trabalhos apresentados, foram classificados nos primeiros lugares, na categoria de Residentes de Macau, Lei Heong Ieong, Kou Wai In e Chan Chi Pan, enquanto que na categoria geral foram classificados Alka Li, Wyatt Lin e Ng Pak Lun, além de cinco obras premiadas com menção honrosa e de um prémio especial apresentado por sócio da Associação de Fotografia Digital de Macau. A exposição, aberta ao público interessado, terá lugar na sala de actividades do Jardim Cidade das Flores na Taipa, até ao dia 9 de Dezembro do corrente ano.
Hoje Macau EventosFRC | Historiadora da USJ fala hoje sobre o “Pai dos Tufões” Os interessados em história, nomeadamente na história dos tufões e dos serviços meteorológicos no território, podem hoje, 5 de Novembro, deslocar-se à Fundação Rui Cunha para assistir à sessão “O ‘Pai dos Tufões’: Ernesto Gherzi”, protagonizada pela historiadora Priscilla Roberts. A docente da Universidade de São José vai abordar a vida deste homem, nascido em finais do século XIX, e do trabalho dos serviços meteorológicos na década de 50 A Fundação Rui Cunha (FRC) acolhe hoje, 5 de Novembro, a partir das 19h, mais uma conferência ligada à história de Macau, intitulada “O ‘Pai dos Tufões’: Ernesto Gherzi (1886-1973) e o Serviço Meteorológico de Macau, 1950-1954”, com a historiadora Priscilla Roberts, actualmente professora associada da Universidade de São José (USJ). Esta sessão insere-se no “Ciclo de Palestras Públicas de História e Património”, tratando-se de uma parceria regular entre a FRC e o Departamento de História e Património da USJ. A sessão de hoje aborda “uma história que merece ser contada”, descreve uma nota da FRC, nomeadamente sobre a figura do padre Ernesto Gherzi, “eminente meteorologista jesuíta e especialista em tufões, que passou mais de quatro anos em Macau no início da década de 1950, vivendo no Seminário de São José e trabalhando como director adjunto do Observatório de Macau”. Citada pela nota, a docente e investigadora explica que “após quase trinta anos a trabalhar no Observatório de Zikawei, em Xangai, Gherzi foi forçado a abandonar a China em 1949”, com a instauração da República Popular e a saída em massa de ordens religiosas e de população estrangeira. Depois, “com alguma astúcia”, o “Bispo de Macau, Dom João de Deus Ramalho, e o Governador de Macau, Albano Rodrigues de Oliveira, viram no exílio de Xangai de Gherzi uma oportunidade para a sua própria cidade”. Trabalho de modernização Gherzi, descrito como tendo “uma personalidade marcante”, e “um verdadeiro homem do Renascimento, organista, compositor e poeta”, trabalhou em Macau durante quatro anos para “modernizar as instalações do Observatório de Macau e para aumentar a sua visibilidade local e internacional”. Assim, “os seus esforços foram o elemento central de um programa de melhorias comunitárias lançado por Oliveira [governador] para demonstrar a confiança portuguesa na capacidade de Macau para sobreviver e prosperar”, é referido na mesma nota. Priscilla Roberts é uma historiadora britânica que, ao longo da sua carreira académica, pesquisou aspectos das transições internacionais de poder, e o papel das elites, como pessoas anónimas ou instituições, na elaboração da política externa dos EUA, da Grã-Bretanha e dos domínios britânicos. A investigadora leccionou muitos anos na Universidade de Hong Kong, tendo recebido diversas bolsas de investigação de entidades em Hong Kong, Estados Unidos, Grã-Bretanha, Canadá, Austrália e Macau, onde actualmente reside. Tem igualmente extensa obra publicada, com 32 livros de autoria única, além de artigos vários em periódicos e capítulos em livros de co-autoria. Priscilla Roberts tem doutoramento em História pelo King’s College de Cambridge, no Reino Unido. Desde que se mudou para Macau que a docente “desenvolveu um forte interesse pela história do território, nomeadamente sobre o seu significado no contexto global”, é descrito na nota da FRC.
Hoje Macau SociedadePJ | Apreendidas metanfetaminas no valor de 2,1 milhões de patacas Dois homens da Malásia foram detidos ao entrar em Macau, pela Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau, na posse de 718 gramas de metanfetaminas, avaliadas em 2,15 milhões de patacas. A operação da Polícia Judiciária (PJ) foi revelada ontem. Os homens estavam a utilizar Macau como ponto de passagem, uma vez que o destino final foi indicado pelas autoridades como “um país na Oceânia”. De acordo com o jornal Ou Mun, um dos detidos tem 21 anos e declarou ser vendedor ambulante. O outro, tem 33 anos e afirmou encontrar-se desempregado. Após a detenção, os dois homens confessaram o crime e afirmaram que tinham recebido 19 mil patacas de uma rede internacional de tráfico de drogas. O montante de 19 mil patacas teria depois de ser dividido pelos dois e apenas seria recebido quando as drogas chegassem ao destino final. A detenção aconteceu quando o detido mais novo tentou entrar em Macau. Na sua bagagem foram encontrados três sacos com as metanfetaminas. Após o colega ser abordado pelas autoridades, o detido de 33 anos tentou deixar rapidamente o local, mas como estava a ser controlado acabou também por ser detido. Os dois homens confessaram ainda que uma vez entrados em Macau, o objectivo passava por se dirigem ao aeroporto e deixarem a RAEM. A PJ indicou ir continuar a investigar o caso para apurar a proveniência dos estupefacientes.
Hoje Macau SociedadeCasa Sun Yat Sen | Taiwan investe 1,9 milhões de patacas No próximo ano, as autoridades de Taiwan vão gastar cerca de 1,9 milhões de patacas com a manutenção da Casa Comemorativa Sun Yat Sen. A revelação, de acordo com o portal Storm Media Group, surgiu no âmbito das discussões no parlamento sobre o orçamento da antiga Formosa para 2026. A medida não deixou de causar polémica, dado que este valor representa um aumento superior a 300 por cento em comparação com os gastos do ano em curso, que se ficaram pelas 470 mil patacas. Os representantes do Executivo local explicaram a diferença com o facto de a Casa Comemorativa Sun Yat Sen ter passado a ser património classificado na RAEM, o que torna obrigatório que os planos de manutenção sejam aprovados pelo Instituto Cultural. Este aspecto conduziu a um aumento dos custos de manutenção. A justificação foi aceite, mas não deixou de causar polémica, dado que os deputados da oposição esperavam que as autoridades de Taiwan tivessem apresentado o plano com as obras a realizar. A Casa Comemorativa Sun Yat Sen tem como proprietário o Conselho dos Assuntos do Interior, através da empresa APHS Serviços de Viagem de Hong Kong. Foi construída em 1912, como residência de Lu Muzhen, primeira mulher do homem conhecido como o “Pai da China Moderna”. Apesar de Sun se ter divorciado da mulher em 1915, para casar com Soong Ching-ling, uma das três irmãs Soong e mais tarde uma das figuras em destaque no Partido Comunista Chinês, Lu e os filhos permaneceram na residência de Macau. Foi nesta habitação que Lu Muzhen morreu, em Setembro de 1952, então com 85 anos de idade.
Hoje Macau SociedadeDSAMA | Praias sem vigia desde fim de Outubro As praias do território deixaram de ter vigia em Novembro por ter chegado ao fim a época balnear. O aviso em português foi emitido ontem pela Direcção dos Serviços de Assuntos Marítimos e de Água (DSAMA), quatro dias depois de as praias deixarem de ter vigilância. “A partir desta data [31 de Outubro], os nadadores-salvadores deixarão de estar presentes nas praias, os postos de primeiros socorros suspenderão as suas operações e a Direcção dos Serviços de Assuntos Marítimos e de Água procederá à remoção das boias que delimitam as zonas balneares”, foi indicado. “A DSAMA apela ao público que adopte cuidados redobrados e tenha especial atenção à segurança ao nadar, brincar na água ou praticar actividades aquáticas em praias não vigiadas”, foi acrescentado. A mesma fonte indica que durante a época balnear deste ano foram prestados “169 atendimentos paramédicos”, não detalhados, nas praias de Hác Sá e Cheoc Van. “Após o encerramento da época balnear, a DSAMA prosseguirá com inspecções regulares às praias e às zonas costeiras”, foi prometido. “Uma vez que os nadadores-salvadores deixam de estar de serviço fora da época balnear, a DSAMA exorta os utilizadores das praias a suspenderem todas as actividades aquáticas sempre que sejam emitidos avisos de bola preta ou em caso de condições meteorológicas adversas, de modo a preservar a segurança”, foi alertado.
Hoje Macau PolíticaJogos electrónicos | Chao Ka Chon quer desenvolvimento do sector O deputado Chao Ka Chon propôs ontem o desenvolvimento local do sector dos jogos electrónicos, podendo o território servir de interlocutor entre a China e o Brasil, “o maior mercado” de utilizadores dos jogos chineses na América do Sul. O deputado notou que o sector está “a crescer significativamente” na China e referiu na Assembleia Legislativa (AL) que este “não só cria benefícios económicos directos e abundantes, como também contribui para a inovação em indústrias relacionadas”. O legislador, do grupo de membros nomeados pelo Governo, apresentou dados do panorama chinês no plenário: no primeiro semestre de 2025, apontou, só em Xangai, o volume total de vendas de jogos ‘online’ foi de 93,6 mil milhões de patacas, com um aumento homólogo de 10,8 por cento. Desse total, as vendas de jogos no exterior foram de 16,3 mil milhões de patacas, um crescimento homólogo de 11,12 por cento, concretizou. O também vice-presidente da direcção da Associação Promotora das Ciências e Tecnologias de Macau sugere criar localmente entidades especializadas na captação de investimento para o sector. Além disso, avaliou, há que aproveitar as “condições favoráveis de Macau”, como a “baixa taxa de impostos face ao nível elevado de receitas” e “a ligação ilimitada da internet ao exterior”. Condições que, avaliou, “sobressaem comparativamente à complexidade dos pedidos de ligação à rede exterior no Interior da China, às dificuldades das empresas do interior da China de recorrer à Apple Store e ao Google Play, entre outros recursos para conseguir o emparelhamento dos negócios, e dificuldades de circulação de capitais dentro e fora do país”.
Hoje Macau PolíticaMetais preciosos | Macau define novos padrões de pureza e marcação Macau aprovou uma actualização da lei sobre a pureza do ouro e da platina vendidos no território, revogando um regulamento com 20 anos, para melhor proteger os consumidores e modernizar o sector, acompanhando alterações semelhantes em mercados concorrentes. A norma, ontem apresentada na Assembleia Legislativa pelo secretário para a Economia e Finanças, Tai Kin Ip, do executivo da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM) estabelece que a pureza do ouro maciço deve ser não inferior a 999 por 1000 partes da liga (999‰), enquanto a da platina é fixada em, pelo menos, 990‰. O padrão 999‰ é o mais comum para investimento, quer através de barras ou de moedas. Em declarações aos deputados, Tai afirmou que a revisão da lei visa estimular “a competitividade do sector de ourivesaria”, importante em Macau, e “reforçar a protecção dos direitos e interesses do consumidor”. “Os artigos de ourivesaria em ouro são dos artigos valiosos mais procurados pelos residentes e turistas”, salientou Tai Kin Ip, justificando a medida com a necessidade de manter a qualidade dos produtos numa “cidade de turismo e de compras de alta qualidade” como Macau. O governante explicou que o novo regulamento tomou como referência a legislação da Região Administrativa Especial de Hong Kong (RAEHK) e os sistemas jurídicos da China continental, de Taiwan e de Portugal. A actualização normativa, segundo o secretário, articula-se também com a “procura do mercado” e pretende “promover o desenvolvimento saudável do sector”, materializando o posicionamento de Macau como centro mundial de turismo e lazer. A aquisição de ouro é uma tradição enraizada na cultura chinesa, particularmente durante o Ano Novo, e para celebrações de casamento.
Hoje Macau Grande PlanoVenezuela | Maduro declara que país jamais será derrotado O Presidente da Venezuela declarou ontem que o país jamais será derrotado e que o povo venezuelano vai responder ao que considerou ser uma guerra psicológica orquestrada pelos Estados Unidos. Em declarações à estação de televisão oficial venezuelana VTV, Nicolás Maduro afirmou que as autoridades e o povo da Venezuela vão responder com trabalho e conquistas à “guerra psicológica”, referindo-se à Administração norte-americana como “canalhas mediáticos” de Miami. “Como se diz ‘imbecil’ em inglês?” perguntou Maduro, alertando aqueles “que querem fazer mal” nunca vão conseguir derrotar a Venezuela. Washington intensificou operações militares ao largo da Venezuela, nos últimos dias, reiterando acusações contra Maduro de que promove o tráfico de estupefacientes. O chefe de Estado norte-americano, Donald Trump, autorizou também novos ataques contra embarcações, alegadamente, pertencentes a redes de tráfico de droga, perto da costa venezuelana. Maduro acrescentou que as forças de segurança venezuelanas apreenderam 63 toneladas de droga desde o início do ano. Por outro lado, o líder venezuelano denunciou ainda a tentativa de entrada na Venezuela de dois aviões ligados ao narcotráfico. No mesmo discurso, Maduro declarou que a Venezuela e a Rússia estão a progredir na cooperação militar, que descreveu como tranquila e frutífera. Contacto diário Questionado sobre os contactos entre Caracas e Moscovo no âmbito “das ameaças” dos Estados Unidos, Maduro afirmou que o governo mantém uma comunicação diária com o Presidente russo, Vladimir Putin, sobre “várias questões em desenvolvimento”, incluindo assuntos militares. No domingo, a Presidência da Rússia admitiu ter mantido contactos com a Venezuela sobre um possível pedido de ajuda de Maduro a Putin. Paralelamente, a República Popular da China afirmou que se verifica uma cooperação normal entre Pequim e Caracas. O jornal norte-americano Washington Post noticiou que o Presidente venezuelano pediu ajuda à Rússia, à China e ao Irão para defender o país da pressão dos Estados Unidos. Para Pequim, trata-se de uma cooperação entre Estados soberanos e que não é dirigida contra terceiros. A porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês Mao Ning disse, em conferência de imprensa, que a China apoia o reforço da cooperação internacional para combater o “crime transnacional” e opõe-se ao uso ou à ameaça de tal força nas relações internacionais.
Hoje Macau China / ÁsiaFilipinas | Tufão Kalmaegi causa dois mortos e inundações Com ventos que chegaram a atingir mais de 200 quilómetros por hora, o Kalmaegi continua a espalhar o caos no arquipélago asiático Quase 400 mil pessoas foram retiradas das suas casas para escapar às inundações provocadas pelas fortes chuvas e ventos intensos do tufão Kalmaegi, que varreu ontem o arquipélago e matou pelo menos duas pessoas. O vice-director do Departamento de Protecção Civil, Rafaelito Alejandro, disse a uma rádio local que 387 mil pessoas foram retiradas da rota do tufão e que um homem morreu atingido por uma árvore que caiu na província de Bohol (centro). Um idoso morreu também afogado na província de Leyte, no sul das Filipinas, informou Danilo Atienza, chefe da equipa de assistência às vítimas. “O idoso ficou preso no piso superior e não conseguiu receber ajuda”, relatou Atienza, à rádio DZMM. O tufão atingiu a costa vindo do leste do arquipélago na noite de segunda-feira, atingindo as ilhas Dinagat, no arquipélago de Visayas (leste), com rajadas de vento que atingiram 205 quilómetros por hora, segundo o serviço meteorológico. Rhon Ramos, oficial de informações da ilha de Cebu (centro), disse à agência de notícias France-Presse (AFP), por telefone, que alguns centros de evacuação também foram inundados. Carros flutuavam nas ruas inundadas da cidade de Cebu, com cerca de um milhão de habitantes, segundo imagens obtidas pela AFP. Centenas de pessoas que viviam em tendas em acampamentos montados após o sismo de magnitude 6,9 que atingiu a ilha no final de setembro também foram “evacuadas à força para a sua própria segurança”, disse Ramos. A secretária-geral da Cruz Vermelha das Filipinas, Gwendolyn Pang, disse que muitos residentes ficaram presos em telhados pelas águas das cheias na cidade costeira de Liloan, na província de Cebu. “Recebemos muitos telefonemas de pessoas a pedir resgate de telhados e casas, mas é impossível”, disse Pang à agência de notícias Associated Press. “Há muitos destroços, vemos carros a flutuar, por isso temos de esperar que a inundação baixe”, explicou. Combinações malditas O Instituto Filipino de Vulcanologia e Sismologia alertou que as fortes chuvas poderiam provocar fluxos de lama vulcânica no Monte Kanlaon, um dos 24 vulcões mais activos do país, que tem vindo a emitir plumas de cinzas e vapor nos últimos meses, na ilha de Negros (centro). As autoridades filipinas tinham na segunda-feira ordenado a retirada de milhares de pessoas e o encerramento de escolas e repartições públicas face à aproximação do Kalmaegi, conhecido localmente como Tino, o 20.º tufão a atingir o país em 2025. A meteorologista Charmaine Varilla prevê que mais “três a cinco” tempestades tropicais atinjam as Filipinas até ao final do ano. O fenómeno climático La Niña, que arrefece as temperaturas à superfície no Oceano Pacífico, é geralmente acompanhado por um maior número de tufões, disse Varilla à AFP. As Filipinas são atingidas por cerca de 20 tufões e tempestades tropicais por ano, sobretudo durante a época das chuvas, que vai geralmente de Junho até Novembro ou Dezembro.
Hoje Macau China / ÁsiaEUA / Nigéria | China rejeita “ameaças de sanções e uso de força militar” A China rejeitou ontem as ameaças de sanções e intervenção militar dos Estados Unidos contra a Nigéria, após Donald Trump acusar o Governo nigeriano de permitir a matança de cristãos. “Enquanto parceiro estratégico abrangente, a China apoia firmemente o Governo nigeriano nos seus esforços para conduzir o povo por um caminho de desenvolvimento compatível com as suas condições nacionais”, declarou a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês Mao Ning, em conferência de imprensa. Mao afirmou que Pequim “se opõe à ingerência de qualquer país nos assuntos internos de outros, sob pretexto da religião ou dos direitos humanos”. Num texto publicado na rede social Truth Social, Donald Trump escreveu: “Se o Governo nigeriano continuar a permitir a matança de cristãos, os Estados Unidos irão suspender de imediato toda a ajuda e assistência à Nigéria, podendo mesmo intervir nesse país agora desacreditado, com recurso a armas, para eliminar por completo os terroristas islâmicos que estão a cometer essas atrocidades horríveis”. O republicano acrescentou que vai ordenar ao Departamento de Defesa que se prepare para uma “possível acção”, garantindo que essa eventual intervenção militar será “rápida, impiedosa (…), tal como os terroristas atacam os nossos queridos cristãos”, e apelou ao Governo da Nigéria para que “aja rapidamente”. O executivo nigeriano, liderado pelo Presidente, Bola Ahmed Tinubu, rejeitou as acusações, considerando que “não reflectem a realidade no terreno”.
Hoje Macau China / ÁsiaCondenados à morte cinco membros de rede criminosa de burlas no Myanmar Um tribunal da cidade chinesa de Shenzhen condenou ontem à pena de morte cinco membros de uma rede criminosa implicada em fraudes transnacionais com base no Myanmar (antiga Birmânia), segundo a imprensa oficial. Outros dois arguidos receberam penas capitais com suspensão de dois anos, o que na prática poderá resultar em prisão perpétua, dependendo do comportamento durante o período de suspensão, anunciou o Tribunal Popular Intermédio de Shenzhen, através da sua conta oficial na rede social WeChat. O tribunal impôs ainda cinco penas de prisão perpétua e outras nove condenações a penas entre três e 20 anos de reclusão, bem como sanções adicionais, incluindo multas, confisco de bens e expulsão do país. De acordo com a sentença, o grupo era liderado por membros do clã Bai e operava a partir da região de Kokang, no norte do Myanmar, onde estabeleceu e geria 41 complexos com recurso à sua influência local e uma força armada própria. Estes complexos atraíam alegados ‘investidores’ ou ‘patrocinadores’, que sob protecção armada participavam em actividades como fraudes ‘online’, abertura de casinos, homicídios, agressões, raptos, extorsões, tráfico humano e prostituição forçada, além de facilitar travessias ilegais de fronteira. O tribunal deu como provado que o grupo gerou movimentos financeiros ilegais superiores a 29 mil milhões de yuan e que as suas actividades resultaram na morte de seis cidadãos chineses, além de um suicídio e vários feridos. Os réus foram condenados por crimes de burla, homicídio intencional, agressão com dolo e outros 11 crimes. As penas foram determinadas com base na gravidade, natureza e impacto social dos atos cometidos. Em curso O caso insere-se na campanha lançada por Pequim contra redes de cibercrime com base no Myanmar, onde grupos armados de origem chinesa têm controlado, há anos, enclaves dedicados a burlas ‘online’, prostituição e jogo ilegal. Nos últimos meses, as autoridades chinesas anunciaram também o desmantelamento dos clãs Ming, Wei e Liu, apontados como outras das principais famílias criminosas da área de Kokang. Após o golpe de Estado de Fevereiro de 2021, que mergulhou o Myanmar na instabilidade, registou-se uma proliferação de centros de cibercrime nas zonas fronteiriças com a China, aproveitada por vários grupos de crime organizado. Segundo um relatório das Nações Unidas, pelo menos 120 mil pessoas estão actualmente detidas em centros situados no país, onde são forçadas a cometer fraudes cibernéticas. As vítimas, atraídas por falsas ofertas de emprego, são mantidas em complexos fechados semelhantes a prisões e obrigadas a operar burlas ‘online’ sob condições de “violência extrema”, denunciaram entidades internacionais.
Hoje Macau China / ÁsiaPequim alerta para tentativas de espionagem dirigidas a estudantes universitários A China alertou ontem para um aumento das tentativas de espionagem contra estudantes universitários, através de falsas ofertas de trabalho ou parcerias académicas feitas por agentes estrangeiros, visando aceder a informação sensível. Num artigo publicado na conta oficial na plataforma chinesa WeChat – semelhante ao WhatsApp –, o Ministério da Segurança do Estado (MSS, na sigla em inglês), principal órgão de inteligência do país, descreve um “caso típico” em que um estudante de mestrado, identificado apenas pelo apelido Jin, foi recrutado através de um fórum universitário por alguém que se fazia passar por diplomata de uma embaixada estrangeira no país asiático. O estudante começou por reunir dados económicos de acesso público e redigir relatórios, em troca de dinheiro. Mas, com o tempo, o contacto passou a pedir-lhe informações sobre “áreas sensíveis”, como política, energia ou assuntos internacionais, além de lhe apresentar um contrato de consultadoria com salário mensal. “Quando começou a suspeitar da verdadeira identidade do seu empregador, Jin decidiu cortar o contacto”, refere o comunicado, acrescentando que o alegado diplomata foi posteriormente identificado como agente de inteligência estrangeiro. As autoridades confiscaram os lucros obtidos pelo estudante e emitiram-lhe um aviso formal, considerando que cessou a colaboração antes de causar danos à segurança nacional. Disfarces múltiplos O MSS sublinha que os serviços secretos estrangeiros “aumentaram os seus esforços de infiltração”, com ofertas personalizadas para jovens talentos, disfarçadas de bolsas de estudo, estágios ou trabalho a tempo parcial. “Os estudantes devem manter-se vigilantes e não se deixar enganar por supostos intercâmbios académicos ou empregos altamente remunerados”, adverte o texto. O ministério lembra ainda que a Lei Contraespionagem da República Popular da China prevê sanções penais para quem participe em atividades de espionagem, mas contempla a indulgência ou isenção de pena para os que se entreguem voluntariamente ou colaborem com as autoridades. Nos últimos meses, o MSS tem divulgado vários casos semelhantes, alertando para recrutamentos encobertos, divulgação de informação classificada e o uso de redes sociais e plataformas de emprego como ferramentas de espionagem estrangeira.
Hoje Macau China / ÁsiaDiplomacia | Relação com Moscovo é “escolha estratégica”, diz Xi Jinping O líder chinês defendeu, num encontro em Pequim com o primeiro-ministro russo, a cooperação com Moscovo apesar do “ambiente turbulento” internacional O Presidente chinês, Xi Jinping, afirmou ontem que salvaguardar, consolidar e desenvolver as relações com a Rússia constitui uma “escolha estratégica” para ambos os países, durante um encontro com o primeiro-ministro russo, Mikhail Mishustin, em Pequim. Xi destacou que a cooperação bilateral “tem avançado com determinação, apesar de um ambiente externo turbulento” e manifestou disponibilidade para alinhar o 15.º Plano Quinquenal da China com as estratégias de desenvolvimento económico e social da Rússia, de modo a “promover um crescimento de maior qualidade e nível”, segundo a televisão estatal chinesa CCTV. O líder chinês, que também é secretário-geral do Partido Comunista, apelou a uma “coordenação estreita” e à implementação dos consensos alcançados com o Presidente russo, Vladimir Putin, para “expandir o bolo da cooperação” e contribuir para o desenvolvimento global e a paz mundial. Xi apelou ainda ao reforço dos intercâmbios entre os povos e sectores sociais dos dois países e à consolidação das parcerias em áreas como energia, agricultura, conectividade e indústria aeroespacial, além da exploração de novas frentes de cooperação em inteligência artificial, economia digital e desenvolvimento verde. Cooperação e consensos Mishustin transmitiu os cumprimentos de Putin e expressou a vontade de Moscovo em aprofundar a cooperação económica, científica e tecnológica com Pequim, no seguimento dos consensos alcançados pelos dois chefes de Estado. O encontro decorreu um dia depois de Mishustin se ter reunido com o primeiro-ministro chinês, Li Qiang, em Hangzhou (leste), onde afirmou que os laços entre Moscovo e Pequim “continuam a prosperar apesar das sanções ilegais do Ocidente”. Mishustin participa esta semana no 30.º encontro ordinário entre os chefes de Governo dos dois países, centrado no reforço da cooperação energética, comercial e tecnológica, numa altura em que China e Rússia aprofundam a aliança face à pressão dos Estados Unidos e da União Europeia.
Hoje Macau PolíticaSam Hou Fai diz que multilateralismo é resposta para desafios mundiais O Chefe do Executivo declarou ontem que o multilateralismo enfrenta “desafios severos”, sendo difícil enfrentar os problemas isoladamente, em declarações que vão ao encontro dos discursos oficiais da liderança chinesa, num contexto de tensão com os EUA. “As incertezas e instabilidades globais estão a aumentar. A rivalidade entre as grandes potências persiste, e os conflitos regionais eclodem com frequência. O multilateralismo e o livre comércio enfrentam desafios severos. A configuração mundial e a ordem internacional estão a sofrer mudanças aceleradas”, indicou Sam Hou Fai na cerimónia de abertura da 18.ª Convenção Mundial dos Empresários Chineses, a realizar-se em Macau. Num contexto de crescentes tensões entre as duas maiores potências económicas mundiais, a liderança chinesa tem vindo a defender a importância de combater o proteccionismo, num mundo que está a caminhar, como referiu na segunda-feira passada o chefe da diplomacia chinesa, para uma “ordem multipolar”. Palavras próximas Dirigindo-se aos empresários, Sam Hou Fai notou que actualmente é “difícil enfrentar desafios complexos actuando de forma isolada”, sendo a globalização económica “uma tendência histórica irreversível e o multilateralismo “é decididamente a escolha para resolver as dificuldades e os desafios com que o mundo se debate”. Os empresários chineses, continuou, “são uma força importante que liga a China e o mundo”, contribuindo para “o intercâmbio entre o Oriente e o Ocidente”. E “só através da consolidação do consenso e desenvolvimento conjunto”, vai ser possível alcançar “progressos mutuamente benéficos, salvaguardando, juntos, uma ordem económica mundial, equitativa, aberta, diversa e estável”, reforçou. Sobre Macau, Sam notou tratar-se de um território marcado por “estabilidade política, harmonia social, rápido desenvolvimento económico e contínua melhoria das condições de vida”. É, além disso, “um dos sistemas comerciais e de investimento mais abertos do mundo e uma das cidades mais seguras do mundo; reconhecida como a cidade asiática com maior potencial de desenvolvimento económico”. Entre 1999 e 2024, destacou o líder do Executivo, o produto interno bruto (PIB) aumentou de 51,9 mil milhões de patacas para 403,3 mil milhões, a taxa de desemprego diminuiu de 6,3 para 1,8 por cento e o número de visitantes que entram em Macau aumentou de cerca de 7,44 milhões para 34,92 milhões. “Com as garantias proporcionadas pelo princípio ‘um país, dois sistemas’ e pela Lei Básica, Macau goza do estatuto de porto franco e de zona aduaneira autónoma com um sistema simples de baixa carga fiscal e uma extensa rede do mercado internacional, sendo o ‘interlocutor de precisão’ entre a China e os países de língua portuguesa”, acrescentou.
Hoje Macau VozesCarta de Rita Santos sobre o arquivamento do processo de investigação pelo Ministério Público português Exmo. Senhor Dr. Carlos Morais José M. I. Director do Jornal Hoje Macau Serve este nosso presente pedido de publicação para confirmar que no passado dia 24 de outubro o Ministério Público de Portugal proferiu despacho de arquivamento do procedimento criminal que me foi movido na sequência de denúncias formais apresentadas por militantes do Partido Socialistas, maioritariamente residentes em Macau. Durante todo o processo colaborei sempre de forma ativa com as autoridades portuguesas na descoberta da verdade material e, com isso, na proteção do meu bom nome, honradez e carácter impoluto, suportado na confiança que a comunidade Macaense deposita em mim, a qual jamais defraudarei. Tratou-se, pelo que se me oferece conhecer, de um caso que nunca foi um caso, assente apenas em especulação, difamação e ataque de carácter, um caso típico de instrumentalização da justiça com objetivos político-partidários, mas que não colheram. E, por isso, como não poderia deixar de ser, tendo o Ministério Público feito uma investigação minuciosa, constatado que nenhuma ilegalidade fora praticada e concluído pela ausência de indícios criminais, o arquivamento é o corolário lógico e seria sempre a única e justa solução para este “não processo”. Valores como o respeito pela Lei e pela liberdade individual de cada cidadão não são para mim negociáveis e deles nunca abdicarei, pelo que jamais deixarei, como sempre o fiz, de ser uma voz ativa na defesa dos princípios democráticos e humanistas, e de ter uma participação cívica ativa na defesa dos interesses da comunidade portuguesa em Macau. Com os melhores cumprimentos. Macau , aos 31 de Outubro de 2025 . Rita Santos
Hoje Macau China / ÁsiaFilipinas e Canadá assinaram acordo de reforço na área da defesa As Filipinas e o Canadá assinaram domingo um acordo que permite às forças armadas de ambos os países treinar e operar em conjunto nos respectivos territórios, com o objetcivo de reforçar a cooperação em matéria de defesa. O acordo foi assinado durante uma visita do ministro da Defesa canadiano, David McGuinty, à nação do sudeste asiático. “Hoje [domingo] é um grande dia para as nossas duas nações. Reafirmamos o nosso compromisso de aprofundar a nossa cooperação em matéria de defesa, um compromisso para consolidar a aliança produtiva e benéfica que já mantemos”, afirmou McGuinty numa conferência de imprensa conjunta com o secretário de Defesa filipino, Gilberto Teodoro Jr., em Makati, ao sul de Manila. As negociações acerca do Acordo sobre o Estatuto das Forças Visitantes (SOVFA) entre Otava e Manila foram concluídas em Março, de acordo com um comunicado publicado na altura pelo Governo do Canadá, que indicou que o pacto “reforçará os laços militares e de defesa entre os dois países, permitindo que as Forças Armadas das Filipinas e as Forças Armadas Canadianas operem e treinem juntas nos seus respetivos territórios”. Mais segurança Teodoro Jr. classificou o SOVFA como uma demonstração de confiança que permitirá às forças armadas e aos organismos de defesa de ambos os países colaborar, tanto bilateralmente como com outros parceiros afins, para preservar a paz, prevenir a instabilidade e garantir um futuro seguro para as próximas gerações. McGuinty, por sua vez, lembrou que as Filipinas e o Canadá estabeleceram relações após o fim da Segunda Guerra Mundial, num momento em que ambas as nações buscavam “o seu lugar no mundo”, e destacou que, no âmbito da Estratégia Indo-Pacífica lançada por Otava em 2022, o seu país “reforçou” a sua presença em toda a região “por terra, mar e ar”. O secretário de Defesa filipino assegurou que o novo acordo “é fruto de extensas conversações” entre o Presidente das Filipinas, Ferdinand Marcos Jr., e o primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, que na semana npassada participou na cimeira anual da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) e países aliados na Malásia.
Hoje Macau China / ÁsiaSeul | Lançado satélite de espionagem militar espacial O último satélite, de um total de cinco que fazem parte do sistema Kill Chain, visa detectar qualquer ameaça vinda da Coreia do Norte A Coreia do Sul lançou domingo o quinto e último satélite de uma rede de espionagem militar destinada a fortalecer capacidades independentes de vigilância sobre actividades da Coreia do Norte, confirmou o ministério sul-coreano da Defesa. O satélite espião, equipado com um radar de abertura sintética (SAR), foi lançado a bordo de um foguetão Falcon 9 da empresa SpaceX às 01:09 horas na Florida, Estados Unidos (05:09 TMG), no âmbito da missão Bandwagon-4, a partir da Estação Espacial de Cabo Canaveral, naquele estado norte-americano. A colocação em órbita bem-sucedida do satélite foi anunciada cerca de 20 minutos depois pelas autoridades sul-coreanas. “A operação conjunta de cinco satélites de reconhecimento permitirá uma detecção mais rápida e precisa das provocações da Coreia do Norte”, declarou o ministério sul-coreano em comunicado. Seul completou assim a implementação da primeira rede de satélites espiões, cerca de dois anos após o lançamento, em 02 de Dezembro de 2023, do primeiro dos aparelhos, uma semana depois de Pyongyang ter anunciado ter colocado em órbita o seu próprio satélite espião, num contexto de escalada da tensão bilateral. Assim que os cinco satélites estiverem em órbita, espera-se que o país possa monitorizar a Coreia do Norte a cada duas horas, reduzindo a dependência em relação a imagens de satélite norte-americanos. Corrente mortal A Coreia do Sul espera que os cinco satélites de reconhecimento sirvam como “olhos” destinados a apoiar o sistema de ataque preventivo Kill Chain, ao permitirem a detecção rápida ou sinais de alerta precoce de um eventual ataque nuclear ou com mísseis por parte da Coreia do Norte. Kill Chain é uma plataforma de detecção de possíveis ataques inimigos e de activação de ataques preventivos com mísseis terra-terra e mar-terra a partir de Seul, apresentada em 2022. No âmbito desta campanha de vigilância espacial, Pyongyang lançou o seu primeiro satélite de espionagem militar, o Malligyong-1, em 21 de Novembro de 2023, e garantiu que lançaria mais três satélites espiões em 2024, mas não lançou nenhum outro desde que um foguetão que transportava um satélite explodiu após a descolagem em Maio do ano passado.
Hoje Macau China / ÁsiaVisita de Felipe VI deve aprofundar cooperação com Espanha O Governo chinês manifestou ontem esperança de que a próxima visita de Estado do rei de Espanha, Felipe VI, à China sirva para aprofundar a cooperação bilateral e reforçar a parceria estratégica entre os dois países. “Espanha é uma potência importante da União Europeia e um parceiro estratégico fundamental da China na Europa”, afirmou a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Mao Ning, em conferência de imprensa. Segundo Mao, as relações entre a China e Espanha “têm mantido um elevado nível de desenvolvimento nos últimos anos” e a deslocação do monarca, prevista para entre 11 e 13 de Novembro, constitui agora “uma oportunidade para consolidar a amizade tradicional, expandir a cooperação mutuamente vantajosa, reforçar os intercâmbios entre os povos, melhorar a coordenação multilateral e impulsionar a parceria estratégica integral” entre os dois países. A porta-voz acrescentou que Pequim espera que a visita “beneficie os povos de ambos os países” e contribua para “trazer maior estabilidade e dinamismo ao actual panorama internacional, marcado por turbulências”. Agenda preenchida Felipe VI e a rainha Letizia vão viajar acompanhados pelos ministros espanhóis dos Negócios Estrangeiros, José Manuel Albares, e da Economia, Carlos Cuerpo. A visita assinala o encerramento das comemorações do 20.º aniversário da Parceria Estratégica Integral entre China e Espanha, marco que, segundo o Governo espanhol, visa reforçar os “profundos” laços entre os dois países. Os reis serão recebidos oficialmente pelo Presidente chinês, Xi Jinping, e pela primeira-dama, com uma cerimónia de boas-vindas marcada para quarta-feira, dia 12, em Pequim. Felipe VI deverá também reunir-se com o primeiro-ministro, Li Qiang, e com o presidente da Assembleia Nacional Popular, Zhao Leji. A agenda da visita inclui ainda encontros empresariais e culturais, primeiro na cidade de Chengdu, no sudoeste da China, e depois na capital. Esta será a primeira visita de Estado dos reis de Espanha à China desde a deslocação de Xi Jinping a Madrid, em Novembro de 2018. O chefe do Governo espanhol, Pedro Sánchez, esteve na China em Abril passado, onde se reuniu com Xi. Nessa ocasião, Sánchez descreveu o país asiático como um “parceiro imprescindível para enfrentar os desafios globais” e defendeu o aprofundamento das relações bilaterais e entre Europa e China. A diplomacia chinesa considerou então a visita “um sucesso” e sublinhou a “determinação de ambas as partes em fortalecer os vínculos”.
Hoje Macau China / ÁsiaAntártico | Iniciada 42.ª missão para concluir base e perfurar lagos subglaciares A 42.ª expedição antártica da China partiu este fim de semana de Xangai para uma missão de sete meses, que inclui a construção da quinta base do país no continente gelado e a primeira perfuração científica em lagos subglaciais. A campanha, composta por mais de 500 especialistas de cerca de dez países e apoiada pelos navios quebra-gelo Xuelong e Xuelong 2 (“Dragão de Neve” e “Dragão de Neve 2”), tem como objectivos reforçar as infraestruturas da estação Qinling e aprofundar os estudos sobre as alterações climáticas, informou ontem o jornal oficial China Daily. Durante a missão, serão concluídas as obras de engenharia e os sistemas de energia renovável da base Qinling, inaugurada em Fevereiro de 2024 na ilha Inexpressável, no mar de Ross, segundo a Administração Polar da China. A estação foi concebida com tecnologia “inteligente” e materiais sustentáveis, combinando energia eólica, solar, de hidrogénio e geradores a gasóleo. Prevê-se que esteja totalmente operacional em Fevereiro de 2026. A equipa científica vai também realizar a primeira perfuração profunda em lagos situados sob mais de 3.000 metros de gelo, utilizando sistemas de perfuração com água quente e fusão térmica. As amostras recolhidas servirão para estudar ecossistemas isolados e a evolução do clima global. Os investigadores realizarão ainda estudos multidisciplinares sobre o impacto do aquecimento global no oceano Antártico, incluindo observações biológicas, químicas, atmosféricas e glaciares em áreas como o mar de Amundsen e a baía Prydz. O regresso da expedição à China está previsto para Maio de 2026. A China iniciou as missões científicas na Antártida em 1984 e conta actualmente com cinco estações de investigação no continente.
Hoje Macau China / ÁsiaChina rejeita acusações de Trump sobre alegados testes secretos A China rejeitou ontem as acusações de Washington de que Pequim estaria a realizar testes nucleares em segredo, e reiterou o compromisso com o “desenvolvimento pacífico” da energia nuclear e com o regime internacional de desarmamento. “Como membro permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas e Estado com armas nucleares responsável, a China está comprometida com o desenvolvimento pacífico”, afirmou a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês Mao Ning. Mao destacou que Pequim mantém uma “estratégia nuclear defensiva” e segue uma política de “não ser o primeiro país a usar” armamento nuclear em caso de conflito. A responsável assegurou que a China “honra o seu compromisso com a moratória sobre testes nucleares” e manifestou a disposição de trabalhar com todas as partes para “salvaguardar o cumprimento do Tratado de Proibição Completa de Ensaios Nucleares (CTBT)” e proteger o regime global de não-proliferação. “Esperamos que os Estados Unidos cumpram de forma rigorosa as suas obrigações no âmbito do CTBT e o seu compromisso com a moratória, adoptando ações concretas para respeitar o quadro internacional de desarmamento e não proliferação, de forma a manter o equilíbrio estratégico e a estabilidade global”, afirmou Mao, citada pelo jornal oficial Global Times. Imprensa e segredos As declarações da diplomata surgem depois de o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter afirmado, na semana passada, que autorizou a realização de testes nucleares norte-americanos “devido aos programas de testes de outros países”. Numa entrevista transmitida nas últimas horas pela cadeia norte-americana CBS, Trump insistiu que Rússia e China estão a conduzir “testes nucleares em segredo”. “A Rússia está a fazer testes e a China também, mas eles não falam sobre isso. Nós somos uma sociedade aberta. Temos que falar, porque, caso contrário, os jornalistas descobrem e publicam. Eles não têm jornalistas que escreveriam sobre isso, nós temos”, declarou o Presidente norte-americano. Segundo a CNN, um relatório divulgado em Agosto pelo Serviço de Investigação do Congresso dos EUA estimou que o país poderia realizar um teste com armas nucleares no prazo de 24 a 36 meses após ordem presidencial. Os Estados Unidos não realizam testes nucleares desde 1992, a Rússia desde 1990 e a China desde 1996.
Hoje Macau China / ÁsiaForças armadas | EUA e China acordam abrir canais de comunicação O responsável chinês da pasta da Defesa, o almirante Dong Jun, e o da pasta da Guerra, o americano Pete Hegseth, encontraram-se para acertar agulhas sobre as relações entre os dois países no campo militar O secretário da Guerra dos Estados Unidos, Pete Hegseth, anunciou domingo que Washington e Pequim vão estabelecer canais de comunicação entre as forças armadas, acrescentando que as relações bilaterais entre os dois países “nunca estiveram melhores”. Hegseth disse que conversou com o seu homólogo chinês, o almirante Dong Jun, no sábado à noite, à margem de uma reunião de segurança regional, e que ambos concordaram que “a paz, a estabilidade e as boas relações são o melhor caminho para os dois grandes e fortes países”. As declarações de Hegseth, publicadas na rede social X, foram reveladas horas depois de ter exortado as nações do Sudeste Asiático a manterem-se firmes e a reforçarem as forças marítimas para combater as acções cada vez mais “desestabilizadoras” da China no Mar da China Meridional. “As reivindicações territoriais e marítimas da China no Mar da China Meridional vão contra os compromissos de resolver disputas pacificamente”, afirmou Hegseth numa reunião com os homólogos da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) no sábado. “Buscamos a paz. Não buscamos conflitos. Mas devemos garantir que a China não esteja a tentar dominar-vos”, acrescentou. O Mar da China Meridional continua a ser um dos pontos mais voláteis da Ásia. Pequim reivindica quase toda a região, enquanto membros da ASEAN – nomeadamente as Filipinas, Vietname, Malásia e Brunei – também reivindicam a soberania em áreas costeiras e várias ilhas. As Filipinas, um importante aliado dos Estados Unidos, têm protagonizado frequentes confrontos com as forças marítimas chinesas. Manila tem repetidamente apelado a uma resposta regional mais forte, mas a ASEAN tem tradicionalmente procurado equilibrar a cautela com os laços económicos com Pequim, o maior parceiro comercial da região. Hegseth disse na rede social X que conversou com o Presidente norte-americano, Donald Trump, e que ambos concordaram que “a relação entre os EUA e a China nunca esteve melhor”. Cravo e ferradura A reunião de Trump com o Presidente chinês, Xi Jinping, na Coreia do Sul na semana passada “deu o tom para uma paz e sucesso duradouros para os Estados Unidos e a China”, acrescentou o secretário da Guerra, que deixou domingo a Malásia rumo ao Vietname. As mensagens contrastantes — uma advertência severa na reunião da ASEAN seguida por uma linguagem conciliatória na internet — sublinham o esforço de Washington para equilibrar a dissuasão com a diplomacia, no quadro de tensões crescentes com Pequim. “Trata-se de controlo de danos. Mais importante ainda, reflecte duas correntes diferentes nas relações dos Estados Unidos com a China — uma que vê a China como uma ameaça e outra como um possível parceiro”, considera a analista política do Sudeste Asiático Bridget Welsh, citada pela agência Associated Press. Hegseth instou no sábado a ASEAN a acelerar a conclusão de um Código de Conduta, há muito adiado, que está a ser negociado com a China para reger o comportamento no mar. O governante norte-americano propôs ainda o desenvolvimento de sistemas compartilhados de vigilância marítima e resposta rápida para dissuadir provocações. Uma rede de “consciência compartilhada do domínio marítimo” garantiria que qualquer membro que enfrentasse “agressão e provocação não estivesse sozinho”, justificou. Hegseth saudou igualmente os planos para um exercício marítimo ASEAN-EUA em Dezembro destinado a fortalecer a coordenação regional e defender a liberdade de navegação. Ingerências rejeitadas A China rejeita as críticas dos Estados Unidos à sua conduta marítima, acusando Washington de interferir nos assuntos regionais e provocar tensões através da presença militar. Autoridades chinesas afirmam que as suas patrulhas e actividades martítimas são legais e visam manter a segurança no que consideram território chinês. As autoridades chinesas criticaram as Filipinas no sábado, que classificaram como um elemento “desordeiro”, depois de Manila ter realizado exercícios navais e aéreos com os Estados Unidos, Austrália e Nova Zelândia no Mar da China Meridional. O exercício de dois dias, que terminou na sexta-feira, foi o 12.º que as Filipinas afirmam ter realizado com nações parceiras desde o ano passado para proteger direitos nas águas disputadas. Tian Junli, porta-voz do Comando do Teatro Sul do Exército Popular de Libertação da China, disse que o exercício prejudicou gravemente a paz e a estabilidade regionais. “Isso prova ainda mais que as Filipinas são o causador de problemas na questão do Mar da China Meridional e um sabotador da estabilidade regional”, afirmou.
Hoje Macau Manchete SociedadeHotelaria atinge um novo recorde com 10,9 milhões de hóspedes Os estabelecimentos hoteleiros acolheram mais de 10,9 milhões de hóspedes até Setembro, um novo recorde máximo para os primeiros nove meses de um ano, foi sexta-feira anunciado. De acordo com dados oficiais da Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC), este valor representa um aumento de 0,1 por cento em comparação com igual período de 2024. Além disso, é o número mais elevado desde que a DSEC começou a compilar estes dados, em 1998, ainda antes da transição de administração de Macau, de Portugal para a China. Com mais hóspedes, os estabelecimentos hoteleiros do território tiveram 89,3 por cento dos quartos ocupados entre Janeiro e Setembro, mais 3,9 pontos percentuais do que no mesmo período de 2024 e a taxa mais alta desde o início da pandemia de covid-19. No final de Setembro, Macau tinha 147 hotéis e pensões, mais três do que no ano passado e um máximo histórico, disponibilizando cerca de 45 mil quartos, referiu a DSEC. Mais hotéis Também no mês passado, estavam a ser construídos três hotéis, com um total de 204 quartos, e em fase de projecto mais nove, que poderão disponibilizar mil quartos, anunciou na sexta-feira a Direcção dos Serviços de Solos e Construção Urbana de Macau. A região recebeu nos primeiros nove meses 29,7 milhões de visitantes, mais 14,5 por cento do que no mesmo período de 2024 e o segundo valor mais elevado de sempre para um arranque de ano. No entanto, 58,2 por cento dos visitantes (17,3 milhões) chegaram em excursões organizadas e passaram menos de um dia na cidade. Só em Setembro, a taxa de ocupação média dos estabelecimentos hoteleiros recuou 0,1 pontos percentuais, para 84,6 pro cento, enquanto o número de hóspedes permaneceu semelhante ao mesmo mês do ano passado: 1,12 milhões. Isto apesar de os hotéis terem baixado os preços médios dos quartos para 1.270 patacas, menos 1,1 por cento do que no mesmo mês de 2024, de acordo com dados da Associação de Hotéis de Macau, que reúne 48 estabelecimentos locais. Segundo o relatório, divulgado pela Direcção dos Serviços de Turismo, a descida foi sentida sobretudo nos hotéis de três estrelas, cujo preço médio caiu 5,4 por cento, para 850 patacas. Os estabelecimentos hoteleiros de Macau acolheram mais de 14,4 milhões de hóspedes em 2024, estabelecendo um novo recorde histórico.
Hoje Macau Manchete SociedadeCasinos | Receitas atingem o máximo de seis anos Nem o impacto do Matmo, que levou a que fosse içado o sinal número 8 de tufão, impediu que em Outubro as receitas do jogo atingissem o valor de 24,1 mil milhões de patacas, um aumento anual de 15,9 por cento As receitas dos casinos subiram em Outubro 15,9 por cento em comparação com igual período de 2024, atingindo o valor mensal mais elevado dos últimos seis anos. O sector do jogo arrecadou 24,1 mil milhões de patacas no mês passado, a receita mensal mais alta desde Outubro de 2019, revelou a Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ), no Sábado. O valor foi alcançado apesar de, devido à passagem do tufão Matmo, as autoridades de Macau terem elevado o sinal de tempestade tropical para o nível 8, o terceiro mais elevado, algo que leva à suspensão dos transportes públicos, em 4 de Outubro. Algo que coincidiu com a chamada ‘semana dourada’ do Dia Nacional da China, um período de feriados que este ano se prolongou por oito dias, mais um do que em 2024, graças à proximidade do Festival do Bolo Lunar. Macau recebeu um total de 1,14 milhões de visitantes, mais 16,5 por cento do que no mesmo período de 2024, incluindo mais de 191 mil só no dia 4 de Outubro, o valor diário mais elevado para a ‘semana dourada’ de Outubro. Melhor que o esperado A subida homóloga de 15,9 por cento nas receitas em Outubro ultrapassou as expectativas dos analistas. A consultora JP Morgan Securities tinha previsto um aumento entre 3 por cento e 6 por cento, enquanto o analista da Seaport Research Partners Vitaly Umansky esperava um crescimento de 10 por cento. O valor registado em Outubro representa 91,1 por cento do atingido no mesmo mês de 2019, antes do início da pandemia de covid-19, quando os casinos de Macau tiveram receitas de 26,4 mil milhões de patacas. Em termos de receita bruta acumulada, os primeiros dez meses de 2025 registaram um aumento de 8 por cento em relação ao mesmo período do ano passado, atingindo 205,4 mil milhões de patacas. Macau fechou 2024 com receitas totais de 226,8 mil milhões de patacas, mais 23,9 por cento do que no ano anterior. O Governo previu, no orçamento inicial para 2025, que o ano iria fechar com receitas totais de 240 mil milhões de patacas, o que representaria um aumento de 6 por cento em comparação com o ano passado. Mas, em 11 de Junho, a Assembleia Legislativa aprovou um novo orçamento, proposto pelo Executivo, que reduz em 4,56 mil milhões de patacas a previsão para as receitas públicas.