Hoje Macau EventosCentro UNESCO | Fotografias de Jorge Veiga Alves em exposição Será apresentada amanhã a exposição digital “À Procura de Macau” de Jorge Veiga Alves, fotógrafo amador e autor desta mostra. O evento de apresentação decorre a partir das 15h no Centro UNESCO Macau, tratando-se de imagens feitas no período em que o autor viveu em Macau, nos anos de 1984 a 1994, e mais tarde de 2005 a 2016. Jorge Veiga Alves, economista aposentado do Banco de Portugal, viveu em Macau entre 1986 e 1994, tendo sido requisitado para prestar serviços no antigo Instituto Emissor de Macau/Autoridade Monetária e Cambial de Macau (AMCM). Entrou, no início da década de 70, no mundo da fotografia através do modo analógico, fez fotografia submarina e que foi totalmente conquistado pelo modo digital. Participou em exposições e apresentações audiovisuais de fotografia colectivas e individuais. Assim, esta mostra abrange duas componentes, as fotografias analógicas dos anos 80 e princípios dos anos 90, e que foram depois digitalizadas e alvo de um processo de recuperação e tratamento, e depois as fotografias já feitas na era digital. A iniciativa tem o apoio da Fundação Macau.
Hoje Macau EventosAutomobilismo | Desenvolvimento do karting em Macau contado em livro Na próxima segunda-feira, será lançado, no Museu do Grande Prémio, o livro da autoria de Carlos Barreto e Pedro Dá Mesquita que conta a história do karting no território. A obra intitula-se “História do Karting em Macau” e o seu lançamento inclui ainda um encontro com alguns pilotos. Eis a possibilidade de descobrir mais sobre uma modalidade do desporto automóvel que remonta aos anos 60 A história do karting em Macau já está contada em livro pelas mãos de Carlos Barreto e Pedro Dá Mesquita. A obra, que tem edição da Praia Grande Edições, será lançada na próxima segunda-feira no Museu do Grande Prémio, numa sessão que promete ser especial, pois contará com a presença de alguns pilotos que se aventuraram nas pistas locais de karting. “História do Karting em Macau” conta a história de um desporto automóvel que tem marcado as pistas locais desde os anos 60, “passando das vias públicas para pistas temporárias, sem as melhores condições para a prática da modalidade”. Mais tarde, as corridas passaram a fazer-se numa “pista permanente considerada uma estrutura de desporto automóvel de classe mundial”, disponível em Coloane. Segundo a nota de apresentação do livro, este desenvolvimento em termos de infra-estruturas “permitiu que jovens pilotos iniciassem as suas carreiras de piloto desde o início dos anos 90, competindo nos campeonatos ao mais alto nível da FIA (Federação Internacional do Automóvel”, sendo dois deles vencedores no Grande Prémio de Macau, FIA Fórmula 3 (2000) e Fórmula 4 (2020 e 2021). Este livro explica, assim, a “evolução da modalidade ao longo de décadas e destaca alguns dos pilotos locais que honraram o nome de Macau no mundo do desporto automóvel”. A cerimónia de lançamento começa às 18h na sala multifunções do Museu do Grande Prémio. Quem é quem Os autores da história do karting em Macau são figuras com bastante ligação ao mundo do desporto automóvel. No caso de Pedro Dá Mesquita, licenciado em comunicação social, teve o primeiro contacto com Macau ainda nos anos 80, tendo trabalhado no Gabinete de Comunicação Social (GCS). Foi depois colaborador das revistas “Sábado”, “Nam Van” e ainda do semanário “Oriente”. Pedro Dá Mesquita prosseguiu a sua carreira como jornalista em Macau a partir de 1987, tendo sido repórter, chefe de redacção e director do extinto jornal “Comércio de Macau”. Enveredou depois pelo mundo da televisão já nos anos 90 na Teledifusão de Macau (TDM), mais concretamente do Canal 1 (Português) onde foi jornalista e editor do Telejornal e Últimas Notícias. Em 1993, faz parte dos corpos gerentes do Clube de Jornalistas de Macau. A partir de 1999, Pedro Dá Mesquita passou a colaborar com diversos títulos de imprensa, nomeadamente O Clarim, Ponto Final, de que foi um dos fundadores; e ainda os diários Jornal Tribuna de Macau, Hoje Macau e revista Macau. O autor colaborou na edição do “Dicionário da História de Macau”, da responsabilidade do Instituto de Estudos Portugueses da Universidade de Macau. Já depois da transição, em 2000, Pedro Dá Mesquita entrou para o Instituto para os Assuntos Municipais, tendo escrito, em Dezembro de 2008, o livro “Memórias de Um Campo Santo”, editado para comemorar os 150 anos do Cemitério de S. Miguel Arcanjo. Carlos Barreto, o outro autor do livro lançado na segunda-feira, é natural de Moçambique, mas está em Macau desde 1985. Segundo a mesma nota, o desporto motorizado é uma das suas grandes paixões, tendo Carlos Barreto feito parte, a partir de 1991, da direcção do Automóvel Clube de Macau. Com uma forte ligação ao Grande Prémio, Carlos Barreto foi director de provas nos Campeonatos de Karting e Motociclos de Macau entre 1991 e 1996, e depois entre 2004 e 2008. Foi ainda presidente do colégio de comissários desportivos desses campeonatos entre 2009 e 2010. Carlos Barreto foi também director de prova do Grande Prémio Internacional de Kart de Macau, de 2004 a 2016, incluindo o 46.º Campeonato do Mundo de SKF da CIK-FIA (2009), o 49.º Campeonato Mundial de KF1 da CIK-FIA (2012) e os campeonatos da Ásia-Pacífico em KF3 da CIK-FIA, além de ter sido adjunto do director da corrida do Grande Prémio Internacional de Kart de Macau de 2017.
Hoje Macau China / ÁsiaUcrânia | Seul não exclui envio de armas para Kiev O Presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, disse ontem que o país não exclui a possibilidade de entregar armas directamente à Ucrânia, num eventual ajustamento da política de Seul neste domínio. A decisão foi anunciada na sequência de informações que dão conta do possível envolvimento de soldados da Coreia do Norte na guerra na Ucrânia. “Dependendo do nível de envolvimento norte-coreano, ajustaremos gradualmente a nossa estratégia de apoio em várias fases. Isto significa que não estamos a excluir a possibilidade de fornecer armas”, declarou o chefe de Estado, em conferência de imprensa em Seul. O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, confirmou na quarta-feira “os primeiros combates” das tropas ucranianas contra soldados norte-coreanos que se juntaram ao Exército russo na frente de batalha. O responsável ucraniano voltou a pedir à comunidade internacional para que “faça tudo o que estiver ao seu alcance para garantir que este passo russo para expandir a guerra falhe”. O G7 – grupo das sete nações mais industrializadas do mundo -, a Nova Zelândia e a Austrália anunciaram na terça-feira que estão a preparar uma resposta coordenada à entrada de efectivos norte-coreanos na guerra russo-ucraniana.
Hoje Macau China / ÁsiaJapão | Lucro líquido da Nissan caiu 93,5% entre Abril e Setembro O lucro líquido do fabricante japonês Nissan caiu 93,5 por cento entre Abril e Setembro, para 19.223 milhões de ienes, sobretudo devido à quebra nas vendas e ao ajustamento da produção. No mesmo período, que corresponde à primeira metade do ano fiscal japonês, o lucro operacional caiu 90,2 por cento, para 32.908 milhões de ienes, anunciou a empresa. A Nissan Motor não publicou ontem a estimativa de lucro líquido para todo o ano fiscal, que terminará em Março de 2025, devido a “dificuldades em calculá-lo num ambiente de negócios em rápida mudança”, segundo disse o presidente e director executivo da empresa, Makoto Uchida, em conferência de imprensa. Entre Abril e Setembro, o volume de vendas caiu 1,3 por cento, para 5,9 biliões de ienes. Cortes a direito A quebra nas vendas levou ontem a Nissan a anunciar um corte de 9.000 postos de trabalho em todo o mundo, assim como um ajustamento na sua capacidade de produção O responsável da Nissan Motor anunciou ainda que haverá mudanças na liderança da empresa, nos próximos meses, bem como cortes na remuneração dos seus executivos de topo, fruto dos resultados negativos ontem apresentados. “Não vamos tornar a nossa empresa mais pequena, mas sim torná-la mais ágil e adaptável a um ambiente de negócios em rápida mudança”, disse Uchida, que também admitiu que a Nissan Motor “não foi capaz de se adaptar aos tempos” ou “capaz de ser rápida o suficiente.” O responsável aludiu especificamente a “um mercado cada vez mais difícil e com mais concorrentes”, ao aumento do preço das matérias-primas, à escassez de semicondutores ou a um plano de vendas da empresa “excessivamente esticado” como factores para o agravamento da saúde financeira da Nissan.
Hoje Macau China / ÁsiaChina/UE | Negociações intensas sobre tarifas de veículos eléctricos A China e a União Europeia (UE) estão actualmente empenhadas em consultas intensivas sobre os detalhes específicos do plano de compromisso de preços de veículos eléctricos chineses, revelou o Ministério do Comércio. A porta-voz da pasta, He Yongqian, fez as observações em conferência de imprensa esta quinta-feira, em resposta a uma pergunta sobre a imposição de tarifas da UE sobre veículos eléctricos da China, indica a Xinhua. A equipa técnica da UE chegou a Pequim a 2 de Novembro e as consultas entre os dois lados seguem os princípios de “pragmatismo e equilíbrio”, disse He. Ao anunciar a imposição de tarifas em 29 de Outubro, o lado europeu disse também que continuará com as negociações sobre preços com o lado chinês. Após uma discussão por videoconferência em 25 de Outubro entre o ministro do Comércio da China, Wang Wentao, e o vice-presidente executivo e comissário do Comércio da Comissão Europeia, Valdis Dombrovskis, ambos os lados reiteraram a sua vontade política de resolver as diferenças através do diálogo e comprometeram-se a discutir os preços para solucionar o diferendo.
Hoje Macau China / ÁsiaChina | Antigo vice-ministro da Justiça detido após anúncio de “inspecções disciplinares” A China anunciou ontem que o antigo vice-ministro da Justiça Liu Zhiqiang foi detido por alegadamente ter aceitado subornos, dias após Pequim lançar nova ronda de “inspecções disciplinares” no seio do Partido Comunista e do Estado. O caso de Liu Zhiqiang (2016-2023) está agora nas mãos da Procuradoria Popular Suprema, para ser examinado e subsequentemente processado, depois de a Comissão Nacional de Supervisão – o principal organismo estatal anticorrupção da China – ter concluído a investigação, informou a instituição num breve comunicado. A Procuradoria Popular Suprema também comunicou na quarta-feira a detenção do antigo vice-presidente da Câmara Municipal de Pequim, Gao Peng, por suspeita de suborno e negligência no exercício das suas funções. Ambas as detenções ocorreram depois de o Comité Central do Partido Comunista Chinês (PCC), a liderança máxima do partido, ter lançado nova ronda de “inspecções disciplinares de rotina”, que irá examinar as práticas de 34 departamentos centrais do PCC e do Estado. De acordo com a agência de notícias oficial Xinhua, os inquéritos vão centrar-se no “desempenho das funções” das organizações do Partido, em particular na implementação de “planos de reforma”, na prevenção e mitigação de “grandes riscos” e na promoção de uma governação interna “rigorosa e abrangente”. Os inspectores permanecerão nos departamentos acima mencionados durante cerca de dois meses, período durante o qual serão criadas linhas telefónicas e caixas de correio “para receber relatórios sobre violações disciplinares e outros problemas envolvendo funcionários do partido”, disse a Xinhua. Plano de limpeza Após ascender ao poder em 2012, o actual Presidente da China e secretário-geral do Partido Comunista, Xi Jinping, lançou uma campanha anticorrupção que resultou na condenação de milhares de altos funcionários chineses, tanto institucionais como de empresas públicas. A 9 de janeiro, o Presidente instou o PCC a avançar com a “auto-reforma” e a redobrar a luta contra a corrupção, que, segundo ele, continua a representar uma situação “grave e complexa”. Cerca de 470.000 casos de corrupção foram investigados pelas agências de supervisão e disciplinares do país nos primeiros nove meses de 2023 e resultaram em acusações contra 45 funcionários do Comité Central do PCC, o número mais elevado dos últimos dez anos.
Hoje Macau China / ÁsiaEconomia chinesa | Exportações crescem em ritmo acelerado Há mais de dois anos, que os números do comércio externo chinês não cresciam tão rapidamente. O mês de Outubro trouxe um aumento de quase 13 por cento nas exportações do país, superando por larga margem as melhores expectativas dos analistas As exportações da China aumentaram 12,7 por cento, em Outubro, em termos homólogos, o crescimento mais rápido em mais de dois anos, de acordo com dados divulgados ontem pelas alfândegas do país asiático. Os dados mostram que as importações caíram 2,3 por cento, em Outubro, em relação ao ano anterior, enquanto o excedente comercial da China fixou-se em 95,7 mil milhões de dólares em Outubro, acima do valor de Setembro, de 81,7 mil milhões de dólares. As exportações superaram em muito as estimativas dos analistas, que previam uma taxa de crescimento de cerca de 5,5 por cento. O valor supera também o crescimento de Setembro, de apenas 2,4 por cento. Foi a expansão mais rápida desde Julho de 2022. As perspectivas para o comércio externo da China tornaram-se mais incertas depois da vitória de Donald Trump na eleição de terça-feira. Trump prometeu aumentar as taxas alfandegárias sobre as importações da China para 60 por cento. O crescimento das exportações em Outubro sinaliza uma procura sustentada por produtos chineses no exterior, enquanto a procura no mercado interno permanece moderada. Os economistas afirmaram que o efeito de taxas alfandegárias mais elevadas sob a égide de Trump só produziria efeitos no próximo ano. “Embora as taxas propostas por Trump possam prejudicar o sector das exportações, o seu impacto será menos significativo do que muitos receiam – pensamos que poderão reduzir os volumes de exportação em cerca de 3 por cento – e poderá não se fazer sentir até ao segundo semestre de 2025”, afirmou Zichun Huang, da consultora Capital Economics, num relatório. “Enquanto isso, o retorno de Trump pode criar um impulso de curto prazo para as exportações chinesas, já que os importadores americanos aumentam as suas compras para se anteciparem às tarifas”, disse. Pacote surpresa Espera-se que Pequim revele um pacote de estímulo há muito aguardado hoje, após uma reunião do órgão máximo legislativo do país, com o objectivo de revitalizar a economia, face a pressões deflaccionárias e fraca procura interna. Os dirigentes chineses têm-se esforçado por relançar a economia desde o fim da pandemia da covid-19. Os Estados Unidos e a Europa aumentaram recentemente as taxas alfandegárias sobre as exportações chinesas de veículos eléctricos e outros produtos, o que obscureceu as perspectivas do comércio chinês como motor de crescimento. A queda prolongada do sector imobiliário também continua a ser um grande entrave à economia chinesa. Os decisores políticos chineses já anunciaram uma série de medidas para impulsionar a economia, incluindo a antecipação de 200 mil milhões de yuan do orçamento do próximo ano para despesas e projectos de construção.
Hoje Macau SociedadeCartões de crédito | Dívidas crescem 30 milhões O débito não pago ligado aos cartões de crédito registou um aumento de 30 milhões de patacas no espaço de um ano, de acordo com as “Estatísticas relativas ao pagamento móvel e a cartões de pagamento – 3.º Trimestre 2024” publicadas pela Autoridade Monetária de Macau (AMCM). Entre Julho e Setembro o valor total das dívidas relacionadas com cartões de crédito atingiu 2,72 mil milhões de patacas, um aumento de 1,4 por cento face ao montante de 2,69 mil milhões de patacas do período homólogo. No entanto, entre o segundo trimestre, as dívidas ligadas aos cartões de crédito tiveram uma redução de 1,9 por cento, dado que entre Abril e Junho o crédito atingiu 2,78 mil milhões de patacas. No domínio dos pagamentos móveis, o número de transacções no terceiro trimestre desse ano aumentou 2,9 por cento face ao trimestre anterior, com 88,1 milhões transacções. O valor das transacções foi de 7,6 mil milhões de patacas, um crescimento de 6 por cento.
Hoje Macau SociedadeMassagens | Realizadas rusgas em oito casas Duas detenções por excesso de permanência. Foi este o balanço feito pelas autoridades policiais depois de oito rusgas a casas de massagens locais, que tiveram como objectivo, de acordo com o jornal Ou Mun a “purificação do ambiente de segurança pública” no território. A iniciativa decorreu entre as 20h e 23h de quarta-feira, integrada na Operação Trovada 2024, e envolveu 25 agentes criminais, que entraram em oito casas de massagens da área central de Macau onde interceptaram 102 pessoas. As duas pessoas que ficaram detidas foram conduzidas ao departamento de migração, que deverá tratar dos procedimentos legais para que sejam expulsas de Macau e eventualmente proibidas de entrar durante um espaço temporal. No balanço apresentado, as autoridades comprometeram-se a “prestar atenção às tendências da segurança pública, a ajustar e a reforçar os esforços de aplicação da lei em tempo útil e a garantir a segurança e a estabilidade das comunidades de Macau”.
Hoje Macau SociedadeWynn Macau | Fitch destaca redução da dívida A Fitch Ratings considera que a concessionária de jogo Wynn Macau “fez um trabalho sólido na redução da dívida”, ao aproveitar a recuperação do mercado do jogo no pós-pandemia. A indicação surge no relatório mais recente da Fitch, assinado pelos analistas David Bussey e Kyle Morgan, e citado pelo portal GGR Asia. A redução da dívida da concessionária também foi destacada pela empresa de serviços de investimento Lucror Analytics que apontou que no espaço de um ano a Wynn diminuiu a dívida em cerca de 5 por cento, para 6,4 mil milhões de dólares americanos. No final de Setembro, a Wynn Macau anunciou ter chegado a um acordo com os credores para atrasar o prazo de devolução de um empréstimo de 1,5 mil milhões de dólares. O prazo do cumprimento foi adiado para Setembro de 2028. De acordo com a Lucror Analytics, face aos resultados da concessionária, é esperada uma redução da dívida gradual nos próximos anos.
Hoje Macau SociedadeBNU | Encerradas duas agências em Macau e Taipa O Banco Nacional Ultramarino (BNU) vai encerrar, a partir do próximo ano, duas agências em Macau e Taipa, nomeadamente junto ao Mercado Vermelho e Parque Central da Taipa. Segundo um comunicado divulgado nas redes sociais, também o serviço de aluguer de cofre não estará disponível depois dessa data. O encerramento deve-se “à evolução do panorama bancário e introdução de mais serviços digitais”, sendo que todas as contas bancárias dos clientes “serão transferidas para outra agência do BNU”, a fim de garantir que os serviços para quem prefere deslocar-se ao balcão não serão afectados. O BNU explica ainda, em relação ao serviço de aluguer de cofres, que os pertences devem ser recolhidos até ao dia 31 de Dezembro, sendo que as mensalidades serão reembolsadas. Os clientes irão também receber um vale oferta.
Hoje Macau PolíticaAgências de viagem | Sector queixa-se de aumento de multas Os deputados da segunda comissão permanente da Assembleia Legislativa (AL), que analisa na especialidade a proposta de lei que regula a actividade das agências de viagens e da profissão de guia turístico, dizem ter recebido várias queixas do sector. Segundo o jornal Ou Mun, o assunto foi discutido na reunião de quarta-feira e o deputado Chan Chak Mo referiu que entidades como a Associação de Promoção de Guia Turismo de Macau, União dos Guias Turísticos de Macau e a Associação de Guias Turísticos do Património Cultural de Macau entregaram uma carta conjunta com queixas sobre o aumento das penalizações para quem não tem licença de guia turístico. Actualmente, a multa é de 10 mil patacas, mas com a nova lei pode variar entre as 10 e 20 mil. Segundo Chan Chak Mo, alguns deputados também consideram o aumento excessivo. O deputado e presidente da comissão revelou que os representantes do Governo asseguraram que vão reavaliar a situação e, possivelmente, reduzir parte das multas. Até Maio deste ano, estavam licenciadas 194 agências de viagem, sendo que, segundo a proposta de lei em análise, dez não correspondem às regras de operação. Assim, o Governo deverá permitir um período de transição para que se legalizem, tendo em conta que já foram emitidas licenças.
Hoje Macau Grande Plano MancheteEUA | Com Trump na Casa Branca, China espera reconciliação O receio de uma nova guerra comercial existe, mas Xi Jinping espera a reconciliação com os Estados Unidos durante o novo mandato de Donald Trump. O presidente chinês deseja “uma relação sino-americana estável”, com benefícios para os dois países Donald Trump está de regresso à Casa Branca para um segundo mandato como presidente dos Estados Unidos da América (EUA), o que coloca diversas questões sobre o futuro, a começar pelo relacionamento com outra grande potência, a China. Recorde-se que no primeiro mandato de Trump, os dois países protagonizaram uma guerra comercial. Porém, para já, as palavras de Pequim são de felicitações e esperança de um bom relacionamento nos próximos quatro anos. Ontem, o presidente Xi Jinping felicitou Donald Trump pela vitória nas eleições presidenciais norte-americanas, apelando ao entendimento entre os dois países, após anos de tensões bilaterais, informou a imprensa oficial. “A história demonstra que a China e os Estados Unidos beneficiam com a cooperação e perdem com a confrontação”, disse Xi Jinping ao presidente eleito dos EUA, citado pela televisão estatal chinesa CCTV. “Uma relação sino-americana estável, saudável e duradoura está em conformidade com os interesses comuns dos dois países e com as expectativas da comunidade internacional”, sublinhou Xi. Estes foram os primeiros comentários do presidente chinês desde a vitória do candidato republicano. Donald Trump e a rival democrata Kamala Harris prometeram durante a campanha conter a ascensão da China. O magnata republicano prometeu impor taxas de 60 por cento sobre todos os produtos chineses que entram nos EUA. No entanto, Xi Jinping espera que os dois países “defendam os princípios do respeito mútuo, da coexistência pacífica e da cooperação vantajosa para todos”. Washington e Pequim devem “reforçar o diálogo e a comunicação, gerir adequadamente as suas diferenças, desenvolver uma cooperação mutuamente benéfica e encontrar forma correcta de a China e os Estados Unidos se entenderem nesta nova Era, para benefício de ambos os países e do mundo”, acrescentou. Xi Jinping e Donald Trump já se encontraram quatro vezes e o presidente eleito dos EUA gabou-se recentemente da sua “relação muito forte” com o líder chinês. Mas a vitória de Donald Trump abre um período de incerteza para as relações económicas sino-americanas, que foram fortemente abaladas durante o primeiro mandato do presidente eleito (2017-2021), quando este desencadeou uma guerra comercial e tecnológica contra Pequim. A China está a braços com uma recuperação pós-covid difícil, sobrecarregada por fracos níveis de consumo interno e uma grave crise imobiliária, com muitos promotores endividados e preços a cair a pique nos últimos anos. Os principais líderes da Assembleia Popular Nacional (APN), o órgão máximo legislativo da China, estão reunidos esta semana em Pequim, para elaborar um plano de relançamento económico. Muitos analistas acreditam que a vitória de Donald Trump poderá levar os dirigentes chineses a reforçar este programa de medidas, nomeadamente para compensar futuras taxas aduaneiras prometidas pelo republicano. Uma questão de respeito Outra reacção do Governo chinês também surgiu na quarta-feira, através de Mao Ning, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros. “Respeitamos a decisão do povo americano e felicitamos Trump pela sua eleição como presidente”, reagiu o ministério, num curto comunicado. Um dia antes da vitória do candidato republicano sobre a democrata Kamala Harris, Pequim reafirmou a sua posição de respeito pelo processo eleitoral norte-americano, que considera “um assunto interno” dos EUA. “A nossa política em relação aos Estados Unidos é coerente. Defendemos a gestão das nossas relações com base nos nossos interesses comuns e na cooperação mutuamente benéfica”, sublinhou Mao Ning. Alguns especialistas sublinharam que o regresso de Trump ao poder pode levar a dimensão do pacote de estímulo fiscal que está a ser negociado pelos legisladores chineses esta semana, no contexto da reunião da APN, até 20 por cento maior do que estava previsto. Chee Meng Tan, professor de economia empresarial no ‘campus’ da Universidade de Nottingham na Malásia e especialista em política externa chinesa, disse à agência Lusa que apesar de Trump ser mais susceptível de impor um custo económico à China, a postura isolacionista do republicano favorece Pequim a nível geopolítico, particularmente na questão de Taiwan. Trump acusa Taipé de “roubar” a indústria de semicondutores dos EUA e defende que o território deve pagar a Washington pela sua defesa. A ilha é a principal fonte de fricção entre China e EUA. Renminbi desvaloriza Amizades à parte, o que é certo é que a moeda chinesa, o renminbi, caiu ontem para o valor mais baixo desde o início de Agosto face ao dólar norte-americano. O forte movimento da taxa de câmbio não se deve tanto à fraqueza do renminbi, mas à forte subida do dólar, que reflecte os efeitos de uma segunda presidência de Trump, que prometeu baixar os impostos e subir as taxas sobre as importações. A taxa de câmbio ‘offshore’, que reflecte as transações nos mercados internacionais como Hong Kong, era de 7,1980 yuan por um dólar, às 10h30 locais. A moeda chinesa perdeu cerca de 1,5 por cento do seu valor face à moeda norte-americana desde a manhã de quarta-feira, quando começaram a ser conhecidos os primeiros resultados das eleições. Trata-se também de uma descida de 3,17 por cento em relação ao seu último pico, que foi atingido depois de Pequim anunciar um pacote de estímulos económicos, no final de Setembro. É também a primeira vez que o renminbi desceu abaixo das sete unidades face ao dólar, pela primeira vez desde Maio de 2023. A taxa de câmbio ‘onshore’, que reflecte as transações nos mercados domésticos, acumulou uma queda de 1,07 por cento desde a manhã de quarta-feira, e de 2,34 por cento face ao seu pico mais recente, que remonta igualmente ao final de Setembro. Nessa altura, estava a ser negociada a cerca de 7,1782 por dólar. O Banco Popular da China (banco central) reduziu ontem em 0,93 por cento, para 7,1659 yuan por dólar, a taxa de câmbio oficial que fixa todos os dias e que é fundamental para a cotação da taxa ‘onshore’, que só pode oscilar num intervalo máximo de 2 por cento. Uma das possíveis manobras de Pequim, no caso de Trump agravar as taxas sobre produtos chineses, é precisamente permitir a desvalorização do renminbi, o que tornaria mais atractiva as importações chinesas com moedas mais fortes. As reacções asiáticas Na Ásia as reacções à vitória de Trump têm-se sucedido. No caso do Japão, o primeiro-ministro confirmou que teve ontem uma conversa telefónica com o vencedor das eleições norte-americanas e que os dois concordaram reunir-se “o mais rápido possível” e fortalecer a aliança. Durante a conversa de cinco minutos, o líder japonês, Shigeru Ishiba, disse que os dois vão combinar encontrar-se o mais rápido possível. Donald Trump, por sua vez, disse esperar falar com Ishiba “cara a cara”. Além disso, concordaram continuar a discutir activamente o reforço da aliança entre o Japão e os EUA “de muitos pontos de vista”, porque esta não abrange apenas aspectos económicos, referiu Ishiba. O porta-voz do Governo japonês, Yoshimasa Hayashi, sublinhou que a aliança é “a base da diplomacia e da segurança do Japão”, referindo-se à política externa japonesa e à aliança militar em vigor desde 1960, que permite a presença de bases militares norte-americanas em solo japonês, além do compromisso de defesa mútua. “Continuaremos a nossa cooperação em vários domínios e como parceiros globais com um papel fundamental na manutenção de uma ordem internacional livre e aberta, reforçando simultaneamente a capacidade de dissuasão da nossa aliança”, afirmou Hayashi. Ishiba, que tomou posse a 1 de Outubro, descreveu o líder republicano como amigável, no final da conversa. “Desejámos um ao outro o melhor para o nosso trabalho”, notou Ishiba aos meios de comunicação social. A conversa telefónica aconteceu depois de, na quarta-feira, Ishiba ter felicitado Trump pela boa prestação nas eleições contra a democrata Kamala Harris. “Os meus sinceros parabéns a Donald Trump. Estou realmente ansioso para trabalhar em estreita colaboração consigo para fortalecer ainda mais a aliança Japão-EUA e promover um Indo-Pacífico livre e aberto”, disse o primeiro-ministro japonês na rede social X. O regresso de Trump à Casa Branca pode significar que o líder republicano volte a exigir que o Japão aumente as contribuições por acolher bases norte-americanas. Destaque ainda para a reacção da Coreia do Sul, com o presidente, Yoon Suk-yeol, a felicitar Trump. “Sob a sua forte liderança, o futuro da aliança entre a Coreia do Sul e os Estados Unidos da América será melhor,”, reagiu Yoon nas redes sociais, segundo a agência francesa AFP. “Aguardo com expectativa a continuação da nossa estreita cooperação no futuro”, acrescentou. Em ruptura com o antecessor Moon Jae-in, Yoon adoptou uma linha mais dura com a Coreia do Norte, que possui armas nucleares, ao mesmo tempo que melhorou os laços com Washington, um dos aliados de Seul em matéria de segurança. No seu primeiro mandato, Trump encontrou-se com o presidente norte-coreano três vezes, começando com uma cimeira histórica em Singapura, em Junho de 2018, mas sem fazer grandes progressos nos esforços para desnuclearizar a Coreia do Norte. Desde o fracasso de uma segunda cimeira em Hanói, em 2019, Pyongyang abandonou a diplomacia e redobrou os esforços para desenvolver o arsenal militar, rejeitando as propostas de diálogo de Washington. Trump também se encontrou com Kim na fronteira entre as duas Coreias, no final de Junho de 2019, e deu 20 passos em território da Coreia do Norte. Do lado da Índia, outra grande potência mundial e um protagonista económico a ter em conta, as felicitações chegaram logo no dia da eleição americana. O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, felicitou Donald Trump pela “vitória histórica” nas eleições. “Estou ansioso por renovar a nossa colaboração para reforçar ainda mais a (…) parceria global e estratégica” entre a Índia e os Estados Unidos, declarou Modi nas redes sociais, segundo a agência francesa AFP. “Vamos trabalhar juntos para melhorar a condição dos nossos povos e promover a paz, a estabilidade e a prosperidade no mundo”, acrescentou o chefe do governo ultranacionalista hindu. Ucrânia | Nato quer discutir com Trump ligações a países O secretário-geral da NATO anunciou ontem querer discutir com o Presidente eleito dos EUA, Donald Trump, o reforço de laços da Rússia com a Coreia do Norte, o Irão e a China contra a Ucrânia. “Estou ansioso por me sentar com o Presidente Trump e ver como vamos fazer enfrentar conjuntamente esta ameaça”, disse Mark Rutte à chegada à cimeira da Comunidade Política Europeia, que reúne cerca de 40 líderes em Budapeste para debater “as crises” europeias, num contexto de mudanças políticas nos Estados Unidos. “Agora que os [militares] norte-coreanos estão destacados na Rússia, vemos que cada vez mais a Coreia do Norte, o Irão, a China e, claro, a Rússia estão a colaborar e a trabalhar em conjunto contra a Ucrânia”, acrescentou. Rutte manifestou preocupação pelo facto de a Rússia ter recorrido ao apoio da Coreia do Norte em troca de fornecer tecnologia a esse país, o que, na sua opinião, “ameaça o futuro” tanto da Europa como dos Estados Unidos e dos países do Indo-Pacífico. “Estes são novos desenvolvimentos realmente perigosos e temos de falar sobre eles hoje”, reiterou. O responsável da NATO alertou ainda que, “muito em breve, os próprios Estados Unidos também estarão sob a ameaça destes últimos avanços tecnológicos graças ao facto de a Rússia ter dado os seus mais recentes conhecimentos e tecnologia à Coreia do Norte”.
Hoje Macau China / ÁsiaEUA/Eleições: Laços ancestrais indianos de Usha Vance e de Harris entre orgulho e desilusão Nos antípodas das ruidosas celebrações que eclodiram nos Estados Unidos, a aldeia indiana de Vadluru (sul) saudou hoje sem alarde a vitória de Donald Trump, orgulhosa da promoção da sua descendente mais ilustre ao posto de “segunda-dama”. Filha de imigrantes indianos, Usha Vance, 38 anos, é a mulher de JD Vance, futuro vice-Presidente. O contraste acontece em Thulasendrapuram, 730 quilómetros mais a sudoeste de Vadluru, na aldeia do avô da candidata democrata derrotada nas presidenciais norte-americanas, onde a família da mãe de Kamala Harris tem laços ancestrais e onde as pessoas acabaram por sentir grande desilusão. Na aldeia de Vadluru, os sorrisos, porém, são muitos por verem JD Vance na vice-presidência. Considerado um brilhante advogado, formado pelas universidades norte-americana de Yale e pela britânica de Cambridge, JD Vance nasceu nos subúrbios de San Diego (Califórnia), filho de uma pai cuja família é natural de Vadluru, no estado de Andhra Pradesh. “Estamos felizes”, sorri um dos moradores da aldeia, Srinivasa Raju, 53 anos, ao anunciar o regresso de Donald Trump à Casa Branca. “Estamos orgulhosos”, acrescenta, entre as casas brancas e as palmeiras da pequena cidade, Venkata Ramanayy, 70 anos. “Todos os indianos, não só eu, mas todos os indianos, estão orgulhosos de Usha por causa das suas origens indianas”, insistiu, afirmando esperar que a ‘segunda-dama’ “não se esqueça da aldeia e a beneficie”. Os moradores de Vadluru rezaram para que Trump vencesse Harris, diz o padre hindu Appaji, 43 anos, vestido com uma túnica cor de açafrão. “Apoio Usha Vance e, portanto, apoio Trump”, explica depois de colocar uma vela para o Presidente eleito em frente à estátua do deus hindu com cabeça de elefante, Ganesh. Appaji não esconde agora a esperança de um retorno mais concreto. “Se ela puder lembrar-se das suas raízes e fazer algo de bom pela aldeia, seria ótimo”, sublinhou o padre hindu, repetindo as palavras de Venkata Ramanayy. No entanto, Usha Vance, que disse ainda praticar a religião hindu, nunca visitou Vadluru. Mas o mesmo Appaji garante que o seu pai esteve lá há cerca de três anos e que aproveitou para perguntar sobre o estado do templo. Depois de o seu bisavô ter deixado a aldeia, o pai de Usha, Chilukuri Radhakrishnan, foi criado em Chennai (antiga Madras), antes de se mudar para os Estados Unidos para estudar. Tal como ele, milhões de indianos optaram por partir para os Estados Unidos. Tornaram-se, de acordo com as estatísticas oficiais mais recentes, a segunda maior comunidade de origem asiática, com 4,8 milhões de representantes em 2020. A atmosfera era um pouco menos alegre 730 quilómetros mais a sudoeste, na aldeia do avô de Harris, que, apesar da derrota, os residentes de Thulasendrapuram afirmaram estar orgulhosos da democrata. “Ela é uma fonte de inspiração para a aldeia”, garante T.S. Anbarasu, 63 anos, sublinhando que “todas as escolas da região conhecem Kamala Harris”. Nascida na Califórnia, a ainda vice-presidente norte-americana visitou várias vezes a aldeia indígena da sua família com a sua mãe. Os residentes da aldeia, que seguiram atentamente os resultados das eleições nos seus ‘smartphones’, ficaram em silêncio quando o entusiasmo inicial se desvaneceu, pouco depois de começaram a ser noticiados os primeiros resultados que davam vantagem a Trump. Os habitantes de Thulasendrapuram esperavam uma vitória de Harris e, na terça-feira, organizaram orações hindus especiais num templo local onde o nome da candidata democrata está gravado numa lista de doadores. Alguns planeavam também lançar fogo de artifício e distribuir doces se ela ganhasse. “Estamos tristes com isso. Mas o que é que podemos fazer? Estava nas mãos dos eleitores daquele país. Foram eles que fizeram Trump ganhar. Só nos resta desejar o melhor a Trump”, disse J. Sudhakar. À medida que os resultados se tornavam mais claros, um grupo de repórteres indianos que se encontrava no exterior do templo da aldeia também se dispersou rapidamente. A aldeia – palco de um breve espetáculo mediático e de euforia desde terça-feira – ficou então quase deserta.
Hoje Macau China / ÁsiaMonte Fuji | Registada primeira queda de neve mais tardia em 130 anos O icónico vulcão e pico mais alto do Japão, o monte Fuji, registou ontem a primeira queda de neve da estação, sendo o momento mais tardio do ano em 130 anos. O cume do Fuji, com 3.776 metros e situado entre as prefeituras de Shizuoka e Yamanashi, a oeste de Tóquio, costuma mostrar as primeiras manchas brancas no início de Outubro. No entanto, as temperaturas extremamente quentes dos últimos meses fizeram com que não caísse neve até agora. O tempo quente persistiu nas últimas semanas, com uma temperatura média no cume de 1,6º C durante o mês passado, a mais elevada para Outubro desde que se iniciaram os registos em 1932, e 3,6°C acima da média. Em 2023, a primeira vez que se viu neve na montanha foi a 05 de Outubro, enquanto o antigo recorde de atraso deste fenómeno meteorológico no local foi estabelecido em 1955 e 2016, quando nevou a 26 de Outubro em ambos os anos. O Japão viveu este ano o Verão mais quente de que há registo, com temperaturas superiores a 40°C nos dias mais extremos, entre Junho e Agosto. Em Setembro, as temperaturas continuaram mais elevadas do que o habitual, com cerca de 1.500 zonas do país a registarem dias “extremamente quentes” acima dos 35°C. O monte Fuji é um dos marcos naturais ou culturais do Japão onde se começou recentemente a implementar medidas para travar o impacto do excesso de turismo. A vista do monte coberto de neve é uma das maiores atracções do país ao longo de todo o ano, um pico que é visível da capital japonesa em dias claros e que também aparece com destaque em obras de arte japonesas.
Hoje Macau China / ÁsiaGuiné-Bissau| Concedida à China prospecção e exploração de minério na zona de Boé A Guiné-Bissau e a China Aluminium Corporation (CAC) assinaram um “acordo de parceria estratégica” para prospecção e exploração de minas no território guineense de Boé, disse ontem à Lusa o ministro dos Recursos Naturais, Malam Sambu. À luz desse acordo, rubricado no início desta semana em Bissau, o Governo guineense cedeu à CAC parte de um território na localidade de Boé, no leste do país, onde se acredita existir um “importante jazigo” de bauxite, adiantou Sambu. “Vão iniciar os estudos brevemente para determinar a quantidade de bauxite existente naquela mina”, disse o ministro dos Recursos Naturais. O acordo assinado entre o Governo guineense e a CAC é o seguimento do memorando de entendimento rubricado aquando da visita do Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, à China em Julho passado. Estudos geológicos apontam que a Guiné-Bissau terá na localidade histórica de Boé – onde foi proclamada, de forma unilateral, a independência do país, em 1973 -, mais de 113 milhões de toneladas de bauxite, a principal fonte natural de alumínio. Em 2007, o Governo guineense concedeu uma licença de exploração daquele minério à Bauxite Angola, uma empresa mista de direito angolano, que viria a interromper os trabalhos de prospecção, iniciados em Abril de 2012, na sequência de um golpe de Estado na Guiné-Bissau. Por diversas vezes, desde então, a Bauxite Angola ensaiou o seu regresso, mas o projecto nunca mais avançou, até que em Dezembro de 2022, o Governo guineense anunciou, em Conselho de Ministros, a rescisão do contrato ao abrigo do qual havia concedido licença de exploração àquela empresa. Em Março último, Malam Sambu anunciou que a licença de exploração de bauxite “está livre”, depois de o Governo guineense considerar que a Bauxite Angola abandonou a concessão.
Hoje Macau China / ÁsiaFitch | Economia chinesa em risco de entrar em espiral deflacionária A agência de notação financeira Fitch Ratings alertou ontem que a economia chinesa arrisca entrar numa espiral deflacionária, apesar das recentes medidas fiscais e monetárias anunciadas pelas autoridades do país, visando estimular a procura interna. Num relatório, a Fitch Ratings apontou que a “potencial exacerbação das actuais tendências de oferta e procura, juntamente com desafios demográficos e de sobre-endividamento, representa um risco de queda sustentada dos preços”. “A procura interna é fraca e um abrandamento do sector imobiliário mais prolongado do que o previsto constitui um risco significativo para as nossas previsões de crescimento”, lê-se na mesma nota. A deflação consiste numa queda dos preços ao longo do tempo, por oposição a uma subida (inflação). O fenómeno, que reflecte debilidade no consumo doméstico e investimento, é particularmente gravoso, já que uma queda no preço dos activos, por norma contraídos com recurso a crédito, gera um desequilíbrio entre o valor dos empréstimos e as garantias bancárias. Observando que “as despesas de capital estão a aumentar mais rapidamente nos sectores orientados para a exportação”, a agência de ‘rating’ afirmou que um abrandamento da economia mundial em 2025 vai “provavelmente limitar o crescimento das exportações”. “A evolução do lado da oferta vem agravar estas tendências. Os indicadores do mercado de trabalho sugerem que a oferta está a ultrapassar a procura. Os custos unitários do trabalho diminuíram em 2023 pela primeira vez desde 2000. Tudo isto indica um certo grau de folga na economia chinesa”, apontou. A voz dos números O índice de preços ao consumidor, principal indicador da inflação na China, subiu 0,4 por cento em Setembro, em termos homólogos. A inflação subjacente, que exclui os preços dos alimentos e da energia devido à sua volatilidade, aumentou apenas 0,1 por cento. O índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês), que mede os preços à saída das fábricas, afundou 2,8 por cento, em Setembro, reflectindo o excesso de oferta apontado pela Fitch. “Uma vasta gama de preços está a cair. Por exemplo, o PPI mantém-se em território negativo desde 2022”, afirmou o relatório. O excesso de oferta na China está já a suscitar uma escalada de medidas proteccionistas, à medida que vários parceiros comerciais acusam o país asiático de ‘dumping’ – venda a preço inferior ao custo de produção. A prática é susceptível de eliminar os concorrentes estrangeiros, incapazes de competir com os preços praticados pelos exportadores chineses. A Fitch espera, no entanto, que a política fiscal se torne mais favorável, após Pequim ter anunciado uma redução das taxas de juro e outras medidas que visam injectar liquidez no mercado e estimular o consumo doméstico. “Mas se a política orçamental se mantiver neutra, em vez de estimular a economia, isso constituirá outro risco fundamental para as perspectivas de crescimento e a dinâmica dos preços”, frisou.
Hoje Macau SociedadeCrime | Homem detido por burla com infiltrações Um homem do Interior da China foi detido pela suspeita da prática de burla, depois de ter cobrado dinheiro a dois residentes locais para resolver problemas de infiltrações, que ficaram por solucionar. O caso aconteceu em Julho do ano passado, quando o homem colocou um anúncio online e foi contactado por dois residentes para resolver problemas com infiltrações. No início, o detido apresentou um orçamento de 1.280 patacas e 3.000 patacas aos residentes. Porém, o homem de 41 anos acabou por aumentar os orçamentos para 25 mil patacas e 40 mil patacas, com a justificação de que precisava usar materiais mais caros do que o inicialmente previsto. Os residentes pagaram, mas dias depois verificaram que o problema das infiltrações não tinha sido resolvido, pelo que apresentaram queixa às autoridades, depois e terem perdido o contacto com o alegado burlão. Ontem, a polícia anunciou a detenção do homem quando tentava entrar em Macau.
Hoje Macau SociedadeFebre de dengue | Registados novos casos locais de doença Os Serviços de Saúde (SS) registaram esta terça-feira a ocorrência de dois casos locais de febre de dengue numa zona perto da Rua do Tarrafeiro. Segundo um comunicado, os casos foram descobertos na segunda-feira quando funcionários dos SS realizavam pesquisas domiciliárias. Um dos casos diz respeito a um homem de 61 anos, reformado, que reside nesta zona no Edifício de Santo António, sendo que o familiar com quem vive constitui o terceiro caso local de febre de dengue. Os sintomas do doente começaram a surgir no domingo, tendo este recorrido ao hospital, com o caso a ser descoberto pelos SS na segunda-feira. O segundo caso local diz respeito a um homem de 25 anos, residente no Edifício Pui Meng, na Rua dos Faitiões. Os primeiros sintomas, como dores de cabeça, surgiram no dia 28 de Outubro. No dia seguinte começaram as manifestações de febre e dores musculares. Os funcionários dos SS também detectaram este caso na segunda-feira. Os SS confirmam que “existe uma relação, no tempo e espaço”, entre o 24.º caso de febre de dengue importado, confirmado no sábado, também detectado no Edifício de Santo António, com estes dois casos locais. Desta forma, o 24.º caso foi classificado como o sexto caso local em Macau. Entretanto, na terça-feira, foi registado mais um caso importado de febre de dengue que diz respeito a uma mulher de 43 anos, residente, que se deslocou sozinha à Malásia entre os dias 19 de Outubro e 2 de Novembro. Os sintomas da doença apresentados são erupção cutânea, dores de cabeça, dores nas articulações musculares e fadiga, tendo a mulher já procurado tratamento médico em Macau. Os SS denotam que “após o aparecimento dos sintomas, a doente tem residido em Hengqin e os familiares que coabitam com o doente não manifestaram qualquer indisposição”.
Hoje Macau SociedadeMelco | Lucros de 138,6 milhões no terceiro trimestre A operadora de jogo em Macau Melco Resorts and Entertainment anunciou lucros operacionais de 138,6 milhões de dólares no terceiro trimestre do ano. Em igual período de 2023, a Melco, com quatro casinos no território, registou lucros de 94,7 milhões de dólares, indicou a companhia, num comunicado enviado à bolsa de valores de Nova Iorque. As receitas operacionais do grupo, entre Julho e Setembro, foram de 1,18 mil milhões de dólares, subindo 16 por cento comparativamente ao terceiro trimestre do ano passado, em que registou 1,02 mil milhões de dólares, indicou a empresa de Lawrence Ho, filho do falecido magnata do jogo Stanley Ho. “O aumento do total das receitas operacionais deveu-se sobretudo a um melhor desempenho em todos os segmentos de jogo e nas operações não-jogo, devido à contínua recuperação do turismo em Macau durante o terceiro trimestre do ano”, assinalou. Nos primeiros dez meses do ano, os casinos de Macau registaram, em termos de receita bruta acumulada, um aumento de 28,1 por cento em relação ao ano anterior, com um total de 190,14 mil milhões de patacas contra 148,45 mil milhões de patacas entre Janeiro e Outubro de 2023.
Hoje Macau PolíticaBombeiros | Cheong Chi Wang nomeado segundo-comandante Cheong Chi Wang foi nomeado pelo secretário para a Segurança, Wong Sio Chak, para exercer o cargo de segundo-comandante do Corpo de Bombeiros (CB), durante o prazo de um ano. A nomeação foi revelada ontem, através de um despacho publicado no Boletim Oficial. Cheong é licenciado em Engenharia de Protecção e Segurança Sapadores Bombeiros, tem um mestrado em Administração Pública e participou no Curso de Comando e Direcção pela Escola Superior das Forças de Segurança de Macau. Cheong Chi Wang ingressou no CB em Março de 2009, como chefe assistente no Departamento Operacional das Ilhas. Foi sendo promovido ao longo dos anos, até chegar a chefe-ajudante no Departamento Operacional de Macau do CB, cargo que exerceu entre 2020 e este ano. Em Maio começou a desempenhar as funções de chefe do Departamento Operacional de Macau, e agora é promovido a segundo-comandante, a segunda posição mais elevada da hierarquia.
Hoje Macau PolíticaConsumo | Grande Prémio gera compras de 270 milhões A Direcção dos Serviços de Economia e Desenvolvimento Tecnológico (DSEDT) afirmou que o Grande Prémio para o Consumo em Macau gerou um consumo de 270 milhões de patacas no comércio local, devido à distribuição de cupões de 65 milhões de patacas. Segundo o jornal Ou Mun, a situação foi apresentada na reunião plenária do Conselho Consultivos de Serviços Comunitários das Ilhas, na terça-feira. Após a reunião, os conselheiros Choi Seng Hon e Leong Chon Kit indicaram que de acordo com a DSEDT, entre os 65 milhões de patacas distribuídos em cupões foram gastos 51 milhões de patacas, uma taxa de utilização de 79 por cento. Estes 51 milhões terão gerado um consumo de 270 milhões de patacas, ou seja, 5,3 vezes o valor distribuído. Na reunião do conselho consultivo, Ho Chong Chun pediu ao Governo para permitir que os cupões possam ser gastos ao longo da semana, em vez da utilização ser limitada aos fins-de-semana. O conselheiro também sugeriu a distribuição de lai sis com 500 patacas, para celebrar o estabelecimento da RAEM.
Hoje Macau Grande Plano MancheteEUA | Trump regressa à Casa Branca. China espera relação pacífica Donald Trump ganhou ontem as eleições presidências norte-americanas. O magnata nova-iorquino vai regressar à Casa Branca depois de derrotar Kamala Harris nos principais estados-chave, naquela que apelidou como uma “vitória política nunca antes vista”. A China reagiu ao desejar um relacionamento pacífico entre as duas potências Donald Trump prometeu curar os Estados Unidos da América (EUA), mas não revelou o tratamento. Este foi um dos destaques do discurso de vitória do candidato republicano, que irá regressar à Casa Branca, numa altura em que a vitória estava praticamente garantida com 267 delegados do Colégio Eleitoral, ou seja, 51,2 por cento. Num país onde o Presidente é eleito por sufrágio indirecto, o Colégio Eleitoral é constituído por 538 delegados que representam os 50 estados norte-americanos. Para um candidato se singrar vencedor, precisa de 270 votos. À hora em que Trump fez o discurso da vitória, já tinha ganho estados decisivos, como a Pensilvânia, Geórgia ou Carolina do Norte, sempre uns passos à frente da democrata Kamala Harris. A Geórgia, estado composto por uma grande população afro-americana, deu a vitória a Trump, atribuindo-lhe mais 16 votos. Nestas presidenciais destacaram-se os resultados em mais cinco estados-chave, os chamados “swing states”, pelo facto de a vitória costumar oscilar entre o partido republicano ou democrata. Neste ciclo eleitoral, estes estados foram o Arizona, Wisconsin, Pensilvânia, Michigan e Nevada. “É uma vitória política nunca antes vista no nosso país”, afirmou o magnata nova-iorquino a milhares dos seus apoiantes reunidos no Centro de Convenções de Palm Beach, no estado da Florida, depois de ter acompanhado a noite eleitoral no seu ‘resort’ em Mar-a-Lago. Falando junto da mulher, Melania Trump, do candidato a vice-Presidente, J.D. Vance, e do presidente da Câmara dos Representantes, o candidato republicano disse que, com esta vitória, irá “ajudar o país a curar-se”. Por seu lado, J.D. Vance referiu que “sob a liderança do Presidente Trump nunca vamos parar de lutar por vocês”. “Acho que acabamos de testemunhar o maior regresso político da história dos EUA. Depois do maior retorno político da história americana, lideraremos o maior retorno económico da história americana — sob a liderança de Donald Trump”, sublinhou o vice-presidente. Trump prometeu que os próximos anos irão constituir “a era de ouro para a América”, referindo-se ao período de campanha eleitoral como “o maior movimento político de todos os tempos”. O Presidente eleito não acrescentou muitos detalhes às promessas políticas feitas durante a campanha, declarando apenas que o país “precisa muito de ajuda”, garantindo que vai “consertar tudo”. A desilusão dos democratas A festa fez-se também pelos republicanos junto à Trump Tower, em Nova Iorque. Ainda a contagem dos votos nos ‘swing states’ ia a meio e já três dezenas de eleitores republicanos enchiam o passeio em frente à Trump Tower, cantando vitória antecipada nas presidenciais norte-americanas. “Tentaram matá-lo, mas não conseguiram. Porque ele é o escolhido. Nós somos o povo e nós escolhemos Donald Trump. O ‘Estado profundo’ [Deep State em inglês] tem de acabar”, gritava uma mulher enquanto erguia uma bandeira com o ‘slogan’ de campanha do republicano: ‘Make America Great Again’. A polícia estava presente no local e várias grades de protecção foram montadas ao redor do recinto. À Lusa, um eleitor exaltado dizia que Donald Trump tem de “começar a deportação em massa dos imigrantes ilegais o mais rápido possível”. “Fechem a fronteira, isto tem de acabar. Isto não é terra de ninguém”, disse o homem, que se identificou à Lusa como Sergey, misturando palavras em inglês com espanhol. “Vou sempre apoiar Donald Trump, porque ele tem sido atacado pela imprensa de esquerda. Ele é um ‘outsider’ que tem desafiado o sistema, os democratas, o Congresso e até os próprios republicanos. Todos esses são falsos e ele é verdadeiro. Por isso é que gosto dele”, acrescentou. A alguns metros de distância, no Rockefeller Center, onde foram montadas telas gigantes para transmitir a contagem dos votos, o ambiente era completamente oposto, com eleitores democratas desiludidos com a prestação da vice-Presidente, Kamala Harris. Numa noite de vento forte em Nova Iorque, foram muitos os nova-iorquinos que começaram a desmobilizar assim que Donald Trump começou a conquistar vários estados consecutivamente. No público, vários democratas rezavam e outros levavam as mãos à cabeça de cada vez que Trump conquistava mais votos do colégio eleitoral. Em contrapartida, cada vez que Kamala Harris conseguia subir na contagem, ouviam-se aplausos. Em Nova Iorque, sem surpresas, foi Kamala Harris quem venceu as eleições presidenciais. No entanto, a nível nacional, Donald Trump acabou a noite a declarar vitória. China espera pacifismo Talvez ainda com memórias dos anos da guerra comercial sino-americana, a China foi um dos primeiros países a reagir à vitória de Donald Trump, com uma mensagem de esperança sobre uma relação pacífica entre as duas potências. “Continuaremos a abordar e a gerir as relações entre a China e os Estados Unidos com base nos princípios do respeito mútuo, coexistência pacífica e cooperação mutuamente benéfica”, disse a porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros, Mao Ning, em conferência de imprensa. A guerra comercial entre os dois países remonta aos anos do primeiro mandato de Trump na Casa Branca, entre 2017 e 2021. Nesta campanha eleitoral, o candidato ameaçou intensificar esse conflito comercial. Porém, em declarações à RTP, António Noronha, presidente da Câmara de Comércio Luso-Chinesa, não demonstrou sinais de alarmismo. “Teremos uma relação mais diplomática, uma relação, se calhar, com maior abertura, mas não teremos, com certeza, uma política comercial muito diferente da que temos tido.” O responsável disse não estar “muito preocupado com a forma como Donald Trump anuncia” por comparação com “o conteúdo das políticas”, que “não serão tão agressivas como as [prometidas] por Kamala Harris, mas serão, sobretudo, políticas proteccionistas”. “Naturalmente, ‘Europe Last’, e estou convencido que toda esta guerra comercial vai-se manter e vamos ter um sistema proteccionista, onde os EUA vão-se querer proteger daquela contradição que existe em que todos os factores de produção da China são tão distorcidos e subvencionados”, acrescentou. Volta ao mundo A Ucrânia foi também um dos primeiros países a dar os parabéns à segunda vitória de Trump. Na rede social X, Volodymyr Zelensky, presidente ucraniano, congratulou Donald Trump por uma “impressionante” “vitória” eleitoral. Zelensky sublinhou que aprecia o “compromisso de Trump com a abordagem ‘paz pela força'” para assuntos globais e que o princípio poderia “aproximar a paz justa na Ucrânia”. “Estou esperançoso que colocaremos isso em acção juntos. Estamos ansiosos por uma era de Estados Unidos da América fortes sob a liderança decisiva do presidente Trump”, disse. Também o Reino Unido reagiu, com o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, a felicitar Trump por aquilo que disser ser uma “vitória eleitoral histórica”. “Estou ansioso por trabalhar consigo nos próximos anos”, disse o primeiro-ministro, acrescentando: “Como aliados mais próximos, estamos lado a lado na defesa dos nossos valores comuns de liberdade, democracia e empreendedorismo”. “Do crescimento e da segurança à inovação e à tecnologia, sei que a relação especial entre o Reino Unido e os EUA continuará a prosperar em ambos os lados do Atlântico nos próximos anos”. Também Mark Rutte, secretário-geral da NATO, deu os parabéns a Donald Trump, e defendeu que “a sua liderança será novamente a chave para manter a Aliança forte”. Na rede social X, Rutte sublinhou que está “ansioso para trabalhar com Trump novamente para promover a paz por meio da força por meio da NATO”. Viktor Orbán e Netanyahu foram os primeiros líderes mundiais a felicitar Trump, com o primeiro-ministro húngaro a declarar que a vitória republicana foi “o maior regresso na história dos EUA”. “Parabéns ao Presidente Donald Trump na sua grande vitória. Uma vitória bastante necessária para o mundo”, declarou Viktor Orbán. No caso de Benjamin Netanyahu, a mensagem foi também destinada a Melania Trump, agora de novo primeira-dama. “Queridos Donald e Melania Trump, parabéns neste grande regresso na história! O vosso histórico regresso à Casa Branca possibilita um novo começo para a América e um poderoso novo compromisso para a grande aliança entre Israel e a América. Esta é uma enorme vitória!” Portugal também deu os parabéns a Trump. Numa mensagem publicada no site da Presidência da República portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa “felicita o Presidente eleito Donald Trump, desejando-lhe felicidades no novo mandato, na afirmação da relação transatlântica, da democracia e os direitos humanos, a construção da paz e do progresso sustentáveis”. Na mesma nota, Marcelo recorda que “Portugal foi o primeiro país neutral a reconhecer a independência dos Estados Unidos da América, a importância da comunidade portuguesa neste país, bem como a colaboração durante o seu primeiro mandato, nomeadamente a reunião na Casa Branca em 2018 e durante a pandemia”. Também Luís Montenegro, primeiro-ministro, destacou esta vitória, recorrendo à rede social X. “Parabéns, Presidente Donald Trump. Estou empenhado em trabalharmos em colaboração estreita, no espírito da longa e sólida relação entre Portugal e os Estados Unidos, a nível bilateral, da NATO e multilateral.”
Hoje Macau China / ÁsiaLíder da junta do Myanmar parte para primeira ida a Pequim desde golpe de Estado O líder da junta militar do Myanmar (antiga Birmânia), Min Aung Hlaing, partiu ontem para a China na sua primeira visita desde o golpe militar de 2021, que mergulhou o país num conflito que Pequim tem procurado mediar. O general deixou ontem de manhã o Myanmar, de acordo com a rede de televisão MWD, detida pelo exército do país, para participar numa cimeira de cooperação económica entre os países por onde passa o Rio Mekong (China, Myanmar, Laos, Tailândia, Camboja e Vietname) na cidade de Kunming, na região de Yunnan, no sudoeste da China, nos dias 6 e 7 de novembro. Esta é a primeira viagem à China e uma das poucas viagens ao estrangeiro do líder da junta, que também se deslocou à Rússia e à Indonésia pouco depois do golpe de 1 de Fevereiro de 2021, para uma cimeira do Sudeste Asiático, para a qual foi posteriormente desconvidado. Neste caso, a sua visita à China, que não condenou o golpe e que, tal como a Rússia, fornece armas ao Myanmar, reforça a legitimidade questionada de Min Aung Hlaing, numa altura em que o exército está enfraquecido por um movimento de guerrilheiros étnicos e pró-democracia. A China, que enviará o primeiro-ministro Li Qiang à cimeira de Kunming, mas não está confirmado que se encontre com o general, minimizou a importância da visita, tendo o porta-voz da diplomacia chinesa sublinhado ontem apenas que o Myanmar é um “país importante na região” que tem participado “consistentemente” em tais reuniões. No entanto, a visita surge num período de novas tentativas da China para garantir a estabilidade num país com o qual partilha mais de 2.200 quilómetros de fronteira e no qual tem vários projectos em andamento. Águas passadas Em Agosto passado, o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, encontrou-se com o líder do golpe e instou-o a realizar “eleições inclusivas”. Um mês depois, a junta do Myanmar apelou às guerrilhas étnicas e às forças pró-democracia para que negociassem uma via política para a realização de eleições, proposta que foi rejeitada e repetida em Outubro. Em Janeiro passado, também em Kunming, Pequim serviu de mediador entre a junta e uma poderosa aliança de guerrilheiros, que lançou a maior ofensiva do ano passado contra o exército – Operação 1027 – para um acordo de cessar-fogo que foi posteriormente violado. Os apelos de Pequim à realização de eleições, bem como a visita do general à China, não foram bem acolhidos pela oposição do Myanmar. Kyaw Zaw, porta-voz do Governo de Unidade Nacional (GUN), composto em parte por antigos membros da legislatura derrubada pelos militares e que reivindica ser a autoridade legítima do Myanmar, instou a China a reconsiderar o seu convite a Min Aung Hlaing num vídeo publicado no Facebook.