Hoje Macau DesportoSporting e Ka I empatam (1-1) em jogo sensaborão Começou com o protesto do Sporting e acabou com protestos do Ka I pela anulação de um golo. De resto foi o Sporting a tentar controlar um jogo que ambas as equipas precisavam de vencer, mas a desperdiçar todas as oportunidades que criou menos uma e o Ka I a chutar lá para frente a ver se pegava, e pegou uma vez. Sorri o Benfica que ao vencer o Lai Chi (3-0) aumentou a diferença para a perseguição e deu mais um passo rumo ao título [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]inda o jogo não tinha começado e já havia agitação junto da mesa da com o presidente do Sporting Clube de Macau, António Conceição Júnior a protestar veemente o que, inclusive, viria a resultar num protesto ao jogo (ver caixa). Em causa, na perspectiva do Sporting, a inscrição irregular de dois jogadores do Ka I (William e Fabrício) que, argumentam os queixosos, não possuem cartão azul mas apenas vistos de turista. Em relação ao jogo propriamente dito, o Sporting entrou agressivo, a tentar controlar as operações com várias triangulações entre os seus jogadores e alternando passes curtos em progressão com passes longos para as alas onde os extremos tentavam servir os avançados com cruzamentos para a área. O Ka I surgia numa postura mais expectante a apostar nos erros do Sporting e, sempre que possível, a chutar lá para a frente para as corridas de Fabrício Lima. Aos três minutos de jogo surgiu a primeira ameaça, que viria a redundar num fora de jogo assinalado ao ataque do Ka I, mas aos nove, o Ka I viria mesmo a marcar com a defesa do Sporting a ficar mal no boneco; uma primeira falha do defesa sportinguista, Fabrício ficou coma bola, livrou-se do guarda-redes, quase chegou à linha de fundo no processo, mas ainda assim conseguiu rematar com sucesso. Dois minutos depois, William remata forte, já dentro da área, com a bola a rasar a barra do guarda-redes leonino. A partir daí o Sporting voltou encontrar-se sempre a pressionar alto com Ka I a apostar mais no contra-ataque. Ao quarto de hora chegou o golo do Sporting com um cruzamento primoroso da direita, uma primeira cabeçada no miolo de um jogador do Sporting, o guarda-redes do Ka I a ficar fora da jogada e Pio a receber a sobra e a encostar para o empate. A partir daqui o jogo seguiu sem grandes perturbações até que aos 22 minutos o homem mais perigoso do ataque do Ka I, Fabrício, lesiona-se e é substituído por Pang Sio Hong. A partir dessa altura os ataques do Ka I ficaram menos perigosos passando a viver de alguns tímidos rasgos individuais e continuando a abusar dos lançamentos longos do guarda-redes ou dos defesas. Até ao final da primeira parte apenas dois livres perigosos a registar, um para cada lado, mas sem consequências dignas de nota. Mais do mesmo mas sem golos O Sporting voltou para a segunda parte com o mesmo espírito da primeira e logo um minuto depois arrancava o primeiro remate. O Ka I só aos 49 minutos conseguiu voltar a ameaçar a área leonina com mais um passe longo do guarda-redes mas William viria a desperdiçar ao cometer falta sobre o defesa do Sporting. Nesta fase do jogo já se destacava a actuação de Rafael Moreira, do Sporting, que aparecia um pouco por todo o lado e, aos 60 minutos, remata mesmo, fortíssimo, mas por cima da barra. Até perto dos 80 minutos, o guarda redes do Sporting foi praticamente um espectador pois só nessa altura o Ka I voltou gerar alguma emoção junto da baliza leonina, mas sem consequências de maior. À medida que o jogo avançava notava-se que as duas equipas começavam a acusar o esforço e a qualidade decaía. Mesmo assim estavam ainda reservadas algumas emoções para o final. Três para ser mais preciso. A primeira dá-se ao minuto 82 na sequência de um canto do lado direito do ataque do Ka I, um toque de calcanhar e a bola a pingar para a baliza do Sporting. Talvez entrasse, mas pelo sim pelo não, a jogada é finalizada com uma cabeçada de um jogador do Ka I, que parece vir de trás, mas o árbitro decidiu por fora de jogo. Seguiu-se um enorme sururu no banco do Ka I com um dirigente a ser expulso mas recusando-se durante vários minutos a sair do campo, já se ouvindo nas bancadas quem chamasse pela polícia. Logo a seguir Leung Chon In do Sporting comete uma falta para cartão amarelo, mas era o segundo e acabou expulso. O Ka I aproveitou a falta de um homem no Sporting para crescer um pouco mas foi o Sporting, já em cima do minuto 90, quem teve a última oportunidade do encontro: um livre perigoso a uns 10 m da entrada da grande área lado esquerdo do ataque mas o remate saiu fraco para defesa fácil do guarda-redes do Ka I. O jogo viria a terminar dois minutos depois, sob grandes protestos da equipa do Sporting. Conceição Júnior, Presidente do Sporting: “Nenhum regulamento pode superiorizar-se às leis” Em declarações ao HM, António Conceição Júnior confirmou que o Sporting jogou sob protesto pois enviaram uma notificação à associação há cerca de uma semana para “dizer que dois jogadores do Ka I iam voltar território e jogar apenas com visto, sem cartão azul.” Um situação que, para Conceição Júnior, é ilegal pois, argumenta o Presidente do Sporting, “em Macau só se pode exercer actividade profissional se se tiver um cartão azul.” O facto da liga não ser profissional não serve de justificação para Conceição Júnior, pois “não interessa que seja profissional ou não o que é certo é que estes jogadores são profissionais. Sempre foram”, rematou. O dirigente reforçou ainda a sua posição afirmando “nenhum regulamento pode superiorizar-se às leis do território”. João Pegado, treinador do Sporting: “Temos um campeonato triste e vergonhoso” No final do jogo, João Pegado estava tudo menos feliz. Insatisfeito com o resultado, com a arbitragem mas também com a associação que acusa de ausência perante os problemas fundamentais da modalidade. Fala mesmo de revolta no balneário por causa do esquema de reserva de campos para treinos. Em relação ao jogo, Pegado considera que “acabaram de novo com um empate quando a equipa adversária fez apenas um remate à baliza.” Para o treinador, a equipa do Sporting teve muito mais volume de jogo, à excepção dos minutos após a expulsão onde considera que “o Ka I cresceu” mas no fundo entende que, “a existir um vencedor deveria ser o Sporting”. E daí partiu para as críticas à Associação de Futebol, por não responder à carta sobre esclarecimentos dos vistos mas também no que respeita à conduta dos árbitros, não entendendo como um árbitro tão criticado por ambos durante o ‘Sporting-Monte Carlo’ tenha sido premiado com a arbitragem de um clássico ou por “dar-nos apenas dois minutos quanto o jogo esteve interrompido tanto tempo”, explica. Indignado, João Pegado lamenta ainda que o principal promotor (a Associação) não queira saber de nada, uma situação que, para ele é “triste e vergonhosa, mas é o campeonato que temos”. Para além disso, João Pegado aproveitou para criticar fortemente a política de marcação de campos para treino que, segundo ele, “está a criar uma grande revolta no balneário”. Terminam sempre os treinos à meia noite, quando, garante, “vejo os campos ocupados por meia dúzia de pessoas a marcarem penáltis durante o dia e eu, e os outros, temos de acordar às cinco da manhã para os marcar”. Neste contexto, Pegado lançou ainda uma farpa ao ID quando diz compreender a necessidade do Desporto para Todos mas apelando a mais apoio à competição pois “os clubes investem e têm de ser respeitados”. Josicler, treinador do Ka I: “O presidente do Sporting não é da Migração” Ao analisar o jogo, Rosicler reconhece que “Jogámos no erro, mas perdemos um pouco da estrutura com a saída prematura do Fabrício”. Para Josicler é necessário reforçar a actividade do meio campo “para ter força para chegar no ataque pois o William está a jogar muito isolado”. Concorda com a má qualidade da arbitragem que, para o treinador, “teve muitos erros, e tem dificultado muito o nosso trabalho”. De resto considera que o Sporting também jogou bem mas tem dúvidas em relação ao golo anulado nos últimos minutos à sua equipa mas, no fundo, concordou com o empate. Relativamente à polémica da inscrição jogadores, Rosicler disse que “o presidente do Sporting é presidente do Sporting, não trabalha na emigração” e adianta mesmo que “existem muitos jogadores que vêm de HK e doutros lados jogar aqui nessas condições, com contratos para serem aprovados e nunca houve essa regra aqui”, pelo que aconselha Conceição Júnior a “estar bem ciente do que está falando”.
Hoje Macau PolíticaCavalheiro – “Este Dia” “Este Dia” Nunca pensei estar aqui Nunca esperei por este dia Andei em frente e recuei Caí numa vala vazia E tudo foi acontecendo Enquanto eu fazia outros planos Agora o que tenho eu De pouco em já tantos anos? O tempo corre contra mim Tira-me tempo para mudar Eu tive tantas mais certezas De como isto ia acabar E tudo foi acontecendo Enquanto eu fazia outros planos Agora o que tenho eu De pouco em já tantos anos? Cavalheiro JOÃO FILIPE / RICADRO CIBRÃO / JOÃO COUTADA
Hoje Macau BrevesSónia Chan apresenta proposta de acordos judiciários em Julho [dropcap style=’circle’]A[/dropcap] Secretária para a Administração e Justiça, Sónia Chan, indicou que o Governo está a “tentar apresentar a proposta relativa aos acordos de extradição “no próximo mês de Julho” à Assembleia Legislativa (AL). Durante a apresentação das Linhas de Acção Governativa (LAG), em Novembro de 2015, Sónia Chan afirmou que a sua pasta iria “encetar negociações com outros países, tendo por base o acordo-tipo sobre a transferência de pessoas condenadas e a cooperação judiciária em matéria cível e comercial aprovado pelo Governo Central, dando prioridade às negociações com os países lusófonos”. Portugal é o único país que tem, actualmente, um acordo sobre “transferência de pessoas condenadas” com Macau, assinado em 1999, poucos dias antes da transferência da soberania do território de Portugal para a China.
Hoje Macau BrevesAbertura do MGM Cotai pode ser ajustada [dropcap style=’circle’]O[/dropcap] director-executivo da MGM China, Grant Bowie, afirmou que a data da abertura do projecto do MGM no Cotai pode ser alterada, algo que depende “da situação do mercado e das datas de abertura de projectos de outras operadoras de Jogo também no Cotai”. Estava previsto o novo resort abrir no quarto trimestre deste ano, mas, segundo o Jornal Ou Mun, Grant Bowie admitiu que o actual ambiente da indústria de Jogo influencia a abertura e, sem dar datas certas para tal, diz apenas que vai anunciar a nova data “num momento oportuno”. O director-executivo prevê que vai precisar de recrutar entre mais quatro a cinco mil funcionários.
Hoje Macau BrevesDetectado caso de febre da dengue [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]s Serviços de Saúde (SS) confirmaram um caso de febre de dengue numa mulher de 52 anos de idade, residente na Rua do Regedor, na Taipa. O caso foi detectado depois da paciente ter realizado uma viagem a Kuala Lumpur, na Malásia, onde a irmã mais jovem foi tratada com a mesma doença. Para já a mulher está internada a receber tratamento, estando numa situação clínica estável.
Hoje Macau China / ÁsiaMar do Sul | Confirmado “armamento” em ilhas disputadas [dropcap style=’circle’]A[/dropcap] China confirmou que mantém armamento numa ilha disputada no Mar do Sul da China, avançou ontem a imprensa estatal, depois de o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, acusar Pequim de “militarizar” um território estrategicamente vital. O ministério chinês da Defesa confirma que o país “mantém armamento na ilha há muito tempo”, escreve o Global Times, jornal em língua inglesa do grupo do Diário do Povo, órgão central do Partido Comunista Chinês (PCC). O mesmo artigo não especifica qual o tipo de armamento. A cadeia norte-americana Fox News avançou na quarta-feira que a China instalou na semana passada um sistema de lançamento de mísseis terra-ar na ilha Woody, que faz parte do arquipélago Paracel. Alegadamente rico em petróleo e gás natural, a soberania daquele território é reivindicada por Pequim, Taiwan e Vietname. “A China tem o direito legal e justo de colocar instalações defensivas nas fronteiras do seu território”, acrescenta o Global Times, acusando a imprensa ocidental de tocar “a mesma cantiga de sempre”, sobre “a ameaça chinesa”. Da soberania O “gigante” asiático insiste que tem direitos de soberania sobre a quase totalidade do Mar do Sul da China, uma via marítima estratégica pela qual passam um terço do petróleo negociado internacionalmente. Nos últimos meses, tem construído ilhas artificiais capazes de receber instalações militares em recifes do arquipélago Spratly, a sul do Paracel, e alvo de disputa pela China, Vietname, Taiwan, Filipinas, Malásia e Brunei. “Existem evidências, todos os dias, de que há um reforço da militarização de um género ou outro”, disse Kerry na quarta-feira à imprensa em Washington. Em editorial, o Global Times reagiu, acusando os EUA de instalar a “maioria dos elementos militares na região”. Se a China de facto colocou mísseis terra-ar na ilha, “talvez sirvam para desencorajar aviões de combate norte-americanos de realizar voos provocativos na região. Para nós, é um ótimo resultado”, conclui.
Hoje Macau China / ÁsiaGrupo accionista da TAP compra distribuidora mundial de tecnologia [dropcap style=’circle’]O[dropcap] grupo chinês HNA – empresa matriz da companhia aérea Hainan Airlines e futuros accionistas da TAP – vão comprar a distribuidora de tecnologia norte-americana Ingram Micro, por 6.000 milhões de dólares. A HNA pagará 38,90 dólares por cada acção do Ingram Micro – um valor 31% acima da cotação actual – segundo um comunicado emitido ontem pelo grupo listado em Nova Iorque. “Com a ajuda do Ingram Micro, o HNA Group terá acesso a oportunidades de negócio em mercados emergentes, com altas taxas de crescimento e retornos”, reagiu, entretanto, o CEO da empresa chinesa, Adam Tan. Segundo um comunicado emitido há dias pelo HNA, o grupo compromete-se a realizar um empréstimo de 120 milhões de euros à companhia aérea brasileira Azul, destinado à compra de obrigações convertíveis da TAP a 10 anos. A empresa assegurará assim 6,4% do direito de voto na TAP e 55% dos benefícios económicos, lê-se na mesma nota. Além desse empréstimo, com maturidade de 181 dias e taxa de juros anual fixada em 14,25%, o HNA prevê mais um financiamento de 300 milhões de dólares à Azul, visando tornar-se accionista da empresa. Apostar lá fora Pequim tem encorajado as empresas do país a investir além-fronteiras, como forma de assegurar matérias-primas e fontes confiáveis de retornos, face aos sinais de abrandamento na economia doméstica. A estatal chinesa China National Chemical Corp. ofereceu este mês 43 mil milhões de dólares pela gigante suíça de pesticidas e sementes Syngenta, no que se poderá tornar na maior aquisição de sempre da China no exterior. A Ingram Micro é responsável pela distribuição de produtos da Apple, Microsoft, IBM e Cisco, entre outras firmas do sector, e tem 200 mil clientes espalhados por cerca de 160 países, segundo o ‘site’ oficial. A HNA compromete-se ainda a manter a sede da empresa no Estado norte-americano da Califórnia e os actuais membros da administração.
Hoje Macau China / ÁsiaICBC | Pequim diz-se disposta a cooperar com Espanha [dropca style=’circle’]A[/dropcap] China está disposta a colaborar com Espanha na investigação à sede do banco chinês ICBC em Madrid, por alegado branqueamento de capitais, e espera que as autoridades espanholas actuem de acordo com a lei. “Estamos dispostos a manter a comunicação com o lado espanhol”, afirmou ontem um porta-voz do ministério chinês dos Negócios Estrangeiros, Hong Lei, numa conferência de imprensa em Pequim. Hong apelou à justiça espanhola para tratar deste assunto “de acordo com a lei” e recordou que Pequim sempre urge as empresas chineses no exterior a cumprir estritamente com as leis chinesas e do país onde operam. Operação serpente A Guarda Civil espanhola deteve na quarta-feira cinco directores do banco estatal chinês ICBC em Madrid, todos de nacionalidade chinesa, e entre os quais consta o diretor-geral da sucursal. Em causa está uma operação coordenada pela procuradoria anti-corrupção de Espanha e que a imprensa espanhola diz estar relacionada com a investigação Snake, contra a máfia chinesa na região madrilena de Cobo Calleja. O banco é suspeito de operar uma estrutura criminal que se dedicava a transferir dinheiro para a China, obtido através de contrabando, fraude fiscal e exploração de mão-de-obra, “de maneira a que parecesse legal”. Executivos e advogados do ICBC deslocaram-se entretanto a Madrid, para cooperar com as autoridades, informou ontem a instituição num comunicado citado pela imprensa chinesa. A mesma nota acrescenta que o banco sempre cumpriu “com os princípios básicos de gestão e regulamentos contra a lavagem de dinheiro”. O ICBC abriu portas na capital espanhola em 2011 e opera sob a tutela da central europeia, no Luxemburgo. Está também presente em Lisboa há alguns anos, mas através de um escritório de representação, sendo conhecida a sua vontade de abrir uma sucursal no país a curto prazo. Trata-se da maior instituição bancária do mundo em capitalização em bolsa e por depósitos.
Hoje Macau EventosMúsica e caligrafia em noite de lua cheia Festival das Lanternas de volta ao Albergue SCM [dropcap style=’circle’]É[/dropcap] já na próxima segunda-feira, dia 22, que o Albergue SCM inaugura o festival anual de lanternas. A festa começa às 18h30 e prolonga-se até às 22h00. Este ano, o programa integra uma série de actividades comemorativas com destaque para a Exposição de Caligrafia Chinesa do Mestre Choi Chun Heng, patente ao público de 22 a 29 de Fevereiro, música ao vivo pela Tong Chong Arts Troupe, ópera chinesa, e pela Banda Sunny Side Up, trio acústico que tocará temas alusivos à época e algum repertório do seu álbum de estreia “Tributo a Macau”. Tal como nos anos anteriores, o aclamado calígrafo Choi Chun Heng é convidado a escrever papéis votivos “fai-chun”, sendo que haverá o habitual jogo das lanternas com a resolução de enigmas e serão distribuídas lanternas do coelhinho às crianças. O Albergue SCM vai ainda distribuir 300 caixas com doces tradicionais alusivos à época por via de senhas que podem ser levantadas no local a partir das 18h00. A Celebração do Festival das Lanternas é comemorada no 15º dia, do primeiro mês do calendário lunar e marca o fim da celebração do Ano Novo Chinês, sendo a primeira noite de lua cheia do novo ano lunar. Tradicionalmente, o Festival teve origem na Dinastia Han, mas a celebração transformou-se gradualmente num evento romântico e é também popularmente conhecido como o “Dia dos namorados chinês”. Os casais poderão escrever as suas juras de amor em corações de papel e pendurá-los nas duas árvores emblemáticas (as canforeiras entrelaçadas) no centro do pátio. No mesmo espaço, continua a funcionar o “Poço dos Desejos” que estará a recolher donativos para a ANIMA até ao dia 5 de Março. A entrada é livre.
Hoje Macau MancheteProfessora de dança apresenta novo estilo em Macau com aula aberta Vem decidida a espalhar um bicho, “um bicho bom”, como diz. Chama-se Lindy Hop. Ou Swing. Ou Swing Jazz. Nasceu na “loucura” dos anos 20, quando as pessoas pensavam que as guerras tinham acabado para sempre. É uma febre na Ásia, especialmente na Coreia, e em Hong Kong já existe uma comunidade forte, mas em Macau não. Sara Castro, professora, pretende mudar isso. Já a partir deste sábado [dropcap style=’circle’]D[/dropcap]escobriu a prática do Lindy Hop há cerca de dois anos, mas “desde miúda” que tem um fascínio pela época, pela música, pelos filmes da época, a dança, o glamour. Um dia, “depois de ter ido a umas festas de Swing, em Lisboa e no Porto, Sara Castro percebeu “que havia muita gente a dançar bem” e resolveu aprender, como confessa ao HM. Uma experiência que se veio a revelar intensa ao ponto de Sara já a considerar um modo de vida. E transformadora porque, como a própria admite, “o Lindy Hop faz as pessoas felizes”. “Praticamente vejo a minha vida como antes e depois do Lindy Hop. É completamente diferente, sinto-me cada vez mais feliz.” Ânimo e conexão para todos “Um dos meus melhores amigos, um inglês de quase 80 anos, é também um dos melhores dançarinos que conheço”, assegura Sara Castro para explicar que esta dança é mesmo para todos, sendo que a professora tem até alunos das mais variadas idades. “É muito divertido”, reflecte, adiantando que o Swing pode ser “lento, rápido, mais ou menos sexy, mas é sempre divertido, as pessoas brincam muito”. É desta necessária cumplicidade que sai o que Sara Castro considera como o elemento mais importante deste tipo de dança: “a conexão”, revela, “as pessoas dançam em pares e trocam entre eles e têm de estabelecer um elo de ligação forte”, o que, para Sara, muda as pessoas. “É uma escola de sociabilidade”, diz, adiantando que mesmo do ponto de vista técnico, “nesta dança trabalha-se muito essa ligação, porque o par tem de conectar muito.” Enamorada por Macau Sara Castro está há apenas cinco meses em Macau, mas nunca lhe foi um lugar completamente estranho por via das conversas do irmão (Joaquim Magalhães de Castro). Um dia, decidiu vir ver a terra com os próprios olhos, porque, como confessa, segue muito mais aquilo que sente do que aquilo que pensa. “Estava muito feliz em Portugal, mas senti que precisava de uma experiência nova, fora de portas e foi a altura.” O convite da Associação Macau no Coração, que cedeu o espaço para a actividade de sábado, veio a calhar e proporcionou-lhe a oportunidade de se dedicar à sua paixão. Mas Macau requer um processo de adaptação que, admite, “tem tido as dificuldades próprias de se vir para um lado novo com outra cultura e onde não se conhece ninguém”. Sara confessa que está enamorada e a adorar a experiência. Para o futuro, tem alguns planos ligados à produção de outros projectos artísticos, apesar de não gostar muito do longo, nem sequer do médio prazo. “Gosto de planear mês a mês”, diz-nos bem humorada. Para já, o seu grande foco é o de “lançar o bicho do Lindy Hop em Macau”, explica. Já tem pessoas interessadas e espera vir a ter mais depois desta primeira aula. Espera também conseguir convencer algumas escolas a anexarem classes extracurriculares de Swing que, garante, seriam óptimas “para aumentar os níveis de sociabilidade e bem estar geral das crianças”, ou não tenha sido ela professora durante grande parte da sua vida do 1º ciclo e de Expressões Artísticas (das artes plásticas à dança) para adultos e crianças. Apresentar o Lindy Para o próximo sábado, Sara Castro apresenta uma dança que já é comum na região vizinha e que a professora quer, então, ver em Macau. O que se prepara é “um convite aberto à cidade”, diz Sara, para as pessoas experimentarem as delícias do Lindy Hop e aumentar o número de praticantes. “Já tenho alguns alunos mas gostava que fossemos muitos mais”, diz a professora. A sessão propriamente dita, começará com uma aula aberta para que as pessoas se apercebam dos movimentos básicos e continuará para um momento mais social onde, explica Sara, “as pessoas podem beber um copo, um snack, confraternizarem e aplicarem os movimentos aprendidos na aula”. De resto, a professora sente-se confiante que, tal como noutros países asiáticos, o Lindy Hop também pegue de estaca por aqui, dando até o exemplo de Hong Kong onde “existe há cerca de dez anos e tem vindo a crescer muito”. A demonstração vai acontecer no próximo sábado, dia 20, no espaço da Associação Macau no Coração, entre as 19h00 e as 21h30. A Associação fica na rua 4 do Bairro do Iao Hon, nº 50, Edif. Industrial Iao Seng, bloco 1 – 4º B. A entrada é livre.
Hoje Macau Perfil PessoasGeneveva Rodrigues, gestora de Marketing [dropcap style=’circle’]D[/dropcap]e riso fácil e ar jovial, Geneveva Rodrigues veio a Macau apenas para renovar o BIR, porque a tia disso a lembrou, mas um assunto que era para uma semana transformou-se numa aventura de dois anos. “Estava uma óptima temperatura em Macau, apesar de ser Janeiro, há meses que estava um frio horrível em Portugal… e fui deixando-me ficar”, relembra ao HM. “Isto era tudo novo para mim, era como descobrir uma cidade nova e prorroguei a partida por mais três semanas”. Surge entretanto uma oferta de emprego como gestora de vendas, e depois de contas, de uma empresa de marketing digital, a Hogo. Ainda cá está, agora como gestora de marketing do Clube Pacha. Mas, tudo começou há 35 anos, quando Geneveva nasceu em Hong Kong. “Nos anos 80 isso era normal”, explica, “as pessoas não tinham muita confiança em ter bebés aqui e a minha mãe foi a Hong Kong”. Tem sangue chinês do lado do pai mas nunca o conheceu nem pretendeu alongar-se sobre o assunto. Depois seguiu-se a vida em Macau que durou até cerca dos 18 anos quando voltou para Portugal. “Não tenho muitas recordações dessa altura”, diz-nos. A confissão deixa-nos um pouco surpreendidos, mas resolvemos tentar voltar ao assunto mais tarde. Entretanto tínhamos sabido que é do signo do Macaco, o que nos fez pensar em desejos para o ano. “Queria que me saísse o euromilhões”. Pelo dinheiro apenas?, quisemos saber. “Não, para dar volta ao mundo, pois não quero ter de trabalhar pelos sítios por onde passo” e isso “custa dinheiro”. É que, para Geneveva, mochila às costas… “Não! Isso não faz parte do meu género”, garante entre gargalhadas, reconhecendo que este é um sonho distante. Festas como trabalho Quando voltou a Portugal voltou de vez. “Fui a última da família a voltar, já lá estavam todos, por isso, quando fui, nunca pensei em voltar”. Foi estudar Farmácia porque estava na área de Saúde na secundária e tinha horror a sangue, pelo que Farmácia não lhe oferecia esse confronto. É farmacêutica, portanto, e foi formadora de delegados de propaganda médica. E responde com um “não faço comentários sobre isso” quando lhe perguntamos se acha a indústria farmacêutica saudável. O seu coração, contudo, esteve sempre noutro lado: “A minha principal actividade sempre foi outra”, revela de repente. “Em boa verdade o que eu sempre fiz mais foi relações públicas e organização de festas”. Organizou-as em Lisboa, no Algarve mas também em Miami onde viveu algum tempo. “A noite esteve sempre aliada a mim, desde os 16, 17 anos….” Aí apanhámo-la e voltámos ao assunto ‘crescer em Macau’: a palavra mágica, “noite”, tinha sido proferida e, de repente, as recordações da adolescência em Macau começaram a surgir em catadupa na cabeça de Geneveva. “Era mais em Hong Kong”, garante, “mas em Macau também havia festa”, reconhece, “era a altura da discoteca Mundial”… Os tempos eram mais passados com os amigos, em Lan Kwai Fong, quando “aquilo se resumia a uma rua”, diz-nos. “Mas tinha o 97, o JJ, o Manhattan…”, revela com emoção. Agora percebíamos melhor como o Pacha se enquadra na sua vida. “O Pacha é uma velha paixão”, revela, adiantando que “quando morava em Portugal foi durante dez anos consecutivos ao Grand Opening em Ibiza”. Por isso mesmo, para Geneveva, trabalhar no Pacha é um sonho tornado realidade ao ponto de considerar: “o meu local de trabalho é a minha sala de diversões”. Mas é também um desafio: “vamos ter de adaptar mais o clube à clientela asiática”, revela, reconhecendo que trabalhar no mercado asiático é uma experiência nova, além de “estarmos numa cidade muito particular, pois as pessoas vêm mais para o jogo do que propriamente para o entretenimento”. “Em Hong Kong seria diferente”, garante. Contribuir para aperfeiçoar o plano de marketing do clube é uma das suas missões e a nova ponte não será a solução porque, diz, são precisos resultados agora”. “Não podemos ficar à espera da ponte, as soluções temos de as achar agora”, revela assumindo de repente um tom mais solene e garantindo que esse desafio é o que a agarra a Macau. A jovem pretende poder dizer “missão cumprida”, mas não será por muito tempo. “Talvez mais um ano”, pensa, “mas ficar aqui não tenciono”, garante. “Tenho umas saudades imensas do mar, dos meus amigos, das festas nos terraços”… Geneveva pareceu-nos convencida de que um dia vai mesmo ter de voltar para o reencontro com o Atlântico e com os amigos que não dispensa. E bebés?, pretendemos saber para fim de conversa. “Nunca tive esse desejo”, revela, “desde pequena nunca foi uma coisa importante para mim, de modo nenhum”, confessa, apesar de admitir que numa situação especial, com a pessoa certa, isso poderia acontecer. Nunca teve o sonho de ser mãe e continua “a não ter”, assegurou. E deixámo-la como a encontrámos: no salão de beleza, a terminar o criterioso tratamento de unhas que percebemos não dispensar, num momento de pausa, onde acedeu falar connosco, na vida agitada de uma ‘marketeer’ do entretenimento.
Hoje Macau EventosFestival de Artes de Macau | Tema de 2016 celebra Shakeaspeare e Tang Xianzu [dropcap style=’circle’]É[/dropcap]já em Maio que arranca a 27.ª edição do Festival de Artes de Macau (FAM). Sob o tema “Tempo”, o FAM 2016 propõe-se “reinventar a sua imaginação e experimentar o espírito dos tempos”, no ano em que se assinala o 400.º aniversário da morte de Shakespeare e de Tang Xianzu. As obras de ambos vão estar em palco, mas também danças japonesas e uma peça de teatro interpretada por actores com deficiências cognitivas, entre outras apostas. “Sonho de Uma Noite de Verão”, a comédia romântica de Shakespeare, vai abrir o Festival e será trazida ao palco pela Shakespeare Theater Company dos Estados Unidos, com cenários e um guarda-roupa sob a direcção de Ethan McSweeney, encenador da Broadway. Também vai marcar presença o monólogo “A Última Gravação de Krapp”, encenado e interpretado por Robert Wilson, dramaturgo e encenador de renome, numa adaptação minimalista da obra de Samuel Beckett, considerada uma combinação “perfeita” entre este e aquele que é considerado um dos mestres do teatro contemporâneo. Do bailado à ópera Ming Saburo Teshigawara e Rihoko Sato vêm do Japão e são aclamados mestres de dança. Com eles trazem o bailado “Obsessão”, que retrata como o consciente pode ser abalado por uma obsessão interior através de uma combinação entre música, movimento, belas artes e imagens. Questionar a sociedade actual é a missão do Teatro HORA, da Suíça, que nos traz a peça “Disabled Theater”, de Jérôme Bel, interpretada por actores com deficiências cognitivas, onde estes questionam a sociedade actual bem como os modos de vida de diferentes pessoas. Um dos grandes pratos fortes do programa será a apresentação de “A Lenda do Gancho de Cabelo Púrpura”, a tragédia romântica de Tang Xianzu, o afamado dramaturgo de ópera chinesa da Dinastia Ming, adaptada pelo dramaturgo Tang Ti-Sheng que conta com a participação do conhecido artista de ópera cantonense de Macau Chu Chan Wa, entre outros artistas locais. O XXVII FAM acontecerá de 1 a 31 de Maio deste ano.
Hoje Macau BrevesEncontrado mais um recém-nascido morto no Flower City A Polícia Judiciária (PJ) descobriu ontem mais um bebé morto no Flower City, no mesmo prédio onde foi encontrada esta semana uma menina recém-nascida no lixo. Neste caso, o bebé seria de uma trabalhadora doméstica filipina e as autoridades descobriram a criança enquanto investigavam o caso da primeira bebé recém-nascida. Segundo o canal chinês da Rádio Macau, a PJ anunciou ontem que, durante a investigação, interceptou uma mulher da nacionalidade Filipina com 27 anos. No local encontraram uma garrafa de vidro e um bebé morto, dentro de um saco de mulher, que nasceu prematuro, com cinco meses. A PJ afirmou que a mulher trabalhava num outro edifício perto do local e o bebé nasceu na casa de banho do domicílio de empregador, na madrugada da terça-feira passada. Os médicos-legistas estão a investigar a morte do bebé, mas não foram encontradas marcas que mostrem qualquer crime. A PJ referiu ainda que esta mulher não está envolvida no caso da bebé abandonada no mesmo edifício, sendo que ainda ninguém foi detido neste âmbito.
Hoje Macau BrevesMaestro Zhang Guoyong e Orquestra de Macau no domingo O Maestro chinês Zhang Guoyong vai liderar a Orquestra de Macau (OM) no concerto “Rússia, País das Maravilhas”, que vai acontecer no próximo domingo na Torre de Macau. Zhang é reconhecido como o “melhor maestro” chinês intérprete da música russa, com especial ênfase para as sinfonias de Shostakovich. Neste concerto vai conduzir temas da Sinfonia N.º 1 em sol menor, Op. 13 “Devaneios de Inverno” de Tchaikovsky e a Sinfonia N.º 1 em fá menor, Op. 10 de Shostakovich. Director da Ópera de Xangai e professor no Departamento de Direcção Musical do Conservatório de Xangai, Guoyong estudou quatro anos na antiga URSS e conquistou a mais alta nota em doutoramento dada até hoje pelo Conservatório Estatal Tchaikovsky de Moscovo. A sua permanência naquele país deu-lhe a oportunidade de conduzir várias obras russas e ganhar experiência prática de trabalho e da cultura, permitindo-lhe compreender melhor a história e cultura musical russas. Zhang Guoyong é conhecido por ter um “estilo de condução simples e natural, espiritualmente rico e altamente artístico”. O concerto realiza-se no dia 21 de Fevereiro (domingo), pelas 20h00 horas, no Auditório da Torre de Macau. Os bilhetes custam entre as cem e as 200 patacas.
Hoje Macau Eventos MancheteKit Leong vence competição para festa de Madonna e fala em novo fôlego Kit Leong, DJ da velha guarda de Macau, está entre os dois vencedores do concurso Rebel Heart DJ promovido pelo Clube Pacha, ao lado de Casey Anderson, de HK. Verdadeiro decano da mesa de mistura local, Kit não esconde a “emoção” pela nomeação e promete “um set inesquecível” para o próximo sábado, na festa após o concerto de Madonna. O DJ vê nesta oportunidade “um novo impulso pois andava um bocado desanimado com a indústria” [dropcap style=’circle’]Q[/dropcap]ue faz agora? Tem tocado? Tenho andado pela produção de eventos. Passei do palco para os bastidores. Fiz alguns eventos institucionais, mas depois do nascimento do meu segundo filho decidi fazer uma pausa. Antes tocava todas as noites, anos a fio, no Fashion Club, no The View e no Bellini. Na realidade foi a minha mulher que enviou o set para concurso sem eu saber. Que surpresa ter sido seleccionado! O meu coração ainda é o de um DJ, por isso confesso que esta oportunidade vai dar-me o ânimo para voltar ao “jogo”. Lembra-se da primeira vez que tocou para uma audiência? Que tipo de música tocou? Acho que deve ter sido no Liceu de Macau. Ainda me lembro de carregar os pratos e as caixas de discos – um peso danado – para a festa, com a ajuda da minha namorada que hoje é minha mulher. Mas a primeira actuação profissional foi no Talker’s, o bar mais popular dos anos 90. Lembro-me que construímos nós mesmos a cabina de disc-jockey com painéis de contraplacado. Mas era uma excitação e soube logo nessa altura que era aquilo que queria fazer. Uma das minhas músicas preferidas nessa era o “Keep Pushing” do Boris Dlugosch. Que DJ (ou DJs) tem como modelos? Quem me conhece sabe como sou um grande fã de Sasha, mas o meu modelo como DJ foi o talentoso Suki Lor, que foi o meu mestre nesses primeiros anos passados no Signal (bar que existia nas “docas” e fechado há cerca de 13 anos) e para quem ainda olho com admiração. Como DJ e como o grande ser humano que ele é. E, claro, tenho de referir o meu parceiro de crime de muitos anos que, com o seu talento, sempre me obrigou a evoluir – estou a falar do D’mond (José Drummond). Qual é o seu estilo musical preferido? Sou eclético, mas as minhas escolhas recaem normalmente no tech-house. Mas como gosto de misturar coisas e sinto-me sempre muito atraído por fortes linhas de baixo e melodias que evoquem diferentes emoções. O que precisa de ter um Disc Jockey para ser considerado bom? Passar música é a capacidade de saber ler as pessoas, de conseguirmos sintonizar-nos nessas experiência humana e levá-los para uma viagem. Não tem nada a ver com ter uma aparência “cool” atrás dos decks. Que planos tem para o futuro? Voltar a tocar, trazer a música de dança de volta para a cena. Foi um dos pioneiros da cena da música de dança em Macau. Até montou uma loja para DJs… Como recorda esses dias? Uma série de boas memórias. Abri a loja depois de ter estado dois anos na Europa e de passar todos os dias em lojas de discos e a conhecer nova música e outros DJs. Foi o que quis trazer para Macau além de proporcionar um espaço de encontro. Estávamos, de facto, na frente do movimento e foi quando trouxéssemos a Macau gente como o John Creamer e o Lee Combs entre muitos outros. Como analisa a cena local nos dias de hoje? Decididamente não é nada do que costumava ser. Dantes tinha mais a ver com a música e agora é mais um projecto de imagem. Que diria à nova geração de DJs de Macau? Espero que se mantenham fiéis à música de dança, que trabalhem duro nas suas capacidades e não apenas na imagem. Que se mantenham verdadeiros à sua paixão e que se apoiem uns aos outros. O disco é redondo. Se o empurrarem com força suficiente, as recompensas virão de volta.
Hoje Macau h | Artes, Letras e IdeiasHeroínas e outras estórias * Julie O’yang 闖 [dropcap style=’circle’]N[/dropcap]a sequência do meu trabalho como romancista e argumentista, nestes últimos tempos tenho lido bastante sobre a temática das “heroínas”. Um estudo recente revela que de 1989 a 1999 – a década do “renascimento” da Disney – os filmes de princesas são estranhamente dominados pelas personagens masculinas. Para além da heroína, não existem praticamente mais personagens femininas poderosas, respeitadas, úteis, ou com sentido de humor. Passo a citar: “Na Pequena Sereia os homens falam durante 68% do filme; na Bela e o Monstro 71% ; no Aladino 90% ; na Pocahontas 76% e, finalmente, em Mulan, 77% do “tempo de antena” vai para as personagens masculinas. Na versão da Disney de Mulan, que conta a história de uma jovem chinesa, os homens dominam mais de três quartos dos diálogos, mesmo quando ela está disfarçada de homem. Por isso, todos os “tipos” passam a perna à heroína, o que não devia ser permitido. E será que estes filmes são mesmo recomendados para meninas? A Balada de Mulan (木兰辞) circulou na China durante o período das dinastias do Norte e do Sul (420–589 AD). Nesta popular balada yuefu em14 cantos, , Mulan é descrita como uma rapariga comum que, em circunstâncias extraordinárias, se subleva para poupar o pai às agruras da guerra contra os bárbaros, que habitavam territórios para lá da Muralha da China. Qualquer rapariguinha chinesa conhece as famosas palavras de Mulan: “As patas da lebre macho levantam-se e saltam, O olhar da lebre fêmea é sombrio e esquivo. / Duas lebres saltam lado a lado, perto do chão, / Quem pode dizer qual é ela ou qual é ele?” Em Mulan existe, provavelmente, o primeiro registo conhecido de uma jovem travestida de rapaz a salvar toda uma nação. A China antiga deveria ser um local fantástico para se viver, com espaço para a diferença ! Não sei se Mulan foi ou não baseada em factos reais, mas pessoalmente acredito que a imaginação é a única arma capaz de proteger a liberdade. Já agora, gostava de vos convidar a subir para o dorso do cavalo de Mulan e, num galope, virem comigo a Taiwan, conhecer a tímida Tsai Ing-Wen que, recentemente, chamou a atenção do mundo ao tornar-se a primeira mulher Presidente de Taiwan. Passamos a dar a palavra a uma mulher que subiu a pulso na primeira democracia do universo cultural chinês. Dêem um passo atrás e observem! Tsai Ing-Wen, 蔡英文nascida em 1956 é uma política de Taiwan e a primeira mulher a ser eleita Presidente da República da China < https://www.youtube.com/watch?v=BGKX9cVUUsA>. É também o primeiro Presidente de origem Hakka e Aborígene, o primeiro Presidente solteiro e o primeiro que nunca tinha sido anteriormente eleito para nenhum cargo político. Tornou-se a primeira Chefe de Estado de um país do Este asiático, sem qualquer ligação a antigos Presidentes. O que é Taiwan? A primeira coisa que é necessário fazer, quando se trata de realçar a importância de um país, é preservar a sua identidade, quer do ponto de vista económico quer do ponto de vista cultural. Uma visão correcta implica ser cuidadoso com os meios que temos ao nosso alcance – sem nunca nos separarmos deles. A identidade cultural de Taiwan não é folclore para turistas. Também não passa por embarcarmos em ideologias erradas. Quero ver Taiwan como um presente que ofereço ao meu povo e a mim própria! Criámos uma democracia com o nosso próprio esforço – a primeira nesta região – o que quer dizer que não existem outros exemplos para nos guiar, o que pode ser simultaneamente libertador e limitativo. Significa que o povo de Taiwan vai construindo uma democracia internamente, e não para satisfazer exigências e pressões externas. Crescer em Taiwan fez-me acreditar que todas as coisas partem de dentro de nós! Como vê o equilíbrio entre a RPC e Taiwan? Taiwan é independente, mas a ligação ao passado não pode ser ignorada. O povo deu-me, enquanto Chefe de Estado, o poder de “desenhar” o futuro, baseado em novos valores. Quero assumir até ao limite a responsabilidade pelas nossas acções e afirmar a democracia que criámos como uma ideia única e coerente. Enquanto mulher e profissional, a independência é tudo o que me interessa. Como advogada e cidadã, assisti a muita injustiça e vi muita corrupção. A ficção é uma forma de endireitar o mundo, mas eu não quero que a democracia em Taiwan seja fictícia. Taiwan está confiante porque é real. Como quer que os Taiwaneses se sintam quando falam de Taiwan ? Para mim a simples sonoridade de “Taiwan” é a expressão de nós próprios. Sendo a Democracia um organismo vivo, iremos enfrentar inevitavelmente problemas complicados e dores de crescimento. Quero que as pessoas sintam e reflictam sobre quem são. Não podemos ser verdadeiramente livres se não pensarmos quem somos. Por vezes é necessário que nos sintamos desconfortáveis e estranhos. Torna-nos conscientes da nossa existência e reafirma o nosso relacionamento com a sociedade em que nos inserimos. A liberdade é assustadora, mas de facto trata-se de qualquer coisa mais profunda, um pavor solidamente enraizado na cultura chinesa e no seu povo. E quanto ao tabu da mulher auto-suficiente no universo chinês ? Na medida em que estou a fazer algo que nunca tinha sido feito, estou à vontade. O que é a democracia? Eu penso que, à semelhança da beleza, a democracia deve criar entusiasmo! Termino a minha primeira “Ordem do Dia” com uma chamada de atenção para o trabalho da artista Fan Xiaoyan e as suas esculturas provocadoras. As esculturas representam humanóides femininos e estiveram em exposição num Festival de Arte na Coreia há alguns anos atrás, causando grande impacto. Desta vez Fan Xiaoyan apresenta “Sou Yugong”, baseado numa antiga fábula chinesa sobre um velho louco chamado Yugong que removeu duas grandes montanhas da frente da sua porta de sua casa. É uma história sobre fé e força de vontade. Tenho orgulho em ti, Taiwan! Vamos fazer-lhe uma entrevista a sério em breve! Fan Xiaoyan art photo Em: Fan Xiaoyan, I’m Yugong
Hoje Macau EventosRUC | Trinta anos de rádio celebrados na RAEM A Rádio Universidade de Coimbra (RUC) celebra 30 anos e, em Macau, um grupo de ex-DJs da estação prepara-se para assinalar a ocasião com uma festa onde vamos ouvir, garantem, “coisas que só se ouvem na RUC”. Uma sessão eclética, alternativa e independente é a promessa para o evento, que acontece na Live Music Association (LMA), no próximo dia 27. Corria o período que ficaria para a história como o das “Rádio Piratas” quando surgiu a RUC. Uma estação intimamente ligada com o movimento estudantil de Coimbra, alternativa e por onde passaram muitos profissionais actuais dos média portugueses. “A única rádio local de Coimbra, a única rádio-escola da Península Ibérica e uma das últimas rádios verdadeiramente livres” – assim se define a RUC no seu site, ao introduzir as comemorações do aniversário. Celebrar os 30 anos vai merecer a realização de uma série de actividades durante o ano, que vão de concertos a emissões especiais, passando pela edição de livros. O lema? “Há 30 anos em todo o lado” – um slogan que surge do facto da RUC, adianta o site, “ter sócios pelo mundo fora, através dos mais diversos e abrangentes cargos, muitos dele de responsabilidade.” Alguns desses sócios estão em Macau e é por isso que o aniversário da estação também aqui será lembrado mais uma vez. Os suspeitos por detrás do desafio chamam-se José Carlos Matias (jornalista da TDM) e Rui Farinha Simões (advogado) ambos ex-DJs da RUC. Na primeira mensagem ao “auditório macaense”, via Facebook, a organização afirma que “há coisas que só se ouvem na RUC e que se vão voltar a ouvir em Macau” garantindo ainda que “um contingente de DJs RUC (Macau-based) vai partir a loiça.” Portanto são de esperar sons que irão dos Pixies ao Kid Loco, passando por rock independente e “quiçá alguma música étnica”, confessa ao HM José Carlos Matias.
Hoje Macau Eventos MancheteCinema | Macau recebe Festival Internacional com Marco Mueller e Elvis Mitchell Pode custar cerca de 80 milhões de patacas e pretende levar Macau para o grupo dos grandes festivais de cinema. Deverá acontecer em Dezembro deste ano entre o Centro de Ciência e o Galaxy. À frente, dois nomes de peso – Marco Mueller e Elvis Mitchell – e um programa que prevê 45 filmes, galas, prémios e muitas estrelas internacionais [dropcap]M[/dropcap]acau vai albergar de 8 a 14 de Dezembro o seu “primeiro” Festival Internacional de Cinema, já baptizado como International Film Festival Macao (IFFM). A notícia é avançada por vários meios internacionais especializados e foi confirmada ao HM pela Direcção dos Serviços de Turismo (DST), ainda que não tenha havido qualquer anúncio oficial. Com um orçamento estimado em cerca de 80 milhões de patacas, valor considerado suficiente para que a organização possa transportar e albergar as delegações dos filmes e os principais média da Ásia, a maior parte da factura vai ser paga pelo Governo de Macau e o remanescente suportado por patrocinadores. Nesta edição inaugural do IFFM, o foco vai ser para o cinema comercial com diversos géneros em presença. Está também prevista competição, galas e uma mostra temática. O Centro de Ciência de Macau constituirá o centro nervoso do evento, que se alargará para o Galaxy, onde as exibições para o mercado serão efectuadas. A data escolhida (8-14 Dezembro) surge como aposta numa transição lógica a partir da Convenção CineAsia, que acontece na semana anterior – de 6 a 8 – em Hong Kong, À frente do certame estará Marco Mueller, que já dirigiu festivais como os de Veneza, Locarno e Roma, e foi consultor artístico do Festival de Cinema de Pequim e do Festival Silk Road. Mueller terá o apoio de Elvis Mitchell, apresentador do programa de rádio “The Treatment”, leitor visitante de Harvard e crítico de cinema que ficará responsável pela selecção de títulos no mercado norte-americano. A chegada de Mueller a Macau acontece depois deste ter trabalhado com os festivais de Pequim e Silk Road, e terá a ver com as restrições governamentais implementadas na China aos eventos competitivos, o que não acontece em Macau. Os últimos a saber A notícia chegou claramente mais depressa aos meios internacionais do que mesmo a Macau, já que os departamentos do Governo contactados pelo HM ou não sabiam do evento, ou sabem mas não estão prontos a anunciar. Todavia, as nossas fontes garantem que o evento cairá sob a alçada da Direcção dos Serviços de Turismo. Contactados estes serviços, foi-nos apenas autorizado a dizer que “os Serviços de Turismo estão a preparar a organização”, não confirmando em que papel, nem o orçamento, e prometendo uma divulgação com maior detalhe durante o próximo mês de Março. Contactado o Instituto Cultural, cuja assessoria de imprensa não tinha conhecimento de qualquer envolvimento do organismo no festival, quisemos apurar a hipotética constituição de uma Comissão de Cinema ou de um Sistema de Incentivos Financeiros – algo também anunciado pela imprensa internacional (ver caixa). Contudo, até ao fecho desta edição, não nos foi possível qualquer tipo de comentário. No fecho da edição, a Macau Films & Television Production and Culture Association enviou um comunicado, onde confirma o convite a Marco Mueller, as datas do Festival e uma conferência de imprensa para meados de Março. Comissão de Cinema e apoio financeiro em estudo? Segundo a revista Variety é ainda divulgado, sem referir fontes, que este evento enquadra-se na política do Governo de Macau de desenvolvimento da indústria do cinema, estando ainda previstas a constituição de um comissão de Cinema e da criação de um Sistema de Incentivos Financeiros para a indústria. Recorde-se que há uns anos surgiu em Macau um festival intitulado “Macau Internacional Film Festival (MIFF)”, numa organização que suscitou muita celeuma por entre a comunidade local do sector e muitas as interrogações sobre a apropriação da designação para um festival que segundo os seus críticos não tinha estatuto para isso, sendo que foi ainda questionado o apoio do Governo à iniciativa.
Hoje Macau China / ÁsiaONG | Número de presos políticos na China triplicou em três anos O número de presos políticos na China quase triplicou desde que o Presidente Xi Jinping ascendeu ao poder, em 2012, segundo uma das Organizações Não Governamentais (ONG) de defesa dos direitos humanos mais activas no país. No mesmo período, a China consolidou o seu papel no plano internacional, com iniciativas como o Banco Asiático de Investimento em Infra-estruturas (BAII) ou a nova Rota da Seda, nota a Chinese Human Rights Defenders (CHRD), num relatório ontem difundido. A organização indica que as autoridades chinesas detiveram 22 activistas dos direitos humanos no ano passado por “crimes políticos”, acusados de incitar à subversão contra o poder do Estado, uma cifra igual à soma dos três anos anteriores (quatro em 2014, dez em 2013 e oito em 2012). Em Janeiro passado, a CHRD confirmou 11 casos de detenção de cidadãos por “subversão”. O número diz respeito unicamente aos acusados de crimes “políticos”, enquanto a cifra total de detenção de activistas de direitos humanos ascendeu a mais de 700 no ano passado, incluindo aqueles que passaram, no mínimo, cinco dias sob custódia. Leque alargado Sob o mandato de Xi, a repressão estendeu-se a grupos que anteriormente contavam com a aprovação do Governo, como feministas ou trabalhadores de ONG que defendem os grupos mais frágeis da sociedade, indica o relatório. O documento acrescenta que no ano passado se registou um “ataque sem precedentes” contra advogados que trabalham em casos sensíveis. Só em Julho, uma campanha resultou na detenção para interrogatório ou “desaparecimento” de mais de 300 advogados, entre os quais mais de vinte continuam nas mãos das autoridades, alguns acusados de subversão, o que na China pode resultar em penas até prisão perpétua. Xi recorreu a nova legislação para justificar a redução de liberdades, como a lei de Segurança Nacional ou a emenda da Lei Criminal, nota a CHRD. Um dos casos mais mediáticos envolveu a condenação a três anos de prisão de Pu Zhiqiang, activista e defensor dos direitos humanos, por “incitação ao ódio étnico” e “provocação de distúrbios” por comentários que publicou numa rede social.
Hoje Macau China / ÁsiaChina | Regulamentos da OMC são cumpridos “fielmente” Após as manifestações europeias em protesto contra a alegada prática de “dumping” pelas empresas chinesas, Pequim responde que tudo o que faz está de acordo com as normas da Organização Mundial do Comércio A China assegurou ontem que “cumpre fielmente” com os regulamentos da Organização Mundial do Comércio (OMC), face aos protestos em Bruxelas, que acusam Pequim de praticar concorrência desleal nas suas exportações de aço. Representantes do sector na Europa saíram na segunda-feira às ruas em Bruxelas para protestar contra a prática de “dumping” – produção subsidiada que mantém o preço abaixo do custo de fabrico – pela China. Os manifestantes apelaram ainda à União Europeia (UE) para que não conceda o estatuto de economia de mercado ao país asiático. A China luta pelo reconhecimento de que a “economia de mercado socialista” – um modelo em que os sectores chave da economia permanecem estatais, mas geridos sobre uma base comercial – funciona em pleno, segundo as regras capitalistas. O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Hong Lei, assegurou, entretanto, que Pequim “cumpre fielmente” com as suas obrigações perante a OMC, mas que, por outro lado, também pode exercer os seus “direitos” como membro daquela instância reguladora. Investigação em curso Por seu lado, a Comissão Europeia anunciou que usará todos os instrumentos para defender a indústria na Europa. Na passada sexta-feira, colocou em marcha investigações sobre três produtos siderúrgicos importados do país asiático, para determinar se foram introduzidos no mercado comunitário recorrendo a concorrência desleal. Os produtos envolvidos são tubos, chapas grossas e produtos de aço planos laminados a quente, com origem na China. Pequim anunciou no início deste mês planos de reduzir o excesso de produção na indústria do aço chinesa, ao longo dos próximos cinco anos, com um corte anual de entre 100 a 150 milhões de toneladas – 12,5% do total produzido pelo país. O excesso de capacidade levou nos últimos anos à imposição de sanções comerciais à indústria siderúrgica chinesa por “dumping” em vários mercados de exportação.
Hoje Macau SociedadeCabo Verde | Governo contra “interesses pouco claros” na oposição a plano de David Chow O ministro do Ambiente, Habitação e Ordenamento do Território cabo-verdiano disse ontem que é preciso ter “muita atenção e muito cuidado” com os “interesses pouco claros” que se insurgem contra a construção de um complexo turístico no país. “Precisamos ter muita atenção e muito cuidado com a movimentação de interesses que são poucos claros, interesses outros, que não coincidem com as opções de desenvolvimento do país. Temos de tomar muito cuidado com isso”, alertou Antero Veiga, respondendo assim à comunidade científica que disse não ter acesso a nenhum estudo de impacto ambiental do complexo turístico do empresário chinês David Chow. A estância turística no ilhéu de Santa Maria e na Gamboa, situado defronte da cidade da Praia, e orçado em 250 milhões de euros, prevê a construção de um hotel-casino no ilhéu, uma marina, uma zona pedonal com comércio e restaurantes, um centro de congressos, infra-estruturas hoteleiras e residenciais na zona da Praia da Gamboa e uma zona de estacionamento. Trata-se do maior empreendimento turístico no país, que cobrirá uma área de 152.700 metros quadrados e inaugurará a indústria de jogo no arquipélago. Deverá estar pronto dentro de três anos e durante a construção poderá gerar milhares de postos de trabalho. “Naturalmente que há muita boa gente que teria grande satisfação em acolher este tipo de projecto nos seus respectivos países. Nós aqui em Cabo Verde respeitamos toda a legislação, foram feitos três estudos de impacto ambiental, tendo em conta as valências do investimento, a autoridade ambiental fez o seu pronunciamento, não hesitei em homologar esses estudos de impacto ambiental, de modo que não há razão para esse tipo de observação”, esclareceu o ministro, que não especificou, porém, os interesses que estão na base das contestações. Fala a ciência Domingo, um grupo de 12 cientistas e paleontólogos, coordenado pelo Instituto Gulbenkian de Ciência, insurgiu-se contra a construção do complexo, após visitarem o local no âmbito da componente lectiva da terceira edição do Programa de Pós-Gradução Ciência e Desenvolvimento (PGCD), com apoio de Portugal. O grupo de cientistas recomendou que qualquer projecto no local tivesse um estudo muito aprofundado de impacto ambiental e histórico, considerando que o “Djéu” [ilhéu] simboliza um local de importância extraordinária do ponto de vista ambiental e histórico. Para Antero Veiga, a comunidade científica “está um pouco desatenta”, porque todos os estudos estiveram em consulta pública de acordo com os prazos legais no país. “Alegar que não tiveram acesso já não é o nosso problema”, prosseguiu. “Naturalmente que não tem cabimento vir agora alegar que alguém não teve acesso aos estudos”, insistiu Veiga, para quem não se pode promover o desenvolvimento de Cabo Verde sem ter impacto ambiental. “O que fazemos com os estudos é ver de que forma é que podemos mitigar os efeitos negativos. Os técnicos estarão melhor posicionados para responder a essa questão”, indicou, dizendo que há outros locais onde se pode encontrar espécies que abundam no país. Após o lançamento da primeira pedra, o empresário David Chow considerou ser normal as várias vozes que têm manifestado o seu desagrado perante o projecto, dizendo que não se consegue satisfazer toda a gente e que, no futuro, os críticos irão ver o complexo de outra forma.
Hoje Macau EventosPintura, Fotografia e Multimédia | [X], de Rhys Lai, dia 20 na FRC Quebrar a tradição e explorar novas possibilidades é a proposta do artista local Rhys Lai, que inaugura já esta semana a exposição [X], na Fundação Rui Cunha. Em Março, o artista volta à carga com um workshop de pintura acrílica para pais e filhos [dropcap style=’circle’]R[/dropcap]hys Lai inaugura no sábado a exposição [X], na Fundação Rui Cunha. A designação da mostra fica a dever-se, segundo o artista, “ao desconhecido, a algo misterioso, ao inexplicável e, por outro lado, à pronúncia em Chinês de [X] – lê-se “乘”(Cheng), que tem o mesmo som de “承”que significa herança.” Quebrar a tradição e explorar as possibilidades das artes em diferentes formas de apresentação da mesma, tais como pintura, fotografia, ou outros meios, é o objectivo desta exposição que vai ser montada em diferentes zonas da galeria, sendo uma delas intitulada “Eu Penso e Tu Reflectes”, onde o artista pretende estimular a interacção com o público. A exposição abre dia 20 de Fevereiro de 2016, pelas 17h00 horas e a entrada é livre. A mostra estará patente até 13 de Março. Como jovem artista local, e membro activo da Associação de Desenvolvimento Artístico da Juventude de Macau, Rhys Lai tem a ambição de herdar e divulgar a arte e cultura de Macau. É também nesse sentido que dedica grande parte do seu tempo à formação e que no dia 5 de Março, pelas 16h00, vai promover um workshop de pintura acrílica destinado a pais e filhos, para que ambos possam explorar a sua expressão e a própria relação através da pintura, mas também para sensibilizar as crianças para as artes. ‘Técnicas básicas da pintura acrílica’ é o tema do workshop que é totalmente gratuito (incluindo material de pintura). Além disso, os participantes podem ficar com o produto do seu trabalho e com um livro de colecção das obras do artista. A lotação máxima é de dez pares – sendo aberto a crianças entre os três e os dez anos de idade – e é obrigatório inscrição.
Hoje Macau EventosUSJ | Palestras sobre tecnologias de ponta e música electrónica [dropcap style=’circle’]É[/dropcap]já nos próximos dias 25 e 26 deste mês que estarão entre nós Martin Kaltenbrunner e Miha Ciglar, académicos que chegam à Universidade de São José para duas conferências onde a música assume o papel central, mas onde numa se fala da interacção tangível entre pessoas e computadores na produção de música electrónica e na outra das últimas tecnologias áudio onde expressões como “acústica não linear” e “sensibilidade táctil ultrasónica” fazem sentido. Kaltenbrunner, que toma o lugar no dia 25, é professor do interface Culture Lab da Universidade de Arte e Design de Linz, foi investigador e docente na universidade Pompeu Fabra de Barcelona, entre outras instituições, e é um dos fundadores da Reactable Systems, empresa que tem sido responsável pela integração de conceitos de design desenvolvidos para o Reactable, um sintetizador modular tangível. O instrumento tem vindo a ser mostrado em diversas feiras de arte e festivais de música e recebeu o Nica de Ouro para Música Digital conferido pelo importante festival Prix Ars Electronica. Em Macau, Martin vai falar do Reactable, introduzir as bases do design tangível de interacção e abordar a relação humana com a música electrónica. Esta conferência surge numa época em que os interfaces tangíveis se tornaram no paradigma emergente na concepção de instrumentos musicais electrónicos. No dia seguinte, 26, é a vez de Miha Ciglar nos falar da sua empresa, a Ultrasonic, sendo que vai apresentar produtos actuais e futuros e introduzir os tópicos da acústica não linear e sensibilidade táctil ultrasónica. Miha é compositor e investigador na área das tecnologias áudio e fundador do Instituto Pesquisa para Artes Sónicas (IRZU na designação inglesa) e do Festival Internacional de Artes Sónicas EarZoom, que acontece todos os anos desde 2009 em Ljubljana, na Eslóvenia. A Ultrasonic, que fundou em 2011, é uma ‘startup’ especializada em tecnologias áudio produzindo controladores de interface sem contacto táctil ou altifalantes direccionais baseados em ultra-sons. As palestras têm início às 18h30 em ambos os dias 25 e 26 de Fevereiro, na USJ. Ambas têm duração estimada de duas horas e são abertas ao público.
Hoje Macau EventosCreative Macau | Workshops de arte com Ana Maria Pessanha [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]Creative Macau vai organizar dois workshops ministrados pela artista plástica Ana Maria Pessanha. Um incidirá sobre a importância da brincadeira no desenvolvimento infantil, o outro levará os participantes para um mergulho na obra do impressionista Matisse. As acções decorrerão em Abril mas as inscrições já estão abertas, sendo que o primeiro worskhop, agendado para 5 a 9 de Abril, convidará os participantes a redescobrirem o conceito artístico de Matisse e compreenderem a personalidade de um dos mais representativos artistas do séc. XX. A parte prática também vai ser privilegiada com o ensino de técnicas de pintura, de entre elas o processo que Matisse começou a aplicar no final da sua vida – o método de colagens de diversos papéis coloridos. Para a monitora, este curso “permitirá aos participantes descobrirem não apenas o legado de Matisse, mas também o conhecimento de diversas técnicas de composição com colagens e técnicas mistas e a utilização de a materiais novos e reciclados”. Brincar é preciso No segundo workshop, de 11 a 15 de Abril, pretende-se revelar a importância da brincadeira no desenvolvimento das crianças ao promover a literacia derivada das actividades lúdicas. Segundo a artista, “brincar e jogar desenvolvem diversos campos cognitivos possíveis e proporcionam uma reflexão cuidada sobre a selecção dos jogos e dos brinquedos educacionais que permitem a promoção de uma educação harmoniosa”. No curso, os participantes vão aprender a produzir vários brinquedos e jogos para crianças por via de técnicas como recortes, montagens e pintura. Uma acção que visa ainda enfatizar o papel dos pais na promoção de momentos de educação não formal para assim abrirem espaços para a interacção familiar, essenciais para atenuar pressões e proporcionar momentos de prazer Bilhete de identidade Ana Maria Pessanha frequentou os primeiros três anos da Escola de Pintura da Faculdade de Belas Artes do Porto e, em 1970, viria a concluir o seu grau em pintura na Faculdade de Belas Artes de Lisboa. Actualmente é professora de Arte e coordenadora do programa de Mestrado da Escola Superior de Educação Almeida Garrett da Universidade Lusófona. Como artista participou em diversas exposições colectivas e, em 2011, apresentou a exposição a solo “Eu Vejo o Mar”, entre outras nos anos seguintes. Mais recentemente, em 2014, realizou outra exposição a solo, desta feita na Casa Garden da Fundação Oriente, em Macau, intitulada “Atravessando o Mar”. O workshop de “Jogos, Brincadeiras e a Importância da Brincadeira no desenvolvimento Infantil terá sessões de segunda a sexta das 14h30 às 17h30 ou das 18h30 às 21h30. O de Matisse acontecerá de terça a sexta-feiras das 14h30 às 17h30 e sábado das 09h30 às 12h30 ou então de segunda a sexta das 18h30 às 21h30 e sábado das 14h30 às 17h30. Ambos os cursos têm um custo de 1200 patacas, um limite de dez lugares disponíveis e são destinados a pessoas com mais de 12 anos.