Hoje Macau China / ÁsiaPequim apela a Republicanos dos EUA para parar com acusações [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]China apelou ontem ao Partido Republicano dos EUA para que “deixe de fazer acusações infundadas” contra o país, depois de conhecido o programa adoptado durante a convenção que nomeou Donald Trump candidato às presidenciais norte-americanas. “Esperamos que as partes implicadas deixem de fazer acusações infundadas contra a China e de interferir nos nossos assuntos domésticos”, sublinhou em comunicado Lu Kang, porta-voz do ministério chinês dos Negócios Estrangeiros. Trump reiterou a sua opção em “impor os interesses norte-americanos nas relações comerciais com a China e rasgar em pedaços o Acordo Trans-Pacífico de Cooperação Económica (TPP)”, negociado durante o Governo de Barack Obama. “Todas as facções políticas dos EUA deviam ver o desenvolvimento da China de forma objectiva e racional e entender correctamente os assuntos que emergem nas relações bilaterais”, afirmou Lu. O porta-voz criticou igualmente o Partido Republicano por ter acusado a China em assuntos relacionados com Taiwan, o Tibete e o Mar do Sul da China. E apelou à promoção de um “crescimento estável nas relações entre a China e os Estados Unidos da América, para que sirvam os interesses dos dois países e a paz e o desenvolvimento da região Ásia-Pacífico e do mundo”. “Ambas as partes deveriam seguir a direcção certa”, disse.
Hoje Macau PolíticaDemocratas interpõem recurso para debate sobre Coloane [dropcap style=’circle’]A[/dropap]u Kam San e Ng Kuok Cheong interpuseram um recurso ao plenário depois da Mesa da Assembleia Legislativa ter rejeitado uma proposta de audição sobre um projecto de construção no pulmão da cidade. Esse raro recurso para o plenário da Assembleia Legislativa (AL), apresentado a 4 de Julho, ainda não tem data para ser apreciado. A iniciativa surge depois da proposta de audição que submeteram a 8 de Abril ter sido “liminarmente rejeitada” pelo presidente do hemiciclo, dias depois do plenário ter chumbado uma proposta para a realização de um debate relativo à proposta de audição sobre o projecto de construção de edifícios com cem metros de altura em Coloane. A 31 de Maio, os deputados apresentaram um recurso dessa decisão à Mesa, que, a 15 de Junho, o rejeitou. Os democratas decidiram então avançar com a apresentação de um recurso ao plenário, que esperam que seja “tratado com justiça”. “É de facto incrível que o poder de audição da Assembleia Legislativa nunca tenha sido exercido, desde o estabelecimento da RAEM”, refere o recurso. Para os deputados, “a composição da própria AL e a existência de demasiadas restrições e limitações inadequadas é que impedem” o hemiciclo de “cumprir este poder de grande importância”. “O objecto da audição que propomos tem também a ver com um problema de grande relevância, ao qual a sociedade está altamente atenta e até mesmo com a preservação da zona verde de Coloane”, salientam, recordando que, por via da audição, podem ser convocados membros do Governo e pessoas relacionadas a testemunhar e apresentar provas. Para os dois deputados, o facto de “lamentavelmente” os seus pares terem chumbado a proposta de debate sobre o assunto, resultado de “falta de informações e de uma votação apressada”, “torna ainda mais importante o mecanismo de audição”. O presidente da AL, Ho Iat Seng, rejeitou a proposta sob o fundamento de que “o poder de desencadear um processo de audição só pode ser exercido no âmbito das competências da AL” previstas na Lei Básica.
Hoje Macau BrevesPetição por não conseguir habitação económica Um cidadão entregou ontem uma petição na Sede do Governo por não ter conseguido candidatar-se a uma habitação económica. O homem, de apelido Ng, é de Macau, bem como a sua família, de mais quatro pessoas. Ng assegura trabalhar não só durante o dia a tempo inteiro, como de noite num horário parcial. O rendimento da família atinge um total de 14 mil patacas, mas o limite mínimo para que um agregado se possa candidatar é de 16 mil patacas, o que não permitiu a Ng e à sua família habilitar-se à fracção. O homem pediu ao Chefe do Executivo que diga ao Instituto de Habitação para voltar a apreciar a sua candidatura.
Hoje Macau BrevesAcção anti-prostituição detém 18 pessoas A PSP realizou uma operação de combate à prostituição no Bairro do Iao Hon, onde deteve 17 mulheres e um homem. Segundo o canal chinês da rádio Macau, a PSP continuou a operação após as detenções, com acções de intercepção de pessoas suspeitas nas ruas de acesso à zona.
Hoje Macau Manchete SociedadeCáritas | Paul Pun sem enfermeiros locais. Pedido auxílio ao Governo A falta de enfermeiros habilitados já ocupa 80% dos lugares vagos da Cáritas. Contratações de fora são uma possibilidade mas são difíceis e demoram tempo. O Governo poderia dar uma ajuda, considera o responsável da instituição [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]desenvolvimento dos novos serviços da Cáritas em Macau encontram nos seus principais obstáculos a escassez de funcionários. O problema não se circunscreve às dificuldades na contratação de não residentes, mas tem também por base a demora na formação de quadros. A informação é dada por Paul Pun, secretário-geral da instituição. O responsável adianta que, com a nova ronda de recrutamento de enfermeiros realizada pelo Governo, a Cáritas perdeu grande parte do pessoal de enfermagem, contando com uma baixa em 80%. Se a diminuição se continuar a constatar, a instituição considera recorrer a mão-de-obra estrangeira para conseguir preencher as vagas que ficam em aberto. No entanto, segundo Paul Pun, o tempo de formação para um não residente é muito maior do que para os locais. Mais necessidades, menos pessoal Contactado pelo HM, Paul Pun revelou que, no ano passado previa a perda de 60% do pessoal mas tal chegou efectivamente aos 80%. O responsável refere que esta situação não é nova e que já há quatro anos a Cáritas passou por uma fase idêntica. No entanto, frisa, os últimos dois anos vão de mal a pior. Uma das razões apontadas é ainda o envelhecimento da população. “O Governo está a contratar cada vez mais pessoas, mas a necessidade da sociedade também tem aumentado. Não temos pessoas suficientes para preencher as vagas nem responder à procura”, afirma. “Para formar um enfermeiro a partir de um trabalhador estrangeiro o processo tem início com o desempenho de funções enquanto assistente clínico.” Outra dificuldade é a língua, não sendo falada nem entendida por muitos dos estrangeiros no território. Querem o Governo Este ano teve início um novo processo de formação para a instituição, mas as esperanças são poucas. Paul Pun sabe que os formandos não irão permanecer muito tempo na Cáritas e darão prioridade a uma oportunidade de trabalho no Governo, onde os altos salários são um chamariz muito forte e fonte de expectativa para muitos pais que querem ver os filhos na Função Pública. O responsável deixa a sugestão ao Executivo de considerar enviar alguns dos seus quadros de enfermeiros experientes em auxílio de instituições como a Cáritas. * por Angela Ka
Hoje Macau China / ÁsiaInvestimento directo no exterior aumentou 58,7% [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]s empresas chinesas investiram 580.280 milhões de yuan no exterior, entre Janeiro e Junho deste ano, um aumento de 58,7%, face ao mesmo período de 2015, consolidando a posição da China como investidor externo. O valor – equivalente ao resgate económico acordado em 2011 entre o Governo português e a “troika” – supera o investimento directo estrangeiro na China, que no primeiro semestre aumentou 5,1%, em termos homólogos, fixando-se nos 441.670 milhões de yuan. Os dados do Ministério do Comércio chinês detalham que, só em Junho, o investimento feito pela China além-fronteiras subiu 44,9%, face ao mesmo mês de 2015, para 100.170 milhões de yuan. No mesmo mês, o investimento directo estrangeiro no país asiático fixou-se em 98.200 milhões de yuan, um crescimento homólogo de 9,7%. Citado pelo jornal oficial Shanghai Daily, o porta-voz do Ministério do Comércio chinês, Shen Danyang, considerou que “a estrutura do investimento está a melhorar”. Pequim tem encorajado as empresas do país a investir além-fronteiras, como forma de assegurar matérias-primas e fontes confiáveis de retornos, face aos sinais de abrandamento na economia doméstica. Nos últimos anos, Portugal tornou-se um dos principais destinos do investimento chinês na Europa, logo a seguir ao Reino Unido, Alemanha e França, num montante que já ultrapassou os 10.000 milhões de euros, segundo fontes portuguesas. A China é a segunda economia mundial, a seguir aos Estados Unidos da América, e a maior potência comercial.
Hoje Macau BrevesCantina e bancas de vendilhões em Seac Pai Van O Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM) anunciou ontem que o Governo vai instalar uma cantina nova e uma área para as bancas de vendilhões 24 horas no mercado das habitações públicas de Seac Pai Van. O IACM realizou uma reunião para discutir as medidas de melhoramento da construção de um mercado junto ao complexo de habitação pública e disse que, depois de ouvir os desejos dos residentes, será instalado um mercado tradicional no primeiro andar do mercado para a venda de alimentos frescos e um supermercado que vende alimentos e artigos de uso diário. O instituto vai ceder o mercado a um operador e as bancas a vários vendilhões. O IACM avançou ainda que vai tomar em consideração as experiências dos candidatos, os horários, a diversidade dos produtos e as medidas que beneficiam os residentes como elementos essenciais na avaliação.
Hoje Macau China / ÁsiaChuvas intensas colocam norte em alerta [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]s chuvas intensas que desde o início da semana atingem o norte da China têm deixado cidades inundadas e paralisado os transportes públicos, levando as autoridades a decretar os níveis de alerta mais altos. Na província de Hebei, as chuvas causaram pelo menos um morto e oito desaparecidos, na terça-feira, segundo avançou a agência noticiosa oficial chinesa Xinhua. Os serviços meteorológicos locais decretaram, entretanto, o nível de alerta vermelho, o mais alto de uma escala com quatro cores. No condado de Cixian, o nível de precipitação chegou a atingir os 500 milímetros (mm). Em Shijiazhuang, capital de Hebei, 13 passagens subterrâneas encontram-se inundadas. Na província de Shanxi, noroeste do país, as chuvas atingiram na terça-feira quase todas as cidades e condados, segundo a Xinhua, que cita as autoridades locais. Em Taiyuan, a capital de província, o valor médio de precipitação fixou-se em 114,4 milímetros (mm), causando inundações e trânsito congestionado nas estradas principais. Na província vizinha de Shaanxi, várias ligações ferroviárias foram também suspensas ou estavam atrasadas. Em Pequim, a chuva cai incessantemente desde do início de terça-feira e os serviços meteorológicos prevêem que se mantenha nos próximos dias. Fotografias colocadas nas redes sociais dão conta de estradas e estações de metro da capital completamente inundadas. As autoridades decretaram, entretanto, o nível de alerta laranja, o segundo mais alto, aconselhando as populações a prevenirem-se contra possíveis inundações e deslizamento de terras, lama e rochas.
Hoje Macau China / ÁsiaPequim defende quotas na exportação de matérias-primas [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]China defendeu a legalidade das quotas que mantém na exportação de matérias-primas, considerando que estas cumprem com as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC), depois da denúncia feita terça-feira pela Comissão Europeia (CE). Num comunicado difundido pela agência oficial Xinhua, o Ministério do Comércio chinês justifica a limitação da venda de certos recursos a outros países com a necessidade de proteger o meio ambiente. A CE, por sua vez, considera que se trata de uma prática comercial “desleal”, que restringe o acesso a matérias-primas “essenciais” para as indústrias europeias. É a terceira vez que a CE pede a intervenção da OMC num caso envolvendo restrições às exportações chinesas e, desta vez, as matérias-primas em questão são a grafite, o cobalto, cobre, chumbo, crómio, magnésio, talco, tântalo, estanho e antimónio. A comissária europeia do Comércio, Cecilia Malmström, assegurou, em comunicado, que as duas últimas sentenças da OMC consideraram que as restrições chinesas vão “contra as normas do comércio internacional”. A CE considera que as quotas impostas pela China “distorcem o mercado” a favor das empresas chinesas e em detrimento das empresas e consumidores europeus. O Ministério do Comércio chinês já fez saber que tratará deste caso “adequadamente e de acordo com o procedimento da resolução de disputas da OMC”. Segundo Bruxelas, o valor das exportações chinesas envolvendo os produtos referidos ascende a cerca de 1.200 milhões de euros. O porta-voz do Ministério chinês do Comércio, Shen Danyang, criticou na terça-feira o crescente proteccionismo, numa conferência de imprensa anterior à denúncia feita pela CE. Shen atribuiu o proteccionismo ao aumento de queixas contras as práticas comerciais da China. Só na primeira metade do ano foram iniciadas 65 investigações contra o país asiático, por 17 países e regiões, um aumento de 66%, face ao mesmo período do ano passado. A maioria das investigações refere-se a casos de dumping (venda abaixo do preço de mercado) e subsídios atribuídos pelo Governo chinês a empresas do país.
Hoje Macau Manchete SociedadeCentro Histórico | Plano de protecção concluído em 2017 O tão aguardado plano de gestão do Centro Histórico vai estar concluído no próximo ano, garante o IC, que diz estar apenas à espera do fim da segunda consulta pública [dropcap style=’circle’]D[/drocap]aqui a um ano, o Instituto Cultural (IC) tem concluído o Plano de Salvaguarda e Gestão do Centro Histórico, que vai passar a ser um regulamento administrativo. A promessa foi feita numa resposta a uma interpelação do deputado Chan Meng Kam. O IC garantiu ainda que vai esforçar-se na supervisão, verificação e manutenção do património. Na sua interpelação escrita, Chan Meng Kam criticava a falha na protecção do património pelo Governo e apontava o dedo ao facto de ainda não haver qualquer plano de protecção. “A Lei de Salvaguarda do Património Cultural já foi aprovada em 2013, mas o decreto-lei [sobre a protecção do Centro Histórico], que [está incluída no diploma] só vai ser publicada em 2020, segundo o Plano Quinquenal do Governo. Quais são as dificuldades na elaboração [deste plano]?”, perguntava. Na resposta, o IC assegurou que o Governo considera “muito importantes” as opiniões da sociedade e quer garantir conhecimento e compreensão plenas sobre o projecto, “assim como ter consenso da sociedade sobre a sua elaboração”. Por isso o atraso, que agora, diz o instituto, termina. “Já se acabou com a primeira fase da consulta pública do Plano de Salvaguarda e Gestão do Centro Histórico e vamos acabar a segunda fase este ano. Em 2017, vamos acabar a elaboração inteira do plano”, afirma. A UNESCO recebeu um relatório sobre os trabalhos deste plano em Janeiro do ano passado, a poucos dias antes do prazo de 1 de Fevereiro, depois do Comité do Património Mundial da UNESCO dar conta de factores que afectavam o património. Chan Meng Kam falava ainda da queda de partes de monumentos protegidos, como o do telhado da Igreja de Santo Agostinho, e os frequentes danos que aconteceram noutros imóveis. O IC assegura estar atento. “O IC já reconheceu a severidade dos casos e vamos esforçar-nos na supervisão, verificação, manutenção e protecção. No futuro, vamos também introduzir equipamento e técnicas de ponta e reforçar a formação dos especialistas”, garantiu. * por Angela Ka
Hoje Macau BrevesFundos chineses apostam em dívidas de bancos Segundo diz a Bloomberg esta segunda-feira, os gestores de fundos chineses reforçaram os seus controlos de risco e estão a acumular papéis de curto prazo de bancos, instituições que consideram ter menor probabilidade de não pagamento em relação às empresas. Os bancos venderam 6,2 biliões de yuans em certificados de depósito no primeiro semestre, triplicando o total de 1,7 biliões de yuans de há um ano atrás, segundo dados compilados pela Bloomberg. Embora a reguladora de títulos da China tenha proibido que os fundos do mercado monetário comprem dívidas corporativas com classificação abaixo de AA+ em Fevereiro, não há limitações para os chamados CDs. A HFT Investment Management e a Ping An Asset Management dizem que intensificaram a análise das notas que oferecem risco. “Os bancos têm um perfil de crédito mais forte que as companhias”, disse He Qian, de Xangai, gestor de fundos que administra cerca de 20 mil milhões de yuans na HFT, que não especificou os novos limites de investimento. “Os bancos também podem ir à falência, mas isto só acontece depois das falências das empresas provocarem um rápido aumento dos empréstimos em atraso. Por isso, embora os investidores possam não ousar comprar dívidas corporativas com classificações de crédito baixas, estão dispostos a colocar dinheiro em CDs de classificação mais baixa”. Segundo a reportagem, a procura pela segurança dos certificados de depósito está a ser impulsionada por um número crescente de calotes de títulos corporativos, que quase triplicaram este semestre em relação a todo o ano de 2015. As empresas tiraram mais de 200 mil milhões de yuans das vendas de títulos planeadas no segundo trimestre, quando o crescimento económico igualou o ritmo mais lento desde 2009. Isto deixou bastante dinheiro para ser alocado em papéis de curto prazo, que os bancos menores vêm emitindo para financiar seus negócios em vez de usar empréstimos interbancários.
Hoje Macau SociedadeCursos de Verão deverão ser cancelados até 2020 [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]Direcção dos Serviços de Educação e Juventude (DSEJ) reforçou ontem a intenção de acabar com os cursos de Verão até 2020. A informação dada ontem através do site do organismo ressalva ainda que estes cursos fazem parte de um serviço opcional, ao contrário do que tem acontecido em algumas escolas, onde é reportado que os alunos são obrigados a frequentá-los. Neste momento, 70% das escolas já cancelaram o serviço e a entidade prevê que a desistência para o próximo ano chegue aos 80%. O ano lectivo de 2019/2020 é também a data apontada para a plena implementação das “Exigências das Competências Académicas Básicas” em todos os níveis de escolaridade não superiores e o cancelamento dos cursos de Verão é uma das metas de trabalho do organismo. A DSEJ sublinha ainda que está a aperfeiçoar, continuamente, os currículos e o ensino das escolas. O “Quadro da Organização Curricular da Educação Regular do Regime Escolar Local” publicado em 2014 alarga a limite a duração das actividades educativas das escolas de 180 para 195 dias, facultando a integração do curso de Verão nas actividades educativas de todo o ano lectivo. “A futura orientação política do Governo é acompanhar a concretização do aperfeiçoamento dos currículos e promete a plena transformação para fomentar uma evolução saudável dos alunos.” Os actuais cursos de Verão enquanto elementos de participação opcional permitem que não sejam pagos, se não frequentados. Mas a Macau Concealers publicou uma carta de reclamação de um pai a criticar a escola do filho, o Colégio Baptista de Macau, porque a escola terá obrigado os alunos a participar nesta iniciativa estival tendo descontado da conta do encarregado de educação do aluno 900 patacas. Como na altura o pai estava ausente de Macau, não conseguiu informar a escola de que o seu filho não participaria no curso. Quando o pai voltou para Macau, a instituição respondeu que já não era possível cancelar a transferência. * por Angela Ka Estudantes de Macau fazem curso em Bragança Um grupo de 25 jovens de Macau vai passar esta semana num curso de Verão do Instituto Politécnico de Bragança (IPB) para contactarem localmente com a cultura e a língua portuguesas, divulgou a instituição. Trata-se, segundo o politécnico, de estudantes macaenses oriundos de Escolas Luso-Chinesas de Macau, finalistas do ensino secundário, que irão permanecer, no Nordeste Transmontano até sábado. De acordo com o Gabinete de Comunicação e Imagem do IPB, “o instituto preparou um conjunto de actividades de cariz formativo e cultural a acontecer na região, repartido por três áreas fundamentais: formação em língua e cultura portuguesas, viagens de estudo de carácter cultural e patrimonial e actividades culturais, desportivas e musicais”. Este curso de Verão terá uma segunda fase em Viana do Castelo, sob o patrocínio do Instituto Politécnico de Viana local e terminará em Lisboa, onde os estudantes estarão entre 3 e 5 de Agosto, para visitar os locais mais emblemáticos da capital. “A frequência deste curso de Verão mostra claramente a vontade dos estudantes e do governo de Macau, que apoia a iniciativa, de aprofundar a aprendizagem da língua portuguesa”, saliente o IPB. O Instituto Politécnico de Bragança tem estado envolvido em várias parcerias com universidades chinesas, “recebendo todos os anos vários estudantes chineses que se integram perfeitamente no sistema de ensino português e, particularmente bem no IPB e na cidade que os acolhe”, segundo ainda a instituição. Os responsáveis entendem ainda que “este é mais um passo na já consolidada internacionalização” do politécnico de Bragança, que acolhe um total de mil estudantes de 35 nacionalidades.
Hoje Macau BrevesHainan Airlines compra obrigações da TAP [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]Hainan Airlines, a maior companhia aérea privada chinesa, anunciou ontem a compra de 25% de obrigações convertíveis da TAP, por 30 milhões de euros, visando expandir as suas ligações aéreas na Europa e África. O negócio, que foi feito através da Azul (companhia do brasileiro David Neelman que integra a Atlantic Gateway, accionista da TAP), permite ao grupo chinês aumentar para 23% os benefícios económicos que detém na empresa portuguesa. Segundo um comunicado emitido em Fevereiro passado pela Hainan Airlines, o grupo compromete-se a realizar um empréstimo de 120 milhões de euros à companhia aérea brasileira Azul, destinado à compra de obrigações convertíveis da TAP a 10 anos. No conjunto, a empresa assegurará 6,4% do direito de voto na TAP e 55% dos benefícios económicos, lê-se na mesma nota. Além desse empréstimo, com maturidade de 181 dias e taxa de juro anual fixada em 14,25%, a HNA prevê mais um financiamento de 300 milhões de dólares à Azul, visando tornar-se accionista da empresa. A Hainan Airlines é considerada o quarto maior grupo na China no sector da aviação comercial, com cerca de 630 rotas domésticas e internacionais por dia.
Hoje Macau BrevesPJ detém 17 pessoas por trabalho ilegal A Polícia de Segurança Pública (PSP) deteve mais de uma dezena de trabalhadores ilegais que se encontravam a trabalhar num estaleiro de obras. Eram 10h30, quando 15 agentes realizaram uma fiscalização surpresa num prédio perto na Praça de Lobo de Ávila, onde estavam a ser feitas renovações. Nesta acção, a PSP deteve cinco trabalhadores: dois deles são do Sudeste Asiático e não tinham documentos de identificação, três são do interior da China. Outros seis homens chineses foram detidos por estarem a trabalhar como operários quando tinham qualificação apenas para limpeza. Seis residentes locais foram também detidos por serem os responsáveis da empresa. Todos tinham entre 30 e 35 anos e os empregados recebiam entre 700 a 750 patacas por dia. Estavam a trabalhar há uma semana.
Hoje Macau China / ÁsiaRevista liberal encerra após mudanças na direcção [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]revista chinesa Yanhuang Chunqiu, que está associada à ala liberal do Partido Comunista Chinês (PCC), encerrou após Pequim ter imposto despedimentos e troca dos membros da direcção, informou ontem um jornal de Hong Kong. Fundada em 1991 por membros da ala reformista do PCC, a Yanhuang Chunqiu destacava-se pelo seu apoio à democracia constitucional e artigos que contrariavam a versão oficial sobre épocas controversas, como a Revolução Cultural (1966 – 1976). Segundo o South China Morning Post, que cita um comunicado emitido por um editor daquela publicação recentemente despedido, Du Daozheng, a revista foi ordenada a deixar de difundir as causas dos despedimentos e trocas na direcção que reflictam a “menor tolerância para com reformistas e liberais”. A directiva terá sido imposta pelo ministério chinês da Cultura através da Academia Nacional de Artes da China, que supervisionava aquela publicação. “Qualquer publicação com o título Yanhuang Chunqiu não terá nada a ver [com a antiga linha editorial]”, lê-se na nota de Du, que foi despedido com o argumento de ser “muito velho”. Du, de 93 anos, era a principal figura da revista e chegou a ser chefe da Administração Geral da Imprensa e Publicação, o órgão de censura do Governo chinês. O antigo jornalista afirma que a revista “representava as reformas dentro do Partido e o liberais que fazem parte da estrutura do poder”, e que uma das suas posições mais progressivas era “urgir o PCC a avançar com as reformas políticas”.
Hoje Macau China / ÁsiaVIH | Fugas de informação sobre portadores viola “direitos fundamentais” [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]fuga de informação com a identidade de vários portadores do VIH na China violou os seus “direitos fundamentais”, considerou ontem a Organização Mundial da Saúde (OMS), após ser noticiado que centenas de infectados foram burlados. No total, 313 portadores do vírus foram contactados por pessoas que se apresentaram como funcionários do governo a oferecer subsídios em troca de informações sobre as suas contas bancárias, informou um jornal chinês. Os burlões usavam a informação para extrair dinheiro das suas contas, enquanto aqueles que identificaram que se tratava de fraude foram ameaçados de que os seus dados seriam publicados ‘online’. A China registou vários casos de ostracismo contra pacientes com VIH/sida, pelo que a divulgação das informações seria particularmente sensível. Os estrangeiros infectados não conseguiam, até 2010, obter vistos para entrar no país, enquanto o mercado de trabalho chinês exclui portadores do vírus. Sem protecção Em Dezembro passado, mais de 200 pessoas assinaram uma petição para expulsar da aldeia uma criança de oito anos infectada, lançando o debate sobre este estigma. “Trataram-me pelo nome e sabiam o meu número de identificação, empresa, endereço, estado civil e até quando me foi diagnosticado e o hospital onde vou”, contou ao Southern Weekly um portador da doença. A OMC condenou a fuga de informação como uma violação dos direitos dos pacientes e avisou que o caso pode dissuadir as pessoas de serem sujeitas a testes e aceder a tratamentos ou serviços preventivos. “A confidencialidade das pessoas e informações sobre a saúde de alguém que procura serviços médicos para o VIH deve ser protegida”, afirmou em comunicado. As autoridades de saúde da China afirmaram, entretanto, que já reportaram o caso à polícia e actualizaram a sua tecnologia de encriptação. “A informação pessoal de pessoas infectadas com VIH/ sida é protegida pela lei”, escreveu o Centro para o Controlo de Doenças e Prevenção da China em comunicado, apelando ao combate contra este crime.
Hoje Macau h | Artes, Letras e IdeiasO jogo de Mahjong – 搓麻將的女人 * por Julie O’yang [dropcap style=’circle’]P[/dropcap]equim 2008 é o nome do quadro pintado pelo artista sino-canadiano Liu Yi 刘溢. Foi finalizado em 2005 e exposto no ano seguinte na Feira de Arte de Nova Iorque. Pouco depois foi postado na Internet e incendiou opiniões em todo o mundo. Muita gente defendia, incluindo internautas e críticos de arte, que neste trabalho estavam subjacentes mensagens de natureza política. Recentemente, na sequência da polémica em torno do Mar do Sul da China, o quadro voltou a ser notícia. Antes de mais nada, reparemos bem na figura representada no quadro pendurado na parede da esquerda. Quem é este homem? É sem dúvida uma combinação de três antigos lideres chineses altamente carismáticos: Sun Yat-sun, Chiang Kai-shek e Mao Tsé-Tung. Vê-se que o rosto do homem tem uma mistura dos traços dos três. Mas qual será o significado desta representação? Do meu posto de vista, significa que a China, separada nas suas várias facções e, em conjunto, dá origem a uma situação insolúvel, frustrante, um puzzle de diferentes ideologias e identidades. Continuemos a observar a figura do quadro, porque existem mais aspectos importantes. É o único que está vestido, e olha com indiferença as mulheres em diversos estados de nudez. A que tem tatuagens nas costas representa a China. À esquerda, intensamente concentrada no jogo, está a mulher que representa o Japão. Vestindo uma camisa e com a cabeça inclinada, temos a América. A que está deitada de forma provocadora, é a Rússia. E a rapariguinha em pé, do lado, é Taiwan. E que dizer das peças que seguram? As peças visíveis da rapariga China, “Ventos de Leste”, significam o renascimento da China como potência mundial. Significam também, que o poderio militar da China já foi colocado sobre a mesa. A China parece estar bem posicionada, no entanto não conseguimos ver o resto do jogo. A mulher tatuada segura ainda algumas peças debaixo da mesa. A América mostra-se confiante, mas lança um olhar a Taiwan para tentar ler a sua expressão e, ao mesmo tempo, parece querer sugerir-lhe qualquer coisa. À primeira vista, a Rússia não aparenta interesse no jogo, mas se olharmos com mais atenção, um dos seus pés estica-se em direcção à América, enquanto com uma das mãos passa sorrateiramente algumas peças à China. Superpotências envolvidas em jogos duplos e trocas secretas. O Japão observa muito sério as suas peças, sem se dar conta das acções dos demais… E se estas mulheres tivessem estabelecido como regra despir uma peça de roupa sempre que uma delas perdia? Por isso há quem sugira que o pintor indica que a vitória final se travará entre a China e a América. E, embora a América tenha muitas capacidades, elas estão a jogar Mahjong, um jogo chinês, e não Póquer, um jogo ocidental. A América nem sequer se lembrou de cobrir o baixo ventre, enquanto joga contra a China segundo as regras chinesas, por isso será que tem alguma hipótese de ganhar? Não há dúvida de que este pintor é um grande contador de histórias. Liu Yi: “…Pego nos sonhos das massas e faço magia com eles.”
Hoje Macau BrevesAcidente com autocarro faz 26 mortos em Taiwan Pelo menos 26 passageiros de um autocarro com turistas da República Popular da China morreram na sequência de um acidente na estrada que conduz ao aeroporto de Taoyan, em Taiwan. Segundo os bombeiros de Taiwan, o veículo que transportava os turistas chocou contra uma barreira instalada na berma da estrada, tendo-se incendiado e explodido de imediato. Os mortos, excepto o condutor que era natural de Taiwan, eram turistas da província de Liaoning na República Popular da China. Segundo a direcção geral dos bombeiros os passageiros não conseguiram abandonar o veículo que se incendiou antes de explodir. O acidente ocorreu por volta das 13:00 na estrada nacional 2, perto do principal aeroporto internacional de Taiwan, em Taoyuan, a cerca de quarenta quilómetros de Taipé, a capital da ilha nacionalista. As causas do incêndio ainda não foram determinadas, assim como se desconhece porque motivo o autocarro chocou contra a protecção instalada na berma da estrada.
Hoje Macau BrevesDetidos quatro estrangeiros por venda de droga A Polícia Judiciária (PJ) deteve ontem quatro estrangeiros por tráfico de droga. Segundo o canal chinês da rádio Macau, os suspeitos são de origem asiática e africana e da operação levada a cabo foram apreendidos ice e marijuana no valor de 380 mil patacas. As apreensões foram feitas num apartamento perto de Cemitério São Miguel Arcanjo, na sequência de uma denúncia de alguém que tinha adquirido estupefacientes a um dos detidos. O caso já seguiu para o Ministério Público.
Hoje Macau BrevesMulher enforca-se no Jinmei A Polícia Judiciária (PJ) encontrou um cadáver de uma mulher na casa de banho do casino Jinmei. Um funcionário do espaço disse que a casa de banho estava fechada desde as seis da manhã e que, por isso, chamaram os Bombeiros. Depois de deitarem a porta abaixo, os soldados da paz encontraram uma mulher que tinha utilizado um cinto para se enforcar. A PJ indicou que não encontrou qualquer testamento no casino, nem ferimentos suspeitos no cadáver, pelo que considera que o caso é um suicídio. A mulher era do interior da China e tinha 42 anos.
Hoje Macau SociedadeEngenheiro pede construção de ponte em vez de túneis ao pé da Nobre de Carvalho O responsável pelos empreendimentos One Central e MGM diz que o solo da zona não é bom para a construção de túneis ao lado da Nobre de Carvalho, como o Governo anunciou. Os custos e o tempo também seriam mais baixos [dropcap style=’circle’]S[/dropcap]iu Yin Wai não acha viável a construção de dois túneis ao largo da Ponte Nobre Carvalho. O engenheiro, responsável por empreendimentos como o One Central e o MGM, diz que está familiarizado com a zona e que esta não é indicada para escavações. A ideia do Governo em construir dois túneis foi avançada este mês e tem como objectivo escoar o trânsito entre Macau e Taipa. Mas, a intenção está a gerar celeuma entre alguns profissionais, que recomendam a construção de uma outra ponte – além da quarta ligação que vai nascer – para que se possa poupar tempo e dinheiro. Para Siu Yin Wai, engenheiro sénior de Macau e Hong Kong e professor convidado da Faculdade da Construção Civil da Universidade de Macau (UM), a situação não é viável. O Executivo anunciou que encomendou a uma empresa um estudo sobre a possibilidade, mas facto de não ter mencionado a construção de uma ponte indica, para o profissional, que o Governo já tomou a decisão. “A construção de uma ponte ou um túnel não pode ser decidida somente pelo factor da paisagem, há outras contingências e a construção da ponte parece-me mais indicada”, disse em declarações ao jornal Ou Mun. Pontos a favor Siu Yin Wai foi o responsável pelos projectos de construção do One Central e MGM e assume que está familiarizado com a geologia da zona. O engenheiro frisa que a camada de pedra sob a Ponte Nobre de Carvalho é “demasiado profunda”, pelo que a penetração através da camada de solo “será difícil”. Siu Yin Wai também aponta a existência de altos custos e lentidão nos trabalhos. Pela sua experiência, diz, a construção da ponte iria demorar menos de cinco anos e seria mais fácil, barata e rápida. Siu Yin Wai sugere, por isso, que o Governo lance também um estudo sobre a viabilidade de construção de uma ponte. Lei Hei Wa, director de administração da Macau Association for Geotechnical Engineering, também falou do assunto no programa Macau Talk no sábado, onde sugeriu que o Governo estude os prós e contras da construção de uma ponte ao invés do túnel. “Os engenheiros só vão considerar a construção de um túnel se a proposta da ponte for impossível”, disse, revelando que o custo de manutenção da Ponte Nobre de Carvalho é de seis milhões por ano e a do túnel da Ilha da Montanha é quase o triplo, de 20 milhões por ano. O responsável estima que o período de construção dos túneis demore entre cinco a dez anos porque vai envolver os projectos dos novos aterros. Lei Hei Wa considera mesmo que o Governo pode pensar na demolição da velha ponte depois de ter esta quinta ligação feita. O estudo da viabilidade dos túneis não foi adjudicado por concurso público, tendo sido incumbido à CCCC Highway Consultants Macau Branch. O deputado Ho Ion Sang considera que o Governo adoptou esta forma de convite devido à experiência da empresa. * por Angela Ka
Hoje Macau SociedadeAmbiente | Tarifas diferentes para consumos diferentes, pedem associações * por Angela Ka [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]Governo deve estabelecer um regime de recompensa e punição para cessar o gradual crescimento do consumo da energia. A sugestão é feita por associações de defesa ambiental, que dizem que o exemplo deve vir de cima e, concretamente, do Governo, com uma boa gestão no consumo. As grandes empresas também são visadas já que, sendo das maiores gastadoras também deveriam ser incentivadas a ser as grandes poupadoras, dizem associações. As declarações foram feitas ao Jornal Ou Mun, onde Joe Chan, presidente da Macau Green Student Union frisou que, para as grandes empresas poderem tomar decisões neste sentido, o Governo deve tomar a iniciativa e dar o exemplo. Chan refere que as medidas energéticas que Macau adopta não são sustentáveis. Relembra ainda que, com a pequena dimensão do território, não se justifica o investimento em energia alternativa, sendo que se encontra dependente da compra ao exterior de gás natural e electricidade. “O consumo de energia nos últimos dez anos duplicou, mas como não existe outra saída, o que Macau pode fazer é controlar o aumento do consumo de energia per capita. Ultimamente a consciência da população já aumentou muito, mas o consumo de electricidade comercial tem aumentado, sobretudo no Jogo”, referiu. Chan defende que o Governo “provavelmente não consegue negociar com as companhias” de Jogo porque está ligado a essas receitas por um lado e, por outro, porque não consegue fazer uma gestão correcta do seu próprio consumo de energia. A sugestão da Associação vai no sentido de estabelecer um regime de recompensa e punição para fiscalizar o consumo excessivo dentro das entidades pertença do Executivo. A Associação Energia Cívica, liderada por Agnes Lam, organizou no sábado as Mesas Redondas Cívicas onde também se discutiram medidas de poupança energética. Lam U Tou, vice-presidente da Associação Choi In Tong Sam relembrou que o consumo de energia per capita também aumentou em cerca de 30% no ano passado. Lam U Tou frisa que há quatro anos, o Governo procedeu a uma consulta pública sobre a possibilidade da aplicação de tarifas diferentes a entidades de diferentes dimensões, mas o plano foi abandonado. O presidente apelou ainda para o regresso a essa estratégia de execução tarifária. Menos golfinhos brancos O número de exemplares de golfinhos brancos caiu de 87 para 65 exemplares no prazo de um ano. A notícia foi ontem avançada pela imprensa local, que refere dados do relatório do Departamento de Agricultura, Pescas e Conservação da RAEHK. A culpa será da construção de infra-estruturas de grande envergadura nas águas ao largo de Hong Kong, que estarão a pôr em risco a existência da espécie. Os responsáveis pela Sociedade de Conservação de Golfinhos Brancos de Hong Kong receiam o total desaparecimento da espécie num futuro próximo.
Hoje Macau EventosUNESCO | Quatro novos locais na lista de Património Mundial [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]UNESCO incluiu esta segunda-feira quatro novos locais na lista do Património Mundial, incluindo a obra do arquitecto suíço Le Corbusier (1887-1965), mas também o projecto urbanístico da Pampulha, em Belo Horizonte (Brasil). A candidatura de Le Corbusier tinha sido apresentada pela Argentina, Bélgica, França, Alemanha, Suíça, Índia e Japão. A maioria dos 17 edifícios escolhidos para a candidatura localizam-se em França e na Suíça, mas também incluem casa argentina Curutchet, na cidade de La Plata, o Museu Nacional de Tóquio e o complexo do Capitólio na cidade de Chandigarh, na Índia. A lista passou também a incluir o Conjunto Arquitectónico da Pampulha, em Belo Horizonte, que foi projectado pelo arquitecto brasileiro Oscar Niemeyer, concluído em 1943 e construído em torno de um lago artificial. A UNESCO colocou igualmente na lista os estaleiros britânicos da ilha de Antígua, no Mar do Caribe, construídos em 1720, e o Parque Nacional Khangchendzonga, no norte da Índia, nas encostas do monte Kanchenjunga, entre o Nepal e o Butão. Na sexta-feira à tarde já tinham sido aceites os dolmens de Antequera, na província espanhola de Málaga, o complexo da cidade arménia medieval de Ani, no nordeste da Turquia, o conjunto histórico de Filipi, no nordeste da Grécia, e por último, o complexo de cavernas de Gorham na colónia de Gibraltar, apresentado pelo Reino Unido. Estas cavernas figuram como património cultural, não natural, porque o seu valor reside nos vestígios da sua ocupação pelo homem de Neandertal, que viveu nesses lugares há mais de 125.000 anos. O Comité do Património Mundial da UNESCO, reunido em Istambul, desde domingo passado, decidiu encurtar em três dias a reunião e terminar o encontro, na sequência da tentativa de golpe de Estado na sexta-feira.
Hoje Macau SociedadeVIP volta a cair mas mantém mais de metade do mercado [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]s receitas do jogo VIP de Macau caíram 15,74% no segundo trimestre, em relação aos mesmos meses de 2015, mas continuam a representar mais de metade do sector (51,53%), segundo dados oficiais ontem divulgados. Fazendo as contas ao semestre, os grandes apostadores continuaram também a representar mais de metade das receitas brutas do jogo em Macau (52,8%), ao contrário do que o Governo do território havia anunciado no início do mês. Num comunicado divulgado a 1 de Julho, o gabinete do secretário da Economia do Governo de Macau havia dito que o peso do jogo de massas tinha ultrapassado o VIP no primeiro semestre, representando 53,1% do mercado. As receitas do jogo VIP caíram no segundo trimestre deste ano em relação ao mesmo período de 2015 (variação homóloga), mas também em relação aos três meses anteriores (-12,45%), segundo os dados divulgados ontem pela Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos de Macau. A fatia do jogo VIP no bolo das receitas dos casinos de Macau já foi superior a 77%, mas tem vindo a diminuir. No conjunto de 2015, representou 55,3%. As receitas dos casinos de Macau, o maior centro de jogo do mundo, estão em queda há dois anos. Esta contracção do sector tem sido associada à desaceleração da economia da China e à campanha anti-corrupção lançada por Pequim, que parece ter afastado da região os grandes apostadores chineses. O executivo de Macau tem defendido e apostado na diversificação do sector, tradicionalmente dependente dos grandes apostadores chineses. No mesmo comunicado divulgado a 1 de Julho, o Governo de Macau disse que há uma “enorme possibilidade” de as receitas dos casinos continuarem a cair no segundo semestre deste ano. As receitas brutas dos casinos de Macau, pilar da economia local, caíram 8,5% em Junho, comparando com o mesmo mês de 2015, para o valor mais baixo desde Setembro de 2010, segundo dados oficiais. Os analistas têm sido consensuais em afirmar que as receitas dos casinos vão estabilizar no segundo semestre de 2016 e interromper o longo ciclo de queda, mas discordam quanto ao momento que isso acontecerá. No início do mês, o Governo de Macau lembrou as suas estimativas no orçamento da região para este ano, menos optimistas do que as dos analistas, que apontam para que as receitas dos casinos sejam na ordem de 200.000 milhões de patacas no final do ano (numa média de 16,6 mil milhões de patacas mensais), uma quebra de 13,3% em relação a 2015. Entre Janeiro e Junho, em termos acumulados, os casinos registaram receitas de 107.787 milhões de patacas, numa média de 17,97 mil milhões de patacas, menos 11,4% do que no primeiro semestre de 2015.