Hoje Macau EventosPresidente da República elogia arquitecto Souto de Moura pelo engenho e rigor que levaram a prémio [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, felicitou o arquiteto Eduardo Souto Moura por ter recebido o Leão de Ouro da Bienal de Arquitetura de Veneza. “Felicito o arquiteto Eduardo Souto Moura, a quem foi atribuído o Leão de Ouro da Bienal de Arquitetura de Veneza”, lê-se no site da Presidência da República. “A participação portuguesa nesta edição da Bienal inclui doze edifícios públicos projetados por arquitetos de várias gerações, cuja criatividade e reconhecimento tenho assinalado em diversas circunstâncias”, refere, realçando ainda que “Souto Moura apresentou fotografias aéreas do seu projeto, demonstrando o engenho e o rigor presentes tanto numa ideia como na sua concretização”. O arquiteto Eduardo Souto de Moura recebeu hoje um Leão de Ouro na 16.ª Exposição Internacional de Arquitetura da Bienal de Veneza, que abriu hoje ao público naquela cidade italiana. O projeto distinguido pelo júri da exposição foi o complexo turístico de São Lourenço do Barrocal, a recuperação de um monte alentejano e a sua adaptação a hotel. “Já fiz outros projetos mais modernos, mais antigos, este era a procura de um tom que não destruísse o ambiente do edifício e da paisagem. É um projeto de risco porque estava quase no limite do pastiche [obra em que se imita abertamente o estilo de outros artistas], era uma imitação do antigo”, explicou Souto de Moura à agência Lusa. A exposição da Bienal de Veneza estará patente ao público até 25 de novembro naquela cidade italiana e na qual Portugal participa através da exposição “Public Without Rethoric”. O certame dedicado à arquitetura – cujo prémio máximo é o Leão de Ouro – recebeu 65 participações nacionais, divididas entre os pavilhões históricos do Giardini, do Arsenale e do centro histórico de Veneza. Souto de Moura foi um dos 100 arquitetos convidados pelas curadoras da Bienal da Arquitetura de Veneza, Yvonne Farrell e Shelley McNamara, do Grafton Architects, para a exposição principal, espaço expositivo além dos pavilhões nacionais. Doze edifícios públicos criados por arquitetos portugueses de várias gerações, nos últimos dez anos, e filmes de quatro artistas constituem a representação de Portugal na Bienal de Arquitetura de Veneza, intitulada “Public Without Rethoric”, a inaugurar hoje.
Hoje Macau InternacionalPresidente do Brasil anuncia novas concessões aos transportadores para pôr fim à greve [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Presidente do Brasil anunciou, no domingo, novas concessões aos transportadores, para pôr fim à greve que na última semana causou sérios constrangimentos no abastecimento de combustível e de alimentos no país. Michel Temer cedeu assim à pressão dos camionistas, que protestavam contra os elevados preços dos combustíveis e os aumentos consecutivos aplicados pela petrolífera estatal Petrobras. Entre as concessões, Temer anunciou que o preço do diesel terá uma redução de 0,46 reais por litro pelo prazo de 60 dias, o que representa uma queda de 12%. Os camionistas rejeitavam o congelamento por 30 dias, estipulado na quinta-feira. De acordo com o Presidente, o governo vai assumir “o sacrifício no orçamento” para “aliviar o sofrimento [da população]”. “Quero mostrar a minha plena confiança no espírito da responsabilidade, solidariedade e patriotismo”, afirmou Temer, em declarações à rádio e à televisão, depois de várias horas em negociações no Palácio presidencial. Os graves problemas de abastecimento causados por esta greve afetaram a economia do Brasil no seu conjunto, num país de grandes dimensões que praticamente não tem rede ferroviária e onde 60% do transporte de mercadorias se efetua por estrada. Na sexta-feira, Temer ordenou a mobilização das forças de segurança federais para desimpedirem as estradas. “Não vamos permitir que a população não tenha acesso a produtos de primeira necessidade (…), que os hospitais não tenham os medicamentos necessários para salvar vidas”, explicou na altura. A situação caótica infligiu um duro golpe à credibilidade do Governo do Presidente Michel Temer, a menos de cinco meses das presidenciais de outubro.
Hoje Macau Manchete SociedadePresidente da Malo Clinic anuncia clínica dentária em Macau [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] presidente da Malo Clinic afirmou ontem que vai abrir nova clínica em Macau “em breve”, com um novo parceiro, depois de a licença do Hospital Taivex/Malo, onde a empresa geria a parte dentária, ter sido suspensa. “Na parte dentária vamos abrir uma nova clínica, que não tem nada a ver com a anterior, com um parceiro novo”, revelou à agência Lusa Paulo Maló, em Pequim. “O novo espaço, no centro de Macau, irá abrir este mês ou no próximo”, detalhou. A nova clínica surge seis meses depois de a PHC-Pacific Health Care, dona de 90 por cento da marca Malo em Macau e que detém a licença da clínica TaivexMalo, receber uma ordem de despejo do Venetian Macau, onde se encontravam as instalações que incluíam o consultório dentário Malo. O empresário reafirmou que quer recuperar o espaço no Venetian com a PHC, para continuar a fazer turismo médico, que inclui a parte dentária, cirurgia cosmética, dermatologia ou pediatria, mas que desta vez não abdicará da gestão. “Precisamos do espaço do Venetian, que foi feito para ser o maior centro de turismo médico na Ásia, mas não vamos abrir mão do controlo do ‘management’, até porque temos muito a perder, como foi agora, não só do ponto de vista económico, como de reputação”, afirmou. Sobre a acção de execução contra a Maló Clinic, por parte do Banco Nacional Ultramarino (BNU), com vista à cobrança de uma dívida no valor de 6,3 milhões de euros, Paulo Maló disse que a sua empresa é apenas avalista no processo. “Quando nós vendemos [90 por cento] da Malo em Macau aos chineses [da PHC], vendemos por um preço mais a dívida. O que acontece é que no contrato eles são responsáveis pelo pagamento da dívida, e nós somos responsáveis em caso de incumprimento”, disse. “Quando a licença foi revogada, eles deixaram de pagar ao BNU e nós fomos chamados, porque somos avalistas. Se eles entrarem em incumprimento, nós temos que pagar, mas nesse caso teremos que reaver a percentagem que vendemos”, disse. Paulo Maló falava à Lusa na sua nova clínica em Pequim, na rua comercial de Wangfujing, perto da praça Tiananmen, a segunda do grupo na capital chinesa e a vigésima em toda a China. “Estamos a expandir-nos na China a uma média de quase uma clínica por mês”, afirmou.
Hoje Macau SociedadeTrabalho | Macau ganhou 1.170 não residentes num ano [dropcap style≠’circle’]M[/dropcap]acau ganhou 1.170 trabalhadores não residentes num intervalo de um ano, perfazendo um total de 180.832 no final de Abril, de acordo com dados da Polícia de Segurança Pública (PSP) publicados no portal da Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL). Em termos mensais, ou seja, face a Março, o universo de mão-de-obra importada registou um ligeiro decréscimo (menos 513 pessoas). A maioria dos trabalhadores não residentes é proveniente da China (113.411 ou quase dois terços do total), seguindo-se as Filipinas (29.405) e Vietname (15.091). O sector dos hotéis, restaurantes e similares e da construção absorvem boa parte da mão-de-obra contratada ao exterior.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreias | Kim Jong-Un duvida das garantias de segurança dadas pelos EUA O presidente da Coreia do Sul revelou ontem que o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, com quem se reuniu no sábado, tem dúvidas sobre que garantias de segurança podem os EUA dar em troca da desnuclearização [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, e o líder do Norte, Kim Jong-un, reuniram-se ontem de surpresa e em segredo para tratar da realização da cimeira entre o dirigente norte-coreano e o presidente norte-americano, Donald Trump. “Kim Jong-un tem intenções sérias sobre a completa desnuclearização da península coreana. As suas dúvidas não são sobre isso, mas sobre as políticas hostis de Washington e sobre se os EUA podem realmente garantir a estabilidade do regime”, afirmou Moon Jae-in numa conferência de imprensa hoje em Seul. Moon Jae-in explicou aos jornalistas o conteúdo da reunião que teve sábado, de surpresa, com Jong-un e na qual os dois se comprometeram a cooperar para que a cimeira entre Washington e Pyongyang, prevista para dia 12 de Junho em Singapura, “seja um êxito”. Moon e Kim encontraram-se, pela segunda vez em um mês, por duas horas, na militarizada fronteira entre os dois países, informou ontem em comunicado o gabinete do presidente sul-coreano. “Os dois líderes trocaram opiniões amistosas com o objectivo de porem em prática a declaração de Panmunjom de 27 de Abril, e conseguirem que se celebre com êxito uma cimeira entre a Coreia do Norte e os Estados Unidos”, disse, em comunicado, o porta-voz presidencial, Yoon Young-chan. Detalhe técnico Os líderes das duas Coreias, ainda em guerra tecnicamente, celebraram uma primeira cimeira a 27 de Abril, tendo então feito uma declaração em que se comprometiam a trabalhar para alcançar a “total desnuclearização” da península coreana. Segundo as fotografias divulgadas pelo gabinete presidencial, o encontro que mantiveram os dois líderes na zona norte da chamada Zona de Segurança Conjunta contou também com a presença dos chefes da inteligência (serviços secretos) de ambos os países, Suh Hoon (Sul) e Kim Yong-chol (Norte). O encontro realizou-se dois dias depois de Trump ter anunciado inesperadamente que cancelaria a cimeira para tratar com Kim do possível desmantelamento do programa nuclear norte-coreano, embora na sexta-feira o líder norte-americano tenha recuado, dizendo que ainda era possível realizar-se a cimeira a 12 de Junho, em Singapura, como estava previsto.
Hoje Macau China / ÁsiaBirmânia | Rebeldes rohingya rejeitam autoria de massacre de hindus [dropcap style≠’circle’]U[/dropcap]m grupo de rebeldes rohingya rejeitou o relatório da Amnistia Internacional (AI) que atribui aos guerrilheiros um massacre de população hindu na Birmânia. Segundo a AI, a 25 de Agosto do ano passado, um grupo de rebeldes rohingya armados tomou de assalto pelo menos uma aldeia no Estado de Rakhine, no oeste do país, onde morreram 99 hindus. A ONG documentou os ataques do chamado Exército de Salvação Rohingya de Arakan (ARSA) com dezenas de entrevistas, incluindo a de oito sobreviventes, e imagens analisadas por especialistas forensense. Num comunicado publicado esta noite no seu perfil de twitter, e após quatro meses de silêncio, o ARS nega “de forma categórica todas as acusações criminais injustificáveis e negligentes mencionadas no relatório”. Os rebeldes rohingya, que agradecem à AI o seu “esforço” por defender os direitos humanos, asseguram que o único propósito do seu movimento é “defender, salvar e proteger a comunidade rohingya” e que o objectivo dos seus ataques sempre foi o exército birmanês e não “inocentes civis, independentemente da sua religião ou origem étnica”. O êxodo dos rohingyas teve início em meados de Agosto do ano passado, quando foi lançada uma operação militar do exército birmanês contra o movimento rebelde Exército de Salvação do Estado Rohingya devido a ataques da rebelião a postos militares e policiais. Desde que a nacionalidade birmanesa lhes foi retirada em 1982, os rohingyas têm sido submetidos a muitas restrições: não podem viajar ou casar sem autorização, não têm acesso ao mercado de trabalho, nem aos serviços públicos (escolas e hospitais). A campanha de repressão do exército birmanês contra esta minoria já foi classificada pela ONU como uma limpeza étnica e como uma das crises humanitárias mais graves do início do século XXI.
Hoje Macau China / ÁsiaComércio | Casa Branca comunica ao Congresso que chegou a acordo com a ZTE [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Casa Branca comunicou ao Congresso que chegou a acordo com o grupo de telecomunicações chinês ZTE, o que vai permitir à empresa continuar a operar nos EUA, revelou fonte conhecedora do processo, sob anonimato. A notícia foi dada pela agência noticiosa AP, que avançou que a resolução do caso ZTE pode facilitar o caminho para um acordo sino-norte-americano nas negociações comerciais. Sob o acordo, a ZTE vai despedir a sua equipa de gestão, contratar funcionários norte-americanos e pagar uma multa. Esta penalização vai acrescentar-se aos mil milhões de dólares (858 milhões de euros) que a ZTE já pagou por ter vendido equipamentos à Coreia do Norte e ao Irão em violação das sanções impostas pelos EUA. Por seu lado, o Departamento do Comércio dos EUA vai levantar a interdição à compra de componentes de que a firma necessita a empresas norte-americanas, que deveria durar sete anos. A interdição, imposta no início deste mês, ameaçava acabar com a ZTE.
Hoje Macau China / ÁsiaPrivacidade | Presidente apela à cooperação internacional no setor ‘big data’ O Presidente chinês, Xi Jinping, apelou ontem ao intercâmbio e cooperação internacional no sector de ‘big data’, a análise de grandes volumes de dados com que Pequim quer moldar a indústria e o comportamento social [dropcap style≠’circle’]”O[/dropcap]s países devem reforçar a sua comunicação e cooperação para aproveitar as oportunidades do sector de ‘big data’ (…) e enfrentar desafios como a segurança dos dados e a governança do ciberespaço”, afirmou Xi, na carta que inaugurou o China International Big Data Industry Expo 2018, que decorre em Guiyang, capital da província de Guizhou, no sudoeste do país. “A China está a implementar uma estratégia nacional para o ‘big data’, centrada num ciberespaço forte, numa China digital e numa sociedade inteligente, que ajudarão o país a fazer a transição de um modelo económico com altas taxas de crescimento, para um de alta qualidade”, afirmou. O armazenamento e análise massiva de dados é uma aposta do Governo chinês, visando modernizar o tecido industrial do país, mas também a criação de um sistema de crédito social, que atribui pontos a cada cidadão segundo o seu comportamento, situação financeira, desempenho profissional e académico ou opiniões nas redes sociais. Sebastian Heilmann, cientista político alemão, classifica o sistema de “leninismo digital”. “Um sistema de crédito social é uma perspectiva completamente nova na regulação não só da economia e do mercado, mas também da sociedade”, diz. Consequências reais Em Abril passado, aquele sistema começou a ser implementado pela China na aviação civil, passando a ser proibido os cidadãos de baixo crédito social voarem. As autoridades detalham nove comportamentos, incluindo a difusão de falsos alarmes em aeroportos ou aviões, uso de identidades falsas, transporte de objectos proibidos ou “comportamento ameaçador ou problemático”. Parte da indústria de ‘big data’ da China está concentrada em Guiyang, uma das províncias mais pobres do país, onde escolas vocacionais preparam trabalhadores para processar e examinar os dados. As principais empresas de telecomunicações da China ou os gigantes tecnológicos Apple e Tencent armazenam os dados de utilizadores chineses em Guizhou.
Hoje Macau China / ÁsiaReligião | Pequim restringe construção de estátuas religiosas ao ar livre [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Partido Comunista da China mandou os Governos locais regulamentarem melhor a construção de grandes estátuas religiosas ao ar livre, numa altura de crescentes restrições à expressão religiosa de todos os tipos no país. A orientação do Departamento de Trabalho da Frente Unida, divulgada no site do partido, parece direccionada principalmente aos seguidores do budismo e do taoismo, duas das cinco religiões oficialmente reconhecidas da China. “Todas as localidades devem adoptar a regulamentação da construção de grandes estátuas religiosas ao ar livre como principal prioridade na prevenção da comercialização adicional do budismo e do taoismo”, afirma a orientação do departamento. Milhares de templos e santuários budistas e taoistas, juntamente com mesquitas e igrejas, foram danificados ou destruídos nos tempos do comunismo, especialmente durante a violenta Revolução Cultural de 1966-1976. Embora muitos tenham sido restaurados e reabertos desde então, novas regulamentações e uma revisão burocrática no início deste ano colocaram a gestão do dia-a-dia dos assuntos religiosos directamente sob a tutela do partido oficialmente ateu. Esta gestão tem sido acompanhada por uma campanha renovada para promover o ateísmo e a lealdade ao partido, juntamente com um esforço para estudar as obras de um dos fundadores do comunismo, Karl Marx, que escreveu que a religião “é o ópio do povo”. A campanha anti-religião ocorre juntamente com campanhas para promover o patriotismo e a lealdade partidária, a oposição ao separatismo entre as minorias étnicas e a luta contra os valores liberais ocidentais. Estas campanhas têm complicado os esforços de reconciliação com o Vaticano e levado milhares de muçulmanos a serem submetidos à doutrinação anti-islâmica em campos de reeducação, à demolição de igrejas e a retirada de estudantes e monges de um famoso seminário budista tibetano.
Hoje Macau EventosLisboa | Lançado livro sobre Gastronomia Macaense [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Auditório Adriano Moreia da Sociedade de Geografia de Lisboa vai ser o palco, no dia 27 de Junho, do lançamento do livro A Gastronomia Macaense – Reforço de uma identidade singular, que tem como autor Manuel Fernandes Rodrigues. A apresentação está marcada para as 17h e vai estar a cargo de Carlos Piteira, professor no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade Nova de Lisboa. Também a professora Maria Ferreira vai proferir uma conferência sobre a temática no mesmo evento. “É sempre bom realçar o interesse e o empenho com que Macaenses da diáspora se empenham na investigação e divulgação da nossa herança cultural imaterial. Falar da gastronomia macaense, é recordar que ela é o derradeiro estádio na construção da nossa identidade, através da alimentação”, pode ler-se no convite para o evento.
Hoje Macau EventosBienal | Macau leva “Arquitectura Não Intencional” a Veneza É uma carta de jogo o elemento que atravessa transversalmente a exposição “Arquitectura Não Intencional” que representa Macau na Bienal de Arquitectura de Veneza. A mostra, que inaugurou na sexta-feira, remete para a importância do espaço livre [dropcap style≠’circle’]É[/dropcap] a terceira vez que Macau se faz representar na Bienal de Arquitectura de Veneza. “Arquitectura Não Intencional”, que abriu na sexta-feira ao público, remete para a importância de se deixar espaço livre suficiente para as pessoas intervirem. A mostra, da autoria de três jovens arquitectos (Eddie Ieong Chong Tat, Vong Ka Ian e Benny Chu Hou San), com a curadoria de Manuel Lam, ganha forma através de diferentes arranjos de cartas de jogo que, por via de uma abordagem abstracta, reinterpretam os espaços de Macau. Organizada pelo Museu de Arte de Macau, em colaboração com a Associação dos Arquitectos de Macau (AAM), a exposição “procura explorar elementos e espaços locais mais representativos que permitam reflectir a relação interactiva entre o design e as pessoas, quebrando o habitual estereótipo sobre Macau”, realça o IC. Neste sentido, a mostra “provoca uma reflexão mais profunda sobre a participação humana e as necessidades humanísticas no processo de planeamento urbano”, acrescenta em comunicado. Até Novembro A cerimónia de inauguração foi oficiada pelo Embaixador da China em Itália, Li Ruiyu, pela vice-presidente do IC, Leong Wai Man, pela representante para os Assuntos Económicos e do Comércio de Hong Kong na União Europeia, Shirley Lam Shuet Lai, pelo presidente da Assembleia-Geral da AAM, Leong Chong In, pelo curador da exposição, Manuel Lam Lap Yan, e pelos três jovens arquitectos. Inserida na 16.ª edição da Bienal de Arquitectura de Veneza, a exposição “Arquitectura Não Intencional” vai ficar patente ao público até dia 25 de Novembro.
Hoje Macau SociedadeEnsino | Estudantes de Macau com acesso facilitado em Portugal e na China [dropcap style≠’circle’]S[/dropcap]ão boas notícias para os estudantes de Macau que pretendem ingressar no ensino superior em Portugal ou na China, dado que, a partir deste ano, vão poder candidatar-se com os resultados do exame unificado de acesso. Os estudantes de Macau vão ter acesso facilitado a 15 instituições de ensino superior. Já se sabia que os estudantes de Macau que realizaram o exame unificado de acesso podiam utilizar os resultados para se candidatarem a instituições de ensino superior em Portugal na sequência de protocolos de cooperação, firmados em Setembro, com o Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP) e o Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP), pelo que a grande novidade é o acesso facilitado a universidades da China. Em comunicado, o Gabinete de Apoio ao Ensino Superior (GAES) indica que, no total, são dez as instituições de ensino superior da China que vão começar, a partir deste ano, a aceitar os resultados do exame unificado de acesso de Macau. Todos os estudantes titulares do BIR e do salvo-conduto concedido aos residentes de Hong Kong e Macau para entrada e saída da China podem candidatar-se às respectivas instituições em Junho, prevendo-se que os resultados sejam publicados em meados do mês seguinte. No caso de Portugal, os estudantes de Macau que tenham efectuado o exame unificado de acesso podem candidatar-se a estabelecimentos de ensino superior afiliados dos dois Conselhos. Em causa, três dezenas de instituições, entre as quais figuram as Universidades de Coimbra, de Lisboa e do Porto ou os Institutos Politécnicos de Leiria e de Bragança. De acordo com o GAES, os estudantes podem apresentar os resultados do exame unificado de acesso às instituições abrangidas pelos protocolos que vão rever se os candidatos precisam de efectuar provas adicionais ou entrevistas conforme os cursos e as áreas a que se candidatam.
Hoje Macau SociedadeSaúde | Macau quer mais oportunidades no acesso ao transplante de órgãos [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam, anunciou em Genebra a intenção de aumentar o fornecimento de órgãos da China para Macau, permitindo aos pacientes locais mais oportunidades no acesso aos transplantes. Na Suíça, a participar como representante de Macau na 71.ª Assembleia Mundial da Saúde, Alexis Tam afirmou ter “intenção de acelerar os trabalhos preparatórios” face ao sistema nacional de distribuição e partilha de órgãos da China, ao qual Macau aderiu o ano passado. De acordo com um comunicado divulgado pelo seu gabinete, o secretário para os Assuntos Sociais e Cultura sublinhou ainda os trabalhos em curso para a acreditação de uma Equipa Internacional de Emergência Médica em Macau, nomeadamente em formações de emergência médica e exercícios de simulacro. Para Alexis Tam, a acreditação “permitirá aos profissionais de saúde de Macau conhecerem o socorro humano no mundo internacional e o papel desempenhado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) na coordenação dos trabalhos em resposta à emergência”, lê-se no comunicado. “No futuro, se ocorrer qualquer desastre na região do pacífico-ocidental, Macau pode destacar pessoal para prestar apoio”, concluiu. A verificar-se, Macau será a quarta equipa de emergência médica a nível nacional.
Hoje Macau SociedadeCrime | Prisão preventiva para quatro de seis suspeitos de burla imobiliária [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Polícia Judiciária (PJ) deteve cinco homens e uma mulher pela suspeita de terem aproveitado o documento comprovativo de escritura pública de compra e venda relativa a fracções habitacionais para fingir que o proprietário colocou a propriedade à venda. Quatro dos suspeitos foram colocados em prisão preventiva, enquanto os restantes dois ficam proibidos de se ausentar de Macau, obrigados a apresentarem-se periodicamente às autoridades e tiveram de prestar caução, informou ontem o Ministério Público (MP) em comunicado. As referidas medidas de coacção foram aplicadas pelo juiz de instrução criminal atendendo “à gravidade do caso e à situação concreta do respectivo processo”. Em causa figura a suspeita da prática do crime de burla de valor consideravelmente elevado (que excede 150 mil patacas) – punido com pena de prisão de dois a dez anos –; e de falsificação de documento de especial valor, cuja moldura penal é de um a cinco anos de cadeia.
Hoje Macau SociedadeJustiça | Macau e São Tomé e Príncipe assinam memorando de cooperação [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Ministério Público e a Procuradoria-Geral de São Tomé e Príncipe assinaram na sexta-feira um memorando de cooperação, na sequência da visita oficial a Macau do procurador-geral da República Democrática de São Tomé e Príncipe, Frederique Samba Viegas D’Abreu. A formação de pessoal, os crimes transnacionais e a cooperação judiciária internacional figuraram entre os temas abordados durante o encontro com o Procurador da RAEM, Ip Son Sang, que também contou com a presença de magistrados do MP.
Hoje Macau SociedadeTurismo | Despesas feitas fora dos casinos subiram 22 por cento até Março [dropcap style≠’circle’]E[/dropcap]xcluindo o dinheiro gasto em casinos, os visitantes que escolheram Macau como destino entre Janeiro e Março gastaram 16,42 mil milhões de patacas. O total da despesa representa um aumento de 22 por cento em termos anuais homólogos, de acordo com dados da Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC). A par com o aumento global verificou-se também uma subida dos gastos ‘per capita’ que cresceram 12,4 por cento para 1.921 patacas. Os visitantes procedentes da China foram os que mais abriram os cordões à bolsa, com a despesa ‘per capita’ a corresponder a 2.234 patacas – mais 11,6 por cento comparativamente ao primeiro trimestre do ano passado. Entre os gastos dos visitantes, excluindo em jogo, predominaram as compras (47,3 por cento), seguindo-se o alojamento (23,3 por cento) e alimentação (22 por cento). Quanto ao principal motivo de vinda a Macau, os que visitaram o território para participar em convenções/exposições foram os que mais despenderam, com a despesa ‘per capita’ a atingir 2.908 patacas. A segunda despesa mais avultada foi feita por quem veio fazer compras (2.596 patacas), seguindo-se a efectuada pelos que vieram passar férias (2.500 Patacas), segundo a DSEC. Já a despesa ‘per capita’ de quem veio para jogar nos casinos, que representaram um peso de apenas 2,8 por cento na estrutura de visitantes, foi na ordem das 1.053 patacas, traduzindo um aumento de 5,4 por cento face aos primeiros três meses do ano passado.
Hoje Macau SociedadePatriotismo | Universidade de Macau realiza cerimónia do içar da bandeira [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Universidade de Macau (UM) realizou, este sábado, a sua primeira cerimónia de içar da bandeira para celebrar o dia da graduação, tornando-se na primeira instituição de ensino superior pública a fazê-lo. Em comunicado, a UM indica que a equipa que efectuou o içar da bandeira era composta por 21 estudantes, entre os quais 15 rapazes e seis raparigas, que receberam formação na Guarnição em Macau do Exército de Libertação do Povo Chinês. No evento, que teve lugar no campus da UM na Ilha da Montanha, marcaram presença representantes do Governo Central e do Executivo de Macau, bem como aproximadamente 800 membros das faculdades e estudantes. De agora em diante, a UM planeia organizar cerimónias do içar da bandeira em dias importantes como sejam o dia RAEM ou o primeiro dia de ano novo.
Hoje Macau SociedadePearl Horizon | Governo diz que agiu com boa-fé, mas lesados falam em mentiras [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] TDM noticiou este sábado que os lesados acusam a secretária para a Administração e Justiça, Sónia Chan, de ter mentido aquando da apresentação da solução para o caso Pearl Horizon. A secretária disse, em conferência de imprensa, que a Polytex recusou participar num novo concurso público relativo ao terreno, mas os lesados terão recebido uma mensagem da própria empresa a dizer que não só não recebeu qualquer proposta nesse sentido como não foi informada de que um novo edifício iria ser construído. “Recebemos uma mensagem via telemóvel da Polytex, onde eles indicam que não houve qualquer recusa ou convite. Portanto, queremos que a Polytex venha a público dizer, de forma clara, se foi verdade ou não aquilo que a secretária Sónia Chan disse. Por agora, no entanto, parece-nos claro – a todos – que o Governo estava a mentir”, afirmou Kou Meng Pok, presidente da Associação dos Compradores do Pearl Horizon, em declarações emitidas pelo Canal Macau da TDM. Além disso, o responsável adiantou que os lesados querem voltar a reunir com o Executivo e a própria empresa. De frisar que, em declarações ao HM, o próprio advogado da Polytex, Leonel Alves, referiu que a empresa nunca teve conhecimento de qualquer proposta e que nunca recebeu respostas do Executivo relativas às soluções que apresentou. Entretanto, o Governo emitiu um novo comunicado onde diz que agiu “de boa-fé” e que a Polytex sempre optou por recorrer aos tribunais. “Durante os encontros entre o Governo e a Sociedade de Importação e Exportação Polytex, Limitada, esta sociedade insistiu em resolver o problema por via judicial.” “Como o caso ‘Pearl Horizon’ não constitui um caso de interesse público, o Governo não pode dispensar a realização de concurso público conforme as disposições relativas ao interesse público consagradas na Lei de Terras. Na legislação vigente falta uma base legal suficiente que permita que o Governo construa habitações num determinado local para as vender a determinadas pessoas por determinados preços”, refere ainda o comunicado. O Governo volta a frisar que não tem quaisquer responsabilidades quanto ao pagamento de eventuais indemnizações pelo fim dos contratos celebrados com a Polytex. “O Governo espera que as partes resolvam as disputas surgidas por via legal. Além disso, reitera que não existem entre o Executivo e os compradores das fracções autónomas do edifício em construção relações de crédito e de dívida, nem a questão da responsabilidade de compensação ou indemnização.” Quem vai pedir uma indemnização ao Governo é a própria Polytex, sendo que, de acordo com o Jornal Tribuna de Macau, o valor reclamado pode chegar às 60 milhões de patacas. “A Sociedade vai apresentar o seu pedido de indemnização não só pelos danos já sofridos – como as fundações, a banca, eventuais indemnizações aos compradores, como pelos lucros cessantes”, garantiu Leonel Alves ao jornal.
Hoje Macau PolíticaCooperação | Chefe do Executivo em Pequim até amanhã [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Chefe do Executivo, Fernando Chui Sai On, partiu ontem para Pequim, onde vai presidir, a par com o dirigente da capital chinesa, Chen Jining, à cerimónia de assinatura da “Parceria de Cooperação Pequim-Macau 2018”. Segundo um comunicado oficial, durante a estadia em Pequim, que se prolonga até amanhã, Fernando Chui Sai On vai também participar na abertura e cimeira da Feira Internacional de Comércio em Serviços da China, conhecida pelo acrónimo CIFTIS. Estão ainda previstos encontros com dirigentes do Comité do Partido Comunista Chinês e do Governo do Município de Pequim, bem como com chefias da Administração Geral da Alfândega. Com esta parceria, Macau e Pequim “pretendem incentivar as trocas comerciais e o intercâmbio entre as populações, ampliar pragmaticamente a cooperação em todos os domínios e promover o desenvolvimento com benefícios mútuos”.
Hoje Macau DesportoMarcos Freitas eliminado nos ‘quartos’ do Open de Hong Kong de ténis de mesa [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] português Marcos Freitas foi hoje eliminado nos quartos de final do Open de Hong Kong de ténis de mesa, ao perder com o sul-coreano Lim Jonghoon, por 4-2. Atualmente na 15.ª posição do mundo, o atleta olímpico português foi batido pelo coreano, 39.º do mundo, por 11-9, 11-3, 10-12, 11-8, 7-11, 11-9. Para chegar aos quartos de final, Freitas tinha batido o alemão Benedikt Duda e o nigeriano Aruna Quadri, jogador do Sporting.
Hoje Macau InternacionalGoverno brasileiro vai deter suspeitos de promoção de greve de camionistas [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Governo do Brasil anunciou que vai deter vários suspeitos de promoverem a greve que paralisou o país e assinalou que começaram já a serem cobradas multas às transportadoras que prosseguem com os protestos. O ministro da secretaria do Governo, Carlos Marun, assegurou que investigações da Polícia Federal permitiram estabelecer bases sólidas para pedir a prisão de suspeitos de prosseguirem com a greve, que interrompeu o abastecimento de bens alimentares e produtos petrolíferos, e paralisou o Brasil nos últimos dias. Marun referiu que as autoridades esperam “a manifestação da Justiça” para tornar as detenções efetivas, pelo que o ministro não apresentou mais detalhes devido a estarem a decorrer investigações. O governante prestou declarações em conferência de imprensa realizada no final de uma reunião do Presidente do Brasil, Michel Temer, com os membros do gabinete de crises, para avaliar a situação das estradas federais. A Polícia Federal está a investigar se algumas empresas aproveitaram a greve dos camionistas para uma paragem dos seus trabalhadores e com isso obterem benefícios para o setor, o que está proibido por lei. O Brasil está paralisado desde o início da semana devido à greve dos camionistas, que bloquearam estradas e deixaram de abastecer o país, a maior economia da América do Sul. Quase 90% do abastecimento de alimentos e combustíveis do país é feito por transporte rodoviário. Os bloqueios de estradas continuam embora o período de suspensão da greve durante 15 dias, acordado entre sindicatos e Governo, em troca de um possível “imposto zero” para o diesel e outras concessões. Marun indicou hoje que o Governo começou já a aplicar multas de 100.000 reais por hora (23.000 euros) às empresas de transporte que não respeitem o acordo firmado para desbloquear as estradas. Os manifestantes que não retirarem os camiões que obstruem uma via serão igualmente multados com 10.000 reais (2.340 euros). O ministro assinalou que as primeiras medidas do Governo, que anunciou a intervenção das forças federais para desbloquear estradas, garantiram o abastecimento de combustíveis a várias centrais termoelétricas no norte do país, assim como nos aeroportos de Congonhas, em São Paulo, Porto Alegre e Rio de Janeiro. Marun disse que Temer está “particularmente preocupado” com a situação sanitária no país e com as vidas que podem estar em risco por causa da greve, enquanto reiterou que o diálogo com os camionistas “não está interrompido”, mas o progresso depende de tempo para se procurarem soluções e alternativas.
Hoje Macau DesportoCristiano Ronaldo insinua possível saída do Real Madrid [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] internacional português Cristiano Ronaldo insinuou, após a conquista da Liga dos Campeões, em Kiev, na Ucrânia, com um triunfo por 3-1 frente ao Liverpool, que poderia deixar a equipa do Real Madrid. “Agora é a hora de aproveitar o momento e nos próximos dias vou dar uma resposta aos adeptos, que sempre estiveram ao meu lado. Foi muito bom estar no Real Madrid, nos próximos dias vou falar”, disse Cristiano Ronaldo à BeIN Sports. Sem esclarecer se as suas palavras deixavam adivinhar aquilo que podia ser um adeus ao Real Madrid, Cristiano Ronaldo, máximo goleador da Liga dos Campeões nas últimas seis épocas, repetiu que irá dar uma resposta nos próximos dias. “Agora temos é que aproveitar o momento. Fizemos história, que é o que procuramos e o futuro de qualquer jogador não é o mais importante. O mais importante é que fizemos história”, concluiu o internacional português. Aos 33 anos, Cristiano Ronaldo conquistou o seu quinto título de campeão europeu de clubes (um pelo Manchester United e quatro pelo Real Madrid) e ficou mais próximo de igualar o recordista de conquistas, Paco Gento (seis). O Real Madrid conquistou pela terceira vez consecutiva a Liga dos Campeões de futebol, ao vencer o Liverpool, por 3-1, na final disputada em Kiev. O francês Karim Benzema inaugurou o marcador aos 51 minutos, mas quatro minutos depois o senegalês Sadio Mané empatou, antes de o galês Gareth Bale bisar, aos 64 e 83. Com este triunfo, o Real Madrid, que venceu quatro das últimas cinco edições, passou a somar a 13 títulos de campeão europeu, enquanto o Liverpool se mantém com cinco troféus.
Hoje Macau EventosArquiteto Souto de Moura ganha Leão de Ouro na Bienal de Arquitetura de Veneza [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] arquiteto Eduardo Souto de Moura foi distinguido na Bienal de Arquitetura de Veneza com um Leão de Ouro. A 16.ª Exposição Internacional de Arquitetura da Bienal de Veneza abriu hoje ao público, na cidade italiana, com a participação de Portugal através da exposição “Public Without Rethoric”. O certame dedicado à arquitetura – cujo prémio máximo é o Leão de Ouro – recebe 65 participações nacionais, divididas entre os pavilhões históricos do Giardini, do Arsenale e do centro histórico de Veneza. Souto de Moura foi um dos 100 arquitetos convidados pelas curadoras da Bienal da Arquitetura de Veneza, Yvonne Farrell e Shelley McNamara, do Grafton Architects, para a exposição principal, espaço expositivo além dos pavilhões nacionais. Doze edifícios públicos criados por arquitetos portugueses de várias gerações, nos últimos dez anos, e filmes de quatro artistas constituem a representação de Portugal na Bienal de Arquitetura de Veneza, intitulada “Public Without Rethoric”. O projeto, apresentado em Abril último pelos curadores, Nuno Brandão Costa e Sérgio Mah, no Palácio da Ajuda, em Lisboa, está instalado no Palazzo Giustinian Lolin, sede da Fundação Ugo e Olga Levi, junto ao Grande Canal, em Veneza, entidade com a qual a Direção-Geral das Artes, organizadora da representação portuguesa, assinou um protocolo de utilização para este ano. André Cepeda, Catarina Mourão, Nuno Cera e Salomé Lamas foram os quatro artistas convidados a criar filmes sobre os edifícios selecionados. Os 12 edifícios de arquitetos portugueses incluídos na exposição dividem-se pelo país e pelo estrangeiro, com três localizados nos Açores: Arquipélago – Centro de Artes Contemporâneas, na Ribeira Grande (João Mendes Ribeiro e Menos é Mais – Cristina Guedes e Francisco Vieira de Campos), Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Angra do Heroísmo (Inês Lobo) e Centro de Visitantes da Gruta das Torres, no Pico (SAMI – Inês Vieira da Silva e Miguel Vieira). De Lisboa estão incluídos na lista o Teatro Thalia (Gonçalo Byrne e Barbas Lopes Arquitetos, Diogo Seixas Lopes e Patrícia Barbas) e o Terminal de Cruzeiros (João Luís Carrilho da Graça). Do Porto, são vários os edifícios que vão constar da representação portuguesa: I3S – Instituto de Inovação e Investigação em Saúde (Serôdio Furtado Associados – Isabel Furtado e João Pedro Serôdio), Molhes do Douro (Carlos Prata), Pavilhões Expositivos Temporários, “Incerteza Viva: Uma exposição a partir da 32.ª Bienal de São Paulo”, Parque de Serralves (depA – Carlos Azevedo, João Crisóstomo e Luís Sobral, Diogo Aguiar Studio, FAHR 021.3 – Filipa Fróis Almeida e Hugo Reis, Fala Atelier – Ana Luísa Soares, Filipe Magalhães e Ahmed Belkhodja e Ottotto, Teresa Otto). A lista de obras selecionadas inclui ainda o Hangar Centro Náutico, em Montemor-o-Velho (Miguel Figueira), e o Parque Urbano de Albarquel, em Setúbal (Ricardo Bak Gordon). Fora de Portugal encontram-se o Centro de Criação Contemporânea Olivier Debré, em Tours, França (Aires Mateus e Associados – Manuel e Francisco Aires Mateus), e a Estação de Metro Município, em Nápoles, Itália (Álvaro Siza Vieira, Eduardo Souto Moura e Tiago Figueiredo). A 16.ª Exposição Internacional de Arquitetura da Bienal de Veneza estará patente ao público até ao dia 25 de novembro. A reacção O arquiteto Eduardo Souto de Moura considerou o prémio “o reconhecimento do valor e do nível da arquitetura portuguesa”, que “cada vez é mais reconhecida nos sítios que exigem mais qualidade”. “É mais uma [distinção], estou contente pela arquitetura portuguesa, que cada vez é mais reconhecida nos sítios que exigem mais qualidade”, afirmou Souto de Moura em declarações à agência Lusa após ter sido distinguido com um Leão de Ouro na 16.ª Exposição Internacional de Arquitetura da Bienal de Veneza, que abriu hoje ao público naquela cidade italiana. Considerando que “o pavilhão de Portugal [na exposição] era dos melhores, com um conjunto de arquitetos que não é fácil encontrar”, Souto de Moura encara esta nova distinção como “o reconhecimento do valor e do nível da arquitetura portuguesa”. “Isto tudo vem de uma tradição do Siza [Vieira], do [Fernando] Távora e de outros arquitetos”, sustentou, salientando que atualmente “a arquitetura portuguesa é muito bem vista” e tem “uma qualidade superior à da maior parte dos países europeus”. “E já não é de agora, estamos fartos de ganhar prémios, o que para mim é uma vaidade, ficamos orgulhosos”, acrescentou. Relativamente ao projeto distinguido pelo júri da exposição – o complexo turístico de São Lourenço do Barrocal, a recuperação de um monte alentejano e a sua adaptação a hotel – Souto de Moura disse que foi “um projeto muito difícil, porque não é radical”: “Já fiz outros projetos mais modernos, mais antigos, este era a procura de um tom que não destruísse o ambiente do edifício e da paisagem. É um projeto de risco porque estava quase no limite do pastiche [obra em que se imita abertamente o estilo de outros artistas], era uma imitação do antigo”, explicou. Muito otimista quanto à nova geração de arquitetos em Portugal – que descreve como “excecional, quer no Porto, quer em Lisboa”, e que começa agora a recuperar do período mais difícil vivido com a crise económica – Eduardo Souto de Moura diz que o que falta hoje à arquitetura é “tempo”. “A arquitetura cada vez está mais difícil, está a mudar. Os clientes pedem os projetos para ontem, não há tempo, e a falta de tempo é um convite à mediocridade”, sustentou. “Portanto – disse à Lusa – gostava que este projeto [do Barrocal], que demorou algum tempo, o tempo justo, servisse de receita a outros projetos que pedem a uma velocidade que não é possível fazer”. O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, já felicitou o arquiteto Eduardo Souto Moura por ter recebido o Leão de Ouro da Bienal de Arquitetura de Veneza. “Felicito o arquiteto Eduardo Souto Moura, a quem foi atribuído o Leão de Ouro da Bienal de Arquitetura de Veneza”, lê-se no site da Presidência da República. “A participação portuguesa nesta edição da Bienal inclui doze edifícios públicos projetados por arquitetos de várias gerações, cuja criatividade e reconhecimento tenho assinalado em diversas circunstâncias”, refere, realçando ainda que “Souto Moura apresentou fotografias aéreas do seu projeto, demonstrando o engenho e o rigor presentes tanto numa ideia como na sua concretização”.
Hoje Macau SociedadeBibliotecas | Associações pedem melhorias na gestão dos acervos [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] vice-presidente do Centro da Política da Sabedoria Colectiva, Chan Ka Leong, pede que o Executivo aperfeiçoe as políticas de gestão do acervo bibliográfico e aproveite eficazmente os serviços electrónicos para gerir recursos. A ideia foi deixada pelo responsável ao jornal Ou Mun, em reacção ao relatório do Comissariado da Auditoria (CA) divulgado na quarta-feira que denunciava as falhas na gestão do acervo das bibliotecas públicas de Macau por parte do Instituto Cultural (IC) Para Chan Ka Leong os livros das bibliotecas públicas são ferramentas importantes para a educação da população e divulgação de conhecimento, sendo que na ausência de uma boa gestão das bibliotecas públicas, os trabalhos destas instituições relativos à educação e à promoção da leitura podem estar comprometidos. Os atrasos no processamento do acervo bibliográfico surgiram devido à má gestão por parte do Instituto Cultural, referiu o responsável que considera que o Governo deve agora assegurar melhorias. Por sua vez, o presidente da Aliança de Povo de Instituição de Macau, Lei Leong Wong, criticou o IC pela desvalorização dos trabalhos de gestão de livros. Para o responsável, esta situação afecta os interesses públicos e é um desperdício de dinheiros públicos. Face a esta situação, o presidente pede que o IC avance com melhorias tendo como base o relatório do CA.