Hoje Macau China / Ásia MancheteChina celebra 80º aniversário do fim da II Guerra Mundial com enorme parada militar O Presidente chinês, Xi Jinping, afirmou hoje que o “rejuvenescimento da nação chinesa é imparável”, durante uma parada militar em Pequim que contou com os líderes da Rússia, Vladimir Putin, e da Coreia do Norte, Kim Jong-un. “O rejuvenescimento da nação chinesa é imparável e a nobre causa da paz e do desenvolvimento da humanidade triunfará certamente”, declarou Xi, num discurso perante dezenas de milhares de pessoas na Praça de Tiananmen. “O mundo volta a enfrentar uma escolha entre a paz e a guerra, o diálogo e o confronto”, acrescentou o líder chinês, num momento de crescentes tensões geopolíticas e desafios à ordem internacional do pós-guerra. Num discurso breve, Xi recordou as vítimas da Segunda Guerra Mundial (1939-1945) e apelou à erradicação das causas da guerra, para evitar a repetição da História. A principal mensagem, contudo, foi de afirmação do papel da China no mundo: “O povo chinês é um povo que não teme a violência, é autossuficiente e forte”, disse. “Seguiremos o caminho do desenvolvimento pacífico e trabalharemos de mãos dadas com os povos de todos os países para construir uma comunidade de futuro partilhado para a humanidade”, sublinhou. A parada teve início após o discurso de Xi, com tropas a marchar em passo ritmado na avenida Chang’an, para a revista do chefe de Estado, que também preside à Comissão Militar Central. Xi percorreu o alinhamento militar numa limusina preta clássica, saudando os soldados e colunas de mísseis e veículos blindados, enquanto estes respondiam em uníssono com lemas como “Servimos o povo”. O evento contou com a exibição de mísseis, caças modernos e outros equipamentos militares, muitos dos quais mostrados ao público pela primeira vez, num sinal do crescente peso que a China quer assumir no palco internacional. A cerimónia começou com uma salva de 80 tiros de artilharia e a execução do hino nacional, “Marcha dos Voluntários”, composto em 1935 durante a resistência à invasão japonesa. Xi chegou à Porta de Tiananmen com os convidados de honra, incluindo o Presidente russo, Vladimir Putin, e o líder norte-coreano, Kim Jong-un. Os três subiram juntos à tribuna de honra, após saudarem individualmente cinco veteranos da Segunda Guerra Mundial, alguns com mais de 100 anos. Durante o desfile, o Presidente norte-americano, Donald Trump, questionou, nas redes sociais, se Xi reconheceria o contributo dos soldados dos EUA no conflito, e ironizou: “Transmita os meus calorosos cumprimentos a Vladimir Putin e Kim Jong-un, enquanto conspiram contra os Estados Unidos da América”. Na sua intervenção, Xi não mencionou os Estados Unidos, mas agradeceu o apoio dos países estrangeiros que ajudaram a China na resistência contra a invasão japonesa. O desfile, além de mostrar força militar, visa também reforçar o apoio interno ao Partido Comunista e projetar a China como alternativa à ordem internacional dominada pelos EUA desde o pós-guerra. Milhares de pessoas assistiram à parada a partir de zonas delimitadas na Praça de Tiananmen, acenando bandeiras vermelhas enquanto coros entoavam canções patrióticas como “Defender o Rio Amarelo” e “Não há Nova China sem o Partido Comunista”.
Hoje Macau China / ÁsiaUcrânia | Putin recusa acordo de paz por questões de segurança O Presidente russo reafirmou ontem em Pequim a recusa em comprometer a segurança da Rússia com um acordo de paz com a Ucrânia, que Moscovo invadiu em Fevereiro de 2022. “É uma decisão da Ucrânia escolher como garantir a sua segurança”, afirmou Vladimir Putin durante uma reunião com o primeiro-ministro eslovaco, Robert Fico, transmitida pela televisão. “Mas a sua segurança (…) não pode ser garantida em detrimento da segurança de outros países, incluindo a Rússia”, acrescentou, repetindo um argumento que tem usado desde que ordenou a invasão do país vizinho. A Ucrânia, que pediu a adesão à NATO, a que a Rússia se opõe, pretende obter garantias de segurança para dissuadir Moscovo a invadir de novo o país no quadro de um acordo que permita o fim da guerra em curso. A Ucrânia recebeu garantias de segurança em 1994, no âmbito do Memorando de Budapeste, que assinou com a Rússia, os Estados Unidos e o Reino Unido em troca do arsenal nuclear soviético estacionado no seu território. O acordo não impediu a invasão da Ucrânia pela Rússia em 2014, quando anexou a Península da Crimeia e patrocinou um movimento separatista no Donbass (leste), e em Fevereiro de 2022. Putin e Fico estão em Pequim para assistir ao desfile militar que celebrará os 80 anos do fim da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), a que presidirá o Presidente da República Popular da China, Xi Jinping (ver páginas 10-11). Assistirá também ao desfile, entre outros convidados, o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, que chegou ontem a Pequim num comboio blindado proveniente de Pyongyang, numa das suas raras viagens ao estrangeiro. Fantasias europeias Ao encontrar-se com Fico, Putin afirmou que as suspeitas de que a Rússia planeia lançar um ataque contra outro país europeu além da Ucrânia são “um disparate completo que não tem absolutamente nenhum fundamento”. Putin acusou os europeus, a quem chamou de “especialistas em filmes de terror”, de tentarem provocar continuamente “histeria sobre a suposta intenção da Rússia de atacar a Europa”, segundo a agência noticiosa espanhola EFE. O líder russo disse que “qualquer pessoa em sã consciência sabe perfeitamente que a Rússia nunca teve, não tem e nunca terá o desejo de atacar ninguém”. “Trata-se de uma provocação ou de uma completa incompetência”, afirmou Putin, também citado pela agência espanhola Europa Press. Insistiu novamente que o conflito na Ucrânia não começou com a invasão de 2022, mas sim com um alegado “golpe de Estado” em Kiev em 2014, quando o presidente pró-russo Viktor Yanukovych foi deposto por um movimento pró-europeu. Reafirmou também que a entrada da Ucrânia na NATO é inadmissível, enquanto nunca se opôs à entrada do país vizinho na UE, algo que Fico também apoiou. Putin acusou a Aliança Atlântica de tentar absorver “praticamente todo o espaço pós-soviético”, o que inclui a Ucrânia. “Tínhamos de reagir”, afirmou, aludindo à decisão de mandar invadir a Ucrânia. Margem de manobra Apesar das divergências, Putin admitiu haver margem para um consenso sobre as garantias de segurança exigidas por Kiev. Disse que esse foi um dos pontos discutidos com o homólogo dos Estados Unidos, Donald Trump, no encontro inédito que mantiveram no Alasca, em 15 de Agosto. Putin mostrou-se aberto a colaborar com os Estados Unidos noutras frentes, em particular na gestão da central nuclear de Zaporijia, considerada a maior da Europa e tomada pelas forças russas há mais de três anos. “Se as circunstâncias o permitirem, poderíamos cooperar a três na central”, afirmou, com vista a uma potencial aliança entre a Rússia, a Ucrânia e os Estados Unidos.
Hoje Macau PolíticaEleições | Rita Santos diz que banner da lista foi danificado Rita Santos, presidente da assembleia-geral da Associação dos Trabalhadores da Função Pública de Macau (ATFPM), escreveu ontem nas redes sociais que um cartaz da lista Nova Esperança, liderada por José Pereira Coutinho, foi danificado de forma intencional, com um cigarro apagado na imagem do olho esquerdo do candidato. O cartaz em questão está colocado na Avenida do General Castelo Branco. Rita Santos, que é figura próxima da lista Nova Esperança, liderada por Coutinho e candidata às eleições para a Assembleia Legislativa, não integra o grupo de candidatos, mas afirmou que Coutinho está preocupado com a sua segurança depois deste episódio. Na publicação, a responsável disse mesmo que a lista Nova Esperança tem o direito de pedir responsabilidade legal depois de o cartaz ter sido danificado. Rita Santos não esqueceu ainda o facto de, depois do debate televisivo em que a lista participou, Pereira Coutinho continuar a ser alvo de difamações, acusado de informações falsas e desacreditado por uma lista concorrente. A responsável destacou que as eleições para a escolha dos deputados pela via directa para o hemiciclo são importantes para a RAEM e para a implementação do princípio de Macau governada por patriotas. É, portanto, importante impedir as infracções cometidas e o cumprimento de eleições imparciais, frisou Rita Santos na mesma publicação.
Hoje Macau China / ÁsiaSeul diz que dois mil norte-coreanos morreram no conflito na Ucrânia Cerca de dois mil soldados da Coreia do Norte morreram no conflito entre a Rússia e a Ucrânia, de acordo com informação divulgada ontem pelos serviços de informação militar da Coreia do Sul. Em Abril, “estimaram o número de mortos em pelo menos 600”, mas, com base em estimativas actualizadas, “agora estimam o número em cerca de dois mil”, disse o deputado Lee Seong-kweun aos jornalistas após uma reunião com o Serviço Nacional de Inteligência (NIS, na sigla em inglês da Coreia do Sul. Durante a reunião à porta fechada do comité parlamentar de inteligência, o NIS estimou que Pyongyang enviou até ao momento cerca de 15 mil soldados para a Rússia. De acordo com deputados dos dois principais partidos, citados pela agência de notícias sul-coreana Yonhap, o NIS acredita que a Coreia do Norte está a preparar um terceiro destacamento de cerca de seis mil homens, incluindo mil sapadores que já chegaram à frente de batalha. A agência de notícias oficial norte-coreana KCNA noticiou no sábado que o líder norte-coreano Kim Jong-un tinha conversado no dia anterior com familiares de soldados mortos nos combates contra a Ucrânia em apoio da Rússia. Kim já se tinha encontrado com alguns deles na semana anterior, noutra cerimónia pública em homenagem aos militares. Laços apertados A Rússia e a Coreia do Norte consolidaram os laços bilaterais, através da assinatura de um pacto de defesa mútua no ano passado, durante uma visita do Presidente russo a Pyongyang. Em Abril, a Coreia do Norte confirmou, pela primeira vez, que tinha enviado um contingente de soldados para a linha da frente na Ucrânia, para combater ao lado das tropas russas. O líder norte-coreano cruzou ontem a fronteira com a China a bordo do seu comboio blindado, rumo a Pequim, para participar numa importante parada militar com os presidentes chinês e russo. O líder norte-coreano estará em Pequim para participar no desfile militar, que se realiza hoje e contará também com a presença do Presidente da Rússia, Vladimir Putin. O Kremlin declarou recentemente que está a considerar a realização de uma cimeira bilateral entre os dois líderes, em paralelo com o desfile. O NIS espera que Kim compareça no desfile ao lado de Xi Jinping e Putin e indicou ainda a possibilidade de ser acompanhado pela mulher, Ri Sol-ju, e pela influente irmã, Kim Yo-jong. O serviço acrescentou que o regime de Pyongyang está a planear um grande desfile militar para Outubro, em comemoração do 80.º aniversário da fundação do Partido dos Trabalhadores, o partido único da Coreia do Norte.
Hoje Macau China / ÁsiaCooperação | Rússia, China e Mongólia assinam acordo para gasoduto Força da Sibéria 2 A Rússia, a China e a Mongólia assinaram ontem um memorando juridicamente vinculativo para a construção do gasoduto Força da Sibéria 2, que permitirá a entrega anual de 50 mil milhões de metros cúbicos de gás russo à China. O anúncio foi feito pelo presidente da gigante energética russa Gazprom, Alexei Miller, após a reunião entre os líderes da Rússia, Vladimir Putin, da China, Xi Jinping, e da Mongólia, Ukhnaa Khurelsukh, realizada em Pequim, à margem das celebrações do 80.º aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial no Pacífico. Miller sublinhou que a construção do gasoduto Força da Sibéria 2 e do chamado gasoduto União – Oriente, que inclui o trajecto de trânsito pela Mongólia e as infraestruturas correspondentes em território chinês, será “o maior projecto mundial no sector do gás, tanto em dimensão como em volume de investimento”. O acordo prevê o fornecimento de gás natural russo à China por um período de 30 anos. Paralelamente, a Gazprom assinou com a Corporação Nacional de Petróleo da China (CNPC) um acordo para aumentar o fornecimento através do gasoduto Força da Sibéria, dos actuais 38 mil milhões para 42 mil milhões de metros cúbicos por ano. Estes dois projectos reforçam a crescente cooperação energética sino-russa, num contexto de afastamento progressivo da Rússia dos mercados europeus, após as sanções ocidentais impostas pela invasão da Ucrânia, e da estratégia chinesa de diversificação do aprovisionamento energético. Embora Pequim exclua a formação de uma aliança formal com Moscovo, tem prestado apoio político, diplomático e económico à Rússia desde o início da guerra na Ucrânia. A parceria é vista como forma de Pequim assegurar estabilidade nas fronteiras terrestres no norte e nordeste da China e garantir o fornecimento energético, permitindo ao país asiático concentrar recursos nas áreas onde enfrenta maior pressão dos Estados Unidos e seus aliados, incluindo o Estreito de Taiwan e o Mar do Sul da China.
Hoje Macau China / ÁsiaMoeda | Yuan atinge valor mais alto face ao dólar desde eleição de Trump O yuan valorizou para o nível mais alto face ao dólar norte-americano desde a eleição de Donald Trump, num sinal de que Pequim está disposta a permitir um fortalecimento gradual da moeda chinesa. Desde o início do ano, o yuan valorizou 2,3 por cento face à moeda norte-americana, fixando-se nos 7,14 yuan por dólar. Segundo analistas citados pelo jornal britânico Financial Times, a valorização da moeda poderá ter implicações nas negociações comerciais entre a China e os Estados Unidos. Durante o seu primeiro mandato, o novo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, chegou a acusar Pequim de manipulação cambial. “É um sinal para os Estados Unidos”, afirmou Mitul Kotecha, responsável pela estratégia cambial do banco britânico Barclays. “A China quer mostrar, de boa-fé, que não pretende desvalorizar a moeda”, acrescentou. Apesar do fortalecimento, o yuan tem tido um desempenho inferior ao de outras moedas importantes este ano, como o euro e o iene, que valorizaram 13,2 por cento e 6,2 por cento, respectivamente, face ao dólar. O economista-chefe do banco de investimento Goldman Sachs para a Ásia-Pacífico, Andrew Tilton, sugeriu que as autoridades norte-americanas podem estar a incentivar vários países a permitirem a valorização das suas moedas. A relativa estabilidade do yuan face ao dólar, que se encontra em queda, beneficia as exportações chinesas, mas aumenta a pressão sobre os sectores industriais de outros países, cujas moedas mais fortes encarecem as exportações para os EUA.
Hoje Macau China / ÁsiaXi pede ao PM paquistanês que garanta protecção dos projectos chineses O Presidente da China, Xi Jinping, apelou ontem ao Paquistão para tomar “medidas concretas e eficazes” que garantam a segurança de cidadãos, projectos e instituições chinesas no país, após vários ataques contra trabalhadores chineses. Durante um encontro em Pequim com o primeiro-ministro paquistanês, Shehbaz Sharif, Xi afirmou que “a China e o Paquistão são amigos na adversidade e irmãos” e que “uma relação sólida entre ambos contribui para a paz e o desenvolvimento regionais”, segundo um comunicado divulgado pela diplomacia chinesa. O chefe de Estado chinês reiterou o apoio de Pequim à “unidade, ao foco no desenvolvimento e ao fortalecimento nacional do Paquistão”. Sharif garantiu que o seu Governo “não poupará esforços para proteger a segurança do pessoal, dos projectos e das instituições chinesas” em território paquistanês. “Cada geração de paquistaneses recorda a ajuda desinteressada da China. Nenhuma força pode quebrar esta amizade inquebrantável entre os nossos dois países”, afirmou. Em Outubro de 2024, dois cidadãos chineses morreram e mais de uma dezena de pessoas ficaram feridas num atentado suicida no aeroporto de Karachi, no sul do país. Em Março do mesmo ano, outro atentado semelhante causou a morte de pelo menos cinco trabalhadores chineses e um paquistanês, envolvidos na construção de uma central hidroeléctrica em Dasu, na província de Khyber Pakhtunkhwa. Na mesma região, em Março do ano passado, cinco engenheiros chineses e um condutor paquistanês morreram noutro ataque suicida. Pedras no caminho Estes atentados têm sido um obstáculo ao aprofundamento da parceria sino-paquistanesa, sobretudo no plano económico. A China comprometeu-se a investir 64 mil milhões de dólares (em infraestruturas no Paquistão, no âmbito do Corredor Económico China – Paquistão (CPEC), integrado na Iniciativa Faixa e Rota, que visa ligar o sul e o centro da Ásia a Pequim. Shehbaz Sharif participou no domingo e na segunda-feira na 25.ª cimeira da Organização de Cooperação de Xangai (SCO), realizada na cidade chinesa de Tianjin. O líder paquistanês assistirá hoje ao desfile militar em Pequim que assinala os 80 anos do fim da Segunda Guerra Mundial no Pacífico, evento que contará com a presença dos presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e da Coreia do Norte, Kim Jong-un, entre outros.
Hoje Macau China / ÁsiaParada | China exibe poder militar em desfile pelo fim da Segunda Guerra Mundial no Pacífico A parada militar destinada a assinalar o fim da segunda guerra mundial no Pacífico conta com a presença de vários líderes mundiais da Ásia, da América Latina e da Europa de Leste. Xi Jinping irá passar revista às tropas Caças furtivos de última geração, mísseis balísticos avançados e tanques equipados com drones vão desfilar em Pequim, hoje, para assinalar os 80 anos do fim da Segunda Guerra Mundial no Pacífico. O evento vai contar com a presença do Presidente chinês, Xi Jinping, e dos líderes da Rússia, Vladimir Putin, e da Coreia do Norte, Kim Jong-un, além de vários outros chefes de Estado de países da Ásia, da América Latina e da Europa de Leste. O único representante da UE vai ser o primeiro-ministro da Eslováquia, Robert Fico, que afirmou querer “prestar homenagem a todos os que se sacrificaram na luta contra o fascismo” e ao povo chinês. A capital chinesa encontra-se sob apertadas medidas de segurança há várias semanas, com detectores semelhantes aos usados em aeroportos nas entradas de edifícios públicos e patrulhas permanentes em viadutos e pontos estratégicos da cidade. O desfile, marcado para as 09:00, terá cerca de 70 minutos de duração e envolverá 45 formações militares, incluindo um sobrevoo de aviões de guerra. Xi Jinping vai discursar na praça de Tiananmen e passar revista às tropas do Exército de Libertação Popular (ELP), no que será também uma demonstração de força num momento de crescente desconfiança face ao Ocidente, incertezas geopolíticas agravadas desde a chegada de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos e disputas territoriais com vários vizinhos. Fontes do Ministério da Defesa indicaram que grande parte do armamento exibido será mostrado ao público pela primeira vez, sendo toda a tecnologia de fabrico chinês. O jornal de Hong Kong South China Morning Post noticiou que poderão ser exibidos mísseis com capacidade nuclear. Últimas novidades Song Zhongping, antigo instrutor do ELP, referiu ao mesmo jornal que o país poderá apresentar novos sistemas de ataque hipersónico de precisão capazes de “contrariar eficazmente adversários poderosos, incluindo os Estados Unidos”, como os mísseis DF-17, DF-26 (alcance superior a 4.000 quilómetros, apelidado de “Assassino de Guam”), JL-3 (lançado a partir de submarinos) e YJ-21 (concebido para ultrapassar sistemas avançados de defesa naval). Entre os destaques esperam-se também tanques adaptados a veículos aéreos não tripulados (drones), aviões de alerta antecipado KJ-600 e caças furtivos de última geração. De acordo com Pequim, a invasão japonesa causou mais de 35 milhões de vítimas entre civis e militares chineses mortos e feridos, representando um terço das baixas totais da guerra. Trio em destaque O destaque da cerimónia será a presença conjunta de Xi, Putin e Kim Jong-un, este último numa rara deslocação ao estrangeiro – a primeira desde 2019 – para reforçar os laços com Pequim, num momento em que Pyongyang tem aprofundado a cooperação militar com Moscovo. Estarão ainda presentes o Presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, o líder da junta militar de Myanmar (antiga Birmânia), Min Aung Hlaing, o Presidente do Irão, Masud Pezeshkian, e o primeiro-ministro do Paquistão, Shehbaz Sharif, entre outros dirigentes do Sudeste Asiático, incluindo representantes de Camboja, Vietname, Laos e Malásia. Pequim procura apresentar-se como um parceiro mais estável e fiável do que os Estados Unidos, numa região onde é o principal parceiro comercial colectivo. Entretanto, a cidade continua sob vigilância apertada. Guardas patrulham pontes e viadutos, medida de segurança recorrente desde 2022.
Hoje Macau EventosExposição de Francisco Ricarte na Casa de Portugal até final do mês A exposição “Macau: Dias de Ontem e Dias de Hoje”, com imagens do arquitecto Francisco Ricarte, foi estendida até ao final do mês, podendo ser visitada até 30 de Setembro na sede da Casa de Portugal em Macau (CPM). Trata-se de uma iniciativa integrada na programação das celebrações do 10 de Junho – Dia de Portugal, Camões e das Comunidades Portuguesas. A mostra contém 20 “dípticos”, ou seja, “vinte propostas visuais comparativas entre imagens antigas de Macau, como registos fotográficos e iconográficos da cidade da primeira metade do Séc. XIX, ou existentes em postais antigos dos inícios do Séc. XX, com imagens contemporâneas desses espaços ou do que resta deles, onde se possam entender não só a presença dos antigos elementos construídos ou naturais ainda existentes, mas sobretudo a continuidade do seu significado social e humano relevantes”, explicou o arquitecto e fotógrafo ao HM. Segundo Ricarte, o que se pretende fazer nesta mostra não é apenas “o registo meramente documental ou comparativo das modificações necessariamente ocorridas nos espaços e imóveis registados, mas sim captar como o seu ‘espírito’, sob o ponto de vista da sua presença, significado urbano ou presença humana significativa, mantêm a sua identidade e significado imagético para a cidade, hoje”. Passado e presente Em “Macau: Dias de Ontem e Dias de Hoje” faz-se a “introdução de registos cromáticos nas fotografias contemporâneas”, convidando-se o público a “identificar uma continuidade entre o antigo e o contemporâneo, encontrando novas identidades e significados nas imagens contemporâneas apresentadas, fazendo assim uma outra leitura interpretativa desses registos fotográficos”. Aqui, a cor “articula a perenidade e identidade dos locais e seu significado, patente nos ‘dias de ontem’ com a contemporaneidade desses mesmos espaços, evidenciado pela sua presença e identidade nos ‘dias hoje'”, remata Ricarte. Francisco Ricarte é arquitecto de profissão, estando em Macau desde 2006. É um dos membros da associação Halftone, dedicada à fotografia profissional e amadora que se faz no território e fora dele, tendo ajudado a criar este projecto em 2021. A Halftone publica também uma revista de fotografia de forma regular.
Hoje Macau EventosLivro | Pensamento do filósofo chinês Xun Kuang editado em português A Livros do Meio, editora local criada por Carlos Morais José, juntou esforços à Fundação Macau para a edição de “Escritos de Mestre Xun”, que pela primeira vez traduz integralmente do chinês para português o pensamento do filósofo chinês Xun Kuang, também conhecido por Xun Zi. O lançamento desta obra dedicada ao pensamento sobre Confúcio acontece dia 10 deste mês na Fundação Rui Cunha No pensamento confucionista chinês da antiguidade, os grandes nomes que surgem no imediato são Confúcio e Mencius. Mas inclui-se também nesta lista um homem nascido com o nome de Xun Kuang, que ficaria mais conhecido na história como Xun Zi e que é considerado um dos grandes filósofos confucionistas chineses do período antigo da China. A editora de Macau Livros do Meio, de Carlos Morais José, prepara agora um lançamento inédito sobre os escritos e o pensamento deste filósofo, na medida em que pela primeira vez estarão disponíveis em português. A tradução esteve a cargo de Rui Cascais, Gong Yuhong e do próprio Carlos Morais José, que também fez a parte da edição e notas. A edição de “Escritos de Mestre Xun” contou com a co-edição da Fundação Macau e será lançada no dia 10 de Setembro em Macau, na Fundação Rui Cunha. Segundo uma nota de imprensa divulgada pela Livros do Meio, trata-se de uma “pedra angular do pensamento filosófico chinês finalmente acessível ao leitor lusófono em edição definitiva”. Esta é a “primeira tradução para língua portuguesa de todos os 32 capítulos do filósofo confuciano Xun Zi (c. 310 – c. 235 a.E.C)”, tratando-se de uma “edição histórica que preenche uma lacuna crucial nos estudos filosóficos e sinológicos em português”. Segundo a descrição da editora, o livro “conta com extensas notas explicativas, comentários críticos e uma introdução abrangente que situa Xun Zi no contexto do período dos Reinos Combatentes e traça sua influência ao longo da história”. “A Livros do Meio orgulha-se, depois de ter publicado recentemente o último dos ‘Quatro Livros’, de tornar este clássico acessível aos leitores de língua portuguesa”, acrescenta ainda. Uma longa jornada Traduzir aquilo que Xun Zi deixou constituiu “uma jornada de vários anos”. O filósofo deixou um pensamento pautado pelo “racionalismo, a defesa da cultura como antídoto para o caos e uma análise da linguagem”, elementos que “ressoam de forma poderosa nos dias de hoje”. Neste processo de tradução, procurou-se “capturar a precisão e a força argumentativa do seu texto, permitindo que o leitor de língua portuguesa enfrente, pela primeira vez em toda a sua extensão, um dos pensadores mais lúcidos e desafiadores da humanidade”. Se Mencius, contemporâneo de Xun Zi, “acreditava na bondade inata do ser humano”, o “Mestre Xun” defendia, por sua vez, “que a natureza humana é originalmente má (xing er), e que a bondade é adquirida através do esforço consciente, da educação ritualizada (li) e da orientação dos sábios e de um governo justo”. Daí a Livros do Meio entender que ler e analisar Xun Zi permite ter acesso a um “tratado profundo sobre ética, política, educação, linguagem e cosmologia, oferecendo perspectivas surpreendentemente modernas sobre a natureza da sociedade”. “Xun Zi é um gigante intelectual, cujo pensamento é fundamental para entender não apenas o Confucianismo, mas toda a história intelectual chinesa. Publicar as suas obras completas em português é um marco editorial e um presente para estudantes, académicos e todos os leitores que buscam compreender as bases da civilização chinesa”, descreve ainda a Livros do Meio. A obra tem 422 páginas e um custo de 200 patacas. A Livros do Meio foca-se na edição de obras clássicas chinesas traduzidas para português em áreas como a poesia, o pensamento, Arte, História ou Etnologia, entre outras.
Hoje Macau SociedadeGP Consumo | Mais de 37 mil idosos com descontos imediatos A Direcção dos Serviços de Economia e Desenvolvimento Tecnológico (DSEDT) revelou que até às 10h da manhã de ontem, mais de 37 mil idosos tinham obtido descontos directos em compras, no âmbito do Grande Prémio para o Consumo nas Zonas Comunitárias. De acordo com o canal chinês da Rádio Macau, a subdirectora da DSEDT, Cheang Hio Man, afirmou também que cerca de 1.900 pessoas levaram o novo cartão para obter descontos, emitido apenas para titulares do Cartão de Registo de Avaliação da Deficiência do Instituto de Acção Social. Ao mesmo tempo, Cheang Hio Man disse que o prazo para levantar o de cartão para idosos e cartão de cuidados sociais é suficiente para disfrutar dos descontos, pelos que os residentes não precisam de correr para os postos de levantamento.
Hoje Macau PolíticaTelecomunicações | Novos contratos conhecidos até ao fim do mês A directora dos Serviços de Correios e Telecomunicações (CTT), Derby Lau Wai Meng, anunciou que os novos contratos das concessões da rede pública de telecomunicações fixas vão ser publicados no Boletim Oficial até ao final do mês, altura em que as concessões actuais terminam. A informação foi revelada na segunda-feira, à margem de uma conferência de imprensa. A CTM e a MTel são actualmente as duas concessionárias. Todavia, a responsável recusou a ideia de que os novos contratos se limitem a ser mais uma renovação, como ocorridas em 2021 e 2022. Segundo Derby Lau, citada pelo jornal Cheng Pou, os novos contratos vão mais longe e incluem orientações para o futuro desenvolvimento das telecomunicações no território. A directora recusou entrar em mais pormenores, prometendo explicações para a altura em que os contratos forem divulgados.
Hoje Macau PolíticaDSEDJ | Aposta em visitas a bases de segurança nacional A Direcção de Serviços de Educação e Desenvolvimento da Juventude (DSEDJ) vai continuar a apostar nas visitas de estudo para professores e alunos à Base de Educação do Patriotismo para Jovens de Macau, em Shandong, e à Base de Formação de Educação sobre Perspectiva Geral da Segurança Nacional para Jovens de Macau, em Pequim, como parte dos esforços de promoção do nacionalismo. A orientação sobre a educação nacional foi revelada na resposta a uma interpelação do deputado Ho Ion Sang. De acordo com a resposta assinada por Teng Sio Hong, subdirector da DSEDJ, as visitas têm como objectivo “aprofundar o sentimento patriótico e a consciência de segurança nacional”. No documento, Teng Sio Hong garante que o “Governo da RAEM mantém-se firme na consolidação dos valores nucleares do amor pela Pátria e por Macau” e que o futuro desta política passa pela construção de “uma base de experiência imersiva, baseada em Macau e interligada com a Grande Baía”, realização de actividades para alunos e a criação de um Pavilhão de Exposições da Educação Patriótica em Seac Pai Van.
Hoje Macau Grande Plano MancheteSCO | China revela plano de dez anos para mundo multipolar Foi apresentada em Tianjin a Iniciativa de Governança Global, um plano de Pequim que defende o multilateralismo na ordem geopolítica mundial. Da Organização de Cooperação de Xangai saiu uma nova declaração de defesa do mundo multipolar, bem como novos “100 projectos pequenos e exemplares” de apoio financeiro para países membros do organismo A Organização de Cooperação de Xangai (SCO, na sigla em inglês) aprovou uma estratégia de desenvolvimento para a próxima década, com o objectivo de promover um mundo multipolar, anunciou ontem o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi. A Iniciativa de Governança Global (GGI, na sigla inglesa) surge numa altura em que o bloco regional reconheceu, numa declaração conjunta, que o agravamento das tensões geopolíticas representa uma ameaça crescente à segurança dos seus membros. Em declarações após a 25.ª cimeira da SCO, que decorreu em Tianjin, no nordeste da China, Wang afirmou que a estratégia de desenvolvimento até 2035 “define o tom e uma direcção clara para a próxima década”, considerando-a um dos principais resultados do encontro. A cimeira teve como pano de fundo o aumento das fricções entre alguns dos principais membros da SCO e os Estados Unidos da América (EUA), nomeadamente devido a sanções e tarifas comerciais aplicadas pela administração de Donald Trump. Wang classificou a reunião como a “mais frutífera” até à data, sublinhando que os participantes emitiram uma mensagem unificada contra acções unilaterais, numa referência implícita a Washington. “A cimeira defendeu firmemente um mecanismo de comércio multilateral centrado na Organização Mundial do Comércio, rejeitou medidas unilaterais que violem as regras da organização e enviou uma mensagem clara em apoio à equidade, contra a intimidação”, afirmou o chefe da diplomacia chinesa. Wang anunciou também a criação de quatro novos centros de segurança no âmbito da SCO, com foco no combate a ameaças à segurança regional, crime organizado transnacional, tráfico de droga e segurança da informação. Segundo a agência Xinhua, Wang Yi disse ainda que a GGI chegou “no momento certo”, dado que “o mundo enfrenta inúmeros desafios, incluindo frequentes turbulências a nível regional, um crescimento económico desacelerado e o aumento de [ideias e movimentos] anti-globalização”. A GGI tem por princípios “o respeito pela igualdade soberana, a observação do Direito internacional, a prática do multilateralismo, a defesa de uma abordagem centrada nas pessoas e foco em acções concretas”, conceitos que estão “em consonância com os propósitos e princípios da Carta das Nações Unidas”, observou Wang Yi. O ministro dos Negócios Estrangeiros chinês lembrou ainda que a GGI é a “quarta grande Iniciativa Global proposta pelo Presidente Xi Jinping nos últimos anos”, após o lançamento da Iniciativa de Desenvolvimento Global, a Iniciativa de Segurança Global e a Iniciativa de Civilização Global. Segundo o ministro, “estas quatro iniciativas trazem estabilidade e previsibilidade a um mundo turbulento, reflectindo-se o papel activo e o sentido de responsabilidade da China nos assuntos internacionais”. Uma nova declaração Da cimeira saiu ainda a Declaração de Tianjin do Conselho de Chefes de Estado da SCO, onde o multilateralismo é palavra de ordem. “A política e economia mundiais, bem como outras áreas das relações internacionais, têm passado por profundas transformações históricas. O sistema internacional caminha na direcção de uma multipolaridade mais justa, igualitária e representativa, abrindo novas perspectivas para o desenvolvimento nacional e cooperação com benefícios mútuos”, pode ler-se. No mesmo documento os Estados-membros da SCO comprometem-se a “aprofundar as parcerias de longo prazo e fortalecer ainda mais a Organização de Cooperação de Xangai, a fim de preservar de forma conjunta a paz, segurança e estabilidade regionais, promovendo-se o desenvolvimento sustentável” dos países. Na declaração é também firmado que os países-membros da SCO “consideram inaceitável a interferência nos assuntos internos de outros Estados sob quaisquer pretextos, bem como o recurso a medidas unilaterais de coerção que não se baseiem no Direito internacional e que prejudiquem os interesses de outros Estados”. “Os Estados-membros reafirmam a sua posição de princípio contra a imposição de sanções unilaterais extraterritoriais”, foi ainda declarado no documento. Apoios a países O Presidente Xi Jinping reafirmou na segunda-feira a visão de uma nova ordem mundial que desafie o domínio ocidental, apelando à construção de um sistema internacional mais justo e multipolar. “A SCO deve opor-se em conjunto à mentalidade de Guerra Fria, ao confronto entre blocos e a comportamentos de intimidação”, afirmou Xi, no discurso principal da cimeira, numa referência indirecta aos Estados Unidos. O líder chinês defendeu uma reforma na governação global com maior representação para o Sul Global e apelou à aplicação “igual e uniforme” do Direito internacional, sem padrões duplos nem a hegemonia de poucos. Xi anunciou ainda um conjunto de medidas concretas para enfrentar os desafios ao desenvolvimento, numa altura em que a guerra comercial com os EUA levanta receios de estagnação económica global. Entre as iniciativas estão 100 “projectos pequenos e exemplares” de apoio ao bem-estar em países da SCO, mais de dois mil milhões de yuan em ajuda não reembolsável e dez mil milhões de yuan adicionais em empréstimos ao Consórcio Interbancário da SCO, nos próximos três anos. Xi revelou também planos para acelerar a criação de um banco de desenvolvimento da SCO, com o objectivo de reforçar a cooperação em matéria de segurança e economia entre os Estados membros. “Devemos ampliar a base da cooperação e utilizar plenamente os recursos de cada país, assumindo a responsabilidade pela paz, estabilidade, desenvolvimento e prosperidade na região”, disse. Relativamente ao papel da China no sistema geopolítico mundial, Xi Jinping destacou uma série de medidas e iniciativas em que considera que o país foi pioneiro. No discurso de segunda-feira, na SCO, destacou que “fomos os primeiros a lançar a cooperação da Iniciativa Faixa e Rota”, tendo sido desenvolvido “um grande número de projectos de assinatura”. Além disso, a “cooperação ao nível do investimento industrial tem avançado de forma significativa, disponibilizando forças condutoras em prol do desenvolvimento e prosperidade em toda a região”. A China diz ter hoje dados que o comércio com os países-membros da SCO ultrapassou “os objectivos que tinham sido traçados”, além de que a rede de comunicações e transportes foi “bastante melhorada”, existindo uma rede de transportes terrestre de quase 14 mil quilómetros entre os Estados-membros. Na segunda-feira, Xi Jinping destacou também que a China foi o primeiro país a “apresentar a visão de uma governança global baseada numa ampla consulta, uma contribuição conjunta e partilha de benefícios”, realizando-se um “esforço para a prática do verdadeiro multilateralismo”. “Aprofundamos a cooperação com as Nações Unidas e outras organizações internacionais, e desempenhamos um papel construtivo nos assuntos internacionais e regionais. Estamos sempre ao lado da equidade e da justiça internacionais, defendemos a inclusão e a mútua aprendizagem entre civilizações. Opomo-nos ao hegemonismo e política de poder, pelo que nos tornamos uma força pró-activa pela paz e desenvolvimento mundial”, defendeu ainda o Presidente chinês. De mãos dadas Antes da sessão fotográfica oficial, na segunda-feira, os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e da Índia, Narendra Modi, foram vistos a caminhar de mãos dadas na direcção de Xi Jinping, com quem mantiveram uma breve conversa, acompanhados por intérpretes. De acordo com o próprio Modi, os dois líderes viajaram juntos no mesmo carro para a sua reunião bilateral. Criada em 2001 como uma aliança de segurança euro-asiática entre a China, a Rússia e quatro países da Ásia Central, a SCO alargou-se a áreas como cooperação económica e comercial. Segundo Pequim, a organização reúne actualmente 26 países da Ásia, Europa e África, entre membros plenos, observadores e parceiros de diálogo. Myanmar e Turquia estão entre os países que pretendem adesão plena. Apesar da crescente influência, o grupo continua afectado por disputas internas – como entre Índia e Paquistão, ou entre Tajiquistão e Quirguistão – que comprometem a sua eficácia global. A.S.S. / Agências
Hoje Macau Manchete PolíticaSam Hou Fai adia sem data visita a Portugal prevista para 16 de Setembro O líder do Governo de Macau, Sam Hou Fai, adiou sem data prevista a visita a Portugal e Espanha, prevista para decorrer entre 16 e 23 de setembro, confirmou a Lusa e o HM junto de fonte oficial. “A visita foi adiada e não há ainda data de quando será realizada”, confirmou à Lusa fonte oficial do Gabinete de Comunicação Social (GCS) da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM). A visita a Portugal seria a primeira deslocação ao estrangeiro desde que Sam Hou Fai tomou posse como chefe do executivo da RAEM, em dezembro de 2024. Esta deslocação, a ter ido por diante, teria início dois dias após a realização das eleições para o Parlamento da RAEM, agendadas para o próximo dia 14.
Hoje Macau China / ÁsiaAfeganistão | China apresenta condolências e oferece ajuda após terramoto A China apresentou ontem “profundas condolências” pelo sismo de magnitude 6 que atingiu o leste do Afeganistão, causando pelo menos 800 mortos e cerca de 2.700 feridos, e ofereceu ajuda para a recuperação. O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês Guo Jiakun transmitiu ainda a “sincera compaixão” de Pequim às famílias das vítimas mortais e aos feridos, manifestando confiança de que “o povo afegão, sob a liderança do Governo, superará o impacto do desastre e reconstruirá os seus lares”. O sismo de magnitude 6 na escala aberta de Richter ocorreu às 23:47 (e foi seguido por pelo menos dois abalos de magnitude 5,2. De acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos, o epicentro do sismo situou-se a 42 quilómetros de Jalalabad, capital da província de Nangarhar. O hipocentro, a apenas oito quilómetros de profundidade, agravou o nível de destruição. A ONU e a Cruz Vermelha afegã já mobilizaram operações de emergência, enquanto as autoridades receiam que o número de vítimas aumente à medida que as equipas de resgate consigam aceder às aldeias mais isoladas da cordilheira do Hindu Kush.
Hoje Macau China / ÁsiaUcrânia | Putin reconhece esforço diplomático da Turquia em reunião com Erdogan O Presidente russo, Vladimir Putin, reconheceu ontem os esforços de Ancara para resolver a guerra na Ucrânia, durante uma reunião com o homólogo turco, Recep Tayyip Erdogan, numa cimeira na China. “Reconhecemos aos nossos amigos turcos a importante contribuição para os esforços políticos e diplomáticos com vista à resolução da crise na Ucrânia”, afirmou Putin, citado pela agência de notícias oficial russa TASS, à margem da 25.ª cimeira da Organização de Cooperação de Xangai, que decorre na cidade chinesa de Tianjin. O líder russo lembrou as três rondas de negociações directas realizadas em Istambul entre delegações da Rússia e da Ucrânia, encontros que permitiram avanços em “diversos problemas práticos no plano humanitário”, nomeadamente acordos de troca de prisioneiros. “Estou confiante de que o papel essencial da Turquia vai continuar a ser necessário nestes assuntos”, acrescentou. Erdogan destacou o desenvolvimento das relações bilaterais nas áreas do comércio, do turismo, do investimento e energia. O chefe de Estado turco expressou esperança de que as conversações entre o Azerbaijão e a Arménia conduzam a uma paz duradoura e que a estabilidade no Cáucaso vá ao encontro dos interesses mútuos da Turquia e da Rússia, de acordo com um comunicado da Presidência turca. Erdogan renovou também o convite a Putin para visitar a Turquia. “A minha proposta continua válida. Esperamos recebê-lo no nosso país o mais brevemente possível. Mantemos uma relação sincera e baseada na confiança”. O Presidente turco acrescentou que os laços entre os dois países “podem continuar a desenvolver-se sem serem afectados pelas circunstâncias actuais”. Apesar de a Procuradoria do Tribunal Penal Internacional (TPI) ter emitido em 2023 um mandado de captura contra Putin, a Turquia não é signatária do Estatuto de Roma nem reconhece a jurisdição do tribunal. Os dois líderes abordaram também outros temas da actualidade internacional, incluindo a situação no Médio Oriente e no Norte de África.
Hoje Macau China / ÁsiaRedacções de todo o mundo protestam contra assassínio de jornalistas em Gaza Mais de duas centenas de órgãos de comunicação de 50 países, entre os quais a agência Lusa e o jornal Público, bloquearam ontem as primeiras páginas e interromperam as transmissões, exigindo o fim do assassínio de jornalistas em Gaza e acesso ao enclave. Organizada pela Repórteres Sem Fronteiras (RSF), pelo movimento de campanhas Avaaz e pela Federação Internacional de Jornalistas (FIJ), a acção foi apresentada como o primeiro “protesto editorial em grande escala” da história moderna coordenado em simultâneo por redacções em todos os continentes. “Jornais impressos terão capas inteiramente pretas com uma mensagem marcante. Emissoras de TV e rádio interromperão a programação com uma declaração conjunta. Portais ‘online’ apagarão suas ‘homepages’ ou exibirão ‘banners’ em solidariedade”, referiu a organização, em comunicado. A Lusa manteve em manchete na sua página online durante todo o dia uma fotografia da guerra em Gaza com as palavras do director geral da RSF: “Ao ritmo em que jornalistas estão a ser mortos em Gaza pelas forças de defesa de Israel, em breve não haverá mais ninguém para manter o mundo informado”. O número de jornalistas mortos em Gaza ultrapassa os 210 desde 07 de Outubro de 2023, segundo dados da RSF, o que faz deste “o conflito mais letal para repórteres nos tempos modernos”. A organização assinala que “Israel tem impedido a entrada de jornalistas estrangeiros em Gaza há quase dois anos, deixando apenas os jornalistas palestinianos para reportar sob fogo”. Em declarações à Lusa, a directora de informação da agência de notícias portuguesa afirma que esta “não podia ficar indiferente e junta-se assim a este protesto mundial”. “Como jornalistas, não podemos assistir impávidos aos assassínios deliberados ou colaterais dos jornalistas que, enfrentando todos os riscos e ameaças, deslocações sistemáticas, fome e até a morte, testemunham e informam o mundo sobre o que se está a passar em Gaza. Na sua guerra contra este enclave, Israel também faz guerra ao jornalismo e ao direito a informar e de ser informado”, sustenta Luísa Meireles. Contra a notícia Citado no comunicado, o director geral da RSF, Thibaut Bruttin, alerta que “não é apenas uma guerra contra Gaza, é uma guerra contra o próprio jornalismo. Jornalistas estão a ser mortos, alvo de ataques e difamados. Sem eles, quem vai falar da fome, quem vai denunciar crimes de guerra, quem vai expor genocídios”, questiona. O director de campanhas da Avaaz, Andrew Legon, diz que “Gaza se está a transformar num cemitério de jornalistas” porque “o governo de extrema-direita de Israel está a tentar concluir o massacre no escuro, sem o escrutínio da imprensa”. “Se as últimas testemunhas forem silenciadas, as mortes não cessarão – apenas deixarão de ser vistas. É por isso que estamos unidos hoje: Não podemos e não vamos permitir que isso aconteça”, afirma. Os ataques mais recentes contra jornalistas em Gaza ocorreram em 25 de Agosto, quando forças israelitas bombardearam o complexo médico al-Nasser – um conhecido ponto de encontro de repórteres – matando cinco jornalistas. Duas semanas antes, outros seis jornalistas foram mortos num único ataque.
Hoje Macau China / ÁsiaBielorrússia | Fazer parte da SCO é uma “escolha estratégica”, diz Lukashenko O Presidente bielorrusso, Aleksandr Lukashenko, disse ontem que fazer parte da Organização de Cooperação de Xangai (SCO, na sigla em inglês) é uma “escolha estratégica” para o país, ao intervir na 25.ª cimeira do bloco. “A Bielorrússia orgulha-se de ter-se tornado membro de pleno direito da SCO há um ano. Isto está em consonância com os nossos interesses fundamentais a longo prazo e abre oportunidades adicionais e amplas áreas de cooperação”, afirmou o líder, na reunião dos líderes dos países membros da OCS, no nordeste da China. De acordo com a agência estatal bielorrussa Belta, Lukashenko destacou que a SCO “é justamente considerada uma das organizações internacionais mais representativas e influentes da Eurásia” e afirmou que “é natural que novos Estados procurem aderir à organização”. A Bielorrússia “apoia a expansão da SCO com novos membros e parceiros, aqueles que partilham incondicionalmente os valores e fundamentos do ‘espírito de Xangai’: respeito e confiança mútua, igualdade, diálogo e um compromisso com o desenvolvimento comum”, referiu Lukashenko interveio na reunião após ter mantido no domingo um encontro bilateral com o Presidente chinês, Xi Jinping. Nessa reunião, Lukashenko afirmou que a Bielorrússia “é um parceiro firme e um amigo sempre fiável para a China” e sustentou que “nenhuma força pode deter o desenvolvimento e a revitalização” do país asiático. O líder bielorrusso assegurou que Pequim “mantém uma posição imparcial nas questões internacionais e regionais” e “dá importantes contribuições para a paz e a estabilidade no mundo”. O Presidente bielorrusso assistirá, na quarta-feira, em Pequim, ao desfile pelo 80.º aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial no Pacífico, no qual a China exibirá o seu poderio militar.
Hoje Macau China / ÁsiaSCO | Índia com “Tolerância zero” contra terrorismo, separatismo e extremismo O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, apelou ontem à adopção de uma política de “tolerância zero” contra o terrorismo transfronteiriço, o separatismo e o extremismo, durante a cimeira da Organização de Cooperação de Xangai (SCO). Segundo a imprensa indiana, Modi afirmou que o terrorismo “continua a ser a maior ameaça à paz regional” e propôs a criação de um quadro abrangente ao nível da SCO para combater o financiamento de grupos terroristas e a radicalização, com base nas experiências de “desradicalização” aplicadas na Índia. O chefe do Governo indiano alertou para os “desafios emergentes” enfrentados pelos Estados membros, como o ciberterrorismo e o uso de dispositivos não tripulados, e defendeu que a organização deve responder a estas ameaças. Modi valorizou os progressos registados no âmbito da Estrutura Regional Antiterrorista (RATS) da SCO, bem como os esforços para reforçar a conectividade económica e os intercâmbios culturais, segundo o jornal India Today. “A Índia sofre com o flagelo do terrorismo há mais de 40 anos. Recentemente, vimos o seu pior rosto em Pahalgam”, afirmou, referindo-se ao ataque ocorrido em 22 de Abril na Caxemira administrada pela Índia, que provocou 26 mortos e desencadeou uma ofensiva militar indiana contra o Paquistão. As tensões entre Nova Deli e Islamabade têm marcado as divergências internas da SCO nos últimos meses. A reunião de ministros da Defesa da SCO, realizada em Junho na cidade chinesa de Qingdao, terminou sem uma declaração conjunta devido a desacordos entre Índia e Paquistão sobre a definição de terrorismo. Cimeira abrangente Modi afirmou ainda que a Índia tem tido um papel “muito positivo” como membro da SCO e que a sua visão para o bloco assenta em “três pilares fundamentais: segurança, conectividade e oportunidade”. Apenas órgãos de comunicação dos países membros da SCO têm acesso directo à reunião, enquanto o resto da imprensa se encontra numa sala separada, onde apenas foi transmitido o discurso do Presidente chinês, Xi Jinping. Modi reuniu-se no domingo com Xi, que afirmou que a China e a Índia devem ser “parceiros e não rivais”, após anos de disputas entre as duas maiores potências da Ásia. O dia de ontem foi centrado na reunião entre os líderes dos países membros, mas incluiu também uma sessão alargada com a presença de responsáveis de organizações internacionais e líderes de países convidados. Segundo o Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, foram assinados vários acordos nas áreas da segurança, economia e cultura, naquela que Pequim descreve como a cimeira “mais abrangente” desde a fundação da SCO.
Hoje Macau China / ÁsiaSCO | Xi Jinping lamenta “sombras da Guerra Fria” em cimeira A cimeira da Organização de Cooperação de Xangai, que reúne em Tianjin figuras como Vladimir Putin, Narendra Modi ou António Guterres, arrancou com um discurso do Presidente chinês a apelar à paz e à equidade e justiça internacionais O Presidente chinês lamentou ontem a persistência de “sombras da mentalidade da Guerra Fria, hegemonismo e proteccionismo”, durante a sessão alargada da cimeira da Organização de Cooperação de Xangai. No discurso de abertura da reunião, que contou com líderes de países associados como a Turquia e representantes de organismos internacionais, Xi Jinping defendeu “derrubar muros e não construí-los” e promover “a integração”, numa alusão indirecta aos esforços de dissociação económica liderados pelos Estados Unidos. O chefe de Estado chinês sublinhou a importância de “opor-se ao unilateralismo”, reforçar a estabilidade global e “defender firmemente o estatuto e a autoridade das Nações Unidas”. A Organização de Cooperação de Xangai “deve defender a equidade e a justiça internacionais, opor-se claramente ao hegemonismo e à política de poder, e tornar-se um pilar da multipolaridade e da democratização das relações internacionais”, afirmou Xi. “Queremos, com todas as partes, defender a justiça, seguir o caminho certo e proteger os frutos da vitória na Segunda Guerra Mundial”, acrescentou. Mais cedo, Xi presidiu à reunião dos líderes dos Estados-membros da organização, onde pediu uma “globalização inclusiva” e defendeu o sistema multilateral de comércio, com a Organização Mundial do Comércio (OMC) como “eixo central”, depois dos efeitos da guerra comercial com os Estados Unidos. Apelos e agradecimentos Na mesma sessão, o Presidente russo, Vladimir Putin, agradeceu os “esforços” da China, Índia e outros parceiros da organização para encontrar uma solução para a guerra na Ucrânia, mas voltou a responsabilizar o Ocidente, afirmando que “as tentativas de incorporar a Ucrânia na NATO são uma das causas da crise”. O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, apelou, por sua vez, para a adopção de uma política de “tolerância zero” face ao “terrorismo transfronteiriço, separatismo e extremismo”. A Organização de Cooperação de Xangai, fundada em 2001, integra China, Rússia, Índia, Paquistão, Irão, Bielorrússia, Cazaquistão, Quirguistão, Tajiquistão e Uzbequistão, e abrange cerca de 40 por cento da população mundial. O grupo não possui cláusulas de defesa mútua, ao contrário da NATO, e apresenta-se como um fórum para a cooperação política, económica e de segurança. O bloco conta ainda com países observadores e parceiros de diálogo como Egipto, Turquia, Myanmar (antiga Birmânia) e Azerbaijão.
Hoje Macau China / ÁsiaUcrânia | Modi diz a Putin que paz é “clamor de toda a humanidade” O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, afirmou ontem que o estabelecimento da paz na Ucrânia é um “clamor de toda a humanidade”, ao reunir-se com o Presidente russo, Vladimir Putin, na cimeira de Tianjin. “Saudamos os esforços recentes para alcançar a paz e confiamos que todas as partes terão uma postura construtiva nesse sentido”, disse Modi, referindo-se à guerra na Ucrânia, de acordo com imagens do encontro transmitidas pela televisão estatal russa. O líder indiano insistiu que “é necessário encontrar vias para pôr fim ao conflito o mais depressa possível e restabelecer a paz”, no final de um encontro à margem da cimeira da Organização de Cooperação de Xangai. “Esse é, precisamente, o clamor de toda a humanidade”, resumiu, acrescentando que a Índia e a Rússia trocam regularmente opiniões sobre o conflito. Modi sublinhou ainda que a Índia e a Rússia “sempre avançaram lado a lado”, mesmo nos momentos mais difíceis. “A nossa estreita cooperação é importante não só para os povos dos nossos países, mas também para garantir a paz global, a estabilidade e o bem-estar”, afirmou, acrescentando que Nova Deli aguarda com expectativa a visita de Putin à Índia para a 23.ª cimeira bilateral, agendada para Dezembro.
Hoje Macau SociedadeZonas ecológicas | Abertas inscrições para passeios e workshops Abriram hoje as inscrições para passeios didácticos e workshops nas zonas ecológicas nos mangais do Cotai. O registo de participação pode ser requerido através da Linha Verde da Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental (DSPA), ou no site oficial do organismo. As actividades em questão são o “Dia Aberto ao Público”, que se realiza nos dias 13 e 27 (às 10h e às 15h) com o total de 120 vagas e que irá permitir apreciar as plantas e as aves. Também no dia 13 de Setembro, no mesmo horário, será organizado o workshop “Actividade educativa sobre a Natureza”, destinada a pais e filhos, com 12 vagas disponíveis por sessão. O workshop pretende “explicar conhecimentos no domínio da ecologia e orientar as crianças na confecção de sinos de vento feitos em moldes de gesso a partir de plantas recolhidas no local, e pintados depois à mão. O workshop “Conhecer mais sobre Peixes” está marcado para 27 de Setembro, também entre as 10h e as 15h, e terá 50 vagas por preencher. A DSPA pede aos participantes para trazerem garrafas de água e venham munidos de chapéu, vestir roupa de cor clara e respirável, de mangas compridas, e usar repelente de mosquitos.
Hoje Macau SociedadeIlha da Montanha | Macau Legend vende projecto A empresa Macau Legend revelou que vai vender o projecto na Ilha da Montanha através de um concurso público. A informação foi revelada num comunicado enviado à Bolsa de Hong Kong. O documento indica que o projecto pertence à empresa Zhuhai Lai Ieng, detida a 21,5 por cento pela Macau Legend. A companhia está a aceitar propostas dos interessados, que podem ser apresentadas desde ontem até 30 de Outubro, e que implica uma caução de 15 milhões de renminbis. O projecto da Macau Legend na Ilha da Montanha é um centro comercial que fica localizado na Estrada Este de Huandao, incluindo 109 lojas e 862 parques de estacionamento. O edifício vai ser transmitido no estado em que se encontra. A venda do projecto em Hengqin acontece numa altura em que a sobrevivência da empresa Macau Legend está em causa, tendo em conta que tem de encerrar o casino-satélite que controla até ao final do ano. De acordo com o relatório sobre os resultados deste ano entre Janeiro e Junho, a empresa tem dívidas de aproximadamente 2,40 mil milhões de dólares de Hong Kong que têm de ser pagas até ao final do ano. No entanto, o dinheiro em caixa do grupo não vai além dos 21,7 milhões de dólares de Hong Kong. Face ao encerramento do casino-satélite, a empresa indica que a estratégia para o futuro passa por apostar nos elementos não jogo do turismo em Macau e negociar com os bancos as dívidas.