Hoje Macau Manchete PolíticaEspaços comerciais | Proposta de lei apresentada O Instituto de Habitação (IH) apresentou ao Conselho para os Assuntos de Habitação Pública e a associações a proposta de alteração do decreto-lei que regulamenta atribuição, arrendamento e cedência gratuita dos espaços adequados ao exercício de actividades comerciais que existam em edifícios destinados a habitação social. Os regulamentos relativos ao Fundo de Reparação Predial também foram discutidos. Segundo um comunicado divulgado ontem pela IH, “os participantes concordaram basicamente com as propostas de alteração legislativa”. O instituto comprometeu-se em definir os conteúdos concretos sobre as duas propostas de alteração legislativa, tendo em consideração as opiniões recolhidas. O IH recordou ainda que realizou recentemente uma reunião, com o Conselho para os Assuntos de Habitação Pública e três sessões de apresentação, com o objectivo de auscultar as opiniões dos membros e de mais de 20 associações sociais e profissionais, contando estas com a participação de mais de 80 pessoas.
Hoje Macau Manchete PolíticaConstrução | Pedidas garantias de emprego dos residentes Leong Pou U, eleito pela via indirecta, mostra-se preocupado com as dificuldades dos trabalhadores locais da construção civil em encontrarem trabalho. Apesar de elogiar os esforços do Executivo a nível da redução da taxa de desemprego, pede mais medidas direccionadas para os empregos dos pedreiros O deputado Leong Pou U questionou o Governo sobre as medidas que vão ser adoptadas para garantir o acesso prioritário dos residentes aos empregos no sector da construção civil. A questão faz parte de uma interpelação escrita do deputado ligado à Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM). O legislador começa por indicar que as condições para os trabalhadores locais são cada vez mais difíceis: “Desde o início deste ano, afectados pela redução dos projectos de construção privados e obras públicas, os trabalhadores da construção civil têm, em geral, enfrentado horas de trabalho insuficientes, com salários estagnados há vários anos, o que pressiona os seus meios de subsistência”, defende. O deputado elogiou ainda a medida do Executivo de Sam Hou Fai de criar o Grupo de Trabalho para a Coordenação da Promoção do Emprego, por considerar que é eficaz a recolher informações sobre as vagas de emprego e as carências em vários sectores. No entanto, pede um maior aproveitamento deste trabalho: “Dada a crescente pressão de emprego enfrentada pelos trabalhadores da construção civil, é necessário que o Governo aproveite ainda mais o papel do Grupo de Trabalho para a Coordenação da Promoção do Emprego para introduzir medidas mais direccionadas para ajudá-los a garantir o emprego”, apontou. Neste sentido, o deputado quer saber se o Governo definiu “directrizes para a contratação prioritária de residentes locais em projectos de obras públicas subcontratadas” e se vai exigir que quando há obras públicas se defina uma proporção de residentes locais cada vez maior. Leong Pou U considera fundamental garantir que a população local se encontra numa situação de pleno emprego. Rol de elogios Apesar dos alertas para a situação de emprego na construção civil, a interpelação escrita de Leong Pou U dedica vários elogios ao Governo. Leong sublinha que entre Julho e Setembro, a taxa de desemprego é de 1,8 por cento, e que no caso do emprego dos residentes não vai além de 2,4 por cento. Valores positivos para o legislador, que destaca que “a situação do emprego continuou a melhorar com o declínio nas taxas de desemprego” apesar do “grande influxo de recém-formados no mercado de trabalho”, o que mostra “os esforços eficazes do Governo na promoção do emprego entre os residentes”.
Hoje Macau PolíticaEconomia | Feriados podem ter impacto negativo A Associação Geral das Mulheres de Macau teme que os feriados de Dezembro tenham um impacto negativo no comércio local, devido à possibilidade de os residentes viajarem para fora e com o aproximar do fim do Grande Prémio do Consumo. O alerta foi deixado ontem através de um comunicado do coordenador do Gabinete de Estudo das políticas da associação, Ip Weng Hong. Na mensagem, alerta-se que o comércio local vai sofrer com os feriados da transferência de soberania e do Natal, porque os residentes podem optar por gozar as férias fora do território. Nesta perspectiva, um dos aspectos que pode mitigar os efeitos é o Grande Prémio do Consumo. No entanto, a iniciativa termina no final deste mês e ainda não há planos para prolongá-la. A Associação Geral das Mulheres de Macau apela assim ao Executivo que prolongue a iniciativa até ao final do ano para “aliviar o stress operativo dos comerciantes”. Além disso, Ip Weng Hong quer que o Governo continue a lançar actividades de subsídio ao consumo dos residentes nos bairros comunitários, com vista a apoiar a economia.
Hoje Macau Manchete PolíticaJogo | Governo estima subida de 3,5% nas receitas em 2026 O Executivo acredita que no próximo ano as receitas dos casinos vão subir para 236 mil milhões de patacas. Este é um aumento de 3,5 por cento face ao valor revisto para este ano, de 228 mil milhões de patacas O Governo prevê que as receitas dos casinos do território aumentem 3,5 por cento em 2026, atingindo 236 mil milhões de patacas, o valor mais elevado desde a pandemia. A previsão está inscrita na proposta de Orçamento da região para o próximo ano, que o executivo enviou para a Assembleia Legislativa. A meta fixada pelo Governo representa uma subida de 3,5 por cento em comparação com o orçamento revisto para 2025, aprovado pela AL em Julho, que reduziu a previsão das receitas do jogo para 228 mil milhões de patacas. Na nota justificativa que acompanha a proposta de Orçamento, o Executivo diz que, desde Maio, Macau tem tido um “crescimento robusto no número de visitantes” e as receitas dos casinos “mantiveram uma tendência estável de crescimento”. O número de turistas a visitar a região subiu 14,5 por cento até Setembro, enquanto as receitas de jogo aumentaram 8 por cento em termos homólogos nos primeiros dez meses de 2025, atingindo 205,4 mil milhões de patacas. Algo que, sublinhou o Governo, “contribuiu para o progresso sustentado da economia global de Macau”, altamente dependente dos sectores do turismo e casinos. A economia do território cresceu 8 por cento em termos homólogos no terceiro trimestre, mais 2,9 pontos percentuais do que no segundo trimestre, depois de entre Janeiro e Março ter registado a primeira queda em dois anos. Expansão esperada “Perspectivando o ano de 2026, prevê-se que a indústria turística de Macau possa continuar a trajectória de crescimento, sustentada por diversos factores favoráveis”, referiu o Executivo. Ainda assim, a subida de 3,5 por cento nas receitas dos casinos é muito inferior ao ritmo de crescimento (8 por cento) registado até agora este ano, algo que o Governo justifica com um “princípio de gestão financeira prudente”. Na terça-feira, após a apresentação das Linhas de Acção Governativa para 2026, o Chefe do Executivo, Sam Hou Fai, já tinha alertado para “a instabilidade da envolvente externa e da conjunta económica”. Numa conferência de imprensa, Sam defendeu que as relações entre a China e os Estados Unidos “estão a recuperar” dos episódios recentes de tensões comerciais, mas não afastou a possibilidade de uma “recessão económica” global. As seis operadoras de casinos da cidade pagam um imposto directo de 35 por cento sobre as receitas do jogo, 2,4 por cento destinado ao Fundo de Segurança Social de Macau e ao desenvolvimento urbano e turístico, e 1,6 por cento entregue à Fundação Macau para fins culturais, educacionais, científicos, académicos e filantrópicos. O imposto directo sobre as receitas dos casinos representou 83,3 por cento das receitas públicas da região nos primeiros dez meses de 2025: 77,5 mil milhões de patacas.
Hoje Macau China / ÁsiaFrança | Macron defende que Europa não pode ser “vassalo tecnológico” dos EUA e China O Presidente francês, Emmanuel Macron, afirmou terça-feira que a Europa não pode ser “vassalo” tecnológico dos Estados Unidos e da China e apelou a que os 27 aprovem uma “preferência europeia” para reforçar a soberania tecnológica. “A Europa não quer ser cliente dos grandes empresários ou das grandes soluções oferecidas, seja pelos Estados Unidos, seja pela China. Queremos claramente conceber as nossas próprias soluções”, disse Macron, em Berlim, durante uma cimeira franco-alemã dedicada à soberania digital europeia. Segundo Macron, trata-se “simplesmente de recusar ser um vassalo”, numa altura em que o continente perdeu terreno no sector tecnológico, sobretudo na corrida à inteligência artificial. “Há um custo a curto prazo em não sermos vassalos, porque é preciso reinvestir”, afirmou, considerando, porém, que estas despesas são essenciais e exigem que os europeus tomem “decisões muito arrojadas”. Entre essas decisões, a defesa de uma “preferência europeia”, nomeadamente nas compras públicas, deve ser “a prioridade” para permitir que os “campeões” tecnológicos europeus se desenvolvam, defendeu o chefe de Estado francês. “Os chineses aplicam uma exclusividade chinesa sempre que possível e os norte-americanos têm uma forte preferência norte-americana”, enquanto “somos os únicos a nunca termos uma preferência europeia, e até demonstramos, por vezes, uma certa fascinação por soluções não europeias”. Macron instou ainda a União Europeia (UE) a libertar-se das “dependências tecnológicas em todos os níveis da cadeia de valor, das infraestruturas críticas aos dados, ao ‘cloud’ e ao ‘software’”. “Não podem entregar a força da vossa economia aos Sete Magníficos, nem delegar todo o funcionamento da vossa democracia aos Sete Magníficos. É insuportável”, disse, referindo-se aos gigantes tecnológicos norte-americanos Alphabet, Amazon, Apple, Meta, Microsoft, Nvidia e Tesla.
Hoje Macau China / Ásia‘Chips’ | Países Baixos suspendem intervenção na Nexperia O Governo neerlandês suspendeu ontem a intervenção na Nexperia, que permitia bloquear decisões da empresa chinesa de semicondutores que ameaçassem a produção de ‘chips’ na Europa, para reduzir a tensão com a China após semanas de conflito político. Num breve comunicado, o ministro neerlandês dos Assuntos Económicos, Vincent Karremans, explicou que, dados os progressos entre a China e os Países Baixos, este é “o momento adequado para dar um passo construtivo, suspendendo” a ordem dada ao abrigo da Lei da Disponibilidade de Bens, uma norma de 1952 que foi invocada pela primeira vez em Setembro passado. A decisão de suspender a intervenção foi tomada “em estreita consulta com os parceiros europeus e internacionais” dos Países Baixos, disse o ministro interino. O Governo neerlandês interveio na empresa no final de Setembro, considerando que o director chinês da Nexperia, Zhang Xuezheng, poderia comprometer o abastecimento europeu. Um dia depois, o tribunal do comércio de Amesterdão ordenou a afastamento do executivo da empresa, com sede na cidade neerlandesa de Nimega, que foi adquirida pelo conglomerado chinês Wingtech em 2019. Pequim respondeu à intervenção holandesa com um bloqueio às exportações de ‘chips’ da principal fábrica da Nexperia na China, o que gerou incerteza no sector automóvel europeu, que passou semanas sem saber se haveria novas entregas. O ministro holandês explicou ontem que, nos últimos dias, houve reuniões “construtivas” com as autoridades chinesas e que vê “gestos de boa vontade” nas medidas tomadas por Pequim para garantir o fluxo de ‘chips’ para a Europa e outros mercados. “Continuaremos agora um diálogo construtivo com as autoridades chinesas”, acrescentou Karremans. A suspensão não anula a intervenção, uma vez que o Governo neerlandês mantém a opção de reactivar a medida a qualquer momento se voltar a detectar riscos para a produção europeia. Entretanto, uma delegação dos Países Baixos continua na China a negociar uma saída estável para o conflito.
Hoje Macau China / ÁsiaAICEP defende que Portugal tem todo o interesse na colaboração permanente com a China Portugal tem “todo o interesse em ter uma colaboração permanente e estratégica com a China”, defendeu ontem a directora-adjunta África, Ásia e Oceânia da AICEP, Maria Manuel Branco, reiterando que é “um país prioritário nas relações internacionais”. “Sendo a China um país prioritário nas nossas relações internacionais, é muito importante não deixarmos para trás toda a colaboração possível e, por isso, é que o país onde temos mais delegações da AICEP no mundo é a China”, disse ontem Maria Manuel Branco, num seminário sobre cooperação China-Portugal promovido pela Embaixada da China em Portugal. Para a responsável, a “longa história que sempre uniu” ambos os países poderá “abrir um futuro bem-sucedido”, sendo que “Portugal tem todo o interesse em ter uma colaboração permanente e estratégica com a China”. Para continuar Maria Manuel Branco sinalizou ainda a intenção de “continuar a consolidar a relação económica e de investimento que tem vindo a crescer com parcerias estratégicas e comprometidas, em vários sectores”. Além disso, destacou que Portugal “tem capacidade, juntamente com a China, para ter áreas comuns estratégicas como energia renovável e verde, digitalização, mobilidade eléctrica, saúde e inovação tecnológica”. O deputado do PSD Hugo Carneiro, que é presidente do Grupo Parlamentar de Amizade Portugal-China, também interveio neste seminário, onde defendeu que Portugal e China querem “continuar o relacionamento estratégico para o futuro”. Hugo Carneiro salientou que, no plano económico, a China atravessa um “período de dinamismo tecnológico”, em áreas onde Portugal “pode aprender e colaborar”, defendendo que o “investimento deve ser via de dois sentidos”. Além do investimento chinês em Portugal, o país também deve “incentivar empresas portuguesas a olhar para o mercado chinês como uma oportunidade”. O deputado social-democrata defendeu também que “Portugal possui uma vantagem estratégica com o Porto de Sines, pela localização atlântica”, sendo que este “pode ter um papel” mais forte, por exemplo na circulação de bens da China. “É um activo logístico que pode ser mais bem aproveitado”, defendeu. Carneiro salientou que Portugal e China “conhecem-se há muito tempo” e, hoje, esta relação “pode ser uma vantagem decisiva”. O presidente da AIMA, Pedro Portugal Gaspar, também marcou presença no seminário, onde sinalizou que a comunidade chinesa, que conta com cerca de 30 mil pessoas, é “histórica” e já está “enraizada em Portugal”. “Não é acabada de chegar, tem tradição em Portugal antiga o que permite capacidade de integração”, apontou o responsável.
Hoje Macau China / ÁsiaNuclear | Japão admite reactivar a maior central do mundo O Japão prepara-se retomar as operações da maior central nuclear do mundo, aguardando a decisão das autoridades locais, noticiaram ontem os meios de comunicação social japoneses. A central nuclear de Kashiwazaki-Kariwa, localizada na região centro-oeste do Japão, deve receber a aprovação do governador local para a retoma das operações, de acordo com a agência de notícias Kyodo e o jornal económico Nikkei, citando fontes não identificadas. Hideyo Hanazumi, governador da província de Niigata, onde se situa a central, deve pronunciar-se em conferência de imprensa agendada para sexta-feira. Mesmo assim, as mesmas notícias publicadas indicaram que vão voltar a operar “apenas um dos sete reactores” de Kashiwazaki-Kariwa. Após o tsunami de 2011 e o desastre nuclear de Fukushima Daiichi, o Japão desactivou todos os reactores nucleares. Desde 2011, 14 reactores — sobretudo nas regiões oeste e sul — retomaram as operações após a implementação de normas de segurança. Se a retoma das operações em Kashiwazaki-Kariwa for aprovada, vai ser a primeira vez que uma central nuclear da Tepco, operadora de Fukushima, volta a funcionar desde o desastre de 2011. O governo de Tóquio continua a defender a energia nuclear como fonte fiável e limpa, essencial para que o Japão atinja a neutralidade carbónica até 2050.
Hoje Macau China / ÁsiaÍndia | Modi espera encontrar-se com Putin em Dezembro O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, disse terça-feira que espera receber no seu país o Presidente russo, Vladimir Putin, em Dezembro, durante uma reunião em Nova Deli com o conselheiro do líder russo Nikolai Patrushev. “O primeiro-ministro transmitiu as suas cordiais saudações ao Presidente Putin e disse que espera recebê-lo na Índia no próximo mês”, afirmou o gabinete de Narendra Modi num comunicado. O Governo indiano também informou que Modi e Patrushev, durante a reunião, trocaram opiniões sobre o fortalecimento da cooperação marítima, incluindo novas oportunidades em conectividade, desenvolvimento de capacidades, construção naval e economia azul. A embaixada russa em Nova Deli afirmou em comunicado que, para além do reforço da cooperação russo-indiana, nomeadamente no sector marítimo, as duas partes discutiram os preparativos para a cimeira bilateral prevista para o início de Dezembro. O encontro coincide com a visita do ministro dos Negócios Estrangeiros indiano, S. Jaishankar, a Moscovo, onde se reuniu com o seu homólogo russo, Serguei Lavrov, e com Putin. Em Agosto, a administração do Presidente do norte-americano, Donald Trump, impôs tarifas de 50 por cento sobre os produtos indianos como punição pela compra de petróleo russo pela Índia. Desde o início da guerra na Ucrânia, Nova Deli tem mantido uma posição equilibrada, evitando condenar Moscovo e aumentando significativamente as suas importações de petróleo bruto russo. Esta posição valeu-lhe críticas de Washington, com Trump a acusar a Índia e a China na ONU de “financiar a Rússia”. Na sequência das sanções impostas por Washington, a Índia tem justificado a compra de petróleo russo com a necessidade de garantir a “segurança energética” dos seus 1,4 mil milhões de habitantes. Putin não visita a Índia desde Dezembro de 2021, quando participou numa cimeira bilateral com Modi. O seu eventual regresso poderia reforçar a aliança estratégica entre Moscovo e Nova Deli.
Hoje Macau China / ÁsiaJapão | Um morto em maior incêndio dos últimos 50 anos O gigantesco incêndio deflagrou na cidade de Oita, na ilha de Kyushu, afectando quase 200 edifícios Pelo menos uma pessoa morreu e mais de 170 edifícios ficaram queimados num incêndio de grandes proporções que deflagrou na terça-feira numa zona residencial do sudoeste do Japão, onde os bombeiros continuavam ontem a apagar as chamas. A polícia disse ter encontrado um corpo na zona do incêndio na cidade de Oita, na ilha de Kyushu, de acordo com a agência de notícias japonesa Kyodo. As autoridades estão a tentar determinar se se trata de um homem de 76 anos que vivia na zona e que desapareceu durante o incêndio. Os bombeiros da cidade de Oita receberam uma chamada de emergência por volta das 17:45 horas locais de terça-feira de um residente da área de Saganoseki, alertando-os para um incêndio numa casa. O fogo já queimou cerca de 48.900 metros quadrados e afectou mais de 170 edifícios, forçando à retirada de cerca de 180 pessoas na noite de terça-feira para um centro comunitário, informou a emissora japonesa NHK. Os bombeiros continuavam ontem a combater o incêndio e, embora ainda não tenha sido declarado extinto ao início da tarde, as autoridades locais disseram que não se espera mais danos do que os já registados. “O fumo está a diminuir”, disse Shogo Fujikawa, funcionário do Governo da prefeitura de Oita. Apoio às vítimas As autoridades locais criaram um grupo de trabalho especial para analisar a situação e as medidas a tomar, tendo solicitado a ajuda das Forças de Autodefesa para controlar a situação. Do lado do Governo central, a primeira-ministra, Sanae Takaichi, anunciou a criação de um gabinete para recolher informações sobre o sucedido e transmitiu as condolências do Executivo às pessoas afectadas. “O Governo vai trabalhar com as autoridades locais para dar o máximo de apoio possível”, escreveu numa mensagem na rede social X. O incêndio já foi considerado o maior no país dos últimos 50 anos.
Hoje Macau China / ÁsiaHong Kong | “Democracia é presente precioso” oferecido pela China A dirigente e fundadora do Novo Partido Popular alertou para a importância do voto nas eleições legislativas de Dezembro dentro do quadro estabelecido pela Constituição chinesa ou da lei básica, que, segundo Regina Ip, é uma dádiva preciosa oferecida por Pequim A coordenadora do Conselho Executivo de Hong Kong, Regina Ip, defendeu numa carta aberta publicada ontem que “a democracia” vigente do território é “um presente precioso concedido por Pequim” e instou a população a participar nas legislativas. Na carta, publicada nas redes sociais na terça-feira, a fundadora do Novo Partido Popular alertou que qualquer modelo político que se desvie da Constituição chinesa ou da lei básica (mini-constituição) da Região Administrativa Especial de Hong Kong (RAEHK) “carecerá de viabilidade”. A missiva foi publicada a pouco menos de três semanas das legislativas em Hong Kong, que se realizam em 07 de Dezembro e vão ser marcadas por maior segurança e pela ausência da oposição tradicional, dissolvida ou exilada, na decorrência da adopção da lei de segurança nacional no território. As declarações de Ip coincidem com a publicação de um artigo, no portal ‘online’ do Gabinete de Assuntos de Hong Kong e Macau, do jornal pró-Governo Ta Kung Pao, que reproduz, na íntegra, o livro branco “Progresso democrático de Hong Kong sob o quadro de um país, dois sistemas”. Publicado pelo Conselho de Estado em 2021, o texto reitera o objectivo de eleger o chefe do Executivo (líder do Governo de Hong Kong) e o Conselho Legislativo (parlamento) local por sufrágio universal dentro de uma “democracia com características de Hong Kong”. Na carta, lê-se o percurso profissional de Ip desde 1975 sob a administração britânica. Antes da transferência de soberania em 1997, diz a responsável, a população não dispunha de canais reais para participação institucional. Ip lembrou que o Conselho Legislativo era presidido pelo Governador, nomeado por Londres, e composto por membros oficiais ou nomeados directamente. A deputada afirmou que, com a chegada do último governador, Chris Patten, a oposição ganhou influência e “priorizou as posições ideológicas”, o que dificultou a gestão do primeiro chefe do Executivo, Tung Chee-hwa, diante de “um Conselho Legislativo dominado por elementos desestabilizadores”. Ainda assim, continuou Regina Ip, Pequim atribuiu “grande importância ao desenvolvimento democrático”, mesmo após a rejeição em Hong Kong do projecto que previa sufrágio directo com pré-qualificação de candidatos. Reiterou também o apoio ao conceito político “democracia popular ao longo de todo o processo”, introduzido por Pequim em 2019, que promove a participação contínua dos cidadãos na governação, e acrescentou que qualquer modelo fora da ordem constitucional “carece de sustentabilidade” no território. O processo O actual processo eleitoral em Hong Kong, implementado após a reforma aprovada pela China em 2021, reduziu a representação directa e introduziu um sistema de verificação política para garantir que os candidatos atendam aos critérios de patriotismo. O Governo local afirma que este mecanismo fortalece a estabilidade, enquanto analistas e organizações internacionais consideram-no uma limitação ao pluralismo. Entretanto, a polícia de Hong Kong anunciou, esta semana, a detenção de três homens acusados de causar dano a propaganda eleitoral, que se somam a outros seis detidos no início deste mês. A participação nas eleições de Hong Kong permanece baixa: 30,2 por cento nas legislativas de 2021 — a menor desde 1997 — e 27,5 por cento nas eleições municipais de 2023, em comparação com os altos índices registados em 2016 e 2019, de acordo com a agência de notícias EFE. Exemplos do vizinho No final de Outubro, o líder do Governo de Hong Kong, John Lee Ka-chiu, disse que a cidade iria inspirar-se nas legislativas da vizinha região de Macau, em Setembro, para fazer das eleições de Dezembro “um sucesso”. Nas eleições de Setembro para o parlamento de Macau, quase 53,4 por cento dos eleitores participaram na votação, mais 11 pontos percentuais do que há cinco anos, apesar da desqualificação de duas listas, por falta de patriotismo. O número de votos nulos ou em branco mais do que duplicou em comparação com as últimas eleições em 2021, ultrapassando 13 mil. A Comissão da Defesa da Segurança do Estado, cujo presidente é, por inerência, o chefe do Executivo de Macau, excluiu todos os 12 candidatos de duas listas, considerando-os “não defensores da Lei Básica ou não fiéis à RAEM”.
Hoje Macau China / ÁsiaMarisco | Pequim volta a suspender importações do Japão A China comunicou ao Japão que vai suspender as importações de marisco, disse ontem fonte do Governo japonês à agência de notícias Kyodo, em plena escalada de tensões entre os dois países devido a Taiwan. O Japão voltou a exportar marisco para a China em 07 de Novembro, depois de Pequim suspender parcialmente a proibição imposta aos produtos do mar japoneses em Agosto de 2023, quando o país asiático começou a libertar água tratada da central nuclear de Fukushima, danificada pelo sismo e tsunami de março de 2011. A reintrodução da proibição, que não foi confirmada pela China, surge numa altura de tensão entre os dois países devido a declarações recentes da primeira-ministra japonesa, Sanae Takaichi, sobre uma possível intervenção japonesa num conflito que envolva Taiwan. As autoridades chinesas terão informado as autoridades japonesas de que a nova suspensão é uma resposta ao interesse de Pequim em fiscalizar o derrame, de acordo com pormenores publicados pela emissora pública japonesa NHK. Pequim aprovou, em Junho passado, o reinício das importações de peixe e marisco do Japão, excepto de dez das 47 prefeituras, incluindo Fukushima e Miyagi, duas das mais afectadas pelas catástrofes naturais de há 14 anos. Tóquio congratulou-se com a notícia, apesar de ter pedido ao país vizinho que retomasse todas as exportações deste tipo, que são fundamentais para a indústria pesqueira da região nordeste do Japão, afectada pela catástrofe. Este novo episódio surge num momento de renovada tensão entre o Japão e a China, na sequência de comentários feitos pela líder japonesa no primeiro mês de mandato, que deram origem a uma crise diplomática que já afetou sectores como turismo, educação e entretenimento, com apelos mútuos ao boicote.
Hoje Macau China / ÁsiaXiaomi | Lucros mais do que duplicam até Setembro A empresa tecnológica chinesa Xiaomi mais do que duplicou os lucros (+140 por cento) até Setembro, para 4.256 milhões de euros, e alcançou o primeiro resultado positivo nas operações de veículos eléctricos e inteligência artificial (IA). Segundo os resultados enviados ontem à Bolsa de Hong Kong, onde está cotada, nos primeiros nove meses do ano, a empresa teve receitas de 340.371 milhões de yuans, um aumento de 32,5 por cento face ao ano anterior. Adicionalmente, entre Julho e Setembro, graças às vendas recorde de aproximadamente 109.000 veículos, os negócios de veículos eléctricos e de IA alcançaram um lucro bruto de cerca de 700 milhões de yuans. O presidente da Xiaomi, Lu Weibing, anunciou que a empresa espera entregar o seu 350.000 veículo do ano esta semana, o que significa que vai atingir o seu objectivo antes do previsto. A Xiaomi tem sido alvo de críticas por alguns acidentes mortais envolvendo os seus carros. A receita com produtos eléctricos e de IA quase triplicou (+199,2 por cento) no terceiro trimestre, atingindo aproximadamente 29 mil milhões de yuans, um crescimento que contrasta fortemente com o de 1,6 por cento dos ‘smartphones’ e outros dispositivos, que, no entanto, ainda representam três quartos da receita total. Lu Weibing alertou que o aumento do custo dos ‘chips’ pode ter um impacto negativo nos lucros dos fabricantes de telemóveis e previu aumentos de preços — como parte da transição dos seus produtos para um segmento ‘premium’ — para compensar esta queda.
Hoje Macau China / ÁsiaReino Unido | Pequim nega acusações de espionagem a parlamentares britânicos Um porta-voz da embaixada da China em Londres classificou terça-feira acusações das autoridades britânicas de espionagem a parlamentares por Pequim como “pura invenção” e constituem “calúnias maliciosas”. “Estas afirmações por parte do Reino Unido são pura invenção e calúnias maliciosas. Condenamos veementemente estas manobras desprezíveis por parte do Reino Unido”, afirmou o porta-voz, numa declaração publicada na página de Internet da embaixada. “Exortamos o Reino Unido a cessar imediatamente esta farsa de falsas acusações e auto-engrandecimento, e a deixar de seguir o caminho errado de comprometer as relações entre a China e o Reino Unido”, acrescentou. O Governo britânico revelou terça-feira que a China está a tentar “recrutar e cultivar indivíduos com acesso a informações confidenciais sobre o parlamento e o Governo britânicos”. Numa declaração terça-feira aos deputados, o secretário de Estado do Interior, Dan Jarvis, indicou que o risco foi identificado pelo serviço de segurança nacional MI5, que emitiu um “aviso de espionagem” por agentes chineses a membros e funcionários do parlamento.
Hoje Macau China / ÁsiaHong Kong | Homem detido por suspeitas de sedição e apelo a boicote eleitoral O detido, que publicava mensagens de ódio ao regime desde 2024, terá incitado outras pessoas a não votar A polícia de Hong Kong anunciou a detenção de um homem suspeito de sedição e de apelo ao voto nulo ou ao boicote das eleições para o parlamento local, marcadas para 07 de Dezembro. Num comunicado, o Departamento de Segurança Nacional (NSD, na sigla em inglês) da Polícia de Hong Kong disse que o homem de 68 anos foi detido na terça-feira e “permanece sob custódia para diligências adicionais”. O detido é suspeito de “publicar conscientemente materiais com intenção sediciosa”, crime punido pela lei da segurança nacional, imposta por Pequim em 2020. O NSD acrescentou que o homem terá também cometido o crime de “incitar outra pessoa a não votar ou a votar de forma inválida, através de actividades públicas durante o período eleitoral”. A investigação revelou que o detido terá “publicado repetidamente” nas redes sociais mensagens, “com conteúdos que incitavam ao ódio contra o Governo da Região Administrativa Especial de Hong Kong, o poder judicial e as forças de segurança”. De acordo com o portal de notícias Hong Kong Free Press, o superintendente Chan On-ming, do NSD, disse numa conferência de imprensa que o suspeito tinha vindo a publicar este tipo de mensagens desde Setembro de 2024. O crime de sedição é punido com uma pena máxima de sete anos de prisão, enquanto o apelo ao voto nulo ou ao boicote eleitoral pode acarretar uma pena de até três anos de prisão e uma multa de 200 mil dólares de Hong Kong. Outras detenções Na sexta-feira passada, a Comissão Independente Contra a Corrupção (ICAC, na sigla em inglês) de Hong Kong já tinha anunciado a detenção de três pessoas, entre 55 e 66 anos, por alegadamente apelarem ao voto nulo ou ao boicote das eleições para o Conselho Legislativo. A ICAC recordou que, desde a revisão da lei eleitoral, em 2021, 12 pessoas foram condenadas por “publicamente, incitar os eleitores a não votar, votar em branco ou nulo”, um crime punido com pena de prisão até três anos. De acordo com a imprensa local, a polícia de Hong Kong já deteve este ano 18 pessoas por crimes eleitorais, com oito já acusadas. No final de Outubro, o secretário para a Segurança de Hong Kong, Chris Tang Ping-keung, recordou que apelar ao voto em branco nas eleições pode constituir um crime. Chris Tang lembrou as declarações do antigo deputado Ted Hui Chi-fung, que descreveu a votação como “uma farsa, totalmente alheia à opinião pública”, que “merece ser boicotada”, devido à exclusão da oposição pró-democracia. Ted Hui fugiu para a Dinamarca em Dezembro de 2020 e em Agosto passado recebeu asilo na Austrália, depois de ser acusado de crimes contra a segurança nacional em Hong Kong.
Hoje Macau EventosExposição | Creative Macau exibe criações entre o humano e a máquina A exposição “Human–Machine Co-Creation” está em exibição na Creative Macau, até 27 de Dezembro, reunindo trabalhos de 18 professores de arte e design e doutorandos em investigação criativa da Universidade de Macau. A Creative Macau indica que a investigação criativa realizada por professores e estudantes de doutoramento em arte e design na Universidade de Macau materializa a dinâmica colaborativa entre humano e máquina, revelando em simultâneo focos de individualidade e espiritualidade. A entidade refere que a essência da criatividade artística reside na capacidade de reflectir os contextos actuais socioculturais e tecnológicos, e veicular a individualidade do artista. “Na era contemporânea caracterizada pelos meios digitais e pela inteligência artificial, um paradigma determinante é o conceito de ‘co-criação homem-máquina’. A produção artística e as práticas de design são cada vez mais mediadas pelas tecnologias digitais, cuja influência se estende para além da materialidade e dos processos técnicos, permeando as estruturas cognitivas e as sensibilidades estéticas”, contextualiza a organização da mostra. A sinergia colaborativa entre humano e máquina foi conseguida, segundo a Creative, nesta mostra. A exposição é composta por criações de Xun Chi, Mengyao Guo, Lampo Leong, Fan Li, Zhenhao Ou, Xipei Ren, Atticus Sims, Ouresis Todorovich, Xiaofeng Wang, Xiaoqian Wang, Yanren Wang, Haozheng Wu, Michael Whittle, Xinxin Xiu, Siyi Xu, Yan Zhang, Yanxiu Zhao e Hongtao Zhou.
Hoje Macau Manchete SociedadeProibida importação de carne do Porto devido à gripe aviária Macau proibiu ontem a importação de carne de ave e derivados, incluindo ovos, do distrito do Porto, na sequência da detecção de casos de gripe aviária. “Os pedidos de importação de carne de frango e produtos derivados provenientes de zonas com surtos de gripe aviária não serão aprovados”, disse o Instituto de Assuntos Municipais (IAM). Num comunicado, o IAM prometeu “continuar a controlar rigorosamente os alimentos frescos importados e vendidos em Macau através de um mecanismo eficaz de inspeção de importação e de quarentena”. O IAM também proibiu, pelo mesmo motivo, a importação de carne de ave e derivados de várias regiões da Polónia, Alemanha, Países Baixos, Reino Unido e Estados Unidos. Na terça-feira, a região vizinha de Hong Kong tinha proibido a importação de carne de ave e derivados, incluindo ovos, do distrito do Porto, “para proteger a saúde pública”, na sequência de uma notificação da Organização Mundial de Saúde Animal. De acordo com dados oficiais citados no comunicado, Hong Kong não importou carne de ave ou derivados de Portugal nos primeiros nove meses de 2025. O Centro para a Segurança Alimentar (CFS, na sigla em inglês) de Hong Kong sublinhou, num comunicado, que já contactou as autoridades portuguesas e que vai acompanhar “de perto” a situação e as informações emitidas pela Organização Mundial de Saúde Animal. “Serão tomadas as medidas adequadas em resposta ao desenvolvimento da situação”, referiu o CFS. De norte a sul Na semana passada, a Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) portuguesa determinou o confinamento de aves domésticas em 95 zonas de 14 distritos identificadas como de alto risco para a gripe aviária. “As aves de capoeira e aves em cativeiro detidas em estabelecimentos, incluindo detenções caseiras, localizadas nas freguesias incluídas na lista das zonas de alto risco para a gripe aviária deverão ser confinadas aos respectivos alojamentos de modo a impedir o seu contacto com aves selvagens”, indicou a DGAV, num edital. Em causa, estão os distritos do Porto, Lisboa, Braga, Viana do Castelo, Aveiro, Leiria, Coimbra, Castelo Branco, Santarém, Setúbal, Évora, Beja, Portalegre e Faro. Dois dias antes, a DGAV tinha avisado que o risco de disseminação da gripe das aves era elevado. O número total de focos este ano em Portugal está em 31, tendo os mais recentes sido detectados numa exposição de aves em cativeiro, em Oliveira do Bairro, no distrito de Aveiro, e num estabelecimento de aves em cativeiro, na freguesia de Parreira e Chouto, no distrito de Santarém. Estas zonas vão permanecer em restrição sanitária até 12 e 19 de Dezembro, respectivamente, segundo a DGAV.
Hoje Macau SociedadeHabitação | Transacções estáveis mas preços caem No passado mês de Outubro registaram-se 253 compras e vendas de casas, o mesmo valor que há um ano. No entanto, os preços apresentaram uma redução de 8,5 por cento, em termos anuais. Os números foram divulgados no portal das Direcção de Serviços de Finanças (DSF). Em Outubro deste ano, o preço médio do metro quadrado foi de 72.873 patacas, com Coloane a ser o mercado mais caro, com um preço médio de 87.535 patacas por metro quadrado. Na Península de Macau, o preço médio foi de 72.629 patacas por metro quadrado, enquanto na Taipa foi de 63.802 patacas. Todos os mercados apresentaram reduções anuais no preço, uma vez que em Outubro de 2024 o preço médio em Coloane por metro quadrado era de 108.305 patacas, na Taipa era de 84.231 patacas e em Macau de 73.933 patacas. Em relação ao número de transacções, houve 181 em Macau, uma redução face às 183 de há um ano. Também o mercado da Taipa foi menos activo, com 34 compras e vendas, quando no ano anterior tinha registado 57. A redução foi compensada em Coloane, onde houve 38 transacções, um aumento significativo face às 13 do ano passado. Quando a comparação é feita entre Outubro e Setembro deste ano, o mês mais recente apresenta um aumento de seis transacções. No entanto, em Setembro o preço médio do metro quadrado era de 75.655 patacas, o que significa 3,7 por cento superior ao praticado em Outubro.
Hoje Macau SociedadeZona A | Lançado concurso para rampa de acesso A Direcção de Serviços de Obras Públicas (DSOP) lançou ontem o concurso público para a construção da extensão da rampa a via de Acesso A1 à Zona A dos Novos Aterros. O Governo afirma que é necessário aprimorar o acesso: “Com vista a aperfeiçoar ainda mais a ligação da rede viária exterior entre a Zona A dos Novos Aterros Urbanos e a Península de Macau, o Governo da RAEM planeia construir uma extensão da sua rampa de acesso, num sentido, na actual via de acesso A1, para facilitar o acesso directo dos veículos à Avenida da Ponte Macau, no lado leste da Zona A”, foi justificado. O Executivo explica ainda a obra com o objectivo de “desviar os veículos que pretendem ter acesso ao Posto Fronteiriço da Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau e os que dirigir-se-ão à Taipa pela Ponte Macau, aumentando assim a eficiência do trânsito”. A obra prevê também que a rampa seja acompanhada de “uma passagem pedonal desnivelada na costa da extremidade norte da Zona A dos Novos Aterros Urbanos”, para ligar o lado leste e oeste destes aterros. A passagem vai ter cerca de 230 metros de comprimento, uma ciclovia e um circuito de manutenção. Os trabalhos têm de ser concluídos em 300 dias, sendo que o concurso não tem um preço base. As propostas têm de ser entregues até 10 de Dezembro, pelas 17h.
Hoje Macau PolíticaHengqin | Campanha de cupões exclui residentes de Macau A Direcção do Desenvolvimento Económico da Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin lançou na segunda-feira uma campanha para incentivar o consumo na Ilha da Montanha que não beneficia os residentes da RAEM. A campanha de cupões de desconto, que se estende até 15 de Fevereiro, foi lançada nas plataformas Alipay e Fliggy. Apesar de os residentes da RAEM não poderem aceder à medida, as autoridades de Hengqin garantem que a próxima fase da campanha de cupões vai cobrir mais consumidores, incluindo os residentes da RAEM e turistas estrangeiros. A campanha tem um orçamento de 40 milhões de renminbis e as autoridades da zona de cooperação aprofundada esperam que ajude a impulsionar a integração do consumo de Hengqin e Macau e a injectar uma nova vitalidade no desenvolvimento integrado da Grande Baía.
Hoje Macau PolíticaLAG | Académicos refutam críticas e elogiam o Governo No programa de ontem do Fórum Macau do canal chinês da Rádio Macau, uma ouvinte criticou o relatório das Linhas de Acção Governativa (LAG) para 2026 devido ao excessivo foco nos apoios sociais a crianças e idosos, esquecendo as faixas etárias que sustentam a economia e sociedade de Macau, ou seja, os residentes com idades compreendidas entre 18 e 60 anos. Os convidados do programa, o presidente do Instituto de Gestão de Macau, Samuel Tong e o académico da Universidade de Macau Chan Kin Sun defenderam as políticas apresentadas na terça-feira pelo Chefe do Executivo e responderam à ouvinte. Samuel Tong começou por defender que as LAG vão além dos apoios aos grupos mencionados, respondendo a desafios económicos e que o Governo não pode ser solução para tudo, cabendo também ao tecido empresarial local e aos residentes um papel importante para o desenvolvimento económico. O académico sublinhou que as LAG voltam a reforçar a prioridade da promoção do emprego entre os residentes, em particular aos jovens, e asseguram a manutenção dos apoios às pequenas e médias empresas. Por seu turno, Chan Kin Sun, que coordena o programa mestrado em Administração Pública da Universidade de Macau, afirmou que os residentes que têm capacidade para trabalhar não precisam de apoios sociais, mas de oportunidades de trabalho, que as LAG privilegiam.
Hoje Macau PolíticaFunção Pública | Descartados despedimentos e cortes salariais O Chefe do Executivo assegurou ontem que a reforma administrativa não vai implicar cortes salariais para os funcionários púbicos, despedimentos nem despromoções. A garantia foi deixada em resposta a uma pergunta do deputado Ma Chi Seng, sobre as esperadas alterações ao funcionamento da Administração Pública. Sam Hou Fai defendeu a necessidade de implementar serviços mais eficazes e que deixem os residentes orgulhosos. O Chefe do Executivo afirmou ainda que a meta passa por reformar a Administração Pública até 2029, embora reconheça que não vai ser um trabalho fácil. Ainda assim, Sam Hou Fai pediu o apoio de toda a população para se trabalhar em conjunto. PLP | Reuniões para reforçar cooperação O Chefe do Executivo promete que ao longo do ano vai haver uma maior aposta nas reuniões com os países de língua portuguesa (PLP) e de língua espanhola, para promover o investimento em Macau e Henqing. A estratégia para o próximo ano foi adiantada, após uma questão do deputado Ip Sio Kai, que pretendia saber o que Macau pod fazer como plataforma para promover uma maior utilização do renminbi nos países de língua portuguesa e espanhola. “Faseadamente, vamos reforçar a cooperação com estes países, para promover uma troca recíproca do renminbi. Com o Brasil existe este mecanismo de troca de renminbis, e para implementar uma maior utilização do renminbi vamos criar um mecanismo permanente, para tornar a utilização mais conveniente”, afirmou Sam Hou Fai. “O Governo vai promover mais reuniões para reforçar a cooperação e atrair mais investimento em Macau e Henqgin. Primeiro temos de estabelecer bem a plataforma para atrair esses países a chegarem a Macau e Hengqin”, acrescentou. Quadros qualificados | Governo vai criar plataforma de formação Com vista a diversificar a economia e promover quadros qualificados, o Governo vai promover uma plataforma integrada para disponibilizar diferentes cursos de formação, a pensar na requalificação da população. A informação foi adiantada ontem por Sam Hou Fai, que indicou que este é um projecto da tutela da Economia e Finanças e que vai contar com pelo menos a participação da Universidade de Turismo de Macau (UTM), do Centro de Produtividade e Transferência de Tecnologia de Macau (CPTTM). As formações vão visar as áreas da política 1+4, como os serviços de saúde compreensivos, área do desporto, espectáculos e desporto e finanças.
Hoje Macau Manchete PolíticaComércio | CE quer melhor desempenho da RAEM como ponte sino-lusófona O Chefe do Executivo de Macau declarou ontem ter como objectivo para 2026 garantir um “melhor desempenho” do papel do território como “plataforma sino-lusófona”, nomeadamente com maior investimento através do Fundo de Cooperação China-Países de Língua Portuguesa. Na apresentação das Linhas de Acção Governativa (LAG) para 2026, Sam Hou Fai apontou como um dos objectivos o “melhor desenvolvimento e desempenho do papel de Macau como plataforma sino-lusófona”. No discurso na Assembleia Legislativa, afirmou que se pretende o “reforço da função da plataforma de serviços para a cooperação comercial”. “Promover-se-á o aumento do investimento através do fundo entre a China e os países de língua portuguesa e otimizar-se-ão as estratégias e os mecanismos de investimento”, disse. Além de pretender aumentar o apoio às empresas de Macau para investirem no universo de países lusófonos, Sam Hou Fai disse que o Governo quer reforçar a construção da “plataforma de serviços financeiros entre a China e os países de língua portuguesa, com a realização da Conferência dos Sistemas de Pagamento dos Bancos Centrais dos Países de Língua Portuguesa”, para promover o contacto com autoridades de supervisão financeira dos países lusófonos. Será dado impulso, anunciou ainda o chefe de Governo, à construção do Centro de Cooperação e Intercâmbio de Ciência e Tecnologia entre a China e as nações lusófonas. Por outro lado, disse o responsável, vai continuar a realizar-se o concurso de inovação e empreendedorismo para empresas de tecnologia do Brasil e de Portugal, “reforçando a colaboração e o contacto com as universidades, empresas, instituições incubadoras, assim como projectos de criação de negócio e de investimento de capitais do Brasil e de Portugal, procurando o estabelecimento de um número maior de projectos excelentes em Macau e Hengqin”.
Hoje Macau China / ÁsiaChina / Japão | Pequim reitera protesto por comentário sobre Taiwan A China declarou ontem que reiterou os “fortes protestos” a um diplomata japonês, de visita a Pequim, a propósito de declarações da primeira-ministra japonesa, Sanae Takaichi, sobre Taiwan. Masaaki Kanai, um alto funcionário do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Japão para a região da Ásia-Pacífico, encontrou-se com o director-geral do Departamento de Assuntos Asiáticos do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Liu Jinsong. “Durante as consultas, o lado chinês reiterou os seus fortes protestos ao lado japonês em relação às declarações erradas sobre a China feitas pela primeira-ministra japonesa, Sanae Takaichi”, disse a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Mao Ning, durante uma conferência de imprensa regular. Em 07 de Novembro, a primeira-ministra japonesa, Sanae Takaichi, afirmou que um ataque a Taiwan poderia justificar a intervenção das Forças de Autodefesa do Japão. Em resposta, a China chamou o embaixador japonês em Pequim alertando-o que o preço a pagar seria “doloroso”. O Ministério da Defesa da China defendeu ainda que as declarações de Takaichi foram “extremamente perigosas” e uma “grave interferência” nos assuntos internos chineses. A tensão aumentou no dia seguinte, depois de o cônsul chinês em Osaka, Xue Jian, o cônsul-geral da China em Osaka, Xue Jian, defender num ‘post’ na rede social X, que, entretanto, apagou, que o melhor seria “cortar essa cabeça suja sem a menor hesitação”, sem especificar a quem se referia exactamente, mas citando um artigo de imprensa que relatava as declarações da governante japonesa. O Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês emitiu um alerta, na sexta-feira, no qual desaconselha as viagens para o Japão devido à deterioração do ambiente de segurança. Um aviso replicado, no domingo, pelas autoridades das duas regiões semiautónomas chinesas de Macau e Hong Kong.