Hoje Macau SociedadeInflação em Macau acelera pelo quarto mês consecutivo A inflação anual em Macau acelerou em Novembro, pelo quarto mês consecutivo, atingindo 0,72 por cento, o valor mais elevado dos últimos 15 meses, foi ontem anunciado. A subida do índice de preços no consumidor (IPC) em Novembro foi 0,12 pontos percentuais mais elevada do que em Outubro, e o valor mais elevado desde Agosto de 2024 (0,74 por cento), segundo dados oficiais. De acordo com a Direcção dos Serviços de Estatística e Censos, a aceleração da inflação deveu-se sobretudo aos produtos alimentares e bebidas não alcoólicas (mais 1,25 por cento). O custo das refeições adquiridas fora de casa subiu 1,6 por cento. Os gastos com rendas ou hipotecas de apartamentos subiram 0,73 por cento e 0,49 por cento, respectivamente. Em 11 de Novembro, a Autoridade Monetária de Macau aprovou a terceira descida da taxa de juro este ano. Em Abril de 2024, a Assembleia Legislativa do território acabou com vários impostos sobre a aquisição de habitações, para “aumentar a liquidez” no mercado imobiliário, defendeu na altura o secretário para a Economia e Finanças, Lei Wai Nong. Com a recuperação no número de visitantes, a região registou uma subida de 32,9 por cento no preço da joalharia, ourivesaria e relógios, produtos populares entre os turistas da China continental. Pelo contrário, os gastos com electricidade caíram 3,1 por cento, enquanto o preço dos serviços de telecomunicações decresceu 3,4 por cento. Do Interior A inflação em Macau acelerou em Novembro, num período em que o IPC voltou a subir na China continental, pelo segundo mês consecutivo. Na China continental, de longe o maior parceiro comercial de Macau, o IPC subiu 0,7 por cento em termos homólogos em Novembro, registando o aumento mais elevado desde Fevereiro de 2024. A China registou deflação em seis dos 11 meses deste ano. A deflação reflecte debilidade no consumo doméstico e no investimento e é particularmente gravoso, já que uma queda no preço dos activos, por norma contraídos com recurso a crédito, gera um desequilíbrio entre o valor dos empréstimos e as garantias bancárias. O valor registado em Setembro confirmou as expectativas da maioria dos analistas, após dois meses consecutivos de quedas, seguidos por uma subida inesperada de 0,2 por cento em Outubro. A segunda maior economia mundial enfrenta há mais de dois anos pressões deflaccionistas, com a fraca procura interna e o excesso de capacidade industrial a penalizarem os preços, enquanto a incerteza no comércio internacional dificulta o escoamento de produtos por parte dos fornecedores. O índice de preços no produtor, que mede os preços à saída da fábrica, aprofundou em Novembro a tendência negativa dos últimos dois anos, com uma descida homóloga de 2,2 por cento.
Hoje Macau VozesPolíticas de captação de investimento, serviços de valorização e fiscalização do Parque de Ciências e Tecnologias O Parque de Ciências e Tecnologias prende-se com o futuro de Macau Deputados Lei Wun Kong e Wong Ka Lon A economia de Macau depende excessivamente das receitas do jogo, mas, com o surgimento da inteligência artificial na indústria, os jovens deixam de estar entusiasmados com o jogo offline. Com o passar do tempo, as mudanças da conjuntura exterior e outros factores, as receitas do jogo podem ser instáveis e afectadas. Assim, o projecto do Parque de Ciências e Tecnologias é a chave da diversificação adequada da economia. Questão: Criar e aperfeiçoar políticas de captação de investimento e os serviços pós-investimento e a fiscalização do referido Parque Actualmente, os empresários são mais conservadores. Para promover com eficiência o projecto do Parque em causa, o Governo deve tomar a iniciativa de captar investimentos e prestar serviços de valorização. Apesar dos esforços envidados pelos serviços públicos, nomeadamente pela Secretaria para a Economia e Finanças e pelos seus serviços subordinados, é necessário criar e aperfeiçoar políticas de captação de investimento, os serviços pós-investimento e a fiscalização do referido Parque. Modelo: Tomar como referência as experiências das cidades-modelo do Interior da China Nos últimos anos, as cidades-modelo do Interior da China definiram cinco modelos para atrair investimentos. O primei-ro é através do capital, “fundos + indústrias”, o governo cria um fundo industrial para promover a implementação dos projectos, como a indústria de biotecnologia de Suzhou. O segundo é através de cluster “liderado pelas indústrias dominantes”, ou seja, criar um cluster industrial em torno das empresas dominantes, por exemplo, em Shenzhen é a Huawei que impulsiona as respectivas indústrias. O terceiro baseia-se no “fornecimento orientado pela procura”, isto é, explorar cenários de aplicação para atrair empresas tecnológicas, por exemplo, a empresa Hangzhou City Brain integroua Alibaba Cloud para desenvolver a aplicação da IA. O quarto assenta na “correspondência inteligente de dados” para captar investimentos digitais, ou seja, na criação de big-data para definir com precisão as empresas-alvo, como o sistema de “captação de investimento digital” em Cantão. O quinto baseia-se na “cooperação inter-regional”, ou seja, transcende-se a delimitação das regiões administrativas, como a zona de cooperação Shenzhen-Shantou, liderada por Shenzhen. Estratégia: Elaborar políticas diferenciadas segundo a realidade de Macau Macau, enquanto micro-economia, para além da falta de recursos humanos e de terrenos, não tem empresas dominantes, assim, é difícil criar um cluster industrial. Assim, temos de maximizar as nossas vantagens singulares (tais como, do princípio “um país, dois sistemas”, de porto franco, de zona aduaneira autónoma, do regime fiscal simples, de plataforma de ligação com os países de língua portuguesa e do sistema do direito europeu, e transformar tudo isto em pontos e serviços concretos e atractivos para a captação de investimentos), e transformar Macau numa plataforma de interligação entre as empresas científicas e tecnológicas da China e dos PLP. Assim, podemos tomar as seguintes medidas: 1) com base no acordo de desempenho, promover a orientação industrial através de uma participação social estratégica do fundo industrial, por forma a conseguir o efeito de alavancagem do capital com o risco controlado; 2) promover a cooperação na captação de investimentos inter-regionais, definir claramente a divisão do trabalho com Henqin e assegurar a eficácia do investimento; 3) captar talentos locais e internacionais para atracção de investimentos, atribuindo aos candidatos qualificados o estatuto de residente não permanente; 4) criar um banco de grande dimensão para atracção de investimentos, etc. Neste momento, é necessário que o Governo concretize as políticas de captação de investimento mediante incentivos jurídicos dirigidos a empresários que queiram entrar no parque. Devem ser clarificados o modelo de captação de investimento, a gestão operacional e as políticas preferenciais, entre outras etapas-chave. Deve-se assegurar a captação de investimentos de alto nível e detalhar o processo de gestão a posteriori, de modo a destacar a mudança do papel do Governo, de gestor para prestador de serviços, concretizando-se a articulação dessas medidas com o 15.º Plano Quinquenal do País e as necessidades e vantagens de Macau. Garantia: Melhoria dos serviços de valor acrescentado e a supervisão quantitativa Aquando da captação de investimentos, as cidades-estrela do Interior da China, para além de prestarem serviços de valor acrescentado às empresas para investimentos, devem facilitar o desenvolvimento dessas empresas, orientando-as para o seu crescimento contínuo. Concluído o processo de captação de investimentos, segue-se a fase de monitorização do valor de produção e da intensidade de investimento por acre de terra, que será usada como base para determinar o valor dos subsídios e benefícios concedidos pelos respectivos governos. Embora seja difícil para Macau a adopção do modelo de quantificação por acre de terra, pode proceder-se a uma quantificação adequada, tendo em conta as suas próprias necessidades. Por exemplo, tomando como indicadores quantitativos a intensidade do emprego, a dimensão do investimento e a eventual entrada no mercado de capitais. Assim, com esses valores determina-se o apoio financeiro que é concedido, bem como os benefícios fiscais e outras medidas de incentivo. Paralelamente, como a área do parque científico e tecnológico e os recursos humanos são limitados, é preciso definir melhor a proporção de cada sector, mas deve evitar-se a procura cega de uma envergadura “grande e completa”. Além disso, as políticas devem orientar-se para a cooperação Hengqin-Macau, para a cooperação dentro e fora do parque, e para o efeito da indústria-academia-investigação. Em suma, o Governo deve criar um sistema aperfeiçoado de serviços de valor acrescentado e de supervisão quantitativa para a captação de investimentos, por forma a conseguir avanços em várias dimensões, nomeadamente no “posicionamento industrial, nas excelentes políticas complementares, na sinergia profunda entre Macau e Hengqin, na ecosfera do processo de captação de investimento, e na gestão da confiança de negócios”.
Hoje Macau EventosIC | Primeira exposição individual de Helena Almeida na Ásia chega em 2026 O ano de 2026 Macau acolhe uma grande exposição sobre a artista portuguesa Helena Almeida. “Helena Almeida: Estou Aqui – Presença e Ressonância” está agendada para acontecer no início do ano, sendo a primeira grande exposição, a título individual, da artista na Ásia. O Museu de Arte de Macau apresenta ainda obras de artistas chineses a interagir com o trabalho de Helena Almeida O Governo anunciou esta quinta-feira a inauguração de uma exposição de artistas chineses, convidados a interagir com a obra de Helena Almeida (1934-2018), em antecipação da primeira grande mostra individual da artista portuguesa na Ásia. “Helena Almeida: Estou Aqui – Presença e Ressonância” será inaugurada no início de 2026, com cerca de 42 conjuntos compostos por 190 peças da artista portuguesa, revela-se no comunicado. Na nota, o Instituto Cultural (IC) anunciou ainda que a exposição “Ressonância – Corpo. Objecto. Reflexão”, marcada por interpretações de artistas chineses sobre o trabalho da portuguesa, vai estar patente no Museu de Arte de Macau de 19 de Dezembro até 26 de Abril. A mostra reúne “trabalhos recentemente encomendados” de seis artistas de Macau e da China continental, convidados “a fomentar um diálogo que transcende o tempo e o espaço” com Helena Almeida, referiu o IC. Podem ver-se desenhos de Erica Min Han, artista chinesa radicada em Londres, que “dão continuidade à reflexão de Helena Almeida sobre a presença do corpo”. Por seu turno, a obra do chinês Gao Fuyan “A Grade da Mente”, bordada com cabelo sobre papel, “espelha remotamente o conceito de Helena Almeida do corpo como instrumento”, disse o IC. A também chinesa Sun Xiaoyu “adopta o azul de Helena Almeida para expandir o diálogo visual sobre a existência e as suas fronteiras através da prática estética oriental de dissolver o eu no objecto”, refere-se na nota. O IC sublinhou que com esta mostra pretende-se “reforçar o intercâmbio de arte contemporânea” e o “diálogo cultural” entre a China e Portugal, preparando o caminho para a grande retrospectiva. Uma vida cheia Nascida em Lisboa, em 1934, Helena Almeida criou, a partir dos anos 1960, uma obra multifacetada que se destacou pela autorrepresentação, reflectindo sobre as relações de tensão entre o corpo, o espaço e a obra. Usou o corpo como suporte e objecto de criação, utilizando a pintura, a fotografia, a gravura, a instalação e o vídeo. Helena Almeida estudou pintura na Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa, começando a expor individualmente em 1967, na Galeria Buchholz. Um dos artistas que marcou o seu percurso foi Lucio Fontana, e inicialmente Helena Almeida até expôs telas rasgadas à semelhança do trabalho deste artista, “telas com o verso voltado para a frente dando, assim, a ver o que tradicionalmente estava virado para a parede”, descreve Joana Simões Henriques a propósito de uma mostra com trabalhos de Helena Almeida recentemente realizada no museu da Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa. Mas a partir de 1975 a artista “começa a explorar outras disciplinas como o desenho, a fotografia e o vídeo, encarando-os como meios para perceber a relação do corpo do autor com o espaço da obra”. É aqui que o corpo da artista se transforma “no suporte da sua arte, passando a ser sujeito e objecto, não sob a forma de auto-retrato, mas sim no sentido de ‘habitar a pintura’, de se colocar dentro do seu trabalho, de ser a sua obra”. Nestes trabalhos, “o rosto [de Helena Almeida] aparece muitas vezes oculto”, descreve-se na mesma nota. No ano de 1977 acontece em Portugal a exposição “Alternativa Zero”, descrita como “marcante na arte contemporânea portuguesa”, apresentando-se “uma série de fotografias [de Helena Almeida] com elementos anexos à imagem, criando, desta forma, a ilusão da obra sair do seu lugar e entrar no espaço do observador”, escreveu ainda Joana Simões Henriques. A artista representou Portugal na Bienal de Veneza por duas ocasiões: em 1982 e em 2005, e em 2004 participou na Bienal de Sidney, tendo a sua obra sido exibida no âmbito de mostras individuais e colectivas em museus e galerias nacionais e internacionais. Em 2015, apresentou uma exposição individual itinerante Corpus na Fundação de Serralves (2015), no Porto, em Paris (2016), em Bruxelas (2016) e Valência (2017). Apresentou igualmente, em 2017, uma exposição individual “Work is never finished” no Art Institute, em Chicago, nos Estados Unidos. A sua obra está presente em colecções portuguesas e internacionais como: Coleção Berardo, Lisboa; Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa; Fundação de Serralves, Porto; Hara Museum of Contemporary Art, Tóquio; Museu de Arte Contemporânea de Barcelona; Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofía, Madrid; MUDAM – Musée d’Art Moderne Grand-Duc Jean, Luxemburgo; Tate Modern, Londres.
Hoje Macau China / ÁsiaTimor-Leste discute com parceiros o combate à corrupção e ao crime transnacional O chefe da diplomacia de Timor-Leste, Bendito Freitas, reuniu-se esta semana com a Interpol, a Austrália e a ONU para reforço da cooperação no combate à corrupção e ao crime transnacional, anunciou ontem o Governo timorense. Os encontros foram realizados em Doha, Qatar, à margem da 11.ª sessão da Conferência dos Estados Parte da Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção, que começou segunda-feira e terminou ontem. “A Interpol manifestou disponibilidade para apoiar Timor-Leste na capacitação de recursos humanos, com vista ao reforço das competências nacionais no combate à corrupção, ao crime organizado e ao crime transnacional, incluindo por mecanismos regionais da ASEAN [Associação das Nações do Sudeste Asiático] e do recurso a tecnologias emergentes, como a inteligência artificial, aplicadas à investigação criminal”, pode ler-se na informação do executivo timorense. Com a Austrália, o ministro dos Negócios Estrangeiros timorense abordou o futuro “estabelecimento de uma parceria de cooperação bilateral” naquelas áreas. O encontro permitiu também “trocar pontos de vista sobre a identificação de necessidades de capacitação de recursos humanos, em particular para investigadores, bem como sobre a partilha de experiências e boas práticas, incluindo no contexto da cooperação com os Estados-membros da ASEAN”. Bendito Freitas esteve também reunido com uma equipa do Gabinete das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) para “discutir mecanismos de combate ao jogo ilícito, ao branqueamento de capitais, crimes relacionados com drogas e a utilização de tecnologias digitais e de inteligência artificial, tanto a nível regional como em Timor-Leste”. “As partes analisaram possibilidades de cooperação no domínio da capacitação técnica e do reforço das capacidades institucionais, incluindo a utilização de equipamentos forenses para a investigação e detecção de crimes transfronteiriços”, salienta o Governo. A UNODC convidou o Governo de Timor-Leste para participar numa conferência internacional sobre o combate ao jogo ilícito e ao contrabando, a realizar-se em Viena, em 2026. Nos encontros participaram também o Comissário da Comissão Anticorrupção, Rui Pereira dos Santos, o director nacional da Polícia Científica de Investigação Criminal, Vicente Brito, a procuradora-geral adjunta da República, Angelina Saldanha, e a deputada Virgínia Ana Belo. Jogo e burlas O Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) alertou em Setembro para a proliferação de redes criminosas em Oecussi, enclave timorense no lado indonésio da ilha de Timor, salientando que as recentes investigações mostram uma contaminação da região. O documento da UNODC foi divulgado após uma investigação das autoridades timorenses que resultou na detenção de 10 pessoas por suspeita de envolvimento em actividade de exploração de jogos ilícitos e de burla informática em Oecussi. No mesmo relatório, a UNODC afirma também que uma pessoa “que ocupa um cargo no governo de Timor-Leste” é um dos donos de um hotel que “parece acolher empresas” com actividade criminosa. Na sequência daquela denúncia pública, o Governo timorense determinou cancelar as licenças concedidas para exploração de jogos e apostas ‘online’, bem como proibir a atribuição de novas licenças, devido a riscos para a segurança e estabilidade social. Este mês, as autoridades timorenses encerraram a casa de jogos Lotaria Dragon, em Díli, bem como os escritórios da empresa Capital Ventures Timor por suspeita de jogo ilegal.
Hoje Macau China / ÁsiaJapão | Taxa de juro sobe para valor mais elevado em 30 anos O combate à estagnação da economia japonesa prossegue com novas medidas para tentar travar o crescimento da inflação O banco central do Japão aumentou ontem a taxa de juro referência para 0,75 por cento, o nível mais elevado desde 1995, numa decisão já esperada pelos analistas, dada a inflação persistente e a crónica desvalorização do iene. “A economia japonesa recuperou moderadamente, embora se tenham observado algumas fragilidades em certas áreas”, observou o Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês), em comunicado. O aperto monetário no Japão começou em Março de 2024, após uma década de taxas de juro ultrabaixas. No final da reunião mensal de política monetária, o BoJ optou por elevar a taxa pela primeira vez desde Janeiro, referindo, em comunicado, que a incerteza em torno das tarifas norte-americanas diminuiu e há sinais de um crescimento salarial estável em 2026. O aumento da taxa ocorre numa altura em que a inflação anual no Japão permanece longe da meta de 2 por cento fixada pelo banco central. Os preços registaram uma subida homóloga de 3 por cento em Novembro, o mesmo valor que no mês anterior, de acordo com dados divulgados ontem pelo Ministério dos Assuntos Internos e Comunicações. “Espera-se que as taxas de juro reais permaneçam significativamente negativas e que as condições financeiras acomodativas continuem a apoiar fortemente a actividade económica”, afirmou o BoJ. O banco central deixou ainda em aberto a possibilidade de futuros aumentos da taxa de juro directora, “dependendo da melhoria da actividade económica e dos preços”. Medidas de combate Após décadas de deflação na quarta maior economia do mundo, o ciclo de crescimento está a pesar sobre as famílias do arquipélago, e tanto o BoJ como o Governo da primeira-ministra Sanae Takaichi prometeram combater a inflação. O parlamento aprovou recentemente um orçamento suplementar para 2025 no valor de 18,3 biliões de ienes, com um pacote de estímulo da economia estagnada do Japão. Os analistas alertaram, no entanto, que um aumento da taxa de juro no Japão poderia afectar o chamado ‘carry trade’, o empréstimo em ienes por parte de investidores para comprar activos mais rentáveis em outras moedas.
Hoje Macau China / ÁsiaTikTok | Pequim mantém silêncio sobre venda nos EUA Pequim afirmou ontem que a sua posição sobre o caso TikTok é “coerente e clara”, sem confirmar se aprovou o alegado acordo para a venda das operações da aplicação nos Estados Unidos a um consórcio liderado por investidores norte-americanos. A declaração foi feita pelo porta-voz da diplomacia chinesa Guo Jiakun, em resposta a perguntas sobre notícias divulgadas por vários órgãos de comunicação dos EUA, segundo as quais a ByteDance, empresa-mãe do TikTok, terá acordado transferir o controlo da sua operação norte-americana para uma nova estrutura societária. Segundo um memorando citado pela imprensa, a nova empresa de risco partilhado contará com participação do grupo tecnológico Oracle, do fundo Silver Lake e do fundo soberano dos Emirados Árabes Unidos MGX, que juntos deterão 45 por cento do capital. Cerca de 33 por cento ficará com subsidiárias de investidores que já detêm participação na ByteDance, enquanto a empresa chinesa manterá uma fatia de aproximadamente 18 por cento. O acordo deverá ser formalizado até 22 de Janeiro de 2026, véspera do prazo fixado pelo Departamento de Justiça norte-americano para a suspensão das operações do TikTok, caso não tenha sido criada uma entidade juridicamente separada da ByteDance, como determina a lei aprovada pelo Congresso dos EUA em 2024. A legislação, invocando motivos de segurança nacional, exige que a ByteDance não tenha acesso aos servidores onde são armazenados os dados dos utilizadores da aplicação de vídeos curtos. Desde que regressou ao poder, em Janeiro, o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, prorrogou por várias vezes a aplicação da lei, permitindo que a sua Administração negociasse a alienação das operações do TikTok no país. Em Setembro, após uma série de encontros entre representantes de Washington e Pequim, os dois países anunciaram um quadro de princípio para a operação. A China detém uma chamada “acção dourada” na ByteDance, que lhe confere direito de veto sobre decisões estratégicas da empresa.
Hoje Macau China / Ásia‘Chips’ | Fabricantes chineses de ‘chips’ actualizam equipamento da ASML Fabricantes chineses de semicondutores estão a actualizar equipamentos avançados de litografia da holandesa ASML para contornar os controlos de exportação impostos por EUA e Países Baixos, avançou ontem o jornal britânico Financial Times. A operação visa acelerar a produção de ‘chips’ usados em sistemas de inteligência artificial (IA), que integra a disputa em curso entre China e EUA pelo domínio das tecnologias do futuro. Segundo fontes citadas pela publicação, fábricas chinesas que produzem ‘chips’ para telemóveis e aplicações de IA estão a melhorar o desempenho de máquinas de litografia ultravioleta profunda (DUV) – nomeadamente o modelo Twinscan NXT:1980i – através da aquisição de componentes no mercado secundário, incluindo plataformas mecânicas (“stages”), lentes e sensores de maior precisão. Essas actualizações têm permitido às fábricas aumentar a produção de ‘chips’ de sete nanómetros, apesar das restrições que impedem a ASML de fornecer à China as suas máquinas DUV mais recentes ou qualquer equipamento de litografia ultravioleta extrema (EUV), essencial para processos mais avançados. As melhorias, realizadas com assistência de empresas terceiras fora do controlo directo da ASML, permitem às fabricantes mitigar os custos adicionais e as perdas de rendimento associadas ao processo de “multi-patterning” – exposição múltipla do ‘wafer’ para compensar a falta de tecnologia EUV –, comum nas linhas de produção chinesas mais avançadas. A ASML confirmou que “cumpre rigorosamente todas as leis e regulamentos aplicáveis” e negou fornecer actualizações que aumentem o desempenho dos sistemas para além do permitido. Actualmente, a empresa está impedida de melhorar a precisão (“overlay”) ou a velocidade (“throughput”) das máquinas DUV em mais de 1 por cento.
Hoje Macau China / ÁsiaGuangxi | Ataque com arma branca faz pelo menos três mortos e um ferido Pelo menos três pessoas morreram e uma ficou ferida ontem, num ataque com arma branca ocorrido na vila de Xincheng, na região semiautónoma de Guangxi, sul da China, informou a polícia local. O incidente teve lugar por volta das 07:00, numa zona do município de Chengguan, segundo um comunicado do Departamento de Segurança Pública de Xincheng. As circunstâncias concretas do ataque não foram até ao momento divulgadas. O presumível autor, um homem de 35 anos identificado pelo apelido Guo, foi detido e encontra-se sob custódia policial. A pessoa ferida foi transportada para um hospital, enquanto as restantes vítimas não resistiram aos ferimentos causados pelo ataque. As autoridades indicaram que o caso continua em investigação e não forneceram informações sobre o possível motivo do ataque, desconhecendo-se se o suspeito conhecia as vítimas ou se se tratou de um acto indiscriminado. Também não foi especificado se o ataque ocorreu num local público ou numa zona residencial. Nos últimos anos, vários ataques com arma branca foram registados em diferentes regiões da China, alguns com vítimas mortais. Embora as motivações variem, muitos desses episódios têm sido descritos pela imprensa local e autoridades como casos de “vingança contra a sociedade”, protagonizados por indivíduos com frustrações pessoais que descarregam a sua raiva contra desconhecidos. Face à repetição destes incidentes, a Procuradoria Popular Suprema da China prometeu este ano “castigos severos, rigorosos e céleres” para os autores de tais crimes, enquanto o Ministério da Segurança Pública apelou ao reforço da prevenção para “manter a estabilidade social”.
Hoje Macau China / ÁsiaEconomia | Carteira de dívida dos EUA atinge mínimos desde 2008 O emagrecimento da carteira da dívida norte-americana começou no primeiro mandato de Trump à frente da Casa Branca e reflecte a falta de confiança chinesa na sustentabilidade dos activos aliada às dúvidas sobre a independência da Reserva Federal Pequim reduziu em Outubro a sua carteira de dívida pública norte-americana para o nível mais baixo desde 2008, reflectindo preocupações sobre a sustentabilidade da dívida norte-americana e a independência da Reserva Federal, noticiou ontem o South China Morning Post. Segundo dados do Departamento do Tesouro dos Estados Unidos citados pelo jornal de Hong Kong, o valor caiu de 700,5 mil milhões de dólares em setembro para 688,7 mil milhões de dólares em Outubro, o registo mais baixo desde Novembro de 2008. Este valor representa uma queda de 47 por cento face ao pico de Novembro de 2013, quando Pequim detinha cerca de 1,32 biliões de dólares em títulos do Tesouro norte-americano, segundo a empresa de dados financeiros chinesa Wind. A retirada progressiva de fundos começou no primeiro mandato de Donald Trump (2017–2021), e, em Março deste ano, a China caiu para a terceira posição entre os maiores detentores estrangeiros de dívida dos EUA, atrás do Japão e do Reino Unido. Dois meses depois, a carteira caiu para mínimos desde 2009. Esta semana, Yu Yongding, ex-assessor do Banco Popular da China, advertiu num artigo para os riscos crescentes associados aos activos denominados em dólares, apelando à redução da dependência de mercados externos, “especialmente dos EUA”, e à minimização do que descreveu como “a armadilha do dólar”. Segundo o economista, a China poderá ser “a força decisiva” a pôr fim aos dois pilares da balança de pagamentos dos EUA: o domínio global do dólar – sustentado pelo poder militar – e mercados financeiros dinâmicos impulsionados pela inovação tecnológica. Refúgio dourado A par da venda de dívida, Pequim tem reforçado a diversificação das suas reservas externas: em Novembro, comprou ouro pelo décimo terceiro mês consecutivo, acumulando um total de 310.600 milhões de dólares em reservas do metal precioso, considerado um activo de refúgio em períodos de instabilidade. Apesar da trégua comercial de um ano assinada em Outubro entre Washington e Pequim, as duas potências acumularam meses de tensões desde o regresso de Trump à Casa Branca, alimentando especulações sobre uma eventual venda maciça de dívida norte-americana por parte da China.
Hoje Macau SociedadeDroga | Apreendidas metanfetaminas no valor de 990 mil patacas A Polícia Judiciária anunciou a detenção de quatro pessoas do Interior e de Hong Kong, que entraram em Macau com cerca de 990 mil patacas em metanfetaminas transportadas em preservativos. A informação foi divulgada ontem e citada pelo jornal Ou Mun, sendo que a investigação terá começado a partir de uma denúncia. Segundo o relato, dois dos detidos entraram em Macau através das Portas do Cerco e alojaram-se num hotel, na zona norte da cidade. Mais tarde, foram ao encontro destes dois indivíduos outras duas pessoas, que transportavam consigo 275 gramas de metanfetaminas. A primeira revista da polícia aos dois indivíduos que chegaram mais tarde ao hotel permitiram apreender preservativos e fita-cola. No interior do quarto, as autoridades encontraram igualmente preservativos com droga no interior. As drogas, avaliadas no mercado em 990 mil patacas, pesavam 275 gramas. Os quatro detidos confessaram que o objectivo era que dois deles engolissem os preservativos com a droga e os transportassem para fora de Macau. Os outros dois foram responsáveis por trazer os estupefacientes para a RAEM.
Hoje Macau SociedadePatrimónio | Criticada protecção deficiente por parte do Governo O ex-candidato à Assembleia Legislativa, Johnson Ian, considerou que as acções de protecção do património cultural e histórico do Governo ficam sempre aquém as expectativas da população. A opinião foi publicada através do jornal Son Pou. Segundo Ian, esta falta de consciência do Governo levou a que ao longo dos anos se desenvolvessem várias polémicas como a construção de um prédio na Calçada do Gaio, com uma altura que bloqueia a vista para o Farol da Guia, ou a construção do viaduto entre Zona A e Zona B. Para o ex-candidato a deputado, estas situações mostram que o Governo não tem entendido as necessidades sociais ao nível da protecção do património cultural e histórico. O artigo visou o recente caso em que várias lojas no Largo de São Domingos colocaram tabuletas publicitárias vermelhas com carateres amarelos, cores que destoam do ambiente histórico daquela zona protegida. Sobre a polémica mais recente, Ian criticou o Instituto Cultural por não ter assumido com eficácia o papel de supervisão e só ter reagido às tabuletas depois de terem surgido críticas em grupos online. Face a esta falha, Johnson Ian alertou que o Governo tem que se manter activo e dar prioridade à preservação do património.
Hoje Macau SociedadeApartamentos para Idosos | Moradores dizem estar satisfeitos Um inquérito da associação dos Moradores concluiu que quase 70 por cento dos residentes locais estão satisfeitos com os apartamentos para idosos, um tipo de habitação pública para arrendamento. As conclusões tiveram em conta 755 questionários, feitos a 210 moradores do apartamentos e 545 residentes que não vivem neste tipo de habitação. Os resultados foram apresentados pelo membro da associação e deputado Leong Hong Sai, com os inquéritos a serem feitos online e também através de entrevistas presenciais, no Bairro do Iao Hon e na zona da Areia Preta. As respostas apontam para a satisfação com este tipo de habitação perto de 70 por cento. No pólo oposto, cerca de 5 por cento dos inquiridos afirmaram não estar satisfeitos de todo com o projecto. Segundo o jornal Ou Mun, apesar de a associação apontar que os resultados revelam “um nível de satisfação elevado”, há vários aspectos que não satisfazem os residentes, entre os quais está o valor das rendas, a falta de espaço, o design dos quartos e as relações com a vizinhança. Quase 85 por cento dos inquiridos indicou que considera a renda demasiado elevada e que devia haver subsídios ou redução do valor. Este aspecto é visto como o maior problema dos apartamentos para idosos. Por sua vez, em relação aos residentes que não moram na habitação para idosos, 40 por cento indicaram que ponderam arrendar um apartamento no futuro, enquanto 40 por cento dizem estar a “observar” o desenvolvimento do projecto. Houve ainda 20 por cento que afastaram de todo a possibilidade de viver num apartamento para idosos, devido às rendas elevadas.
Hoje Macau PolíticaPrimeiro ano de Sam Hou Fai foi proactivo a diversificar economia Analistas disseram à Lusa que o primeiro ano de mandato do Chefe do Executivo ficou marcado pela vontade de liderar a diversificação da economia da RAEM, altamente dependente dos casinos. Sam Hou Fai, que tomou posse exactamente há um ano, “adoptou uma abordagem proactiva para liderar o processo de diversificação económica”, defendeu Henry Lei Chun Kwok. O professor da Universidade de Macau deu como exemplo a criação de dois fundos, um para apoiar as indústrias e outro para a investigação científica e tecnológica, e a criação de um parque de ciência e tecnologia. Algo que “difere da abordagem anterior, orientada pelo mercado, e que é crucial tendo em conta as incertezas e a fraca confiança dos investidores que enfrentamos actualmente”, sublinhou o especialista em economia empresarial. O presidente da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Chinesa sublinhou que Sam Hou Fai “não partiu do zero” e que a diversificação económica era já uma política de Macau “a médio e longo prazo”. “Há, digamos, um comboio em movimento e esse comboio continua. Pode-se aumentar ligeiramente a velocidade, ou reduzir a velocidade, mas o caminho estava mais ou menos traçado”, disse Carlos Cid Álvares. A diferença, explicou o deputado Leong Hong Sai, é que “no passado, discutiu-se durante muitos anos a importância de alcançar uma diversificação económica e industrial”. “Agora, isto está a ser implementado de facto, com o planeamento geral e a selecção de locais a ocorrerem de forma ordenada”, sublinhou o vice-presidente da União Geral das Associações dos Moradores de Macau. Ainda assim, Henry Lei avisou que “poderá demorar algum tempo até que os esforços produzam progressos mensuráveis, como o aumento do valor acrescentado ou a quota do sector tecnológico no PIB [Produto Interno Bruto]”. Cid Álvares também vê projectos “interessantes e que podem fazer mexer a economia”: uma zona cultural, em consulta pública até 26 de Dezembro, e a cidade universitária em Hengqin. Périplo ibérico Cid Álvares, também director executivo do Banco Nacional Ultramarino – parte do grupo da Caixa Geral de Depósitos – acredita que a visita que Sam Hou Fai prevê fazer a Portugal e Espanha pode ajudar a atrair empresas e investimento. “Acredito que isso possa fazer com que mais olhos se virem para aqui, porque, para mim, Macau não são 600 mil habitantes, são 80 milhões da Grande Baía, com 12 por cento do PIB da China”, defendeu Cid Álvares. O presidente da CCILC diz que já “está a haver uma maior atenção a Hengqin” e previu que, “a prazo, as fronteiras vão ser bastante simplificadas e, portanto, Macau e Hengqin vão estar mais integrados”. Tem havido “esforços significativos” para uma maior integração de Macau, nomeadamente “a convergência de regras jurídicas”, mas Leong Hong Sai defendeu que “o progresso deve ser acelerado”. Já Henry Lei, apontou como prioridade “ultrapassar a ineficiência na mobilidade de recursos, como os fluxos de capitais e de informação, para reforçar a integração entre Macau e Hengqin [e] atrair mais investimento transfronteiriço”.
Hoje Macau Manchete PolíticaAcção Social | Analisas destacam apoios a grupos vulneráveis Analistas indicam que, no primeiro ano de mandato, o novo líder do Governo, Sam Hou Fai, fez esforços “bastantes substanciais” para apoiar “os grupos vulneráveis” de Macau. Mais investimento público e apoios direccionados foram destacados como pontos positivos No capítulo da acção social, o primeiro ano de Sam Hou Fai à frente do Governo da RAEM é indicado por analistas como um bom começo no que diz respeito ao apoio aos grupos mais vulneráveis da população. Para estes grupos, que incluem idosos, crianças, adolescentes e famílias com poucos rendimentos, “o nível e escala” do apoio do Executivo “está a progredir a um ritmo constante”, disse à LUSA o secretário-geral da Cáritas Macau. Paul Pun Chi Meng deu como exemplo o lançamento de uma linha telefónica, disponível 24 horas por dia, para “garantir que o bem-estar emocional dos estudantes recebe a devida atenção”. Recorde-se que, pelo menos, 14 crianças até aos 14 anos tentaram pôr fim à vida na primeira metade deste ano, o dobro do registado no mesmo período de 2024, avançou em Outubro a emissora pública TDM – Teledifusão de Macau. Paul Pun diz que também melhorou o acesso dos residentes com poucos recursos à habitação social: “Antes demorava mais tempo; agora é mais rápido. O processo foi agilizado”. Os gastos públicos em apoios e subsídios sociais cresceram 4,1 por cento até Novembro, em comparação com os primeiros 11 meses de 2024, para 49,7 mil milhões de patacas. O vice-presidente da União Geral das Associações dos Moradores de Macau defendeu que “os esforços em prol do bem-estar e da subsistência da população têm sido bastante expressivos” e irão melhorar em 2026. Leong Hong Sai, também deputado, recordou que o orçamento para o próximo ano, aprovado na quinta-feira na Assembleia Legislativa, aumenta de 2.175 para 2.400 patacas por mês o subsídio para cuidadores. Por outro lado, o subsídio de desemprego irá subir de 157 para 210 patacas por dia, mas Leong admitiu preocupação com os jovens, que “podem enfrentar certas pressões no mercado de trabalho”. Nós e os outros O dirigente associativo apelou à proibição de contratação de trabalhadores migrantes para “certas posições”, de forma a “criar mais oportunidades de emprego de qualidade” para os locais. Paul Pun tem uma visão diferente e disse desejar que, em 2026 e no futuro, “seja também dada alguma atenção àqueles que não são residentes em Macau”. “Estas pessoas existem e seria melhor ter um pouco mais de atenção para com os não-residentes”, defendeu o secretário-geral da Cáritas Macau. No final de Outubro, Macau empregava mais de 184.300 trabalhadores migrantes, o número mais elevado dos últimos cinco anos. No mesmo mês, a taxa de desemprego caiu para 1,7 por cento, o valor mais baixo desde Janeiro. Por outro lado, Leong Hong Sai apontou como “a conquista mais importante” de Sam Hou Fai a realização “de forma excepcional” das eleições legislativas, em 14 de Setembro. Quase 53,4 por cento dos eleitores participaram nas eleições, mais 11 pontos percentuais do que há cinco anos, mas aquém do recorde de 59,9 por cento, fixado em 2009, quando concorreram três listas pró-democracia. O número de votos nulos ou em branco mais que duplicou em comparação com as últimas eleições, em 2021, ultrapassando 13 mil. Mas Leong Hong Sai defendeu que as eleições “foram conduzidas com sucesso”, uma vez que aplicaram, “na prática, o princípio ‘Macau governado por patriotas’”.
Hoje Macau China / ÁsiaTaiwan | China diz que EUA enviam “sinal errado” com plano de vender armas Pequim afirmou ontem que Washington enviou um “sinal gravemente errado” às “forças independentistas” taiwanesas, ao autorizar vendas de armamento a Taiwan no valor de 11,1 mil milhões de dólares. Os EUA “anunciaram publicamente um plano de venda de armas avançadas a Taiwan num montante enorme”, o que “prejudica gravemente a soberania, a segurança e a integridade territorial da China”, declarou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Guo Jiakun, em conferência de imprensa. Estas operações “prejudicam gravemente a paz e a estabilidade no estreito de Taiwan”, afirmou. “As forças separatistas tentam buscar a secessão através das armas e rejeitar a reunificação pela via militar, desperdiçando o dinheiro ganho com o suor do povo e tentando transformar Taiwan num ‘barril de pólvora’”, acrescentou Guo, para quem isso “não pode mudar o destino inevitável do fracasso da independência” e apenas “acelerará o avanço para uma situação perigosa” no estreito de Taiwan. O porta-voz acusou também Washington de “ajudar a independência através das armas” e de tentar “usar Taiwan para conter a China”, uma estratégia que fracassará. Na sua intervenção, Guo sublinhou que a questão de Taiwan é “o núcleo dos interesses fundamentais da China” e “a primeira linha vermelha que não pode ser ultrapassada” nas relações entre Pequim e Washington. Guo concluiu salientando que a China “adoptará medidas firmes e contundentes” para defender a sua soberania, segurança e integridade territorial.
Hoje Macau China / ÁsiaJapão | MP pede prisão perpétua para assassino de ex-PM Shinzo Abe O Ministério Público japonês pediu ontem a prisão perpétua para Tetsuya Yamagami, acusado de assassinar o ex-primeiro-ministro Shinzo Abe em 2022 com uma arma caseira, na última sessão do julgamento, que começou no final de Outubro. Yamagami, de 45 anos, já se declarou culpado das principais acusações no início do processo, pelo que toda a atenção está agora voltada para a sentença, que deverá ser proferida em meados de Janeiro. Antes de se conhecer o pedido dos procuradores, a viúva do ex-primeiro-ministro, Akie Abe, pediu ao acusado que “enfrentasse o que fez e pagasse pelos seus crimes”, num comunicado lido na sala por um advogado. “A sensação de perda pela morte repentina do meu marido nunca desaparecerá. Peço ao acusado que enfrente o que fez e pague pelos seus crimes”, disse Akie Abe, em declarações recolhidas pela emissora pública japonesa NHK. Akie Abe esteve presente há duas semanas numa das audiências do julgamento, embora não tenha exercido o direito de interrogar Yamagami, que o sistema judicial japonês permite às vítimas ou familiares de acusados em casos graves. Yamagami afirmou que disparou contra Abe devido às suas supostas ligações com o grupo religioso conhecido como Igreja da Unificação, ou ‘seita Moon’, que acusou de recrutar a sua mãe e levar a família à falência. As investigações relacionadas com o assassinato de Shinzo Abe destaparam a ligação entre várias figuras políticas japonesas pertencentes ao Partido Liberal Democrata (PLD), há décadas no poder, e a seita fundada pelo sul-coreano Sun Myung Moon, gerando um escândalo nacional sobre as práticas da ‘Moon’ e sua influência política.
Hoje Macau PolíticaAPEC | Deputado Kevin Ho defende adesão de Macau O deputado Kevin Ho King Lun apelou ontem à adesão de Macau ao fórum de Cooperação Económica Ásia-Pacífico (APEC, na sigla em inglês), para reforçar o perfil internacional do território e apoiar o desenvolvimento da China. O legislador declarou que o Governo deve aproveitar o facto de Macau acolher uma reunião de alto nível da APEC no próximo ano e solicitar formalmente o apoio da China para a adesão. Numa intervenção na assembleia legislativa, Kevin Ho recordou que tanto a vizinha região administrativa chinesa de Hong Kong como Taiwan – sob a designação ‘Taipé, China’ – aderiram ao fórum, ambos em 1991. O deputado sublinhou que aderir à APEC iria “criar um maior palco internacional para [Macau] e servir o desenvolvimento nacional”. A cidade irá receber, pela segunda vez desde 2014, a Reunião Ministerial do Turismo da APEC, em Junho de 2026, “com o apoio do Governo Central”, disse Ho, “o que demonstra o reconhecimento e o apoio do país a Macau”. “O Governo deve agarrar esta oportunidade para aprofundar a cooperação com as economias-membro [da APEC] em áreas como o comércio, o turismo”, afirmou o empresário. O evento vai trazer a Macau dirigentes governamentais e jornalistas estrangeiros, “permitindo que (…) testemunhem em primeira mão a implementação bem-sucedida do princípio ‘um país, dois sistemas’”, acrescentou Ho. Este princípio, que permite a coexistência de sociedades capitalistas, em Macau e na vizinha Hong Kong, com o regime socialista da China continental, deverá vigorar pelo menos até 2049, fim do período de transição acordado com Portugal. Confiança no futuro Ho expressou confiança em que, sob a orientação do Governo Central chinês, as autoridades de Macau irão unir e liderar todos os sectores da sociedade “para avançar de forma constante nos trabalhos preparatórios” do evento. “Isto permitirá a Macau contribuir para o sucesso da série de reuniões da APEC, promovendo Macau para se integrar e servir melhor na conjuntura do desenvolvimento nacional,” concluiu. A APEC é um fórum económico regional estabelecido em 1989 para aproveitar a crescente interdependência da região Ásia-Pacífico. Os 21 membros visam “criar maior prosperidade para os povos da região, promovendo um crescimento equilibrado, inclusivo, sustentável, inovador e seguro, e acelerando a integração económica regional”.
Hoje Macau China / ÁsiaChina denuncia como “discriminatória” investigação europeia à CRRC em Portugal Pequim considerou ontem “discriminatória” a investigação da Comissão Europeia à chinesa CRRC, acusada de beneficiar de subsídios públicos num concurso para a nova Linha Violeta do Metro de Lisboa, o que terá distorcido a concorrência. Em causa, está uma investigação iniciada em Novembro pela Comissão Europeia ao abrigo do Regulamento de Subvenções Estrangeiras para apurar se apoios públicos deram à empresa chinesa CRRC uma vantagem indevida, face aos concorrentes europeus, no concurso do Metropolitano de Lisboa para a construção da nova Linha Violeta, podendo resultar em medidas correctivas, proibição da adjudicação ou decisão de não objecção. A Comissão Europeia abriu em 05 de Novembro uma investigação aprofundada para determinar se a fabricante estatal chinesa de material circulante CRRC, integrante do consórcio da Mota-Engil, teve “uma vantagem indevida” no concurso da Linha Violeta do Metro de Lisboa. “A Comissão abriu hoje uma investigação aprofundada ao abrigo do regulamento relativo às subvenções estrangeiras sobre possíveis distorções do mercado causadas por subvenções estrangeiras. A investigação irá examinar se essas subvenções conferiram à empresa estatal chinesa fabricante de material circulante CRRC uma vantagem indevida na participação num concurso público para a aquisição de veículos ferroviários ligeiros em Portugal”, anunciou a instituição em comunicado. Bruxelas adianta que a investigação surge na sequência de uma notificação de um consórcio liderado pela Mota-Engil, que inclui subcontratantes como a Portugal CRRC Tangshan Rolling Stock Unipessoal e participou num concurso do Metro de Lisboa lançado em Abril de 2025 para a concepção, construção e manutenção da nova linha violeta. Mau ambiente A observação do Ministério do Comércio chinês fez parte de um protesto alargado contra a “enxurrada de investigações” aberta pela União Europeia (UE) a empresas como a Nuctech, CRRC e a plataforma Temu, considerando as medidas “atrozes” e “discriminatórias”. O porta-voz do ministério, He Yadong, manifestou “firme oposição” às acções de Bruxelas e apelou à UE para que “abandone imediatamente a repressão irracional a empresas de capital estrangeiro, incluindo chinesas” e aplique as suas regulações contra subsídios estrangeiros de forma “prudente”, para garantir um ambiente de negócios “justo e previsível”. He afirmou ainda que Pequim está a “acompanhar de perto” estas ações e que “tomará as medidas necessárias para proteger com determinação os direitos e interesses legítimos das empresas chinesas”. As declarações surgem após a Comissão Europeia ter anunciado uma investigação aprofundada à Nuctech, fabricante estatal de equipamentos de segurança, por suspeitas de ter beneficiado de apoios públicos que distorcem a concorrência no mercado europeu, incluindo garantias estatais, tratamento fiscal preferencial e financiamento em condições vantajosas. Segundo Bruxelas, esses subsídios podem ter dado à Nuctech uma vantagem em concursos públicos, afectando a concorrência no espaço comunitário. Na semana passada, a Comissão realizou também uma inspecção surpresa à sede europeia da plataforma chinesa de comércio electrónico Temu, em Dublin, num momento em que os países da UE se preparavam para aplicar uma taxa de três euros, a partir de Julho de 2026, sobre encomendas inferiores a 150 euros provenientes da China.
Hoje Macau SociedadeUPM | Assinado acordo com Universidade de Coimbra A Universidade Politécnica de Macau (UPM) e a Universidade de Coimbra (UC) assinaram um memorando de cooperação no contexto do projecto da Cidade (Universitária) de Educação Internacional de Macau e Hengqin. O objectivo desta parceria é, segundo um comunicado da UPM, “aprofundar a cooperação estratégia e construir, em conjunto, um campus global” na Zona de Cooperação em Hengqin. Pretende-se que este seja “um local de agregação de quadros qualificados internacionais de destaque, contribuindo para uma abertura de nível mais elevado do sector do ensino superior do País ao exterior”. O documento foi assinado pelos reitores das duas instituições, Marcus Im, da UPM, e Amílcar Falcão, da UC. De frisar, que este memorando foi assinado no âmbito da visita de uma delegação da UC ao território e à Zona de Cooperação.
Hoje Macau SociedadeEnsino infantil | Registo começa em Janeiro A Direcção dos Serviços de Educação e de Desenvolvimento da Juventude (DSEDJ) anunciou ontem que o registo de crianças que vão ingressar no ensino infantil pela primeira vez decorre entre os dias 6 e 16 de Janeiro. Segundo um comunicado da DSEDJ, os destinatários do sistema de registo central são todas as crianças que nasceram entre os anos de 2021 e 2023, sendo que os encarregados de educação podem escolher até seis escolas em Macau e uma “escola destinada aos educandos da RAEM” sediada em Hengqin. O registo pode ser feito na plataforma Conta Única ou website da DSEDJ, sendo que o período para a realização das entrevistas decorrerá entre 1 e 25 de Março. A partir do dia 8 de Abril os pais terão acesso a um código QR para terminar as formalidades de registo, devendo, até ao dia 10 de Abril, aceder ao sistema do registo central para confirmar a escola escolhida. No dia seguinte, as escolas publicam a lista de alunos admitidos que ficam como suplentes. Os pais de todos os alunos admitidos deverão, assim, dirigir-se a essa escola a partir de 13 de Abril para proceder às formalidades da matrícula ou transferência escolar.
Hoje Macau PolíticaDistribuição de comida | Lam pede mais garantias laborais O deputado Lam Lon Wai, presidente da Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM), apelou ao Executivo para controlar as condições de trabalho e segurança dos estafetas que entregam comida. “De acordo com inquéritos realizados no passado, mais de metade dos estafetas consideram que as actuais medidas de protecção são insuficientes, e muitos suportam, por um longo período, várias pressões ao nível do ritmo de envio de comida, pressão de tempo e riscos rodoviários”, relatou o deputado. “O novo modelo de negócio é uma parte importante do mercado de trabalho contemporâneo, pelo que só se pode aperfeiçoar simultaneamente a regulamentação do regime e a gestão prática, clarificar as responsabilidades da plataforma e reforçar os mecanismos de segurança e saúde ocupacional”, vincou. “Só assim se pode garantir a segurança dos trabalhadores da linha da frente e os seus direitos e interesses fundamentais, e contribuir para o desenvolvimento sustentável do sector”, acrescentou.
Hoje Macau PolíticaMedicina | Consultas à distância limitadas por licenças Os serviços médicos à distância vão ficar limitados às instituições com licenças emitidas pelos Serviços de Saúde. A garantia foi deixada por Wong Kit Cheng, deputada e presidente da 1.ª Comissão Permanente da Assembleia Legislativa, que está a analisar a Lei da Actividade das Instituições Privadas Prestadoras de Cuidados de Saúde. De acordo com o diploma, clínicas, hospitais e centros de dia vão poder disponibilizar teleconsultas aos pacientes. Este foi um dos aspectos ontem discutido pelos deputados, segundo o jornal Ou Mun, e os legisladores pretendem perceber o âmbito de aplicação, de forma a garantir a segurança dos cuidados médicos fornecidos. Segundo o Governo, este tipo de informação vai ser regulado posteriormente, através de regulamentos administrativos e não directamente na lei. Contudo, antes da aprovação do diploma, os deputados esperam que o Executivo responda a todas as dúvidas. Ainda no âmbito do mesmo documento, os deputados definiram a necessidade de o Governo revelar publicamente o que se considera como terapia avançada, um novo conceito introduzido pela lei. Segundo a definição da primeira versão da lei, a terapia avançada implica recursos a métodos biomédicos, como terapia genética ou com células. Contudo, os deputados consideram que deve haver uma classificação oficial divulgada junto da população.
Hoje Macau China / ÁsiaMacron apela a reequilíbrio nas relações com a China O Presidente francês, Emmanuel Macron, defendeu um reequilíbrio urgente nas relações económicas entre a União Europeia (UE) e a China, alertando que, sem progressos, Bruxelas poderá ser forçada a adoptar medidas mais proteccionistas. Num artigo de opinião publicado ontem no jornal britânico Financial Times, Macron sublinha que o excedente comercial da China com o resto do mundo atingiu já um bilião de dólares, e que o desequilíbrio com a UE duplicou na última década, ascendendo a 300 mil milhões de euros. “Esta situação não é sustentável, nem para a Europa, nem para a China”, observa. O chefe de Estado francês reconhece que a actual vaga de exportações chinesas para o mercado europeu se deve, em parte, às tarifas impostas pelos Estados Unidos e ao fraco consumo interno na China. No entanto, afirma que “responder com tarifas e quotas seria uma solução não cooperativa”. Macron apela antes a uma abordagem coordenada que passe por três frentes: reforçar a competitividade europeia, mobilizar a poupança para investimento interno e incentivar reformas estruturais na economia chinesa. “O primeiro passo da Europa deve ser implementar uma nova agenda económica baseada na competitividade, inovação e protecção”, defende. Macron defendeu o direito da Europa a adoptar uma “preferência europeia” para apoiar sectores estratégicos como o automóvel, energia, saúde e tecnologia, desde que em conformidade com as regras internacionais. “Proteger contra a concorrência desleal é a base da resiliência”, sustenta. Quanto ao financiamento desta transformação, o Presidente francês propõe canalizar parte dos cerca de 30 biliões de euros em poupança acumulada na UE – dos quais 300 mil milhões são investidos anualmente no estrangeiro – para empresas europeias. “Está na hora de nós, europeus, assumirmos o risco de investir nas nossas próprias empresas”, defende. Olhos na China Macron sublinha, porém, que também a China tem responsabilidades. “Pequim precisa de corrigir os seus desequilíbrios internos”, afirma, defendendo uma política fiscal mais favorável ao consumo e à transição para uma economia de serviços. O Presidente francês apela ainda a um reequilíbrio nos fluxos de investimento direto estrangeiro (IDE), recordando que a UE investiu cerca de 240 mil milhões de euros na China, enquanto o investimento chinês na Europa ficou abaixo dos 65 mil milhões. “A Europa deve continuar aberta ao investimento chinês nos sectores onde a China lidera, desde que isso contribua para o emprego, inovação e partilha tecnológica”, escreve. Macron reitera o apelo a um quadro de cooperação económica entre UE, China e EUA, advertindo que, na ausência de progressos, a Europa terá de recorrer a “medidas mais firmes”. “Prefiro a cooperação. Mas, se necessário, defenderei o uso de medidas proteccionistas”, avisa, acrescentando que a presidência francesa do G7, no próximo ano, colocará o reequilíbrio das assimetrias globais no topo da agenda. “Acredito que, se tivermos verdadeiramente em conta as necessidades e interesses de cada um, podemos construir uma agenda macroeconómica internacional que beneficie a todos”, afirma.
Hoje Macau China / ÁsiaJapão | Turismo chinês no Japão desacelera em Novembro A chegada de turistas chineses ao Japão abrandou em Novembro, em plena tensão diplomática entre Tóquio e Pequim, apesar de o arquipélago ter registado um número recorde de visitantes estrangeiros, segundo dados oficiais ontem divulgados. O número total de entradas de turistas internacionais em Novembro foi de 3.518.000, uma subida de 10,4 por cento face ao mesmo mês de 2024, indicou a Organização Nacional de Turismo do Japão (JNTO, na sigla em inglês). Entre os visitantes, 562 mil eram provenientes da China continental – um aumento homólogo de 3 por cento, mas bastante abaixo dos meses anteriores. Em Outubro, o Japão tinha recebido 715 mil turistas chineses e, em Setembro, 775 mil – crescimentos próximos dos 20 por cento em termos homólogos. “Para além da procura por viagens ao Japão abrandar nesta época do ano, o Governo chinês advertiu a população para evitar deslocações ao país”, referiu a JNTO, sublinhando que o aumento homólogo se deveu também à maior oferta de lugares em voos. O abrandamento coincidiu com a recomendação emitida pelas autoridades chinesas após declarações da primeira-ministra japonesa, Sanae Takaichi, sobre Taiwan, que reacenderam tensões diplomáticas entre os dois países. Ainda assim, entre Janeiro e Novembro, a China manteve-se como principal emissor de turistas para o Japão, com 8,7 milhões de visitantes, seguida pela Coreia do Sul (8,4 milhões). Nos primeiros onze meses de 2025, o Japão recebeu 39.065.600 visitantes internacionais – mais 17 por cento do que no mesmo período do ano anterior –, superando já o recorde de 36,87 milhões registado em 2024 e aproximando-se da meta de 40 milhões até ao final deste ano. O crescimento contínuo do turismo tem alimentado um debate nacional sobre os impactos da massificação turística, com alguns partidos conservadores a exigir novas restrições à entrada de estrangeiros e regras mais rígidas para preservar a convivência nas comunidades locais.