Hoje Macau EventosMúsica Coral | Macau será palco de simpósio mundial em 2026 Macau irá acolher entre 23 e 28 de Agosto do próximo ano o Simpósio Mundial de Música Coral, um evento que irá reunir no território “os principais coros, maestros, compositores e estudiosos de música coral do mundo, proporcionando para o futuro um palco global de excelência e inovação coral”, adiantou a Associação de Arte Coral de Macau (AACM). O simpósio será organizado sob os auspícios da Federação Internacional de Música Coral (International Federation of Choral Music – IFCM), uma organização internacional afiliada à UNESCO, tendo como lema “Reimaginar o Futuro”. Desde concertos de gala e workshops a fóruns académicos e exposições, o evento contará com cinco dias de apresentações e intercâmbios de nível mundial, servindo de “ponto de encontro internacional para a comunidade coral, promovendo a colaboração e novas parcerias artísticas”. A associação local acrescenta que a realização deste evento será “um marco significativo para Macau, afirmando a sua posição como centro de intercâmbio cultural e celebração musical”. Para já, 14 grupos confirmaram a sua participação, entre os quais, o Hamilton Children’s Choir (Canadá), Madrigal Choir (Filipinas), Vox Clamantis (Estónia), Crazy Singers Choir (Hong Kong), Shanghai Youth Choir (China), Ansan City Choir (Coreia do Sul) e o World Youth Choir. Além disso, está confirmada “a participação de 40 palestrantes de renome mundial para as masterclasses e workshops”.
Hoje Macau SociedadeJogo | Mercado de massas com apostas mais baratas No início de Dezembro, o valor das apostas mínimas nas mesas de jogo mostrou uma redução face a Novembro. A tendência surge identificada no mais recente relatório do Citigroup, assinado pelos analistas George Choi e Timothy Chau. De acordo com o documento, citado pelo portal GGR Asia, desde o início do mês surgiram novas zonas de jogo em casinos como o StarWorld, City of Dreams, Wynn Macau ou o Hotel Lisboa que aceitam apostas mínimas com valor de 300 dólares de Hong Kong. De acordo com o entendimento dos analistas, as concessionárias estão a adaptar-se à nova realidade e a tentar atrair os clientes que costumavam jogar nos casinos-satélites. De acordo com as últimas mudanças à lei do jogo, proposta pelo Governo e aprovada pelos deputados, os casinos-satélite que não forem adquiridos pelas concessionárias até ao final do ano têm de encerrar as portas. Apenas o casino L’Arc conseguiu chegar a acordo para continuar a operar.
Hoje Macau SociedadeCrime | MP alerta para fraudes electrónicas O Ministério Público (MP) alertou ontem a população para o aumento “recente” do número de fraudes em que os criminosos se fazem passar por procuradores do Ministério Público ou das diferentes Procuradorias do Interior da China. A mensagem consta de um comunicado em que se indica que o montante das perdas financeiras com este crime “continua a subir”, embora não seja adiantado um dado concreto. As fraudes são cometidas por contacto telefónico ou através das diferentes aplicações móveis, com os criminosos a acusarem as vítimas de terem cometido crimes no Interior da China. As chamadas são depois transferidas para outra pessoas, ligada à rede criminosa, que se faz passar por membro do Ministério Público que alegadamente conduz uma “investigação online” com um interrogatório feito através da partilha de ecrã ou de teleconferência. Estes contactos têm como único objectivo obter os dados das vítimas para mais tarde fazer transferências bancárias.
Hoje Macau SociedadeAMCM | Mais empréstimos aprovados em Outubro A Autoridade Monetária de Macau (AMCM) revelou que o número de empréstimos atribuídos para fins de habitação e actividades imobiliárias aumentaram entre Setembro e Outubro deste ano. Porém, houve uma diminuição do seu saldo bruto. No caso dos empréstimos para a habitação, o crescimento mensal foi de 4 por cento, tendo registado o montante total de 1,18 mil milhões de patacas. Neste segmento, os empréstimos a residentes representaram, em Outubro, 97,4 por cento, crescendo 6,2 por cento, no valor global de 1,15 mil milhões de patacas. Porém, na clientela não-residente registou uma quebra de 41,7 por cento, para 30,51 mil milhões de patacas. Na componente imobiliária, destaca-se o grande aumento mensal de 310,1 por cento, com o montante de 845,71 milhões em Outubro, número que se explica pela “baixa base do mês anterior [Setembro]”. AMCM | Reservas cambiais subiram 1,1% em Novembro A Autoridade Monetária de Macau (AMCM) revelou que as reservas cambiais da RAEM atingiram em Novembro 240,8 mil milhões de patacas, o que representa um aumento de 1,1 por cento relativamente aos dados rectificados do mês anterior, que atingiram 238,0 mil milhões de patacas. Estas são estimativas preliminares da AMCM. Além disso, a taxa de câmbio efectiva da pataca de Macau, ponderada pelas suas quotas do comércio, foi de 101,9 no mês de referência, representando um crescimento de 0,47 pontos em comparação com os dados do mês anterior [Outubro] e um decrescimento de 3,66 pontos relativos aos números reportados em Novembro do ano passado. Segundo a AMCM, tal implica que, em termos globais, “a pataca de Macau subiu mensalmente face às moedas dos principais parceiros comerciais de Macau, mas caiu anualmente”.
Hoje Macau PolíticaResidência para Idosos | Mais apartamentos com descontos As pessoas que arrendarem Residências para Idosos no próximo ano vão poder beneficiar de um desconto de 20 por cento, no valor da renda. A informação foi divulgada ontem pelo Instituto de Acção Social (IAS), através de um comunicado. “Após ponderação global das opiniões da sociedade e das necessidades concretas das pessoas idosas, o Governo da RAEM anuncia que os idosos qualificados que apresentem candidaturas à Residência do Governo para Idosos até 31 de Dezembro de 2026 poderão beneficiar do desconto de 20 por cento na taxa de utilização”, foi anunciado. A medida representa um prolongamento da política de descontos, que foi inicialmente lançada no final de 2024. Nessa altura, com os descontos de 20 por cento fizeram com que os preços passassem a ser de 4.328 patacas até 5.344 patacas por mês, dependendo da localização dos apartamentos. Nesta lógica, quem assinar o contrato no próximo ano vai poder gozar dos descontos indicados durante um prazo máximo de seis anos. Também ontem o IAS anunciou que no próximo ano ficam disponíveis mais 297 apartamentos, que visam “incentivar mais idosos com necessidades a apresentar candidaturas à utilização” deste tipo de habitação pública. Os novos apartamentos ficam localizados nas Zonas C e D do projecto, onde estão situadas as casas mais baratas.
Hoje Macau China / ÁsiaXanana Gusmão afirma que violência na praia de Bondi não representa Austrália O primeiro-ministro timorense, Xanana Gusmão, manifestou ontem solidariedade com os australianos e afirmou que o ataque armado na praia de Bondi, em Sydney, que provocou 16 mortos, não representa a Austrália. “Timor-Leste está firmemente ao lado do Governo e do povo da Austrália. Este chocante acto de violência não representa a Austrália que conhecemos e respeitamos. Contraria os valores de abertura, tolerância e respeito que a Austrália representa para a nossa região”, pode ler-se num comunicado de Xanana Gusmão. Na nota, o primeiro-ministro timorense recorda que a Austrália é um “amigo próximo e parceiro de Timor-Leste” e que muitos timorenses têm “laços pessoais, educativos e comunitários profundos com Sydney e com o estado de Nova Gales do Sul”. “Prezo a resposta rápida das autoridades australianas, que actuaram com coragem a fim de proteger o público e salvar vidas. Sei que os australianos se irão unir perante esta tragédia e que a força dos seus valores, a sua resiliência e o seu espírito comunitário orientarão a resposta nos dias que se avizinham”, salienta Xanana Gusmão. Dezasseis pessoas, incluindo um dos atiradores, morreram e pelo menos 40 ficaram feridas num ataque armado domingo durante uma festa judaica na praia de Bondi, em Sydney, na Austrália. O ataque foi perpetrado por pai e filho, de 50 e 24 anos. O homem de 50 anos foi morto e o de 24 anos está no hospital. Munidos com armas semiautomáticas, os dois atacantes abriram fogo sobre centenas de pessoas reunidas no domingo na praia de Bondi, em Sydney, para celebrar o Hannukah, festa judaica, no que o primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, classificou como um acto terrorista antissemita. De mãos dadas “Timor-Leste está ao lado da Austrália na defesa da dignidade humana e da liberdade religiosa. Perante uma tão absurda violência, reafirmo o nosso compromisso comum no sentido de comunidades seguras, abertas e respeitadoras para todos”, acrescentou Xanana Gusmão. O massacre numa das praias mais populares da Austrália ocorreu após uma onda de ataques antissemitas que abalaram o país no último ano, embora as autoridades não tenham dado a entender que estes ataques e o tiroteio de domingo estivessem relacionados. Foi o ataque armado mais mortífero em quase três décadas num país com leis rígidas de controlo de armas de fogo.
Hoje Macau China / ÁsiaTailândia | Novas eleições legislativas marcadas para o dia 8 de Fevereiro As eleições legislativas na Tailândia vão realizar-se a 8 de Fevereiro, anunciou ontem a comissão eleitoral, três dias após a dissolução do parlamento pelo primeiro-ministro Anutin Charnvirakul Depois de o primeiro-ministro Anutin Charnvirakul ter dissolvido o parlamento tailandês na sexta-feira, a comissão eleitoral da Tailândia anunciou ontem que serão realizadas eleições legislativas no próximo dia 8 de Fevereiro. “A comissão eleitoral preparou os detalhes do escrutínio e submeteu-os ao comissário, que aceitou que as eleições se realizassem no domingo, 8 de Fevereiro de 2026”, disse a comissão num comunicado citado pela agência de notícias France-Presse (AFP). Os eleitores poderão votar antecipadamente a 1 de Fevereiro e os partidos terão de registar os candidatos a primeiro-ministro até ao final de Dezembro, acrescentou a comissão eleitoral. O parlamento foi dissolvido na sexta-feira, numa altura em que o país do Sudeste Asiático está envolvido numa guerra fronteiriça com o Camboja, que causou até agora 31 mortos e cerca de 800.000 deslocados. Anutin Charnvirakul dissolveu a Câmara dos Representantes após obter a aprovação do rei Maha Vajiralongkorn, que sancionou a medida horas depois através de um decreto real. “Dado que o governo é minoritário e que a situação política interna é marcada por múltiplos desafios, o governo não está em condições de gerir os assuntos de Estado de forma contínua, eficaz e estável”, lê-se no decreto de dissolução. O primeiro-ministro tinha sinalizado a intenção nas redes sociais no final de quinta-feira, quando afirmou que gostaria de devolver o poder ao povo, segundo a agência de notícias norte-americana The Associated Press (AP). Problemas mil Até à posse do executivo formado após as eleições, Anutin Charnvirakul chefia um governo de gestão com poderes limitados, que não pode aprovar um novo orçamento. Anutin Charnvirakul, do partido conservador Bhumjaithai, chegou ao poder em Setembro após a destituição de Paetongtarn Shinawatra, filha do magnata e antigo primeiro-ministro Thaksin Shinawatra. O chefe do executivo tinha-se comprometido a dissolver a câmara baixa e a organizar eleições no início de 2026, mas os observadores esperavam uma dissolução após o Natal, segundo a AFP. Grande impulsionador da despenalização da canábis no país em 2022, Anutin Charnvirakul foi outrora um poderoso aliado do clã Shinawatra, que dominou por muito tempo a cena política tailandesa, mas cuja influência está em declínio. Em três meses, o dirigente de 59 anos teve, nomeadamente, de lidar com a morte da antiga rainha Sirikit, inundações devastadoras no sul e crescentes tensões com o Camboja, até ao reinício dos confrontos armados em 7 de Dezembro.
Hoje Macau China / ÁsiaChina | Produção industrial chinesa cresceu 4,8% em Novembro A produção industrial da China cresceu 4,8 por cento em termos homólogos, em Novembro, uma ligeira desaceleração face ao mês anterior (4,9 por cento) e o terceiro recuo mensal consecutivo, segundo dados oficiais divulgados ontem. O valor ficou também aquém das previsões da maioria dos analistas, que antecipavam uma subida para cerca de 5 por cento. Entre os três grandes grupos analisados pelo Gabinete Nacional de Estatísticas (GNE) chinês, o sector mineiro foi o que registou maior crescimento em Novembro (+6,3 por cento), seguido da indústria transformadora (+4,6 por cento) e da produção e fornecimento de electricidade, aquecimento, gás e água (+4,3 por cento). No acumulado do ano, a produção industrial chinesa aumentou 6 por cento. O GNE também divulgou ontem outros dados relativos a Novembro, como as vendas a retalho, indicador essencial do consumo, que desaceleraram bruscamente de 2,9 por cento em Outubro para 1,3 por cento, num contexto de fraca procura interna. A expectativa do mercado era de manutenção do valor anterior. A taxa oficial de desemprego urbano manteve-se inalterada nos 5,1 por cento. Já o investimento em activos fixos agravou a queda para 2,6 por cento no acumulado dos primeiros 11 meses do ano, 0,9 pontos percentuais abaixo da contracção registada até Outubro. Apesar de os analistas esperarem novo recuo, previam uma contração menor, em torno dos 2,3 por cento. Por sectores, o investimento na indústria transformadora aumentou 1,9 por cento até Novembro, enquanto os destinados a infra-estruturas caíram 1,1 por cento e os ligados à promoção imobiliária afundaram 15,9 por cento, reflectindo a crise prolongada do sector, que se agravou nas últimas semanas. Estas quedas foram 1 e 1,2 pontos percentuais mais acentuadas, respectivamente, do que até Outubro. Casas a pique No mercado imobiliário, as vendas de imóveis comerciais, medidas por área, diminuíram 7,8 por cento até Novembro, agravando em um ponto percentual a queda verificada no mês anterior. O GNE publicou também ontem o relatório sobre preços da habitação, que aponta para uma queda de 0,39 por cento nos preços das casas novas, entre Outubro e Novembro, nas 70 principais cidades chinesas, marcando o 30.º mês consecutivo de descidas.
Hoje Macau China / ÁsiaArábia Saudita | Defendido reforço da coordenação regional e global A China e a Arábia Saudita manifestaram a intenção de reforçar a comunicação e coordenação bilateral em “questões regionais e internacionais de interesse comum”, anunciou ontem o ministério dos Negócios Estrangeiros chinês. O chefe da diplomacia chinesa, Wang Yi, reuniu-se no domingo com o homólogo saudita, Faisal bin Farhan Al Saud, durante uma visita oficial ao reino árabe, tendo ambos discutido o “reforço da cooperação em todas as áreas”, segundo comunicado do ministério. “As duas partes sublinharam que continuarão a apoiar-se mutuamente nas questões que envolvem os respectivos interesses fundamentais, implementarão uma série de importantes iniciativas lançadas pelos líderes dos dois países e apoiarão os esforços de nações amigas para alcançar segurança, estabilidade, desenvolvimento e prosperidade”, lê-se na nota. Durante o encontro, Wang transmitiu o apoio da China ao “desenvolvimento e fortalecimento” das relações entre a Arábia Saudita e o Irão, elogiando o papel de liderança de Riade na promoção da estabilidade regional e internacional. Os dois ministros reafirmaram ainda o apoio a uma “solução justa e abrangente” para a questão palestiniana, com base no princípio de dois Estados, nas resoluções relevantes das Nações Unidas e na Iniciativa de Paz Árabe, prevendo a criação de um Estado palestiniano com capital em Jerusalém Oriental, dentro das fronteiras de 1967. Durante a visita a Riade, Wang Yi foi também recebido pelo príncipe herdeiro saudita, Mohammed bin Salman, que expressou a vontade de “aprofundar ainda mais a cooperação com a China” em áreas como petróleo e gás, novas energias, inteligência artificial e alta tecnologia, segundo outro comunicado divulgado por Pequim.
Hoje Macau China / ÁsiaHong Kong | Pequim apoia condenação de Jimmy Lai e rejeita ingerências externas Pequim expressou ontem o seu “firme apoio” às autoridades de Hong Kong e rejeitou “ingerências externas”, após a condenação por crimes de segurança nacional do antigo magnata da comunicação social pró-democracia Jimmy Lai “O Governo Central apoia firmemente a região administrativa especial na defesa da segurança nacional, em conformidade com a lei, e na repressão de actos criminosos que coloquem em perigo essa segurança”, afirmou o porta-voz da diplomacia chinesa, Guo Jiakun, em conferência de imprensa. “A China manifesta o seu forte descontentamento e firme oposição às calúnias e difamações descaradas por parte de alguns países contra o sistema judicial de Hong Kong”, acrescentou. Jimmy Lai foi ontem considerado culpado de conluio com entidades estrangeiras ao abrigo da lei de segurança nacional imposta por Pequim em 2020 e revista em 2024, em resposta aos protestos antigovernamentais, por vezes violentos, de 2019. O fundador do jornal Apple Daily, actualmente banido, foi ainda condenado por “publicações sediciosas” relativas a 161 artigos, incluindo editoriais assinados com o seu nome. O Tribunal Superior de Hong Kong marcou para 12 de Janeiro uma audiência, com a duração máxima de quatro dias, onde a defesa de Lai, de 78 anos, poderá apresentar eventuais atenuantes, antes de a sentença ser conhecida. Os três crimes de que o cidadão britânico foi considerado culpado podem acarretar a pena de prisão perpétua. Lai foi julgado por três juízes, incluindo a lusodescendente Susana D’Almada Remedios, escolhidos pelo Governo para lidar com casos ligados à lei de segurança nacional imposta em 2020 por Pequim, para pôr fim à dissidência em Hong Kong. “Não temos dúvidas de que [Lai] nunca se desviou da sua intenção de desestabilizar o Governo”, afirmou a juíza Esther Toh, ao ler parte da decisão, cujo documento completo tem 855 páginas. A magistrada disse que as provas demonstram que, ainda antes da aprovação da lei de segurança nacional, o magnata já tinha feito “convites constantes” aos Estados Unidos para ajudar a derrubar as autoridades chinesas, não apenas em Hong Kong. O tribunal considerou que Lai era o cérebro de uma conspiração que procurava a queda do Partido Comunista Chinês, mesmo que isso significasse sacrificar o povo da China e de Hong Kong, acrescentou Toh. Divisão da alegria O líder do Governo de Hong Kong disse que se fez justiça ao condenar Jimmy Lai Chee-ying, o antigo magnata da comunicação social pró-democracia que acusou de “glorificar a violência”. “Lai há muito que explorava o seu meio de comunicação, o Apple Daily, para fomentar deliberadamente conflitos sociais, incitar a divisão e o ódio, glorificar a violência e pedir abertamente sanções estrangeiras contra a China e Hong Kong”, disse John Lee Ka-chiu aos jornalistas. John Lee disse que o ex-magnata “prejudicou os interesses fundamentais da nação e o bem-estar dos residentes de Hong Kong. As suas acções foram vergonhosas e as suas intenções, maliciosas”. “A lei nunca permite que alguém – independentemente da profissão ou origem – prejudique abertamente o seu próprio país e os seus concidadãos em nome dos direitos humanos, da democracia e da liberdade”, afirmou John Lee. O líder do Governo acrescentou que a decisão do Tribunal Superior de Hong Kong é apoiada por “provas irrefutáveis”, mas garantiu que o Governo irá analisar cuidadosamente a sentença antes de fazer mais comentários. Durante o julgamento, que começou em Dezembro de 2023, Lai declarou-se inocente e afirmou nunca ter defendido o separatismo ou a resistência violenta. Também negou ter apelado a sanções ocidentais contra a China e Hong Kong. “Os valores fundamentais do Apple Daily são, na verdade, os valores fundamentais do povo de Hong Kong (…) [incluindo] o Estado de direito, a liberdade, a busca da democracia, a liberdade de expressão, a liberdade de religião, a liberdade de reunião”, argumentou.
Hoje Macau Grande PlanoAustrália | Doze mortos em ataque durante festa judaica Pelo menos doze pessoas morreram e muitos feridos foram ontem transportados para os hospitais de Sydney, depois de um ataque com tiros na praia australiana de Bondi, quando se realizava uma festa judaica. “Há duas pessoas sob custódia policial na praia de Bondi”, informou a Polícia do estado de Nova Gales do Sul na sua conta no X, que pede “à população que evite a área”. Citando fontes policiais, a agência de notícias AFP refere que o ataque causou dez mortos. O serviço de ambulâncias de Nova Gales do Sul confirmou à televisão ABC que, pelo menos 16 pessoas foram transportadas para seis centros hospitalares da região. Várias testemunhas referem que se trata de um ataque a tiros protagonizado por um número ainda indeterminado de pessoas armadas, mas as autoridades também não confirmaram essa informação. Um turista britânico disse à agência francesa de notícias AFP que viu “dois atiradores vestidos de preto e armados com espingardas semiautomáticas”. O primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, já emitiu um comunicado lamentando as “cenas chocantes e angustiantes” que estão a chegar de Bondi e confirmou a existência de feridos. Parte da praia era palco de uma celebração da festa judaica de Hanukkah, que começou ontem e, embora as autoridades australianas ainda não tenham feito qualquer conexão com o incidente, o Presidente de Israel, Isaac Herzog, denunciou o que classificou como “vil ataque terrorista contra os judeus que estavam a acender as primeiras velas” da festa religiosa. “O nosso coração está com eles. O coração de toda a nação de Israel bate forte neste preciso momento, enquanto rezamos pela recuperação dos feridos, rezamos por eles e rezamos por aqueles que perderam a vida”, afirmou num comunicado oficial.
Hoje Macau China / ÁsiaHong Kong | Dissolvido principal partido da oposição O Partido Democrático de Hong Kong aprovou ontem a sua própria dissolução, perante a pressão das leis de segurança do território, que impedem o exercício da sua actividade. Numa reunião de duas horas, 97 por cento dos membros votaram pela dissolução do partido, que já foi uma das maiores forças no Conselho Legislativo de Hong Kong. Na assembleia anual, segundo o South China Morning Post, um total de 117 membros, 97 por cento dos presentes, concordaram com a dissolução do partido, seguindo a decisão tomada pela liderança do partido, em Fevereiro. O membro veterano e ex-deputado Fred Li Wah-ming disse que um funcionário da China continental havia instado o partido a dissolver-se antes das eleições para o Conselho Legislativo de Dezembro. Esta dissolução do partido elimina o pouco que restava da principal oposição política da cidade, após uma decisão semelhante da Liga dos Social-Democratas em Junho e do encerramento do Partido Cívico em 2023. A Associação de Hong Kong para a Democracia e o Bem-Estar do Povo, que se concentra em questões sociais e defende a participação dos residentes a votar sob o sistema eleitoral reformulado, é a única força pró-democracia restante. Os patriotas Actualmente, com as várias detenções de dirigentes e activistas e as limitações nas candidaturas, o partido democrático não tinha qualquer representação no conselho legislativo nem nos conselhos distritais. A questão tornou-se ainda mais complexa em Março de 2021, quando o governo chinês aprovou uma lei destinada a garantir que apenas os que designou como ‘patriotas’ pudessem governar em Hong Kong. Essa regulamentação diminuiu significativamente a representação democrática na assembleia, consolidou o controlo sobre os processos eleitorais e estabeleceu um painel de selecção de candidatos, alinhados com os interesses de Pequim. Desde a entrada em vigor dessa legislação e das reformas eleitorais, o futuro do Partido Democrático tem estado em risco, na sequência das constantes rusgas policiais e detenções de activistas ou familiares nos últimos anos. Há uns meses, os membros do partido autorizaram a venda da sua sede por 11 milhões de dólares de Hong Kong para preparar a eventual dissolução e prevenir a entrega do imóvel à justiça. Os fundos remanescentes do partido deverão ser doados à Associação para os Direitos das Vítimas de Acidentes Industriais.
Hoje Macau China / ÁsiaCombates entre Tailândia e Camboja prosseguem Tailândia e Camboja mantêm os combates junto à fronteira, quando o conflito entra na segunda semana, depois de Banguecoque negar que tivesse dado o “sim” a um cessar-fogo, anunciado pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. As hostilidades, que eclodiram em 07 de Dezembro, causaram até agora, pelo menos, 33 mortes e mais de 200 feridos, para além de cerca de 800 mil deslocados de ambos os lados da fronteira. Os dois países acusam-se reciprocamente de terem desencadeado as hostilidades e de atacarem civis. Na passada sexta-feira, Donald Trump afirmou que os líderes dos dois países haviam concordado com um cessar-fogo após um telefonema seu, mas o Governo tailandês negou esse compromisso e os combates continuaram este sábado e prolongavam-se ontem. De acordo com o porta-voz do ministério tailandês da Defesa, Surasant Kongsiri, o Camboja bombardeou várias províncias fronteiriças no sábado à noite e ontem. Já a homóloga cambojana, Maly Socheata, acusou as forças tailandesas de continuarem a bombardear e a disparar morteiros em zonas próximas da fronteira desde as zero horas de domingo. O Camboja fechou as fronteiras terrestres com a Tailândia este sábado, deixando milhares de pessoas retidas nos dois lados da fronteira. A decisão, segundo Phnom Penh, visa proteger os civis — entre eles estrangeiros de várias nacionalidades, que não puderam atravessar a fronteira para a Tailândia — dos riscos associados aos confrontos militares, que na última semana incluíram o uso de caças e fogo de artilharia ao longo da fronteira, de cerca de 820 quilómetros. O Camboja pediu aos seus cidadãos que vivem na Tailândia e aos tailandeses que esperavam retornar ao seu país que permaneçam onde estão “até que o cessar-fogo seja totalmente aplicado”. A Tailândia, por sua vez, manifestou preocupação com esta decisão de Phnom Penh, especialmente porque esperava o retorno no sábado de cerca de 7.000 tailandeses que aguardam há dias na fronteira para entrar no país e que agora estão proibidos de a cruzar por terra. “Estas acções violam numerosas disposições do direito internacional que, por nossa parte, a Tailândia respeita. Garanto que os cambojanos e outros cidadãos estrangeiros que vivem na Tailândia receberão assistência, de acordo com o direito internacional”, disse ontem numa conferência de imprensa o porta-voz adjunto do ministério tailandês dos Negócios Estrangeiro, Maratee Nalita Andamo. Um caso antigo A Tailândia e o Camboja disputam a soberania de territórios onde se encontram templos do Império Khmer ao longo de fronteira de cerca de 820 quilómetros, traçada no início do século XX durante o período colonial francês. Em Julho deste ano, um primeiro episódio de violência causou 43 mortes em cinco dias e levou cerca de 300.000 pessoas a deixarem as casas nas zonas próximas da fronteira comum, antes de um cessar-fogo sob a égide dos Estados Unidos, da China e da Malásia. Os dois países assinaram depois um acordo de cessar-fogo em 26 de Outubro, sob a égide de Donald Trump, que Banguecoque suspendeu algumas semanas depois, após a explosão de uma mina que feriu vários dos seus soldados, e que a Tailândia acusa ter sido instalada depois do cessar-fogo.
Hoje Macau China / ÁsiaDiplomacia | China e Índia destacam “avanços positivos” nas relações bilaterais Altos funcionários diplomáticos da China e da Índia assinalaram na quinta-feira, em Pequim, “avanços positivos recentes” na relação bilateral, durante uma nova ronda de consultas entre os ministérios dos Negócios Estrangeiros dos dois países. Segundo um comunicado divulgado sexta-feira pelo ministério chinês dos Negócios Estrangeiros, o encontro foi liderado por Liu Jinsong, director-geral do Departamento da Ásia, e por Shri Sujit Ghosh, secretário conjunto do ministério indiano para o Leste Asiático, e decorreu de forma “oportuna e eficiente”. Durante as conversações, ambas as partes defenderam a necessidade de relançar os mecanismos de diálogo institucional, dinamizar os intercâmbios bilaterais e gerir de forma adequada as divergências e os assuntos sensíveis. As delegações reiteraram ainda o compromisso de reforçar a comunicação e coordenação em fóruns multilaterais, promover o multilateralismo e apoiar a construção de uma ordem internacional multipolar. As consultas ocorrem num contexto de reaproximação entre Pequim e Nova Deli, depois de anos de tensão, e na sequência de medidas como a retoma do comércio fronteiriço, a reabertura de ligações aéreas directas e o relançamento de contactos diplomáticos de alto nível. Apesar dos sinais positivos, a relação continua marcada por divergências de fundo, sobretudo em torno da fronteira comum nos Himalaias, onde um confronto mortal em 2020 provocou a pior crise bilateral em décadas. De acordo com o comunicado chinês, as delegações concordaram em “maximizar os aspectos positivos” da relação sino-indiana.
Hoje Macau China / ÁsiaTai Po | Anunciada comissão que vai investigar incêndio O grupo de trabalho, liderado pelo juiz David Lok, espera apresentar resultados sobre os motivos que estiveram na origem da tragédia, que fez pelo menos 160 mortos, no prazo de nove meses As autoridades de Hong Kong anunciaram sexta-feira a comissão de investigação que se encarregará de analisar as circunstâncias do incêndio de 26 de Novembro no complexo residencial Wang Fuk Court, que provocou pelo menos 160 mortos. A comissão será liderada pelo juiz do Tribunal de Primeira Instância do Tribunal Superior de Hong Kong, David Lok, “e começará formalmente o trabalho no final deste mês, com a perspectiva de concluir o trabalho nove meses após o início da tarefa”, segundo referiu um comunicado publicado pelo executivo da região administrativa especial chinesa. A comissão irá examinar todos os aspectos do incêndio, a começar pelas causas que aceleraram a propagação das chamas, supostamente atribuída aos materiais de protecção das reparações do edifício, mas também irá avaliar a resposta dos bombeiros ao pedido de socorro e a situação legal das obras. De acordo com as conclusões finais da equipa, a comissão irá apresentar ao Chefe do Executivo do território, John Lee, uma série de propostas para elaborar. O mandatário prometeu à população uma série de “reformas profundas, com o objectivo de evitar que incidentes semelhantes se repitam”. Durante o anúncio da comissão, John Lee admitiu que o juiz investigador enfrenta uma “tarefa titânica” e que talvez nove meses seja um prazo insuficiente. “O facto é que quero resolver esta questão o mais rapidamente possível e decidi estabelecer um prazo que considero realista, desde que a comissão disponha de meios suficientes para agir”, afirmou. “É uma grande responsabilidade e um desafio em apenas nove meses, mas todos eles têm a paixão e o amor por Hong Kong necessários para assumir essa responsabilidade com tanta coragem. Estou profundamente grato a eles”, concluiu. Chefias em causa As autoridades anticorrupção estão a investigar directamente 13 pessoas ligadas ao incêndio sob a presunção de terem cometido homicídio por negligência, entre elas os directores e um consultor de engenharia de uma empresa de construção responsável pelas obras de remodelação do edifício. Na terça-feira, as Nações Unidas expressaram preocupação pelas detenções de pessoas que exigem explicações sobre o pior incêndio que a cidade sofreu em décadas. “Os habitantes de Hong Kong exigem legitimamente respostas e que os responsáveis prestem contas, para que as centenas de vítimas sejam devidamente indemnizadas e para que uma tragédia como esta não se repita”, afirmou o alto-comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Turk, num comunicado. Na sequência do incêndio de 26 de Novembro, as autoridades lançaram um aviso contra aqueles que “exploram a tragédia”, tendo detido até então quatro pessoas por sedição.
Hoje Macau EventosFundo de Artes da China | Projectos de Macau seleccionados A lista de candidatos seleccionados ao apoio financeiro do Fundo Nacional de Artes da China (Projectos Gerais) para o ano de 2026 vai incluir 13 projectos apresentados por instituições artísticas, instituições do ensino superior, empresas e artistas da RAEM, anunciou no sábado o Gabinete da secretária para os Assuntos Sociais e Cultura. Esta é a quinta vez que projectos artísticos e culturais de Macau foram seleccionados para o plano de financiamento nacional. As autoridades centrais passaram a permitir candidaturas das regiões administrativas especiais de Hong Kong a partir de 2021. Em comunicado, a secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, O Lam, agradeceu à pátria pelo reconhecimento e apoio dado ao desenvolvimento das artes e cultura de Macau e felicitou calorosamente os autores de Macau. Os projectos seleccionados incluem espectáculos de dança, ópera chinesa, pinturas que celebram o nacionalismo, um musical e programas de formação de talentos criativos da Associação de Dança Hou Kong, Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau e Universidade da Cidade de Macau. Em 2022, nove projectos da RAEM foram seleccionados pela primeira vez e no ano seguinte foram distinguidas 11 candidaturas. Para os anos 2024 e 2025 foram financiados 10 projectos por ano, enquanto que no próximo ano o apoio irá abranger o maior número de projectos.
Hoje Macau EventosCCM | “Operação Oops! – Um Musical” com bilhetes à venda Já estão à venda desde ontem os bilhetes para um novo espectáculo que sobe ao palco do Centro Cultural de Macau (CCM). Trata-se de “Operação Oops! Um Musical”, seleccionado no âmbito do programa “Comissionamento de Produções de Artes Performativas 2024-2026”, tratando-se de uma comédia que se apresenta em três espectáculos, de 31 de Janeiro a 2 de Fevereiro. Adaptada do romance homónimo do dramaturgo local Lawrence Lei I Leong, esta nova produção junta artistas da região para dar vida a uma partitura composta por Leon Ko, vencedor de um Cavalo Dourado. O elenco é liderado por Jordan Cheng, multi-galardoado intérprete de Macau, homenageado como Melhor Actor dos 31.º Prémios de Teatro de Hong Kong, e a direcção do espectáculo está a cargo de Fong Chun Kit, uma das mentes criativas do Teatro Repertório de Hong Kong. A coreografia é concebida pela criadora de dança local Florence Cheong, destaca uma nota do Instituto Cultural. “Operação Oops!” conta a premiada história de um grupo de inadaptados que, desapontados com os preços exorbitantes das rendas, elaboram um plano desesperado e absurdo. Frustrada por uma série de infelizes, mas divertidas peripécias, a missão de orçamento zero precipita-se, caindo numa espiral caótica.
Hoje Macau SociedadeUniversidades de Macau e Timor-Leste acordam intercâmbio de alunos e professores A Universidade Politécnica de Macau (UPM) anunciou na sexta-feira um acordo com a Universidade Nacional de Timor-Leste (UNTL) para o intercâmbio de estudantes e professores. Num comunicado, a UPM indicou que o protocolo de cooperação prevê ainda o reforço dos laços na área da partilha de recursos académicos e na formação de quadros qualificados bilingues em chinês e português. As duas jurisdições têm o português como uma das línguas oficiais, juntamente com o chinês, no caso da região semiautónoma de Macau, e com o tétum, no caso de Timor-Leste. O acordo foi assinado pela vice-reitora da UPM, Vivian Lei Ngan Lin, e pelo reitor da UNTL, João Soares Martins, à margem da 15.ª conferência do Fórum da Gestão do Ensino Superior nos Países e Regiões de Língua Portuguesa (Forges). A reunião anual das universidades e politécnicos lusófonos decorreu na capital de Timor-Leste, Díli, numa organização conjunta da UNTL, da Universidade Católica Timorense São João Paulo II e da Universidade de Díli. A conferência do Forges, que teve como tema “A Promoção da Investigação Científica em Língua Portuguesa Face aos Desafios Globais”, decorreu entre 24 e 27 de Novembro. Durante o evento, o subdirector da Faculdade de Línguas e Tradução da UPM, o português Joaquim Carvalho, fez uma apresentação em que convidou alunos e docentes dos países lusófonos a apostarem no intercâmbio com Macau. Rede Internacional A delegação da UPM aproveitou ainda a ocasião para discutir projectos de intercâmbio e cooperação académica com a Universidade Católica Portuguesa, a Pontifícia Universidade Católica de Campinas (Brasil) e a Universidade de Luanda. Em Novembro de 2024, durante a 14.ª conferência do Forges, em Macau, João Soares Martins disse à Lusa que a UNTL queria o apoio do Instituto Português do Oriente (IPOR) para começar a certificar a proficiência em língua portuguesa. Também na região chinesa, a UNTL e a Universidade de Macau (UM) assinaram na segunda-feira um acordo de cooperação que prevê “mais oportunidades para a mobilidade dos professores e dos estudantes”, sublinhou o reitor. A delegação timorense visitou na UM o Departamento de Português, o Laboratório de Referência do Estado para Investigação de Qualidade em Medicina Chinesa e a Faculdade de Direito, onde foram formados alguns dos actuais docentes da UNTL. “Seria bom a Universidade de Macau poder fornecer algumas vagas para os nossos professores poderem continuar os seus cursos, tanto em mestrado como doutoramento”, sublinhou Soares Martins.
Hoje Macau Manchete SociedadeUM | Arrancou construção do novo campus A cerimónia de início da construção contou com a participação de Sam Hou Fai. O novo campus vai incluir a primeira faculdade de medicina da UM A construção do novo campus da Universidade de Macau (UM), que vai incluir a primeira faculdade de medicina pública, em colaboração com a Universidade de Lisboa (ULisboa) arrancou na sexta-feira. Num comunicado, a UM indicou que a cerimónia de lançamento da primeira pedra, presidida pelo líder do Governo, Sam Hou Fai, decorreu na Zona de Cooperação Aprofundada Guangdong-Macau, na vizinha Hengqin (ilha da Montanha). O novo campus ocupará uma área de quase 376 mil metros quadrados na zona económica especial e a construção deverá demorar cerca de três anos, com uma inauguração parcial prevista para 2028 e a conclusão das obras em 2029. Quatro novas faculdades irão nascer no novo campus da UM na Ilha da Montanha, incluindo as de Ciências de Informação, Design e Engenharia, assim como a primeira faculdade de medicina pública de Macau. A Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau, uma instituição privada, tem desde 2008 uma Faculdade de Ciências da Saúde, oficialmente rebaptizada como Faculdade de Medicina em 2019. Em Junho, o director da Faculdade de Medicina da Ulisboa disse à Lusa que os médicos formados na futura Faculdade de Medicina da UM poderão também exercer em Portugal. A ULisboa está a colaborar com a UM para criar um currículo com uma disposição “próxima daquela que é a estrutura” dos cursos na instituição portuguesa, disse Luís Graça. O dirigente explicou que os cursos vão funcionar em co-tutela, permitindo aos médicos formados na UM obterem “uma equivalência e um reconhecimento” pela Faculdade de Medicina da ULisboa. Médicos para Portugal Entre as vantagens, estará “permitir assim que os médicos formados no território possam também exercer medicina em Portugal”, sublinhou o investigador. Em Dezembro, o vice-reitor da UM, Rui Martins, disse que o novo campus apostará em “‘dual degrees’ [cursos em co-tutela] com universidades estrangeiras. A medicina já está com Lisboa e agora estamos a definir para as outras faculdades”. O novo campus na Ilha da Montanha deverá permitir à UM passar dos actuais 15 mil para um máximo de 25 mil alunos, sublinhou o vice-reitor para Assuntos Globais, numa entrevista ao canal em língua portuguesa da televisão pública local TDM. Luís Graça, especialista em imunologia de transplantes, demonstrou também entusiasmo com potenciais colaborações entre as duas universidades na área da investigação científica. “Se nós pensarmos em termos de ciência, o reforço do potencial científico de ambas as instituições com uma colaboração próxima entre si é algo que claramente vai beneficiar ambos os lados dessa parceria”, afirmou o dirigente. Luís Graça disse que a Faculdade de Medicina da ULisboa está a organizar o primeiro simpósio para reunir os investigadores da instituição e da UM, com vista a promover projectos conjuntos de investigação.
Hoje Macau SociedadeTake-away | Sem planos de regulamentação laboral Chan Un Tong, director da Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL), disse não estarem em cima da mesa planos para regular a profissão de estafeta, que se destina a entregar refeições take-away. Segundo noticiou a TDM Rádio Macau, o responsável respondeu a uma interpelação escrita do deputado Ngan Iek Hang, explicando que a protecção laboral e legal dos estafetas depende do vínculo que têm com a plataforma que proporciona o serviço de entregas. Se houver um contrato assinado, aplica-se a lei laboral em vigor, mas se existir apenas um contrato de prestação de serviços, vigoram as condições acordadas entre as partes. O deputado afirmou, na interpelação, que o sector de entregas de take-away já representa 48,3 por cento dos estabelecimentos de restauração, sugerindo por isso melhorias a nível laboral.
Hoje Macau SociedadeProstituição | Ponderado alívio de regras O Governo vai pedir a opinião dos residentes sobre uma eventual redução das restrições às saunas e massagens, os únicos locais da região onde é tolerada a prática de prostituição. Numa conferência de imprensa realizada na quinta-feira, o porta-voz do Conselho Executivo, Wong Sio Chak, anunciou que a consulta pública vai ser lançada na primeira metade de 2026. O Executivo pretende rever o regime do licenciamento administrativo de actividades económicas específicas, que foi aprovado em 1998. Wong Sio Chak, também secretário para a Administração e Justiça, deu como exemplo leilões, barbearias e salões de beleza e disse que “alguns dos sectores vão passar a não precisar de licença e registo”. A mudança pode ter “grande significado para a optimização do ambiente de negócios e para o desenvolvimento económico de Macau”, nomeadamente ao “dar mais conveniência às empresas”, defendeu o dirigente. No entanto, Wong admitiu que, uma vez que a revisão “representa uma grande mudança política”, o líder do Governo, Sam Hou Fai, “decidiu ouvir mais opiniões do público” para “não prejudicar a vida dos cidadãos”.
Hoje Macau PolíticaMetro Ligeiro | Consulta pública sobre percurso em 2026 O Governo prevê avançar com uma consulta pública sobre o planeamento do Metro Ligeiro no primeiro semestre de 2026. A informação foi avançada pelo secretário para os Transportes e Obras Públicas, Raymond Tam, à margem da Marcha de Caridade. De acordo com o canal em chinês da Rádio Macau, o secretário indicou que a consulta vai ser realizada após a concretização dos dados sobre os diferentes percursos que estão a ser analisados num estudo estratégico que está em curso. Os planos em estudo incluem uma Linha Sul, que irá ligar o posto fronteiriço da Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau à estação da Barra, com passagem pela Zona A dos Novos Aterros, NAPE, Nam Van e Sai Van. Está também prevista uma Linha Oeste, do porto de Qingmao à Barra, e uma Linha Norte da Taipa, para ligar a Zona A dos Novos Aterros à estação Oceano através das zonas de aterro E, D e C. Os planos contemplam ainda uma ligação de Seac Pai Van à entrada da área urbana de Coloane.
Hoje Macau PolíticaAdministração | Sónia Chan vai dirigir Serviços de Identificação A antiga secretária para a Administração e Justiça, Sónia Chan, vai passar a dirigir os Serviços de Identificação (DSI), adiantou ontem a TDM. A verificar-se, a nomeação irá representar o regresso da actual directora dos Serviços da Supervisão e da Gestão dos Activos Públicos à DSI, onde foi directora-adjunta entre 1998 e 2010, quando foi chamada a coordenar o Gabinete de Protecção de Dados Pessoais. Segundo a emissora pública, a nomeação de Sónia Chan à frente Serviços da Supervisão e da Gestão dos Activos Públicos termina no próximo sábado, marcando o final do seu mandato e a transição para a DSI. A TDM indicou ainda que Lo Pin Heng, directora substituta dos Serviços de Identificação, vai liderar do Centro de Formação Jurídica e Judiciária.
Hoje Macau Manchete SociedadeOrçamento | Despesa pública sobe até Novembro devido a apoios sociais Em comparação com o ano passado, o Governo gastou mais 4,1 por cento em despesas sociais até Novembro, que subiram para 49,7 mil milhões de patacas. O aumento da despesa pública foi equilibrado com as receitas dos casinos As despesas públicas aumentaram 2,7 por cento nos primeiros 11 meses de 2025, em comparação com igual período do ano passado, após uma revisão do orçamento para reforçar os apoios sociais, foi anunciado na sexta-feira. De acordo com dados publicados ‘online’ pela Direcção dos Serviços de Finanças (DSF), a RAEM gastou até ao final de Novembro 86,1 mil milhões de patacas. A principal razão para a subida foram os gastos em apoios e subsídios sociais, que cresceram 4,1 por cento em comparação com os primeiros 11 meses de 2024, para 49,7 mil milhões de patacas. No início de Julho, a Assembleia Legislativa aprovou uma proposta do Governo para aumentar em 2,86 mil milhões de patacas nas despesas previstas no orçamento, para reforçar os apoios sociais. A revisão inclui a criação de um subsídio, no valor total de 54 mil patacas, para as crianças até aos três anos, numa tentativa de elevar a mais baixa natalidade do mundo. Pelo contrário, os gastos com obras públicas, o Plano de Investimentos e Despesas da Administração, caíram 2,7 por cento até Novembro, para 14,7 mil milhões de patacas. Receitas com impostos O aumento da despesa foi equilibrado pela receita corrente de Macau, que subiu 2,8 por cento nos primeiros 11 meses do ano, para 104,6 mil milhões de patacas. A principal razão para o aumento foi um acréscimo de 7 por cento, para 86,7 mil milhões de patacas, nas receitas dos impostos sobre o jogo – que representam 81,3 por cento do total. As seis operadoras de jogo da cidade pagam um imposto directo de 35 por cento sobre as receitas do jogo, 2,4 por cento destinado ao Fundo de Segurança Social de Macau e ao desenvolvimento urbano e turístico, e 1,6 por cento entregue à Fundação Macau para fins culturais, educacionais, científicos, académicos e filantrópicos. As receitas totais dos casinos de Macau atingiram 226,5 mil milhões de patacas nos primeiros 11 meses do ano, mais 8,6 por cento do que no mesmo período de 2024. O território terminou Novembro com um excedente nas contas públicas de 20,6 mil milhões de patacas, mais 11,4 por cento do que em igual período do ano passado. Macau fechou 2024 com um excedente de 15,8 mil milhões de patacas, mais do dobro do registado no ano anterior. A previsão inicial do Governo para todo o ano de 2025 apontava para um excedente de 6,83 mil milhões de patacas. Mas o orçamento revisto, aprovado pela Assembleia Legislativa no início de Julho previa um excedente de apenas 191,1 milhões de patacas.