Hoje Macau China / ÁsiaMalásia | Retomadas buscas por avião desaparecido há 11 anos A Malásia anunciou ontem a retoma das buscas pelo voo MH370 da companhia aérea Malaysia Airlines, desaparecido com 239 pessoas a bordo em Março de 2014, pouco depois de descolar de Kuala Lumpur com destino a Pequim. “A [empresa] Ocean Infinity e o Governo da Malásia confirmam que iniciarão [em 30 de Dezembro] as operações de busca por um total de 55 dias, de forma intermitente”, anunciou o Ministério dos Transportes da Malásia, através de um comunicado com a data de ontem. A Ocean Infinity é uma empresa de robótica e exploração do fundo do mar com sede nos Estados Unidos e no Reino Unido, que há anos colabora na busca do avião, desaparecido em 08 de Março de 2014, cerca de 40 minutos após a descolagem de Kuala Lumpur com destino à capital chinesa. A aeronave desapareceu dos radares após deixar o espaço aéreo da Malásia e entrar no do Vietname, quando, em princípio, se desviou da rota para o sul do Índico, sem que se conheçam ainda as causas. A bordo do Boeing 777 viajavam 153 chineses, 50 malaios (12 faziam parte da tripulação), sete indonésios, seis australianos, cinco indianos, quatro franceses, três norte-americanos, dois neozelandeses, dois ucranianos, dois canadianos, dois iranianos, um russo, um neerlandês e um taiwanês. Inicialmente, a Malásia, a China e a Austrália realizaram uma busca conjunta em cerca de 120.000 quilómetros quadrados no Índico, mas encerraram as operações em janeiro de 2017, sem encontrar os destroços do avião. A Ocean Infinity também tentou localizar o aparelho numa área de cerca de 100.000 quilómetros quadrados entre Janeiro e Junho de 2018, sem sucesso. Em Abril passado, o Governo da Malásia afirmou que a operação de busca da aeronave havia sido interrompida por “não ser a época” ideal para o efeito, mas adiantou que seria retomada no final deste ano. O comunicado de ontem concretiza que a busca será realizada numa “área específica com maior probabilidade de localização da aeronave”.
Hoje Macau China / ÁsiaIndonésia |Número de mortos nas cheias ultrapassa 800 O balanço do número de mortos causado pelas cheias que atingiram a grande ilha de Sumatra, na Indonésia, ultrapassou os 800, anunciou ontem a Agência Nacional de Gestão de Desastres indonésia (BNPB). As autoridades indicaram anteriormente que tinham morrido 631 pessoas. De acordo com a BNPB, o número mais recente é de 804 mortos, mais de 650 pessoas desaparecidas e centenas de milhares de residentes retirados das suas casas na ilha de Sumatra, no oeste da Indonésia. Apesar das mais de 800 mortes, de milhares de feridos e da destruição massiva em Sumatra, o Governo indonésio resiste à crescente pressão para declarar o estado de emergência após as inundações. O país só tomou esta medida por três vezes, segundo os registos disponíveis: durante o terramoto e tsunami de 1992, o tsunami de 2004 que matou dezenas de milhares de pessoas e durante a pandemia de covid-19. Crescem os apelos para que o Governo declare o estado de emergência, com os defensores a argumentarem que tal medida libertaria recursos e melhoraria a coordenação da ajuda humanitária. O Governo do Presidente indonésio, Prabowo Subianto, tem insistido até agora que o país dispõe dos recursos necessários para lidar com a situação. Esta situação contrasta com a do Sri Lanka onde foi declarado o estado de emergência e pedida ajuda à comunidade internacional face aos efeitos das cheias. A Amnistia Internacional (AI) Indonésia acredita que a decisão de declarar o estado de emergência é urgentemente necessária “para que as forças nacionais e internacionais possam ser mobilizadas para ajudar as vítimas”. As autoridades alertaram que a destruição provocada pelas chuvas se deve à grande quantidade de água que caiu durante um período prolongado, provocando o transbordo dos rios.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Sul | Seul considera “extremamente difícil” fabricar submarinos nucleares nos EUA O Presidente sul-coreano, Lee Jae-myung, declarou ontem que será “extremamente difícil” fabricar submarinos com propulsão nuclear nos Estados Unidos. “Do nosso ponto de vista, produzi-los lá é extremamente difícil, para ser realista”, afirmou o chefe de Estado, numa conferência de imprensa. Seul e Washington finalizaram em Novembro um acordo sobre a construção deste tipo de submarinos destinado à marinha sul-coreana, mas o local da construção não foi determinado. Uma nota conjunta detalhou que os dois países se comprometeram a “continuar a colaboração no domínio da construção naval através de um grupo de trabalho” específico. Em Outubro, depois de ter dado o “sim” a um acordo de princípio para a fabricação de um submarino de propulsão nuclear destinado ao aliado sul-coreano, o Presidente norte-americano, Donald Trump, escreveu na rede social X e na Truth Social, da qual é proprietário, que este seria construído em Filadélfia, nos Estados Unidos. Ontem, o Presidente sul-coreano indicou que a questão “ainda necessita de discussões”. Lee Jae-myung salientou que a posição de Seul sempre foi a de produzir os submarinos internamente.
Hoje Macau China / ÁsiaTailândia levanta proibição de venda de álcool à tarde em vigor desde 1972 A Tailândia levantou ontem a proibição da venda de bebidas alcoólicas durante a tarde, que foi decretada em 1972 para evitar que os funcionários públicos consumissem álcool em horário de trabalho. A medida agora revogada por um decreto real impedia a venda de álcool entre as 14:00 e as 17:00 em estabelecimentos comerciais, como supermercados. A venda será permitida naquele horário por um período inicial de teste de 180 dias, anunciaram ontem as autoridades, segundo a agência de notícias espanhola EFE. A nova regulamentação estende o horário anteriormente permitido para a venda de álcool, das 11:00 às 14:00 e das 17:00 à meia-noite, removendo a proibição de três horas à tarde. O fim do período à meia-noite permanece em vigor, mas os clientes em estabelecimentos licenciados têm agora uma extensão de uma hora para terminar as bebidas, segundo o jornal Bangkok Post. Revisto e confirmado O Governo encarregou em Fevereiro os ministérios da Saúde, Administração Interna e Turismo de reverem a regulamentação, que também contempla proibições de venda durante cinco dias especiais do calendário budista por ano. O então ministro da Administração Interna e actual primeiro-ministro, Anutin Charnvirakul, disse que a política seria revista para estimular a economia e criar empregos. As autoridades confirmaram em Maio a intenção de suavizar as restrições, permitindo desde então a venda durante festividades budistas em aeroportos, hotéis e zonas de atracção turística, entre outros locais. O Governo já considerava desactualizada a proibição durante os dias budistas, a religião maioritária no país, cujo quinto preceito consiste na abstenção do consumo de produtos tóxicos, como seriam os licores. A Tailândia, o país mais visitado do Sudeste Asiático, toma a medida também para impulsionar o turismo, com o objectivo de superar o recorde pré-pandemia de 2019, quando recebeu 39,8 milhões de estrangeiros. O país tem tentado recuperar o mercado, com foco especial no turismo chinês, a principal fonte de visitantes.
Hoje Macau China / ÁsiaHK | Adiada setença em caso de naufrágio em 2012 que matou 39 pessoas Um tribunal de Hong Kong adiou a leitura da sentença no caso da colisão do ferry Lamma IV, em 2012, com 39 mortos, quando arranca a investigação ao incêndio que deflagrou exactamente há exatamente uma semana no território. O tribunal adiou pela terceira vez a leitura do veredicto, após um longo processo que envolveu oitenta e quatro testemunhas. Um porta-voz do tribunal confirmou na terça-feira a suspensão, mas recusou-se a dar uma justificação, enquanto fontes do tribunal citadas pelos jornais locais disseram que a decisão não deve ser tomada antes de 20 de Janeiro. Na noite de 01 de Outubro de 2012, Dia Nacional da China, o barco de passageiros Sea Smooth, da Hong Kong and Kowloon Ferry Company, colidiu com o Lamma IV, que transportava 124 funcionários da Hong Kong Electric e respectivas famílias a caminho do espectáculo de fogo de artifício no porto de Victoria. O Lamma IV afundou-se em apenas 100 segundos, naquele que foi o acidente mais grave na cidade desde 1971. Uma comissão oficial, em 2013, culpou os dois capitães e encontrou uma cadeia de falhas relacionadas com a construção e revisões, embora não tenha esclarecido quem removeu uma antepara obrigatória ou quem aprovou uma placa de aço de dez milímetros na proa do Sea Smooth, que actuou como uma lâmina. Depois de vencerem um recurso em 2023, os familiares das vítimas conseguiram abrir um segundo processo em tribunal, centrado na segurança estrutural e na responsabilidade da autoridade marítima. Os queixosos afirmam que, treze anos depois, ainda não dispõem de um quadro completo do sucedido e denunciam a “negligência institucional” que persiste, apesar das reformas anunciadas.
Hoje Macau China / ÁsiaHong Kong chora os mortos uma semana após pior incêndio desde 1948 Reportagem de Vitor Quintã, agência Lusa Uma semana depois do incêndio que causou pelo menos 156 mortos em Hong Kong, o filho de uma vítima diz que o luto não apaga a raiva face a suspeitas de corrupção e negligência. Luk Yu Yeung, de 29 anos, foi na terça-feira à morgue identificar o corpo da mãe, que estava desaparecida desde 26 de Novembro, quando deflagrou o incêndio em Wang Fuk Court. A mãe de Luk vivia em Wang Tai House, um dos oito edifícios que fazia parte do complexo de habitação social em Tai Po, nos Novos Territórios, no norte da região administrativa especial chinesa. “Ela estava negra, porque o pó e as cinzas cobriram-lhe a cara. O médico forense acha que morreu de intoxicação por monóxido de carbono”, disse Luk. “Ainda estou grato por o corpo ter sido encontrado inteiro”, disse o residente de Hong Kong. “Alguns corpos ficaram reduzidos a cinzas”, sublinhou. Na segunda-feira, a superintendente-chefe da polícia de Hong Kong Karen Tsang Shuk-yin já tinha admitido a possibilidade de “não conseguir resgatar todas as pessoas desaparecidas”. Depois de dias a ver fotos de cadáveres, numa espera por notícias que foi partilhando nas redes sociais, enquanto os bombeiros procuravam por dezenas de desaparecidos, Luk começou agora a preparar o serviço funerário. Mas a oportunidade de finalmente fazer o luto não apaga a raiva que o jovem sente – perante o incêndio e “um Governo corrupto” – e que resume com: “Quatro exigências, nem uma a menos”. Esta é uma referência a uma petição online, lançada por Miles Kwan, um estudante universitário, que tinha reunido mais de mil assinaturas, antes de ser detido pela polícia, no sábado. A petição incluía “quatro grandes exigências”: alojamento para os residentes afectados, uma investigação independente, uma reforma do sistema de fiscalização de obras e responsabilização dos dirigentes públicos envolvidos. Mas, sublinhou à Lusa o comentador político Sonny Lo Shiu-Hing, a petição também faz lembrar o slogan ‘Cinco exigências, nem uma a menos’, popular durante o movimento pró-democracia de 2019. Os protestos, que exigiam o sufrágio universal e eleição directa do líder do Governo e do parlamento, acabaram com a imposição, por parte de Pequim de uma lei de segurança nacional que prevê como pena máxima a prisão perpétua. Investigações em curso Na terça-feira, o chefe do Executivo de Hong Kong, John Lee Ka-chiu, anunciou a criação de uma comissão independente, presidida por um juiz para investigar “até o fim” alegações de corrupção e negligência em torno do incêndio. Sonny Lo sublinhou que a comissão não terá poder para obrigar os indivíduos e empresas envolvidos no caso a cooperar na investigação, mas defendeu que poderá ajudar a enfrentar “manipulação de concursos” na construção. Por outro lado, o comentador não acredita que a criação da comissão signifique mais espaço para a dissidência política e recordou a detenção do antigo conselheiro distrital Kenneth Cheung e um voluntário. Todos foram acusados de “explorar a tragédia para incitar ao ódio e criar instabilidade”, referiu Sonny Lo, por “levarem a cabo iniciativas concretas, como petições, distribuir panfletos, realizar conferências de imprensa”. O Governo de Hong Kong “tende a ser mais tolerante” de simples críticas, sejam elas publicadas nas redes sociais ou até em editoriais de jornais considerados pró-Pequim, defendeu o analista. “Pelo que vemos, fazer comentários até agora é permitido. Iniciativas é que são inaceitáveis”, resumiu Sonny Lo.
Hoje Macau China / ÁsiaVisita | Macron na China para debater relações comerciais e guerra da Ucrânia Além da componente comercial que prevê a assinatura de vários acordos em áreas como a energia, indústria alimentar e aviação, a agenda de Macron deverá passar pela guerra na Ucrânia e uma ida a Chengdun à sede do Centro de Investigação e Conservação do Panda-gigante O Presidente francês, Emmanuel Macron, chegou ontem à China para uma visita centrada em comércio e diplomacia, numa altura em que procura motivar Pequim a pressionar a Rússia para um cessar-fogo na Ucrânia. Na visita de Estado de três dias, Macron defenderá uma agenda de cooperação em questões económicas e comerciais destinada a alcançar um equilíbrio que garanta “um crescimento sustentável e sólido que beneficie todos”, afirmou o seu gabinete. Macron e a sua esposa, Brigitte, enfrentaram o frio intenso que se fazia sentir quando desceram do avião à chegada da visita, num aeroporto de Pequim, e percorreram um passadiço coberto com carpete vermelha. O casal foi recebido pelo ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, que conversou com Macron antes de o líder francês e a esposa seguirem numa limusina. O casal tinha previsto para ontem à noite uma deslocacão ao complexo do Jardim Qianlong, do século XVIII, na Cidade Proibida, o antigo palácio dos imperadores chineses. Durante a visita, dirigentes de ambos os países deverão assinar vários acordos nos sectores da energia, indústria alimentar e aviação. Poder de influência Nas conversações de Macron com o Presidente chinês, Xi Jinping, será também abordada a guerra da Rússia na Ucrânia, em particular após uma reunião decorrida esta segunda-feira em Paris com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, para discutir possíveis termos para um cessar-fogo. “O que queremos…é que a China possa convencer e influenciar a Rússia a avançar para um cessar-fogo o mais rapidamente possível e consolidar esse cessar-fogo através de negociações que, no nosso entender, devem conduzir a garantias de segurança sólidas para a Ucrânia”, afirmou um alto responsável diplomático francês. Paris espera que Pequim “se abstenha de fornecer à Rússia quaisquer meios que lhe permitam continuar a guerra”, disse o responsável diplomático, sob anonimato. A porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Mao Ning, afirmou na semana passada que Pequim acredita no “diálogo e na negociação” para resolver a guerra na Ucrânia e apoia “todos os esforços” que conduzam à paz. Durante a tarde desta quinta-feira, a agenda de Macron inclui conversações com o primeiro-ministro chinês Li Qiang. O casal presidencial francês viajará depois para Chengdu, na província chinesa de Sichuan, onde se situa a sede do Centro de Investigação e Conservação do Panda-gigante. É lá que está Yuan Meng, o primeiro panda-gigante nascido em França e cujo nome foi escolhido pela primeira-dama Brigitte Macron.
Hoje Macau EventosAlbergue SCM | O olhar de Mariana Rocha sobre o bambu e arquitectura local É inaugurada na próxima segunda-feira, 8, uma nova exposição no Albergue da Santa Casa da Misericórdia. Trata-se de “No Limiar da Memória”, de Mariana Maia Rocha, um projecto com ingredientes da memória e arquitectura de Macau, incluindo a construção em bambu, em que a artista se apresenta como “observadora diaspórica” Chama-se “No Limiar da Memória” e apresenta-se como uma “exposição que confronta a arquitectura da transitoriedade na paisagem material e espiritual de Macau”. Esta nova mostra, que será inaugurada na próxima segunda-feira, dia 8, no Albergue da Santa Casa da Misericórdia (SCM), a partir das 18h30, é fruto de um projecto residente de Mariana Maia Rocha, artista portuguesa. Segundo uma nota do Albergue SCM, Mariana utiliza aqui “a sua posição como observadora diaspórica e a experiência de uma residência imersiva no território asiático para investigar o estatuto paradoxal do bambu”, na qualidade de “pilar da construção vernacular local”. Isto no sentido em que o bambu “transita do utilitário e profano para o domínio do património cultural e do sagrado, face à sua iminente substituição pelo ferro e betão”. Ainda segundo a mesma nota, esta exposição tem relevância pela “sua análise crítica das transformações urbanas aceleradas e do impacto da globalização na identidade local, um cenário de particular ressonância em Macau”. Assim, torna-se numa “justaposição de materialidades simbólicas que sublinham a dualidade luso-chinesa”, em que o pó, transfigurado no carvão, grafite e cinzas de proveniência local, “funciona como o ‘index’ da mortalidade, a substância fundamental do ‘memento mori’ universal”. Por sua vez, “a cera votiva, comum aos rituais taoistas e católicos, é utilizada para moldar ex-votos a partir dos sapatos da artista, configurando uma linha processual que metaforiza a jornada pessoal e a vulnerabilidade do corpo”. Mariana Maia Rocha apresenta também, neste projecto, uma “intervenção urbana efémera com látex regista a textura da calçada portuguesa”. “Esta “segunda pele” tátil “funciona como um dispositivo de memória, aludindo às redes de protecção dos andaimes e ao legado luso em vias de extinção, criando um registo físico da fronteira cultural e da negociação do espaço urbano”, é explicado. Diálogos e contextos Tendo em conta as leituras da artista sobre estes elementos tão ligados à identidade de Macau, pode-se descrever “No Limiar da Memória” como uma tentativa de criar “um diálogo potente sobre a memória, a mortalidade e as estruturas efémeras que construímos”. Aqui, “a prática da artista navega a tensão entre o permanente e o fugaz, a identidade cultural e a inevitabilidade da desintegração num território de convergência e perda, ecoando as complexidades de um local em rápida mutação”. Mariana Maia Rocha é uma artista plástica e investigadora cuja prática interdisciplinar se inscreve na intersecção entre o corpo, a memória e o território. A sua obra, que integra predominantemente o desenho, a fotoperformance e a instalação, aborda as fronteiras conceptuais e materiais da presença e do apagamento no arquivo contemporâneo. A artista formou-se na Faculdade de Belas-Artes da Universidade do Porto, onde concluiu o mestrado em Artes Plásticas, sendo bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian, nomeadamente no ano de 2023/2024, quando ganhou a bolsa “Gulbenkian Novos Talentos”. Ainda na área académica, ganhou, este ano, uma bolsa de doutoramento para continuar estudos no estrangeiro. Em 2023 a artista participou no projecto “Mirror Identity Drawings” (MIDD), assinado pela Carta da UNESCO. A dimensão internacional da sua prática tem-se materializado, este ano, através de um programa de residências artísticas, em São Tomé e Príncipe, no contexto da XI Bienal de São Tomé; e agora em Macau, no âmbito do programa internacional “Territórios sem Fronteira” (2025–2026), promovido pela Fundação Bienal de Arte de Cerveira. Desde 2018, o seu trabalho tem sido apresentado em exposições individuais e coletcivas em instituições de referência, incluindo o Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado (MNAC) (Lisboa), a Fundação Júlio Resende (Porto), o Palácio Vila Flor (Guimarães) e a Galeria Kubik (Porto), entre outras. Já recebeu dezenas de distinções pelo seu trabalho.
Hoje Macau SociedadeDireito | Advogados de Macau com poderes reforçados no Interior Desde ontem, que os advogados de Macau, Hong Kong e Taiwan podem passar a representar clientes em mais tipos litígios civis no Interior, de acordo com um anúncio do Ministério da Justiça, citado pelo jornal Ou Mun. A medida aplica-se apenas aos advogados locais reconhecidos pelo Interior. Com as alterações, os advogados locais têm acesso a 299 tipos de casos de direitos civil, em áreas como o comércio, disputas marítimas, direitos de personalidade ou casos de protecção de direitos industriais. No entanto, a intervenção dos advogados locais só é autorizada se for feita em representação de partes de Macau, Hong Kong ou Taiwan envolvidas nesses processos. Os dados citados pela publicação indicam que actualmente há cerca de 760 advogados de Hong Kong, Macau e Taiwan a quem foi concedida autorização para trabalhar no Interior. Também mais de 630 advogados de Hong Kong e Macau reconheceram o certificado para praticarem no espaço da Grande Baía. Os advogados de Macau podem exercer a profissão no outro lado da fronteira, se dominarem a língua, tiverem obtido uma licenciatura em direito no Interior ou se tiverem uma certificação de reconhecimento das habilitações.
Hoje Macau SociedadeDrones | Proibição na Nave Desportiva durante Jogos Paralímpicos A Autoridade de Aviação Civil de Macau (AACM) proibiu o voo de “aeronaves não tripuladas”, termo formal para designar drones, numa área de “50 metros da Nave Desportiva dos Jogos da Ásia Oriental de Macau”, para garantir o sucesso Jogos Nacionais para Pessoas Portadoras de Deficiência e dos Jogos Olímpicos Especiais Nacionais da República Popular da China. O uso de drones foi também condicionado, requerendo autorização escrita da AACM, no Terminal Marítimo de Passageiros da Taipa, Ponte Macau-Taipa, Wynn Palace, Pousada Marina Infante, England Marina Club Hotel e Marina Phantom Apartment Hotel. Quem não respeitar a proibição e restrições impostas arrisca-se a pagar uma multa que pode variar entre 2.000 e 20.000 patacas. Hengqin | Pedido serviços de takeaway com drones Vong Keng Hei sugeriu ao Governo de Sam Hou Fai a criação de uma rede transfronteiriça de drones para entrega de refeições ao domicílio entre Macau e Hengqin. A sugestão foi feita na reunião do Conselho Consultivo de Serviços Comunitários das Ilhas de terça-feira, onde o jovem desempenha as funções de conselheiro. Segundo o jornal do Cidadão, o filho do deputado Vong Hin Fai sublinhou que este tipo de serviço, que existe no Interior da China, também poderia aumentar a conveniência dos consumidores que vivem na Taipa e querem pedir comida da península, e vice-versa. Além disso, defendeu que o Corpo de Bombeiros devia fazer exercícios de combate a incêndios com drones para aumentar a capacidade de resposta a situações de emergência.
Hoje Macau SociedadeRestauração | Nova lei vai proteger senhorios A partir de Julho do próximo ano, os restaurantes vão ver as licenças canceladas, se tiverem perdido o direito a ocupar o espaço onde estão a funcionar. A informação foi adiantada ontem por Leong Sun Iok, deputado e presidente da 3.ª Comissão Permanente da Assembleia Legislativa, após um encontro para discutir a nova lei da actividade de restauração e bebidas e estabelecimentos relacionados. De acordo com Leong Sun Iok, deputado ligado aos Operários de Macau, a alteração legislativa proposta pelo Governo visa acabar com as situações em que os ex-inquilinos utilizam a licença de exploração para impedir que o senhorio arrende o espaço a outro comerciante. Como só pode ser emitida uma licença por espaço comercial, sem o cancelamento da anterior os inquilinos impedem novos arrendamentos. No entanto, com a alteração, o senhorio vai poder cancelar as licenças dos restaurantes, desde que provem que o inquilino anterior perdeu o direito de ocupar o espaço, o que pode acontecer quando chega ao fim o contrato de arrendamento ou houve algum incumprimento. Além disso, a nova lei prevê também que um restaurante perde a licença de exploração se interromper a operação durante um período mínimo de 90 dias consecutivos. Também esta proposta foi justificada com a necessidade de impedir abusos dos inquilinos.
Hoje Macau PolíticaIAM | Chao Wai Ieng com mandato renovado O mandato do presidente do Instituto para os Assuntos Municipais (IAM), Chao Wai Ieng, foi renovado até 31 de Maio, de acordo com um despacho do Chefe do Executivo publicado ontem no Boletim Oficial. A renovação acontece depois de Chao Wai Ieng ter cumprido cerca de um ano nas funções, que assumiu em Dezembro do ano passado, substituindo José Tavares. No despacho é considerado que Chao tem “experiência e capacidade profissional adequadas para o exercício das suas funções”, como normalmente acontece neste tipo de documentos. Chao Wai Ieng era director dos Serviços de Identificação desde Maio de 2022, e é licenciado em engenharia pela Universidade Nacional de Taiwan e em Direito pela Universidade de Macau. Ingressou na Função Pública em 2003 e desempenhou funções no Comissariado Contra a Corrupção entre Fevereiro de 2004 a Dezembro de 2019, altura em que foi escolhido como assessor do gabinete do secretário para a Administração e Justiça. Também o mandato de Mak Kim Meng como vice-presidente do IAM foi renovado. Mak entrou no IAM em 1999 e ao longo dos anos foi tendo diferentes posições. Era desde 2010 até ao ano passado um dos membros do Conselho de Administração do IAM. No que diz respeito ao Conselho de Administração, o Chefe do Executivo renovou também até 31 de Maio os mandatos de Isabel Celeste Jorge, Ung Sau Hong, To Sok I e Tam Wai Fong. DSEDT | Renovado mandato de Yau Yin Wah O mandato de Yau Yun Wah como director dos Serviços de Economia e Desenvolvimento Tecnológico (DSEDT) foi renovado pelo período de um ano, de acordo com um despacho publicado ontem no Boletim Oficial. Antes de ser director dos serviços de economia, onde substituiu o actual secretário para a Economia e Finanças, Tai Kin Ip, Yau Yun Wah era subdirector dos Serviços de Assuntos Comerciais da Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin. É licenciado em Comércio pela Universidade de Chengchi de Taiwan e mestrado em Administração Pública pelo Instituto Nacional de Administração da China. Fundação Macau | Lei Wai Nong reconduzido O ex-secretário para a Economia e Finanças, Lei Wai Nong, vai continuar a desempenhar funções como membro do Conselho de Administração da Fundação Macau. A informação foi divulgada ontem, através de um despacho publicado no Boletim Oficial. O ex-governante vai manter as regalias anteriores de secretário, como tinha sido definido pelo primeiro despacho de nomeação, divulgado em Dezembro de 2024. “O membro do Conselho de Administração […] beneficia das regalias previstas no regime jurídico da função pública para o cargo de direcção”, foi indicado. Lei Wai Nong vai também manter o ordenado anterior, na ordem das 85 mil patacas por mês, ao qual se somam os subsídios típicos da função pública.
Hoje Macau China / ÁsiaGuarda costeira chinesa expulsa barco japonês de ilhas controladas por Tóquio A guarda costeira da China expulsou ontem uma embarcação de pesca japonesa que, segundo as autoridades chinesas, tinha entrado ilegalmente em águas próximas das ilhas Diaoyu, controladas pelo Japão, mas disputadas por outros países. A Guarda Costeira chinesa indicou em comunicado divulgado na plataforma WeChat que “tomou as medidas de controlo necessárias de acordo com a lei”. O porta-voz Liu Dejun disse que a Guarda Costeira ordenou à embarcação japonesa Zuiho-maru que se afastasse da zona, reiterando que o arquipélago, conhecido como Diaoyu na China, constitui “território inerente à China”. Liu instou ainda o Japão a “cessar imediatamente todas as actividades infringentes e provocatórias” na área e garantiu que a Guarda Costeira continuará a realizar “operações de aplicação da lei para defender os direitos” da China. Nos últimos anos, Pequim concedeu novas capacidades à guarda costeira, incluindo a autoridade para deter embarcações estrangeiras suspeitas de entrar ilegalmente nas águas territoriais, no meio das crescentes tensões territoriais com aliados dos EUA, como o Japão e as Filipinas. A Guarda Costeira chinesa também reforçou substancialmente a capacidade operacional, graças à alocação de mais navios e ao aumento do apoio logístico. Situadas no mar do Leste da China, a cerca de 150 quilómetros a nordeste de Taiwan, as desabitadas ilhas Diaoyu cobrem uma área de aproximadamente sete quilómetros quadrados, e acredita-se que possam existir importantes depósitos de gás ou petróleo nas águas adjacentes.
Hoje Macau Grande PlanoOCDE | Economia mundial deve abrandar para 2,9% em 2026 A OCDE prevê que o crescimento da economia mundial abrande em 2026, ao passar de 3,2 por cento este ano para 2,9 por cento no próximo, com a actividade económica a enfrentar “perspectivas frágeis”, associadas ao impacto das tarifas no comércio global. No relatório Perspectivas Económicas, divulgado ontem, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) aponta para uma moderação na trajectória do Produto Interno Bruto (PIB) a nível mundial, com o crescimento a abrandar dos 3,3 por cento registados em 2024 para 3,2 por cento em 2025 e para 2,9 por cento em 2026, seguido de uma “pequena recuperação” para 3,1 por cento em 2027. “O crescimento deverá abrandar durante o segundo semestre deste ano [de 2025], à medida que a antecipação da actividade se desenrola e as taxas alfandegárias efectivas mais elevadas sobre as importações para os Estados Unidos e para a China se reflectem nos custos das empresas e nos preços finais dos produtos, prejudicando o investimento e o crescimento do comércio”, descreve a organização. “As projecções baseiam-se no pressuposto técnico de que as tarifas bilaterais anunciadas em meados de Novembro se manterão durante o resto do período de projecção, apesar dos desafios jurídicos em curso nos Estados Unidos”, ressalva. Na introdução do relatório, o secretário-geral da OCDE, Mathias Cormann, sublinha que “a economia global tem-se mostrado resiliente este ano, apesar das preocupações com uma desaceleração mais acentuada na sequência do aumento das barreiras comerciais e da significativa incerteza política”. No entanto, avisa que o aumento dos direitos aduaneiros deverá conduzir “gradualmente a preços mais altos, reduzindo o crescimento do consumo das famílias e do investimento das empresas”. “Essas perspectivas continuam frágeis”, avisa o responsável máximo da organização, vincando que se se verificar um aumento das tarifas, é expectável que esse movimento cause “danos significativos às cadeias de abastecimento e à produção global” e exista o risco de as elevadas avaliações de ativos, feitas “com base em expectativas otimistas de lucros empresariais” impulsionados pela Inteligência Artificial (IA), levarem a “correções de preços potencialmente abruptas”. Ásia em alta No documento, a OCDE nota que “a elevada incerteza geopolítica e política também continuará a pesar sobre a procura interna em muitas economias”, prevendo-se que as economias emergentes da Ásia continuem a ser as “responsáveis pela maior parte do crescimento global”. Para os Estados Unidos da América, a OCDE prevê que o crescimento do PIB seja de “2,0 por cento em 2025, 1,7 por cento em 2026 e 1,9 por cento em 2027”. A China deverá crescer 5,0 por cento em 2025, 4,4 por cento em 2026 e 4,3 por cento em 2027. Na segunda economia mundial, diz a organização, “o fim da antecipação das exportações, a imposição de taxas aduaneiras mais elevadas às exportações para os Estados Unidos, o ajustamento contínuo no sector imobiliário e o enfraquecimento do apoio orçamental deverão reduzir o crescimento”. O crescimento da zona euro “deverá abrandar ligeiramente, passando de 1,3 por cento em 2025 para 1,2 por cento em 2026, antes de aumentar para 1,4 por cento em 2027, com o aumento das fricções comerciais a ser compensado pela melhoria das condições financeiras, pelos gastos de capital contínuos dos fundos do Mecanismo de Recuperação e Resiliência, e pela resiliência dos mercados de trabalho”, refere a OCDE.
Hoje Macau China / ÁsiaUm terço das empresas da UE na China pondera desviar produção face a restrições Mais de um terço das empresas europeias na China estão a considerar desviar parte da cadeia de abastecimento para fora do país asiático, para mitigar o impacto do controlo das exportações implementado por Pequim. De acordo com um inquérito divulgado na segunda-feira pela Câmara de Comércio da União Europeia na China, 36 por cento das empresas estão a considerar desenvolver capacidade de fornecimento fora da China e 32 por cento planeiam obter ‘inputs’ de outros mercados, enquanto 43 por cento ainda não tomaram uma decisão estratégica. O inquérito, realizado entre 06 e 24 de Novembro com respostas de 131 empresas, revela que a maioria já foi afectada ou espera ser afectada pelas medidas chinesas, que abrangem minerais de terras raras, tecnologias de baterias de lítio, materiais superduros e controlos extraterritoriais sobre produtos que incorporam componentes processados na China. De acordo com o relatório, o impacto mais imediato é nos prazos de entrega: 40 por cento dos inquiridos indicaram que os procedimentos de aprovação acrescentaram mais de dois meses aos prazos de fornecimento, enquanto outros 34 por cento reportaram atrasos entre um e dois meses. As dificuldades centram-se no processo de pedido de licença de exportação junto do Ministério do Comércio da China. Quase 40 por cento queixaram-se da falta de transparência, 21 por cento consideraram os requisitos pouco claros e 40 por cento afirmaram que os pedidos ultrapassaram o limite oficial de processamento de 45 dias estabelecido pelas autoridades. Algumas empresas manifestaram preocupação com a quantidade de informação sensível que devem fornecer, incluindo a propriedade intelectual. Outras complicações Os problemas não terminam após a concessão da licença: 42 por cento registaram atrasos adicionais na alfândega e 26 por cento afirmaram que os obstáculos acrescentaram uma semana ou mais ao envio de mercadorias previamente autorizadas. As interrupções no fornecimento estão a afectar tanto os exportadores com fábricas na China como os produtores europeus que dependem de partes ou equipamentos chineses. O documento refere que 60 por cento preveem interrupções “moderadas ou significativas” no caso de todos os controlos anunciados estarem totalmente implementados, e 13 por cento temem interrupções totais da produção. O presidente da Câmara, Jens Eskelund, alerta que as autoridades chinesas “adicionaram incerteza” às operações das empresas europeias, coincidindo com um período de atritos comerciais entre Pequim e Bruxelas. O vice-presidente da instituição, Stefan Bernhart, recomendou o estabelecimento de um “sistema geral de licenciamento” a curto prazo, que proporcionaria “a tão necessária estabilidade e previsibilidade”. Em Abril, Pequim impôs restrições a várias categorias de elementos de terras raras e derivados, que levaram algumas empresas europeias a interromper temporariamente as suas linhas de produção. Apesar da suspensão parcial de certas medidas após a cimeira de Novembro entre a China e os Estados Unidos, parte do regime de controlo permanece activo e continua a afectar as cadeias de abastecimento.
Hoje Macau China / ÁsiaEncontro | Moscovo e Pequim condenam ressurgimento de “regimes criminosos” na Europa e Japão O secretário do Conselho de Segurança da Rússia, Sergei Shoigu, afirmou ontem que Moscovo e Pequim não vão permitir o ressurgimento do que chamou “regimes criminosos” na Europa e no Japão. As declarações de Shoigu ocorreram após um encontro em Moscovo entre o secretário do Conselho de Segurança da Rússia e o ministro dos Negócios Estrangeiros da República Popular da China, Wang Yi. O encontro entre Shoigu e Wang Yi marcou a vigésima ronda de consultas russo-chinesas sobre estabilidade estratégica. Shoigu disse, citado pela agência de notícias TASS, que a “a hidra do militarismo está a levantar novamente a cabeça”. O responsável russo acrescentou que, nesse sentido, Moscovo e Pequim acumularam experiência suficiente para travar ímpetos militaristas e que não vão permitir o ressurgimento do que classificou de “regimes criminosos na Europa e em Tóquio”. O antigo ministro da Defesa da Rússia disse ainda que Pequim considerou que as tentativas de falsificar a história são inaceitáveis. “Isto é especialmente importante, dada a crescente vontade de vingança em alguns países europeus e no Japão por derrotas passadas”, afirmou Shoigu. Wang Yi salientou que a Rússia e a República Popular da China são dois países unidos contra qualquer tentativa que possa contrariar a verdade histórica. Para o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês “é preciso estar vigilante” e rejeitar as tentativas no sentido do renascimento do militarismo e do fascismo no Japão. Shoigu reafirmou o apoio que disse ser consistente e inabalável de Moscovo em relação a Pequim nas questões de Taiwan, e sobre as regiões de Xinjiang, Tibete e Hong Kong. Para Moscovo, disse Shoigu, o governo da República Popular da China é o único poder legítimo e representa toda a China. Serguei Shoigu salientou que a coordenação russo-chinesa na área da segurança estratégica desempenha um “papel estabilizador crucial” e que ajuda a moldar uma ordem mundial mais justa, impedindo posições privilegiadas de “certos países”.
Hoje Macau China / ÁsiaHong Kong proíbe organizações políticas radicadas no estrangeiro As autoridades de Hong Kong declararam ontem como “organizações proibidas” duas entidades políticas no exílio – o autodenominado Parlamento de Hong Kong, com sede no Canadá, e a União pela Independência Democrática de Hong Kong, estabelecida em Taiwan. A medida – a primeira desta natureza contra grupos que operam no exterior, enquadrada na Lei de Segurança Nacional – foi publicada na segunda-feira em diário oficial e entrou em vigor de imediato. De acordo com o gabinete do secretário de Segurança de Hong Kong, Chris Tang, em 25 de Novembro foram enviados requerimentos formais a ambas as formações com um prazo de sete dias para apresentarem alegações. O Parlamento de Hong Kong respondeu por escrito, mas a entidade taiwanesa manteve-se em silêncio. Após analisar a documentação recebida e os antecedentes, Tang considerou comprovada a necessidade de vetá-los, por forma a preservar a soberania nacional. O Executivo acusa ambos os grupos de levarem a cabo “actividades subversivas”, destinadas a “derrubar o poder do Estado”, através da promoção da autodeterminação, da redação de uma constituição alternativa e do enfraquecimento da ordem constitucional da República Popular da China. A decisão determina que qualquer pessoa que exerça funções de direcção, mantenha filiação, organize reuniões, facilite fundos ou preste qualquer tipo de colaboração às duas entidades incorrerá em crime punível com até 14 anos de prisão e multa de um milhão de dólares de Hong Kong. Numa audiência ontem, Tang confirmou o procedimento seguido e lembrou condenações recentes relacionadas com ambos os grupos. Uma activista de 19 anos foi condenada a 12 meses de prisão por sedição após admitir ter divulgado nas redes sociais vídeos que incitavam à participação nas eleições do Parlamento no exílio, criado com o objetivo de estabelecer um poder legislativo paralelo para derrubar o governo local.
Hoje Macau China / ÁsiaHK | Anunciada investigação independente a incêndio e mantidas eleições Enquanto prosseguem buscas para encontrar 40 pessoas ainda desaparecidas, as autoridades anunciaram a abertura de uma investigação destinada a apurar todas as causas da tragédia em Tai Po que fez pelo menos 151 mortos. Domingo, há eleições O Governo de Hong Kong anunciou ontem uma investigação independente para apurar as causas do incêndio que matou pelo menos 151 pessoas, além de indicar que as eleições legislativas “serão realizadas como previsto” no domingo. O Chefe do Executivo de Hong Kong, John Lee Ka-chiu, anunciou a criação de uma comissão independente, presidida por um juiz para investigar “até o fim” o incêndio que deflagrou, na quarta-feira, no complexo residencial Wang Fuk Court, no norte da região semiautónoma, enquanto continuam as buscas por quase 40 desaparecidos. Esta comissão vai determinar, de acordo com o dirigente, as causas do incidente e propor alterações estruturais. “Os culpados serão responsabilizados independentemente da sua posição”, assegurou. O incêndio levou já à detenção de mais de uma dezena de pessoas por alegado homicídio por negligência, numa investigação que aponta para irregularidades nas obras de manutenção, que estavam em curso no complexo de habitação pública. Os exames periciais efectuados a 20 amostras de rede utilizada no exterior, recolhida a diferentes alturas, detectaram que sete delas não cumpriam as normas de resistência ao fogo. O material aprovado só foi instalado nos pisos térreos para evitar controlos após a passagem do supertufão Ragasa, em Julho. Paralelamente, pelo menos três pessoas foram detidas desde sábado por alegadas infrações contra a segurança nacional: um estudante universitário de 22 anos que lançou uma petição com mais de 10 mil assinaturas a apelar para uma investigação independente, o antigo conselheiro distrital Kenneth Cheung e um voluntário, todos acusados de “explorar a tragédia para incitar ao ódio e criar instabilidade”. O gabinete de protecção da segurança nacional advertiu que este tipo de comportamento “será punido sem piedade”. Manter a ordem Antes da reunião semanal do Conselho Executivo, John Lee afirmou ainda que os futuros deputados do Conselho Legislativo (LegCo, o parlamento local) vão ser “parceiros fundamentais” na supervisão da afectação de fundos públicos e na revisão das políticas para evitar novas catástrofes em Hong Kong, cidade vizinha de Macau. Manter a data das eleições legislativas, que o Governo ponderou adiar, “é respeitar a ordem constitucional e o Estado de direito”, insistiu o governante, antes de avisar que “qualquer tentativa de sabotagem ou de exploração política da tragédia será vigorosamente perseguida”. “Precisamos de construir uma Hong Kong melhor. A justiça será feita. É uma tragédia, sim, precisamos de uma reforma, identificámos as falhas, temos de agir com firmeza para pedir contas aos responsáveis, vamos reformar todo o sistema de reabilitação de edifícios, vamos fazer tudo o que for possível”, afirmou. O dirigente apontou ainda que “os incêndios acontecem em todas as cidades e que Hong Kong tudo fará para os evitar”. Dos 90 lugares no LegCo, apenas 20 são eleitos por sufrágio universal directo em círculos geográficos (51 candidatos), 30 são eleitos por distintos sectores de actividade (60 candidatos) e os restantes 40 designados por um colégio eleitoral (50 candidatos), um órgão cujos 1.500 membros são, na maioria, simpatizantes de Pequim.
Hoje Macau EventosLivro | “Receita di Casa” de Antonieta Manhão premiado na Arábia Saudita A chef macaense Antonieta Manhão, mais conhecida como “Chef Neta”, acaba de ver o seu trabalho distinguido com dois prémios atribuídos na Arábia Saudita. Mais concretamente, o livro “Receita di Casa” obteve dois prémios no concurso internacional “Gourmand Awards Food Culture”, nas categorias de Gourmet e no grupo de publicações trilingues, português, chinês e inglês, tendo estes sido entregues em Riade. Trata-se de um livro editado por Dorris Lei, da Co-Write Limited, com tradução de Adelaide Ferreira. De destacar os mais de 1.200 trabalhos enviados para esta competição, tendo sido seleccionados seis para a final do grupo de publicações de receitas, com o objectivo de distinguir “The Best Cookbooks in The World”. Na cerimónia de entrega de prémios, estiveram representados 96 países. “Receita di Casa” foi lançado em Janeiro deste ano e traz 19 receitas de pratos tipicamente macaenses, nomeadamente o famoso Minchi, Capela ou Sopa Lacassá, entre tantos outros. “Neta” Manhão é ainda professora de culinária macaense na Universidade de Turismo de Macau.
Hoje Macau EventosExposição “Narrativa Espiritual” esta quinta-feira nas Casas da Taipa Esta quinta-feira, apresenta-se ao público, a partir das 18h30, a mostra “Narrativa Espiritual – Exposição Anual de Artes entre a China e os Países de Língua Portuguesa”, na Galeria de Exposições das Casas da Taipa, integrada no programa do 7.º Encontro em Macau – Festival de Artes e Cultura entre a China e os Países de Língua Portuguesa. Trata-se de uma iniciativa organizada pelo Instituto Cultural (IC) e que reúne o trabalho de oito artistas da China e dos países de língua portuguesa, nomeadamente Cao Yu e Tong Wenmin, do Interior da China; Wong Hio Chit e Cosmo Wong de Macau, China; Carla Cabanas, de Portugal; Délio Jasse, de Angola; Eugénia Mussa, de Moçambique; e Juliana Matsumura, do Brasil. A exposição apresenta obras em diversos suportes, abrangendo a pintura, a escultura, o vídeo e a instalação, revelando um mosaico dos contextos culturais da China e dos Países de Língua Portuguesa, “expresso através de um rico vocabulário artístico”, destaca o IC, numa nota. Notas curatoriais Os curadores basearam-se, para organizar esta exposição e o seu conteúdo, “na experiência de dois viajantes lendários do século XVI, um do Ocidente e outro do Oriente: o português Fernão Mendes Pinto e o chinês Xu Xiake”, sendo que, segundo o IC, ambos “mediram o mundo com os próprios passos, transformando as suas observações e experiências de viagem em reflexões filosóficas sobre a vida”. A exposição “utiliza a criação artística no lugar de viagens físicas, oferecendo um banquete visual aos visitantes através de 28 peças/conjuntos de obras em diversos suportes”. Descreve-se a possível experiência do visitante, que poderá ser semelhante a “seguir os passos de um viajante, iniciando uma digressão artística de auto-reflexão e exploração do mundo”. Esta exposição pode ser visitada até ao dia 1 de Março do próximo ano, entre as 10h e as 19h, de forma gratuita. Durante este mês, estarão disponíveis visitas guiadas em cantonense e mandarim, respectivamente às 15h e às 16h, todos os sábados, domingos e feriados, bem como nos dias 23 e 26.
Hoje Macau SociedadeGripe | Surtos em escolas afectam 87 alunos Os Serviços de Saúde adiantaram ontem que foram detectados 10 casos colectivos de gripe em escolas de Macau, afectando 87 alunos, 40 dos quais acusaram resultado positivo num teste rápido para a gripe do tipo A. O estabelecimento de ensino com maior número de ocorrências foi a Escola Fong Chong da Taipa, na Rua de Chaves, onde em três turmas distintas foram infectados 20 alunos. Tanto na Escola Oficial da Flora, na Travessa do Túnel, como na Escola Secundária Vocacional e Técnica da Associação Geral dos Operários, da Rua de Lei Pou Chon, registaram 10 alunos com gripe cada uma. As restantes escolas onde foram encontrados estes casos foram a Escola da Associação Geral das Mulheres de Macau, o Colégio Diocesano de São José (V, Secção chinesa), o Colégio Sagrado Coração Canossiano (Secção Inglesa), o Jardim de Infância D. José da Costa Nunes (Taipa), a Escola Choi Nong Chi Tai, a Escola Choi Nong Chi Tai, o Colégio de Santa Rosa de Lima (Secção Chinesa) e Escola de Talentos Anexa à Escola Secundária Hou Kong. Apesar de indicar que alguns doentes receberam tratamento médico, os Serviços de Saúde ressalvaram que as “condições clínicas dos doentes são consideradas ligeiras e não foram registados casos graves ou outras complicações”.
Hoje Macau SociedadeCasinos-Satélite | Kam Pek fechou as portas O casino Kam Pek Paradise, ligado à concessionária SJM Resorts, encerrou as portas às 23h31 de segunda-feira. Em comunicado, a Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ) considerou que o encerramento decorreu “de acordo com os procedimentos previstos”. “Após o encerramento do Casino Kam Pek Paradise, às 23h59 do dia 1 de Dezembro, a DICJ procedeu, de imediato, à suspensão do funcionamento das mesas e máquinas de jogo, tendo assegurado a coordenação, de forma activa, com diversos serviços, para o acompanhamento da retirada do respectivo recinto, entre outros trabalhos”, foi comunicado pelas autoridades. “No decurso do encerramento do referido casino, a Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais enviou pessoal ao local para prestar esclarecimentos aos trabalhadores em causa, tendo-lhes sido fornecido informações sobre uma linha aberta para consultas posteriores”, foi acrescentado. O número de trabalhadores afectados com despedimentos não foi comunicado pela DICJ, que também não fez referência ao número de trabalhadores que vão ser transferidos para a SJM Resorts. Em Julho deste ano, quando foi confirmado que o casino Kam Pek Paradise ia encerrar, a notícia causou surpresa entre os analistas. Um comunicado desse mês, da CLSA indicava que o encerramento era inesperado, dado que o casino era gerido com lucros.
Hoje Macau SociedadeMetro | Média diária de 32.600 passageiros em Novembro Em Novembro, o Metro Ligeiro transportou cerca de 32.600 passageiros por dia, um novo recorde desde que as viagens começaram a ser pagas. A estatística foi disponibilizada no portal da empresa que explora este meio de transporte. Feitas as contas por mês, o Metro Ligeiro transportou 978 mil passageiros. Este é um registo que se aproxima dos números de Dezembro de 2019, quando foi inaugurado o meio de transporte. Nesse ano, em Dezembro, a média diária de passageiros foi de 33 mil por dia, num total de cerca de 693 mil passageiros, dado que a inauguração aconteceu a 10 de Dezembro. No entanto, nesse período os passageiros não tinham de pagar pelos bilhetes, medida que se prolongou até Janeiro de 2020.
Hoje Macau SociedadeFortuna | Fecho afecta 553 trabalhadores A Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ) confirmou que o Casino Fortuna vai fechar as portas na próxima terça-feira, uma medida que vai afectar o emprego de 553 trabalhadores. O número de outros trabalhadores ligados à empresa responsável pela exploração do espaço não foi revelado. “Quanto aos 553 trabalhadores do Casino Fortuna, a DICJ continuará a manter uma estreita comunicação com a DSAL, no sentido de assegurar o cumprimento dos compromissos assumidos pela SJM, no que respeita à recolocação de todos os respectivos trabalhadores, bem como às garantias quanto à sua remuneração, regalias e condições de trabalho, proporcionando-lhes oportunidades de mudança de emprego, com vista a dar continuidade ao seu emprego”, foi comunicado.