Hoje Macau China / ÁsiaEUA admitem usar tropas na Coreia do Sul em caso de conflito com China O secretário da Guerra dos Estados Unidos, Pete Hegseth, admitiu ontem a utilização das tropas norte-americanas estacionadas na Coreia do Sul (USFK) em caso de conflitos armados com a China. “A flexibilidade [das USFK] para responder a contingências regionais é algo que devemos definitivamente considerar”, afirmou Hegseth. As suas palavras surgem num momento em que a Administração do Presidente norte-americano, Donald Trump, procura reforçar a cooperação com os seus aliados na região do Indo-Pacífico para conter a influência e o avanço da China. À medida que aumenta a tensão na zona, a eventualidade do uso destas forças poderia ser desencadeada por motivos relacionados com a questão de Taiwan, que a China não exclui vir a invadir, ou por disputas no mar da China Meridional. O secretário norte-americano sublinhou, contudo, que o principal objectivo das USFK continua a ser enfrentar qualquer ameaça da Coreia do Norte. O secretário da Guerra dos EUA prestou estas declarações numa conferência de imprensa em Seul, dada em conjunto com o ministro da Defesa sul-coreano, Ahn Gyu-back, após a 57.ª Reunião Consultiva de Segurança (SCM), o principal fórum anual de defesa entre os dois países. Pete Hegseth elogiou ainda a decisão do Governo sul-coreano de aumentar a despesa em defesa e de investir no desenvolvimento de capacidades militares, como mísseis, antevendo também uma melhoria nas tecnologias militares do país. “Como sabemos, enfrentamos um clima de segurança perigoso, embora a nossa aliança seja mais forte do que nunca”, afirmou o secretário norte-americano. Promoções nucleares Donald Trump tinha dito nas redes sociais na passada quinta-feira que os Estados Unidos iriam partilhar tecnologia altamente restrita para permitir que a Coreia do Sul construísse um submarino de propulsão nuclear, após ter-se reunido com o Presidente sul-coreano, Lee Jae-myung. Hegseth pronunciou-se ontem sobre o assunto, expressando também o seu apoio quanto a esta iniciativa de construção de equipamento naval que recorreria a energia nuclear para se mover. O Ministério da Defesa indicou hoje, numa reunião do Conselho de Ministros, que Seul poderá lançar o submarino na segunda metade da década de 2030, com tecnologia própria, segundo noticiou a agência local Yonhap. O ministro da Defesa sul-coreano, Ahn Gyu-back, por sua vez, reafirmou que Seul manterá o seu compromisso com a desnuclearização da península e rejeitou qualquer plano para desenvolver armas nucleares próprias, em conformidade com o Tratado de Não Proliferação, um acordo internacional criado para impedir a disseminação de armas nucleares, promover o desarmamento e incentivar o uso pacífico da energia nuclear.
Hoje Macau China / ÁsiaImportações | Pequim suspende tarifa adicional de 24% aos EUA A suspensão de medidas comerciais mais agressivas por um ano surge na sequência do encontro entre Trump e Xi na semana passada em Busan. As taxas adicionais sobre a soja deixam também de fazer parte do pacote de tarifas A China anunciou ontem a suspensão por um ano de uma “tarifa adicional” de 24 por cento sobre produtos dos Estados Unidos, uma medida que Pequim enquadra na trégua comercial bilateral alcançada na semana passada. De acordo com um comunicado da Comissão Tarifária do Conselho de Estado, o executivo chinês, a decisão, que entrará em vigor em 10 de Novembro às 13:01, visa “implementar os resultados e consensos alcançados nas consultas económicas e comerciais entre a China e os Estados Unidos”. “Os direitos aduaneiros de 24 por cento sobre os produtos norte-americanos continuam suspensos, e os direitos aduaneiros de 10 por cento sobre mercadorias norte-americanas continuam em vigor”, indica um comunicado publicado no portal electrónico do Ministério das Finanças chinês, que não especifica quais as mercadorias em causa. A China também “deixará de aplicar direitos aduaneiros adicionais” à importação de soja e outros produtos agrícolas norte-americanos, a partir de 10 de Novembro, segundo outro comunicado publicado pelo ministério. Algumas dessas taxas alfandegárias chegavam a 15 por cento. A suspensão prolonga por 12 meses a moratória sobre as chamadas “tarifas recíprocas” que Pequim tinha anunciado em Março, como resposta às taxas alfandegárias impostas por Washington. Tréguas em vigor O anúncio confirma a aplicação dos compromissos assumidos após o encontro entre o Presidente chinês, Xi Jinping, e o homólogo norte-americano, Donald Trump, realizado em Busan (Coreia do Sul) na quinta-feira passada. Nessa reunião, os dois líderes concordaram com uma trégua comercial de um ano, que prevê a redução de tarifas, a retoma do comércio agrícola, a suspensão dos controlos de Pequim sobre a exportação de terras raras e o congelamento temporário das taxas portuárias impostas reciprocamente, entre outras medidas. A medida coincide com a decisão dos Estados Unidos de reduzir de 57 por cento para 47 por cento as tarifas médias sobre produtos chineses. As duas maiores economias do mundo mantêm há vários anos um conflito comercial, que incluiu restrições mútuas em sectores estratégicos como microchips, terras raras e serviços marítimos.
Hoje Macau Eventos“Mensagem” de Fernando Pessoa traduzido para tétum timorense A primeira tradução da “Mensagem”, de Fernando Pessoa, para tétum, língua oficial de Timor-Leste a par do português, é apresentada amanhã, num esforço para levar “a maior obra” do escritor “a leitores de todo o mundo”. “Queríamos ser os primeiros a lançar algumas edições. O ano passado lançámos em hindi, que é a quinta língua mais falada em todo o mundo, e que não tinha nenhuma tradução”, destacou a directora de comunicação da Valor do Tempo, o grupo que adquiriu o café de Lisboa e que avançou com traduções da obra de Fernando Pessoa em 2020. Segundo Sónia Santiago, o grupo queria “voltar a ter a ‘Mensagem’ em mais edições”, pelo que escolheram o tétum, após terem descoberto, em conversa com o especialista em Fernando Pessoa Ricardo Belo de Moraes, que não havia nenhuma obra traduzida para esta língua oficial de Timor-Leste. A edição conta ainda com uma introdução sobre a relação de Fernando Pessoa com A Brasileira do Chiado. Com o fecho temporário do café devido à pandemia de covid-19, o grupo teve mais “tempo para pensar” como é que poderia “apresentar A Brasileira ao mundo”, tendo decidido “começar a fazer traduções da ‘Mensagem'”, visto que “recebem clientes de tantos sítios”, que vão de propósito “tirar fotografias com a estátua [de Fernando Pessoa] que está na esplanada”, acrescentou. Em 2021, o grupo lançou a edição da obra em português e edições bilingue em inglês, francês, espanhol, mandarim, e mais tarde, em alemão e italiano. O grupo começou a preparar traduções do livro para outros idiomas em 2024, com foco em edições inéditas, nomeadamente para hindi, lançada em Outubro desse ano. Época de aniversários O lançamento da obra em tétum “adquire particular significado por acontecer no mês em que A Brasileira do Chiado celebra 120 anos de existência, a 19 de Novembro, e em que Timor-Leste assinala, a 28 do mesmo mês, os 50 anos da primeira declaração de independência”, segundo um comunicado. A tradução da obra “Mensagem”, uma edição d’A Brasileira do Chiado, é da autoria de Paulo Henriques, formador, tradutor e Professor convidado do Mestrado em Ensino de Português no Contexto de Timor-Leste da Universidade Nacional de Timor-Leste. O grupo vai anunciar na sexta-feira o lançamento das edições da Mensagem em romeno, árabe, polaco, russo, e ucraniano, que é também uma tradução inédita. O lançamento da obra acontece sexta-feira, às 11h, no Instituto Camões, em Lisboa, numa sessão aberta ao público. O evento conta com a presença da embaixadora de Timor-Leste em Lisboa, Isabel Amaral Guterres, da presidente do Instituto Camões, Florbela Paraíba, do presidente da Fundação Oriente, Carlos Monjardino, com o tradutor, Paulo Henriques, a participar por videochamada a partir da capital timorense, Díli.
Hoje Macau SociedadeComércio | Associação espera maior intercâmbio entre empresas O presidente da Associação Comercial de Macau, Ma Chi Ngai, quer promover uma maior cooperação entre diferentes empresas, como resultado da Convenção Mundial dos Empreendedores Chineses. Este evento foi organizado pela Associação Comercial de Macau e decorreu entre 2 e 4 de Novembro. Ao jornal Ou Mun, o empresário afirmou que o evento deve levar a um maior intercâmbio comercial a longo prazo entre as empresas participantes. Ma considerou que resulta da cada vez mais estreita cooperação entre associação e o Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento (IPIM) e que as duas entidades participaram activamente na identificação de potenciais participantes. Ma Chi Ngai apontou que houve uma participação de cerca de 600 empresários chineses provenientes de todo o mundo, e que foram realizados mais de 300 encontros individuais, o que no seu entender ultrapassou as expectativas da organização. Durante o evento, foram assinados cerca de dez contratos ou intenções de cooperação, abrangendo as empresas dos países integrantes da iniciativa Uma Faixa e Uma Rota e do Sudeste Asiático.
Hoje Macau Manchete PolíticaOrçamento | Economia cresceu 8,8 por cento em 2024 O relatório da execução orçamental de 2024, apresentado esta terça-feira pelo Executivo na Assembleia Legislativa, fala de um crescimento real da economia em 8,8 por cento no espaço de um ano A economia da RAEM registou em 2024 uma recuperação progressiva, com o Produto Interno Bruto (PIB) a fechar o exercício com um crescimento anual de 8,8 por cento em termos reais face a 2023, foi anunciado na terça-feira no hemiciclo. A preços correntes, o PIB atingiu 403.310 milhões de patacas, tendo registado uma subida nominal de 9,2 por cento, em termos anuais, face a 2023, traduzindo-se numa recuperação da dimensão global da economia de Macau para 86,4 por cento do valor registado antes da pandemia de covid-19. Segundo o relatório da execução do Orçamento de 2024, apresentado na Assembleia Legislativa (AL) pelo secretário para a Economia e Finanças de Macau, Tai Kin Ip, as exportações de serviços tiveram um aumento de 9,2 por cento, impulsionado pelo crescimento anual de 23,8 por cento do número de entradas de visitantes em 2024, na ordem dos 34,929 milhões. As exportações de serviços do jogo subiram 21,8 por cento e as exportações de outros serviços turísticos desceram 6,1 por cento devido à base de comparação relativamente elevada do ano 2023, mas registando uma subida de 13 por cento em relação a 2019. As receitas brutas dos diversos itens do jogo em 2024 cresceram 23,8 por cento, ou seja, de 183.700 milhões de patacas em 2023 para 227.420 milhões de patacas em 2024, entre as quais se destacaram as receitas brutas do jogo de fortuna ou azar no valor de 226.780 milhões de patacas, que tiveram um peso de 99,7 por cento nas receitas brutas do jogo globais, traduzindo um acréscimo de 23,9 por cento face ao período homólogo de 2023. Contas certas Em 2024, a receita ordinária integrada ascendeu a 116.060 milhões de patacas, equivalentes a 28,8 por cento do PIB, traduzindo um acréscimo de 15,5 por cento face aos 100.450 milhões de patacas registados em 2023. A despesa ordinária integrada da RAEM situou-se em 97.950 milhões de patacas, ou 24,3 por cento do PIB, com um aumento de 8,1 por cento face aos 90.570 milhões de patacas registados em 2023. O saldo de execução orçamental de 18.110 milhões de patacas representou um acréscimo de 83,4 por cento face aos 9.870 milhões de patacas registados em 2023. O relatório sublinha a “melhoria contínua da situação das finanças públicas em 2024”, sem qualquer encargo de dívida pública, pelo contrário, “foi transferido para a reserva financeira o valor de 4.790 milhões de patacas do saldo de execução do orçamento central da RAEM referente a 2022. No ano em análise, registou-se também “um resultado positivo da carteira dos investimentos em 30.950 milhões de patacas, bem como um aumento da reserva financeira de 580.470 milhões de patacas em finais de 2023 para 616.210 milhões de patacas em finais de 2024. Na mesma sessão da AL, foi ainda apresentado o Relatório de Auditoria da Conta Geral de 2024, tendo a comissária da auditoria, Ao Ieong U, dado relevância ao surgimento de 57 questões relativas à gestão, operações e desenvolvimento institucional em aproximadamente 18 departamentos. “O feedback sobre essas questões foi fornecido individualmente às lideranças departamentais para reforçar a supervisão das medidas corretivas,” assinalou.
Hoje Macau SociedadeHengqin | Fronteira do Aeroporto custa 381 milhões A construção da futura zona fronteiriça do terminal de mercadorias em Hengqin do Aeroporto Internacional de Macau vai custar 381,9 milhões de patacas (340,0 milhões de renminbis). O serviço foi contratado pela CAM – Sociedade do Aeroporto Internacional de Macau, através da subsidiaria Sociedade de Logística do Aeroporto Internacional de Macau em Hengqin Guangdong, que realizou um concurso público com 30 propostas. Uma vez que a construção vai ser feita na Província de Cantão, fora da RAEM, todas as propostas foram apresentadas por empresas do Interior. Entre as 30 propostas, 15 foram recusadas. As propostas variavam entre os 352,77 milhões de patacas e os 404,31 milhões de patacas. A empreiteira escolhida foi a empresa estatal China Construction Fifth Engineering Division Corp, que tem sede em Changsha, na Província de Hunan. Apesar disso, e de ter sido criada como empresa independente, a Construction Fifth Engineering Division Corp faz parte da China State Construction Engineering Corporation. De acordo com a informação do concurso público, a empreiteira escolhida comprometeu-se a terminar os trabalhos em 420 dias, pouco mais de um ano, por 381,9 milhões de patacas. A futura zona fronteiriça vai permitir que as mercadorias entrem em Macau quando ainda estão em Hengqin, para que não haja necessidade de atravessarem a fronteira duas vezes.
Hoje Macau Manchete PolíticaLAG | Sam Hou Fai vai à AL a 18 de Novembro As Linhas de Acção Governativa (LAG) vão ser apresentadas por Sam Hou Fai a 18 de Novembro, terça-feira, na Assembleia Legislativa. O calendário sobre as traves-mestras da governação para o próximo ano foi divulgado ontem, através de um comunicado do Gabinete de Comunicação Social (CGS). A 18 de Novembro, pelas 15h, o Chefe do Executivo vai à Assembleia Legislativa, para comunicar o conteúdo das Linhas de Acção Governativa. Duas horas e meia depois, realiza-se a tradicional conferência de imprensa, na Sede do Governo. No dia seguinte, quarta-feira, Sam Hou Fai regressa ao hemiciclo para responder às perguntas dos deputados sobre as LAG. Cada deputado tem direito a fazer uma pergunta. Para o dia 21 de Novembro, está agendada a sessão de perguntas e da área da Administração e Justiça, no que vai ser uma estreia na nova pasta de Wong Sio Chak. A sessão vai decorrer entre as 9h30 e as 20h, com um intervalo entre as 13h e as 15. Este é o horário para todas as sessões sectoriais. A 24 de Novembro é a vez de Tai Kin Ip se deslocar ao hemiciclo, para responder às perguntas sobre Economia e Finanças. No dia 26 de Novembro, Chan Tsz King vai estrear-se no hemiciclo, para abordar as dúvidas sobre a área da segurança. As últimas sessões estão agendadas para 28 de Novembro, com as questões sobre Assuntos Sociais e Cultura, e para 1 de Dezembro, com Raymond Tam a responder às dúvidas sobre os Transportes e Obras Públicas.
Hoje Macau PolíticaLAG | Académicos defendem prudência nas despesas Os académicos Loi Hoi Ngan e Davis Fong defenderam, segundo o canal chinês da Rádio Macau, que nas próximas Linhas de Acção Governativa (LAG), relativas a 2026, o Executivo deve estar atento à manutenção da despesa pública dentro dos limites das receitas e apoiar, de forma mais precisa, os grupos vulneráveis da sociedade. Loi Hoi Ngan, professor associado da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais da Universidade Politécnica de Macau, argumentou que há factores externos a causarem impacto em Macau, e caso as despesas financeiras fixas sejam demasiadas, isso não trará benefícios à saúde financeira do território. Já Davis Fong, professor da Faculdade de Gestão de Empresas da Universidade de Macau, apontou que a recuperação económica ainda não é tão forte como a subida do número de visitantes, pelo que a incerteza económica vinda do exterior pode continuar até ao próximo ano. Por esta razão, Davis Fong pede uma atitude prudente da parte do Executivo, devendo ser elaboradas políticas de apoio aos negócios dos bairros comunitários que têm recuperado de forma mais lenta.
Hoje Macau EventosIIM | Exposição de fotografia inaugurada no final do mês No próximo dia 27 de Novembro, quinta-feira, a partir das 18h30, vai ser inaugurada a exposição de fotografias “À descoberta de Macau e Hengqin”. A iniciativa do Instituto Internacional de Macau (IIM) é patrocinada pela Fundação Macau, em co-organização com a Associação de Fotografia Digital de Macau, a Associação dos Embaixadores do Património de Macau, a Halftone – Macao Photographic Association e a Macau Cable TV, tendo ainda a colaboração da Associação dos Jovens Macaenses, a Language Exchange and Culture Promotion (LECPA) e o Clube Leo Macau Central. Segundo uma nota do IIM, trata-se de uma iniciativa que visa “estimular o conhecimento da população, especialmente entre os mais jovens, das riquezas patrimoniais e das tradições que enformam a cultura de Macau, incluindo as atracções da Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin”. Destaca-se “a participação significativa dos residentes de Macau e também de participantes do exterior, tendo recebido a candidatura de mais de 200 fotografias a concurso, findo no passado dia 6 de Outubro. O júri foi constituído por António Monteiro, do IIM, Yuen Wai Man e Cheong Chi Keong, em representação da Associação de Fotografia Digital de Macau, Cheong Hio I, da Associação dos Embaixadores do Património de Macau, e José Sales Marques, ligado à Halftone. Após avaliação dos trabalhos apresentados, foram classificados nos primeiros lugares, na categoria de Residentes de Macau, Lei Heong Ieong, Kou Wai In e Chan Chi Pan, enquanto que na categoria geral foram classificados Alka Li, Wyatt Lin e Ng Pak Lun, além de cinco obras premiadas com menção honrosa e de um prémio especial apresentado por sócio da Associação de Fotografia Digital de Macau. A exposição, aberta ao público interessado, terá lugar na sala de actividades do Jardim Cidade das Flores na Taipa, até ao dia 9 de Dezembro do corrente ano.
Hoje Macau EventosFRC | Historiadora da USJ fala hoje sobre o “Pai dos Tufões” Os interessados em história, nomeadamente na história dos tufões e dos serviços meteorológicos no território, podem hoje, 5 de Novembro, deslocar-se à Fundação Rui Cunha para assistir à sessão “O ‘Pai dos Tufões’: Ernesto Gherzi”, protagonizada pela historiadora Priscilla Roberts. A docente da Universidade de São José vai abordar a vida deste homem, nascido em finais do século XIX, e do trabalho dos serviços meteorológicos na década de 50 A Fundação Rui Cunha (FRC) acolhe hoje, 5 de Novembro, a partir das 19h, mais uma conferência ligada à história de Macau, intitulada “O ‘Pai dos Tufões’: Ernesto Gherzi (1886-1973) e o Serviço Meteorológico de Macau, 1950-1954”, com a historiadora Priscilla Roberts, actualmente professora associada da Universidade de São José (USJ). Esta sessão insere-se no “Ciclo de Palestras Públicas de História e Património”, tratando-se de uma parceria regular entre a FRC e o Departamento de História e Património da USJ. A sessão de hoje aborda “uma história que merece ser contada”, descreve uma nota da FRC, nomeadamente sobre a figura do padre Ernesto Gherzi, “eminente meteorologista jesuíta e especialista em tufões, que passou mais de quatro anos em Macau no início da década de 1950, vivendo no Seminário de São José e trabalhando como director adjunto do Observatório de Macau”. Citada pela nota, a docente e investigadora explica que “após quase trinta anos a trabalhar no Observatório de Zikawei, em Xangai, Gherzi foi forçado a abandonar a China em 1949”, com a instauração da República Popular e a saída em massa de ordens religiosas e de população estrangeira. Depois, “com alguma astúcia”, o “Bispo de Macau, Dom João de Deus Ramalho, e o Governador de Macau, Albano Rodrigues de Oliveira, viram no exílio de Xangai de Gherzi uma oportunidade para a sua própria cidade”. Trabalho de modernização Gherzi, descrito como tendo “uma personalidade marcante”, e “um verdadeiro homem do Renascimento, organista, compositor e poeta”, trabalhou em Macau durante quatro anos para “modernizar as instalações do Observatório de Macau e para aumentar a sua visibilidade local e internacional”. Assim, “os seus esforços foram o elemento central de um programa de melhorias comunitárias lançado por Oliveira [governador] para demonstrar a confiança portuguesa na capacidade de Macau para sobreviver e prosperar”, é referido na mesma nota. Priscilla Roberts é uma historiadora britânica que, ao longo da sua carreira académica, pesquisou aspectos das transições internacionais de poder, e o papel das elites, como pessoas anónimas ou instituições, na elaboração da política externa dos EUA, da Grã-Bretanha e dos domínios britânicos. A investigadora leccionou muitos anos na Universidade de Hong Kong, tendo recebido diversas bolsas de investigação de entidades em Hong Kong, Estados Unidos, Grã-Bretanha, Canadá, Austrália e Macau, onde actualmente reside. Tem igualmente extensa obra publicada, com 32 livros de autoria única, além de artigos vários em periódicos e capítulos em livros de co-autoria. Priscilla Roberts tem doutoramento em História pelo King’s College de Cambridge, no Reino Unido. Desde que se mudou para Macau que a docente “desenvolveu um forte interesse pela história do território, nomeadamente sobre o seu significado no contexto global”, é descrito na nota da FRC.
Hoje Macau SociedadePJ | Apreendidas metanfetaminas no valor de 2,1 milhões de patacas Dois homens da Malásia foram detidos ao entrar em Macau, pela Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau, na posse de 718 gramas de metanfetaminas, avaliadas em 2,15 milhões de patacas. A operação da Polícia Judiciária (PJ) foi revelada ontem. Os homens estavam a utilizar Macau como ponto de passagem, uma vez que o destino final foi indicado pelas autoridades como “um país na Oceânia”. De acordo com o jornal Ou Mun, um dos detidos tem 21 anos e declarou ser vendedor ambulante. O outro, tem 33 anos e afirmou encontrar-se desempregado. Após a detenção, os dois homens confessaram o crime e afirmaram que tinham recebido 19 mil patacas de uma rede internacional de tráfico de drogas. O montante de 19 mil patacas teria depois de ser dividido pelos dois e apenas seria recebido quando as drogas chegassem ao destino final. A detenção aconteceu quando o detido mais novo tentou entrar em Macau. Na sua bagagem foram encontrados três sacos com as metanfetaminas. Após o colega ser abordado pelas autoridades, o detido de 33 anos tentou deixar rapidamente o local, mas como estava a ser controlado acabou também por ser detido. Os dois homens confessaram ainda que uma vez entrados em Macau, o objectivo passava por se dirigem ao aeroporto e deixarem a RAEM. A PJ indicou ir continuar a investigar o caso para apurar a proveniência dos estupefacientes.
Hoje Macau SociedadeCasa Sun Yat Sen | Taiwan investe 1,9 milhões de patacas No próximo ano, as autoridades de Taiwan vão gastar cerca de 1,9 milhões de patacas com a manutenção da Casa Comemorativa Sun Yat Sen. A revelação, de acordo com o portal Storm Media Group, surgiu no âmbito das discussões no parlamento sobre o orçamento da antiga Formosa para 2026. A medida não deixou de causar polémica, dado que este valor representa um aumento superior a 300 por cento em comparação com os gastos do ano em curso, que se ficaram pelas 470 mil patacas. Os representantes do Executivo local explicaram a diferença com o facto de a Casa Comemorativa Sun Yat Sen ter passado a ser património classificado na RAEM, o que torna obrigatório que os planos de manutenção sejam aprovados pelo Instituto Cultural. Este aspecto conduziu a um aumento dos custos de manutenção. A justificação foi aceite, mas não deixou de causar polémica, dado que os deputados da oposição esperavam que as autoridades de Taiwan tivessem apresentado o plano com as obras a realizar. A Casa Comemorativa Sun Yat Sen tem como proprietário o Conselho dos Assuntos do Interior, através da empresa APHS Serviços de Viagem de Hong Kong. Foi construída em 1912, como residência de Lu Muzhen, primeira mulher do homem conhecido como o “Pai da China Moderna”. Apesar de Sun se ter divorciado da mulher em 1915, para casar com Soong Ching-ling, uma das três irmãs Soong e mais tarde uma das figuras em destaque no Partido Comunista Chinês, Lu e os filhos permaneceram na residência de Macau. Foi nesta habitação que Lu Muzhen morreu, em Setembro de 1952, então com 85 anos de idade.
Hoje Macau SociedadeDSAMA | Praias sem vigia desde fim de Outubro As praias do território deixaram de ter vigia em Novembro por ter chegado ao fim a época balnear. O aviso em português foi emitido ontem pela Direcção dos Serviços de Assuntos Marítimos e de Água (DSAMA), quatro dias depois de as praias deixarem de ter vigilância. “A partir desta data [31 de Outubro], os nadadores-salvadores deixarão de estar presentes nas praias, os postos de primeiros socorros suspenderão as suas operações e a Direcção dos Serviços de Assuntos Marítimos e de Água procederá à remoção das boias que delimitam as zonas balneares”, foi indicado. “A DSAMA apela ao público que adopte cuidados redobrados e tenha especial atenção à segurança ao nadar, brincar na água ou praticar actividades aquáticas em praias não vigiadas”, foi acrescentado. A mesma fonte indica que durante a época balnear deste ano foram prestados “169 atendimentos paramédicos”, não detalhados, nas praias de Hác Sá e Cheoc Van. “Após o encerramento da época balnear, a DSAMA prosseguirá com inspecções regulares às praias e às zonas costeiras”, foi prometido. “Uma vez que os nadadores-salvadores deixam de estar de serviço fora da época balnear, a DSAMA exorta os utilizadores das praias a suspenderem todas as actividades aquáticas sempre que sejam emitidos avisos de bola preta ou em caso de condições meteorológicas adversas, de modo a preservar a segurança”, foi alertado.
Hoje Macau PolíticaJogos electrónicos | Chao Ka Chon quer desenvolvimento do sector O deputado Chao Ka Chon propôs ontem o desenvolvimento local do sector dos jogos electrónicos, podendo o território servir de interlocutor entre a China e o Brasil, “o maior mercado” de utilizadores dos jogos chineses na América do Sul. O deputado notou que o sector está “a crescer significativamente” na China e referiu na Assembleia Legislativa (AL) que este “não só cria benefícios económicos directos e abundantes, como também contribui para a inovação em indústrias relacionadas”. O legislador, do grupo de membros nomeados pelo Governo, apresentou dados do panorama chinês no plenário: no primeiro semestre de 2025, apontou, só em Xangai, o volume total de vendas de jogos ‘online’ foi de 93,6 mil milhões de patacas, com um aumento homólogo de 10,8 por cento. Desse total, as vendas de jogos no exterior foram de 16,3 mil milhões de patacas, um crescimento homólogo de 11,12 por cento, concretizou. O também vice-presidente da direcção da Associação Promotora das Ciências e Tecnologias de Macau sugere criar localmente entidades especializadas na captação de investimento para o sector. Além disso, avaliou, há que aproveitar as “condições favoráveis de Macau”, como a “baixa taxa de impostos face ao nível elevado de receitas” e “a ligação ilimitada da internet ao exterior”. Condições que, avaliou, “sobressaem comparativamente à complexidade dos pedidos de ligação à rede exterior no Interior da China, às dificuldades das empresas do interior da China de recorrer à Apple Store e ao Google Play, entre outros recursos para conseguir o emparelhamento dos negócios, e dificuldades de circulação de capitais dentro e fora do país”.
Hoje Macau PolíticaMetais preciosos | Macau define novos padrões de pureza e marcação Macau aprovou uma actualização da lei sobre a pureza do ouro e da platina vendidos no território, revogando um regulamento com 20 anos, para melhor proteger os consumidores e modernizar o sector, acompanhando alterações semelhantes em mercados concorrentes. A norma, ontem apresentada na Assembleia Legislativa pelo secretário para a Economia e Finanças, Tai Kin Ip, do executivo da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM) estabelece que a pureza do ouro maciço deve ser não inferior a 999 por 1000 partes da liga (999‰), enquanto a da platina é fixada em, pelo menos, 990‰. O padrão 999‰ é o mais comum para investimento, quer através de barras ou de moedas. Em declarações aos deputados, Tai afirmou que a revisão da lei visa estimular “a competitividade do sector de ourivesaria”, importante em Macau, e “reforçar a protecção dos direitos e interesses do consumidor”. “Os artigos de ourivesaria em ouro são dos artigos valiosos mais procurados pelos residentes e turistas”, salientou Tai Kin Ip, justificando a medida com a necessidade de manter a qualidade dos produtos numa “cidade de turismo e de compras de alta qualidade” como Macau. O governante explicou que o novo regulamento tomou como referência a legislação da Região Administrativa Especial de Hong Kong (RAEHK) e os sistemas jurídicos da China continental, de Taiwan e de Portugal. A actualização normativa, segundo o secretário, articula-se também com a “procura do mercado” e pretende “promover o desenvolvimento saudável do sector”, materializando o posicionamento de Macau como centro mundial de turismo e lazer. A aquisição de ouro é uma tradição enraizada na cultura chinesa, particularmente durante o Ano Novo, e para celebrações de casamento.
Hoje Macau Grande PlanoVenezuela | Maduro declara que país jamais será derrotado O Presidente da Venezuela declarou ontem que o país jamais será derrotado e que o povo venezuelano vai responder ao que considerou ser uma guerra psicológica orquestrada pelos Estados Unidos. Em declarações à estação de televisão oficial venezuelana VTV, Nicolás Maduro afirmou que as autoridades e o povo da Venezuela vão responder com trabalho e conquistas à “guerra psicológica”, referindo-se à Administração norte-americana como “canalhas mediáticos” de Miami. “Como se diz ‘imbecil’ em inglês?” perguntou Maduro, alertando aqueles “que querem fazer mal” nunca vão conseguir derrotar a Venezuela. Washington intensificou operações militares ao largo da Venezuela, nos últimos dias, reiterando acusações contra Maduro de que promove o tráfico de estupefacientes. O chefe de Estado norte-americano, Donald Trump, autorizou também novos ataques contra embarcações, alegadamente, pertencentes a redes de tráfico de droga, perto da costa venezuelana. Maduro acrescentou que as forças de segurança venezuelanas apreenderam 63 toneladas de droga desde o início do ano. Por outro lado, o líder venezuelano denunciou ainda a tentativa de entrada na Venezuela de dois aviões ligados ao narcotráfico. No mesmo discurso, Maduro declarou que a Venezuela e a Rússia estão a progredir na cooperação militar, que descreveu como tranquila e frutífera. Contacto diário Questionado sobre os contactos entre Caracas e Moscovo no âmbito “das ameaças” dos Estados Unidos, Maduro afirmou que o governo mantém uma comunicação diária com o Presidente russo, Vladimir Putin, sobre “várias questões em desenvolvimento”, incluindo assuntos militares. No domingo, a Presidência da Rússia admitiu ter mantido contactos com a Venezuela sobre um possível pedido de ajuda de Maduro a Putin. Paralelamente, a República Popular da China afirmou que se verifica uma cooperação normal entre Pequim e Caracas. O jornal norte-americano Washington Post noticiou que o Presidente venezuelano pediu ajuda à Rússia, à China e ao Irão para defender o país da pressão dos Estados Unidos. Para Pequim, trata-se de uma cooperação entre Estados soberanos e que não é dirigida contra terceiros. A porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês Mao Ning disse, em conferência de imprensa, que a China apoia o reforço da cooperação internacional para combater o “crime transnacional” e opõe-se ao uso ou à ameaça de tal força nas relações internacionais.
Hoje Macau China / ÁsiaFilipinas | Tufão Kalmaegi causa dois mortos e inundações Com ventos que chegaram a atingir mais de 200 quilómetros por hora, o Kalmaegi continua a espalhar o caos no arquipélago asiático Quase 400 mil pessoas foram retiradas das suas casas para escapar às inundações provocadas pelas fortes chuvas e ventos intensos do tufão Kalmaegi, que varreu ontem o arquipélago e matou pelo menos duas pessoas. O vice-director do Departamento de Protecção Civil, Rafaelito Alejandro, disse a uma rádio local que 387 mil pessoas foram retiradas da rota do tufão e que um homem morreu atingido por uma árvore que caiu na província de Bohol (centro). Um idoso morreu também afogado na província de Leyte, no sul das Filipinas, informou Danilo Atienza, chefe da equipa de assistência às vítimas. “O idoso ficou preso no piso superior e não conseguiu receber ajuda”, relatou Atienza, à rádio DZMM. O tufão atingiu a costa vindo do leste do arquipélago na noite de segunda-feira, atingindo as ilhas Dinagat, no arquipélago de Visayas (leste), com rajadas de vento que atingiram 205 quilómetros por hora, segundo o serviço meteorológico. Rhon Ramos, oficial de informações da ilha de Cebu (centro), disse à agência de notícias France-Presse (AFP), por telefone, que alguns centros de evacuação também foram inundados. Carros flutuavam nas ruas inundadas da cidade de Cebu, com cerca de um milhão de habitantes, segundo imagens obtidas pela AFP. Centenas de pessoas que viviam em tendas em acampamentos montados após o sismo de magnitude 6,9 que atingiu a ilha no final de setembro também foram “evacuadas à força para a sua própria segurança”, disse Ramos. A secretária-geral da Cruz Vermelha das Filipinas, Gwendolyn Pang, disse que muitos residentes ficaram presos em telhados pelas águas das cheias na cidade costeira de Liloan, na província de Cebu. “Recebemos muitos telefonemas de pessoas a pedir resgate de telhados e casas, mas é impossível”, disse Pang à agência de notícias Associated Press. “Há muitos destroços, vemos carros a flutuar, por isso temos de esperar que a inundação baixe”, explicou. Combinações malditas O Instituto Filipino de Vulcanologia e Sismologia alertou que as fortes chuvas poderiam provocar fluxos de lama vulcânica no Monte Kanlaon, um dos 24 vulcões mais activos do país, que tem vindo a emitir plumas de cinzas e vapor nos últimos meses, na ilha de Negros (centro). As autoridades filipinas tinham na segunda-feira ordenado a retirada de milhares de pessoas e o encerramento de escolas e repartições públicas face à aproximação do Kalmaegi, conhecido localmente como Tino, o 20.º tufão a atingir o país em 2025. A meteorologista Charmaine Varilla prevê que mais “três a cinco” tempestades tropicais atinjam as Filipinas até ao final do ano. O fenómeno climático La Niña, que arrefece as temperaturas à superfície no Oceano Pacífico, é geralmente acompanhado por um maior número de tufões, disse Varilla à AFP. As Filipinas são atingidas por cerca de 20 tufões e tempestades tropicais por ano, sobretudo durante a época das chuvas, que vai geralmente de Junho até Novembro ou Dezembro.
Hoje Macau China / ÁsiaEUA / Nigéria | China rejeita “ameaças de sanções e uso de força militar” A China rejeitou ontem as ameaças de sanções e intervenção militar dos Estados Unidos contra a Nigéria, após Donald Trump acusar o Governo nigeriano de permitir a matança de cristãos. “Enquanto parceiro estratégico abrangente, a China apoia firmemente o Governo nigeriano nos seus esforços para conduzir o povo por um caminho de desenvolvimento compatível com as suas condições nacionais”, declarou a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês Mao Ning, em conferência de imprensa. Mao afirmou que Pequim “se opõe à ingerência de qualquer país nos assuntos internos de outros, sob pretexto da religião ou dos direitos humanos”. Num texto publicado na rede social Truth Social, Donald Trump escreveu: “Se o Governo nigeriano continuar a permitir a matança de cristãos, os Estados Unidos irão suspender de imediato toda a ajuda e assistência à Nigéria, podendo mesmo intervir nesse país agora desacreditado, com recurso a armas, para eliminar por completo os terroristas islâmicos que estão a cometer essas atrocidades horríveis”. O republicano acrescentou que vai ordenar ao Departamento de Defesa que se prepare para uma “possível acção”, garantindo que essa eventual intervenção militar será “rápida, impiedosa (…), tal como os terroristas atacam os nossos queridos cristãos”, e apelou ao Governo da Nigéria para que “aja rapidamente”. O executivo nigeriano, liderado pelo Presidente, Bola Ahmed Tinubu, rejeitou as acusações, considerando que “não reflectem a realidade no terreno”.
Hoje Macau China / ÁsiaCondenados à morte cinco membros de rede criminosa de burlas no Myanmar Um tribunal da cidade chinesa de Shenzhen condenou ontem à pena de morte cinco membros de uma rede criminosa implicada em fraudes transnacionais com base no Myanmar (antiga Birmânia), segundo a imprensa oficial. Outros dois arguidos receberam penas capitais com suspensão de dois anos, o que na prática poderá resultar em prisão perpétua, dependendo do comportamento durante o período de suspensão, anunciou o Tribunal Popular Intermédio de Shenzhen, através da sua conta oficial na rede social WeChat. O tribunal impôs ainda cinco penas de prisão perpétua e outras nove condenações a penas entre três e 20 anos de reclusão, bem como sanções adicionais, incluindo multas, confisco de bens e expulsão do país. De acordo com a sentença, o grupo era liderado por membros do clã Bai e operava a partir da região de Kokang, no norte do Myanmar, onde estabeleceu e geria 41 complexos com recurso à sua influência local e uma força armada própria. Estes complexos atraíam alegados ‘investidores’ ou ‘patrocinadores’, que sob protecção armada participavam em actividades como fraudes ‘online’, abertura de casinos, homicídios, agressões, raptos, extorsões, tráfico humano e prostituição forçada, além de facilitar travessias ilegais de fronteira. O tribunal deu como provado que o grupo gerou movimentos financeiros ilegais superiores a 29 mil milhões de yuan e que as suas actividades resultaram na morte de seis cidadãos chineses, além de um suicídio e vários feridos. Os réus foram condenados por crimes de burla, homicídio intencional, agressão com dolo e outros 11 crimes. As penas foram determinadas com base na gravidade, natureza e impacto social dos atos cometidos. Em curso O caso insere-se na campanha lançada por Pequim contra redes de cibercrime com base no Myanmar, onde grupos armados de origem chinesa têm controlado, há anos, enclaves dedicados a burlas ‘online’, prostituição e jogo ilegal. Nos últimos meses, as autoridades chinesas anunciaram também o desmantelamento dos clãs Ming, Wei e Liu, apontados como outras das principais famílias criminosas da área de Kokang. Após o golpe de Estado de Fevereiro de 2021, que mergulhou o Myanmar na instabilidade, registou-se uma proliferação de centros de cibercrime nas zonas fronteiriças com a China, aproveitada por vários grupos de crime organizado. Segundo um relatório das Nações Unidas, pelo menos 120 mil pessoas estão actualmente detidas em centros situados no país, onde são forçadas a cometer fraudes cibernéticas. As vítimas, atraídas por falsas ofertas de emprego, são mantidas em complexos fechados semelhantes a prisões e obrigadas a operar burlas ‘online’ sob condições de “violência extrema”, denunciaram entidades internacionais.
Hoje Macau China / ÁsiaPequim alerta para tentativas de espionagem dirigidas a estudantes universitários A China alertou ontem para um aumento das tentativas de espionagem contra estudantes universitários, através de falsas ofertas de trabalho ou parcerias académicas feitas por agentes estrangeiros, visando aceder a informação sensível. Num artigo publicado na conta oficial na plataforma chinesa WeChat – semelhante ao WhatsApp –, o Ministério da Segurança do Estado (MSS, na sigla em inglês), principal órgão de inteligência do país, descreve um “caso típico” em que um estudante de mestrado, identificado apenas pelo apelido Jin, foi recrutado através de um fórum universitário por alguém que se fazia passar por diplomata de uma embaixada estrangeira no país asiático. O estudante começou por reunir dados económicos de acesso público e redigir relatórios, em troca de dinheiro. Mas, com o tempo, o contacto passou a pedir-lhe informações sobre “áreas sensíveis”, como política, energia ou assuntos internacionais, além de lhe apresentar um contrato de consultadoria com salário mensal. “Quando começou a suspeitar da verdadeira identidade do seu empregador, Jin decidiu cortar o contacto”, refere o comunicado, acrescentando que o alegado diplomata foi posteriormente identificado como agente de inteligência estrangeiro. As autoridades confiscaram os lucros obtidos pelo estudante e emitiram-lhe um aviso formal, considerando que cessou a colaboração antes de causar danos à segurança nacional. Disfarces múltiplos O MSS sublinha que os serviços secretos estrangeiros “aumentaram os seus esforços de infiltração”, com ofertas personalizadas para jovens talentos, disfarçadas de bolsas de estudo, estágios ou trabalho a tempo parcial. “Os estudantes devem manter-se vigilantes e não se deixar enganar por supostos intercâmbios académicos ou empregos altamente remunerados”, adverte o texto. O ministério lembra ainda que a Lei Contraespionagem da República Popular da China prevê sanções penais para quem participe em atividades de espionagem, mas contempla a indulgência ou isenção de pena para os que se entreguem voluntariamente ou colaborem com as autoridades. Nos últimos meses, o MSS tem divulgado vários casos semelhantes, alertando para recrutamentos encobertos, divulgação de informação classificada e o uso de redes sociais e plataformas de emprego como ferramentas de espionagem estrangeira.
Hoje Macau China / ÁsiaDiplomacia | Relação com Moscovo é “escolha estratégica”, diz Xi Jinping O líder chinês defendeu, num encontro em Pequim com o primeiro-ministro russo, a cooperação com Moscovo apesar do “ambiente turbulento” internacional O Presidente chinês, Xi Jinping, afirmou ontem que salvaguardar, consolidar e desenvolver as relações com a Rússia constitui uma “escolha estratégica” para ambos os países, durante um encontro com o primeiro-ministro russo, Mikhail Mishustin, em Pequim. Xi destacou que a cooperação bilateral “tem avançado com determinação, apesar de um ambiente externo turbulento” e manifestou disponibilidade para alinhar o 15.º Plano Quinquenal da China com as estratégias de desenvolvimento económico e social da Rússia, de modo a “promover um crescimento de maior qualidade e nível”, segundo a televisão estatal chinesa CCTV. O líder chinês, que também é secretário-geral do Partido Comunista, apelou a uma “coordenação estreita” e à implementação dos consensos alcançados com o Presidente russo, Vladimir Putin, para “expandir o bolo da cooperação” e contribuir para o desenvolvimento global e a paz mundial. Xi apelou ainda ao reforço dos intercâmbios entre os povos e sectores sociais dos dois países e à consolidação das parcerias em áreas como energia, agricultura, conectividade e indústria aeroespacial, além da exploração de novas frentes de cooperação em inteligência artificial, economia digital e desenvolvimento verde. Cooperação e consensos Mishustin transmitiu os cumprimentos de Putin e expressou a vontade de Moscovo em aprofundar a cooperação económica, científica e tecnológica com Pequim, no seguimento dos consensos alcançados pelos dois chefes de Estado. O encontro decorreu um dia depois de Mishustin se ter reunido com o primeiro-ministro chinês, Li Qiang, em Hangzhou (leste), onde afirmou que os laços entre Moscovo e Pequim “continuam a prosperar apesar das sanções ilegais do Ocidente”. Mishustin participa esta semana no 30.º encontro ordinário entre os chefes de Governo dos dois países, centrado no reforço da cooperação energética, comercial e tecnológica, numa altura em que China e Rússia aprofundam a aliança face à pressão dos Estados Unidos e da União Europeia.
Hoje Macau PolíticaSam Hou Fai diz que multilateralismo é resposta para desafios mundiais O Chefe do Executivo declarou ontem que o multilateralismo enfrenta “desafios severos”, sendo difícil enfrentar os problemas isoladamente, em declarações que vão ao encontro dos discursos oficiais da liderança chinesa, num contexto de tensão com os EUA. “As incertezas e instabilidades globais estão a aumentar. A rivalidade entre as grandes potências persiste, e os conflitos regionais eclodem com frequência. O multilateralismo e o livre comércio enfrentam desafios severos. A configuração mundial e a ordem internacional estão a sofrer mudanças aceleradas”, indicou Sam Hou Fai na cerimónia de abertura da 18.ª Convenção Mundial dos Empresários Chineses, a realizar-se em Macau. Num contexto de crescentes tensões entre as duas maiores potências económicas mundiais, a liderança chinesa tem vindo a defender a importância de combater o proteccionismo, num mundo que está a caminhar, como referiu na segunda-feira passada o chefe da diplomacia chinesa, para uma “ordem multipolar”. Palavras próximas Dirigindo-se aos empresários, Sam Hou Fai notou que actualmente é “difícil enfrentar desafios complexos actuando de forma isolada”, sendo a globalização económica “uma tendência histórica irreversível e o multilateralismo “é decididamente a escolha para resolver as dificuldades e os desafios com que o mundo se debate”. Os empresários chineses, continuou, “são uma força importante que liga a China e o mundo”, contribuindo para “o intercâmbio entre o Oriente e o Ocidente”. E “só através da consolidação do consenso e desenvolvimento conjunto”, vai ser possível alcançar “progressos mutuamente benéficos, salvaguardando, juntos, uma ordem económica mundial, equitativa, aberta, diversa e estável”, reforçou. Sobre Macau, Sam notou tratar-se de um território marcado por “estabilidade política, harmonia social, rápido desenvolvimento económico e contínua melhoria das condições de vida”. É, além disso, “um dos sistemas comerciais e de investimento mais abertos do mundo e uma das cidades mais seguras do mundo; reconhecida como a cidade asiática com maior potencial de desenvolvimento económico”. Entre 1999 e 2024, destacou o líder do Executivo, o produto interno bruto (PIB) aumentou de 51,9 mil milhões de patacas para 403,3 mil milhões, a taxa de desemprego diminuiu de 6,3 para 1,8 por cento e o número de visitantes que entram em Macau aumentou de cerca de 7,44 milhões para 34,92 milhões. “Com as garantias proporcionadas pelo princípio ‘um país, dois sistemas’ e pela Lei Básica, Macau goza do estatuto de porto franco e de zona aduaneira autónoma com um sistema simples de baixa carga fiscal e uma extensa rede do mercado internacional, sendo o ‘interlocutor de precisão’ entre a China e os países de língua portuguesa”, acrescentou.
Hoje Macau VozesCarta de Rita Santos sobre o arquivamento do processo de investigação pelo Ministério Público português Exmo. Senhor Dr. Carlos Morais José M. I. Director do Jornal Hoje Macau Serve este nosso presente pedido de publicação para confirmar que no passado dia 24 de outubro o Ministério Público de Portugal proferiu despacho de arquivamento do procedimento criminal que me foi movido na sequência de denúncias formais apresentadas por militantes do Partido Socialistas, maioritariamente residentes em Macau. Durante todo o processo colaborei sempre de forma ativa com as autoridades portuguesas na descoberta da verdade material e, com isso, na proteção do meu bom nome, honradez e carácter impoluto, suportado na confiança que a comunidade Macaense deposita em mim, a qual jamais defraudarei. Tratou-se, pelo que se me oferece conhecer, de um caso que nunca foi um caso, assente apenas em especulação, difamação e ataque de carácter, um caso típico de instrumentalização da justiça com objetivos político-partidários, mas que não colheram. E, por isso, como não poderia deixar de ser, tendo o Ministério Público feito uma investigação minuciosa, constatado que nenhuma ilegalidade fora praticada e concluído pela ausência de indícios criminais, o arquivamento é o corolário lógico e seria sempre a única e justa solução para este “não processo”. Valores como o respeito pela Lei e pela liberdade individual de cada cidadão não são para mim negociáveis e deles nunca abdicarei, pelo que jamais deixarei, como sempre o fiz, de ser uma voz ativa na defesa dos princípios democráticos e humanistas, e de ter uma participação cívica ativa na defesa dos interesses da comunidade portuguesa em Macau. Com os melhores cumprimentos. Macau , aos 31 de Outubro de 2025 . Rita Santos
Hoje Macau China / ÁsiaFilipinas e Canadá assinaram acordo de reforço na área da defesa As Filipinas e o Canadá assinaram domingo um acordo que permite às forças armadas de ambos os países treinar e operar em conjunto nos respectivos territórios, com o objetcivo de reforçar a cooperação em matéria de defesa. O acordo foi assinado durante uma visita do ministro da Defesa canadiano, David McGuinty, à nação do sudeste asiático. “Hoje [domingo] é um grande dia para as nossas duas nações. Reafirmamos o nosso compromisso de aprofundar a nossa cooperação em matéria de defesa, um compromisso para consolidar a aliança produtiva e benéfica que já mantemos”, afirmou McGuinty numa conferência de imprensa conjunta com o secretário de Defesa filipino, Gilberto Teodoro Jr., em Makati, ao sul de Manila. As negociações acerca do Acordo sobre o Estatuto das Forças Visitantes (SOVFA) entre Otava e Manila foram concluídas em Março, de acordo com um comunicado publicado na altura pelo Governo do Canadá, que indicou que o pacto “reforçará os laços militares e de defesa entre os dois países, permitindo que as Forças Armadas das Filipinas e as Forças Armadas Canadianas operem e treinem juntas nos seus respetivos territórios”. Mais segurança Teodoro Jr. classificou o SOVFA como uma demonstração de confiança que permitirá às forças armadas e aos organismos de defesa de ambos os países colaborar, tanto bilateralmente como com outros parceiros afins, para preservar a paz, prevenir a instabilidade e garantir um futuro seguro para as próximas gerações. McGuinty, por sua vez, lembrou que as Filipinas e o Canadá estabeleceram relações após o fim da Segunda Guerra Mundial, num momento em que ambas as nações buscavam “o seu lugar no mundo”, e destacou que, no âmbito da Estratégia Indo-Pacífica lançada por Otava em 2022, o seu país “reforçou” a sua presença em toda a região “por terra, mar e ar”. O secretário de Defesa filipino assegurou que o novo acordo “é fruto de extensas conversações” entre o Presidente das Filipinas, Ferdinand Marcos Jr., e o primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, que na semana npassada participou na cimeira anual da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) e países aliados na Malásia.