Hong Kong | Sindicatos de domésticas queixam-se de abusos

Um conjunto de grupos de trabalhadores domésticos alertaram para o facto de a falta de conhecimentos sobre direitos e protecções legais resultar em abusos em Hong Kong.

A Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores Domésticos Asiáticos de Hong Kong (FADWU) e o Sindicato dos Trabalhadores Domésticos Nepaleses de Hong Kong (UNDW) afirmaram que, nos últimos dois anos, receberam oito queixas de trabalhadoras severamente mal pagas. Sarah Pun, membro executivo da FADWU e vice-presidente da UNDW, disse que muitos trabalhadores estão a receber apenas entre 1.000 e 4.000 dólares de Hong Kong por mês, quando o salário mínimo é de 4.990 dólares.

Segundo a emissora RTHK, uma mulher nepalesa que recorreu aos grupos em busca de ajuda disse aos jornalistas que não lhe pagavam o salário completo, que o seu empregador lhe confiscou o passaporte e que sofria constantes abusos mentais e físicos.

“Não me davam uma alimentação adequada. Não me deram um quarto, nem uma cama. Tive de dormir num [sofá]. Não me davam dias de descanso. Não havia horas de trabalho fixas. Tinha de trabalhar 24 horas. Era o que me diziam. Estavam sempre a encontrar falhas no meu trabalho e a queixar-se. Costumavam repreender-me com palavrões e agredir-me”, contou.

16 Dez 2024

Justiça americana nega pedido da TikTok para suspender proibição

A justiça dos Estados Unidos rejeitou um recurso da ByteDance e confirmou que a TikTok será proibida no país caso a empresa chinesa não venda a plataforma de vídeos até 19 de Janeiro.

A ByteDance tinha pedido a um tribunal federal para suspender a implementação da lei, assinada pelo Presidente norte-americano Joe Biden em Abril, até o Supremo Tribunal analisar a questão. O Tribunal de Recurso da capital, Washington, rejeitou o pedido, considerando-o injustificado.

Os queixosos “não identificaram nenhum caso em que um tribunal, depois de rejeitar uma contestação constitucional a uma lei do Congresso, tenha proibido a lei de entrar em vigor enquanto a revisão é solicitada no Supremo Tribunal”, referiu a decisão.

No recurso, apresentado na semana passada, os advogados da empresa chinesa acrescentaram que o “atraso modesto” na aplicação da lei iria permitir ao presidente eleito, Donald Trump, “determinar a sua posição” sobre o assunto. O republicano Trump vai tomar posse a 20 de Janeiro, um dia depois do limite dado à TikTok pelo antecessor, o democrata Joe Biden.

Há cerca de um mês, Trump nomeou Brendan Carr, o principal representante republicano na Comissão Federal de Telecomunicações, como novo presidente do regulador da radiodifusão, das telecomunicações e da Internet. Carr posicionou-se publicamente contra o TikTok e insistiu que deveria ser removida das lojas de aplicações da Apple e da Google devido a riscos de segurança e violação de privacidade dos utilizadores.

Isto porque uma lei chinesa de 2017 exige que as empresas locais entreguem dados pessoais que possam interessar à segurança nacional da China, mediante pedido das autoridades. O Partido Republicano acusou também a plataforma de vídeos de permitir a Pequim espiar e manipular os norte-americanos.

Irreal social

Em Abril, a ByteDance garantiu não ter intenção de vender o TikTok. O TikTok disse que uma eventual interdição da plataforma nos Estados Unidos ia “violar a liberdade de expressão” dos 170 milhões de utilizadores no país.

Um porta-voz da aplicação acrescentou que a lei ia “devastar sete milhões de empresas e fechar uma plataforma que contribui com 24 mil milhões de dólares por ano para a economia norte-americana”.
Com vídeos de curta duração, o TikTok atraiu mais de 1,5 mil milhões de utilizadores em todo o mundo.

16 Dez 2024

Médio Oriente | MNE chinês pede à ONU que “evite fragmentação” na Síria

O chefe da diplomacia chinesa, Wang Yi, afirmou que “é necessário evitar a fragmentação na Síria” e pediu ao Conselho de Segurança da ONU que “assuma a responsabilidade” de “manter a estabilidade e a paz no Médio Oriente”

Após uma reunião com o seu homólogo egípcio, Badr Abdelatty, Wang disse em conferência de imprensa que, dada a “situação caótica” no Médio Oriente, a China considera que é “imperativo respeitar a soberania dos países da região”, “procurar soluções e deixar de atiçar as chamas” com vista a “pôr fim à violência” nas zonas de conflito, segundo um comunicado emitido pelo seu ministério.

Wang apelou a que a questão palestiniana “não seja marginalizada” e pediu que “se evitem acções que conduzam a uma deterioração da situação e à criação de obstáculos a um cessar-fogo”.

“A comunidade internacional deve ajudar a região a melhorar a situação humanitária e a aliviar o sofrimento do seu povo. Devemos sobretudo evitar que se repitam os fluxos de refugiados na Síria”, afirmou o alto diplomata da China, membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, juntamente com a Rússia, os Estados Unidos, a França e o Reino Unido.

O ministro dos Negócios Estrangeiros chinês sublinhou a importância de “manter o impulso da reconciliação regional estimulado pelo reatamento das relações diplomáticas entre a Arábia Saudita e o Irão”, que Pequim mediou em 2023, destacando a sua crescente influência na região.

“Qual é o futuro do Médio Oriente? Esta é, acima de tudo, uma questão a que todos os países da região devem responder”, declarou Wang, que lamentou que esta zona “tenha sido durante muito tempo vítima dos jogos das grandes potências e se tenha mesmo tornado vítima de conflitos geopolíticos, uma injustiça histórica que não deve continuar”.

Ouvir o povo

O ministro chinês sublinhou ainda a urgência de “respeitar a soberania e a integridade territorial dos países da região” e de “construir uma nova arquitectura de segurança sustentável”. Wang manifestou a sua convicção de que a comunidade internacional deve “ajudar os países da região a encontrar soluções para os seus conflitos, tendo em conta factos objectivos e a justiça internacional, em vez de agir em seu nome”.

Nos últimos dias, a China sublinhou a importância de “o futuro e o destino da Síria serem decididos pelo povo sírio”, após a queda do regime de Bashar al-Assad, deposto na semana passada pelas forças da oposição, ao mesmo tempo que manifestou esperança de que a estabilidade “regresse o mais rapidamente possível” ao país.

Pequim manifestou, no ano passado, o seu apoio a uma solução de “dois Estados” para o conflito israelo-palestiniano, bem como a sua “consternação” face aos ataques israelitas contra civis.

16 Dez 2024

O fogareiro de bambu de Wu Kuan

Tang Yin (1470-1523), o pintor de Suzhou que usou o nome Bohu, o «Tio tigre», que confessava a dificuldade em domesticar o seu carácter livre, como acontece muitas vezes, prezava por outro lado os laços de amizade com aqueles que se dispunham a acolher a inépcia na expressão do seu coração puro.

Num rolo de pintura conhecido alternativamente como Bebendo chá sob a árvore wutong, ou O fogareiro de bambu (tinta e cor sobre papel, 116,6 x 23,8 cm, no Instituto de Arte de Chicago) ele evoca o amigo pintor Wu Kuan (1435-1504) que falecera cinco anos antes. Na simplicidade da cena, comum entre letrados da dinastia Ming, representando um encontro ao ar livre de um literato com um monge budista, reconhecíveis nas suas vestes, ambos com uma taça de chá na mão, pequenos detalhes denunciam a sofisticação do momento.

No início do rolo, onde não há qualquer referência a uma habitação, à direita um criado inclina-se sobre um ribeiro recolhendo a sua água pristina para, vê-se depois, ser fervida por outro criado num fogareiro portátil de forma cúbica com uma chaleira circular, as figuras convencionais do céu sobre a terra.

Essa forma criada no início do séc. XIV por um artesão de Huzhou (Zhejiang) que trabalhava o bambu e que o monge Pu Zhen do Monte Hui (Wuxi), lugar onde se apreciava o chá, encontrou na estrada, numa viagem, distingue o rolo dedicado ao ausente Wu Kuan de outras pinturas de Tang Yin em que a apreciação do chá é pretexto para um encontro. Como o rolo horizontal Shiming tu (tinta e cor sobre papel, 105,8 x 31,1 cm, no Museu do Palácio em Pequim) em que evoca o amigo Chen Shiming, numa situação mais usual de hospitalidade em que um convidado vem chegando por uma ponte. Pormenores, na pintura para Wu Kuan, como o nome wutong, da árvore que acompanha o encontro e onde há uma homofonia com a palavra tong que significa «partilhar», aludem à afinidade que Tang Yin tinha com o amigo, com quem saboreava o chá.

Wu Kuan fora autor do poema Aicha ge, Canção de Amor ao chá:

Eu, o ancião que ferve a água,

amo o chá como amo o vinho,

Três ou cinquenta taças, não as contarei.

Começo na sala do chá,

onde não há coisas desnecessárias:

Apenas um fogareiro sob um almofariz.

Aqui não há nada para fazer, excepto ferver o chá.

O dia inteiro a taça nunca deixa os meus lábios,

Assistirá ao encontro de hoje, um único bule.

Da porta vem um convidado,

um verdadeiro amigo do chá,

Para expressar o agradecimento

e imitar o poema de Lu Tong,

Ferver o chá e seguir a ode de Huang Jiu.

A sequela do Livro do chá,

não empresto a ninguém,

A adenda ao chá,

deixo escorregar-me da mão.

Não quero ter nada a ver

com a vulgar plantação do chá,

Conheço apenas alguns hectares

do jardim de chá em baixo desta montanha.

Há pessoas que sonham

em percorrer o país do chá,

Mas, aqui e agora,

eu não quero fazer outra coisa.

16 Dez 2024

CPSP | Menor sem carta de condução envolve-se em acidente

Um aluno do ensino secundário foi apanhado a conduzir uma mota sem carta de condução, depois de ter batido num carro e tentado fugir. O caso aconteceu na terça-feira e foi relatado ontem pelo jornal Ou Mun, que cita o Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP).

Segundo a informação oficial, quando circulava no Beco da Baía, na Taipa, com um colega de escola, o jovem bateu num carro e tentou fugir. Contudo, o acidente foi testemunhado por um agente da polícia que estava de folga, e o aluno e o amigo foram interceptados.

Após a investigação, a polícia descobriu que a moto pertence ao pai do pendura, e que este aproveitou o facto de os pais não estarem em casa para levar as chaves e ir dar uma volta com o amigo. No entanto, quando o acidente aconteceu, os dois não souberam como reagir, e com medo tentaram fugir do local. O caso foi encaminhado para o Ministério Público, com o jovem indiciado pelos crimes de condução por não habilitado e fuga à responsabilidade.

16 Dez 2024

Finanças | Receita pública até Novembro ultrapassou total de 2023

De acordo com os números dos Serviços de Finanças, as receitas de quase 101 mil milhões de patacas representam um crescimento de 14,6 por cento face ao período homólogo

 

O Governo arrecadou quase 101 mil milhões de patacas em receitas públicas nos primeiros 11 onze meses, mais do que em todo o ano de 2023, uma média superior a 10 mil milhões por mês. De acordo com dados publicados ‘online’ pelos Serviços de Finanças, as receitas subiram entre Janeiro e Novembro 14,6 por cento, em comparação com o mesmo período do ano passado.

Macau fechou 2023 com receitas de quase 95 mil milhões de patacas, graças a transferências de 10,5 mil milhões de patacas vindas da reserva financeira. Desde 2020 que o território só conseguiu manter as contas em terreno positivo, algo exigido pela Lei Básica, devido a transferências da reserva financeira.

O orçamento da cidade para 2024 prevê o regresso aos excedentes nas contas públicas, “não havendo necessidade de recorrer à reserva financeira”, depois de três anos de crise económica devido à pandemia de covid-19. A receita corrente de Macau, que não inclui as transferências, aumentou 29,4 por cento nos primeiros 11 meses de 2024, em termos anuais, para 100,5 mil milhões de patacas.

Deste valor, o Governo arrecadou 81 mil milhões de patacas em impostos sobre o jogo, mais 37,2 por cento do que no mesmo período do ano passado. De acordo com o mais recente relatório da execução orçamental, divulgado na quarta-feira, Macau já recolheu mais em taxação aos casinos do que em 2023, ano que fechou com um total de 65,3 mil milhões de patacas.

As seis operadoras de jogo da cidade pagam um imposto directo de 35 por cento sob as receitas do jogo, 2,4 por cento destinado ao Fundo de Segurança Social de Macau e ao desenvolvimento urbano e turístico e 1,6 por cento entregue à Fundação Macau para fins culturais, educacionais, científicos, académicos e filantrópicos.

Dentro do esperado

Nos primeiros 11 meses de 2024, Macau recolheu 98,5 por cento da receita corrente projectada para 2024 no orçamento, que é de 102 mil milhões de patacas. No final de Dezembro de 2023, o Centro de Estudos e o Departamento de Economia da Universidade de Macau previu que as receitas do Governo podem atingir 109,6 mil milhões de patacas, mais 7,5 por cento do que o estimado pelas autoridades.

Com a subida nas receitas, a despesa pública também aumentou 11,3 por cento para 83,8 mil milhões de patacas, embora o investimento em infra-estruturas tenha caído 1,7 por cento para 15,1 mil milhões de patacas. Pelo contrário, a despesa corrente subiu 13,6 por cento para 68 mil milhões de patacas, devido ao aumento de 17,2 por cento nos apoios sociais e subsídios dados à população e a um crescimento de 4,4 por cento nas despesas com funcionários públicos.

Entre Janeiro e Novembro, a cidade teve um excedente de 17,1 mil milhões de patacas nas contas públicas, mais 34,4 por cento do que no mesmo período de 2023.

16 Dez 2024

UM | Alterados critérios de admissão para alunos do Interior

Após 24 alunos do Interior da China terem sido descobertos a utilizar resultados falsos do Exame do Diploma de Ensino Secundário de Hong Kong (HKDSE, na siga inglesa) para entrar na Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau, a Universidade de Macau (UM) alterou os critérios de candidaturas para os alunos do Interior.

Segundo um comunicado da instituição, a partir do ano lectivo 2025/2026 só vão ser aceites os alunos do Interior da China que apresentarem o resultado do gaokao, o exame nacional para candidaturas às instituições do ensino superior.

Esta é uma forma da UM evitar o recurso aos exames da HKDSE. Em resposta ao canal chinês da Rádio Macau, a UM defendeu ainda que é mais justo recrutar os alunos de acordo com os resultados do gaokao, e que no futuro vai continuar a avaliar e a ajustar as políticas de admissão. A UM apontou também que só durante a pandemia começou a aceitar outros resultados de exames que não do gaokao, uma medida destinada a aumentar a conveniência para os alunos de fora.

16 Dez 2024

EPM | Lisboa promete reduzir número de alunos sem professor

O Ministério da Educação de Portugal salientou o compromisso de “reduzir de forma drástica o número de alunos sem aulas” no estrangeiro, mas lembrou que é preciso ter em conta “a falta de professores em Portugal”. Os esclarecimentos constam de uma nota enviada à Lusa, na sexta-feira.

“O Ministério da Educação, Ciência e Inovação [MECI] reafirma mais uma vez o seu compromisso com o objectivo reduzir de forma drástica o número de alunos sem aulas; tendo em conta a falta de professores em Portugal, uma das medidas tomada este ano lectivo, foi a redução significativa das mobilidades dos docentes que não têm substituto”, pode ler-se na nota enviada citada pela Lusa a propósito das críticas da associação de pais da Escola Portuguesa de Macau.

Na nota, o Ministério detalha as razões de ter rejeitado o pedido de substituição de vários professores para a escola portuguesa e vinca que noutros casos os pedidos para dar aulas em Macau foram aceites.
No final de Novembro, a associação de pais da Escola Portuguesa de Macau (APEP) tinha criticado “o silêncio” do ministro da Educação e pediu a intervenção do Presidente da República para resolver “o impasse” na contratação de professores.

16 Dez 2024

RAEM 25 anos | Embaixador diz que Pequim “tem respeitado” acordo

António Santana Carlos lamenta que se tenha perdido o interesse em Portugal por Macau, como “havia antigamente”, mas considera que o tratado da declaração conjunta está a ser respeitado

 

António Santana Carlos, último líder português no “grupo de ligação”, que negociou com a China a transição de Macau para a administração chinesa, considera que Pequim “tem respeitado” o que acordou com Portugal.

O embaixador sublinha como “muito importante” a manutenção do português como língua oficial no território durante os 50 anos do período de transição conseguida nessas negociações, mas reconhece que não há hoje em Portugal “o mesmo interesse” por Macau “que havia antigamente”.

“Enfim, não há o mesmo interesse do lado português que havia antigamente, em que tínhamos lá um governador, etc. Mas a China tem respeitado, julgo eu, os interesses da população de origem portuguesa que continua em Macau. Portanto, a minha avaliação é positiva”, disse em declarações à Lusa.

A “meio da ponte” do período de 50 anos acordado pela China e Portugal numa “declaração conjunta” com valor de tratado, depositada nas Nações Unidas, o diplomata considera que, até agora, nos últimos 25 anos, “a China respeitou aquilo que foi acordado”.

Relativamente a essa negociação, recordou que “teve alguns momentos difíceis, designadamente na regulamentação das duas línguas oficiais”. “A China considerava o chinês e o português como línguas oficiais na Região Administrativa Especial de Macau (RAEM), mas era preciso que houvesse uma definição [formal] porque, senão, quais seriam as garantias?”, deixou no ar.

O momento revestiu-se de particular dramatismo, como decorre da descrição de Santana Carlos: “Foi numa negociação em Pequim, numa reunião em que insisti de tal maneira que, se a China não aceitasse negociar a regulamentação, a reunião acabava ali. Enfim, passada uma hora, os chineses voltaram à reunião e, a partir daí, começámos essa negociação da regulamentação oficial das duas línguas oficiais. Foi o momento talvez mais tenso, mas as negociações decorreram, de uma forma geral, bem”, disse.

Antigo embaixador em Pequim

Santana Carlos foi embaixador de Portugal em Pequim entre 2002 e 2006, pelo que acompanhou de perto os primeiros anos da transição, mas desde aí, confessou também, não tem acompanhado “com a mesma proximidade” os processos paralelos da administração chinesa de Macau e de Hong Kong. “Acho que as coisas têm corrido bem” em Macau, disse, no entanto.

Já quando confrontado com as implicações nos dois territórios das vagas de protestos em Hong Kong em 2019, que resultaram nomeadamente na constituição da lei de segurança nacional no antigo território sob administração britânica, em vigor desde Março último, e fortemente restritiva da liberdade de expressão e dos direitos fundamentais, segundo a generalidade dos observadores, Santana Carlos avisou para “não se comparar o que aconteceu em Hong Kong com o que aconteceu em Macau”.

“Obviamente, são cenários diferentes. Acho que acabou por se ultrapassar esse problema”, acrescentou o diplomata português. Perante estes cenários de fundo, o embaixador descreve a relação entre Portugal e a China como “normal” e “estável”, apesar de “alguns altos e baixos”.

Num olhar para os próximos 25 anos, Santana Carlos disse que Macau “será sempre um meio especial, diferente”, para as relações políticas e económicas de Portugal e dos países lusófonos com a China, mas pouco mais do que isso, porque “a China tem uma visão muito completa do que lhe interessa”.

16 Dez 2024

Comércio | Ho Iat Seng visita zona da Almeida Ribeiro

Ho Iat Seng, Chefe do Executivo ainda em exercício, visitou na sexta-feira algumas zonas centro da península, nomeadamente a Rua das Estalagens e a Avenida de Almeida Ribeiro. Com esta visita, o governante pretendeu “inteirar-se do projecto de revitalização [do local, em parceria com a Sands China, e a situação dos comerciantes”.

Ho Iat Seng “ficou a conhecer o progresso da implementação do projecto de revitalização da zona, visitou um projecto de embelezamento do portão de ferro concebido e pintado por jovens artistas de Macau e também se mostrou atento à situação dos comerciantes”, indicou o Gabinete de Comunicação Social em comunicado.
Segundo a mesma nota, na Rua das Estalagens os comerciantes terão dito que, “graças ao projecto de revitalização, houve um aumento no fluxo de pessoas no bairro e o ambiente de negócios melhorou”.

Além disso, alguns comerciantes referiram que o projecto de revitalização da zona permite apoiar as pequenas e médias empresas, “enriquecendo o conteúdo cultural e turístico de ruas e bairros”. Ho Iat Seng explicou que o Governo “está disponível para apoiar o empreendedorismo dos jovens”, além de esperar novos elementos nos bairros comunitários com os projectos de revitalização em curso, suportados pelas operadoras de jogo.

A visita de Ho Iat Seng passou também pelo Mercado do Kam Pek, no velho Centro Comunitário Kam Pek, que vai ser revitalizado pela Sociedade de Jogos de Macau (SJM). Desde a transformação em mercado, no ano passado, que o “espaço foi transformado num marco gastronómico, atraindo pequenas e médias empresas locais com potencial”.

Ho Iat Seng passou ainda por dois hotéis revitalizados recentemente na Almeida Ribeiro, um deles o antigo Hotel Central, e mostrou-se esperançado que a “zona simbólica” possa atrair “um grande fluxo de turistas criando novas oportunidades para a cidade”.

16 Dez 2024

RAEM 25 anos | Celebrações e férias levam a reforço de segurança

As autoridades de Macau ponderam activar o centro de comando conjunto interdepartamental para assegurar a ordem pública durante as festividades tradicionais e as cerimónias de celebração dos 25 anos da RAEM.

O anúncio foi feito ontem através do portal do Gabinete do secretário para a Segurança, Wong Sio Chak, na secção “Tu e a Segurança”.

Por um lado, a mobilização de recursos procura garantir a segurança dos vários eventos que vão ser realizados na RAEM, como grandes espectáculos ao ar livre. “As autoridades de segurança procederam, com antecedência, a trabalhos preparatórios relativos à realização de actividades festivas e comemorativas de grande envergadura, e irão, conforme a dimensão do recinto, o número estimado de pessoas presentes nesse recinto, os riscos eventuais para a sociedade e a situação real, activar o centro de comando conjunto interdepartamental”, foi indicado.

“No dia da realização das actividades, e consoante o fluxo de pessoas no local, o CPSP mobiliza as forças policiais para fazer a triagem de pessoas e facilitar a mobilidade de pessoas concentradas no local”, foi acrescentado.

Por outro lado, serão mobilizados mais recursos para as fronteiras, para fazer face ao aumento do número de entradas e saídas no território. “Para lidar com os períodos em que há um maior fluxo de pessoas, o CPSP elaborou antecipadamente planos de controlo de multidões nos pontos turísticos e nos postos fronteiriços, reforçou as medidas de controlo de trânsito, a manutenção da ordem e a gestão de emergências”, foi garantido.

16 Dez 2024

Forças Armadas | Ministério da Defesa elogia guarnição de Macau

A guarnição do Exército de Libertação Popular da China estacionada em Macau vai continuar a ser um “baluarte da prosperidade e estabilidade” da região administrativa especial, afirmou na sexta-feira o porta-voz do Ministério da Defesa chinês.

O destacamento das Forças Armadas da República Popular da China em Macau “vai assegurar a sua competência contínua para manter a confiança dos residentes locais e salvaguardar a prosperidade e a estabilidade de Macau”, afirmou Wu Qian, em conferência de imprensa.

As tropas do Exército chinês foram destacadas para Macau em 1999, após a transferência da soberania da região de Portugal para a China, para assumirem responsabilidades de defesa.

No dia 20 deste mês celebram-se 25 anos do estabelecimento da RAEM, na sequência da transição, sob um acordo que garantiu ao território 50 anos de autonomia, a nível executivo, legislativo e judicial, ao abrigo do princípio “Um País, Dois Sistemas”. As competências da Defesa e política externa estão, no entanto, sob tutela do Governo Central da China.

“Ao longo dos últimos 25 anos, a guarnição tem desempenhado com sucesso as suas funções de defesa”, frisou Wu, destacando a “melhoria da sua prontidão de combate, através de treinos rigorosos e exercícios conjuntos regulares”. “Estes esforços reforçaram a capacidade das forças para responder prontamente a potenciais ameaças”, vincou.

Wu destacou a participação “activa” dos soldados chineses no serviço comunitário, incluindo a doação de sangue e os esforços de auxílio em caso de catástrofe, como aconteceu depois da passagem do Tufão Hato, em 2017, pelo território.

16 Dez 2024

Francisco Leandro, autor e professor na Universidade de Macau: “Apoio do país reforça o papel de plataforma de Macau”

Entrevista de Gang Wen ao jornal China Daily

Francisco Leandro, professor associado da Faculdade de Ciências Sociais da Universidade de Macau, afirma que o apoio da nação permitiu à RAEM servir de centro de comércio, investimento e interações culturais entre a China e as comunidades de língua portuguesa.

 

 

Como vê o desenvolvimento de Macau desde o seu regresso à Pátria? Entre as realizações da cidade, quais as que mais o impressionaram? E quanto ao seu sector, houve algum progresso importante nos últimos 25 anos?

O 25.º aniversário do regresso de Macau à Pátria e da criação da Região Administrativa Especial de Macau constitui um marco significativo na história da região, reflectindo um processo diplomático bem sucedido e demonstrando a sua atual estabilidade política e económica. Actualmente, a RAE de Macau goza de estabilidade política e está profundamente integrada nos planos de desenvolvimento nacionais. A governação da cidade ao abrigo do princípio “um país, dois sistemas” permitiu-lhe manter um elevado grau de autonomia, ao mesmo tempo que se alinhava com as políticas nacionais. Esta integração facilitou o crescimento económico de Macau, tornando-o uma parte vital da estratégia económica mais ampla do país.

A estratégia de desenvolvimento socioeconómico de Macau está consagrada na política “um centro, uma plataforma, uma base”. Este quadro tem por objetivo posicionar a RAEM como um centro mundial de turismo e lazer, reforçando a sua atração como destino turístico global. Além disso, a RAEM funciona como uma plataforma de cooperação económica e comercial entre a China e os países de língua portuguesa, promovendo o comércio internacional e o intercâmbio cultural. A RAE de Macau está também a tornar-se uma base de intercâmbio e cooperação cultural, promovendo interações culturais e a conservação do património. Esta abordagem multifacetada apoia a integração de Macau nos planos de desenvolvimento nacionais e reforça a sua presença global. A posição única da RAEM como ponte entre a China, em particular a Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau, e os países de língua portuguesa sublinha a sua importância estratégica.

O conceito de “uma plataforma, três centros” realça o papel de Macau na promoção do intercâmbio económico e cultural. Esta plataforma permitiu à cidade servir de plataforma para o comércio, o investimento e as interações culturais, reforçando os laços entre a China e o mundo lusófono.

O desenvolvimento de Macau como um centro de turismo e lazer, juntamente com a promoção de quatro indústrias principais – convenções e exposições, indústrias culturais e criativas, medicina tradicional chinesa e serviços financeiros modernos – diversificou a sua economia. Estas iniciativas não só impulsionaram a actividade económica, como também reforçaram a atração global de Macau como destino turístico.

O governo central adoptou uma série de políticas para Macau. Existe alguma medida específica que tenha beneficiado o seu sector? Como?

O Interior da China e o Acordo de Parceria Económica Reforçada (CEPA) de Macau desempenham um papel crucial na Grande Baía e na promoção dos laços com os países de língua portuguesa. Ao promover a cooperação comercial e económica, o CEPA reforça a posição da RAEM como ponte entre a China e os países lusófonos. Este acordo facilita o acesso ao mercado, o investimento e o intercâmbio cultural, promovendo Macau como um centro de negócios internacional. Além disso, o CEPA apoia a integração de Macau na Área da Grande Baía, contribuindo para o desenvolvimento regional e a diversificação económica. Este papel estratégico sublinha a importância de Macau nas iniciativas económicas e diplomáticas mais amplas do país.

A promoção do ensino superior na RAE de Macau desempenhou igualmente um papel crucial no seu desenvolvimento. Ao investir na educação e na investigação, Macau contribuiu para os objectivos de desenvolvimento nacional e posicionou-se como um centro de excelência académica. Esta aposta na educação permitiu criar uma mão de obra qualificada, essencial para sustentar o crescimento económico e a inovação. A Universidade de Macau é altamente considerada nos rankings académicos globais. Foi classificada em 180º lugar no World University Rankings 2025 pela Times Higher Education, e em 245º lugar no QS World University Rankings 2025. Para além disso, a Universidade de Macau está classificada em 262º lugar nas Melhores Universidades Globais pelo US News & World Report. Estas classificações reflectem o compromisso da universidade com a excelência no ensino e na investigação, particularmente em áreas como a inteligência artificial, a engenharia e as ciências sociais. A forte colaboração internacional e a investigação inovadora da universidade contribuem significativamente para a sua estimada posição global.

Este ano assinala-se o terceiro aniversário da criação da Zona de Cooperação Aprofundada Guangdong-Macau em Hengqin. Na sua opinião, como é que Macau deve continuar a tirar partido das vantagens da zona para se desenvolver a si próprio e ao sector da educação?

A Zona de Cooperação de Hengqin é um dos principais objectivos dos esforços de modernização de Macau. Esta zona tem sido fundamental para impulsionar a inovação e a diversificação económica, proporcionando um espaço para novas indústrias e promovendo uma integração mais estreita com o continente. A zona exemplifica o empenhamento de Macau na modernização e o seu papel estratégico no desenvolvimento regional.

Macau é uma mistura única das culturas chinesa e portuguesa. Na sua opinião, como é que esta fusão pode ajudar a nação a reforçar a comunicação com a comunidade internacional e a contar as boas histórias da China?

Macau é uma mistura fascinante de culturas, onde o Oriente se encontra com o Ocidente de uma forma única e harmoniosa. A sua paisagem linguística é um testemunho da sua herança multicultural. O chinês é a língua oficial e a língua portuguesa pode ser utilizada para fins oficiais, reflectindo os laços históricos de Macau com Portugal e as suas raízes chinesas. O inglês é também amplamente falado, especialmente nos negócios e no turismo, o que faz de Macau uma sociedade verdadeiramente multilingue.

O sistema jurídico da RAEM é outro domínio em que esta mistura cultural é evidente. Baseado no sistema de direito civil português, foi adaptado ao contexto local no âmbito do princípio “um país, dois sistemas”. Este sistema jurídico duplo permite uma mistura única de tradições jurídicas chinesas e ocidentais, assegurando que o ambiente jurídico de Macau é familiar aos seus residentes e acessível às empresas internacionais.

A abordagem de Macau à resolução extrajudicial de conflitos comerciais realça ainda mais a sua política multicultural. A cidade oferece vários serviços de arbitragem e mediação que servem tanto as partes locais como as internacionais, promovendo a resolução eficiente e amigável de litígios. A política de cidade aberta e a atitude multicultural de Macau são a chave do seu sucesso como centro global. A cidade acolhe pessoas de todo o mundo, promovendo uma comunidade diversificada e inclusiva. Esta abertura reflecte-se nos seus festivais, na sua gastronomia e na sua vida quotidiana, onde diferentes culturas coexistem e se enriquecem mutuamente. Essencialmente, a mistura de línguas, sistemas jurídicos e atitudes multiculturais de Macau torna-a um lugar único e dinâmico, que estabelece pontes entre culturas e promove ligações globais.

Que realizações gostaria de ver concretizadas por Macau nos próximos 25 anos?

Em resumo, o futuro de Macau é brilhante, com uma maior integração com a China continental, o seu papel central no comércio internacional, um crescimento económico diversificado e uma forte presença global. Estes elementos assegurarão o êxito e o desenvolvimento contínuos de Macau na cena mundial. O 25.º aniversário do regresso de Macau à pátria celebra não só uma conquista diplomática bem sucedida, mas também as contribuições contínuas da região para o desenvolvimento nacional e mundial. As iniciativas estratégicas de Macau e a sua integração nos planos nacionais sublinham a sua importância como região dinâmica e virada para o futuro.

16 Dez 2024

UCCLA espera renovação para “evitar acabar em museu”

O novo secretário-geral da UCCLA quer modernizar a instituição “sem preconceitos” e com os olhos nos jovens lusófonos, aprendendo e aplicando o seu mundo nas várias actividades para evitar que esta associação intermunicipal se transforme num museu.

Em entrevista à agência Lusa, a primeira desde que tomou posse como secretário-geral da União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa (UCCLA), em Outubro, Luís Campos Ferreira disse que encontrou uma instituição com alicerces fortes, que é respeitada, credível e está estruturada.

A UCCLA “não precisa de reforçar alicerces, mas precisa de adaptar-se aos novos tempos e às novas gerações”, disse. “Temos de conseguir que as novas gerações não percam as relações que as gerações mais velhas tinham, relações muitas vezes a preto e branco, de tensão, de afectos e desafectos, de encontros e desencontros; mas eram relações, existiam, estavam lá”, defendeu.

“Estamos a falar de novos ciclos. Não podemos ficar agarrados ao bem ou ao mal do passado, não é bom para ninguém: Ajustes de contas por um lado e saudosismos por outro (…) não chegam para alimentar as necessidades dos mais novos”, prosseguiu.

Sobre a forma como pretende concretizar este impulso junto das gerações mais novas, disse apostar na continuidade dos métodos tradicionais, que “não devem ser abandonados”, como “as ligações entre as universidades”, fomentando eventos musicais, desportivos, culturais “com que os mais novos se identifiquem”.

“Mas há um novo mundo. A língua é a mesma, mas há uma nova linguagem” e, nesse sentido, lembrou que os mais jovens têm uma linguagem estética, comportamental, de aprendizagem e de comunicação “diferente” e que “tem a ver com o mundo digital, com as novas realidades, a inteligência artificial, a própria evolução da maneira como os jovens veem a vida e as esperanças que eles têm”.

Uma nova linguagem

Para Luís Campos Ferreira, o papel da UCCLA deve ser o de acompanhar e fomentar essa nova linguagem, sendo “um espaço de oportunidades dessas novas linguagens”.

E exemplificou: “Nós estamos habituados a exposições de pintura tradicional. A arte hoje é muito mais do que isso, a arte digital é um infinito. Nós próprios, tal como na área da economia, muitas vezes temos dificuldades em acompanhar essas evoluções, e falar de bitcoins…, são mundos escuros que muitas vezes temos dificuldades em perceber a lógica e o racional que preside àquilo. O mesmo acontece nas artes”.

“Nós devemos, ao nível dos eventos, ao nível da criação de encontros e de culturas, promover que sejam à volta destas novas zonas em que os jovens se identificam e que sabem muito mais que nós sobre isso”, disse. “A UCCLA que eu vim encontrar precisa de partir para aí. Não é por uma questão de moda, não é por uma questão de rutura com o passado e, por isso, de preconceito. É por uma questão de manter vivas estas relações, porque senão transformamo-nos num museu da lusofonia”, advertiu.

O próximo ano será “um bom teste” para esta nova forma de comunicar da UCCLA, em que o novo secretário-geral está empenhado, uma vez que a instituição celebra 40 anos, a par de outros três acontecimentos: Os 50 anos da independência da maior parte dos países de língua portuguesa, os 25 anos da transição de Macau e os 500 anos de Camões.

“Vamos tentar ter acções muito simples, muito exequíveis, já com o foco nas novas gerações”, disse, acrescentando que as mesmas só terão sentido com jovens, “de idade e de espírito”, que tragam “novas formas de comemorar e de celebrar, que não sejam apenas aquelas cerimónias cheias de talha dourada e já com algum bolor do tempo”.

15 Dez 2024

Tóquio pede a Pequim que proteja os seus cidadãos no aniversário do Massacre de Nanjing

O Japão instou ontem a China a reforçar a segurança dos seus cidadãos que vivem e visitam o país, especialmente no contexto do aniversário do Massacre de Nanjing, uma data historicamente sensível para Pequim.

A embaixada do Japão na China emitiu um comunicado a alertar os cidadãos japoneses para o aumento do sentimento anti-japonês em dias como este, na sequência de uma série de ataques recentes a cidadãos japoneses, incluindo menores.

O Massacre de Nanjing foi um dos episódios mais negros da Segunda Guerra Mundial. Na sua mensagem, a embaixada sublinhou a necessidade de “exercer extrema cautela, evitar comportamentos conspícuos e ser discreto em locais públicos”.

No aniversário do massacre, recordam-se os crimes cometidos entre Dezembro de 1937 e Janeiro de 1938, quando as tropas japonesas ocuparam a cidade chinesa com o mesmo nome, matando centenas de milhares de civis e soldados desarmados.

Pequim afirma que o número de mortos ultrapassou os 300.000, enquanto os números oficiais japoneses são consideravelmente inferiores, o que deu origem a tensões e controvérsia.

Cautela máxima

Entre as medidas preventivas recomendadas, o Japão pediu às autoridades chinesas que protegessem as escolas, as empresas e os locais ligados à sua comunidade. As aulas também foram temporariamente suspensas em várias instituições japonesas na China, optando-se por modalidades ‘online’, para garantir a segurança, informou a agência noticiosa japonesa Kyodo.

O comunicado da embaixada sublinhou ainda a importância de “respeitar os costumes locais”, “moderar a linguagem e o comportamento em público”, “evitar usar roupas ou transportar objectos que identifiquem o viajante como japonês”, “manter-se alerta em locais com muita gente” e “afastar-se imediatamente de indivíduos ou grupos suspeitos”.

“Nos dias relacionados com acontecimentos históricos entre a China e o Japão, é necessário usar de extrema cautela. É essencial estar mais vigilante do que nunca no que diz respeito à segurança ao sair de casa”, lê-se no texto. O aviso do Japão aos seus cidadãos surge na sequência de incidentes violentos registados este ano na China.

Em Junho passado, uma mulher japonesa e a sua filha foram esfaqueadas em Suzhou, num incidente que resultou na morte de uma cidadã chinesa que tentou defendê-las, enquanto em Setembro um rapaz japonês foi morto em Shenzhen, durante o aniversário do Incidente de Mukden, um ataque a comboios japoneses provocado por Tóquio em 1931 como pretexto para defender a sua invasão do país vizinho.

13 Dez 2024

Coreia do Sul | Destituído ministro da Justiça e chefe da Polícia

A decisão do presidente sul-coreano de decretar a lei marcial continua a fazer rolar cabeças na administração do país

 

O parlamento da Coreia do Sul aprovou ontem a destituição do ministro da Justiça, Park Sung–jae, e do chefe da polícia, Jo Ji–ho, devido à breve imposição da lei marcial, na semana passada. A Assembleia Nacional aprovou com 195 votos a favor e 100 contra a moção contra Park, o primeiro ministro ser destituído pelo parlamento na história da democracia no país, de acordo com a agência de notícias sul-coreana Yonhap.

A moção, apresentada pelo principal movimento da oposição, alegava que Park “participou numa reunião do executivo e na tomada de decisões”, o que “equivaleu a uma conspiração para cometer rebelião”. “Há suspeitas de que tentou garantir antecipadamente locais de detenção para figuras-chave que deviam ser detidas após a implementação da lei marcial”, disse o Partido Democrático (PD, na oposição).

A moção notou ainda que o ministro “agiu como se não reconhecesse a autoridade da Assembleia Nacional, demonstrando que estava de acordo com a percepção errada do Presidente Yoon [Suk–yeol] de considerar os políticos como alvos de detenção”.

Quanto a Jo Ji–ho, 202 deputados votaram a favor da destituição do líder da Polícia Nacional da Coreia do Sul e 88 contra. A moção alegou que Jo “abusou da autoridade para comandar e dar ordens à polícia e bloqueou a entrada de membros da Assembleia Nacional, órgão constitucional”.

Desta forma, o chefe da polícia “violou o direito da Assembleia Nacional de exigir o levantamento da lei marcial”, referiu o PD. O bloqueio do parlamento “é um acto que praticamente impossibilita a Assembleia Nacional de exercer as competências conferidas pela Constituição. É um crime de traição”, concluiu a moção.

Jo, entretanto já detido, está a receber tratamento hospitalar devido à deterioração do estado de saúde, indicou a Yonhap, que citou fontes não identificadas. Na prática, a aprovação das duas moções significa que os dirigentes ficam suspensos de funções.

Sábado decisivo

O parlamento aprovou ainda a criação de um procurador especial para investigar as acusações de insurreição contra o Presidente Yoon Suk–yeol. Horas antes, o chefe de Estado defendeu a imposição de lei marcial como um acto de governação, acusou a oposição de paralisar o governo e negou acusações de rebelião.

A oposição da Coreia do Sul agendou para sábado a votação no parlamento de uma segunda moção de destituição contra o conservador Yoon, que no sábado passado escapou por pouco a uma primeira tentativa. A polícia sul-coreana está a realizar novas buscas no gabinete do chefe de Estado para “obter documentos e informações”, avançou a Yonhap.

Na quarta-feira, a polícia disse ter sido impedida pelos guardas de segurança do complexo presidencial de fazer buscas no edifício onde se encontra o gabinete de Yoon.

Oposição apresentou novo pedido de destituição do chefe de Estado

O Parlamento sul-coreano comunicou que os seis partidos da oposição apresentaram uma nova moção conjunta para a destituição do Presidente, Yoon Suk Yeol, devido à declaração da lei marcial.

Segundo a Assembleia Nacional, o principal partido da oposição, o Partido Democrático, e cinco outras formações políticas da oposição apresentaram ontem a nova moção de destituição. Os partidos afirmam que tencionam submeter a moção a votação no sábado. A breve declaração de lei marcial de Yoon, em 03 de Dezembro, desencadeou o caos político e grandes protestos que exigiram a destituição do Presidente.

O Partido Democrático argumentou que o decreto de Yoon equivalia a uma rebelião. Ontem, Yoon defendeu o decreto como um acto de governação e negou as acusações de rebelião prometendo “lutar até ao fim” face às tentativas de destituição e à intensificação das investigações sobre a medida levada a cabo na semana passada. O chefe de Estado falou horas antes de o Partido Democrático apresentar a nova moção de destituição.

Entretanto, o Parlamento aprovou uma moção de afastamento do chefe da polícia nacional, Cho Ji Ho, e do Ministro da Justiça, Park Sung Jae, suspendendo-os das funções oficiais, devido à aplicação da lei marcial.

13 Dez 2024

Xichang | Condutor embriagado atropela e mata três pessoas

Três pessoas morreram ontem na cidade de Xichang, no centro da China, depois de terem sido atropeladas por um veículo conduzido por um homem embriagado. O incidente ocorreu por volta das 01:39, quando um homem identificado como Wang, de 30 anos, conduzia um pequeno veículo que acabou por abalroar três pessoas que atravessavam a estrada numa passagem para peões.

As vítimas não sobreviveram aos ferimentos, apesar dos esforços médicos efectuados após o acidente, de acordo com um comunicado divulgado pelo Departamento de Segurança Pública de Xichang, na província de Sichuan.

Os exames toxicológicos efectuados ao condutor confirmaram que este tinha consumido álcool antes de se sentar ao volante, com um nível de 25,1 miligramas de álcool por 100 mililitros de sangue. Wang encontra-se actualmente sob custódia policial, aguardando investigação.

Por enquanto, as autoridades descreveram o incidente como um “acidente de viação”, excluindo aparentemente a hipótese de um atentado planeado. Em Novembro, 35 pessoas morreram e 43 ficaram feridas depois de, num aparente ataque deliberado, um homem de 62 anos ter atropelado uma multidão num centro desportivo em Zhuhai.

13 Dez 2024

EUA sobem taxas sobre produtos da indústria de energia limpa oriundos da China

Os Estados Unidos vão aumentar as taxas alfandegárias sobre painéis solares, silício policristalino e alguns produtos de tungsténio oriundos da China, para proteger as empresas de energia limpa norte-americanas, informou ontem a Casa Branca.

De acordo com o aviso do escritório da representante do Departamento de Comércio dos EUA, Katharine Tai, as taxas sobre painéis solares e silício policristalino fabricados na China aumentarão para 50 por cento. As taxas sobre certos produtos de tungsténio aumentarão para 25 por cento, com vigência a partir de 1 de Janeiro, após uma revisão das práticas comerciais chinesas.

O silício policristalino é a principal matéria-prima na indústria fotovoltaica à base de silício cristalino e é usado para a produção de células solares convencionais. Na semana passada, Washington reforçou as restrições ao acesso chinês a tecnologia avançada de semicondutores.

Pequim respondeu com a proibição de exportações para os EUA de certos minerais críticos necessários para fabricar semicondutores, como o gálio, o germânio e o antimónio. Também intensificou o controlo das exportações de grafite para o mercado norte-americano.

A China fornece uma grande parte da maioria destes materiais e os Estados Unidos têm vindo a trabalhar para assegurar fontes alternativas em África e noutras partes do mundo.

Trunfo na manga

O tungsténio é outro metal estrategicamente vital cuja produção é dominada pela China. Os EUA não o produzem. É utilizado para fabricar armamento e também em tubos de raios X e filamentos de lâmpadas, entre outras aplicações industriais.

Depois de Pequim ter anunciado a proibição da exportação de gálio e de outros materiais para os Estados Unidos, os analistas afirmaram que o tungsténio era outra área em que a China poderia ripostar. Os atritos comerciais têm vindo a intensificar-se ainda antes da tomada de posse do Presidente eleito Donald Trump, que prometeu impor taxas de 60 por cento sobre os produtos chineses.

O Presidente cessante Joe Biden afirmou que a promessa de Trump seria um erro. A sua administração manteve em vigor as taxas que Trump impôs durante o seu primeiro mandato, em alguns casos aumentando-as ainda mais, mas afirma que tem uma abordagem mais direccionada.

A investigação que levou a Casa Branca a aumentar as taxas sobre os painéis solares foi concluída com um relatório em Maio que levou ao aumento das taxas sobre uma série de produtos, incluindo veículos eléctricos, seringas e agulhas, luvas médicas e máscaras faciais, semicondutores e produtos de aço e alumínio.

13 Dez 2024

Alto funcionário expulso do órgão consultivo e do PCC por corrupção

O Partido Comunista Chinês anunciou ontem a expulsão de Gou Zhongwen, antigo director da Administração Geral do Desporto e membro do principal órgão consultivo do Governo chinês, por suspeita de “infringir a disciplina do Partido e da lei”.

Segundo uma declaração conjunta da Comissão Central de Inspecção Disciplinar, o poderoso órgão anticorrupção do Partido Comunista, e da Comissão Nacional de Supervisão, a agência equivalente do aparelho de Estado, Gou foi considerado culpado de várias irregularidades, incluindo “o abandono de ideais políticos, a deterioração do ambiente no sistema desportivo e a utilização indevida de recursos públicos”.

As autoridades afirmaram que o antigo funcionário “aceitou presentes, banquetes e ofertas de viagem em violação dos regulamentos”, tendo ainda obtido “benefícios pessoais” e “usado o seu poder para ajudar os seus familiares em negócios”.

A investigação revelou que Gou “aceitou grandes somas de dinheiro” e tomou decisões arbitrárias que causaram “perdas financeiras significativas” ao Estado em projectos desportivos e aquisições. Foi igualmente acusado de ter prestado falsas declarações durante inquéritos organizacionais.

Gou foi expulso do PCC, destituído de todos os seus cargos públicos, incluindo o de membro da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês (CCPPC), o mais alto órgão consultivo político do país, bem como o de chefe-adjunto da Comissão de Assuntos Étnicos e Religiosos da Comissão Nacional da CCPPC.

Cinto apertado

Na segunda-feira, os dirigentes máximos do PCC anunciaram que vão redobrar os seus esforços na luta contra a corrupção, através de uma purga que resultou na demissão de ministros e oficiais do exército no último ano.

De acordo com um comunicado divulgado pela agência noticiosa oficial Xinhua, o Politburo, a cúpula do poder na China, aprovou as ordens do Presidente do país e secretário-geral da organização, Xi Jinping, que apelou à “supervisão” e à “revolução interna” para “erradicar as condições que tornam a corrupção possível”.

Xi Jinping, que consolidou o seu poder durante o 20.º Congresso do Partido, em 2022, intensificou a sua campanha anticorrupção, punindo pelo menos 610.000 funcionários no ano passado. A actual campanha visa funcionários públicos, mas também sectores tão diversos como as finanças, o tabaco e farmacêutico.

13 Dez 2024

Relatório | Pequim com investimento estrangeiro negativo pela primeira vez em décadas

Crise do imobiliário, ameaças de mais taxas alfandegárias e diferenças entre o yuan e o dólar são algumas das razões apontadas para os números negativos do investimento estrangeiro que, segundo o Instituto de Finanças Internacionais, devem aumentar em 2025 com a entrada de Trump na Casa Branca

 

Os fluxos de investimento directo estrangeiro na China tornaram-se negativos “pela primeira vez em décadas”, em 2024, que fechará com uma saída líquida de cerca de 9,5 mil milhões de euros, segundo o Instituto de Finanças Internacionais (IIF).

A associação de instituições financeiras prevê que as saídas de investimento aumentem para cerca de 23,7 mil milhões de euros, em 2025.

“O investimento directo estrangeiro na China está sob enorme pressão devido à baixa rentabilidade interna, à crise imobiliária, à ameaça de taxas alfandegárias, à diversificação das cadeias de abastecimento ou à grande diferença de rendimento entre [a moeda chinesa], o yuan, e o dólar”, explicou.

Este declínio deve-se também às tensões geopolíticas que, combinadas com uma reconfiguração das cadeias de abastecimento mundiais, resultaram num desvio do investimento para outros países, lê-se no relatório do IIF.

O IIF apontou especificamente o caso da Índia, um dos principais beneficiários desta situação, especialmente no sector da produção electrónica.

“A quota da China no total dos fluxos [de investimento] para os mercados emergentes deverá manter-se moderada, reflectindo as fricções geopolíticas e os desafios internos”, previu o documento, que referiu que outros mercados emergentes continuarão a atrair cada vez mais capital “face ao realinhamento global”.

De acordo com a agência, as prováveis taxas alfandegárias adicionais impostas pelos Estados Unidos na sequência do regresso de Donald Trump à Casa Branca afectarão os principais sectores de exportação e poderão “exacerbar os problemas estruturais” da China, como a sua dependência de um crescimento liderado pelo investimento ou o fraco consumo interno.

A política monetária também tem sido um entrave, de acordo com o IIF, que afirmou que a divergência entre a posição do Banco Popular da China e a de outros bancos centrais, como a Reserva Federal dos Estados Unidos, durante o ciclo de aperto monetário global, afectou a confiança dos investidores e não serviu para estimular suficientemente as entradas de capital do estrangeiro.

E, embora Pequim tenha prometido na semana passada uma orientação monetária “flexível”, o relatório indicou que as baixas margens de lucro líquido dos bancos e o risco de depreciação do yuan poderão limitar a margem de manobra das autoridades e conduzir a ainda mais saídas de capitais.

Futuro previsível

O IIF previu que o investimento directo estrangeiro reportado pelo ministério do Comércio, que apenas contabiliza as empresas com presença na China, caia entre 30 por cento e 50 por cento em 2025, enquanto a medida mais ampla da balança de pagamentos da Administração Estatal de Câmbios apresentará o primeiro valor negativo desde o início da série histórica em 1990.

Em Agosto, a agência Bloomberg previu que esta última situação se verificaria se a tendência da primeira metade do ano se mantivesse, durante a qual o passivo de investimento directo da balança de pagamentos – um indicador que acompanha os novos investimentos estrangeiros no país, registando os fluxos monetários ligados a entidades estrangeiras na China – caiu 4,6 mil milhões de dólares.

13 Dez 2024

Kun Iam | Centro Ecuménico renovado e inaugurado

Foi inaugurado, esta quarta-feira, o novo Centro Ecuménico Kun Iam que se apresenta agora ao público como um “espaço de turismo cultural polivalente”, segundo o Instituto Cultural (IC). Para a inauguração, foi escolhida a exposição “Momentos de Luz com Kun Iam – Exposição Individual de Cristina Rocha Leiria”, arquitecta e escultora portuguesa.

Assim, desde quarta-feira que é possível visitar “um espaço de turismo cultural polivalente, com espaços expositivos e lojas de venda de produtos culturais e criativos, contribuindo assim para o desenvolvimento do turismo cultural na comunidade e para a diversificação da oferta de experiências culturais do público”.

Na mostra de Cristina Rocha Leiria, revelam-se “estátuas de Kun Iam e outras obras associadas, permitindo ao público apreciar a sua beleza transcendental da através da textura e dos contornos de materiais como o jade, o cristal, a madeira e o aço escovado, através da interacção entre a luz e as esculturas”. A exposição “é complementada com imagens e vídeos que retratam o processo de concepção e construção do Centro”.

“Momentos de Luz com Kun Iam – Exposição Individual de Cristina Rocha Leiria” estará patente até ao dia 13 de Março de 2025, estando aberta ao público em geral, com entrada livre. O Centro Ecuménico Kun Iam está aberto diariamente das 10h às 18h.

13 Dez 2024

Água | Consumo aumentou 6% devido ao turismo

Kuan Sio Peng, directora-executiva da Sociedade de Abastecimento de Águas de Macau (Macao Water), afirmou que o consumo de água aumentou seis por cento nos 11 meses deste ano devido essencialmente ao aumento do turismo. Trata-se de um aumento de consumo centrado nos sectores industrial e comercial, com foco nas zonas turísticas como o Cotai ou centro da península.

Segundo o jornal Ou Mun, a responsável da Macau Water declarou que foi concluído o planeamento do abastecimento de água nas primeiras habitações públicas na Zona A dos Novos Aterros Urbanos, que vão começar a receber moradores já no próximo ano. Entretanto, as obras das canalizações nas ruas da Zona A estão concluídas em 35 por cento, prevendo-se que as obras da conduta de abastecimento estejam terminadas em 2026.

A fim de cumprir o objectivo de “zero emissões, Kuan Sio Peng declarou que está a ser planeada a instalação do primeiro complexo solar fotovoltaico no Reservatório de Seac Pai Van, com 300 painéis numa primeira fase. A responsável explica que esta produção de energia amiga do ambiente vai cobrir três por cento do consumo de electricidade do Reservatório.

13 Dez 2024

CPSP | Detido com droga após furtar comida em supermercado

Um turista britânico, com cerca de 30 anos de idade, foi detido à 01h da manhã de segunda-feira, depois de ter alegadamente tentado furtar três artigos de alimentação, no valor de 49 patacas, num supermercado da zona Nam Van.

Um funcionário do supermercado pediu a intervenção do Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP), que acabou por investigar o quarto de hotel onde estava hospedado o suspeito, na mesma zona. Aí foram encontrados três sacos com metanfetaminas, com um peso total de pouco mais de meia grama, assim como um recipiente com um líquido suspeito (que pesou mais de 53 gramas).

Foram ainda encontrados acessórios para tomar drogas. A análise à urina do suspeito acusou a presença de metanfetamina. O indivíduo foi acusado dos crimes de furto, consumo de droga e posse indevida de equipamento. O caso foi transferido para o Ministério Público.

13 Dez 2024

RAEM, 25 Anos | Macau investiu quase 24 mil milhões de dólares na China

Desde a implementação da RAEM, até ao passado mês de Outubro, o total do investimento directo aplicado por Macau no Interior da China foi de cerca de 23,9 mil milhões de dólares americanos, indicou ontem Ministério do Comércio da República Popular da China, em conferência de imprensa.

O porta-voz do ministério adiantou também que no sentido inverso, ou seja, os investimentos directos do Interior da China em Macau foram de cerca de 14,2 mil milhões de dólares no mesmo período de quase 25 anos.

O Governo Central indicou ainda que no ano passado, ao abrigo do acordo CEPA, o volume de comércio entre o Interior da China e Macau foi de 38,4 mil milhões de dólares, um aumento anual de 430 por cento face à período antes da transição.

13 Dez 2024