Covid-19 | Morreu Phil Spector, o produtor de “Let it Be” dos The Beatles

O produtor Phil Spector, um dos mais conhecidos da indústria discográfica desde a década de 1960, criador da designada “parede de som” [The Wall of Sound], morreu no sábado aos 81 anos, informaram ontem os serviços prisionais da Califórnia.

Phil Spector, que produziu álbuns como “Lei it be”, dos The Beatles, morreu devido a complicações relacionadas com a covid-19, que contraiu na prisão, segundo aqueles serviços. O produtor musical fora diagnosticado com covid-19 há quatro semanas, e morreu no sábado num hospital para onde fora transferido devido a complicações respiratórias, acrescentaram os serviços prisionais.

Phil Spector ganhou fama na industria discográfica ao produzir trabalhos de Tina Turner, The Beatles e dos Righteous Brothers. Foi o impulsionador da denominada “wall of sound” (“parede de som”), caracterizada por exuberantes orquestrações e instrumentações, com apoio de baixos, que definia como “uma aproximação wagneriana ao rock and roll”.

Em Abril de 2008, Phil Spector foi declarado culpado de ter assassinado a tiro, em 2003, a actriz Lana Clarkson, em sua casa. Um primeiro julgamento, em 2007, fora anulado, por ter sido impossível aos membros do júri chegarem a um acordo.

Mais tarde, em outubro, no mesmo ano, provas apresentadas em novo julgamento foram suficientes para determinar que, a 3 de fevereiro de 2003, Spector assassinara Lana Clarkson, horas depois de a ter conhecido num club de Sunset Strip, em Hollywood, onde aquela trabalhava.

Em 2009, foi condenado a 19 anos de prisão. A acusação retratou Spector como um sádico misógino com um história de três décadas “a jogar à roleta russa com as vidas das mulheres” quando estava embriagado.

18 Jan 2021

Filipinas | Portas trancadas a estrangeiros vindos de Portugal e Brasil

As Filipinas prolongaram até ao final de Janeiro a proibição da entrada de estrangeiros que estiveram em Portugal ou no Brasil nas últimas duas semanas, devido às novas estirpes do novo coronavírus.

Também na sexta-feira, um grupo de trabalho interdepartamental decidiu desencadear um sistema de alertas a aplicar a companhias aéreas que permitem o embarque de passageiros vindos de países na lista negra em voos com destino às Filipinas.

A única excepção prevista são os passageiros que apenas mudaram de voo em Portugal ou no Brasil, não tendo abandonado o aeroporto. Este grupo terá ainda assim de se submeter a um período de quarentena de 14 dias, que poderá ser feito em casa, caso façam um teste negativo ao novo coronavírus.

Já os cidadãos filipinos poderão entrar no país, tendo, no entanto, de se submeter a uma quarentena de 14 dias num local designado pelas autoridades, mesmo que à chegada façam um teste com resultado negativo.

A decisão abrange mais de 30 países, incluindo o Reino Unido, a China, os Estados Unidos da América e a África do Sul.

18 Jan 2021

Na gaiola outra vez

Por André Namora

Aí está a chamada tradição do Natal transformada em confinamento. Todos achavam que a celebração eucarística da família à mesa com bacalhau e peru é que tinha de acontecer. Em primeiro lugar estava a oportunidade de dizer à covid-19 que passasse ao lado da malta porque as festas eram importantíssimas… nem sequer o alerta de certos especialistas clínicos a avisar que os ajuntamentos familiares no Natal iriam provocar grandes dissabores traduzidos em números astronómicos de infecção e aumento do número de óbitos, permitiu que as pessoas não aderissem às festas natalícias. De nada serviu, os médicos atentos ao que se vai passando por esse mundo sabiam que as festas iriam dar bronca. Festas que foram do conhecimento das autoridades com 100, 300 ou 500 pessoas. Tudo na maior.

Toca a banda e abre o garrafão que é Natal ou ano novo. A Guarda Nacional Republicana ainda entrou por umas quintas a dentro e acabou com o festim. Numa delas, havia mulheres e homens nus numa piscina interior aquecida em plena orgia do tipo grego com uvas e outras bolas nas mãos. No interior do salão com lareira manjava-se javali e veado cozinhados com vinho tinto. Resumindo: estava tudo bêbedo sem se darem conta que o coronavírus andava por lá a marcá-los à distância para passadas duas semanas enviá-los para o hospital, na secção chamada de covid.

A propósito, de falarmos sobre a covid-19 e o aumento estonteante do número de infectados e de mortes que levaram o governo a decretar novo confinamento à população, há que registar o excelente e sacrificado trabalho dos profissionais de saúde pública, especialmente os enfermeiros e assistentes sociais. As secções nos hospitais onde são instalados os doentes com a pneumonia covid são geridas com uma seriedade espantosa. Qualquer profissional está equipado dos pés à cabeça com bata especial plastificada, uma touca, dois pares de luvas, sapatos especiais, óculos de plástico, máscara profissional, todo este material que ao deixarem a secção onde se encontram os doentes com a covid são atirados fora para recipientes próprios para cada tipo de objectos utilizados. Os enfermeiros merecem os nossos maiores aplausos pelo trabalho que realizam. É proibido entrar nos hospitais mas tive a oportunidade de ver um vídeo que um profissional hospitalar realizou e vê-se que felizmente não se está a brincar em serviço.

Quem brinca com o povo são os políticos tão incompetentes que até eles apanham a covid-19, como foi o caso da ministra do Trabalho e da Segurança Social. Por sinal, quando a vi toda gaiteira e a falar sem máscara, disse para comigo “esta não se safa à covid”. Dito e feito. Mas, a verdade total neste aspecto não vem a público: há mais governantes e assessores infectados e incrivelmente, pelo menos um deles, sabia que estava positivo e foi “trabalhar” para o Ministério onde se encontram centenas de colegas. A irresponsabilidade tem sido grande, o governo perdeu o controlo da pandemia, os médicos que sabem da matéria não têm sido levados a sério e assim estamos com cerca de 150 mortes por dia. Quem diria que chegávamos a um ponto tão trágico e tão triste e mesmo assim foi decretado um confinamento da treta. Qual confinamento? As escolas estão abertas, os pais saem à rua para ir levar e buscar os filhos aos estabelecimentos de ensino, os supermercados estão abertos, as pastelarias estão abertas servindo o cafezinho numa mesa colocada à entrada e onde os ajuntamentos de clientes são uma realidade, as padarias não param de vender toda a espécie de pão, as mercearias estão cheias dos clientes habituais lá do bairro, os cabeleireiros estão fechados mas as marcações telefónicas levam a que no interior o trabalho não pare.

Resumindo: as ruas estão cheias de “confinamento”, uns foram à farmácia, outros ao hipermercado, alguns dizem que vão ao dentista, outros que vão à consulta que o médico marcou há duas semanas, há muitos a passear o cãozinho, à porta do talho vêem-se as filas de carnívoros, enfim, são tantas as excepções ao confinamento que estou certo que o número de infectados e de mortos não vai baixar.

Por outro lado, tenho um vizinho que já trocou o seu Mercedes pelo último modelo. É proprietário de uma agência funerária e disse-me que nunca imaginou ficar tão rico. Só os funerais dos muçulmanos dão-lhe um lucro astronómico porque é das poucas agências que sabem tratar dos rituais inerentes à religião de Maomé. O confinamento que foi decretado na passada sexta-feira é um fiasco e tristemente o civismo das pessoas ainda não alcançou uma plataforma de compreensão de que esta pneumonia covid não brinca com os humanos, simplesmente trata-lhes da saúde enriquecendo as agências funerárias.

As pessoas não entendem o que é uma pandemia, não querem compreender a gravidade deste tipo de vírus e até há quem brinque aos testes. Hoje dá negativo, no dia seguinte deu positivo, tem que ficar 15 dias confinado, mas depois de mais um teste volta a resultar negativo e aí vai ele para a rua porque as eleições estão à porta e há quem queira continuar a ser presidente da República. O que me apetecia era ter uma fábrica de gaiolas onde pudesse meter esta passarada toda…

*Texto escrito com antiga grafia

18 Jan 2021

Festival de Veneza | Bong Joon Ho, realizador de “Parasitas”, preside ao júri     

O realizador sul-coreano Bong Joon Ho vai presidir, em Setembro, ao júri do 78.º Festival Internacional de cinema de Veneza, em Itália, anunciou a direcção. “Como presidente do júri – e mais importante, como um eterno cinéfilo – estou pronto para contemplar e aplaudir todos os óptimos filmes seleccionados pelo festival”, disse o realizador de “Parasitas”, em comunicado.

O festival de cinema de Veneza decorrerá de 1 a 11 de Setembro e o júri, que Bong Joon Ho vai presidir, atribuirá vários prémios aos filmes da competição, entre os quais o Leão de Ouro.

Bong Joon Ho, 51 anos, fez os primeiros filmes na década de 1990, contando na filmografia com obras como “Memories of murder” (2003), premiado em San Sebastian (Espanha), “The Host – A criatura” (2006), “Mother – Uma força única” (2009), ambos estreados em Cannes (França).

Em 2013 assinou a primeira produção internacional, com elenco ocidental, com “Snowpiercer – O expresso do amanhã” (2013), seguindo-se “Okja” (2017), o filme que causou polémica por ter estreado em Cannes e apenas na plataforma Netflix.

A consagração internacional deu-se com “Parasitas” (2019), uma comédia, tragédia sul-coreana, reflexão sobre ricos e pobres e diferenciação social, que em 2020 conquistou vários prémios, entre os quais a Palma de Ouro em Cannes, e fez história nos Óscares, porque nunca antes um filme estrangeiro tinha vencido o prémio de melhor filme. “Parasitas” venceu ainda os Óscares de Melhor Realização, Melhor Filme Estrangeiro e Melhor Argumento Original.

18 Jan 2021

Deputado Sulu Sou quer saber quantos TNR trabalham na função pública

Sulu Sou quer saber os argumentos do Governo para empregar permanentemente trabalhadores não residentes (TNR) na função pública e se cada serviço da administração pública tem um mecanismo de substituição para promover o trabalho local.

Com vista a “elevar a transparência da administração pública”, o deputado pede, em interpelação escrita, que Executivo actualize o número de TNR nesta situação, recordando a obrigatoriedade de declarar as razões da contratação e as opiniões da Direcção dos Serviços de Administração e Função Pública (DSAFP) que estão na base da tomada de decisão.

Segundo informações da DSAFP, até 31 de Maio de 2020, o Governo tinha contratado, no total, sete consultores, todos de Portugal e 134 técnicos especializados, provenientes de regiões como o Interior da China, Portugal, Taiwan, Hong Kong, Itália, Alemanha e Coreia do Sul.

18 Jan 2021

Covid-19 | China regista 109 novos casos

A Comissão de Saúde da China anunciou 109 novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas, incluindo 96 de contágio local, a maioria nas províncias de Hebei e Heilongjiang.

Hebei, que conta com várias cidades seladas e milhões de habitantes em quarentena, diagnosticou 72 casos de origem local, enquanto na província de Heilongjiang, na fronteira com a Rússia, foram registados 12 contágios locais.

A província de Jilin, no nordeste do país, contabilizou 10 novos casos, registando-se mais dois no distrito de Shunyi, em Pequim.

A Comissão de Saúde da China contabilizou ainda 13 casos oriundos do exterior, os chamados “importados”. A cidade de Xangai (leste) somou quatro contágios, Tianjin (norte) um, enquanto as províncias de Fujian (sudeste), Guangdong (sul) e Sichuan (centro) registaram dois, tendo Shandong (este) e Hunan (centro) identificado um caso.

As autoridades também indicaram ter detetado 119 assintomáticos, 16 dos quais importados, embora Pequim só inclua estes doentes nos casos confirmados se manifestarem sintomas da covid-19.

A Comissão de Saúde da China disse que, nas últimas 24 horas, 17 pacientes receberam alta, pelo que o número de pessoas infetadas activas no país se fixou em 1.205, incluindo 42 em estado grave. O organismo tinha anunciado uma nova morte devido à covid-19 na quinta-feira, depois de quase oito meses, desde 17 de Maio, sem registar nenhum óbito causado pela doença. O número de mortes é agora de 4.635.

O país somou, no total, 88.227 infectados desde o início da pandemia. A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.009.991 mortos resultantes de mais de 93,8 milhões de casos de infecção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

17 Jan 2021

Hong Kong | Activistas pró-democracia pedem asilo nos EUA

Cinco activistas pró-democracia de Hong Kong chegaram esta semana aos Estados Unidos para tentar obter asilo naquele país, anunciou no sábado um grupo de defesa das liberdades na antiga colónia britânica, sediado nos EUA.

A fuga segue-se à repressão maciça contra figuras da oposição de Hong Kong, detidas ao abrigo da Lei da Segurança Nacional imposta por Pequim ao território, em junho de 2020, após os enormes protestos em 2019.

“Os activistas, todos com menos de 30 anos, participaram em protestos pró-democracia em Hong Kong, foram detidos e acusados e fugiram da cidade de barco, em Julho”, disse à agência de notícias France-Presse (AFP) Samuel Chu, fundador do Hong Kong Democracy Council (HKDC), uma organização que defende a causa dos ativistas de Hong Kong nos EUA.

“Estou aliviado e espero acolhê-los nos Estados Unidos e ajudá-los a pedir asilo e a construir uma nova vida”, acrescentou. “A sua iniciativa desesperada é a prova da rápida deterioração da situação dos direitos humanos e da crescente crise humanitária que se vive em Hong Kong actualmente”, alertou.

A imprensa de Taiwan noticiou em Agosto que estes cinco residentes de Hong Kong tinham tentado obter asilo naquele território no final de Julho.

Na sexta-feira, os Estados Unidos impuseram sanções a seis autoridades chinesas e de Hong Kong, depois da repressão das autoridades da antiga colónia britânica contra 50 activistas pró-democracia.

O chefe da diplomacia norte-americana, Mike Pompeo, também pediu a Pequim e Hong Kong que “libertem imediatamente os detidos ao abrigo da lei de segurança nacional ou de outros textos simplesmente porque exerceram os seus direitos e liberdades”.

A adopção da lei draconiana, já denunciada pela União Europeia e por organizações de defesa de direitos humanos, tem contribuído para acentuar as tensões entre Estados Unidos e China.

17 Jan 2021

Covid-19 | China coloca 20.000 pessoas de zonas rurais em quarentena forçada

A China colocou em quarentena forçada 20.000 pessoas de zonas rurais devido a um surto de covid-19, avançou hoje a imprensa estatal, acrescentando que o número de novos infectados bateu um recorde desde março.

No norte da China, onde os números têm crescido, uma cidade está a construir uma instalação com capacidade para colocar em quarentena 3.000 pessoas, em vésperas das habituais viagens do Ano Novo Lunar.

A imprensa estatal mostrou hoje equipas a nivelar terra, a despejar cimento e a montar salas pré-fabricadas em zonas agrícolas perto de Shijiazhuang, capital da província de Hebei, onde tem sido registado o maior número de novos casos.

As imagens fizeram lembrar cenas do ano passado, quando a China construiu rapidamente hospitais de campanha e transformou ginásios em centros de isolamento para lidar com o surto inicial ligado à cidade de Wuhan.

O Ministério da Saúde informou hoje ter registado 144 novos infetados com covid-19. Em comparação com a Europa ou os Estados Unidos, o número é extremamente baixo, mas, ainda assim, é o mais alto na China desde 02 de março de 2020.

A China conteve grande parte da disseminação doméstica do coronavírus, mas o aumento recente de casos levantou preocupações sobretudo por terem acontecido perto da capital do país e em época de viagens de pessoas que costumam reunir-se às suas famílias para o Ano Novo Lunar, o mais importante festival tradicional da China.

A Comissão chinesa de Saúde referiu hoje que há 1.001 novos doentes hospitalizados, 26 dos quais em estado grave e adiantou que 144 dos novos casos foram registados nas últimas 24 horas, 90 em Hebei e 43 na província de Heilongjiang, mais a norte.

Nove casos foram trazidos de fora do país, enquanto as transmissões locais também ocorreram na região de Guangxi e na província de Shaanxi, no norte, mostrando a capacidade do vírus circular pelo vasto país, onde vivem 1,4 mil milhões de pessoas, apesar das quarentenas, das restrições de viagem e da vigilância eletrónica.

Shijiazhuang foi colocada em confinamento, tal como as cidades de Xingtai e Langfang, em Hebei, partes de Pequim e outras cidades do nordeste. As medidas impedem as viagens e mais de 20 milhões de pessoas receberam ordens para ficar em casa nos próximos dias.

Ao todo e desde o início da pandemia, a China já contabilizou 87.988 casos de infeções e 4.635 mortes.

O surto no norte da China está a acontecer na mesma altura em que especialistas da Organização Mundial de Saúde chegaram à China, onde vão cumprir uma quarentena de 14 dias, para depois iniciar uma recolha de dados sobre a origem da pandemia, detetada pela primeira vez em dezembro de 2019 na cidade de Wuhan.

A visita foi aprovada pelo Presidente Xi Jinping, após meses de disputas diplomáticas que provocaram uma reclamação pública do diretor da OMS.

A demora em aprovar a visita e o rígido controlo de informações e promoção de teorias de que a pandemia começou noutro lugar aumentou a especulação de que a China está a tentar evitar que se encontrem provas que destruam a sua autoproclamada liderança na batalha contra o coronavírus.

Cientistas suspeitam que o vírus, que matou mais de 1,9 milhões de pessoas em todo o mundo, desde o final de 2019, foi transmitida aos humanos por morcegos ou outros animais, provavelmente no sudoeste da China.

O ex-responsável da OMS Keiji Fukuda, que não faz parte da equipa que viajou para a China, alertou contra as expectativas de descobrir alguma coisa durante a visita, alertando que pode levar anos até que possa ser tomada qualquer conclusão.

15 Jan 2021

Covid-19 | China regista 144 novos casos, 135 de contágio local

A Comissão de Saúde da China anunciou ter identificado 144 novos casos de covid-19 nas províncias de Hebei e Heilongjiang nas últimas 24 horas, incluindo 135 de contágio local. Este número de casos não era registado na China desde março passado, indicaram as autoridades.

Hebei, que conta com várias cidades seladas e milhões de habitantes em quarentena, diagnosticou 90 casos de origem local, enquanto na província de Heilongjiang, na fronteira com a Rússia, foram registados 43 contágios locais.

Os restantes dois casos locais foram identificados nas províncias de Guangxi (sul) e Shaanxi (centro), tendo cada uma das regiões contabilizado um contágio de origem local.

Em termos de casos importados, ou seja, oriundos do exterior, a Comissão de Saúde da China contabilizou nove. A cidade de Xangai (leste) somou dois contágios, e as províncias de Guangdong (sudeste) três, Jiangsu (leste) um, Zhejiang (leste) um, Sichuan (centro) um e Shaanxi (centro) um.

As autoridades também indicaram ter detetado 66 assintomáticos, 11 dos quais importados, embora Pequim só inclua estes doentes nos casos confirmados se manifestarem sintomas da covid-19.

A Comissão de Saúde da China disse que, nas últimas 24 horas, 28 pacientes receberam alta, pelo que o número de pessoas infetadas ativas no país se fixou em 1.001, incluindo 26 em estado grave.

O organismo tinha anunciado uma nova morte devido à covid-19, na quinta-feira, depois de quase oito meses, desde 17 de maio, sem registar nenhum óbito causado pela doença. O número de mortes é agora de 4.635.

O país somou, no total, 87.988 infetados desde o início da pandemia e 82.352 pessoas que recuperaram da doença.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.979.596 mortos resultantes de mais de 92,3 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

15 Jan 2021

UM | Estudo sobre discriminação publicado em revista internacional

Um estudo da Universidade de Macau (UM) sobre a estigmatização, discriminação e crimes de ódio contra grupos populacionais inseridos em comunidades falantes de chinês durante a pandemia de covid-19 foi publicado no Asian Journal of Criminology.

A investigação, conduzida por Xu Jianhua, responsável pelo departamento de Sociologia da UM, debruçou-se sobre recolha de conteúdos nos meios de comunicação social entre o final de 2019 e Abril de 2020. O objectivo foi estudar a forma como factores como “o medo de ficar infectado, a cultura gastronómica, utilização de máscaras, ideologia política e o racismo”, influenciaram a estigmatização dos diferentes grupos.

Segundo o estudo, na fase inicial da pandemia, os actos de estigmatização recaíram mais sobre os residentes de Wuhan, e eram provenientes das regiões fora da província de Hubei, passando depois pela discriminação por parte de residentes de Hong Kong e Taiwan contra habitantes do Interior da China. Por fim, com a pandemia controlada dentro de portas, a estigmatização passou para a população africana a viver na China.

15 Jan 2021

Wong Kit Cheng declara guerra a folhetos pornográficos

A deputada Wong Kit Cheng quer soluções para combater a distribuição de folhetos pornográficos e promoção da prostituição na comunidade. Numa interpelação escrita, a legisladora lamenta ainda que os dois problemas se arrastem há anos e que não se resolvem devido aos constrangimentos legais.

Contudo, para Wong esta devia ser uma das prioridades porque podem ter impacto negativo para a imagem de Macau como centro de turismo, assim como para a segurança do território e para a formação os jovens.

No que diz respeito à prostituição, Wong sublinhou a necessidade de “purificar os bairros comunitários” e revelou que após terem sido impostos restrições nos controlos das fronteiras, por causa da pandemia, que recebeu várias queixas sobre o intensificar da actividade de prostituição.

Anteriormente, o Governo defendeu que para proibir a prostituição seria necessário haver um consenso alargado na sociedade. Por isso, a deputada quer agora saber o que vai ser feito pelo Executivo para chegar ao esse consenso. No mesmo sentido, a deputada queixou-se que actualmente nas operações de prostituição não é possível aplicar sanções penais, mas apenas multas, expulsão do território ou a proibição de entrada.

Por outro lado, a legisladora perguntou também quando pode haver alterações legais para que os folhetos de promoção de actos pornográficos, que não são explícitos, possam ser alvos de sanções.

15 Jan 2021

Portal HKChronicles foi bloqueado pelas autoridades de Hong Kong

O fornecedor de Internet de Hong Kong Broadband Network disse ontem que o acesso ao portal HKChronicles foi bloqueado, tratando-se do primeiro caso de censura no quadro da lei de segurança nacional.

De acordo com o popular fornecedor de internet da Região Administrativa Especial de Hong Kong o bloqueio ao portal associado ao serviço verificou-se “após uma ação de injunção” (procedimento judicial que permite a um credor de uma dívida aceder a documentos).

Ao contrário do que acontece no território continental chinês, a Região Administrativa Especial de Hong Kong dispõe de livre acesso à Internet apesar de os democratas temerem que a nova legislação sobre a segurança nacional venha a restringir a liberdade ao acesso às redes digitais.

Na semana passada, os utilizadores de internet de Hong Kong notaram que era impossível o acesso ao portal HKChronicles a partir de alguns computadores.

Através de um comunicado os responsáveis pelo portal declararam na altura que “acreditavam” terem sido bloqueados pelas autoridades locais.

A polícia recusou-se a comentar os fatos mas hoje a empresa Hong Kong Broadband Network, um dos mais importantes fornecedores de Internet da região administrativa especial, confirmou ter recebido uma ordem para desativar o site HKChronicles.

“Nós desativamos a ligação ao portal (HKChronicles) em conformidade com a lei sobre a segurança nacional”, disse hoje o servidor de Internet.

O HKChronicles, que permanece ativo para os utilizadores externos e em Hong Kong através de redes virtuais privadas, é apontado pelas autoridades como “controverso” por divulgar imagens e depoimentos das manifestações pró democracia, desde 2019.

O site bloqueado em Hong Kong dá voz às denúncias sobre a violência excessiva da polícia.

Quando as autoridades ordenaram aos polícias para não usarem os crachats de identificação durante os confrontos e manifestações o portal começou a recolher os dados policiais dos agentes divulgando-os na página, uma tática conhecida como “doxing”.

A prática consiste em divulgar informações pessoais sendo que o procedimento é ilegal em Hong Kong.

O mesmo portal revelou os nomes e as informações de contacto pessoais de várias personalidades pró-regime residentes em Hong Kong.

Na República Popular da China, o acesso aos portais de Internet é imposto através do “Gret Firewall” (em alusão à Grande Muralha da China) um programa desenvolvido e aplicado pelo regime e que intervém nos conteúdos das redes sociais apagando-os ou exercendo censura.

No passado mês de junho, o regime de Pequim aprovou a lei de segurança nacional para pôr fim à contestação em Hong Kong. A lei permite à polícia actuar junto dos fornecedores de Internet, suprimir conteúdos considerados “infração”.

15 Jan 2021

Covid-19 | China regista primeira morte em oito meses

A Comissão de Saúde da China anunciou hoje a primeira morte provocada pelo novo coronavírus nos últimos oito meses, elevando o total para 4.635 desde o início da pandemia.

A morte aconteceu na província de Hebei, que circunda Pequim, onde foi detetado um novo surto que levou as autoridades chinesas a impôr quarentena em várias cidades, incluindo na capital, Shijiazhuang, com 11 milhões de habitantes.

O último óbito na China provocado pelo novo coronavírus tinha sido registado em maio de 2020.

Nas últimas 24 horas, o país contabilizou também 138 novos casos de covid-19, segundo a Comissão de Saúde da China.

Uma equipa de especialistas da Organização Mundial da Saúde (OMS) encarregada de investigar as origens do novo coronavírus deverá chegar hoje à China.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.963.557 mortos resultantes de mais de 91,5 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

14 Jan 2021

Hong Kong | Detidas 11 pessoas suspeitas de ajudarem activistas a tentar fugir para Taiwan

A polícia de Hong Kong deteve hoje 11 pessoas por suspeita de ajudarem 12 ativistas pró-democracia a tentarem fugir da cidade, noticiaram os ‘media’ locais.

A polícia deteve oito homens e três mulheres com idades compreendidas entre os 18 e os 72 anos por “darem apoio a criminosos”, de acordo com o South China Morning Post, que citou fontes não identificadas.

O conselheiro distrital e advogado Daniel Wong Kwok-tung, um dos detidos, publicou na sua página na rede social Facebook que os agentes do Departamento de Segurança Nacional tinham chegado a sua casa, embora ainda não soubesse para que esquadra de polícia seria levado.

Wong, membro do Partido Democrata da cidade, é conhecido por prestar apoio jurídico a centenas de manifestantes detidos durante os protestos anti-governamentais em Hong Kong em 2019.

As 11 pessoas são suspeitas de ajudar os 12 jovens de Hong Kong detidos no mar pelas autoridades chinesas do continente enquanto tentavam navegar para Taiwan em agosto, sendo que alguns deles enfrentavam acusações relacionadas com os protestos anti-governamentais em 2019.

No final de dezembro, dez foram condenados à prisão em Shenzhen por terem atravessado ilegalmente a fronteira, com penas entre sete meses e três anos.

Entre eles, está o estudante universitário Tsz Lun Kok, que detém passaporte português, condenado a sete meses de prisão e ao pagamento de uma multa de 20 mil yuans (cerca de 2.500 euros) pelo tribunal do distrito de Yantian, em Shenzhen, zona económica especial chinesa adjacente à região semi-autónoma. Os outros dois detidos, menores, foram entregues às autoridades de Hong Kong.

A tentativa de fuga terá sido motivada pela imposição por Pequim da lei de segurança nacional em Hong Kong.

A legislação, imposta por Pequim à região semi-autónoma de Hong Kong, pune atividades subversivas, secessão, terrorismo e conluio com forças estrangeiras com penas que podem ir até à prisão perpétua, e que levou vários ativistas pró-democracia a refugiarem-se no Reino Unido e em Taiwan.

14 Jan 2021

Supremo Tribunal da Coreia do Sul confirma condenação da ex-Presidente Park Geun-hye

O Supremo Tribunal da Coreia do Sul confirmou hoje a condenação da ex-Presidente Park Geun-hye a 20 anos de prisão, num caso de corrupção que levou à sua destituição, em 2017. A decisão põe termo a um longo processo judicial após a destituição de Park, precedida de meses de protestos nas ruas.

Primeira mulher eleita para o cargo na Coreia do Sul, Park tinha sido condenada em 2018 a 30 anos de prisão por corrupção e abuso de poder. Os tribunais viriam a reduzir a pena a 20 anos de prisão, na sequência de uma série de recursos da defesa.

O Supremo Tribunal aprovou igualmente as multas a pagar pela antiga chefe de Estado, de 21,5 mil milhões de won. Park foi ainda condenada a dois anos de prisão por infrações às leis eleitorais. Se cumprir integralmente as duas penas, a ex-Presidente terá mais de 80 anos quando for libertada.

Park tinha admitido ter recebido ou pedido dezenas de milhões de dólares de empresas sul-coreanas, incluindo a Samsung Electronics, além de partilhar documentos secretos e ter organizado uma “lista negra” de artistas críticos das suas políticas, ou ainda de ter demitido responsáveis que se opuseram aos seus abusos de poder.

A Justiça da Coreia do Sul é conhecida pela severidade em relação a antigos chefes de Estado. Quatro dos ex-presidentes ainda vivos foram condenados após o fim dos seus mandatos.

O antigo chefe de Estado Roh Moo-hyun suicidou-se em 2009, após ter sido questionado sobre suspeitas de corrupção que implicavam a sua família.

Há algumas semanas, o líder do Partido Democrata, atualmente no poder, Lee Nak-yon, admitiu propor o perdão de Park e de Lee Myung-bak, outro ex-Presidente condenado, mas as declarações suscitaram protestos tanto à direita como à esquerda.

14 Jan 2021

Irmã de Kim Jong-un chama “idiotas” às autoridades sul-coreanas

A influente irmã do líder norte-coreano Kim Jong-un chamou “idiotas” às autoridades sul-coreanas, depois de estas terem dito que observaram sinais de um possível desfile militar em Pyongyang, no fim de semana. A informação foi adiantada terça-feira pela agência noticiosa oficial norte-coreana, KCNA.

“Os sul-coreanos são realmente um grupo estranho e difícil de compreender”, sublinhou Kim Yo Jong, conselheira do irmão, num comunicado transmitido pela KCNA. Segundo Kim Yo Jong, “eles são idiotas e estão no topo da lista de mau comportamento no mundo”.

O líder norte-coreano, Kim Jong-un, foi eleito “por unanimidade” secretário-geral do Partido dos Trabalhadores, o único no país, num congresso que terminou no domingo, na capital, Pyongyang, onde, de acordo com a Coreia do Sul, poderá ter sido promovido um desfile militar.

O exército sul-coreano disse ter detectado sinais de que tal desfile tinha tido lugar no domingo à noite, embora frise não poder confirmar se era “o evento em si ou um ensaio”. A declaração foi “insensata” e mostrou uma “atitude hostil” por parte do sul, considerou Kim Yo Jong.

“Organizámos apenas um desfile militar na capital, não exercícios militares dirigidos a ninguém ou lançamento de nada”, declarou, confirmando implicitamente a realização do desfile.

No discurso durante o congresso de partido único, o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, prometeu “reforçar” o arsenal nuclear do país, mas também admitiu erros na gestão da economia, transmitiu a KCNA.

A sua irmã, Kim Yo Jong, não está na lista de pessoas nomeadas para o Comité Central, o que poderia levar a crer que a sua influência sobre o chefe do Governo está a diminuir, mas a publicação de um comunicado, em seu nome, veiculado pela KCNA, indica que continua a ser uma figura central na diplomacia norte-coreana.

A Coreia do Norte, duramente atingida pelas sanções internacionais, e mais isolada do que nunca, devido à pandemia provocada pelo novo coronavírus, encontra-se com imensas dificuldades económicas.

14 Jan 2021

Embaixada da China vai distribuir cabazes de Ano Novo Lunar em Portugal

A Embaixada da China em Lisboa anunciou na terça-feira que vai distribuir cabazes de Ano Novo Lunar aos membros mais vulneráveis da comunidade chinesa em Portugal.

Num comunicado, a Embaixada revela que os cabazes serão distribuídos a estudantes chineses em Portugal, chineses “extremamente pobres”, sem meios de regressar à China ou que vivem sozinhos, com os idosos e mulheres grávidas a ter prioridade.

O objectivo é ajudar os chineses a “reforçar a sua protecção pessoal”, numa altura em que a situação da pandemia de covid-19 em Portugal é “muito séria”, com o número de novos casos “a subir rapidamente”, refere o comunicado.

A Embaixada aconselha os chineses que vivem em Portugal a registar-se junto das associações da comunidade ou junto de um dos três pontos de apoio, situados em Lisboa, Vila Nova de Gaia e Albufeira, que irão mais tarde entregar os cabazes. Já os estudantes irão ser contactados directamente pela Embaixada. No ano lectivo 2018-2019 estavam inscritos nas instituições de ensino superior portuguesas 1.296 alunos chineses.

A semana do Ano Novo Lunar é a principal festa das famílias chinesas, equivalente ao Natal nos países ocidentais, época em que tradicionalmente as famílias se reúnem para refeições.

Este ano, o Ano Novo Lunar, dedicado ao Búfalo, assinala-se a partir de 12 de Fevereiro. A Embaixada refere que, desde o início da pandemia de covid-19, já lançou quatro campanhas que fizeram chegar aos cidadãos chineses em Portugal mais de 30 mil pacotes com máscaras cirúrgicas e desinfectante.

14 Jan 2021

Universidade chinesa abre centro de formação de professores de português

A Universidade de Estudos Estrangeiros de Pequim (BFSU, na sigla inglesa) abriu ontem o Centro Nacional de Formação de Professores de Espanhol e Português, para reforçar a qualidade do ensino da língua portuguesa na China, anunciou a instituição.

Num comunicado, a Faculdade de Estudos Hispânicos e Portugueses da BFSU diz que o Centro irá fornecer formação abrangente aos professores chineses para reforçar o desenvolvimento do ensino da língua portuguesa na China continental.

A cerimónia de inauguração contou com académicos vindos de universidades e centros de investigação situados em Macau e em várias cidades da China continental, que participaram logo a seguir a um fórum sobre a formação de professores de espanhol e português.

Segundo a Rádio China Internacional, cerca de 300 peritos, professores e estudantes de espanhol e português participaram no fórum.

Cerca de 50 instituições chinesas de ensino superior têm cursos de língua portuguesa, disse à Lusa, em novembro, Gaspar Zhang Yunfeng, coordenador do Centro Pedagógico e Científico da Língua Portuguesa do Instituto Politécnico de Macau.

O professor disse que o interesse pelo português na China registou um “crescimento enorme” nos últimos anos, porque há muitas saídas profissionais, nomeadamente “em empresas chinesas que tenham uma grande colaboração com os países de língua portuguesa”.

A formação de professores na China é um dos desafios, disse Gaspar Zhang. “Muitos chineses que ensinam português na China são muito jovens, ainda estão a fazer mestrado e doutoramento”, sublinhou.

14 Jan 2021

Quarentena | Observação médica para quem chega de Hebei e Pequim

O Centro de Coordenação de Contingência informou que a partir das 00h de hoje, ficaram obrigados a cumprir quarentena, para entrar em Macau, todos os indivíduos que tenham estado nos 14 dias anteriores em determinadas zonas da província de Heilongjiang, Hebei, Liaoning e em Pequim. Ficam também sujeitos a quarentena obrigatória quem chegar a Macau, após ter passado nos últimos 14 dias nas cidades de Dalian e Shenyang na província de Liaoning.

A Comissão de Saúde da China anunciou ontem que identificou 115 casos de covid-19 entre terça e quarta-feira, incluindo 107 por contágio local.

A maior parte dos casos locais registou-se na província de Hebei (90), que circunda Pequim, onde foi detectado um novo surto, que levou as autoridades chinesas a impor quarentena em três cidades, incluindo na capital, Shijiazhuang, com 11 milhões de habitantes.

Os restantes casos de contágio local foram detectados nas províncias de Heilongjiang (16), nomeadamente em Angangxi, na cidade de Qiqihaer, e de Shanxi.

Quanto aos casos importados que a Comissão de Saúde da China reportou foram diagnosticados em Xangai e nas províncias de Guangdong e Fujian.

14 Jan 2021

Ocean Gardens | Morador suspeito de atirar gatos pela janela

A gestão do condomínio do complexo Ocean Garden publicou uma nota na segunda-feira, a dar conta de uma queixa apresentada por um morador sobre um outro residente suspeito de ter morto cinco gatos, depois de, alegadamente, ter atirado os animais pela janela.

No comunicado, a gestão do complexo revela ainda ter contactado o Instituto para os Assuntos Municipais (IAM) e a polícia, tendo em conta que a acção infringe, não só a lei de protecção dos animais, por maus tratos, mas pode constituir também um crime de ofensa à integridade física por negligência.

Em comunicado divulgado ao final do dia, o IAM acusou ter sido notificado a 5 de Janeiro, referindo, no entanto, ser impossível prosseguir a investigação porque as carcaças dos animais, que terão sido encontradas a 19 de Dezembro de 2020, já não se encontram no local. O IAM apelou ainda para a população contactar o organismo sempre que houver suspeitas sobre casos de maus tratos animais.

14 Jan 2021

DSEJ | Indicadores da Juventude alargado a residentes com 35 anos

O inquérito do Sistema de Indicadores da Juventude irá alargar o leque de destinatários até aos 35 anos, acompanhando a ampliação estabelecida pela Política de Juventude de Macau (2021-2030), cuja consulta pública terminou no mês passado.

De acordo com Lou Pak Sang, que dirige a Direcção dos Serviços de Educação e Juventude (DSEJ), o resultado do inquérito realizado em 2020 será publicado no primeiro semestre deste ano. O responsável, em resposta a interpelação do deputado Lam Lon Wai, destaca a importância destas ferramentas estatísticas para a eficácia da execução das políticas de juventude.

O director da DSEJ referiu ainda o contributo científico do Instituto de Desenvolvimento Sustentável, da Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau, que analisou a eficácia da “Política de Juventude de Macau (2012-2020), para servir de referência à elaboração da nova ronda de planeamento. Os académicos sugeriram ao Governo o alargamento da cobertura da população, reforço da divulgação das políticas e aumento de comunicação com os jovens, assim como o reforço da educação do amor pela pátria e por Macau e a preparação dos jovens quadros em termos políticos.

14 Jan 2021

Covid-19 | Japão alarga estado de emergência a mais sete regiões

O governo do Japão declarou hoje o estado de emergência em mais sete regiões, alargando assim a medida extraordinária em vigor na região de Tóquio desde a semana passada, devido ao aumento de casos de covid-19 no país.

O primeiro-ministro, Yoshihide Suga, anunciou a decisão depois de se reunir com o grupo de trabalho do governo para a pandemia e no mesmo dia em que o número total de infeções no Japão ultrapassou as 300.000. As mortes ligadas ao novo coronavírus praticamente duplicaram no último mês para cerca de 4.100.

A medida, que entra em vigor na quinta-feira e se prolonga até 7 de fevereiro, diz respeito às prefeituras de Osaka, Quioto, Aichi, Hyogo, Fukuoka, Gifu e Tochigi, que se juntam assim a Tóquio e às zonas circundantes de Chiba, Kanagawa e Saitama, onde o estado de emergência está em vigor desde dia 8.

Com o alargamento, 55% da população do Japão e as regiões que reúnem a maior parte da sua atividade económica ficam sob estado de emergência.

O estado de emergência implica restrições no horário de bares e restaurantes, determina que 70% dos funcionários devem ficar em teletrabalho e recomenda aos cidadãos que fiquem em casa sempre que possível.

O executivo decidiu voltar a recorrer à medida, que foi utilizada na primavera durante a primeira onda de contágios com o novo coronavírus, devido ao aumento de casos nos últimos dias.

Os hospitais de Osaka, Aichi, Quioto e Hyogo estão sob pressão face à acumulação de doentes com sintomas graves de covid-19.

O ministro da Saúde, Yasutoshi Nishimura, assinalou na terça-feira no parlamento a necessidade de “reverter a tendência” de crescimento e afastou para já o alargamento do estado de emergência a todo o território.

A pandemia de covid-19, transmitida por um novo coronavírus detectado no final de dezembro de 2019 na China, provocou pelo menos 1.945.437 mortos resultantes de mais de 90,8 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço da agência France Presse.

13 Jan 2021

Pequim pede a Londres para parar de “interferir nos assuntos internos da China”

O embaixador chinês na Organização das Nações Unidas, Zhang Jun, pediu ontem ao Reino Unido para que “pare de interferir nos assuntos internos da China”, após Londres ter anunciado medidas sancionatórias por causa da perseguição aos uigures em Xinjiang.

O Reino Unido anunciou que vai proibir o comércio de mercadorias relacionadas com o trabalho forçado da minoria muçulmana dos uigures, em Xinjiang, no momento em que escalam as tensões entre o Londres e Pequim e semanas depois de um polémico acordo de princípio sobre investimentos entre a China e a União Europeia, de que os britânicos já não fazem parte.

O chefe da diplomacia britânica, Dominic Raab, disse que a atitude de Pequim face aos uigures é uma “barbárie” que está a ser cometida sob pretexto de combate ao terrorismo e ao radicalismo islâmico.

Em resposta, durante uma reunião do Conselho de Segurança da ONU, Zhang Jun disse que esta medida de Londres é um ataque “puramente político” e “sem fundamento” e aconselhou a diplomacia britânica a não “interferir nos assuntos internos da China”.

Zhang referia-se ao facto de Raab ter criticado o que chamou de “violações inaceitáveis dos direitos humanos”, anunciando medidas para proibir as importações e exportações vinculadas ao trabalho forçado dos uigures.

Os uigures são o principal grupo étnico em Xinjiang, uma enorme região no noroeste da China que tem fronteiras comuns com o Afeganistão e com o Paquistão. De acordo com especialistas estrangeiros, um milhão de uigures foram detidos nos últimos anos em campos de reeducação política, apesar dos desmentidos de Pequim, que afirma tratarem-se de centros de treino vocacional, destinados a manter as pessoas longe da tentação do islamismo radical.

13 Jan 2021

Português | Governo aceita inscrições para curso em Macau e Portugal 

A Direcção dos Serviços de Ensino Superior (DSES) está a aceitar candidaturas para mais uma edição da iniciativa “O Ser e Saber da Língua Portuguesa – Curso de Verão em Portugal”, que irá decorrer este ano em duas fases.

Podem inscrever-se estudantes portadores do bilhete de identidade de residente de Macau, que frequentem cursos de licenciatura no ano lectivo de 2020/2021, em regime de tempo inteiro, nas instituições do ensino superior de Macau ou no exterior, sem quaisquer conhecimentos prévios da língua portuguesa ou que tenham o nível básico do idioma, bem como outros níveis superiores.

A primeira fase desta iniciativa passa pela realização de um curso básico de língua portuguesa, bem como de um exame, existindo turmas em funcionamento em Janeiro, Março ou Junho. Este curso, organizado pela DSES, tem um total de 200 vagas e a duração de 50 horas.

A segunda fase desta actividade, será realizada no período do Verão em Portugal, sendo que a DSES ainda irá divulgar o regulamento e disposições “constante a situação da epidemia”.

“Dado a evolução contínua da referida epidemia, a DSES irá acompanhar estreitamente a situação, e caso a actividade seja suspensa ou cancelada, a DSES irá, oportunamente, dar essa informação, devendo estar atento às respectivas informações”, informa o organismo.

13 Jan 2021