Hoje Macau PolíticaConferência Consultiva de Guangdong | Quarta sessão do 12º Comité Nacional termina hoje Termina hoje, ao meio-dia, a quarta sessão do 12º Comité Nacional da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês (CCPPC) da província de Guangdong, que arrancou no sábado. A sessão começou com o presidente da CCPPC de Guangdong, Wang Rong, a apresentar o relatório dos trabalhos e políticas implementadas ao longo do ano passado. Segundo o canal chinês da Rádio Macau, Wang Rong destacou a posição forte assumida pelos membros de Macau e Hong Kong em relação à lei de segurança nacional da RAEHK e para a implementação estável do princípio “Um País, Dois Sistemas”. O líder do órgão consultivo destacou ainda o papel positivo que os membros de Macau e Hong Kong devem desempenhar para o desenvolvimento económico e social do país, ao mesmo tempo que promovem a prosperidade e estabilidade das regiões administrativas especiais, reforçando a coesão nacional. Nas reuniões, que terminam hoje ao meio-dia, contaram com 688 membros, incluindo 32 de Macau. Entre os membros de Macau da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês (CCPPC) da província de Guangdong contam-se figuras como o deputado Zheng Anting, o membro do Conselho Executivo Ieong Tou Hong e a ex-deputada Melinda Chan. A sessão deveria decorrer ao longo de cinco dias, mas devido aos esforços para conter a propagação da pandemia a duração foi encurtada para dois dias e meio.
Hoje Macau SociedadeNovo Macau | Pensamento independente sugerido à DSEJ A consulta pública sobre o Planeamento a Médio e Longo Prazo do Ensino Não Superior entre 2021 e 2030 terminou na sexta-feira. A Associação Novo Macau, que submeteu opiniões sobre o documento, sugere “cultivar o pensamento independente e crítico” dos jovens. Em comunicado, defende que esta capacidade é um elemento central do “soft power”. Entre as seis sugestões apresentadas pela ANM inclui-se também que “devem ser feitos esforços para manter o cantonense como a principal língua de ensino”. Uma política acompanhada pela ideia de que devem ser criados materiais de ensino relacionados com disciplinas como cidadania e história local, para fortalecer o sentimento de pertença e participação dos jovens na sociedade. Além disso, pretende que os professores e investigadores locais tenham prioridade na compilação e publicação de materiais de ensino. A Novo Macau defendeu também melhorias à profissão e à protecção dos professores na reforma, incluindo a revisão do número de aulas semanais e do sistema de promoção, bem como das contribuições para o fundo de providência e rácio do retorno. Outras medidas que a associação quer que o Governo adopte passam pela equidade na educação além de um sistema gratuito, por exemplo através de ajustes ao rácio alunos-professores, e apoios mais específicos para reduzir a sobrecarga dos alunos de forma atingir equilíbrio entre aprendizagem e descanso. A ANM focou-se ainda na supervisão do uso dos recursos financeiros. “É compreensível o aumento do financiamento da educação, mas também é muito importante assegurar que todos os recursos são usados de forma apropriada e distribuídos com justiça”, indica a nota. Os dirigentes associativos pedem ainda a democratização da administração da escola, através de uma maior participação de professores, pais e estudantes, nomeadamente na monitorização das finanças.
Hoje Macau China / ÁsiaTaiwan | Pequim critica conluio entre DPP e políticos americanos Zhu Fenglian, porta-voz para o Departamento dos Assuntos de Taiwan do Conselho de Estado da China, criticou na sexta-feira o conluio do Partido Progressivo Democrático (DPP, em inglês) de Taiwan com o ex-secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, e os seus aliados, dizendo que eles prejudicam a paz e a estabilidade no Estreito de Taiwan. Zhu fez o comentário ao responder a uma pergunta sobre as declarações feitas pelo conselho dos assuntos da parte continental de Taiwan sobre as sanções da China continental contra 28 indivíduos norte-americanos, incluindo Pompeo. Zhu indicou que as autoridades do DPP procuram “fortalecer os seus laços com os políticos anti-China dos EUA da administração anterior e fomentar o resultado de seu conluio por interesses próprios, como já provado pelos factos”. Segundo Zhu, o DPP permitiu a importação de porco americano contendo ractopamina, o que é prejudicial à saúde do povo. “Isso provocou indignação entre os residentes de Taiwan”, disse Zhu. “As autoridades do DPP mostraram que são do mesmo tipo que Pompeo e seus aliados por conluiar com eles, por isso serão julgados e punidos pela história, acrescentou Zhu.
Hoje Macau SociedadeCovid-19 | Decretada quarentena para oriundos de Huangpu, em Xangai, e Ninjiang O Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus anunciou hoje que será decretada, a partir da meia-noite desta segunda-feira, dia 25, quarentena obrigatória de 14 dias para todas as pessoas que tenham estado nos últimos 14 dias na na área sob jurisdição da Rua da Estrada Leste de Nanjing (Nanjing East Road Street), do Distrito de Huangpu, da Cidade de Xangai, ou no Distrito de Ninjiang, da Cidade de Songyuan, da Província de Jilin. De frisar que se mantém a quarentena obrigatória para outras zonas da cidade de Xangai, bem como algumas zonas de Pequim. Mantém-se também a quarentena para zonas da província de Liaoning, Heilongjiang e Jilin.
Hoje Macau Manchete SociedadeCovid-19 | Governo alerta para caso assintomático detectado em Zhuhai vindo a Ucrânia O Centro de Coordenação e Contingência do Novo Tipo de Coronavírus emitiu hoje um alerta para a descoberta de um novo caso de infecção de covid-19 em Zhuhai, para já assintomático, proveniente da Ucrânia. A pessoa em questão chegou a Zhuhai a 2 de Janeiro e, depois de 14 dias de quarentena, regressou à cidade para uma auto-gestão do seu estado de saúde na sua casa por um período adicional de sete dias. No sábado foi realizado um teste de ácido nucleico com resultado positivo. Os especialistas concluíram tratar-se de uma infecção assintomática importada (recaída). As autoridades de Macau afirmam estar em contacto com Zhuhai sobre esta matéria e, para já, “nos contactos próximos [com a pessoa infectada] não foi encontrado ninguém que tenha estado em Macau”. Além disso, “as informações das autoridades de saúde de Zhuhai indicam que as infecções assintomáticas do fenómeno de recaída são menos infecciosas”. Ainda assim, o Centro de Coordenação e Contingência fez hoje um apelo para que todas as pessoas que tenham estado no distrito de Doumen, da cidade de Zhuhai, de 16 a 23 de Janeiro e que apresentem sintomas como febre, tosse, dificuldade em respirar ou falta de paladar e olfacto, entre outras indisposições, se desloquem aos hospitais. “O Centro de Coordenação e Contingência está a monitorizar de perto a situação e se for necessário anunciará outras medidas”, aponta um comunicado.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Decretado confinamento em dois bairros de Kowloon, em Hong Kong O Governo de Hong Kong, que vive a sua quarta onda de infeções pelo novo coronavírus, confinou este sábado dois bairros populosos localizados na península de Kowloon, numa tentativa de impedir o avanço do vírus. Esta será a primeira vez que os seus residentes ficam confinados nestes bairros desde o início da pandemia. As autoridades tomaram a medida depois de registar um rápido aumento de casos na área nos últimos quatro dias, com 145 casos positivos do SARS-CoV-2 nos bairros de Yau Ma Tei e Jordan. Conforme foi anunciado pelo Governo, num comunicado, quem residir nessas duas áreas deverá fazer o teste para o SARS-CoV-2 e permanecer em casa até que os resultados sejam conhecidos. O confinamento vai durar 48 horas e afeta cerca de 10.000 residentes, muitos deles pobres e idosos que vivem em prédios antigos. Só tem acesso àquela área, isolada pela polícia militar desde a madrugada de sábado, agentes de saúde e demais trabalhadores considerados essenciais como cuidadores de idosos. Os residentes confinados não terão permissão para deixar a área, mas poderão deslocar-se dentro desta se tiverem um resultado negativo do teste para o vírus. As autoridades, que mobilizaram cerca de 3.000 trabalhadores de prevenção e controlo de epidemias para implementar o confinamento, garantiram que fornecerão alimentos e produtos de limpeza para os moradores afetados. Em caso de detecção de um caso de coronavírus, a pessoa infetada será encaminhada ao hospital, enquanto os seus contactos próximos ficarão isolados em centros de observação. O total de infectados em Hong Kong desde o início da pandemia chega a 9.928 pessoas, dos quais 168 morreram.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | China regista 80 novos casos, incluindo 65 de contágio local A China registou 80 infectados com o novo coronavírus nas últimas 24 horas, 65 dos quais são contágios locais, informou hoje a Comissão de Saúde do país. Foram detectadas infeções locais nas províncias de Heilongjiang (29), Hebei (19) e Jilin (12 e três casos na cidade de Xangai e dois casos na capital, Pequim. As autoridades chinesas redobraram os esforços para conter os surtos. Várias áreas foram isoladas e estão a ser efetuados testes em massa à população, numa tentativa de refrear a curva dos casos. As autoridades estão a tentar travar o ressurgimento de surtos na véspera do período de férias do Ano Novo lunar, que decorre entre 11 e 17 de fevereiro de 2021, quando centenas de milhões chineses viajam para os locais de origem. A Comissão de Saúde da China disse que o número de pessoas infetadas ativas no país se fixou em 1.800. O organismo tinha anunciado uma nova morte devido à covid-19 na passada semana, depois de quase oito meses sem registar qualquer óbito causado pela doença. O número de mortes é agora de 4.635. O país somou, no total, 88.991 infetados desde o início da pandemia.
Hoje Macau China / ÁsiaOnze mineiros resgatados com vida de uma mina de ouro na China Onze mineiros presos há duas semanas dentro de uma mina de ouro na China, devido a uma explosão, foram hoje trazidos em segurança para a superfície, informou a televisão estatal chinesa. No dia 10 de Janeiro, 22 mineiros ficaram presos numa mina na localidade Qixia, na província de Shandong, após uma explosão. A televisão estatal CCTV mostrou os trabalhadores a serem retiradosum a um na tarde de hoje, com os olhos cobertos para os proteger depois de tantos dias a viver na escuridão. Um mineiro morreu devido a um ferimento na cabeça após a explosão, que depositou grandes quantidades de escombros no poço da mina. O destino dos outros 10 mineiros que estavam no subsolo é desconhecido. As autoridades detiveram os administradores de minas por atrasarem a comunicação do acidente. O jornal China Daily disse no seu portal na internet que sete dos trabalhadores foram capazes de caminhar sem auxílio para as ambulâncias. A CCTV mostrou várias ambulâncias estacionadas ao lado de veículos de engenharia no local do acidente. O aumento da supervisão melhorou a segurança na indústria de mineração da China, que costumava ter uma média de 5.000 mortes por ano. No entanto, a grande procura de carvão e metais preciosos continua a estimular a construção de mina, e dois acidentes em Chongqing, no ano passado, mataram 39 mineiros.
Hoje Macau Manchete SociedadeCovid-19 | Um infectado entre os passageiros do voo vindo de Tóquio Macau registou um caso importado de covid-19, o primeiro em cerca de sete meses no território, anunciaram as autoridades de saúde. A doente é uma residente de Macau, de 43 anos, que chegou ao território na quinta-feira, num voo oriundo de Tóquio, acrescentou o Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus. “A mulher está assintomática e foi encaminhada para o Centro Hospitalar Conde de São Januário para tratamento em isolamento”, depois de ter obtido resultado positivo em “dois testes rápidos” para a covid-19, de acordo com um comunicado. As autoridades indicaram que oito pessoas que estiveram próximo da doente infetada encontram-se “sob observação médica, em isolamento”, no Centro Clínico de Saúde Pública de Coloane. Dois voos, oriundos de Tóquio, com um total de 109 passageiros provenientes de zonas consideradas de alto risco, chegaram na quinta-feira a Macau. Estes passageiros partiram de 14 países, incluindo: Reino Unido, Portugal, Japão, Irlanda, Países Baixos, Estados Unidos, Suíça, Austrália, Coreia do Sul, Indonésia, França, Emirados Árabes Unidos, Espanha e Itália. Após a chegada, os residentes desembarcaram por grupos, submetidos a testes para a covid-19 e iniciaram já uma quarentena obrigatória de 21 dias, num hotel designado pelas autoridades. Durante este período de observação médica, os residentes vão realizar quatro testes de ácido nucleico, medição diária da temperatura, sem sair do quarto do hotel. No final desta quarentena, todos ficarão sujeitos a “um período adicional de pelo menos sete dias de autogestão de saúde”, indicaram as autoridades.
Hoje Macau DesportoTóquio 2020 | COI convicto de que os Jogos vão realizar-se e sem plano B O presidente do Comité Olímpico Internacional (COI) mostrou-se convicto de que os Jogos Olímpicos Tóquio2020 vão decorrer no próximo verão, garantindo que não existe um plano B para a realização da competição. “Não temos, neste momento, qualquer razão para acreditar que os Jogos Olímpicos de Tóquio não começarem em 23 de julho no estádio Olímpico de Tóquio”, afirmou Thomas Bach em entrevista à agência de notícias nipónica Kyodo. Bach garantiu que todos estão “comprometidos” com a realização dos Jogos na data prevista, afirmando que “é por isso que não existe qualquer plano B”. A cerca de seis meses do início dos Jogos, a realização da competição, adiada para o verão de 2021 devido à pandemia, volta a ser questionada devido ao aumento do número de casos e mortes por covid-19, que levou o governo de Tóquio a reinstaurar o estado de emergência. Na quarta-feira, o diretor executivo do comité organizador dos Jogos Olímpicos Tóquio2020 garantiu que “não está em discussão” um cancelamento da competição devido à pandemia de covid-19, admitindo a possibilidade de a realizar sem público. “A realização dos Jogos é o nosso caminho, não discutimos outro”, disse Toshiro Mutu, em entrevista à agência noticiosa francesa AFP, garantindo que o cancelamento da competição, que deverá decorrer entre 23 de julho e 08 de agosto, não está a ser equacionado. Na segunda-feira, o primeiro-ministro japonês, Yoshihide Suga, assegurou que o país continua comprometido em realizar os Jogos Olímpicos Tóquio2020 no verão, apesar do número crescente de casos de covid-19 no mundo. Em 08 de janeiro, o Japão decretou um novo estado de emergência, em vigor em 11 das 47 prefeituras do país, nas quais está concentrada mais de metade da população e perto de 80% dos contágios contabilizados. Devido à pandemia de covid-19, que já provocou pelo menos 2.058.226 mortos em todo o mundo, os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Tóquio2020 foram adiados para o verão de 2021.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | China oferece 500 mil doses de vacina ao Paquistão A China vai oferecer 500 mil doses de uma das vacinas contra a doença covid-19 desenvolvidas naquele país ao Paquistão, anunciou o chefe da diplomacia paquistanesa, Shah Mahmood Qureshi. “O Paquistão manifesta grande apreço pelas 500 mil doses de vacina oferecidas pela China”, referiu o ministro dos Negócios Estrangeiros do Paquistão, numa mensagem publicada na rede social Twitter. Já em declarações à imprensa, o ministro frisou que Pequim prometeu a Islamabad que esta primeira entrega de meio milhão de doses seria gratuita e que iria chegar ao Paquistão antes do final do corrente mês. A China também prometeu enviar ao Paquistão outra entrega, desta vez de um milhão de doses, antes do final do mês de fevereiro, acrescentou Shah Mahmood Qureshi, precisando que as autoridades paquistanesas já autorizaram o uso de emergência da vacina desenvolvida pela farmacêutica estatal chinesa Sinopharm. Desde o diagnóstico do primeiro caso da doença covid-19 no país, em fevereiro de 2020, o Paquistão totaliza 527.146 casos e mais de 11.000 vítimas mortais. Outros países asiáticos, como Filipinas, Camboja ou Myanmar (antiga Birmânia), já anunciaram doações de vacinas por parte de Pequim, uma ofensiva diplomática da China que já foi apelidada como “a diplomacia das vacinas”. Em maio de 2020, durante a reunião anual da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Presidente chinês, Xi Jinping, anunciou que Pequim ia oferecer dois mil milhões de dólares (cerca de 1,64 mil milhões de euros) em assistência aos países afetados pela pandemia da covid-19, sobretudo aos mais pobres. Na mesma altura, Xi Jinping disse ainda que as potenciais vacinas que a China previa desenvolver contra a doença iriam estar disponíveis “como um bem público global para que fossem acessíveis a todos os países em desenvolvimento”.
Hoje Macau China / ÁsiaParlamento Europeu lamenta acordo de investimentos com a China O Parlamento Europeu (PE) apelou esta quinta-feira à libertação “imediata e incondicional” dos activistas de Hong Kong e defendeu que a União Europeia “corre o risco” de perder a “credibilidade” ao negociar um acordo de investimentos com a China. Numa resolução aprovada com 597 votos a favor, 17 contra e 61 abstenções, os eurodeputados apelam “à libertação imediata dos representantes da oposição democrática e activistas detidos em Hong Kong durante as duas primeiras semanas de 2021, mas também de todos aqueles previamente detidos sob acusações de subversão previstas na Lei de Segurança Nacional”. Entre os indivíduos citados na resolução, o PE pede nomeadamente a libertação do activista Joshua Wong, Ivan Lam e Agnes Chow. Face à detenção dos activistas, os eurodeputados ameaçam não ratificar o acordo de investimentos negociado pela UE com a China em dezembro, referindo que, no momento da sua aprovação na assembleia, irão “examinarão cuidadosamente o acordo” e irão ter em consideração “a situação dos direitos humanos na China, incluindo em Hong Kong”. Nesse âmbito, os eurodeputados lamentam que, tanto a Comissão como o Conselho da UE, não tenham ouvido os “pedidos do PE” que instava as instituições a utilizarem o acordo sobre os investimentos com a China enquanto “instrumento de pressão para preservar o alto nível de autonomia de Hong Kong”. “Ao apressar-se a lograr este acordo sem adotar medidas concretas contra as graves violações dos direitos humanos em curso, por exemplo, em Hong Kong, na província de Xinjiang e no Tibete, a UE corre o risco de comprometer a sua credibilidade como paladino mundial dos direitos humanos”, sublinha a resolução. Os eurodeputados exortam ainda o Conselho da UE a ponderar “introduzir sanções direcionadas” contra “indivíduos em Hong Kong e na China, incluindo contra a líder de Hong Kong, Carrie Lam”. A UE e a China chegaram, em 30 de dezembro de 2020, a um “acordo de princípio” sobre investimentos, ao fim de sete anos de negociações, durante uma videoconferência entre líderes da UE e o Presidente chinês, Xi Jinping. De acordo com Bruxelas, este acordo político “irá criar um melhor equilíbrio nas relações comerciais UE-China”, uma vez que “a UE tem sido tradicionalmente muito mais aberta do que a China ao investimento estrangeiro”. Pequim “compromete-se agora a abrir-se à UE numa série de sectores-chave” e a assegurar “um tratamento justo” às empresas europeias, de modo a que estas possam competir em condições de igualdade, referiu a Comissão. Falta agora que o texto do acordo seja finalizado pelas partes, tendo depois de ainda ser aprovado pelo Conselho (Estados-membros) e pelo Parlamento Europeu.
Hoje Macau EventosMorreu o autor francês de BD Jean Graton, criador de Michel Vaillant O autor francês de banda desenhada Jean Graton, criador da personagem Michel Vaillant, morreu esta quinta-feira aos 97 anos em Bruxelas, revelou a editora Dupuis. “Jean Graton foi o último ‘monstro sagrado’ da época de ouro da banda desenhada franco-belga”, ao lado de nomes como Franquin, Albert Uderzo e René Goscinny, lembrou a editora. Nascido em Nantes em 1923, Jean Graton conjugou duas paixões ao longo da vida – arte e desporto – vertendo-as para as pranchas da banda desenhada, ao criar em 1957 o automobilista Michel Vaillant, protagonista de uma série de histórias em quadradinhos. A editora Dupuis descreve Graton como “um verdadeiro embaixador do desporto motorizado”, cuja obra e paixão influenciaram gerações de leitores e criaram um universo que ainda hoje “brilha nas livrarias”. Graton iniciou o percurso profissional em Bruxelas em finais dos anos 1940, a desenhar caricaturas e publicidade no Le Journal des Sports. A entrada na banda desenhada deu-se na revista Spirou, tendo colaborado depois na revista Tintin, na qual, a 12 de junho de 1957, apareceu pela primeira vez Michel Vaillant. A propósito do trabalho de Graton na construção desta personagem e do universo automobilístico, no portal Lambiek, dedicado à banda desenhada, lê-se que o autor francês procurava ser rigoroso sobre este desporto e fazia bastante pesquisa, incluindo idas a corridas e encontros com pilotos. “Jean Graton participou em corridas em quase todo o mundo, fazendo amizade com os pilotos, chefes de equipa e diretores de circuito, acumulando milhares de fotos e documentos que conferem ao seu trabalho prestígio e autenticidade”, justifica a editora Dupuis. Em 1982, Jean Graton conseguiu a titularidade legal da sua obra e criou a própria editora, Studio Graton, com a participação do filho, Philippe Graton, que se tornou, entretanto, argumentista das histórias de Michel Vaillant. Jean Graton reformou-se em 2004, altura em que já tinham sido editados cerca de 70 álbuns da série com o piloto. A série, que conta com vários álbuns editados em Portugal, seria retomada em 2012, com novos desenhadores e o argumentista Philippe Graton. Entre os álbuns da série Michel Vaillant há dois com histórias ambientadas em Portugal – “Rali em Portugal” (1971) e “O homem de Lisboa” (1984) -, aos quais se junta “Um encontro em Macau” (1983). Nas primeiras presenças em publicações periódicas portuguesas, como a Cavaleiro Andante, Michel Vaillant chegou a ser designado Miguel Gusmão.
Hoje Macau SociedadeViolência Doméstica | Cecilia Ho defende natureza pública do crime Cecilia Ho indicou que seria um retrocesso a violência doméstica deixar de ser crime público para se tornar apenas semi-público. A académica, citada pelo jornal All About Macau, frisou que não é a definição do crime público que destrói a harmonia familiar, mas sim a violência. A académica defendeu que a natureza de crime público tem como objectivo promover a consciência social de tolerância zero à violência doméstica. A lei entrou em vigor há mais de quadro anos, e Cecilia Ho considera que actualmente muitas vítimas começam a ganhar coragem para pedir ajuda. Cecilia Ho apontou que o sistema para proteger as vítimas de violência doméstica precisa de melhorias, nomeadamente para assegurar às vítimas uma pensão alimentar depois de saírem da casa, sem que esse valor seja deduzido do subsídio atribuído pelo Instituto de Acção Social (IAS). Segundo o jornal Ou Mun, o IAS registou 30 casos suspeitos de violência doméstica nos primeiros três trimestres do ano passado, representando uma quebra de 13 por cento em termos anuais. Lei Lai Peng, Chefe de Departamento de Serviços Familiares e Comunitários, garante que os abrigos e as residências temporárias para as vítimas da violência doméstica são suficientes. Os abrigos têm 70 camas e as residências temporárias têm 45. A taxa de ocupação do ano passado fixou-se em cerca de 70 e 60 por cento, respectivamente.
Hoje Macau Manchete SociedadeAnalista diz que Macau tem reservas financeiras para sete anos de governação O analista do jogo David Green disse à Lusa que é pouco provável que Macau sinta pressão se a recuperação económica pós-pandémica demorar três anos porque tem reservas fiscais para aguentar sete anos de governação. Ainda que ciente da queda brutal de receitas do jogo, o motor da economia da capital mundial do jogo, o fundador da consultora especializada em regulação de jogos em Macau Newpage Consulting lembrou que o Governo de Macau soube poupar a maioria do montante arrecadado em impostos. “Embora o Governo obtenha a maior parte das suas receitas fiscais do imposto especial de jogo sobre as receitas brutas de jogo, sub-utilizou cronicamente o seu orçamento de receitas para o período 2004-2019, inclusive”, salientou, o que lhe permite ter alguma ‘folga’ num território que assinala agora um ano de crise pandémica, mas cerca de sete meses sem identificar qualquer novo caso. “Segundo os comunicados de imprensa da Autoridade Monetária, Macau tinha cerca de 72 mil milhões de dólares em reservas fiscais no final de 2019, o que equivaleria a cerca de sete anos de despesa total normalizada do Governo”, recordou. O analista explicou que a esse montante das despesas há, contudo, que retirar da equação o valor do pacote de estímulo económico extraordinário desenvolvido em resposta ao abrandamento causado pela pandemia de covid-19. Por outro lado, frisou o facto de Macau não ter dívidas e de ter ainda dinheiro das reservas financeiras a render. “O Governo não tem dívida, e as suas reservas, tendo em conta o aumento dos mercados accionistas, provavelmente obteriam pelo menos o retorno de 5,6 por cento registado em 2019”, afirmou. Ou seja, na prática, resumiu, “uma recuperação que leve outro ou mesmo dois anos civis é pouco provável que cause qualquer problema financeiro para a administração”.
Hoje Macau Manchete SociedadeCovid-19 | Crise no comércio e restauração de portugueses em Macau agrava-se sem mercado de Hong Kong O comércio e a restauração gerida por portugueses em Macau vivem uma crise motivada pela pandemia que está a ser agravada, sobretudo, pelo desaparecimento do mercado de Hong Kong, alertaram à Lusa empresários do sector. “Os nossos clientes do Sudeste Asiático, Japão, Coreia do Sul e [Ilha] Formosa [Taiwan], que nos chegavam via Hong Kong, desapareceram. Os nossos clientes de Hong Kong também deixaram de vir. Vamos mantendo contacto com muitos deles aguardando por melhores dias”, lamentou Manuela Salema, que gere um espaço dedicado à venda de produtos portugueses na zona velha da ilha da Taipa. “Ficámos assim reduzidos aos clientes e bons amigos de Macau e, também, aos que nos vão chegando, a conta-gotas, do continente”, do interior da China, explicou a proprietária do Cool-Thingz & PortugueseSpot, agora que se assinala um ano desde que o território registou o primeiro caso de covid-19, mas há cerca de sete meses sem identificar qualquer contágio, tornando-o num dos locais mais seguros do mundo no controlo da pandemia. “O Plano de Apoio às PME [Pequenas e Médias Empresas] ajudou-nos a fazer face a alguns dos custos fixos mais pesados (…). Também foi bem-vindo o Plano Pecuniário aos Trabalhadores e o Plano Pecuniário às Empresas. Por outro lado, as duas fases do Plano de Subsídio ao Consumo, sem dúvida animou a procura”, acrescentou, numa referência às ajudas financeiras extraordinárias do Governo de Macau dirigida à população e PME face à crise causada pela pandemia. “Aguardamos com alguma ansiedade que novas medidas de apoio sejam tomadas pela Administração. A crise é grande e a sua duração, sem fim à vista, vai-se prolongando no tempo e aumentando as dificuldades”, concluiu Manuela Salema. Perto, o dono do restaurante português A Petisqueira não tem um melhor cenário para descrever. “A maioria da nossa clientela vinha de Hong Kong, entre 65 a 70%”, afirmou Eusébio Tomé. “E outros chegavam via aeroporto internacional de Hong Kong, da Coreia do Sul, Japão ou Singapura”, frisou o empresário português. Por ouro lado, parte da clientela também era oriunda da China continental, mas que tinham outros circuitos, precisou: “Iam a Hong Kong, em família, à Disney[land], por exemplo, e depois davam um salto a Macau, não é o mesmo mercado dos chineses que vêm do continente directamente para Macau e que os casinos vão buscar directamente nos autocarros para irem gastar dinheiro para os ‘resorts’”. Contas feitas a 2020, sem que descortine grandes mudanças no início deste ano, o mercado de Hong Kong ter-lhe-á roubado entre 65 a 70% dos clientes, afiançou. Em termos gerais, Hong Kong costumava ser “o principal mercado de Macau”, lembrou o analista do jogo Ben Lee. O especialista da consultora IGamix sublinhou, contudo, que “quando a China abriu os seus portões, os visitantes de Hong Kong foram substituídos” por aqueles que chegavam da China continental. Algo que, de resto, aconteceu tanto no segmento VIP [grandes apostadores] doméstico como internacional”, acrescentou. Macau, contudo, conseguiu manter alguma atractividade no segmento do não-jogo junto da outra região administrativa especial chinesa, dada a proximidade, já que fica a cerca de uma hora de ‘ferry’ ou pela nova ponte. E em especial em alguns nichos de mercado que vão da restauração ao pequeno comércio, sobretudo o mais especializado e que ofereciam produtos mais distintivos. Apesar da dificuldade de se quantificar a contribuição de receitas dos residentes de Hong Kong, só no jogo, Lee estimou que esteja algures nos 9% no período pré-covid. A crise causada pela pandemia obrigou o Governo de Macau a avançar em 2020 com um plano de ajuda e benefícios fiscais extraordinários sem precedentes dirigido à população e às pequenas e médias empresas. Macau não regista casos há cerca de sete meses, está há quase dez meses sem identificar contágios locais e sem contabilizar qualquer morte ou infeções entre profissionais de saúde.
Hoje Macau China / ÁsiaBiden | China felicita democrata pela tomada de posse e pede unidade na relação bilateral A China felicitou hoje Joe Biden pela tomada de posse como Presidente dos Estados Unidos e lembrou o seu discurso para também pedir “unidade” na relação entre os dois países. “Constatei que o Presidente Biden insistiu repetidamente no seu discurso na palavra ‘unidade’. Acho que é exatamente disso que precisamos agora na relação sino/norte-americana”, disse Hua Chunying, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China aos jornalistas. A relação entre os dois países caiu ao nível mais baixo sob a Administração do ex-Presidente Donald Trump, que travou uma guerra comercial e tecnológica com o gigante asiático. Logo após a posse de Joe Biden, que ocorreu na quarta-feira em Washington, Pequim anunciou sanções contra 28 ex-funcionários do Governo cessante, incluindo o secretário de Estado Mike Pompeo, que será proibido de entrar na China e em Hong Kong. Mas Pequim, que demorou para reconhecer a vitória do candidato democrata, diz que quer virar a página. “Eu penso que tanto a China quanto os Estados Unidos devem ter coragem e mostrar sabedoria para se entenderem mutuamente”, disse a directora do departamento de informações do ministério chinês. “É obrigação da China e dos Estados Unidos, como duas grandes nações, e também é a esperança da comunidade internacional”, declarou a porta-voz. “Se os dois lados cooperarem, os anjos benevolentes prevalecerão sobre as forças do mal na relação China-EUA”, declarou Hua, citando outra passagem do discurso de Joe Biden. A porta-voz saudou o regresso dos Estados Unidos ao acordo de Paris sobre o clima e à Organização Mundial da Saúde (OMS). A nova Administração norte-americana terá que lidar com vários assuntos relacionados à China, nomeadamente a questão dos direitos humanos, especialmente em Hong Kong e na região de Xinjiang, habitada por muçulmanos uigures. A este respeito, o secretário de Estado nomeado por Joe Biden, Antony Blinken, mostrou firmeza na terça-feira durante uma audiência no Senado. Blinken disse que compartilhava da acusação lançada por Mike Pompeo de “genocídio” perpetrada pela China contra os muçulmanos uigures. O novo secretário de Biden também admitiu que o Presidente republicano cessante “estava certo em adoptar uma postura mais firme contra a China”. Joe Biden – que sucede a Donald Trump, após ter vencido o republicano nas eleições presidenciais de 03 de novembro – prestou juramento quarta-feira, na escadaria oeste do Capitólio, numa cerimónia sob um forte dispositivo de segurança, após o violento ataque ao Congresso, na passada semana, por uma multidão de apoiantes de Donald Trump.
Hoje Macau EventosEscritor Mia Couto testa positivo à covid-19 e apela ao cumprimento de medidas de prevenção O escritor moçambicano Mia Couto apelou ao cumprimento das recomendações das autoridades de saúde face à covid-19, alertando para implicações “profundíssimas”, após testar positivo para o novo coronavírus. “Nós temos de conseguir uma resposta e direcção contrária à covid-19, ter respeito pelos outros e acatar essas instruções [de prevenção], tão simples”, dadas pelas autoridades de saúde, disse o autor à Lusa. O escritor moçambicano cumpriu ontem o 10.º dia de isolamento domiciliar, desde que foi diagnosticado positivo para o novo coronavírus, apresentando-se com sintomas leves, entre cansaço e dores musculares. Mia Couto alertou para as implicações “profundíssimas” da COVID-19 a nível social, económico e humano, além da saúde, considerando que a doença “empurra para uma situação de agonia, solidão e abandono”. “Quando me comunicaram, o medo que me assaltou foi o de um tipo de morte solitária, foi essa a construção que fiz”, contou Mia Couto. “Nós já temos vacina. Chama-se máscara, chama-se distanciamento. Portanto, temos as vacinas que serão, até daqui a alguns meses, a nossa arma principal”, declarou. Mia Couto venceu o prémio literário francês Albert Bernard 2020, pela edição francesa da trilogia “As Areias do Imperador”, publicada no ano passado com tradução de Elisabeth Monteiro Rodrigues, foi hoje anunciado pela Fundação Fernando Leite Couto. “Criado em 1993, este prémio anual, destinado a um autor cuja temática seja África, quer seja do ponto de vista da história, da ciência e da literatura, laureou pela primeira vez um escritor da África Austral. É também inédita a atribuição a um escritor de língua portuguesa”, acrescentou a nota. O escritor moçambicano, agora distinguida pela Academia Francesa de Ciências do Ultramar, já havia recebido em dezembro, na Suíça, o Prémio Jan Michalski, atribuído pela Fundação Jan Michalski, para distinguir obras da literatura mundial, publicadas em francês. A trilogia “As Areias do Imperador”, composta pelos romances “Mulheres de Cinza” (2015), “A Espada e a Azagaia” (2016) e “O Bebedor de Horizontes” (2017), centra-se na fase final do Império de Gaza, o segundo maior império do continente, no final do século XIX, dirigido por Ngungunyane (Gungunhana).
Hoje Macau InternacionalJoe Biden já é Presidente dos EUA. Discurso virado para unidade nacional e confiança na democracia Joe Biden pediu esta quarta-feira aos norte-americanos espírito de unidade e confiança na democracia, perante os difíceis desafios que o país enfrenta, no discurso inaugural do seu mandato como 46.º Presidente dos EUA. “A vontade do povo foi ouvida, e a vontade do povo foi atendida. Aprendemos novamente que a democracia é preciosa e a democracia é frágil. Nesta hora, a democracia prevaleceu”, disse Biden, acrescentando que o dia da sua tomada de posse, “é o dia da América, o dia da democracia, um dia na história e na esperança, de renovação e determinação” Biden disse que “poucos encontraram um tempo tão difícil como aquele que atravessamos”, referindo-se explicitamente à pandemia de covid-19, à violência nas ruas das cidades norte-americanas, às divisões políticas e à crise económica. “Poucas pessoas na história de nossa nação desafiaram tanto, ou acharam uma época mais desafiadora ou difícil do que a que estamos agora”, admitiu Biden. “Temos muito que fazer neste inverno de perigo e possibilidades significativas: muito para reparar, muito para restaurar, muito para curar, muito para construir e muito para ganhar”, acrescentou o novo Presidente norte-americano. Perante a ausência de Donald Trump – o Presidente republicano que terminou ontem, dia 20, o seu mandato e preferiu não estar presente para assistir à cerimónia de transição de poder – mas perante a presença dos antigos presidentes Bill Clinton, George W. Bush e Bill Clinton, Biden agradeceu aos antecessores pela forma como preservaram a democracia e a relevância do cargo que agora ocupa. Uma parte relevante do seu discurso inaugural dirigiu-se aos adversários políticos, apelando ao diálogo e à compreensão, dizendo que devem procurar soluções em conjunto. “Não nos devemos olhar como adversários, mas como vizinhos”, disse Biden. “Sei que as forças que nos dividem são profundas e reais. Mas também sei que não são novas. A nossa história tem sido uma luta constante entre o ideal americano, de que todos somos criados iguais, e a dura e horrível realidade do racismo, medo e demonização que há muito nos separam”, explicou Biden. “Este é o nosso momento histórico de crise e desafio. A unidade é o caminho a seguir e devemos enfrentar esse momento como Estados Unidos da América”, acrescentou o Presidente, pedindo para que esse momento de unidade prevaleça, mesmo depois de episódios traumáticos, como o ataque ao Capitólio por apoiantes de Trump, no dia 06 de janeiro. “Aqui estamos nós, poucos dias depois que uma multidão turbulenta pensar que poderia usar a violência para silenciar a vontade do povo”, disse Biden, afirmando que ninguém pode “parar o trabalho da democracia”. “Isso não aconteceu. Nunca vai acontecer. Nem hoje, nem amanhã. Nunca. Nunca”, garantiu o Presidente, referindo-se aos poderes negativos e violentos que prometeu derrotar no seu mandato. Biden insistiu em que a “discórdia não pode ser pretexto para guerra total”, estendendo a mão aos adversários, prometendo que será o “Presidente de todos os americanos” e dizendo que se empenhará a defender os seus apoiantes como os seus adversários. O novo Presidente disse que este é o momento “para baixar a temperatura”, para acalmar ânimos políticos desavindos, perante graves desafios. “Vamos derrotar a pandemia. Mas vamos fazê-lo juntos. Temos de o fazer juntos”, prometeu Biden, recordando que a crise sanitária que se vive já matou tantos norte-americanos como a Segunda Guerra Mundial. Biden pediu mesmo uns segundos de silêncio para orar pelas vítimas mortais da pandemia, colocando o problema como prioridade da sua agenda política. Mas Biden também teve uma mensagem para o exterior dos Estados Unidos, dirigindo-se aos inimigos e aliados. “Seremos aliados de confiança. Seguros e fortes”, disse Biden, prometendo reatar alianças que possam ter sido enfraquecidas pelo seu antecessor, embora o novo Presidente não se tenha referido a nenhum caso em particular, nem tenha feito nenhuma crítica directa a Trump. Ainda assim, Biden disse acreditar que os Estados Unidos podem “voltar a ser um aliado em que se pode confiar”. Biden prometeu ainda combater as “mentiras”, dizendo que os actores políticos não as podem usar para seu benefício, prometendo “lisura” e transparência na forma como ocupará o seu lugar na Casa Branca. “Os melhores anjos sempre prevaleceram”, concluiu Biden, dizendo que a proteção da Constituição será sempre uma preocupação e prometendo que “a democracia e a esperança” não morrerão no seu mandato que ontem teve início.
Hoje Macau China / ÁsiaChina anuncia sanções contra Pompeo e outros responsáveis da administração Trump A China anunciou esta quarta-feira sanções contra cerca de 30 responsáveis do Governo do antigo Presidente dos EUA Donald Trump, incluindo o secretário de Estado Mike Pompeo, por violação da sua “soberania”. “A China decidiu sancionar 28 pessoas que violaram gravemente a soberania” chinesa, declarou o ministério dos Negócios Estrangeiros através de um comunicado difundido quando Joe Biden era investido nas funções de Presidente dos EUA, em Washington. Para além de Pompeo, a diplomacia chinesa cita Peter Navarro, conselheiro para o comércio de Donald Trump, Robert O’Brien, um dos seus conselheiros para a segurança nacional, Alex Azar, ex-secretário da Saúde e Stephen Bannon, que também foi conselheiro do ex-Presidente dos EUA. Todas estas personalidades e os membros das suas famílias são proibidos de entrar em território chinês, incluindo Hong Kong e Macau, sublinhou o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês. “Eles e as sociedades e instituições que lhes estão associadas também não poderão efectuar negócios com a China”, acrescentou. Na quarta-feira, a China ridicularizou as acusações de Pompeo, que se referiu a um “genocídio” em curso contra os muçulmanos uigures na região do Xinjiang (noroeste). A questão uigure constitui um dos numerosos pontos de fricção entre Pequim e Washington, a par da doença covid-19, Hong Kong ou ainda Taiwan. Um confronto que o secretário de Estado cessante elevou a um nível de nova Guerra Fria. De acordo com analistas estrangeiros, mais de um milhão de uigures estão ou foram detidos em campos de reeducação política em Xinjiang.
Hoje Macau SociedadeGoverno impõe períodos de auto-gestão de saúde após quarentena obrigatória Macau decidiu impor, a partir de hoje, períodos de auto-gestão de saúde de 14 e de sete dias, depois de cumpridas quarentenas obrigatórias de 14 ou 21 dias, respectivamente. A medida tem “em consideração a evolução epidemiológica mais atualizada”, de acordo com um comunicado do Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus. “A partir das 00:00 do dia 21 de Janeiro de 2021, os indivíduos que entrem em Macau e sejam sujeitos a observação médica por um período de 14 dias em locais designados, conforme exigências da autoridade de saúde, passam a ser submetidos a auto-gestão de saúde por um período adicional de pelo menos 14 dias”, indicou a nota. Por outro lado, “os indivíduos que sejam sujeitos a observação médica por um período de 21 dias, em locais designados (…), passam, também, a ser submetidos a auto-gestão de saúde por um período adicional de pelo menos sete dias”, acrescentou. Um dia antes do fim do período de auto-gestão, os indivíduos terão de fazer um teste de ácido nucleico, que, sendo negativo, termina as medidas de autogestão de saúde, de acordo com a mesma nota. Durante o período de auto-gestão da saúde, o código de saúde [necessário para entrar em edifícios públicos locais], “será emitido com a cor amarela e as medidas de higiene pessoal devem ser rigorosamente respeitadas”. “Os infractores podem ser sujeitos à medida de isolamento obrigatório”, além de responsabilidade criminal. Em 21 de dezembro, Macau aumentou o período de quarentena obrigatória de 14 para 21 dias para residentes que cheguem à cidade provenientes de países e regiões fora da China continental. Os que chegam de locais identificados como de risco moderado na China continental cumprem 14 dias de quarentena obrigatória, assim como os oriundos de Taiwan. Todos os restantes indivíduos oriundos da China continental estão isentos de quarentena.
Hoje Macau EventosFRC | Evento de Ano Novo Chinês marcado para terça-feira A Fundação Rui Cunha (FRC) organiza na próxima terça-feira, dia 28, um evento sobre o Ano Novo Chinês que se avizinha, intitulado “Fai Chun – Oferta de Papéis Votivos”, em que o público poderá escolher as mensagens de boa sorte escritas em caligrafia chinesa. A actividade é gratuita e decorre entre as 10h e as 16h. Os votos de boa sorte e prosperidade têm a orientação de 28 mestres calígrafos de Macau, como Ung Choi Kun, Ng Pio (Yum Fung Chan),Yum Wing On, Yuen Wai Sang, Ho Lai Sim, entre outros, que vão estar presentes na galeria da FRC. O evento é organizado em parceria com a Associação dos Amigos de Poesia do Jardim da Flora. Fai Chun (揮 春) é uma decoração tradicional, frequentemente usada durante o Ano Novo Chinês, que marca a chegada da época primaveril, e que em português se pode traduzir por “Onda de Primavera”. As pessoas colocam os Fai Chun nas portas das suas casas para criar uma atmosfera festiva e jubilosa, já que as frases caligrafadas significam boa sorte e prosperidade. Normalmente, os Fai Chun são escritos à mão, mas as versões impressas são, hoje em dia, mais convenientes e produzidas em larga escala. Podem ser quadrados ou rectangulares e pendurados na vertical ou na horizontal, geralmente aos pares. Não existem apenas na China, mas também na Coreia, Japão e Vietname. Os Fai Chun tradicionais são de cor vermelha, com caracteres pretos ou dourados inscritos a pincel. Semelhante à cor do fogo, o vermelho foi escolhido para assustar a lendária besta feroz “Nian”, que devorou as colheitas dos aldeões, o gado e até os próprios camponeses na véspera de ano novo. Daí a tradição de proteger as casas com os melhores votos festivos para o ano que se segue. Segundo o calendário chinês, este é o ano do Búfalo de Metal e começa a 12 de Fevereiro, terminando a 31 de Janeiro de 2022. O búfalo é o segundo signo no ciclo de 12 anos do zodíaco chinês.
Hoje Macau PolíticaDeputado Lam Lon Wai associa crimes sexuais a pobreza O deputado Lam Lon Wai submeteu uma interpelação oral em que se mostra preocupado com crimes de abuso sexual no território, considerando que o poder económico da população pode ter influência neste contexto. “Provavelmente, o surgimento desses casos imorais que envolvem crianças e alunos tem a ver com o facto de a população ‘navegar mais na net’ em casa e com a mudança da situação socioeconómica após a epidemia, o que resultou na alteração emocional de algumas pessoas”, escreve o deputado. Assim, sugere que os serviços públicos se juntem a associações para cuidar de quem teve rendimentos afectados pela epidemia e conhecer a sua situação. Além disso, questionou se o Governo vai reforçar a supervisão e controlo de “informações negativas”, e sensibilizar menores que facilmente acedem a material questionável na internet. Por outro lado, o também subdirector da Escola para Filhos e Irmãos dos Operários, onde houve um caso suspeito de abuso sexual por parte de um professor, quer uma análise das causas e características dos crimes sexuais mais frequentes nos últimos anos. “A fim de garantir a privacidade da vítima e evitar causar-lhe nova ofensa, o Governo vai aperfeiçoar a recolha de provas e reforçar serviços de aconselhamento e tratamento psicológico da vítima e das pessoas próximas?”, quer ainda saber. Na interpelação oral, Lam Lon Wai apontou que embora Macau já tenha educação sexual, o objectivo inicial é a auto-protecção e pedido de ajuda depois do sucedido, mas que os jovens não têm capacidade para lidar com os riscos. No seu entender, a “formação de sobrevivência” deve ser incluída na educação, para que os alunos saibam como lidar com situações de emergência e “serem capazes de fugir do perigo”.
Hoje Macau SociedadeCentral nuclear | SPU diz que incidente operacional não foi grave O Gabinete da Comissão de Gestão de Emergência Nuclear da Província de Guangdong comunicou aos Serviços de Polícia Unitários (SPU) de Macau uma ocorrência na Central Nuclear de Ling Ao. O aviso às autoridades locais foi feito ontem, cinco dias depois de a situação ter sido detectada numa inspecção. Em comunicado, os SPU indicam que o incidente “não afectou o funcionamento, segurança da central, saúde do seu pessoal operacional, da população e do ambiente adjacente à central”. Dia 15 deste mês, foi detectado numa inspecção periódica ao sistema contra incêndio da fábrica de motor de gasóleo de uma unidade da central nuclear que os resultados de uma parte das amostras do líquido de espuma não satisfaziam o padrão exigido. Dois dias depois, os operadores renovaram o líquido conforme o procedimento e a qualidade voltou ao normal. Durante essas operações, a unidade manteve-se em condições de segurança. De acordo com os SPU, a Companhia de Energia Nuclear da Baía de Daya comunicou atempadamente o sucedido à entidade nacional fiscalizadora da segurança nuclear. Segundo a Escala Internacional de Acidentes Nucleares (INES), a ocorrência foi classificada na terça-feira como incidente operacional de nível 0, que é considerado como um desvio. “Serve essencialmente para a correcção de desvios e retorno de experiências”, explicam os SPU.