Hoje Macau China / ÁsiaXi Jinping promete apoio ao Afeganistão em conferência regional O Presidente chinês, Xi Jinping, assinalou ontem um forte apoio ao Afeganistão, numa conferência regional. Xi Jinping partilhou uma mensagem num encontro entre representantes do Afeganistão, China, Rússia, Paquistão, Irão, Tajiquistão, Turcomenistão e Uzbequistão, que está a decorrer em Tunxi, no centro da China, e que destaca as aspirações de Pequim de desempenhar um papel de liderança no Afeganistão, após a retirada das forças dos Estados Unidos. Um “Afeganistão pacífico, estável, desenvolvido e próspero” é o que os afegãos aspiram e o que “serve os interesses comuns dos países da região e da comunidade internacional”, disse o chefe de Estado chinês. “A China sempre respeitou a soberania, a independência e a integridade territorial do Afeganistão, e está comprometida em apoiar o desenvolvimento pacífico e estável” do país da Ásia Central, acrescentou. O líder chinês não deu detalhes, embora a China já tenha enviado ajuda de emergência para o Afeganistão. Empresas chinesas estão também a estudar a possibilidade de minerarem cobre no país. Reunião em Tunxi Enviados especiais para o Afeganistão da China, Estados Unidos e Rússia, também estão reunidos, num grupo separado, em Tunxi. Embora não tenha reconhecido o governo talibã, a China agiu rapidamente para fortalecer os seus laços com o grupo islâmico. Um mês antes de os Talibã assumirem o poder, o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, recebeu uma delegação de alto nível do grupo, na cidade portuária de Tianjin. Wang Yi referiu-se aos Talibã como uma força importante para a paz e reconstrução no Afeganistão. Na semana passada, o ministro chinês também fez uma paragem surpresa em Cabul, para se encontrar com líderes Talibã, mesmo quando a comunidade internacional criticou a promessa quebrada pelo grupo, um dia antes, de abrir as escolas do ensino básico para meninas. A China teme que o Afeganistão se torne numa base para separatistas e extremistas uigures.
Hoje Macau China / ÁsiaChina reforça presença em África nas áreas da defesa e segurança, defende analista O militar e investigador Luís Bernardino afirmou ontem que a China está a aumentar a sua presença na defesa e segurança em África, com “uma estratégia muito mais activa e dinâmica”, actuando a nível bilateral, mas também das organizações. “Há uma combinação de factores que nos levam a considerar que há uma estratégia mais activa para a presença chinesa em África na área da segurança e da defesa”, disse Luís Bernardino na 2.ª sessão das Conferências de Primavera 2022, promovida pelo Centro Científico e Cultural de Macau (CCCM), evento dedicado à China, que decorre presencialmente e via ‘online’. Esta estratégia que se desenvolve a nível bilateral e multilateral, ou seja, através de parcerias com os países, mas também “de uma maior intervenção ao nível das organizações, “nomeadamente dos Fóruns de Segurança da União Africana” e também da “presença em missões das Nações Unidas com maior visibilidade e maior impacto” nos países de África, na opinião do investigador do Centro de Estudos Internacionais (CEI) do ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa já está a produzir os seus efeitos. Deste modo, “é uma estratégia de baixo custo, baixo risco e alto rendimento, mas num quadro maior, com outras dinâmicas e outras dimensões, projetando aquilo que são os interesses chineses em África e como actor global”, reforçou. Aposta no Jibuti Luis Bernardino recordou que “em termos de segurança, a primeira base militar fora do espaço chinês com alguma relevância global foi [criada] no Jibuti”, mas hoje essa base “tem uma dinâmica crescente significativa e é a partir daí que se projecta o poder e influência [da China] para todo o resto do continente africano”. Para o especialista em defesa, há um factor determinante para esta “mudança significativa”, é que os interesses económicos chineses, “essencialmente ligados à exploração dos minérios no continente africano”, cuja segurança era feita através dos países africanos onde estavam instalados “começou a correr mal, isto é, começaram a acontecer raptos e incidentes”. “Começamos a ver uma presença maior militar chinesa, não só em termos da defesa dos interesses chineses, actuando muito à força de ‘companhias privadas’, porque são patrocinadas pela China, e inclusivamente grande parte dos militares que participam nestas empresas são das forças Armadas chinesas, que passaram à reserva, – porque [o país] tem reservas na ordem dos 10 a 12 milhões de militares – e que são destacados para estas operações, nomeadamente no continente africano”, acrescentou. Através destas empresas de segurança, a China garante não só a segurança das suas explorações dos recursos no continente africano, mas também consegue “incrementar uma economia de Defesa”.
Hoje Macau China / ÁsiaPrejuízos de companhia aérea chinesa Air China aumentam face à pandemia Os prejuízos da companhia aérea de bandeira da China, a Air China, aumentaram 15,5%, em termos homólogos, em 2021, fixando-se no equivalente a 2.346 milhões de euros, devido às restrições de viagens causadas pela pandemia. Na declaração de resultados, enviada hoje à Bolsa de Valores de Hong Kong, a empresa assegurou que a sua situação não é única, já que a pandemia fez com que as “companhias aéreas de todo o mundo estejam a sofrer dificuldades operacionais”. No entanto, em 2019, o último ano antes da pandemia, o lucro líquido da empresa já tinha caído 12,7%, em termos homólogos, devido à crescente concorrência que enfrenta nas suas rotas com a Europa e a América do Norte. Em 2021, o volume de negócios total do grupo subiu 7,2%, para 74.532 milhões de yuans, embora se deva recordar que, no ano anterior, caiu 49%. A Air China transportou mais de 69 milhões de passageiros no ano passado, 0,5% a mais face a 2020, mas ainda quase 40% a menos do que no último exercício antes da pandemia. O decréscimo significativo advém principalmente das rotas internacionais. Em 2021, a AirChina transportou apenas cerca de 301.000 passageiros a partir de e para a China. Isto representa uma redução de 86,6%, em termos homólogos, e de 98,2%, se comparado com os dados de 2019. Os viajantes no continente chinês representaram 98,5% do total e, ao contrário dos viajantes internacionais, aumentaram 3,3%, em termos homólogos, em 2021. A China mantém as suas fronteiras praticamente fechadas há dois anos, período em que limitou o tráfego aéreo internacional a aproximadamente 2% do que era antes da pandemia, o que resultou num aumento significativo nos preços dos bilhetes, que agora podem custar até onze vezes mais. Mas o segmento de transporte de carga da Air China foi reforçado. Em 2021, a faturação aumentou 29,9%, em termos homólogos, para 11.113 milhões de yuans. Face a 2019, o aumento foi de quase 94%. As despesas operacionais da companhia aérea cresceram 12,3%, para 95.465 milhões de yuans, principalmente devido à subida dos custos de combustível.
Hoje Macau China / ÁsiaLi Keqiang felicita António Costa pela tomada de posse do novo Governo em Portugal O primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, felicitou esta quinta-feira o homólogo português, António Costa, pela tomada de posse do novo Governo de Portugal, numa conversa por telefone, segundo um comunicado difundido pela embaixada da China em Lisboa. Na sua mensagem de felicitações, Li Keqiang disse que, nos últimos anos, devido aos “esforços conjuntos” de ambas as partes, a “cooperação pragmática” entre Portugal e a China em “vários domínios” alcançou novos resultados. “Um novo capítulo foi escrito na amizade tradicional entre os dois países”, afirmou Li, segundo a nota da embaixada. O primeiro-ministro chinês apontou que, como “parceiros de confiança e membros responsáveis” da comunidade internacional, China e Portugal devem consolidar ainda mais a confiança mútua, expandir a cooperação, promover o desenvolvimento da parceria estratégica abrangente China – Portugal e China – União Europeia, e contribuir ativamente para o bem-estar comum da China e Portugal. O XXIII Governo Constitucional foi empossado, na quarta-feira, no Palácio Nacional da Ajuda. Numa outra nota, o embaixador chinês em Lisboa, Zhao Bentang, disse que a China “espera trabalhar com o novo Governo português para consolidar ainda mais a confiança política mútua, enriquecer a parceria estratégica abrangente entre os dois países, fortalecer a cooperação mutuamente benéfica e impulsionar um novo e maior desenvolvimento das relações bilaterais”. As declarações foram proferidas durante um seminário virtual, intitulado “Plano de Recuperação de Portugal e Oportunidades de Negócio”, para as empresas chinesas, que contou com a participação de representantes do Governo português, empresas e académicos dos dois países. “Não só a China e Portugal têm conceitos de desenvolvimento altamente compatíveis, mas também enfrentam as tarefas comuns de combater a epidemia, estabilizar a economia, salvaguardar os meios de subsistência dos povos e transformar e melhorar a estrutura económica”, disse Zhao Bentang.
Hoje Macau China / ÁsiaIlhas Salomão anunciam acordo de segurança com a China As Ilhas Salomão anunciaram esta quinta-feira que vão assinar um acordo de segurança com Pequim, suscitando preocupação entre os seus aliados ocidentais, que temem que o tratado abra caminho para uma presença militar chinesa no sul do Pacífico. “As autoridades das Ilhas Salomão e da República Popular da China rubricaram hoje os elementos de um quadro para a cooperação bilateral entre os dois países no âmbito da segurança”, disse o gabinete do primeiro-ministro das Ilhas Salomão, Manasseh Sogavare, em comunicado. O esboço do acordo bilateral, que foi tornado público, na semana passada, prevê presença militar chinesa nas Ilhas Salomão, inclusive através de visitas de navios de guerra, para “realizar reabastecimento logístico e escalas”. Sob este pacto, a polícia armada chinesa pode ser mobilizada a pedido das Ilhas Salomão para garantir a manutenção da “ordem social”. As “forças chinesas” também vão ser autorizadas a proteger a “segurança do pessoal chinês” e os “principais projetos” no arquipélago. Sem o consentimento escrito da outra parte, nenhuma das partes está autorizada a tornar públicas as missões decididas no âmbito do acordo. O chefe de operações conjuntas da Austrália, o tenente-general Greg Bilton, disse hoje que o pacto, que ainda não foi assinado, levaria a uma mudança nas intervenções do seu país no Pacífico. Os Estados Unidos e a Austrália há muito que expressam preocupação com a possibilidade de a China construir uma base naval no Pacífico Sul, o que permitiria projetar a sua marinha muito além das suas fronteiras. Qualquer presença militar chinesa poderia forçar Camberra e Washington a alterar a sua postura militar na região. Sogavare disse, na terça-feira, que “não tem intenção (…) de pedir à China que construa uma base militar” no arquipélago. “Somos sensíveis à infeliz perceção de muitos líderes, de que a segurança da região está a ser ameaçada pela presença da China”, apontou o primeiro-ministro. “Isso é um absurdo total. Acho muito insultuoso (…) ser rotulado como incapaz de administrar os nossos assuntos soberanos”, afirmou. Poucas horas antes do anúncio do pacto de segurança, o Presidente dos Estados Federados da Micronésia, David Panuelo, apelou a Sogavare que reconsidere o acordo. Panuelo expressou “profundas preocupações de segurança”, citando o aumento das tensões entre Pequim e Washington. “O meu medo é que nós, as Ilhas do Pacífico, nos tornemos o epicentro de um futuro conflito entre estas grandes potências”, afirmou. Ele pediu ao líder das Ilhas Salomão que considere as consequências a longo prazo “para toda a região do Pacífico, e mesmo para o mundo inteiro”, da assinatura do pacto. As Ilhas Salomão, onde vivem cerca de 700.000 pessoas, romperam, em 2019, os laços diplomáticos com Taiwan, passando a reconhecer Pequim como o único governo legítimo de toda a China. A decisão contribuiu para tumultos em novembro. A polícia australiana está na capital do país, Honiara, para ajudar a manter a paz, sob um tratado de segurança bilateral estabelecido em 2017. Este tratado fornece uma base legal para o rápido destacamento da polícia australiana, tropas e civis, no caso de um grande desafio à segurança do país. A Austrália liderou uma força constituída por polícias e tropas das Ilhas do Pacífico, sob a Missão de Assistência Regional às Ilhas Salomão, entre 2003 e 2017.
Hoje Macau China / ÁsiaPequim vai manter posição sobre conflito na Ucrânia, diz analista Pequim não vai alinhar em sanções contra Moscovo ou opor-se abertamente ao conflito na Ucrânia, apesar da eventual pressão das autoridades europeias nesse sentido durante a cimeira União Europeia–China, na sexta-feira, disse à Lusa um analista chinês. Pequim tem mantido uma posição ambígua em relação à invasão russa da Ucrânia. Por um lado, defendeu que a soberania e a integridade territorial de todas as nações devem ser respeitadas – um princípio de longa data da política externa chinesa e que pressupõe uma postura contra qualquer invasão -, mas ao mesmo tempo opôs-se às sanções impostas contra a Rússia e apontou a expansão da NATO para o leste da Europa como a raiz do problema. Gao Zhikai, que serviu como intérprete do antigo líder chinês Deng Xiaoping e é atualmente um dos mais conhecidos comentadores da televisão chinesa, disse à Lusa que “não é realista” esperar que Pequim prejudique os laços comerciais com Moscovo. “A China é um grande comprador do petróleo e gás russos. Existem oleodutos para o petróleo e para o gás. Os dois países partilham uma fronteira comum com mais de 4.000 quilómetros, e o intercâmbio humano é muito dinâmico”, descreveu. Segundo o embaixador da UE na China, Nicolas Chapuis, a questão da invasão Ucrânia pela Rússia deve pesar fortemente sobre a cimeira, que se vai realizar por videoconferência. O foco “em primeiro lugar” dos europeus vai ser reunir o “máximo de apoio possível da China”, para “ajudar a Europa a parar com a guerra na Ucrânia”, declarou Chapuis há duas semanas, salientando: “Nesta guerra, não pode haver a chamada neutralidade”. O comércio entre a China e a Rússia subiu 35,9%, em 2021, em termos homólogos, para um valor recorde de 146,9 mil milhões de dólares (cerca de 132 mil milhões de euros), segundo dados da Administração Geral das Alfândegas da China. Para o analista chinês, Pequim está do “lado certo da História”, ao “encorajar as negociações, em vez de estimular uma guerra mais prolongada na Ucrânia”. “As sanções não funcionarão”, previu. “Certamente, vão ser muito dolorosas para a Rússia, mas não vão encurralar a Rússia ao ponto de a subordinar à Europa ou aos Estados Unidos”, disse, adiantando que “apenas tornarão a Rússia mais resiliente e mais resoluta na luta por qualquer propósito que tenha estabelecido”. Gao sugeriu antes que as preocupações de segurança da Rússia sejam consideradas. “Não vai haver paz duradoura na Europa, enquanto a Rússia for excluída”, disse. “Como é possível haver paz, estabilidade e crescimento na Europa, sem contar com o maior país do mundo, que tem um dos maiores arsenais nucleares, situado ali ao lado”, questionou. Outro ponto-chave da cimeira é o Acordo Compreensivo de Investimento (CAI) UE–China, cuja ratificação pelo Parlamento Europeu ficou ‘congelada’, depois de Pequim ter imposto sanções retaliatórias contra eurodeputados. Pequim avançou com sanções depois de a UE, Reino Unido, Canadá e Estados Unidos terem imposto sanções coordenadas contra as autoridades chinesas por abusos dos Direitos Humanos na região de Xinjiang, no extremo oeste do país. As tensões agravaram-se depois de a Lituânia ter aprovado a abertura de um escritório de representação de Taiwan, território que Pequim considera como uma província sua. A decisão da Lituânia é vista por Pequim como uma provocação, principalmente porque esta representação é designada ‘Escritório de Representação de Taiwan’, ao invés de Taipé, o nome da capital da ilha, pressupondo o reconhecimento de Taiwan como entidade política soberana. “Isto acontece porque há certos membros do Parlamento Europeu que realmente se envolveram em atividades que são percebidas, do ponto de vista chinês, como interferência e violação do princípio ‘Uma só China’”, explicou Gao. O reconhecimento daquele princípio é visto por Pequim como uma garantia de que Taiwan é parte do seu território. “Se esse princípio é violado, a China não tem outra escolha senão retaliar”, apontou.
Hoje Macau Manchete PolíticaFórum Macau | Reunião Ministerial agendada para 10 de Abril Depois de um longo interregno sem conferências ministeriais devido à pandemia da covid-19, o Fórum Macau vai finalmente decidir os objectivos para os próximos anos na Reunião Ministerial agendada para 10 de Abril, domingo. Segundo uma nota de imprensa ontem divulgada, esta conferência será realizada online, tendo como tema principal “Um Mundo sem Pandemia, Um Desenvolvimento Comum”. Na cerimónia de inauguração serão exibidos, por videoconferência, os discursos de políticos dos governos dos países integrantes do Fórum de Macau. No encontro, os ministros que tutelam os assuntos do Fórum de Macau dos países integrantes do mesmo “irão proferir as suas intervenções sobre o reforço do intercâmbio na prevenção pandémica entre a China e os Países de Língua Portuguesa e a promoção conjunta da recuperação económica no período pós-pandémico”. Após a reunião, será assinada uma declaração conjunta que define os planos de acção com as metas económicas e comerciais que devem ser alcançadas na ligação entre a China e os países de língua portuguesa, tendo Macau como plataforma. O último plano de acção, assinado na 5ª Conferência Ministerial, definiu os objectivos a cumprir entre 2017 e 2019.
Hoje Macau PolíticaHengqin | Governo estuda ordenamento jurídico na Zona de Cooperação André Cheong, secretário para a Administração e Justiça, adiantou que o Governo está a estudar, “de forma activa”, a “inovação do ordenamento jurídico da Zona de Cooperação Aprofundada”, bem como o aperfeiçoamento dos diplomas legais que possam “facilitar a vida dos residentes de Macau” na Zona de Cooperação. Estas declarações foram proferidas no âmbito da realização da 32ª sessão plenária do Conselho Consultivo da Reforma Jurídica (CCRJ), que serviu também para analisar o plano legislativo do Governo para este ano. André Cheong participou na qualidade de presidente do CCRJ, juntamente com representantes da Direcção dos Serviços de Assuntos de Justiça. Ainda sobre a Zona de Cooperação Aprofundada, André Cheong referiu que a melhoria dos trabalhos jurídicos visa “oferecer garantias institucionais para o seu desenvolvimento a longo prazo”. Na qualidade de secretário, André Cheong disse que o Executivo “tem reforçado constantemente a coordenação legislativa”, tendo sido concluídos, nos últimos dois anos, os trabalhos de elaboração das propostas de lei ou os de consulta previstos no plano legislativo. Além disso, “no corrente ano serão também concluídas as iniciativas definidas de acordo com o plano”, apontou. No corrente ano, também serão concluídas as iniciativas definidas, de acordo com o plano, concluiu.
Hoje Macau EventosVenetian Theatre acolhe espectáculo solidário de apoio a Eddy Murphy É já no próximo dia 16 de Abril que decorre no The Venetian Theatre um concerto com o grupo Macau4Eddy, um espectáculo solidário de apoio ao mestre de capoeira brasileiro Eddy Murphy, que vive em Macau há vários anos e que foi diagnosticado com cancro, necessitando de apoios financeiros para pagar os tratamentos. Uma vez que Eddy Murphy é trabalhador não residente, necessita de pagar a totalidade das contas hospitalares, que neste momento são de quase 1,2 milhões de patacas, relativas aos meses de Maio de 2021 a Março deste ano. Uma nota de imprensa dá conta que a medicação de Eddy Murphy vem dos Estados Unidos, além de que “muitos exames têm de ser feitos no estrangeiro devido à falta de equipamentos ou de especialistas na região”. Até à data, “os tratamentos têm decorrido com sucesso”. O objectivo desta iniciativa é atingir a fasquia dos dois milhões de patacas, sendo que o dinheiro remanescente que for adquirido será doado à Associação Anti-Cancro de Macau-China. O espectáculo, que começa às 19h, reúne músicos do território por esta causa, tal como os membros do grupo da Casa de Portugal em Macau, Billy Chan e a sua banda ou a cantora brasileira Jandira Silva, entre outros. Victor Kumar, bailarino e professor de yoga, irá ainda apresentar um espectáculo de Bollywood. Os bilhetes custam 300 patacas e estão à venda no website www.macau4eddy.com. Além desta iniciativa, também se aceitam donativos através da conta BNU número 9008318078, ou através desta plataforma de crowdfunding: https://fundrazr.com/81xt55?ref=ab_3YEqUonzASu3YEqUonzASu
Hoje Macau China / ÁsiaSergei Lavrov anuncia em Pequim uma nova ordem mundial em parceria com a China O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, anunciou hoje uma ordem mundial “mais justa”, em parceria com a China, durante a sua primeira visita ao país desde a invasão da Ucrânia pela Rússia. “Estamos a viver uma fase muito séria na história das relações internacionais”, disse o chefe da diplomacia do Kremlin, no início de um encontro bilateral com o seu homólogo chinês, Wang Yi. “Estou convencido de que no final desta etapa, a situação internacional ficará muito mais clara, e que nós, juntamente com vocês e com os nossos apoiantes, caminharemos para uma ordem mundial multipolar, justa e democrática”, afirmou Lavrov. Pequim recusou-se a condenar a invasão russa da Ucrânia, desencadeada a 24 de Fevereiro, preferindo denunciar as sanções ocidentais contra a Rússia. No início de Março, Wang Yi enalteceu mesmo a amizade “sólida” entre Pequim e Moscovo e defendeu as preocupações “razoáveis” da Rússia com a sua segurança. Poucas semanas antes da guerra na Ucrânia, o Presidente russo, Vladimir Putin, foi calorosamente recebido em Pequim pelo homólogo chinês, Xi Jinping. Os dois países celebraram então uma amizade “sem limites” e denunciaram o “alargamento” da NATO. Sergei Lavrov está na China para um encontro de dois dias, dedicado não à Ucrânia, mas ao Afeganistão. O diplomata russo deve estar lado a lado com um colega norte-americano. O encontro, organizado em Tunxi, leste da China, reúne sete países vizinhos do Afeganistão. Além da Rússia e da China, vão estar representantes do Paquistão, Irão, Tajiquistão, Turcomenistão e Uzbequistão. O chefe da diplomacia dos talibãs, Amir Khan Muttaqi, também é esperado, segundo a imprensa estatal chinesa. Em simultâneo, deve ser realizada a reunião de um “mecanismo de consulta” sobre o Afeganistão, com a participação de diplomatas da China, Rússia, Paquistão e também dos Estados Unidos, anunciou Pequim. Estas reuniões ocorrem uma semana após a visita do ministro dos Negócios Estrangeiros chinês a Cabul, pela primeira vez desde que os fundamentalistas islâmicos chegaram ao poder, em Agosto passado. A China compartilha uma pequena fronteira de 76 quilómetros com o Afeganistão. Pequim teme que o país vizinho se torne uma base de apoio para separatistas e extremistas islâmicos uigures.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | China tenta reduzir impacto económico de confinamento de Xangai As autoridades de Xangai avançam com apoios fiscais, medidas de estabilização do emprego e de “optimização dos negócios” para travar efeitos negativos de um novo confinamento da cidade As autoridades de Xangai, que está sob confinamento, prometeram ontem reduzir impostos para comerciantes e manter o porto da cidade, o mais movimentado do mundo, a operar, visando limitar as interrupções na indústria e comércio. A paralisação da maioria das actividades na cidade, para conter surtos do novo coronavírus, abalou os mercados financeiros, já apreensivos com a guerra na Ucrânia, a subida das taxas de juros nos Estados Unidos, e a desaceleração da economia chinesa. O governo de Xangai anunciou cortes nos impostos, redução dos preços do aluguer de espaços comerciais e empréstimos com taxas reduzidas para as pequenas empresas. Uma declaração do Governo emitida ontem prometeu também “estabilizar os empregos” e “optimizar o ambiente de negócios”. No porto de Xangai, as operações continuaram com normalidade e os responsáveis fizeram esforços extra para garantir que os navios “possam fazer descargas normalmente”, informou a televisão estatal chinesa. O porto serve o delta do rio Yangtsé, uma das regiões industriais mais movimentadas do mundo, concentrando fabricantes de telemóveis, componentes para automóveis e outros produtos. As operações nos aeroportos e estações ferroviárias de Xangai decorriam ontem com normalidade, de acordo com o jornal The Paper. O serviço de autocarros de e para a cidade de 26 milhões de habitantes foi suspenso anteriormente. Os visitantes são obrigados a mostrar um teste negativo para a covid-19. Para o resto do mundo, o maior impacto potencial virá da queda do consumo interno na China, devido às medidas de confinamento. Difíceis previsões As previsões de crescimento económico já apontavam para um abrandamento, em relação à taxa de crescimento de 8,1 por cento alcançada no ano passado, devido a uma campanha do governo para reduzir a dívida no sector imobiliário e outros desafios não relacionados com a pandemia. A meta oficial de crescimento económico para este ano é de “cerca de 5,5 por cento”, mas os analistas dizem que vai ser difícil atingi-la. “A China é o maior consumidor de praticamente tudo”, disse Rob Carnell, economista-chefe para a Ásia do grupo de serviços financeiros ING. “Se o consumo na China abrandar devido aos surtos de covid-19, isso afectará as cadeias de fornecimento e os países da região”, explicou. Louis Kuijs, economista-chefe para a região da Ásia – Pacífico do S&P Global Ratings, disse que as autoridades chinesas estão a tentar garantir que as mercadorias chegam aos clientes e as cadeias de fornecimento são salvaguardadas. De acordo com o economista, em paralisações anteriores, as fábricas fizeram horas extra para atenderem aos pedidos. Apesar dos receios de que os bloqueios na China podem atrasar a recuperação das cadeias de fornecimento globais, “o impacto não é tão grande quanto muitos observadores externos temem”, disse Kuijs. “Essas restrições tendem a ter um impacto maior nos gastos e do lado da procura interna na China”, frisou. O impacto em Xangai deve ser “relativamente reduzido”, se a cidade contiver o seu surto, assim como fez Shenzhen, disse Carnell. Funcionários do sector financeiro podem trabalhar a partir de casa. No sector manufatureiro, as empresas puseram os operários a viver nas fábricas, num “sistema de circuito fechado”, isolando-os do contacto com o exterior. As fabricantes General Motors Co. e Volkswagen AG disseram que as suas fábricas em Xangai estão a operar normalmente. Milhares de funcionários de empresas do sector financeiro dormem nos escritórios, para evitar contacto com pessoas de fora, informou o jornal Daily Economic News. A Bolsa de Valores de Xangai está a funcionar normalmente, com uma equipa reduzida, num “escritório fechado”. A maioria dos restaurantes na cidade só tem permissão para servir os clientes através de entregas ao domicílio. Nos centros comerciais, os visitantes são obrigados a usar máscara e a registar a entrada com os seus dados pessoais, através de uma aplicação. Porto, a grande ameaça A ameaça maior para a indústria e o comércio seria uma interrupção no porto de Xangai, que movimenta 140.000 contentores de carga por dia. No ano passado, as interrupções ao longo de um mês no porto de Yantian, em Shenzhen, atrasou a descarga e saída de milhares de contentores, causando ondas de choque nas cadeias de fornecimento globais. Em Xangai, os motoristas de camião que entregam mercadorias são obrigados a apresentar um teste negativo para o vírus, realizado nas últimas 48 horas, e um “recibo de entrega” electrónico. A volatilidade registada nos mercados, no início da semana, pode ter sido uma “reacção exagerada”, que não reflecte a “verdadeira realidade da situação”, mas os investidores já estavam inquietos com a China e a economia global, disse Michael Every, do banco holandês Rabobank. “Temos vários problemas com os quais nos preocupar. Este é apenas um entre muitos”, disse Every.
Hoje Macau SociedadeEconomia | Reserva financeira com perda de 12,68 mil milhões A reserva financeira de Macau perdeu 12,68 mil milhões de patacas em Janeiro, segundo dados divulgados ontem pelas autoridades. Esta A cifrou-se em 630,49 mil milhões de patacas no final de Janeiro, segundo informação publicada no Boletim Oficial pela Autoridade Monetária de Macau. O valor da reserva básica – equivalente a 150 por cento do orçamento público de Macau para 2022 – era de 145 mil milhões de patacas e a reserva extraordinária 490,67 mil milhões de patacas. A reserva financeira é maioritariamente composta por depósitos e contas correntes no valor de 277,2 mil milhões de patacas, títulos de crédito no montante de 170,4 mil milhões de patacas e até 182,2 mil milhões de patacas em investimentos subcontratados. A reserva financeira de Macau cresceu em 2020 e 2021, apesar da crise económica criada pela pandemia da covid-19. Em 2020, o Governo de Macau injectou dinheiro da Reserva Financeira no Orçamento para suportar a despesa extraordinária com o pacote de estímulos à economia e que se traduziu num plano de ajuda e benefícios fiscais dirigido à população e às pequenas e médias empresas.
Hoje Macau China / ÁsiaCathay Pacific planeia voo mais longo do mundo para ligar Hong Kong a Nova Iorque A companhia aérea Cathay Pacific planeia operar o voo de passageiros mais longo do mundo, numa rota que sobrevoará o oceano Atlântico em vez do Ártico para ligar Hong Kong a Nova Iorque e evitar a Rússia. A ligação será de “pouco menos de nove mil milhas náuticas”, mais de 16 mil quilómetros, a percorrer em cerca de 17 horas e 50 minutos, disse a companhia aérea de Hong Kong à agência de notícias France-Presse (AFP), na terça-feira. O voo será mais longo em distância, mas não em tempo, do que o voo da Singapore Airlines, entre a cidade-Estado asiática e Nova Iorque, num percurso de mais de 15 mil quilómetros em 18 horas. Muitas companhias aéreas têm cancelado voos para cidades russas ou evitado o espaço aéreo russo desde a invasão da Ucrânia. No mês passado, a Rússia também fechou o espaço aéreo a vários países europeus e a todos os voos ligados ao Reino Unido, em resposta a uma proibição semelhante imposta por estas nações. A opção transatlântica é mais favorável do que a rota habitual devido aos “fortes ventos traseiros sazonais nesta altura do ano”, justificou a companhia. Antes da pandemia da covid-19, a Cathay operava três viagens diárias de ida e volta entre as duas cidades. Os voos para Hong Kong enfrentam agora cancelamentos frequentes devido às rigorosas medidas sanitárias da cidade e à falta de passageiros. Os aviões provenientes dos Estados Unidos e de mais oito países vão poder aterrar novamente em Hong Kong, a partir de sexta-feira, graças a uma flexibilização das regras contra a covid-19. Na terça-feira à noite, a Cathay anunciou um voo direto Nova Iorque-Hong Kong, em 03 de abril.
Hoje Macau China / ÁsiaInvestimento chinês chega a Portugal através de subsidiárias no Luxemburgo e Hong Kong O investimento direto estrangeiro feito pela China chega a Portugal sobretudo através de subsidiárias detidas no Luxemburgo e em Hong Kong, divulgou ontem o Banco de Portugal (BdP). Segundo os dados do BdP, em 2021, apenas 28% do investimento chinês em Portugal chegou diretamente da China, sem utilizar países terceiros, enquanto 41% da posição de investimento direto em Portugal era detida através do Luxemburgo, 22% através de Hong Kong, 4% através de Espanha e 5% de outros. Por setor de atividade económica, observa-se que 38% do investimento direto realizado no setor da eletricidade, gás e água provinha da China. O regulador publicou hoje novas estatísticas de posições de investimento direto por investidor final, que permite aferir a origem do investimento, isto é, “o país da contraparte final ou o investidor final e, deste modo, reconhecer em que país reside quem, em última análise, detém ou controla o investimento, usufrui do rendimento e assume o risco”. Com a atualização da metodologia, a China torna-se o 5.º país de residência dos detentores finais com maiores posições de investimento direto em Portugal, quando anteriormente – antes de considerar o investidor final – era o 9.º lugar. A China representa, assim, 6,8% do total do investimento direto estrangeiro em Portugal. Em 2021, Espanha era o país de residência dos detentores finais com maiores posições de investimento direto em Portugal. Seguiam-se Portugal, França, Reino Unido e China.
Hoje Macau China / ÁsiaUE e China de acordo sobre necessidade de regresso da paz à Europa, diz Joseph Borrell A União Europeia (UE) e a China concordam na urgência do regresso da paz ao continente europeu, na sequência da invasão da Ucrânia pela Rússia, anunciou ontem o chefe da diplomacia dos 27, Josep Borrell, em comunicado. O comunicado, divulgado após uma reunião por videoconferência entre o Alto Representante para a Política Externa e de Segurança da UE e o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, salientou que Borrell e Wang Yi estão de acordo acerca da “urgência do regresso da paz ao continente europeu tão depressa quanto possível”. Neste sentido, os dois representantes discutiram as negociações entre a Ucrânia e a Rússia e “a necessidade de um cessar-fogo, para a criação de corredores humanitários e prevenir os riscos de uma maior escalada” no conflito. A situação da Ucrânia está na agenda da 23.ª Cimeira UE-China, marcada para a próxima sexta-feira. A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.151 civis, incluindo 103 crianças, e feriu 1.824, entre os quais 133 crianças, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior. A guerra provocou a fuga de mais de 10 milhões de pessoas, incluindo mais de 3,9 milhões de refugiados em países vizinhos e quase 6,5 milhões de deslocados internos. A ONU estima que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia. A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
Hoje Macau EventosGastronomia | Macau volta a ter apenas um restaurante entre os 50 melhores da Ásia Pelo segundo ano consecutivo, Macau tem apenas um restaurante entre os 50 melhores asiáticos, numa lista liderada por estabelecimentos japoneses, de acordo com a classificação “Os 50 Melhores Restaurantes da Ásia”, anunciada ontem. À semelhança do ano passado, o “Wing Lei Palace”, localizado no hotel-casino Wynn Palace, na ilha da Taipa, foi o único restaurante de Macau presente no ‘ranking’, alcançando a 47.ª posição, numa subida de três lugares em relação à edição anterior. Já há dois anos, o “Sichuan Moon”, também naquele casino da operadora Wynn, juntava-se à lista. “Dirigido pelo chefe Tam Kwok Fung, uma das principais autoridades da cozinha requintada cantonesa, o ‘Wing Lei Palace’ é um estudo de temperos, pureza e sabores”, notou a organização da 10.ª edição dos prémios, numa cerimónia ‘online’, acompanhada com eventos em Macau, Tóquio e Banguecoque. Na lista alargada aos cem melhores restaurantes asiáticos encontram-se outros três estabelecimentos da região administrativa especial: “Golden Flower” (84.º), no Wynn Macau; “Jade Dragon” (89.º), no Hotel Parisian; e o “The Eight” (97.º), no hotel-casino Grand Lisboa. Entre as regiões e países asiáticos, o Japão foi o vencedor desta edição, com 11 restaurantes entre os 50 melhores do continente, seguindo-se a Tailândia, com nove, Singapura, com sete, e Hong Kong, com seis. “Den”, em Tóquio, no Japão, ficou na primeira posição, destronando o vencedor do ano passado, “The Chairman”, de Hong Kong, que nesta edição de 2022 passou para quinto lugar. A lista dos 50 melhores restaurantes da Ásia foi lançada pela primeira vez em 2013 “para celebrar a gastronomia na região e fornecer aos clientes de todo o mundo informações locais e recomendações culinárias”, segundo uma apresentação que se pode ler no portal da organização do evento.
Hoje Macau China / ÁsiaAtlântico sul “é fundamental” na relação entre Brasil e China, mas pode ser factor de competição O professor catedrático Daniel Cardoso defendeu esta segunda-feira que o Atlântico Sul “é fundamental” nas relações entre o Brasil e a China, mas pode ser factor de competição que, com os Estados Unidos da América (EUA) pelo meio, será “perigoso”. Por vários motivos, um dos “mais relevantes” os recursos petrolíferos, mas também as trocas comerciais, o Atlântico Sul “é fundamental” na relação entre o Brasil e a China, mas também pode ser factor gerador de competição, se a China prosseguir o seu caminho para se tornar numa potência marítima, e com os EUA pelo meio será até “perigoso”, disse Daniel Cardoso. O catedrático da Universidade Autónoma de Lisboa falava na 2.ª sessão das Conferências de Primavera 2022, que decorreram na Casa de Macau, em Lisboa, em que foi orador no painel sobre “Atlântico Sul nas relações entre China e Brasil: Competição, cooperação e desafios”. “O Atlântico Sul é uma área que necessariamente é considerada estratégica pelo Brasil”, afirmou Cardoso. O Brasil “tem ambições de projectar o seu poder político, militar e económico para além do Atlântico Sul, chegando à África e à Antártica”. Por isso, esta zona é “fundamental para a política externa brasileira e também para a sua política comercial e para a sua estratégia militar”, sublinhou. Na opinião de Daniel Cardoso “há razões muito fortes para que as autoridades brasileiras considerem este espaço geopolítico muito importante”. O Brasil é já “um importante produtor e exportador de petróleo e grande parte do petróleo que extrai é desta região [Atlântico Sul], mais especificamente de uma área conhecida como o pré-sal”. Um petróleo extraído a grande profundidade que requer “sofisticação tecnológica muito grande”, e que a Petrobras, empresa brasileira de petróleo, tem vindo a conseguir através de consórcios com empresas estrangeiras, “a maioria chinesas”, realçou, salientando que a China não só investiu como também financiou estes projectos, através do seu Banco de Desenvolvimento. Cooperação e competição Nas relações entre a China e o Brasil no Atlântico Sul, o professor não tem dúvidas em afirmar que o factor mais relevante “é o petróleo”. Mas em segundo lugar, vem o comércio. “Os dados são muito significativos, 99 por cento (…) das exportações do Brasil para a China vão por mar”, referiu. Até porque além das importações de soja, a China já é também o maior importador de petróleo brasileiro. “Para enquadrarmos estes interesses da China no Atlântico Sul não se pode deixar de falar do grande projecto da Rota da Seda, que tem também uma dimensão marítima. Dos três corredores marítimos da nova Rota da Seda aquele que mais interessa ao Brasil é o que atravessa o Índico e pode ir para o Atlântico Sul, ou pode passar pelo Atlântico Norte e chegar ao país da América do Sul”, frisou. Na opinião, de Daniel Cardoso, entre o Brasil e a China, hoje “há cooperação, mas também há espaço para competição” e, essa tem sido uma tendência. “A competição pode-se materializar em primeiro lugar no que respeita à presença em África”, e em segundo lugar no que respeita á Antártica, regiões em relação aos quais os interesses dos dois países não estão alinhados, considerou. Mas, para além disso, pode nascer ainda um novo factor de competição entre o Brasil e a China. “Se a China se quer tornar numa potência marítima vai ter de apostar no seu desenvolvimento tecnológico, e o Brasil, com a larga costa que tem e com o empenho que tem na sua industrialização, este desenvolvimento tecnológico pode ser também um dos objectivos dos governos brasileiros. Por isso,(…) pode vir a haver mais competição do que propriamente cooperação entre os dois países” neste domínio, considerou Daniel Cardoso. Neste cenário, o professor realçou que é preciso não esquecer o factor Estados Unidos, que são um país “importantíssimo” naquela área, considerando o Atlântico Sul “como teoricamente a sua área de influência”. Por isso, uma forte presença chinesa no Atlântico Sul, em cooperação ou em competição com o Brasil, “vai sempre suscitar alguma atenção e cautela da administração norte-americana”, sublinhou. “O perigo é que à medida que a competição entre os EUA e China aumenta, essa competição em várias plataformas do mundo, pode ser projectada também para o Atlântico Sul”, concluiu.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Bloqueios na China continuam face a baixa taxa de vacinação de idosos Com apenas 20 por cento da população com 80 anos ou mais a ter recebido as três doses da vacina contra a covid-19, as autoridades continuam relutantes em alterar a política de ‘zero casos’ A campanha de vacinação da China contra a covid-19 deixou metade da sua população idosa susceptível a maiores riscos de doença grave, forçando o país a manter uma política rígida de prevenção, apontam analistas. Mais de 130 milhões de chineses com 60 anos ou mais não foram vacinados, ou receberam menos de três doses, colocando-os em maior risco de desenvolver sintomas graves ou morrer, em caso de infecção, segundo um estudo da Universidade de Hong Kong (HKU). O mesmo estudo apurou que a vacina da Sinovac, desenvolvida pela China, é menos eficaz na prevenção da morte por covid-19 entre os idosos do que a inoculação com a vacina da BioNTech/Pfizer, a menos que sejam dadas três doses. A grande maioria da população chinesa foi vacinada com as inoculações da Sinovac ou Sinopharm, que também requer três doses para manter um alto nível de eficácia. O estudo da HKU, publicado na semana passada, apurou que três doses da Sinovac asseguram 98 por cento de eficácia na prevenção de doenças graves em pessoas com mais de 60 anos – uma taxa semelhante à vacina da BioNTech. Mas duas doses revelaram apenas 72 por cento e 77 por cento de eficácia, na prevenção de casos graves e morte, respectivamente. A vasta escala da população idosa susceptível de doença grave ou morte na China força as autoridades a aplicar medidas de bloqueio, para acabar com surtos que se alastraram a várias cidades. Apenas 20 por cento da população com 80 anos ou mais recebeu três doses. Por fases Xangai, a ‘capital’ económica da China, iniciou na segunda-feira um bloqueio, organizado em duas fases, e que abrangerá todos os seus 26 milhões de moradores, para combater uma vaga de casos que rapidamente se multiplicou na comunidade. Na província de Jilin, no nordeste do país, todos os seus 24 milhões de habitantes estão sob quarentena há quase um mês. Foi a primeira vez que a China restringiu uma província inteira desde o bloqueio de Hubei, cuja capital, Wuhan, foi o epicentro original do novo coronavírus. Noutras partes do país, dezenas de milhões de pessoas enfrentam medidas de confinamento, mais ou menos rígidas. Pequim aumentou os esforços para administrar uma terceira de inoculação aos idosos, no final de 2021. Falsa segurança Mas especialistas consideram que o sucesso do país em conter o vírus, em conjunto com a desconfiança da população mais velha em relação à vacina, prejudicou a campanha de inoculação. “O sucesso inicial da política de ‘zero casos’ criou uma falsa sensação de segurança entre os idosos”, escreveu Yanzhong Huang, especialista em políticas de saúde pública do Conselho de Relações Externas, um ‘think tank’ com sede em Nova Iorque. “Muitas pessoas mais velhas pensaram: ‘não há vírus, por que devemos preocupar em vacinar-nos e correr o risco de sofrer os efeitos colaterais”, acrescentou. Huang considerou que a hesitação face às vacinas é ainda mais prevalente nas áreas rurais, que são as mais vulneráveis no caso de um surto descontrolado, devido à escassez de hospitais e médicos. A taxa de vacinação na China continental é melhor do que em Hong Kong, onde 69 por cento dos residentes com 80 anos ou mais não estavam vacinados no início de Fevereiro. Desde então, a variante Ómicron dilacerou a população idosa não vacinada, deixando o território com o maior número de mortes do mundo por milhão de habitantes. A China registou mais de 65.900 caos nas últimas semanas, forçando várias cidades a implementar bloqueios localizados. Estas medidas parecem ter protegido os mais vulneráveis: o país teve apenas duas mortes por covid-19 este mês, segundo estatísticas oficiais. “Até que os custos excedam os benefícios, o Governo [chinês] não tem escolha a não ser manter a política de ‘zero casos’”, frisou Huang.
Hoje Macau EventosÓscares | Will Smith pede desculpa, mas Academia analisa agressão A Academia de Cinema dos Estados Unidos condenou na segunda-feira a agressão do actor Will Smith ao humorista Chris Rock, na cerimónia dos Óscares, no domingo, e revelou que irá analisar o caso e tirar daí as consequências. “Iniciámos oficialmente uma análise sobre o incidente e iremos considerar possíveis acções e consequências, de acordo com os nossos regulamentos, padrões de conduta e segundo a lei da Califórnia”, afirmou a academia em comunicado citado pela imprensa norte-americana. O incidente aconteceu durante a cerimónia dos Óscares quando o humorista Chris Rock, que ia apresentar o Óscar de Melhor Documentário, iniciou a sua intervenção com um número de comédia, durante o qual comparou a mulher de Smith, a actriz Jada Pinkett-Smith – que não tem cabelo, por sofrer de uma doença auto-imune -, à tenente O’Neil, “GI Jane”, do filme de Ridley Scott. Will Smith levantou-se, subiu a palco deu uma bofetada em Chris Rock e regressou ao lugar, de onde continuou a gritar: “Mantém o nome da minha mulher fora da tua ‘fucking mouth'”. Ontem foi emitido um comunicado onde Will Smith pede desculpa a Chris Rock. “A violência, em todas as suas formas, é venenosa e destrutiva. O meu comportamento na passada noite dos Óscares foi inaceitável e indesculpável. Uma piada sobre a situação médica de Jada foi demasiado para eu aguentar e reagi de forma emocional. Gostaria de, publicamente, pedir-te desculpa, Chris”, pode ler-se.
Hoje Macau SociedadeIPIM | Abertas candidaturas à exposição de importação na China O Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau aceita, até ao dia 15 de Abril, candidaturas de empresas para a quinta edição da Exposição Internacional de Importação da China, que decorre em Xangai As empresas de Macau que estejam interessadas em expandir os seus negócios além-fronteiras podem candidatar-se, até ao dia 15 de Abril, para estarem presentes na quinta edição da Exposição Internacional de Importação da China, que decorre entre os dias 5 e 10 de Novembro em Xangai. As candidaturas devem ser feitas junto do Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau (IPIM), que pretende instalar dois pavilhões neste evento, na Zona de Exposição de Produtos Alimentares e Agrícolas e na Zona de Exposição do Comércio de Serviços. O objectivo da iniciativa é “ajudar, de forma contínua, as empresas locais a explorar as oportunidades de negócios”, nomeadamente na área da produção de alimentos e bebidas. Esperam-se ainda candidaturas de “agentes de produtos alimentares e bebidas dos países de língua portuguesa e fornecedores de serviços profissionais, como serviços jurídicos, contabilísticos, de tradução, entre outros, para os mercados dos países de língua portuguesa”. As empresas participantes devem ser pessoas colectivas registadas legalmente em Macau. Devem, ainda, ser empresas de produtos fabricados em Macau, ou ser agentes de produtos alimentares e bebidas dos países de língua portuguesa, ou fornecedores de serviços profissionais para os mercados dos países de língua portuguesa. 46 empresas participaram No ano passado, o IPIM levou 46 empresas de Macau à quarta edição da Exposição Internacional de Importação da China, que no total juntou mais de 2.900 empresas participantes provenientes dos 127 países e regiões. Foi também criada uma área de exposição com cerca de 366 mil metros quadrados, tendo sido exibidos 422 novos produtos, tecnologias e serviços, e que representaram um volume de negócios acumulado de 70,72 mil milhões de dólares americanos numa base anual. Um total de 281 corporações listadas em Fortune Global 500 e empresas líderes no sector participaram na edição anterior. A quarta edição do evento contou com seis zonas de exposição, tendo sido realizada, pela primeira vez, uma exposição online com mais de 58 milhões de visitas.
Hoje Macau Manchete PolíticaLusofonia | Observatório da China defende relações aprofundadas Foi no Centro Científico e Cultural de Macau que o presidente do Observatório da China, Rui Lourido, destacou a importância da China para o comércio mundial, e indicou que todos ganham quando reforçam as ligações com o gigante económico O presidente do Observatório da China defendeu ontem que os países de língua portuguesa devem aprofundar o seu relacionamento com a China, rejeitando a ideia de que Pequim deixe os países em que investe presos a dívidas. “Diz-se que a China tem a trapaça de deixar os países presos a dívida, (…) mas as importações de África foram, desde 2020, de 1,2 triliões, enquanto as exportações para África foram de 1,27, portanto valores equilibrados”, disse Rui Lourido, numa conferência sobre a China que decorre no Centro Científico e Cultural de Macau, em Lisboa. Em declarações à Lusa à margem da conferência, o historiador reiterou que “não há essa perspectiva de os países ficarem presos na armadilha da dívida, até porque a China perdoou a grande parte das dívidas acumuladas dos países, não só de língua portuguesa como de outros em África”. Na sua intervenção, o responsável começou por defender a necessidade de “desmistificar a campanha, a retórica anti-China que tem assoberbado” os ‘media’. “Desde a sua entrada na Organização Mundial do Comércio, a China contribui com cerca de 30 por cento do crescimento mundial e o mundo estaria em recessão, não fosse o actual desenvolvimento da China. Vimos que, na pandemia, a própria China sustentou que o mundo desenvolvido não entrasse em descalabro”, disse Lourido, para quem a presença chinesa no comércio mundial “beneficiou milhões de pessoas em todo o mundo, especialmente em países em desenvolvimento”, mas também no mundo desenvolvido. Grande parceiro Referindo-se a África, o historiador lembrou que a China é já o quarto investidor e um dos maiores parceiros comerciais do continente e o principal parceiro de países como África do Sul ou Angola. “O volume de comércio da China em África subiu cerca de 38 por cento nos primeiros três quartos de 2021. O investimento directo na indústria africana cresceu cerca de 10 por cento e o valor dos novos contratos assinados também aumentou cerca de 22 por cento”, exemplificou. Lourido sublinhou que Pequim “não se interessa só por tirar matérias-primas”, mas também pelo desenvolvimento dos países, investindo em “infra-estruturas essenciais ao desenvolvimento do futuro económico desses países”, como a ferrovia, a energia, as telecomunicações ou mesmo escolas e unidades de saúde. Além disso, os investimentos chineses criaram “mais de 4,5 milhões de empregos em África”, mas Pequim “não impõe a sua visão política (…) como fazem os Estados Unidos e a União Europeia”. O investigador defendeu que todos os países lusófonos têm relações privilegiadas com Pequim, lembrando que entre 2014 e 2021 todos fizeram acordos económicos significativos com a China, alguns deles, como Portugal, parcerias estratégicas. Para o responsável, os Estados lusófonos “devem aproveitar o desenvolvimento económico da China para a sua autonomia no contexto de África e, porque não, no contexto europeu”. Todos ganham Entre os países de língua portuguesa, o Brasil é actualmente o principal parceiro da China, imediatamente seguido por Angola, sendo que a balança comercial com estes dois países “é desvantajosa para a China”. O terceiro país lusófono nas relações com a China é Portugal, seguido de Moçambique e Timor-Leste e, depois Cabo Verde, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe, disse o investigador. Questionado sobre se os países lusófonos devem ter alguns cuidados nas suas relações económicas com a China, Rui Lourido lembrou que Pequim, nas suas relações internacionais, “tem a política do ganha-ganha, ou seja, ganho mútuo. Admitiu que países como Moçambique ou Angola devem ter preocupações com a sustentabilidade, no sentido de evitar a poluição e o desmatamento, mas sublinhou que isso ocorre com outros investidores também. “O capitalismo é igual em todos os países”, afirmou, alertando, no entanto, que os próprios países de língua portuguesa “são responsáveis e têm de exigir uma negociação, não só em pé de igualdade com a China, mas tendo em atenção ao comércio marginal que se aproveita disso”.
Hoje Macau China / ÁsiaLucro da Huawei aumenta 75,9% em 2021 para mais de 113 milhões de yuan A tecnológica chinesa Huawei revelou hoje que o seu lucro aumentou 75,9% no ano passado, para 113.700 milhões de yuans, face ao ano anterior. A empresa, que não está cotada em bolsa, adiantou ainda em comunicado que a faturação recuou 28,5% no ano passado, para 91.190 milhões de euros. A diretora financeira da empresa, Meng Wanzhou, afirmou na conferência virtual de apresentação dos resultados, na cidade de Shenzhen, no sul da China, onde a Huawei tem a sua sede, que, “apesar da faturação ter caído em 2021, a capacidade [da empresa] gerar lucros e gerar fluxo de caixa tem vindo a crescer”. E prosseguiu: “Agora podemos lidar com todas as incertezas que deveremos enfrentar”. No último trimestre de 2020, a Huawei saiu, pela primeira vez em seis anos, da lista das cinco maiores empresas globais que fabricam equipamentos móveis para redes de telecomunicações, nomeadamente ‘smartphones’.
Hoje Macau China / ÁsiaIdentificadas através de ADN as 132 vítimas mortais de acidente aéreo na China As 132 vítimas do acidente do voo da companhia aérea China Eastern que se despenhou há uma semana no sul da China foram identificadas através de amostras de ADN, disseram ontem as autoridades. O avião, um Boeing 737-800 que voava entre as cidades de Kunming e Cantão, despenhou-se na região de Guangxi no dia 21 de março, às 14:38 horas locais, matando todas as pessoas a bordo – 123 passageiros e nove membros da tripulação. Desde o acidente, 632 familiares dos falecidos puderam aceder ao local do acidente em grupos, e foram prestados cuidados psicológicos a quem deles precisou, de acordo com os meios de comunicação estatais. A violência do impacto e a inclinação da zona montanhosa onde o avião se despenhou dificultaram os trabalhos de busca, que até agora cobriram uma área superior a 40.000 metros quadrados, na qual foram encontrados restos mortais e partes do avião, incluindo as duas ‘caixas negras’ e um dos motores. A descoberta, entre quarta-feira e domingo, das duas ‘caixas negras’ do aparelho vai ajudar a determinar a causa do acidente do avião, que caiu verticalmente e desceu quase 8.000 metros em menos de três minutos, segundo o portal de rastreio de voos FlightRadar24. Embora a descodificação dos dados das caixas já tenha começado, os funcionários envolvidos na investigação disseram hoje que o conteúdo por si só é insuficiente para esclarecer o que aconteceu e que estão a recolher a maior quantidade possível de destroços do aparelho, assim como vídeos do momento do acidente. O avião, que estava em serviço há quase sete anos, tinha passado todas as verificações exigidas pelos regulamentos e o seu estado técnico era “normal e estável” durante a descolagem, de acordo com declarações de um representante da China Eastern, citadas pela imprensa local. O incidente de segunda-feira passada pôs fim a uma série de quase 12 anos sem acidentes aéreos graves na China, cujas autoridades anunciaram uma investigação de duas semanas “para garantir a segurança absoluta” nas operações do setor. Como dita a tradição chinesa, sete dias após um falecimento muitos cidadãos juntaram-se num dia de luto pelas vítimas do acidente no domingo, incluindo numa cerimónia com três minutos de silêncio no lugar onde decorrem as buscas. O Presidente chinês, Xi Jinping, também se juntou hoje ao luto pela queda do aparelho e prestou homenagem às vítimas.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Restrições apertam a quem chega do estrangeiro A partir desta semana, passageiros que cheguem à China vindos de vários países, nomeadamente os de língua portuguesa, têm de apresentar um teste negativo realizado nas 12 horas antes da partida A China anunciou que os passageiros que chegam de dezenas de países, incluindo de Portugal, Brasil, Angola, Moçambique e Cabo Verde, terão de apresentar um teste negativo ao novo coronavírus feito nas 12 horas antes da partida. A medida foi anunciada, durante o fim de semana, por dezenas de embaixadas chinesas em todo o mundo e entrou ontem em vigor no caso de viajantes vindos do Brasil ou de Moçambique. Até agora, os passageiros destes países chegados à China tinham de apresentar, à embaixada chinesa, dois testes negativos feitos nas 48 horas antes da partida, em dois laboratórios diferentes de entre as instituições referenciadas ou pelas autoridades locais de saúde ou pelas embaixadas chinesas. A nova regra vai também afectar passageiros com partida de Cabo Verde (a partir desta terça-feira), Portugal (quinta-feira) e Angola (sexta-feira). O teste feito nas 12 horas antes da partida deve ser apresentado ao pessoal da companhia aérea no momento do embarque. Nas redes sociais, tanto ocidentais como chinesas, a medida gerou sobretudo críticas, nomeadamente dos chineses a viver no estrangeiro, que disseram ser cada vez mais difícil regressar ao país. A única ligação aérea directa Portugal-China, entre Lisboa e Xi’an, foi suspensa desde 25 de Dezembro, numa altura em que aquela região enfrentava um grave surto de covid-19, que obrigou a confinamento total. A cidade chinesa retomou, entretanto, a normalidade. Em 23 de Janeiro repôs os voos domésticos, mas manteve as ligações internacionais suspensas. O voo para Lisboa tem sido cancelado, sistematicamente, semana após semana. Confinamentos gerais Milhões de habitantes em várias regiões da China estão sujeitos a confinamentos, nomeadamente na cidade industrial de Shenyang (nordeste), capital da província de Liaoning, que faz fronteira com Jilin, a mais afectada pela recente vaga da pandemia. Xangai, a maior cidade chinesa, com 25 milhões de habitantes, está desde ontem sujeita a um confinamento, dividido por sectores, para conter um surto de covid-19 ligado à variante Ómicron. A comissão nacional da saúde chinesa contabilizou ontem 1.275 novas infecções, incluindo 50 em Xangai e 1.086 em Jilin. Apesar de os números atuais da difusão do vírus serem muito baixos em comparação com outros países do mundo, são os mais altos na China desde as primeiras semanas da pandemia, que começou em Wuhan no final do ano de 2019. Por sectores Xangai, a maior cidade chinesa, com 25 milhões de habitantes, está sujeita a um confinamento por sector desde ontem para conter um surto de covid-19 ligado à variante Ómicron, anunciou domingo o governo local. A parte oriental da cidade será confinada por cinco dias para permitir a despistagem da sua população, seguindo-se a parte ocidental a partir de 1 de Abril e pelo mesmo período. A cidade tornou-se nos últimos dias o epicentro de uma nova vaga de infeções na China, que começou a acelerar no início de Março. Xangai evitou um confinamento total porque as autoridades consideram imperativo manter o funcionamento do porto e da praça financeira da cidade, a fim de preservar a economia nacional e mundial.