Hoje Macau PolíticaFitch Ratings | Governo aplaude manutenção de notação O Governo da RAEM emitiu um comunicado a destacar o facto de a agência de notação financeira ter mantido o grau de notação de crédito de longo prazo no nível AA, com perspectivas estáveis. Este é o terceiro nível mais alto da escala da agência de notação financeira. Segundo a comunicação do Governo, que cita o relatório, a manutenção desta classificação deveu-se “à situação altamente estável das finanças públicas e da balança de pagamentos da RAEM, bem como ao compromisso do Governo da RAEM em continuar a adoptar uma gestão financeira prudente, mesmo em períodos de ajustamento económico”. A agência terá ainda previsto que “o crescimento adicional do sector do turismo e dos investimentos não relacionados com o jogo, a que acrescem o alívio nas políticas de turismo para residentes do Interior da China e a optimização contínua das infra-estruturas turísticas” irão melhorar as perspectivas económicas do território. As notações de crédito são utilizadas como referência pelos mercados quando compram dívida dos Estados ou regiões. Quanto pior a notação, mais altos tendem a ser os juros pagos pelo endividamento. No caso de Macau, como não há emissão de dívida, uma vez que a reserva financeira é superior a 600 mil milhões de patacas, na prática, a notação acaba por ter pouca relevância.
Hoje Macau PolíticaSaúde | Assinado novo “Acordo-Quadro” na área do controlo alfandegário O Lam, secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, assinou, em nome do Governo, o novo “Acordo-Quadro de Monitorização Conjunta de Organismos Vectores entre a Alfândega de Gongbei e os Serviços de Saúde do Governo da RAEM” com as autoridades chinesas. Segundo um comunicado dos Serviços de Saúde, este novo acordo visa “promover o intercâmbio técnico e o aumento da capacidade de ambas as partes” na área da saúde pública e controlo de produtos alfandegários, garantindo “a saúde e segurança dos residentes e passageiros dos dois lados”. Pretende-se, com este acordo, criar um grupo de trabalho para a elaboração de directrizes técnicas, monitorização de dados sobre os produtos comercializados entre os dois lados, além de se promover a investigação científica entre Macau e a província de Guangdong. Pretende-se ainda “construir uma base de dados de organismos e recursos físicos, realizar conjuntamente projectos de ciência e tecnologia em laboratório e investigar temas científicos”. A ideia é “reforçar a cooperação no controlo sanitário nos postos fronteiriços e elevar a capacidade de contingência na área de saúde pública transfronteiriça”, é ainda referido na mesma nota.
Hoje Macau China / ÁsiaComércio | Pequim reitera que não cede à pressão dos EUA A China advertiu ontem que “não cederá a pressões” e acusou os Estados Unidos de utilizarem as taxas alfandegárias como instrumento político, no meio de uma escalada da guerra comercial entre as duas potências. “A China não tolera a hegemonia nem a intimidação. Se os EUA insistirem em tácticas de pressão máxima contra a China, escolheram o adversário errado”, disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Lin Jian, em conferência de imprensa. Os Estados Unidos puseram ontem em vigor taxas adicionais de 20 por cento sobre todos os bens oriundos da China. Pequim retaliou com taxas de até 15 por cento sobre produtos agroalimentares norte-americanos, incluindo soja, trigo e carne de vaca (ver texto secundário). Lin afirmou que “os Estados Unidos impõem taxas para desviar a atenção dos seus próprios problemas internos”. De acordo com o porta-voz, estas medidas “não resolverão os desafios dos EUA, mas prejudicarão a cooperação bilateral em sectores-chave, como a tecnologia”. Apesar da escalada das tensões, o porta-voz disse que Pequim continua empenhada no diálogo, mas sublinhou que este deve ser feito “com base na igualdade e no respeito e benefício mútuos”. “Se os EUA querem realmente resolver os seus problemas, devem encetar negociações sérias”, acrescentou.
Hoje Macau China / ÁsiaPequim mantém objectivo de colocar astronautas na Lua antes do final de 2030 O programa chinês de exploração lunar tripulada está a progredir e mantém o objectivo de colocar astronautas no satélite natural da Terra antes do final de 2030, disse ontem a Agência Espacial de Missões Tripuladas da China. Em comunicado, a agência afirmou que os principais componentes do projecto estão a progredir de acordo com o calendário previsto. Isto inclui o foguetão de carga pesada “Longa Marcha 10”, a nave espacial tripulada “Mengzhou”, o módulo de aterragem lunar “Lanyue”, o fato lunar “Wangyu” e o veículo espacial “Tansuo”. Todos se encontram na fase de desenvolvimento de protótipos preliminares, estando os trabalhos de conceção a decorrer de acordo com o calendário previsto, lê-se na mesma nota. Paralelamente, as autoridades iniciaram a construção de novas infra-estruturas no Centro de Lançamento Espacial de Wenchang, na província insular de Hainan, no sul do país. As instalações incluem sistemas de teste e de lançamento, bem como equipamento terrestre para o controlo da missão. Os planos de concepção já foram aprovados e os trabalhos estão prestes a começar, segundo o comunicado. O programa de exploração lunar tripulada da China prevê dois lançamentos do “Longa Marcha 10” a partir de Wenchang para colocar o módulo “Lanyue” e a nave espacial “Mengzhou” na órbita lunar. Uma vez posicionados, os dois elementos acoplar-se-ão no espaço. Dois astronautas serão então transferidos para o módulo lunar, que descerá à superfície lunar com uma aterragem assistida por motor. Durante a sua estadia na Lua, a tripulação utilizará a sonda “Tansuo” para realizar actividades científicas e recolher amostras. No final da missão, regressarão ao módulo “Lanyue”, que os levará de volta à nave espacial “Mengzhou” em órbita, após o que farão a viagem de regresso à Terra. Plano delineado As autoridades do programa espacial seleccionaram a sua quarta geração de astronautas, que já estão a treinar para as operações de aterragem e exploração lunar, segundo o comunicado. A missão Chang’e 7 deverá atingir o polo sul lunar em 2026, onde procurará depósitos de gelo de água, enquanto a Chang’e 8, em 2028, explorará possíveis utilizações para os recursos descobertos pela sua antecessora e lançará as bases para a exploração tripulada em 2030. A China investiu fortemente no seu programa espacial e conseguiu aterrar com sucesso a sonda Chang’e 4 no lado mais distante da Lua – a primeira vez que tal foi conseguido – e chegou a Marte pela primeira vez, tornando-se o terceiro país – depois dos Estados Unidos e da antiga União Soviética – a “atracar” um robô no planeta vermelho.
Hoje Macau China / ÁsiaChina | Impostas taxas adicionais de até 15% sobre principais produtos agrícolas dos EUA A China anunciou ontem a imposição de taxas alfandegárias adicionais de até 15 por cento sobre as importações dos principais produtos agrícolas dos Estados Unidos, incluindo frango, carne de porco, soja e carne de vaca. As taxas, que foram anunciadas pelo Ministério do Comércio, deverão entrar em vigor a partir de 10 de Março e seguem-se à ordem do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de aumentar as taxas sobre as importações de produtos chineses para 20 por cento em todos os sectores, desde ontem. As importações de frango, trigo, milho e algodão cultivados nos Estados Unidos enfrentarão uma taxa extra de 15 por cento, informou o ministério. As taxas sobre o sorgo, a soja, a carne de porco, a carne de vaca, os produtos do mar, as frutas, os legumes e os produtos lácteos serão aumentados em 10 por cento, acrescentou. Na passada sexta-feira, o Ministério do Comércio chinês expressou em comunicado a “firme oposição” aos planos dos EUA, acrescentando que a China afirmou “repetidamente” que “as taxas unilaterais violam as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC)” e “prejudicam o sistema comercial multilateral”. Troca de argumentos Trump comprometeu-se a impor uma taxa adicional de 10 por cento à China – já tinha anunciado 10 por cento anteriormente – com o argumento de que o país não fez esforços suficientes para combater a entrada de fentanil nos Estados Unidos. O ministério chinês do Comércio afirmou que “a China é um dos países com as políticas de controlo de drogas mais rigorosas e abrangentes do mundo” e que tem cooperado activamente nesta questão com todas as nações do mundo, “incluindo os Estados Unidos”. Trump fez depender as taxas de “progressos” na luta contra o tráfico de fentanil, anunciando também taxas de 25 por cento contra o México e o Canadá. “As drogas estão a vir do México e muitas delas estão a vir da China; não todas, mas muitas delas estão a vir da China”, disse. Na primeira presidência de Trump, o chefe de Estado norte-americano manteve uma relação tensa com Pequim, impondo várias rondas de taxas sobre bens oriundos da China, às quais o país asiático respondeu com taxas sobre as exportações dos EUA.
Hoje Macau China / ÁsiaChina | Orçamento militar é ‘prato forte’ da sessão anual do órgão legislativo máximo A Assembleia Popular Nacional arranca hoje, e decorre até 11 de Março, contando com a presença de 3.000 delegados. O reforço do orçamento da Defesa deverá ganhar um novo impulso este ano, face aos desenvolvimentos internacionais que cada vez mais promovem o clima de insegurança A China deve anunciar hoje o orçamento militar para 2025, na abertura da sessão anual do órgão máximo legislativo do país, numa altura em que os Estados Unidos propõem um acordo para redução das despesas com a Defesa. Os analistas consideram que o mais provável é que os gastos com as forças armadas continuem a aumentar, à semelhança do que tem acontecido nas últimas décadas. Pequim argumenta que os aumentos são “apropriados e razoáveis” e visam enfrentar “desafios complexos de segurança” e insiste que a sua modernização militar “não constitui uma ameaça para nenhum país”. Nos últimos anos, as despesas de Pequim com as suas forças armadas estabilizaram em taxas de crescimento anuais de cerca de 7,2 por cento do orçamento do Estado chinês. No ano passado, esse valor ascendeu a 1,67 biliões de yuan. Os analistas acreditam, no entanto, que a despesa real da China com a Defesa é significativamente mais elevada do que a anunciada no orçamento oficial. “Se se desviarem significativamente dessa taxa de crescimento de cerca de 7 por cento, seja acima ou abaixo dela, penso que isso será significativo”, escreveu Brian Hart, director-adjunto e membro do grupo de reflexão norte-americano Center for Strategic and International Studies (CSIS). “Também acho que será significativo se virmos os funcionários [chineses] abandonarem as afirmações de longa data de que as despesas com a Defesa estão ligadas ao crescimento do PIB. Não prevejo que eles mudem estas coisas, mas são certamente aspectos a ter em conta”, apontou. Músculo protector Além de possuir o maior exército permanente do mundo, a China tem a maior marinha e recentemente lançou o seu terceiro porta-aviões. O país possui uma enorme reserva de mísseis, caças, navios de guerra capazes de lançar armas nucleares, navios de superfície avançados e submarinos movidos a energia nuclear. Por outro lado, a China tem uma base militar em Djibuti, no Corno de África, e modernizou a base naval de Ream, no Camboja, que lhe oferece uma presença semipermanente no Golfo da Tailândia, de frente para o disputado mar do Sul da China. Sobre as declarações do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que propôs a realização de uma cimeira com o Presidente chinês, Xi Jinping, e o Presidente russo, Vladimir Putin, para negociar uma redução nos orçamentos de Defesa das três grandes potências, Pequim contrapôs que Washington deve assumir a iniciativa. “Uma vez que apela à ‘América primeiro’, Trump deve tomar a iniciativa de reduzir as despesas militares”, respondeu o porta-voz do ministério chinês dos Negócios Estrangeiros, Guo Jiakun, em conferência de imprensa. “A despesa limitada da China com a Defesa é inteiramente necessária para salvaguardar a soberania nacional, a segurança e os seus interesses de desenvolvimento, bem como para proteger a paz mundial”, apontou. A Assembleia Popular Nacional, cuja sessão anual decorre até 11 de Março, é composta por cerca de 3.000 delegados, entre os quais uma representação das Forças Armadas. Os delegados não são, porém, eleitos por sufrágio directo, e o “papel dirigente” do Partido Comunista Chinês é “um princípio cardial”.
Hoje Macau China / Ásia PolíticaBusan | Pyongyang condena visita de porta-aviões norte-americano A Coreia do Norte condenou ontem a visita a Busan, na Coreia do Sul, do porta-aviões nuclear norte-americano USS Carl Vinson, considerando a manobra uma “provocação política e militar”. “As manobras cruéis dos Estados Unidos para o confronto [com a Coreia do Norte] intensificaram-se em Março com o aparecimento do Carl Vinson na Península Coreana”, apontou Kim Yo Jong, irmã do líder Kim Jong Un, segundo a agência noticiosa oficial KCNA. “Desde a chegada do novo Governo este ano, os Estados Unidos aumentaram as provocações políticas e militares” contra a Coreia do Norte e “deram continuidade à política hostil do antigo Governo”, acrescentou Kim Yo Jong, uma das principais porta-vozes do regime uma das principais porta-vozes do regime. O USS Carl Vinson, navio-chefe de um grupo de ataque sediado em San Diego, na Califórnia, chegou a Busan no domingo para uma visita prevista para domingo, de acordo com a Marinha dos EUA. “A visita a Busan demonstra o compromisso dos Estados Unidos com a região, fortalecendo as relações com a liderança da República da Coreia e com a população local”, detalhou a força norte-americana, em comunicado. O porta-aviões deverá participar nos exercícios anuais conjuntos “Freedom Shield” com a Coreia do Sul dentro de alguns dias. A cooperação militar entre Seul e Washington é regularmente condenada por Pyongyang, que a considera destinada a invadir o seu território e frequentemente retalia com testes de mísseis. Kim Yo Jong criticou “a política hostil dos Estados Unidos”, que, segundo ela, constitui “justificação suficiente (para a Coreia do Norte) fortalecer indefinidamente a sua força de dissuasão nuclear”. A Coreia do Norte justifica o seu programa de armas nucleares pelas ameaças que diz enfrentar por parte dos Estados Unidos e dos seus aliados.
Hoje Macau China / ÁsiaJapão | Rejeitadas afirmações de Trump sobre moeda As ameaças de Trump de impor tarifas adicionais ao Japão levaram a um desmentido do governo nipónico sobre o enfraquecimento propositado do iene O Governo japonês rejeitou ontem as acusações feitas segunda-feira pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de que o Japão está a desvalorizar a sua moeda, afirmando que está em estreita comunicação com Washington sobre essas questões. “Não estamos a adoptar uma política para enfraquecer a nossa moeda. Se se lembrarem das nossas intervenções no mercado cambial nos últimos anos, compreenderão o que quero dizer”, afirmou o ministro das Finanças, Katsunobu Kato, numa conferência de imprensa após os comentários do Presidente norte-americano. O porta-voz do Governo japonês, Yoshimasa Hayashi, também negou que Tóquio esteja a seguir uma política de controlo cambial e disse que “as questões cambiais continuarão a ser objecto de consultas estreitas” entre Kato e o secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, como tem acontecido desde a cimeira entre Trump e o primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, em Washington, a 10 de Fevereiro. Os comentários do Governo japonês surgem horas depois de Trump ter ameaçado impor tarifas adicionais ao Japão e à China, alegando que estes países desvalorizam propositadamente as suas moedas para tirar partido dos benefícios comerciais que a desvalorização cambial oferece. “É injusto para nós”, os Estados Unidos, disse Trump, garantindo que a forma de enfrentar uma situação destas “é fácil, [é] com tarifas”. Reverso da moeda O Banco do Japão (BoJ) manteve uma política monetária de depreciação cambial durante mais de uma década para tentar manter a inflação em torno do seu objectivo estável de 2 por cento, provocando uma forte desvalorização do iene em relação a outras moedas, especialmente o dólar norte-americano e o euro. A desvalorização do iene contribuiu para inflacionar os lucros das empresas e o valor das exportações nacionais, além de ter alimentado o ‘boom’ do turismo. Nos últimos anos, porém, o Japão interveio várias vezes no mercado cambial para conter desvalorizações acentuadas do iene, reflectindo a divergência de políticas monetárias entre o Japão e os Estados Unidos. Desde que Kazuo Ueda se tornou governador do BoJ em 2023, o banco central japonês entrou num ciclo de subida das taxas, mas o iene continua fraco. Os comentários de Trump levaram a uma súbita valorização do iene em relação ao dólar, que nas horas anteriores tinha sido negociado na faixa alta de 148 unidades por dólar, antes de se recuperar para 149 unidades.
Hoje Macau China / ÁsiaFinlândia | MNE adverte EUA para risco de Rússia violar acordos na Ucrânia A ministra dos Negócios Estrangeiros finlandesa, Elina Valtonen, avisou ontem que os EUA serão julgados pelo que fizerem se a Rússia desrespeitar um acordo de paz negociado entre Washington e Moscovo para a guerra na Ucrânia. “A nossa mensagem aos nossos amigos na América é que a história nos julgará pelos desenvolvimentos após a assinatura do acordo, e não apenas pelo momento em que qualquer possível acordo está a ser assinado”, afirmou, a propósito da suspensão da ajuda militar dos Estados Unidos a Kiev. O Presidente norte-americano, Donald Trump, determinou na segunda-feira a suspensão do apoio militar à Ucrânia, que combate a invasão russa, na sequência da altercação durante a visita, na semana passada, do homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, à Casa Branca. Durante um evento no centro de estudos britânico Chatham House, em Londres, Valtonen criticou a estratégia da administração Trump de “apaziguar na prática a Rússia e exercer alguma pressão sobre a Ucrânia” para forçar negociações de paz. “Na minha opinião pessoal, deveria ser exactamente o contrário. Mas estou certo de que, e confio que o Presidente Trump e a sua equipa se aperceberão, a seu tempo, de que isto provavelmente não funciona”, advertiu. A chefe da diplomacia finlandesa lamentou que, “infelizmente, a experiência que temos na Europa é que, especialmente durante o regime de Putin, eles [russos] não estão dispostos a aceitar quaisquer compromissos”. Como exemplo, referiu a invasão russa da Geórgia em 2008, a anexação da Crimeia em 2014 e de território no leste da Ucrânia e o desrespeito pelos acordos de Minsk, que previam um cessar-fogo. “A Rússia partilha uma fronteira terrestre com 14 países. Apenas um deles se manteve constantemente como uma democracia independente durante a Segunda Guerra Mundial e a Guerra Fria, e esse país é a Finlândia. A história ensinou-nos que a Rússia só respeita a força e a determinação”, argumentou.
Hoje Macau China / ÁsiaChina | Relações com Europa não dependem de terceiros A China declarou ontem atribuir “grande importância” à relação com a Europa, destacando que esta “não é subjugada por terceiros”, numa referência velada aos Estados Unidos, face às incertezas suscitadas pelo regresso de Donald Trump à Casa Branca. “A China e a Europa são forças construtivas para a paz”, disse o porta-voz da Assembleia Popular Nacional (APN) da China, Lou Qinjian, em conferência de imprensa, antes de pedir a ambas as partes que “não permitam” que os seus laços “sejam afectados por acontecimentos temporários”. Defendendo que a China e a Europa podem ser “parceiros que contribuem para o sucesso um do outro” e que se “complementam em muitas áreas”, Lou Qinjian disse que as relações comerciais “não só impulsionam o crescimento económico de ambos, como também proporcionam estabilidade às cadeias de abastecimento industrial a nível mundial”. O porta-voz afirmou que o seu país “está pronto a trabalhar com a Europa” para “enfrentar conjuntamente os desafios globais”, “opor-se ao unilateralismo e ao proteccionismo” e “impulsionar os laços bilaterais numa boa direcção”. Na véspera da abertura da sessão anual da APN, o órgão máximo legislativo da China, Lou afirmou que as relações “estáveis e seguras” entre a China e a Europa “servem os interesses fundamentais e a longo prazo de ambas as partes” e satisfazem “as expectativas da comunidade internacional”. No bom caminho Nas últimas semanas, alguns analistas apontaram a possibilidade de maior aproximação entre a China e a Europa, face aos desentendimentos entre continente e os Estados Unidos, após o regresso de Trump à Casa Branca, embora persistam atritos comerciais significativos entre Bruxelas e Pequim, em torno de questões como os veículos eléctricos chineses, sobre os quais a União Europeia (UE) impôs taxas alfandegárias adicionais no ano passado. Na próxima semana, no encerramento da sessão plenária da APN, deve ser aprovada a primeira lei específica de apoio ao sector privado do país asiático, que visa aumentar a confiança das empresas e incentivar o investimento, com medidas como a proibição de multas excessivas ou a promessa de igualdade de condições face às empresas públicas no acesso ao mercado. Na segunda-feira, a Câmara de Comércio da União Europeia na China manifestou esperança de que Pequim aplique “plenamente” medidas para optimizar o ambiente empresarial e atrair o investimento estrangeiro durante o evento político.
Hoje Macau China / ÁsiaUcrânia | Pequim evita comentar a reunião Trump-Zelensky A China reafirmou ontem a sua posição sobre a guerra na Ucrânia e evitou comentar o tenso encontro entre o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, na Casa Branca, na passada sexta-feira. Questionado em conferência de imprensa sobre as declarações de Trump, que acusou Zelensky de arriscar a Terceira Guerra Mundial e de não estar pronto para a paz, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros do país asiático, Lin Jian, limitou-se a salientar que “a China vai continuar a desempenhar um papel construtivo na procura de uma solução política para a crise na Ucrânia”. Quando questionado novamente sobre a reunião em Washington, o porta-voz reiterou a mesma resposta e acrescentou que a China “não é nem o criador da crise na Ucrânia nem parte envolvida no conflito”. Pequim apoia “todos os esforços que visam uma resolução pacífica” e espera que as partes em conflito encontrem “uma solução sustentável e duradoura que responda às suas respectivas preocupações”, realçou. Desde o início da guerra na Ucrânia, a China manteve uma posição ambígua em relação ao conflito, apelando ao respeito pela “integridade territorial de todos os países”, incluindo a Ucrânia, e à atenção pelas “preocupações legítimas de todos os países”, numa referência à Rússia. Pequim opôs-se a sanções unilaterais contra Moscovo e apelou ao “desanuviamento e a uma solução política”. No entanto, o Ocidente acusou a China de apoiar a campanha militar da Rússia, algo que o país asiático sempre negou. A China tem enviado representantes diplomáticos para a região e apresentado iniciativas de paz, como o plano que elaborou com o Brasil, no ano passado, que não incluía a retirada das tropas russas e foi rejeitado por Kiev.
Hoje Macau China / ÁsiaEUA | Pequim adverte que vai retaliar aumento de taxas A China advertiu ontem que vai tomar “todas as medidas necessárias” para defender os seus interesses, em resposta às taxas alfandegárias que os Estados Unidos planeiam implementar a partir de hoje. “A China opõe-se firmemente à decisão dos Estados Unidos de impor mais taxas sob o pretexto de alegadas ameaças à sua segurança”, disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Lin Jian, em conferência de imprensa. “Tomaremos todas as medidas necessárias para proteger os nossos interesses legítimos”, acrescentou. O porta-voz acusou Washington de “politizar questões económicas e comerciais” e disse que “numa guerra comercial não há vencedores”. “As acções dos EUA minam a cooperação económica normal e prejudicam a sua própria economia e credibilidade internacional”, disse Lin. Pequim também avisou ontem que “tentar desacreditar e confrontar a China não trará qualquer benefício para as relações bilaterais” e instou os EUA a regressar ao “caminho correcto do diálogo e da cooperação com base no respeito mútuo”. “Uma mentira, por mais vezes que seja repetida, nunca se tornará verdade”, concluiu o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros. As tensões comerciais entre as duas potências voltaram a intensificar-se nos últimos dias, depois de o Presidente norte-americano, Donald Trump, ter anunciado um novo aumento de 10 por cento das taxas sobre produtos chineses, para além dos 10 por cento já aplicados recentemente.
Hoje Macau China / ÁsiaJapão | Maior incêndio em três décadas continua activo O maior incêndio florestal do Japão em três décadas já consumiu 2.100 hectares e mantém-se activo em Ofunato, província de Iwate, estendendo-se a uma floresta e arredores de bairros próximos da cidade de Sanriku. Perante a propagação do incêndio, a cidade emitiu novas ordens de evacuação às 07:00 locais de ontem, afectando 1.197 pessoas, que foram transferidas para 12 centros. “Estamos a trabalhar para extinguir [o fogo] o mais rapidamente possível, procurando ao mesmo tempo a segurança dos residentes”, afirmou ontem o porta-voz do Governo, Yoshimasa Hayashi, numa conferência de imprensa. A agência nacional japonesa de gestão de incêndios e catástrofes apelou este domingo aos bombeiros de todo o país para a união de esforços no combate ao fogo e, especialmente, no impedimento da “propagação do fogo na área dos residentes”, acrescentou Hayashi. Cerca de 1.700 bombeiros de 453 departamentos do arquipélago participam na operação, apoiando a força local no terreno e no ar, com helicópteros das Forças de Auto-Defesa. Desde o início do incêndio, na passada quarta-feira, foi confirmada, pelo menos, uma morte e o número de casas destruídas ascende a 84, mas as autoridades prevêem que os números aumentem quando for possível avaliar a verdadeira dimensão da catástrofe, uma vez que os esforços de combate ao fogo estão actualmente a ser priorizados. Más memórias A costa sul da província de Iwate, onde se situa a cidade de Sanriku, está em alerta de tempo seco desde 18 de Fevereiro, um fenómeno que favoreceu a propagação das chamas. O observatório meteorológico local previa a manutenção do tempo seco esta segunda-feira, embora as temperaturas tenham passado de quentes e primaveris, durante o fim de semana, para uma descida acentuada. O incêndio florestal, o maior no país desde há mais de três décadas, está a suscitar, entre os residentes, memórias do terramoto e do tsunami de 11 de Março de 2011, que devastaram a costa de Ofunato, fazendo mais de 500 mortos e desaparecidos, e destruindo um grande número de casas e edifícios. “É como se o tsunami viesse pela frente e o fogo por detrás”, descreveu um homem de 70 anos que viveu o terramoto de 2011, em declarações à estação pública de televisão NHK.
Hoje Macau EventosJovem timorense quer ser o melhor chef e expandir culinária do país O timorense Melquirudi da Cunha começou a cozinhar com a mãe e hoje tenta concretizar o sonho de ser o melhor chefe de cozinha de Timor-Leste e promover a gastronomia tradicional do seu país no mundo. O jovem, de 19 anos, estuda culinária no centro de formação da Agência de Desenvolvimento de Timor-Leste (ETDA), onde, disse à Lusa, “ganhou mais interesse e paixão pela gastronomia”. Foi através daquele centro de formação que Melqui, diminutivo pelo qual é conhecido, representou o país na competição internacional de jovem cozinheiro, que decorreu no início de Fevereiro na Índia, acompanhado do seu mentor, Marcelino Freitas. “Embora Timor-Leste não tenha alcançado uma classificação elevada, aprendemos muitas coisas. Como gerir melhor o tempo, utilizar ingredientes de forma adequada e a apresentar pratos corretamente”, explicou Melqui. “Aprendi também muito com a troca de experiências com chefes de outros países e destaquei os pratos tradicionais de Timor-Leste para promover os produtos do nosso país a nível internacional”, salientou o jovem. À Índia, Melqui levou um pudim de café de Timor-Leste, considerado um dos melhores do mundo, e “kulu bafa”, fruta pão cozinhada com óleo de coco, um prato tradicional do município de Baucau. “Ficaram impressionados com o sabor e o com o facto de nunca as terem experimentado antes”, disse. O jovem, que quer ser um dos “melhores chefes de cozinha de Timor-Leste”, pretende também promover a gastronomia do país e os seus pratos tradicionais como o “tukir”, cabrito cozinhado em tronco de bambu, e “saboko”, peixe picante. Problemas nutricionais Apesar de uma cozinha rica e nutritiva, dados do Programa Alimentar Mundial referem que 47 por cento das crianças no país com menos de 5 anos estão com o crescimento comprometido, 8,6 por cento sofrem de desnutrição aguda e 23 por cento das mulheres em idade reprodutiva (entre os 15 e 49 anos) têm anemia. Questionado sobre as razões para os timorenses não fazerem uma alimentação saudável, o mentor e chef de cozinha Marcelino Freitas disse que uma das razões é cada vez mais consumirem produtos importados, em vez dos locais. “Se olharmos para as condições e a situação de Timor-Leste vemos que o país está repleto de produtos locais. Falamos de má nutrição em Timor, mas consumimos, na maioria, alimentos importados de outros países, que muitas vezes contêm açúcar e gordura em excesso”, afirmou o cozinheiro e também formador ETDA. “Temos muitos alimentos saudáveis, mas ainda não sabemos utilizá-los correctamente. Por isso, daqui para a frente, é fundamental desenvolver um pensamento mais produtivo”, disse. Segundo Marcelino Freitas, os timorenses têm de comer mais batata-doce, mandioca, e inhame e outros alimentos tradicionais e também aprender a inovar e transformar a forma como se cozinham os alimentos. O formador sublinhou ainda que os produtos locais são ricos em proteínas de qualidade, essenciais para uma alimentação saudável. “O desafio agora é transformar esses alimentos para que sejam mais saudáveis e possam responder às necessidades individuais e comunitárias”, disse, apelando à valorização dos produtos locais para que as pessoas possam ter uma melhor condição física e uma saúde mais equilibrada.
Hoje Macau China / ÁsiaUE | Câmara de Comércio espera por medidas para atrair investimento A Câmara de Comércio da União Europeia na China disse ontem esperar que Pequim implemente “plenamente” medidas para optimizar o ambiente empresarial e atrair investimento estrangeiro, durante a sessão plenária do órgão máximo legislativo do país. A reunião anual da Assembleia Popular Nacional (APN), que tem início na quarta-feira, (ver páginas 2-3), deverá constituir “uma oportunidade” para os dirigentes chineses comunicarem às autoridades locais “expectativas claras sob a forma de orientações e prazos de execução” das suas políticas mais recentes para atrair investimento e capital estrangeiro, referem. “A Câmara espera que continue a ser dada ênfase à estabilização do investimento estrangeiro, em linha com os planos anunciados até à data”, afirmou. No final de Fevereiro, o Governo oficializou um plano para “estabilizar” o investimento estrangeiro em sectores como as telecomunicações, cuidados de saúde e educação, após ter actualizado a sua lista de áreas onde o investimento estrangeiro não é permitido, reduzindo o número de 31 para 29, e eliminando todas as restrições na indústria transformadora. A China prometeu igualmente autorizar a criação de hospitais de propriedade inteiramente estrangeira em certas cidades e regiões do país. Segundo a agência de notícias Bloomberg, a China registou um saldo negativo de investimento estrangeiro no ano passado: só em novembro, o investimento na China foi de 188,9 mil milhões de dólares, enquanto as saídas da China para outros países foram de 234,6 mil milhões de dólares, o que faz deste o maior défice mensal da série histórica. O grupo empresarial europeu considerou que a “plena implementação” das medidas destinadas a optimizar o ambiente empresarial continua a ser “a melhor forma de restaurar a confiança no mercado chinês”. O organismo disse esperar que a reunião se concentre em medidas que possam “estimular o consumo interno” e que, à semelhança de 2024, seja fixado um objectivo de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de cerca de 5 por cento para este ano.
Hoje Macau China / ÁsiaChina | Actividade industrial aumentou para um máximo de três meses em Fevereiro A actividade da indústria transformadora da China cresceu em Fevereiro ao ritmo mais forte dos últimos três meses, de acordo com uma análise privada com base em dados do sector divulgada ontem. O Índice de Gestores de Compras (PMI), compilado pela empresa britânica de informação económica IHS Markit e publicado pela revista chinesa Caixin, subiu 0,7 pontos, para 50,8 pontos, em Fevereiro. Quando se encontra acima dos 50 pontos, o PMI sugere uma expansão do sector, enquanto abaixo dessa barreira pressupõe uma contracção da actividade. O valor superou também as expectativas dos analistas, que esperavam uma recuperação mais modesta, para cerca de 50,3 pontos. Este fim de semana, o Gabinete Nacional de Estatística (GNE) divulgou o seu PMI oficial para Fevereiro, que também bateu a sua melhor leitura desde Novembro. Neste caso, passou de negativo em Janeiro (49,1) para o nível de expansão (50,2) no mês passado. Saldos a aproveitar Segundo Wang Zhe, economista da Caixin, a “poderosa recuperação” do consumo durante o período de férias do Ano Novo Lunar impulsionou a confiança no sector, embora assinale que a economia ainda enfrenta problemas, como a incerteza no mercado de trabalho ou nos rendimentos das famílias, que dificultam os esforços para impulsionar a procura interna. Antes da abertura, esta semana, da sessão anual do órgão máximo legislativo da China, a Assembleia Popular Nacional, Wang apelou para que as medidas de apoio se centrem nas expectativas do mercado e nas preocupações da sociedade, dando prioridade às iniciativas do lado da procura. Zichun Huang, analista da consultora britânica Capital Economics, destacou a melhoria tanto da produção como das novas encomendas em Fevereiro, referindo também uma maior procura por parte do estrangeiro. Neste último caso, o analista afirmou que a procura externa de produtos chineses é provavelmente impulsionada pelos importadores norte-americanos, que estão a acelerar as suas compras antes da entrada em vigor das taxas adicionais anunciadas pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e na expectativa de que sejam aplicadas novas taxas mais tarde.
Hoje Macau China / ÁsiaHK / Bolsa | Acções da Mixue estreiam-se com valorização de 40% A maior cadeia de produtos alimentares e bebidas do mundo, a chinesa Mixue, estreou-se ontem na Bolsa de Valores de Hong Kong com ganhos de até 40 por cento, após uma oferta de acções quase recorde. As acções abriram com um aumento de 29,4 por cento, em relação ao preço de pré-abertura, de 202,5 dólares de Hong Kong e, a meio da sessão, estavam a subir 40,05 por cento. Esta situação contrasta com a tendência de outras empresas rivais locais que também abriram o capital no ano passado e que, após o entusiasmo inicial, registaram fortes quedas, face à intensa concorrência no sector. A Mixue afirmou na passada sexta-feira que a procura das suas acções foi 5.258 vezes superior ao número de acções oferecidas, o que a torna uma das operações de oferta pública inicial (OPI) mais bem-sucedidas na história da bolsa de valores da antiga colónia britânica. A empresa sediada em Zhengzhou, centro da China, angariou 3,455 mil milhões de dólares de Hong Kong com a OPI. A Mixue, que se concentra especialmente nos populares “bubble teas” (chá com leite e bolas de tapioca), cones de gelado ou refrigerantes, tinha mais de 46.000 lojas em todo o mundo no final de 2024, mais do dobro do número no final de 2021, o que atesta a sua rápida expansão, graças ao modelo de produtos baratos. Estes números ultrapassam nomes globais mais conhecidos, como a McDonald’s e a Starbucks, que são os únicos a ultrapassar a marca das 40.000 lojas em todo o mundo. Competição dura O salto da Mixue do quarto para o primeiro lugar da tabela ocorreu no final do terceiro trimestre de 2024, segundo a consultora Momentum Works, de Singapura, que recorda que a grande maioria dos pontos de venda se situa na China, com apenas cerca de 4.800 espalhados por países da região, como Vietname, Malásia e Tailândia. No entanto, a cadeia chinesa continua a ser a quarta maior do mundo em termos de vendas no sector global de bebidas: os 6,59 mil milhões de dólares que vendeu em 2023 colocam-na atrás da Starbucks, da Inspire Brands – proprietária da Dunkin’ Donuts e da Baskin-Robbins – e da Tim Hortons. A Mixue concentra-se em bebidas de baixo custo, mantendo os preços dos produtos geralmente abaixo dos 10 yuan, um segmento em que espera um crescimento anual composto de 17,6 por cento, até 2028, altura em que este mercado atingirá o equivalente a cerca de 160 mil milhões de dólares.
Hoje Macau SociedadeBanca | Aumentam depósitos em Janeiro Em Janeiro, os depósitos dos residentes nos bancos locais subiram ligeiramente para 763,5 mil milhões de patacas, face a Dezembro, de acordo com a informação divulgada pela Autoridade Monetária de Macau (AMCM). Ao mesmo tempo, os depósitos dos não residentes cresceram 5,4 por cento, tendo atingido 314,4 mil milhões de patacas, face ao mês anterior. No mesmo período, o total dos depósitos da actividade bancária registou um crescimento de 1,4 por cento, quando comparado com o mês anterior, tendo chegado a 1.290,3 mil milhões de patacas. A maior parte dos depósitos estavam em dólares de Hong Kong, com uma proporção de 46,2 por cento, seguindo-se os depósitos em dólares americanos, com uma proporção de 24,5 por cento, e a pataca, com 20 por cento. Os depósitos em renminbis representavam 7,5 por cento do total. Também em Janeiro, os empréstimos internos ao sector privado decresceram 0,5 por cento em comparação com o mês anterior, para 513,8 mil milhões de patacas. Por outro lado, os empréstimos ao exterior cresceram 0,3 por cento, para 499,3 mil milhões de patacas.
Hoje Macau SociedadeMetro Ligeiro | Segundo mês de maior utilização O Metro Ligeiro transportou uma média diária de 27.100 passageiros em Fevereiro, que coincidiu com parte dos dias dos feriados do Ano Novo Lunar. No total, foram transportados cerca de 758,8 mil passageiros. Os números foram divulgados ontem no portal da empresa. Em comparação com o mês anterior, registou-se um aumento diário de 1.800 passageiros, dado que em Janeiro a média por dia tinha sido de 25.300 passageiros. Estes números representam o segundo mês com maior utilização do metro desde a abertura. Até agora, a maior média de utilização aconteceu em Dezembro de 2019, quando viajaram em média 33 mil pessoas por dia neste meio de transporte. Todavia, nesse mês, o primeiro de funcionamento, as viagens eram gratuitas, e apenas era possível circular na Taipa. Actualmente, a rede do metro permite viajar para a Barra, Ilha da Montanha e Seac Pai Van.
Hoje Macau SociedadeÓbito | Faleceu empresário Jorge Ferro Ribeiro Jorge Ferro Ribeiro, presidente do conselho de administração da empresa de investimentos Geocapital e histórico parceiro de Stanley Ho, morreu no sábado, na Herdade em Montargil, de acordo com a informação do Jornal Económico. Segundo a publicação o investidor e representante dos interesses de Stanley Ho em Portugal, Jorge Ferro Ribeiro foi presidente da empresa Construções Técnicas, que também operava em Macau, e da Interfina, grupo com diversos negócios, entre os quais de consultoria e gestão. A Geocapital é uma empresa resultante de uma parceria entre os herdeiros de Stanley Ho e o empresário Jorge Ferro Ribeiro. Em 2005, esteve envolvida na compra pela TAP da entretanto rebatizada de TAP Engenharia e Manutenção, mas que na altura se chamava VEM. A Geocapital apresentava Macau e os seus investidores a empresas de outros países, e tentava também aproximar as várias empresas desses países, utilizando as suas ligações. Recorda também o Jornal Económica, que no início dos anos 90, Stanley Ho e Ferro Ribeiro estabeleceram um consórcio com três gigantes das telecomunicações, de França, Alemanha e Hong Kong, e tentaram obter uma das primeiras licenças para operar uma rede de telemóveis em Portugal. No entanto, na altura, perderam para a TMN, que obteve a primeira licença, e para a Telecel, que garantiu a segunda.
Hoje Macau PolíticaDrenagens | Ron Lam pede unificação da legislação O deputado Ron Lam defendeu a unificação da legislação sobre a drenagem de água no território, de acordo com o jornal Ou Mun. Segundo a publicação em língua chinesa, o deputado considera premente a unificação das noras de drenagem. O regulamento de águas e de drenagem de águas residuais de Macau está em vigor há mais de 40 anos. Ron Lam justificou a posição com a necessidade de serem adoptados padrões mais exigentes no que diz respeito à drenagem das estações de tratamento de águas residuais, devido às queixas dos moradores de Coloane sobre os odores emitidos pela unidade em funcionamento na vila. Para o deputado, a falta da unificação das normas de drenagem e o conteúdo desactualizado do regulamento de águas e de drenagem de águas residuais fazem com que as exigências legais não respondam às necessidades de protecção ambiental de uma sociedade moderna. Além disso, Ron Lam apontou que mais de metade de águas residuais é drenada pelas estações de tratamento de águas residuais em Macau sem receber um tratamento secundário. Esta opção significa que antes de ser devolvida ao mar, a água passa pelo tratamento de separação de escória. O deputado alertou que o tratamento não pode depender só da diluição para reduzir o impacto da poluição, porque a prática prejudica o ambiente.
Hoje Macau PolíticaCheque pecuniário | Chui Sai Peng pede cuidado com mudanças O deputado Chui Sai Peng alertou para os impactos da mudança do programa de comparticipação pecuniária, conhecido por cheque pecuniário que é distribuído aos residentes. Em declarações à TDM, Chui explicou que qualquer mudança tem de ser bem explicada e resultar “numa boa decisão”. “Os velhos hábitos são difíceis de alterar, mas as mudanças poderão acontecer. É preciso dar e tirar. É preciso fazer concessões para fazer uma escolha que beneficie a maioria das pessoas, mas também é preciso persuadir as pessoas que a acção irá produzir resultados”, afirmou. “Temos de ter um bom Governo, que não só consiga tomar uma boa decisão, mas também dar boas explicações. Estas duas coisas têm de estar de mãos dadas, seja qual for o resultado”, acrescentou. Na semana passada, Sam Hou Fai admitiu a hipótese de deixar de distribuir os cheques de 10 mil patacas para residentes permanentes e 6 mil patacas para não-permanentes a pessoas sem ligação ao território.
Hoje Macau PolíticaComunicação | Ng Kuok Cheong destaca cautela de Sam Hou Fai O ex-deputado Ng Kuok Cheong considerou que a falta de interacção directa entre o Chefe do Executivo e os órgãos de comunicação social se deve a receios do governante de proferir afirmações que firam susceptibilidades das autoridades centrais. Foi desta forma que Ng tentou explicar o facto de em dois meses de governação, Sam Hou Fai apenas ter respondido numa única ocasião a perguntas dos órgãos de comunicação social. Em declarações ao jornal All About Macau, Ng indicou que existe muita pressão para que os governantes locais “contem a história de Macau bem”. Por isso, considerou que Sam Hou Fai prefere falar pouco, mesmo correndo o risco da sua imagem sofrer danos junto da população de Macau, a prestar declarações que lhe criem problemas com o Governo Central. “Ao reduzir o número de intervenções em público, consegue minimizar as hipóteses de ter problemas, porque actualmente em tudo o que diz tem de seguir as instruções das autoridades centrais”, afirmou o ex-deputado. Ng explicou igualmente que o Executivo tem uma postura muito mais cautelosa de comunicação face aos anteriores, e que apenas se pronuncia sobre os assuntos da governação quando sente que pode “contar a história de Macau bem”. Por outro lado, Ng Kuok Cheong defendeu que a principal agenda de Sam Hou Fai passa por manter um sistema de governação de elite, em que um conjunto de indivíduos tomam todas as decisões. Contudo, ao mesmo tempo, prevês que haja um esforço para passar uma imagem de abertura perante as opiniões da população, mesmo que estas não sejam adoptadas. Em relação à elite de Macau, Ng indicou que com base nas reuniões com certas associações nos primeiros meses de Governação, Sam Hou Fai mostrou um esforço para aumentar a confiança da elite local no modelo de governação das autoridades centrais.
Hoje Macau PolíticaDemografia | Natalidade é uma “responsabilidade social” O Chefe do Executivo considerou que o aumento da natalidade é “uma responsabilidade social”, em declarações prestadas numa altura em que o Governo pretende que os residentes tenham mais filhos. “O subsídio de nascimento é atribuído a cada um dos progenitores, que recebem mais de 10 mil patacas. Não existem outros subsídios relacionados com a assistência à infância, pelo que iremos considerar outras formas de incentivar a natalidade”, afirmou o líder do Governo, citado pelo Canal Macau da TDM. “Se a situação financeira o permitir, o Governo pode dar um sinal à comunidade, apoiando pais jovens a ter mais filhos, mas também consideramos que isso é uma responsabilidade social”, acrescentou.