Hoje Macau PolíticaLicença de maternidade | Abertas candidaturas para subsídios A Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL) anunciou ontem que abrem hoje as candidaturas para o “Plano do subsídio complementar atribuído aos empregadores pela remuneração paga na licença de maternidade”. A DSAL voltou a justificar a atribuição do subsídio com a necessidade de os empregadores se adaptarem “gradualmente ao aumento do número de dias de licença de maternidade”. Recorde-se que o subsídio complementar à remuneração paga na licença de maternidade começou a ser atribuído em 2020, quando o Governo aumentou a licença de maternidade de 56 dias para 70 dias. Na passada sexta-feira, o Executivo anunciou que o apoio aos patrões será prologando até ao fim de 2025. Após pagarem os 70 dias de remuneração na licença de maternidade às trabalhadoras residentes, os empregadores têm 150 dias a contar da data do parto para requer à DSAL a atribuição do subsídio que cobre os 14 dias acrescentados à licença de maternidade em meados de 2020. Para poderem receber o subsídio, os empregadores não podem ter dívidas aos cofres da RAEM, e não podem ser empresas de capitais públicos ou com mais de 100 trabalhadores. As trabalhadoras em licença de maternidade têm de ser residentes da RAEM.
Hoje Macau China / ÁsiaChina condena venda de mísseis dos Estados Unidos a Taiwan A China condenou a venda a Taiwan de sistemas de mísseis norte-americanos, denunciando uma acção que “prejudica seriamente as relações” com os Estados Unidos e “põe em perigo a paz” na região. A venda de sistemas de mísseis terra-ar a Taiwan “viola seriamente a soberania e os interesses de segurança da China, prejudica seriamente as relações sino-americanas e põe em perigo a paz e a estabilidade” no estreito, afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, num comunicado divulgado no sábado à noite. Pequim poderá tomar “todas as medidas necessárias para defender firmemente a soberania nacional, a segurança e a integridade territorial”. O negócio de 1,16 mil milhões de dólares, aprovado por Washington na sexta-feira e que ainda tem de ser aprovado pelo Congresso, inclui vários sistemas antiaéreos e 123 mísseis, de acordo com a agência norte-americana responsável pelas vendas militares ao estrangeiro. Outra venda anunciada na sexta-feira, envolve sistemas de radar no valor total de 828 milhões de dólares. O equipamento será retirado diretamente dos ‘stocks’ da Força Aérea dos EUA. Taiwan expressou, no sábado, “sincera gratidão” pela venda, que ajudará o exército a “continuar a melhorar a capacidade de defesa e a manter conjuntamente a paz e a estabilidade no estreito”. Os Estados Unidos não reconhecem Taiwan como um Estado e consideram a República Popular da China como o único governo legítimo, mas fornecem a Taipé uma ajuda militar substancial. Paz tremida Pequim opõe-se regularmente ao apoio dos EUA a Taiwan e acusa Washington de se intrometer em assuntos que são do interesse da China. As relações entre Pequim e Taipé têm-se deteriorado desde 2016, altura em que Tsai Ing-wen se tornou líder de Taiwan. William Lai, que era vice-líder na administração de Tsai, e que posteriormente assumiu a liderança do país manteve a posição de defesa da soberania do território. A China acusou ambos de procurarem aprofundar o fosso entre a ilha e o continente. Em resposta, Pequim intensificou a pressão diplomática e a actividade militar em torno do território.
Hoje Macau EventosTeatro | Novo projecto de Tiago Rodrigues estreia em Lisboa O dramaturgo e encenador Tiago Rodrigues regressa, em Fevereiro de 2025, à Culturgest, em Lisboa, para a estreia portuguesa da sua mais recente criação, “No Yogurt for the Dead”. O novo espectáculo do director artístico do Festival d’Avignon vai estar em cena no auditório Rui Vilar, na Culturgest, de 19 a 23 de Fevereiro, cerca de um mês após a apresentação de “Hécuba, não Hécuba”, estreada em Julho no festival francês, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa. “No Yogurt for the Dead” seguirá depois para o Theatro Circo, em Braga. Este novo projecto teatral assinala o regresso de Tiago Rodrigues a esta sala de Lisboa depois de, em Abril deste ano, aí ter estreado a peça “Na medida do impossível”, concebida a partir de testemunhos de voluntários da Cruz Vermelha e dos Médicos sem Fronteiras, em campos de refugiados e zonas de conflito. A peça inspira-se em acontecimentos das últimas semanas de vida do pai de Tiago Rodrigues, o jornalista Rogério Rodrigues (1947-2019), que fez parte das redacções do vespertino Diário de Lisboa, do semanário O Jornal e do diário Público, além de ter dirigido o semanário Grand’Amadora e ter sido director-adjunto d’A Capital. Quando se encontrava internado, Rogério Rodrigues relatava ao filho as conversas que mantinha com Teresa, uma voluntária do hospital. Um dia, pediu a Tiago Rodrigues um caderno e uma caneta, “para escrever um livro” sobre esse período de internamento e doença. Segundo a apresentação da peça, “tinha até um título: ‘No Yogurt for the Dead’”, pois Rogério Rodrigues, que sempre detestara iogurte, mudara de opinião, desde que este passara a fazer parte da sua dieta. Após a morte do pai, Tiago abriu o caderno onde encontrou apenas “algumas linhas e manchas”, apenas rabiscos – a mão do pai devia estar demasiado fraca. “Mais tarde, Teresa contou a Tiago que o pai falava constantemente do livro, querendo combinar nele a experiência de estar hospitalizado com memórias da sua vida, em particular do seu trabalho como jornalista”. Tiago Rodrigues decidiu então escrever “No Yogurt for the Dead”, sobre uma voluntária que “ouve as histórias de um homem prestes a morrer, e sobre o livro que ele nunca chegou a escrever”. Périplo na Ásia Actor, encenador e dramaturgo, Tiago Rodrigues foi director artístico do Teatro Nacional D. Maria II, de Julho de 2014 a Dezembro de 2021 e dirige o Festival d’Avignon, em França, desde Setembro de 2022. Outras sete peças de Tiago Rodrigues garantem uma digressão internacional do seu teatro, ao longo da temporada de 2024-25: “By Heart”, “Catarina e a beleza de matar fascistas”, “Coro dos amantes”, “Entrelinhas”, “Hécuba, não Hécuba”, “Na medida do impossível” e a sua abordagem de “O Cerejal”. “By Heart”, depois da etapa sul-coreana, no passado fim de semana, viajará para palcos de França e Suíça, em Fevereiro e Março. “Catarina e a beleza de matar fascistas” estará em Nova Iorque, em Novembro, e em Nicósia, Chipre, em Dezembro deste ano. Em Janeiro regressará a França, para representações em diferentes palcos, estendendo-se ainda a teatros de Lugano e Lausanne, na Suíça. O “Coro dos Amantes” mantém a digressão por França e Suíça, pelo menos até Maio de 2025. “Na medida do impossível”, estreada em 2022, irá à Ilha da Reunião, em Novembro, e a Shizuoka, no Japão, em Abril do próximo ano. Ao longo desse mês, “O Cerejal” estará na China, primeiro em Macau, seguindo-se Xangai, Nanquim – Jiangsu e, por fim, Pequim, numa digressão a cumprir de 4 a 27 de Abril de 2025, segundo as datas anunciadas.
Hoje Macau EventosArte | Eric Fok, um dos artistas da nova geração, mudou-se para Portugal Vendas Novas, pequena cidade no Alentejo, é agora a casa de Eric Fok, um dos mais reputados artistas da nova geração em Macau. Diz ter deixado “de saber sorrir” na sua terra, Macau, e continua a explorar a sua veia artística em mapas trabalhados que contam histórias de uma terra multicultural Mudou-se para Portugal de olhos postos em lugares distantes e numa altura em que em Macau “se deixou de saber sorrir”. Nos mapas que reinventa, Eric Fok também conta histórias tristes, “para que mais pessoas se preocupem”. Eric Fok até admite ter um fraquinho pelo norte português, mas Vendas Novas, no Alentejo, ficou em primeiro lugar entre as áreas permitidas pela política portuguesa do visto ‘gold’. Aí, comprou uma moradia e mudou-se com a mulher em Junho deste ano. A Lusa encontra-se com o artista num regresso a Macau. Do estúdio improvisado onde trabalha por estes dias, no centro da cidade, Fok aponta na direcção da varanda: logo ali, a poucos metros, está um outro edifício, com as tradicionais gaiolas metálicas fixas nas janelas, a esconder estendais de roupa e a bloquear a luz de fim de tarde. Não foi só a ideia de ter mais espaço e uma vida sossegada, com manhãs passadas no jardim e uma chávena de café na mão, que levou o artista a trocar Macau – com cerca de 33 quilómetros quadrados de área e uma das cidades com maior densidade populacional do mundo – por Vendas Novas, uma cidade de pequena dimensão na região alentejana, a cerca de 1h30 de Lisboa. Aos 34 anos, quando Eric Fok quis partir, Portugal fazia todo o sentido, por razões históricas e de trabalho, pelo “sentimento de proximidade”. E outros países europeus não conhecem esta pequena região do sul da China, assume. “Espero também que os meus trabalhos cheguem a outros lugares, como a Europa, sejam conhecidos por mais pessoas e se aproximem do âmbito da minha criação”, diz. Fok, formado em Artes Visuais pelo então Instituto Politécnico de Macau (hoje Universidade Politécnica de Macau) e com mestrado em Belas Artes concluído na Universidade Nacional de Taiwan, é uma espécie de artista-cartógrafo. Foi ainda enquanto percorria os corredores do ensino superior, e já na era dos telemóveis inteligentes e das imagens de satélite, que o artista começou a reinterpretar a antiquíssima arte de traçar mapas. Neles, alia tempos diferentes, coloca caravelas e navios de cruzeiro a navegar as mesmas águas e fá-lo num trabalho de extremo detalhe, com caneta técnica preta e uma tela sépia, cor que se aproxima da de antigos documentos e que obtém ao juntar tinta acrílica e chá. Mudanças na transição O início da carreira de Fok apanhou Macau entre “mudanças velozes”, após a transição do território para a China e a liberalização do sector do jogo, que contribuíram para o rápido crescimento da economia local. Fok pegou nessa nova cidade e explorou-a. Num dos quadros, pintado há cerca de dez anos, abordou a construção da primeira linha de metro do território, “com constantes atrasos e derrapagens”. Passou para o papel “as fundações do metro, como se de antigas ruínas greco-romanas se tratassem”. Depois, este ávido consumidor de História quis saber de outros mundos. Seguiu-se a “era das descobertas geográficas, incluindo a globalização, bem como o colonialismo, e nos tempos modernos, os efeitos da Guerra Fria, as ondas de imigração”, recorda. “O meu estudo centrou-se no início numa pequena cidade, depois estendeu-se lentamente a outras cidades, às relações sociais e internacionais”, nota o artista, que também diversificou os materiais de trabalho, usando, entre outros, madeiras, mobílias antigas e azulejos portugueses. Mais recentemente, traçou guerras no mapa, motivado pelos conflitos actuais e imagens de crianças deslocadas. “As histórias de pessoas mais vulneráveis, as histórias tristes são necessárias, para que mais pessoas se preocupem”, defende. No entanto, diz que, recentemente, tem sentido por parte do público de Macau falta de entusiasmo pelo trabalho que faz, onde “parece não haver espaço para discussão”. “Deixou de se saber sorrir (…) E porque é que não gosto de falar muito [sobre os temas que desenvolvo]? Porque a sociedade não quer saber a verdade, não quer tocar na verdade”, constata, reflectindo também que, após um início de carreira com muito trabalho, está a passar por uma fase “com menos inspiração em termos de criação”. Questionado sobre se o ambiente político está a influenciar o trabalho que desenvolve, Eric Fok diz que “o impacto é enorme”. Eric Fok conta com perto de 20 exposições individuais, várias dezenas de participações em mostras colectivas, além de ter assinado obras em diversas colecções, em Macau, incluindo em dois hotéis-casinos, Hong Kong e Portugal (Museu do Oriente), e em colecções privadas um pouco por todo o mundo. Uma das últimas exposições com trabalhos do artista pode ser vista em Lisboa na UCCLA – União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa. Chama-se “Ensemble” e conta também com trabalhos de James Chu e Kit Lee.
Hoje Macau China / ÁsiaFronteira | Pequim confirma progressos para reduzir tensão com Índia A China confirmou na sexta-feira que as tropas indianas e chinesas já começaram a aplicar “a solução acordada” entre Pequim e Nova Deli sobre questões fronteiriças, visando reduzir a tensão nas zonas em disputa. O porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Lin Jian, disse em conferência de imprensa que o “trabalho relevante”, levado a cabo pelas “tropas da linha da frente de ambos os lados”, está a decorrer “sem problemas”, mas não deu mais detalhes. De acordo com a agência Bloomberg, que cita funcionários indianos, o processo de desanuviamento incluiria a retirada das tropas dos seus locais actuais e o desmantelamento de alguns edifícios temporários construídos nos últimos anos por ambas as partes nas áreas disputadas. Em algumas áreas nem os soldados chineses nem os indianos vão ser autorizados a patrulhar, com o objectivo de evitar confrontos. Na semana passada, o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, e o Presidente chinês, Xi Jinping, confirmaram ter chegado a um acordo sobre o desanuviamento militar nas zonas fronteiriças disputadas, a aplicar nos próximos meses. “Congratulamo-nos com o consenso alcançado sobre as questões que surgiram ao longo dos últimos quatro anos na fronteira”, disse Modi, durante a reunião, realizada na cidade russa de Kazan, à margem da cimeira dos BRICS. Xi apelou à China e à Índia para “resolverem os seus conflitos e diferenças”, no primeiro encontro formal entre os dois líderes em quase cinco anos. A reunião marcou um avanço significativo nas relações entre as potências asiáticas após um confronto mortal entre as suas tropas, em 2020, quando um destacamento militar ilegal chinês provocou uma resposta indiana que degenerou num confronto fronteiriço em Ladakh em que 20 soldados indianos foram mortos e 76 outros ficaram feridos.
Hoje Macau China / ÁsiaAPN | Órgão legislativo reúne-se entre 4 e 8 de Novembro O órgão máximo legislativo da China vai reunir-se entre os dias 4 e 8 de Novembro para abordar os desafios que a segunda maior economia do mundo enfrenta, incluindo uma crise no imobiliário e fraca procura interna. A data foi anunciada na reunião de sexta-feira, presidida por Zhao Leji, presidente do Comité Permanente da Assembleia Popular Nacional (APN). A próxima reunião do Comité Permanente ocorre numa altura em que será eleito um novo presidente dos Estados Unidos, a 5 de Novembro, o que pode constituir novo teste para o comércio externo, desenvolvimento tecnológico e economia da China. Esperava-se que a reunião se realizasse no final deste mês. O anúncio da data de encerramento, 8 de Novembro, após as eleições nos EUA, sugere que os responsáveis políticos chineses planeiam atenuar o impacto de eventuais surpresas geopolíticas. Os investidores e analistas vão estar atentos a novas informações sobre os planos de estímulo económico da China, depois de várias medidas anunciadas pelo banco central chinês, para promover uma recuperação no imobiliário e nos mercados bolsistas. A ordem de trabalhos inclui uma discussão sobre o trabalho financeiro do país, a gestão dos activos do Estado e a análise de algumas revisões legislativas. Até ao momento, não foram mencionados no comunicado oficial quaisquer projectos de lei relacionados com o ministério das Finanças ou com os planos orçamentais.
Hoje Macau China / ÁsiaTim Cook promete aumentar investimento da Apple em Pequim O presidente executivo da Apple, Tim Cook, prometeu na sexta-feira aumentar o investimento do grupo norte-americano na China, durante um encontro com o ministro do Comércio chinês, Wang Wentao, em Pequim. “A Apple considera a China um mercado importante e um parceiro fundamental na sua cadeia de fornecimento, e vai continuar a aumentar o investimento na China na investigação e desenvolvimento e noutras áreas”, disse Cook, de acordo com um comunicado do Ministério do Comércio. “A Apple vai continuar a ser uma ponte para promover a comunicação e o comércio entre a China e os Estados Unidos”, acrescentou. Wang afirmou que a China está a introduzir “novas políticas de abertura” e vai “resolver eficazmente os problemas que preocupam as empresas estrangeiras”, apelando à Apple para “aproveitar a oportunidade e aprofundar ainda mais a sua presença no mercado chinês”. “A China vai optimizar ainda mais o ambiente empresarial e continuar a fornecer serviços de alta qualidade às empresas com investimentos” no país, afirmou o ministro chinês. A cooperação económica e comercial entre China e EUA é “mutuamente benéfica” e constitui “uma força estabilizadora” nas relações bilaterais. “A China está disposta a ajudar a recolocar as relações económicas e comerciais sino-americanas numa trajetória saudável e estável, com intercâmbios regulares entre o governo e as empresas”, disse Wang. O responsável advertiu que “utilizar de forma vaga leis de segurança nacional” para limitar o investimento chinês nos EUA “não é propício aos intercâmbios”. Visita de estudo Cook também se reuniu esta semana com Jin Zhuanglong, director do ministério da Indústria e das Tecnologias da Informação, com quem discutiu as operações da Apple na China e a gestão da segurança dos dados nas suas redes, bem como os serviços de nuvem da empresa no país asiático. Cook visitou a China pela última vez em Março passado, quando abriu uma nova loja da Apple em Xangai e participou num fórum na capital chinesa, juntamente com outros executivos. A Grande China é o terceiro maior mercado da Apple, a seguir aos Estados Unidos e à Europa.
Hoje Macau China / ÁsiaMoçambique | Pequim felicita “Presidente eleito” Daniel Chapo Em vésperas de se assinalar, em 2025, os 50 anos de relações diplomáticas entre a China e Moçambique, o Governo chinês saudou a eleição de Daniel Chapo para a presidência do país africano O Governo da China felicitou Daniel Chapo como “Presidente eleito” de Moçambique nas eleições gerais de 9 de Outubro, garantindo estar pronto para “aprofundar” a parceria estratégica entre os dois países. “Como país amigo de Moçambique, a China está satisfeita por ver o sucesso das eleições presidenciais, parlamentares e dos governos provinciais em Moçambique. Expressamos as nossas felicitações ao partido Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo) e ao Presidente eleito Daniel Chapo”, disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Lin Jian. O responsável acrescentou que a China “atribui grande importância” às relações com Moçambique, recordando que em 2025 se assinala o 50.º aniversário das relações diplomáticas entre os dois países. “A China está pronta para trabalhar com Moçambique para aprofundar ainda mais a parceria cooperativa estratégica abrangente e trazer mais benefícios aos povos dos dois países”, afirmou Lin Jian. A Comissão Nacional de Eleições (CNE) de Moçambique anunciou na passada quinta-feira a vitória de Daniel Chapo, apoiado pela Frelimo (partido no poder desde 1975) na eleição a Presidente da República de 09 de Outubro, com 70,67 por cento dos votos. Não, obrigado Venâncio Mondlane, apoiado pelo Partido Optimista para o Desenvolvimento de Moçambique, ficou em segundo lugar, com 20,32 por cento, mas afirma não reconhecer estes resultados, que ainda têm de ser validados e proclamados pelo Conselho Constitucional. A Frelimo reforçou ainda a maioria parlamentar, passando de 184 para 195 deputados e elegeu todos os dez governadores provinciais do país. Além de Mondlane, também o presidente da Resistência Nacional Moçambicana, Ossufo Momade, um dos quatro candidatos presidenciais, disse que não reconhece os resultados eleitorais anunciados pela CNE e pediu a anulação da votação. Na quinta-feira, o candidato presidencial Lutero Simango, apoiado pelo Movimento Democrático de Moçambique, recusou igualmente os resultados, considerando que foram “forjados na secretaria” e prometeu uma “acção política e jurídica” para repor a “vontade popular”. O anúncio dos resultados pela CNE voltou a desencadear violentos protestos e confrontos com a polícia em Moçambique, sobretudo em Maputo, por parte de manifestantes pró-Venâncio Mondlane.
Hoje Macau SociedadeFebre de dengue | Registado mais um caso importado Foi registado, na última quinta-feira, um caso de febre de dengue importado. Trata-se de uma menina de cinco anos, residente de Macau, moradoras no Edifício Cheng Chun, Travessa da Begónia, na Ilha Verde. Segundo uma nota dos Serviços de Saúde (SS), a menina deslocou-se a Zhongshan, China, entre os dias 10 e 13 de Outubro para visitar familiares, tendo começado a registar os primeiros sintomas de doença, nomeadamente febre, depois do dia 19. Na quarta-feira, os SS realizaram uma busca ao edifício onde reside o primeiro caso local de febre de dengue e detectaram que a doente apresenta sintomas suspeitos de infecção. Desta forma, foi feita uma recolha de sangue, que confirmou a ocorrência do caso de tipo II de febre de dengue. Um segundo caso entretanto confirmado, de um doente que reside no mesmo prédio, diz respeito “a um tipo diferente de serotipo da febre de dengue”, não estando relacionado, segundo os SS, “com o caso local”. A menina está neste momento estável, sendo que não visitou parques ou outros espaços públicos em Macau e os familiares não estão doentes. Este caso é já o 16º episódio de importação de febre de dengue em Macau.
Hoje Macau SociedadeExportações lusófonas para a China fixam novo recorde As exportações lusófonas para a China registaram o melhor arranque de ano de sempre, ao atingirem 97,6 mil milhões de dólares, foi anunciado na sexta-feira. Este é o valor mais elevado para o período entre Janeiro e Agosto desde que o Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa (Fórum de Macau) começou a apresentar este tipo de dados dos Serviços de Alfândega da China, em 2013. As exportações aumentaram 4,9 por cento em termos anuais sobretudo devido ao maior fornecedor lusófono do mercado chinês, o Brasil, cujas vendas cresceram 5,2 por cento, para 81,5 mil milhões de dólares, um novo máximo para os primeiros oito meses do ano. As vendas de mercadorias de Angola para a China aumentaram 1,8 por cento para 12 mil milhões de dólares, enquanto as exportações de Portugal subiram 11,4 por cento para 2,09 mil milhões de dólares. Os dados divulgados sexta-feira mostram que a maioria dos países de língua portuguesa exportou mais para a China, incluindo Moçambique, cujas vendas subiram 25,5 por cento, para 1,16 mil milhões de dólares. Pelo contrário, as exportações da Guiné Equatorial para o mercado chinês desceram 8 por cento, para 838,5 milhões de dólares, enquanto as vendas de Timor-Leste, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe também caíram em comparação com o período entre Janeiro e Agosto de 2023. Curiosamente, as exportações da Guiné-Bissau para a China mantiveram-se inalteradas nos primeiros oito meses de 2024, embora o país não tenha vendido mais de mil dólares em mercadorias. Mais importações lusófonas Na direcção oposta, os países lusófonos importaram mercadorias no valor de 58,5 mil milhões de dólares da China, um aumento anual de 19,7 por cento e um novo recorde para os primeiros oito meses do ano. O Brasil foi o maior parceiro comercial chinês no bloco lusófono, com importações a atingirem 49,5 mil milhões de dólares, seguido de Portugal, que comprou à China mercadorias no valor de 4,19 mil milhões de dólares. Ao todo, as trocas comerciais entre os países de língua portuguesa e a China atingiram 156,1 mil milhões de dólares entre Janeiro e Agosto, mais 10 por cento do que em igual período de 2023 e um novo máximo para os primeiros oito meses do ano. A China registou um défice comercial de 39,1 mil milhões de dólares com o bloco lusófono no período entre Janeiro e Agosto deste ano.
Hoje Macau Manchete SociedadeAMCM | Governo quer captar mais investidores lusófonos O Executivo espera, com a nova lei, criar novos produtos de investimento que seja atractivos para investidores de países como Angola, Brasil ou Portugal. Na apresentação do futuro diploma legal, os responsáveis da AMCM indicaram terem seguido os exemplos dos mercados mais desenvolvidos, como Hong Kong e Singapura O governo anunciou uma nova proposta de lei para encorajar a criação de fundos de investimento que possam atrair investidores do estrangeiro, incluindo dos países lusófonos. A apresentação do futuro diploma, que tem de ser aprovado pela Assembleia Legislativa, decorreu na sexta-feira. Numa conferência de imprensa do Conselho Executivo, a presidente substituta da Autoridade Monetária de Macau (AMCM), Henrietta Lau Hang Kun, disse que a proposta de lei pretende “criar melhores condições” para “atrair entidades estrangeiras”. Henrietta Lau Hang Kun acrescentou que o objectivo final é facilitar a criação de “mais produtos de investimento que possam atrair investidores do exterior, incluindo dos países de língua portuguesa”. A dirigente da AMCM lembrou que já há empresas a criar fundos de investimento em Macau. Em Julho, foi lançado o primeiro fundo do mundo denominado somente em patacas, para ajudar a diversificar a economia local, disse na altura à Lusa o presidente da empresa gestora, o português Bernardo Tavares Alves. Henrietta Lau recordou na sexta-feira que “acelerar o desenvolvimento de um sector financeiro moderno” representa “um dos principais objectivos” do governo local para diversificar a economia de Macau, muito dependente do turismo e dos casinos. Hora de mudar Mas a dirigente afirmou ser necessário substituir a actual lei, que data de Novembro de 1999, antes da transição da região de Portugal para a China, e “aprender com mercados mais amadurecidos”, como a vizinha Hong Kong, Singapura e China continental. A proposta elimina o número mínimo de participantes e o valor mínimo de captação para a constituição de fundos de investimento, cancela a taxa de fiscalização e permite aos fundos investir em imobiliário fora de Macau. Após ter sido discutida pelo Conselho Executivo, a proposta de lei vai agora ser enviada para a Assembleia Legislativa. O plano de diversificação da economia prevê até 2028 uma aposta nos serviços comerciais e financeiros entre a China e os países de língua portuguesa.
Hoje Macau PolíticaSalários | Aumentos em Hong Kong superam Macau e Grande Baía Ao longo deste ano, o aumento dos salários médios em Macau foi de 2,7 por cento, registo que ficou aquém da subida de 3,5 por cento em Hong Kong, mas superior ao aumento de 2,3 por cento nas cidades de Guangdong que pertencem ao projecto da Grande Baía. Os dados fazem parte de um inquérito realizado por instituições académicas dos três territórios, incluindo a Universidade Baptista de Hong Kong e a Universidade de Macau, para o qual foram ouvidos mais de 240 mil empregadores. Destaque para o facto de em 2023, pela primeira vez em três décadas, as taxas de crescimento de salários das regiões administrativas especiais terem superado as de Guangdong. No próximo ano, a previsão de aumentos salariais para Guangdong é de 3,8 por cento, enquanto Macau e Hong Kong é 3,9 por cento. Este ano, os salários médios de recém-graduados de Macau fixaram-se em 14.996 patacas, em Hong Kong 19.806 dólares de Hong Kong e 5.843 yuans em Guangdong.
Hoje Macau PolíticaMais de 80 por cento dos quadros qualificados são provenientes do Interior O Interior da China é o local de origem de 80 por cento dos quadros qualificados atraídos para Macau ao abrigo do programa de atracção de talentos. Os dados foram avançados pelo secretário-geral da Comissão de Desenvolvimento de Talentos, Chao Chong Hang, durante a conferência de imprensa do Conselho Executivo. De acordo com os números avançados, entre as mais de 1.000 candidaturas, 464 quadros qualificados foram autorizados a mudarem-se para Macau. Mais de 80 por cento vieram do Interior, 10 por cento de Hong Kong e os restantes de outros destinos. Apesar de reconhecer que os quadros do Interior são a larga maioria, Chao Chong Hang destacou que “47 por cento” têm “experiência de trabalho ou de estudo no estrangeiro”. Mudanças à vista Na sexta-feira, o Governo apresentou uma proposta para alterar o regulamento da Comissão de Desenvolvimento de Quadros Qualificados, que justificou com a vontade de “melhor implementar a política de quadros qualificados”, “acelerar o processo das candidaturas aos programas de captação de quadros qualificados e implementar os trabalhos de formação de quadros qualificados”. Como parte das mudanças, que ainda não são todas conhecidas, o “grupo especializado no programa para quadros qualificados de elevada qualidade” passa a ter um carácter permanente, e a Direcção dos Serviços de Educação e de Desenvolvimento da Juventude passa a disponibilizar recursos humanos e financeiros, e apoio administrativo e técnico ao secretariado da comissão. Com as mudanças, Chao Chong Hang prometeu “criar melhores condições para internacionalizar” a captação de quadros qualificados, incluindo dos países de língua portuguesa, mas, questionado pela Lusa, não revelou quantas candidaturas vieram destes países. O programa entrou em vigor em Julho de 2023 e procura captar para Macau, nomeadamente com benefícios fiscais, quadros do sector financeiro e das áreas de investigação e desenvolvimento científico e tecnológico, entre eles Prémio Nobel.
Hoje Macau PolíticaPME | Song Pek Kei pede apoios financeiros Song Pek Kei pede ao Governo que prolongue a medida de suspensão do pagamento dos empréstimos, que faz com que as pequenas e médias empresas (PME) apenas tenham de pagar os juros. O pedido consta de uma interpelação escrita apresentada pela deputada. De acordo com os dados de Agosto, o rácio do crédito vencido do sector bancário atingiu 5,1 por cento, o pico mais alto desde a pandemia. Por isso, Song considera que as medidas de apoios às PME não estão a aliviar as dificuldades de operação. A deputada também recordou que o Governo tinha prometido mais medidas de apoio às PME, de acordo com a situação social. Por isso, questiona o Executivo sobre que avaliação faz da situação e o que é necessário para promover mais medidas. Song espera ainda que o Governo relance o plano de bonificação de juros de créditos bancários para as pequenas e médias empresas, iniciado durante a pandemia e que terminou em Julho de 2023. Este plano, permitia às empresas obterem empréstimos máximos de cinco milhões de patacas, com os juros a serem reduzidos em cerca de 4 por cento durante dois anos.
Hoje Macau Grande Plano MancheteTurismo | Macau quer expansão e diversificação, com foco em Portugal Macau recebe, em Dezembro do próximo ano, o 50º congresso da Associação das Agências de Viagens e Turismo de Portugal. Os laços entre a associação e o Governo de Macau são antigos, mas agora a prioridade da RAEM passa por atrair mais turistas estrangeiros, incluindo portugueses A directora dos Serviços de Turismo (DST) defendeu a expansão e diversificação dos turistas em Macau, sendo que os portugueses parecem ser os mais valorizados. Além disso, Helena de Senna Fernandes destacou que a realização, em Macau, do congresso dos agentes de viagens de Portugal, em 2025, cria oportunidades para que esses objectivos sejam atingidos. “Pensamos que estão reunidas as condições para prepararmos mais um excelente congresso da APAVT em Macau, que permita actualizar os operadores turísticos portugueses sobre o novo dinamismo em curso no nosso destino”, disse Helena de Senna Fernandes em Huelva, Espanha, onde terminou no sábado o 49.º Congresso APAVT. Por sua vez, o 50.º Congresso das Agências de Viagens e Turismo (APAVT) vai voltar a Macau de 2 a 4 de Dezembro de 2025, pela sexta vez. “Desde a última edição que acolhemos em 2017, há muitas novidades. Macau foi designada Cidade Criativa de Gastronomia pela UNESCO, várias zonas históricas estão a ser revitalizadas e transformadas em atracções de turismo comunitário, abriram novos complexos turísticos e hotéis e há sobretudo uma forte aposta no reforço das ofertas de ‘turismo+convenções e exposições’, ‘turismo+cultura, ‘turismo+gastronomia’, ‘turismo+eventos’, entre outros, a par com um aumento das possibilidades de turismo multi-destinos na Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau”, disse. A responsável disse que a retoma turística de Macau, depois da pandemia, “prossegue a bom ritmo”, tendo a região recebido quase 26 milhões de visitantes até Setembro, aproximadamente 86 por cento dos valores de 2019. “Além da recuperação dos números, o nosso foco está na expansão e diversificação das fontes de visitantes, sobretudo internacionais. Portugal permanece entre os mercados que mais valorizamos, pelas relações de amizade históricas que nos unem, e pelo posicionamento de desenvolvimento assumido por Macau como ‘um centro, uma plataforma’, ou seja, um centro mundial de turismo e lazer, e uma plataforma de serviços para a cooperação económica e comercial entre a China e os países de língua portuguesa”, explicou. Uma forte parceria A directora da DST lembrou que a parceria com a APAVT, desde o final da pandemia, permitiu realizar iniciativas, sobretudo com operadores turísticos, “para retomar o dinamismo dos fluxos de visitantes entre Portugal e Macau”, mas abordar também o mercado espanhol, e restante europeu. Já o presidente da APAVT, Pedro Costa Ferreira, enumerou, a este propósito, o apoio que têm dado a Macau na presença destes na Fitur – uma das maiores feiras de Turismo que se realiza em Madrid -, depois de em 2023 terem levado ali “um significativo grupo de empresários espanhóis”, bem como pela marcação, para 2025, de duas reuniões anuais da confederação europeia das agências de viagens (ECTAA – European Travel Agents’ and Tour Operators’ Associations), que elegerá Macau como o ‘destino preferido”. “No ano em que, com setenta e cinco anos de idade, realizamos o nosso quinquagésimo congresso, decidimos fazê-lo numa cidade que não é só uma cidade, é também um destino turístico fabuloso, com uma equipa que não representa apenas um destino turístico, é também um grupo de amigos próximos (…)”, afirmou Pedro Costa Ferreira, prometendo que da parte da APAVT “vai ser o melhor congresso de sempre”. Em 1 de Dezembro de 2023, no 48.º Congresso da APAVT no Porto, a associação anunciou que Macau tinha sido escolhido como o destino preferido internacional para 2024. A escolha do ‘destino preferido’ é um projecto anual da APAVT que tem como objectivo contribuir para dinamizar os fluxos turísticos para um determinado destino, através de um trabalho com a associação e os seus associados, sobretudo ao nível da promoção turística. Antes, em 30 de Junho de 2023, a directora dos Serviços de Turismo de Macau disse esperar que “quase mil representantes” da indústria do turismo viajem de Portugal para o congresso da APAVT em Macau, enquanto Pedro Costa Ferreira previu, “no mínimo 750, 800 pessoas”. Numa entrevista ao HM concedida em Maio, Pedro Costa Ferreira falou das oportunidades que Macau constitui não só pelo legado histórico que possui com Portugal, mas também pelas próprias características do território. “Mais do que termos algo específico a desenvolver, o congresso é o final de uma etapa importante no nosso relacionamento, tendo em conta que vamos desenvolver também outras etapas. Temos feito um trabalho metódico e plurianual com Macau. Julgo que Macau pode ser considerado, juntamente com a Madeira, o local que tem o melhor relacionamento e trabalho feito com as agências de viagens em Portugal. 2025 será certamente o ano de ouro para Macau no seio da APAVT. Teremos certamente uma presença multifacetada e dinâmica no MIT [Macau International Travel (Industry) Expo, ou Exposição Internacional de Viagens (Indústria) de Macau]. Tudo o que é liderança turística europeia vamos levar a Macau em 2025. Depois tudo culminará com o congresso, onde passaremos a uma nova agenda e acções”, descreveu. Menos constrangimentos Pedro Costa Ferreira sugeriu ainda, no mesmo evento, que sejam criadas pelas autoridades portuguesas soluções estruturantes para as regiões de turismo, de forma a resolver constrangimentos que enfrentam e prejudicam a promoção turística. “Para a APAVT foi um reencontro com os congressos fora de Portugal, depois de, em clima de pandemia, termos decidido realizar sucessivamente os nossos congressos em Portugal, defendendo e estimulando o turismo interno”, começou por referir. Este ano, entre os 750 congressistas da reunião magna das agências de viagens e turismo, que serve para debater e reflectir anualmente o sector, esteve o secretário de Estado – pela primeira vez com estas funções -, e no encerramento também marcou presença o ministro da Economia, Pedro Reis. “Turismo interno, senhor secretário de Estado, que tem de continuar a ser defendido e estimulado, através de parcerias público-privadas, envolvendo naturalmente o Turismo de Portugal, mas sempre recorrendo também às regiões de turismo”, defendeu. Tarefa que considera que não está a ser de fácil execução para estas entidades. “Ano após ano, parece-nos que, cada vez mais, estas manifestam dificuldades em apoiar e participar em eventos como o que acabámos de realizar, quer por falta de condições financeiras, quer, sobretudo, pela carga burocrática que enfrentam, e que manifestamente as afasta da sua natureza, a promoção das respectivas regiões”, explicou Pedro Costa Ferreira. “Estamos certos, dr. Pedro Machado, que conhece esta realidade melhor do que ninguém, e que está naturalmente empenhado em contribuir para soluções estruturantes, que ajudem a resolver estes constrangimentos, que tanto prejudicam o turismo nacional”, disse o presidente da APAVT. Pedro Machado foi presidente da ARPT – Agência Regional de Promoção Turística Externa do Centro de Portugal e presidente da Entidade Regional de Turismo do Centro de Portugal. Evocando a defesa que todos os agentes do turismo fizeram da necessidade de mais cooperação entre Portugal e Espanha e da conclusão de que os dois países ibéricos são cooperantes e não concorrentes no que à captação de turistas fora da Europa diz respeito, e com bons exemplos de alianças entre a Andaluzia e o Algarve, Pedro Costa Ferreira insistiu em dar condições às regiões de turismo. “Até porque, com tantos exemplos de cooperação transfronteiriça, e com tantas oportunidades de atracção conjunta da procura, por parte de Portugal e Espanha, mal seria que, por falta de recursos, não conseguíssemos acompanhar, nesta importante tarefa, os nossos amigos espanhóis”, reforçou.
Hoje Macau China / ÁsiaEnvio de soldados norte-coreanos para a Rússia é provocação, diz Seul O envio de soldados norte-coreanos para a Rússia é “uma provocação”, declarou ontem o Presidente sul-coreano, prometendo que Seul “não vai ficar de braços cruzados”. “A Coreia do Sul não vai ficar de braços cruzados” perante o envio de soldados da Coreia do Norte para a Rússia, disse Yoon Suk-yeol, no final de um encontro com o homólogo da Polónia, Andrzej Duda, em visita ao país asiático. Os dois dirigentes consideram que este destacamento é “uma provocação que ameaça a segurança mundial, além da península coreana e da Europa”, acrescentou Yoon. Além de questões de interesse bilateral, os dois líderes debateram o alegado envio de tropas norte-coreanas para a Ucrânia para apoiar a Rússia, decisão que Seul e Kiev denunciaram na semana passada. Embora a aproximação entre Seul e Varsóvia tenha sido reforçada pelo conflito na Ucrânia, a Polónia tem sido o parceiro comercial mais importante da Coreia do Sul na Europa Oriental há mais de cinco anos, com um comércio superior a 10 mil milhões de dólares no ano passado. Investimento mortífero Em 2022, ano em que começou a invasão russa da Ucrânia, a Polónia assinou um acordo no valor de mais de 12 mil milhões de dólares para comprar tanques K2, projécteis de autopropulsão K9, sistemas de mísseis Chunmoo e caças ligeiros FA-50 nos próximos anos. Varsóvia também assinou recentemente um contrato para localizar a produção de um dos mísseis disparados pelo lançador Chunmoo. Amanhã, Duda vai visitar as fábricas da Hyundai Rotem e da Hanwha Aerospace, duas das empresas que fabricam uma grande parte das armas adquiridas por Varsóvia. Ao mesmo tempo, a crescente cooperação bilateral em matéria de segurança levou Seul a adquirir recentemente mais de uma centena de ‘drones’ suicidas Warmate 3, fabricados pela polaca WB Electronics, para fazer frente ao cada vez mais sofisticado arsenal da Coreia do Norte.
Hoje Macau EventosHangzhou | Ricardo Meireles na Bienal de Artes de Hong Kong e Macau Decorre até Agosto do próximo ano a Bienal de Artes de Hong Kong e Macau 2024 no Museu de Arte de Gongwang, situado em Hangzhou. Trata-se de uma mostra inaugurada no passado dia 18 e que vai agora estar em itinerância pelas cidades de Nanjing, Guangzhou, Shenzhen e Pequim. Ricardo Meireles participa na mostra através da sua fotografia. Esta Bienal realiza-se desde 2008, tratando-se de uma “plataforma importante de promoção do intercâmbio entre artistas do Interior da China, de Hong Kong e de Macau”, sendo “um importante evento de intercâmbio cultural entre os três territórios”, descreve uma nota. O tema da edição deste ano é “Integração e Diálogo”, e abrange trabalhos relacionados com artes visuais, património cultural intangível e design, bem como inovação tecnológica. Mostra-se, assim, “o desenvolvimento da cultura urbana e a singular paisagem e espírito cultural urbano contemporâneo, formados pela convergência de diversas culturas”. A secção de Macau presente nesta Bienal tem como tema “Não Macau, mas Chama-se Macau”, incluindo trabalhos de dez artistas, como é o caso de Cai Guo Jie , Ieong Wan Si, Im Fong, Lam Im Peng, Lo Hio Ieng, Lou Kam Ieng, Ng Sang Kei, Sit Ka Kit e Xie Yun. No total, podem ser vistos 30 conjuntos de obras de arte em pintura de óleo sobre tela, acrílico, fotografia, multimédia ou vídeo. “Cada obra tem um estilo distinto, reflectindo a compreensão e as impressões pessoais de cada artista sobre Macau e transmitindo ao público as suas ligações emocionais e afectivas com a cidade”, lê-se na mesma nota.
Hoje Macau EventosMacau recebe espectáculos do universo lusófono Nos próximos dias, Macau pode assistir a vários espectáculos de música e dança tradicional em diversos locais do território, resultado de uma parceria entre o Instituto Cultural e a operadora Galaxy. O evento “GEG Espectáculos de Música e Dança Tradicional na Comunidade” é integrado no 6.º Encontro em Macau – Festival de Artes e Cultura entre a China e os Países de Língua Portuguesa. Apresentam-se, no total, 14 espectáculos amanhã, domingo, dia 31 e depois nos dias 2 e 3 de Novembro, em locais como o Jardim do Mercado de Iao Hon, os espaços Diamond Lobby e Crystal Lobby no Galaxy Macau, Ruínas de São Paulo e na Feira do Carmo na Taipa. Os artistas participantes incluem o grupo artístico do Interior da China “Guangdong Zhongshan Torch Singing and Dance Troupe”, bem como oito grupos artísticos provenientes dos países e regiões de língua portuguesa, nomeadamente do Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Timor-Leste e Goa, Damão e Diu. Estes grupos irão apresentar espectáculos de música e dança tradicional na comunidade em pontos turísticos de Macau. O Guangdong Zhongshan Torch Singing and Dance Troupe irá apresentar danças folclóricas que demonstram a rica diversidade artística da China, tendo participado em diversos eventos comemorativos e realizado várias visitas de intercâmbio cultural no exterior em representação da China. No caso do cantor e compositor brasileiro Filipe Toca, haverá uma mistura de dialectos brasileiros e elementos de música pop nas suas canções, expressando temas de amor e dor. Funaná e companhia O grupo Ferro Gaita de Cabo Verde apresentará temas de Funaná, estilo musical típico do país, com instrumentos como a gaita-de-fole, tambores e guitarra-baixo. Nené Pereira, da Guiné-Bissau, destacará a força e resiliência das mulheres africanas através da sua música tradicional e voz emocionante, tendo os seus álbuns de música sido muito elogiados. Destaque ainda para o grupo de dança GE Dancers, da Guiné Equatorial, um grupo de jovens e talentosos bailarinos profissionais, com um estilo de danças energéticas. A cantora Selma Uamusse de Moçambique, uma figura proeminente no panorama musical do seu país, é conhecida pelos seus estilos musicais diversificados e pela forte incorporação da música tradicional moçambicana. O Grupo Cultural 100% Santola, de São Tomé e Príncipe, dedica-se às danças tradicionais e africanas, promovendo o desenvolvimento cultural e a criatividade étnica. O grupo Le-Ziaval, de Timor-Leste, irá apresentar a cultura única do país através das suas danças típicas, da música, do teatro e da poesia. Por sua vez, o grupo Daman Darshan, de Goa, Damão e Diu, é composto por bailarinos e cantores dedicados à promoção das lendas e património cultural local, com apresentações animadas.
Hoje Macau EventosCinemateca | Halloween, Wenders e outras histórias Há “Encantos de Outubro” e um filme destinado aos mais novos que celebra o Halloween: não faltam novidades na Cinemateca Paixão para os próximos dias, incluindo a possibilidade de um novo visionamento de “Paris, Texas”, clássico com a assinatura de Wim Wenders A Cinemateca Paixão continua a apresentar, nos próximos dias, uma série de filmes para todos os gostos, onde não faltam alguns clássicos do cinema. Na secção “Encantos de Outubro” o público poderá rever, hoje, o clássico “Paris, Texas”, do realizador alemão Wim Wenders, numa versão restaurada em 4K. O filme de 1984 já tem, porém, os bilhetes esgotados. Protagonizado por Nastassja Kinski, o filme conta a história de um homem magro, de fato escuro e um boné de basquetebol vermelho que aparece no deserto que circunda os EUA e o México. Travis, de seu nome, bebe o último gole de uma garrafa de água e avança para uma zona bastante inóspita chamada de “O recreio do diabo”, procurando reencontrar a família, nomeadamente a sua mulher. “Paris, Texas” venceu o Festival de Cinema de Cannes em 1984. “Didi”, filme deste ano de Sean Wang, realizador de Taiwan e dos EUA, estreou esta quarta-feira na Cinemateca Paixão, mas volta a ser exibido amanhã às 19h30 e depois na terça-feira no mesmo horário. “Didi” é o nome dado a um rapaz, também com origens em Taiwan, que vive na Califórnia no ano de 2008 e que enfrenta uma fase de crescimento antes de entrar na escola secundária. O rapaz tem de lidar com os cuidados excessivos da avó e da mãe, a realização de um vídeo de skaterboarding e ainda um primeiro amor amargurado. Esta foi a primeira longa metragem de Sean Wang, nomeado para um Óscar, e que ganhou o prémio do público na categoria de drama no Festival de Cinema de Sundance, nos EUA. No domingo, haverá também a oportunidade de explorar a única sessão de “Hundreds of Beavers”, do realizador Mike Cheslik, marcada para as 16h30. Este é um filme do género fantástico que ganhou um prémio para o melhor flme internacional no Festival Canadiano do Cinema Fantástico. A história centra-se no século XIX e conta a vida de Kayak, um vendedor que costumava ser feliz a vender vinho, mas que subitamente embebeda-se quando um incêndio deflagra numa adega que destrói todo o armazenamento de vinho que possui. É então que Kayak se vê obrigado a tornar-se num caçador de armadilhas, apanhando castores e coelhos para ganhar a vida. Halloween e companhia Na secção “Nova Força Chinesa” apresenta-se o filme “Some Rain Must Fall”, do realizador Qiu Yang, exibido este domingo a partir das 19h30. A história do filme centra-se no momento em que uma mulher de 40 anos, dona de casa, fere acidentalmente uma idosa no jogo de basquetebol da filha. Um incidente que poderia ser banal altera o rumo destas vidas por completo, com repercussões em toda a família. Esta mulher que anda sempre de mal com a vida deseja subitamente uma mudança, algo que lhe mude a rotina dos dias. Quando o passado lhe bate à porta, ela avança então em busca de um futuro que ainda desconhece. Ainda para este fim-de-semana decorrem duas exibições integradas na secção “Descobrir Macau – Actor em foco”, com destaque em Helen Ko. As sessões decorrem sábado e domingo às 14h, podendo ser vistos “Meow Avenger”, do realizador Hoi Ka Ion; “Antes do Aguaceiro”, de Mak Man Teng; “Pelo menos não hoje”, de Io Lou Ian; “A Void Without a Face”, de Lao Keng U; “Mente Cintilante”, de Lam Kin Kuan; e “Gin, Sake, Margarita”, de Peeko Wong. A Cinemateca Paixão vai também celebrar o Halloween com o seu público ao exibir um clássico. Trata-se de “Child’s Play”, de 1988, exibido esta quarta-feira a partir das 19h30, onde se esperam muitos gritos e emoções na plateia. Porém, e em jeito de celebração, não basta aparecer com o bilhete para ver o filme, podendo cada espectador levar uma boneca favorita e participar no concurso, ficando habilitado a receber presentes especiais. Os espectadores podem também levar trajes especiais.
Hoje Macau China / ÁsiaJapão | Legislativas antecipadas para consolidar partido no poder Os japoneses vão às urnas no domingo em legislativas antecipadas para consolidar a legitimidade do novo primeiro-ministro, mas o partido no poder, impopular devido à inflação e escândalos, poderá não obter a maioria absoluta. Shigeru Ishiba, de 67 anos, tomou posse na chefia do Governo nipónico, no início de Outubro, depois de ter sido eleito líder do Partido Democrático Liberal, que tem estado no poder quase ininterruptamente no Japão desde 1955, mas que tem sido prejudicado nos últimos anos pela inflação e por escândalos político-financeiros. “Esta é uma eleição extremamente difícil. Estamos a enfrentar ventos contrários sem precedentes”, admitiu o líder, na semana passada, durante uma visita de campanha. Os 465 lugares da câmara baixa do parlamento serão renovados no final do escrutínio, no qual participam 1.344 candidatos, incluindo um número recorde de mulheres, apesar de representarem apenas 23 por cento dos candidatos, num país marcado por grandes desigualdades de género. A coligação formada pelo PDL e pelo parceiro de centro-direita Komeito tinha uma confortável maioria de 288 lugares na assembleia cessante, mas a taxa de aprovação do Governo é de 33 por cento, contra 39 por cento de insatisfeitos, indica uma sondagem realizada no passado fim de semana para o diário Asahi. O jornal considerou que o PDL e o Komeito correm o risco de perder a maioria. Em todo o caso, “a diferença de lugares entre o PDL e a oposição vai diminuir e vai surgir uma nova situação na política japonesa depois das eleições”, disse Masato Kamikubo, professor de política na Universidade de Ritsumeikan. Confiança abalada Shigeru Ishiba, que espera consolidar o mandato para implementar um programa de reforço da segurança e da defesa, aumentar o apoio às famílias com baixos rendimentos e revitalizar o mundo rural japonês, estabeleceu o modesto objectivo de ganhar 233 lugares (o limiar para uma maioria absoluta) com o parceiro de coligação. No entanto, Kamikubo advertiu que o aumento acentuado da inflação no Japão desde 2022 e a queda do poder de compra, uma fonte de descontentamento e impopularidade para Fumio Kishida, o antecessor de Ishiba, podem pesar nas eleições. O partido está também a pagar na opinião pública o preço de um vasto escândalo político e financeiro, com várias dezenas de membros a serem punidos internamente por não terem declarado o equivalente a vários milhões de euros, recolhidos através da venda de bilhetes para noites de angariação de fundos e que o PDL lhes devolveu depois. Uma perda de maioria do PDL na câmara baixa do parlamento seria a primeira desde 2009, quando perdeu para a oposição de centro-esquerda, antes de regressar ao poder em 2012. O Partido Democrático Constitucional (PDC), que liderou o Japão durante esses três anos e principal força da oposição parlamentar com 99 lugares antes da dissolução, é liderado por Yoshihiko Noda, que foi primeiro-ministro em 2011-2012. “A maioria dos japoneses confia em Noda”, cujo posicionamento “não é muito diferente do do PDL”. “Um conservador, com uma política muito pragmática”, sublinhou Masato Kamikubo. No entanto, uma vitória do PDC é “difícil porque a oposição está muito dividida”, acrescentou. Shigeru Ishiba, que venceu a corrida presidencial do PDL por uma margem estreita contra a rival ultraconservadora Sanae Takaichi, também está sob ameaça dentro do partido, “independentemente do resultado das eleições”, considerou Rintaro Nishimura, especialista em política japonesa na consultora The Asia Group.
Hoje Macau China / ÁsiaDeportação de quadro da Volkswagen ilustra intransigente política antidroga de Pequim A deportação de um quadro da Volkswagen na China, esta semana, após testar positivo para o consumo de droga ao regressar da Tailândia, exemplifica o intransigente sistema de controlo de estupefacientes vigente no país asiático. A imprensa alemã noticiou na segunda-feira que o especialista em marketing e inventor do internacionalmente famoso ‘slogan’ “Das Auto” para os carros da Volkswagen, Jochen Sengpiehl, deu positivo num teste de detecção de consumo da canábis efectuado pela polícia chinesa, após umas férias na Tailândia. O Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês confirmou na quarta-feira que Sengpiehl testou positivo para o consumo de droga, e que foi detido durante 10 dias, antes de ser deportado. As autoridades chinesas realizam aleatoriamente testes de consumo de drogas a passageiros na chegada à China. Avisos difundidos pelas embaixadas chinesas em países que descriminalizaram a canábis – incluindo a Tailândia, o Canadá e os Países Baixos – lembram que quem testar positivo à chegada é punido “da mesma forma que se usasse drogas na China”. Um turista italiano oriundo de Banguecoque, que visitou Xangai, no Verão passado, para uma estadia de uma semana, contou à Lusa que acabou por ser detido durante dois dias e punido com uma multa de 500 yuan, após testar positivo no aeroporto. Bares e outros espaços nocturnos em Pequim e Xangai são também frequentemente alvos de rusgas, com a polícia a testar todos os clientes. Mesmo que o consumo tenha sido realizado fora do país, um teste positivo é punível com detenção administrativa, que pode ir até 15 dias e, se for estrangeiro, deportação. Triângulo de risco Se alguém for apanhado com pequenas quantidades de canábis na bagagem, pode ser punido com pena de até três anos de prisão. Grandes quantidades são puníveis com pena de morte. Com cerca de 1.400 milhões de habitantes, a China confina com o “triângulo dourado” (Laos-Birmânia-Tailândia), onde se estima que exista uma área total de cultivo de papoila de 46.700 hectares. A China faz também fronteira com a Ásia Central, uma fonte crescente das drogas aprendidas no país, indicou a Comissão Nacional de Controle de Narcóticos da China.
Hoje Macau China / ÁsiaBRICS | Xi sublinha “significado estratégico” da relação com Irão Num encontro bi-lateral, à margem da cimeira dos BRICS, o Presidente chinês reuniu com o seu homólogo iraniano para reafirmar o seu apoio à segurança e desenvolvimento do Irão numa altura de grande turbulência internacional O Presidente da China disse que Pequim vai desenvolver “sem hesitação” uma “cooperação amigável com o Irão”, independentemente da “evolução da situação internacional”, sublinhando o “significado estratégico” da relação bilateral, indicou ontem a diplomacia chinesa. Xi Jinping e Masud Pezeshkian reuniram-se na quarta-feira à margem da cimeira dos BRICS, a decorrer na cidade russa de Kazan, disse o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, em comunicado. O Presidente chinês sublinhou que as relações entre os dois países adquiriram um “significado estratégico” no meio de “transformações globais aceleradas”, acrescentou. “A China reafirma o apoio ao Irão na defesa da soberania e segurança, bem como no desenvolvimento económico e social”, disse o líder chinês, num período de tensão entre Teerão e Israel. Xi acrescentou que a China está “profundamente preocupada com a actual situação no Médio Oriente”, referindo que “conseguir um cessar-fogo em Gaza é a chave para aliviar as tensões na região”. “A comunidade internacional deve trabalhar em conjunto para instar as partes relevantes a aplicar seriamente as resoluções do Conselho de Segurança da ONU para evitar nova escalada”, afirmou Xi. As duas nações comprometeram-se a trabalhar em conjunto com base no “respeito pelas normas internacionais, na salvaguarda dos seus direitos legítimos e no reforço da cooperação em vários domínios”, lê-se na mesma nota. Xi também expressou a disponibilidade da China para desenvolver “uma parceria estratégica abrangente para benefício de ambos os povos”. Oriente atraente O líder chinês felicitou o Irão pela recente adesão plena ao bloco de economias emergentes BRICS, sublinhando o desejo de aumentar a cooperação neste quadro e noutros fóruns multilaterais. A China chegou à cimeira numa altura em que tenta seduzir o Sul Global, com novas vias de financiamento e cooperação, num contexto de crescente competição geopolítica com o Ocidente, especialmente com os Estados Unidos. Os BRICS constituem uma oportunidade para Pequim promover uma reforma do sistema de governação global mais consentânea com os seus interesses e com o que designa por “verdadeiro multilateralismo”, em oposição à “hegemonia norte-americana”. O grupo BRICS, inicialmente formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, expandiu-se para nove membros com a integração do Irão, Egipto, Etiópia e Emirados Árabes Unidos e procura tornar-se um poderoso contrapeso ao Ocidente na política e eventos comerciais mundiais, que são de particular interesse para Moscovo e Teerão, que enfrentam sanções europeias e norte-americanas.
Hoje Macau SociedadeCrime | Detido por burla de 50 mil dólares de Hong Kong Um homem do Interior foi detido, depois de ter cometido uma burla no valor de 50 mil dólares de Hong Kong. O caso foi apresentado ontem pela Polícia Judiciária, e aconteceu a 12 de Outubro. Após entrar em Macau, o homem do Interior foi a uma loja para trocar 50 mil dólares de Hong Kong por 46 mil renminbis. O funcionário concordou com a troca de dinheiro, e disponibilizou o número da conta para a qual os 46 mil renminbis deviam ser enviados, através de pagamentos electrónicos. No entanto, em vez de transferir o dinheiro, o homem limitou-se a manipular a imagem da plataforma de transferências, e mostrou um screenshot onde constava que a transacção tinha sido feita com sucesso. Como o trabalhador acreditou na imagem, e não confirmou a recepção do dinheiro, entregou os 50 mil dólares de Hong Kong ao cliente. Só mais tarde, quando viu o saldo da conta é que percebeu que tinha sido enganado. A vítima apresentou queixa junto das autoridades, que identificaram o homem com recurso a videovigilância. A detenção foi feita na quarta-feira, na fronteira da Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau.
Hoje Macau SociedadeMar do Sul da China | Registadas marés 30cm mais altas Especialistas chineses estão a investigar uma subida invulgar do nível do mar em várias zonas costeiras do nordeste e do sudeste da China, foi ontem noticiado. Esta subida verificou-se também no mar do Sul da China, em regiões como Hong Kong e Macau, em que as marés estavam 30 centímetros mais altas do que o normal, escreveu a Lusa citando o jornal South China Morning Post. O fenómeno afectou sobretudo as províncias de Hebei e Liaoning, causando inundações e obrigando à mobilização de uma resposta de emergência, algo que surpreendeu as autoridades e a população local. Além disso, vídeos publicados nas redes sociais mostram estradas submersas em cidades do nordeste do país, como Dalian e Jinzhou. O director do Gabinete de Previsão de Ondas de Maré do Centro Nacional de Previsão Ambiental Marinha, Fu Cifu, disse, citado pelo jornal, que uma subida tão súbita do nível da água, na ausência de vento e de ondas evidentes, “nunca tinha sido registada”, nem a nível nacional nem internacional. O nível do mar em várias zonas da região manteve-se cerca de um metro acima do normal durante mais de 20 horas, ultrapassando os registos históricos em várias estações de medição de marés na província de Liaoning. As autoridades disseram que, embora as águas tenham começado a baixar após várias horas, os efeitos da vaga fizeram-se sentir nas províncias mais a sul, como Jiangsu (leste) e Fujian (sudeste). A subida do nível do mar desencadeou uma resposta de emergência pelo Ministério dos Recursos Naturais da China, que mobilizou cinco equipas de peritos para inspeccionar as áreas afectadas.