Hoje Macau China / ÁsiaTimor-Leste | Admitida proibição permanente artes marciais O primeiro-ministro de Timor-Leste, Xanana Gusmão, admitiu ontem a possibilidade de proibir de forma permanente a prática de artes marciais no país, por considerar que continuam a dividir os jovens timorenses. “Esta tudo a correr bem, apesar de ainda haver problemas em alguns locais. Por isso, é que hoje (ontem) propus que, no Conselho de Ministros, analisemos o melhor caminho, que talvez seja mesmo acabar com isso, porque essa questão está a dividir os jovens”, disse Xanana Gusmão. “Nós os dois somos primos irmãos [primos diretos], mas, só porque pertencemos a grupos de artes marciais diferentes, temos de nos afastar e já não nos damos bem”, lamentou o primeiro-ministro. O chefe do Governo timorense falava aos jornalistas após um encontro com o Presidente José Ramos-Horta no Palácio da Presidência, em Díli, antes da reunião do Conselho de Ministros. Xanana Gusmão mostrou também preocupação com o comportamento dos jovens, salientando que os relatórios de segurança indicam que continuam a ocorrer problemas, incluindo agressões físicas, e defendeu que, por isso, é preciso tomar uma decisão. Na terça-feira, durante a cerimónia de içar da bandeira nacional, no âmbito das celebrações do 23.º aniversário da restauração da independência, confrontos entre jovens provocaram um morto no posto administrativo de Cailaco, no município de Bobonaro. Segundo a Polícia Nacional de Timor-Leste, os jovens envolvidos nos confrontos pertenciam a dois grupos de artes marciais, que desde segunda-feira estavam em conflito, tendo também atacado a casa de um veterano. No início de Abril, o Governo de Timor-Leste decidiu prolongar a suspensão do ensino, aprendizagem e prática de artes marciais até ao final de 2025 para continuar a consolidar a paz social e assegurar que no futuro a prática das artes marciais decorra exclusivamente no âmbito desportivo.
Hoje Macau China / ÁsiaSeul | Pyongyang disparou mísseis de cruzeiro para o mar O exército da Coreia do Sul disse que a Coreia do Norte disparou ontem mísseis de cruzeiro não identificados para o mar, horas depois de Pyongyang ter admitido um “grave acidente” com um novo navio de guerra. O Estado-Maior Conjunto sul-coreano afirmou ter detectado os mísseis perto da província de Hamgyong do Sul, no leste da Coreia do Norte, que foram disparados em direcção ao mar do Japão. O lançamento aconteceu horas depois da imprensa oficial da Coreia do Norte ter avançado com um “grave acidente” que ocorreu durante a cerimónia de lançamento de um navio de guerra. Durante a cerimónia de lançamento de um contratorpedeiro de cinco mil toneladas na cidade portuária de Chongjin, “ocorreu um acidente grave”, informou a agência de notícias oficial norte-coreana KCNA. O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, estava presente na cerimónia, realizada na quarta-feira, no nordeste do país, e disse que foi um “acto criminoso causado por negligência absoluta” que “não podia ser tolerado”, referiu a KCNA. Apontando para a “inexperiência do comando e negligência operacional” durante o lançamento, a agência disse que “algumas secções do fundo do navio de guerra foram esmagadas” e que o acidente “destruiu o equilíbrio do navio de guerra”. Kim disse que os “erros irresponsáveis” dos culpados seriam “abordados na reunião plenária do Comité Central do Partido, a realizar no próximo mês”. O nome do barco não foi especificado. Em Abril, Pyongyang divulgou imagens de um navio contratorpedeiro de cinco mil toneladas, chamado Choe Hyon. Na altura, os meios de comunicação estatais transmitiram imagens de Kim a participar numa cerimónia com a filha, Kim Ju-ae, que muitos especialistas acreditam que será a sucessora no poder. A Coreia do Norte alegou que o navio estava equipado com as “armas mais poderosas” e que “entraria ao serviço no início do próximo ano”.
Hoje Macau China / ÁsiaFilipinas | Presidente exige demissão do Governo O Presidente das Filipinas, Ferdinand Marcos Jr., exigiu ontem a demissão de todos os membros do Governo, depois de ter obtido um resultado pior do que o esperado nas eleições intercalares de 12 de Maio. Marcos Jr. “solicitou a demissão por cortesia de todos os secretários de gabinete”, disse o palácio presidencial em comunicado, uma medida que visa dar ao Presidente “a margem de manobra necessária para avaliar o desempenho de cada departamento e determinar quem continuará a servir”. A ordem foi tomada depois de os candidatos apoiados por Marcos Jr. ao Senado, a câmara alta do parlamento das Filipinas, terem obtido menos lugares do que o esperado nas eleições intercalares realizadas a 12 de Maio. “O povo falou e espera resultados, não manobras políticas ou desculpas. Nós ouvimo-los e vamos agir”, disse o Presidente. As eleições ficaram marcadas pela disputa entre os candidatos de Marcos Jr. e os apoiados pela vice-presidente e ex-aliada Sara Duterte. A votação aconteceu meses depois de o pai, o ex-Presidente Rodrigo Duterte (2016-2022), ter sido extraditado para ser julgado por crimes contra a humanidade pelo Tribunal Penal Internacional devido à guerra contra as drogas. Apesar de estar detido em Haia, Rodrigo Duterte foi reeleito como presidente da câmara de Davao, em Mindanao, no sul das Filipinas, cargo que ocupou antes de concorrer a chefe de Estado. A Presidência declarou ontem que os serviços governamentais “continuarão ininterruptos” durante a transição, durante a qual avaliará o desempenho dos actuais secretários antes de decidir se serão ou não substituídos. Em queda O filho do falecido ditador Ferdinand Marcos (1917-1989) tem três anos até ao final do mandato e, de acordo com o comunicado, a renovação ministerial representa “uma nova fase totalmente focada nas necessidades mais urgentes da população”. Até ao momento, mais de uma dúzia dos 23 secretários do Executivo demitiram-se ou anunciaram a intenção de abandonar o cargo, juntamente com líderes de agências sob o controlo do Presidente, como a Autoridade de Desenvolvimento Metropolitano de Manila. Entre eles estava o secretário das Finanças, Ralph G. Recto, que, em comunicado, elogiou a “decisão ousada” tomada “com o desejo de dar prioridade às pessoas e ao país”. O secretário da Energia, Raphael Lotilla, observou que a ordem de demissão é “uma excelente oportunidade para fazer um balanço e revigorar o Governo”. A medida foi tomada depois de o Presidente ter reconhecido na segunda-feira que os maus resultados das eleições se deveram à decepção dos filipinos com o desempenho do Governo. A taxa de aprovação de Marcos Jr. caiu para 25 por cento, de acordo com uma sondagem realizada em Março, uma queda acentuada face à taxa de 42 por cento em Fevereiro. Os entrevistados apontaram a falha do Governo em controlar a inflação, a corrupção desenfreada no país e a falta de medidas para combater a pobreza.
Hoje Macau EventosFRC | Debate sobre uso de tecnologia na próxima quarta-feira Decorre na próxima quarta-feira, na Fundação Rui Cunha (FRC), a sessão “Geração dos ecrãs: navegar sem limites” [Blue wave generations: surfing without limits]. O evento pretende discutir o impacto da navegação, sem limitações, nos ecrãs digitais, principalmente nos telemóveis e das novas tecnologias. A sessão, uma organização conjunta da Associação dos Jovens Macaenses (AJM), Universidade de São José (USJ) e a Fundação Rui Cunha, vai focar-se na forma como o tempo excessivo nos ecrãs digitais afecta a saúde e o bem-estar, em especial a geração mais jovem, e como pode afectar o sistema educativo em Macau, bem como será ainda abordado o que pode ser feito para equilibrar e gerir o tempo (com ou sem ecrãs), incluindo a introdução da Inteligência Artificial no nosso futuro próximo. Jacky Ho, director da Faculdade de Ciências da Saúde e do “Macao Observatory for Social Development” da USJ, é o orador convidado deste evento, que apresentará o tema nesta sessão, moderada por Jerusa Antunes, vice-presidente da AJM. A palestra, com início às 18h30 horas, é aberta ao público e será conduzida em inglês.
Hoje Macau EventosHK / Alliance Française | Sessão sobre novo livro de Mark O’Neill A Alliance Française de Hong Kong apresenta, na próxima quarta-feira, às 18h30, o evento dedicado a falar do mais recente livro do escritor e jornalista Mark O’Neill, intitulado “Europeans in Hong Kong” [Europeus em Hong Kong]. A sessão, com o nome “Rencontre avec Mark O’Neill: ‘Europeans in Hong Kong'”. Segundo a apresentação oficial do evento, irá falar-se de como as comunidades de nacionalidades europeias, incluindo de membros da comunidade macaense, moldaram a sociedade local e desenvolveram várias iniciativas comunitárias e de apoio social. “Na Hong Kong do século XIX as pressões sociais conduziram ao abandono de muitas mulheres, as vulneráveis. A congregação Les Soeurs de Saint-Paul, chegada a Hong Kong em 1848, ofereceram refúgio [a pessoas pobres]”, sendo que entre 1848 e 1897 deram apoio a mais de 34.000 crianças, na sua maioria chinesas e meninas. “Este acto de compaixão representa uma das contribuições europeias mais significativas para Hong Kong”, descreve-se. Mark O’Neill nasceu em Londres, Reino Unido, e está há muitos anos radicado em Hong Kong. Foi jornalista e desde 2006 que se dedica a escrever a tempo inteiro, tendo já lançado 12 livros sobre questões sociais e culturais da região e da China, incluindo obras biográficas.
Hoje Macau EventosFAM | Teatro chinês e sons coreanos para ver e ouvir no CCM O cartaz da 35.ª edição do Festival de Artes de Macau prossegue este fim-de-semana e traz diversidade artística para dar resposta a todos os gostos: hoje e amanhã sobe ao palco do Centro Cultural de Macau a peça “Deling e Cixi”, tida como um clássico dentro do género, seguindo-se as sonoridades mais fortes dos TAGO, em “A Batida do Xamã”, amanhã e domingo O fim-de-semana está preenchido para os lados do Centro Cultural de Macau (CCM) com dois espectáculos integrados no cartaz da 35.ª edição do Festival de Artes de Macau (FAM), para os quais ainda há bilhetes disponíveis. Desta forma, quem gosta mais de cultura tradicional chinesa pode ver, hoje e amanhã, a peça “Deling e Cixi”, que é “o regresso de um clássico” do teatro chinês, com dramaturgia e direcção de produção de He Jiping e encenação de Roy Szeto. No palco do grande auditório do CCM poderá ver-se “um elenco de estrelas, figurinos requintados e cenários luxuosos, transportando o público de volta à opulência da Cidade Proibida”. “Espreitando a intimidade da corte durante o final da dinastia Qing, a peça conta a história de Deling, uma jovem aristocrata educada no Ocidente que é chamada ao palácio. À medida que a sua personalidade vibrante trespassa a frieza palaciana, Deling depara-se com Cixi, a autoritária Imperatriz Viúva, e o constrangido Imperador Guangxu. Aproximando-se de ambos com inteligência e sinceridade, a jovem tece uma história extraordinária, plena de risos e lágrimas. Apesar das suas diferenças, as duas mulheres desenvolvem uma ligação especial por entre o turbulento espírito da época”, revela a sinopse do espectáculo. A primeira estreia desta peça aconteceu em 1998, no Teatro Repertório de Hong Kong, e ficou sempre em palco tendo em conta o sucesso do projecto. Agora, para o FAM, reúne-se “uma equipa criativa e um elenco de alto nível, que retrata de forma viva a majestade e a ternura oculta de Cixi, a juventude e a coragem de Deling e as frustrações de Guangxu”. Trata-se de uma “história cativante a ilustrar um momento crucial da história da China”, lê-se na mesma sinopse. Da Coreia para o mundo O FAM traz ainda para o pequeno auditório do CCM, amanhã e domingo, um espectáculo da Coreia do Sul. Trata-se do grupo TAGO que apresenta “A Batida do Xamã”, num espectáculo que é “uma brisa fresca e jovem de ritmos tradicionais”, num afastamento “da música pop” que tanto tem marcado a actualidade musical coreana. O público de Macau pode, assim, assistir a uma “magistral demonstração de precisão e movimento, uma representação de rituais antigos com um apelativo toque contemporâneo”. Segundo a sinopse do espectáculo, utiliza-se “um conjunto de instrumentos de percussão, entre gigantescos e pequenos tambores, temperados com movimentos de artes marciais”, com os “músicos experientes a reinventar uma herança milenar com uma irresistível garra”. Haverá, portanto, em palco, “impecável ritmo, uma estética suave e um estilizado sentido cénico”, sendo este um “espectáculo enérgico, polivalente e rítmico, que nos mergulha num turbilhão de emoções com salpicos de comédia física, expressos através de uma coreografia cool e apurada”. “A Batida do Xamã” tem “feito furor em festivais e salas de espectáculos na Europa, África, América do Sul e Austrália”, apresentando-se agora em Macau com coreografia e direcção de Soo-Ho Kook. Amanhã e domingo haverá dança e ritmos explosivos durante 1h15.
Hoje Macau China / ÁsiaOMC | China sugere “calma” face às taxas alfandegárias de Trump A China sugeriu aos Estados membros da Organização Mundial do Comércio (OMC) que respondam com “calma” às perturbações causadas pelas taxas alfandegárias de Donald Trump no comércio internacional e apelou à preservação das trocas não afectadas. “Temos de estabilizar as nossas relações comerciais para garantir que os outros 87 por cento do comércio internacional continua a funcionar conforme as normas da OMC”, afirmou a representação chinesa, durante a sessão do Conselho Geral realizada em 20 e 21 de Maio. Uma semana depois de ter começado a vigorar a “trégua” comercial acordada por EUA e China, a delegação desta realçou na OMC que, “se bem que a negociação bilateral possa ser um meio para atenuar ou resolver fricções comerciais”, deve-se continuar a operar segundo as regras do organismo internacional. Acrescentou que, “perante as acções de unilateralismo e intimidação, a China adoptou e continuará a adoptar medidas enérgicas”, para proteger os seus direitos e interesses legítimos, mas também para “defender as normas comerciais mundiais e a equidade e justiça internacionais”. A delegação dos EUA na OMC realçou que “o sistema de comércio unilateral existente não foi capaz de enfrentar os graves desafios com que se confronta”, entre os quais os crescentes desequilíbrios comerciais ou “práticas contrárias aos princípios” da organização internacional. “Uma reforma adequada necessitará da participação de outros membros, incluindo os que aproveitaram a incapacidade da OMC para alcançar os seus objectivos”, acrescentou.
Hoje Macau China / ÁsiaAutomóveis | Changan entra oficialmente no mercado de Portugal Mais uma marca chinesa de automóveis anunciou recentemente sua entrada oficial no mercado de Portugal. No final de Abril, o Grupo Auto-Industrial, pioneiro português no sector automóvel, chegou a um acordo de cooperação com a Changan Automobile, responsável pela importação e distribuição dos modelos da fabricante chinesa, indica o Diário do Povo. A Changan, um dos quatro principais grupos automóveis da China, tem 40 anos de experiência de manufactura de carros e possui 14 bases de fabricação e 34 fábricas em todo o mundo. Actualmente, a Changan Automobile tem marcas próprias como CHANGAN UNI, CHANGAN NEVO, CHANGAN LCV, DEEPAL, AVATR, e marcas joint venture incluindo CHANGAN Ford, CHANGAN Mazda, e JMC. Pelo cronograma, a Changan deve introduzir nove modelos novos de carros para o mercado europeu nos próximos três anos. Entre eles, destacam-se o DEEPAL S07. O modelo de SUV eléctrico, com um comprimento de 4,75 metros, é desenhado pelo Centro de Design Europeu da Changan em Turim, Itália. Distingue-se pelo desenho estético em conformidade com os gostos europeus, com elementos de janelas sem moldura, puxadores de portas retrácteis e tetco panorâmico, apresentando robustez nas suas linhas e cheio de detalhes. A Changan Automobile, bem como o DEEPAL S07, estão programados a ser divulgados ao público português no ECAR SHOW — Salão do Automóvel Híbrido e Eléctrico, que será realizado de 23 a 25 de Maio de 2025, na Feira Internacional de Lisboa.
Hoje Macau China / ÁsiaJenin | Exigida investigação a Israel após tiros contra diplomatas As acções das autoridades israelitas continuam a chocar o mundo. Além do cerco imposto à população em Gaza, replicando práticas medievais, os soldados israelitas dispararam quarta-feira, em Jenin, contra uma delegação de diplomatas de vários países, incluindo Portugal. Pequim exige uma investigação de Israel A China exigiu ontem uma investigação completa sobre o incidente em que soldados israelitas dispararam contra uma delegação diplomática na cidade de Jenin, na Cisjordânia, e pediu medidas para evitar que uma situação semelhante se repita. “Estamos atentos ao incidente. Opomo-nos firmemente a qualquer acção que ponha em perigo a segurança do pessoal diplomático e exigimos uma investigação completa para evitar a repetição destes acontecimentos”, disse ontem a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Mao Ning. Em conferência de imprensa, Mao apelou a todas as partes, e em especial a Israel, para que “evitem quaisquer acções que possam provocar uma escalada das tensões” na região. “A situação na Jordânia e na Cisjordânia tem sido tensa desde há algum tempo”, afirmou. Meio mundo A declaração de Pequim surge um dia depois do exército israelita ter disparado tiros de aviso contra uma delegação diplomática composta por representantes de 24 países. De acordo com uma lista noticiada pela agência de notícias EFE, a delegação incluía representantes do Gabinete da União Europeia e de 14 países da UE: Portugal, Áustria, Irlanda, Espanha, Lituânia, Polónia, Roménia, França, Holanda, Finlândia, Itália, Alemanha, Dinamarca e Bélgica. Representantes do Canadá, Reino Unido, México e Uruguai, bem como Jordânia, Marrocos, Turquia e Egipto, também terão feito parte da delegação. Somam-se diplomatas da China e do Japão. Representantes do Programa Mundial de Alimentos (PMA) e da agência da ONU para refugiados palestinos, UNRWA, também participaram da visita. O grupo diplomático, convocado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros da Palestina, estava a realizar uma visita para “observar as condições humanitárias e os crimes e violações cometidos pelas forças de ocupação na área”, informou fonte palestiniana. Vídeos do incidente, partilhados por diplomatas palestinianos, mostram soldados israelitas a apontar armas e a atirar na direcção do grupo. O exército israelita acusou a delegação diplomática de “desviar-se da rota aprovada”, razão pela qual, dizem, decidiram disparar tiros de “advertência”. “As IDF [Forças de Defesa de Israel] lamentam o inconveniente causado”, disseram as forças israelitas em comunicado, sublinhando que ninguém ficou ferido no incidente, que ocorreu em uma “zona de combate activa”.
Hoje Macau SociedadeZAPE | Apreendidos 651 maços de tabaco em lojas de conveniência Na sequência de uma denúncia, o Gabinete para a Prevenção e o Controlo do Tabagismo e do Alcoolismo dos Serviços de Saúde apreendeu 651 maços de cigarros em duas lojas de conveniência na zona do ZAPE. Segundo um comunicado divulgado ontem pelos Serviços der Saúde, foi verificado que as lojas tinham uma grande quantidade de cigarros cuja rotulagem não estava em conformidade com as disposições legais de Macau. Numa delas, foram encontrados 159 maços (no total de 3180 cigarros) e o noutra 492 maços (no total de 9840 cigarros). Os responsáveis pelas lojas de conveniência em causa não mostraram os documentos de importação. O tabaco foi apreendido pelos Serviços de Alfândega e os Serviços de Saúde vão acompanhar o caso e, se for confirmada a infracção, os responsáveis pelas lojas podem ser punidos com multa até 200 mil patacas. Os Serviços de Saúde reiteraram que, “para assegurar a saúde dos residentes, a lei de Macau regula rigorosamente a circulação dos produtos de tabaco, apelando aos comerciantes para não arriscarem a sorte nem desafiarem a lei, sob pena de serem severamente punidos”.
Hoje Macau SociedadePJ | Três detidos por burla com notas falsas Três homens do Interior foram detidos pelos crimes de burla e troca ilegal de dinheiro para o jogo, depois de terem entregue a um jogador notas falsas. O caso foi apresentado ontem pela Polícia Judiciária (PJ) e citado pelo Jornal Ou Mun. A situação foi descoberta depois do jogador ter utilizado as notas recebidas dos burlões no casino para obter fichas de jogo. Nessa altura, os trabalhadores do casino verificaram que as notas apresentavam anormalidades, tinham inclusive a palavra “copy” pelo que denunciaram o sucedido às autoridades. Após a investigação, a PJ descobriu que os suspeitos estão envolvidos em outros quatro casos semelhantes que aconteceram nos dias 2 e 20 deste mês. No quarto do hotel na ZAPE onde os suspeitos estavam hospedados, os agentes da PJ encontraram outros 70 mil dólares de Hong Kong em notas falsas de 1.000 dólares de Hong Kong. Contudo, a impressão foi considerada de baixa qualidade. Os suspeitos recusaram cooperar com a PJ. O caso foi encaminhado ao Ministério Público pelos crimes de associação, de burla e de exploração de câmbio ilícito para jogo.
Hoje Macau PolíticaIPIM | Macau e Hengqin procuram investimento em Harbin Uma comitiva de oficiais de Macau e Hengqin foi à capital da província Heilongjiang procurar investimento e intercâmbio com empresas da região do nordeste chinês na 34.ª Feira Internacional de Economia e Comércio de Harbin. A comitiva local que se deslocou a Harbin nos dias 14 e 15 de Maio, foi constituída pelos representantes do Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento (IPIM), da Direcção dos Serviços de Desenvolvimento Económico da Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin e da Associação de Bancos de Macau. Segundo um comunicado divulgado ontem pelo IPIM, foi organizada uma sessão de bolsa de contactos para oportunidades de negócio e investimento em Macau, que contou com a participação entusiástica de 53 empresas da província de Heilongjiang”. As empresas participantes operam em sectores tão diversos como alimentação, big health, indústria, “abrangendo empresas cotadas de renome e integrantes da lista das 500 maiores empresas do mundo”. As delegações de Macau e de Hengqin foram ainda convidadas a visitar uma empresa estatal líder no sector agrícola, uma empresa farmacêutica de renome e uma associação da indústria biomédica.
Hoje Macau PolíticaAssociação pede combate intenso à contratação de trabalhadores ilegais A Associação Geral dos Empregados do Ramo de Transporte de Macau visitou a Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL) e apelou para que se intensifiquem as acções contra a contratação de trabalhadores ilegais. Num comunicado, o presidente da associação, Cheang Wa Cheong considerou que a contratação de trabalhadores ilegais nos transportes é cada vez mais grave, com alguns trabalhadores não residentes a desempenharem as funções de motoristas sem autorização. Assim sendo, Cheang afirmou que faltam cada vez mais oportunidades de emprego para os motoristas locais. Por outro lado, Cheang Wa Cheong reconheceu que é difícil descobrir os trabalhadores ilegais e que muitas vezes os casos só são conhecidos porque estes acabam por se envolver em acidentes de viação. Por isso, o dirigente associativo pediu ao Governo para reforçar a realização de operações stop e que crie um mecanismo de denúncia eficaz, mas que também proteja a identidade dos denunciantes. Deputada presente Por sua vez, Ella Lei, deputada e vice-presidente da Federação das Associações dos Operários de Macau, Ella Lei, que acompanhou a visita, apontou que os trabalhadores de transportes não têm um local de trabalho fixo, o que dificulta a identificação destes casos. Por isso, a legisladora deixou o desejo de que as autoridades reforcem a cooperação interdepartamental para tratar das queixas, bem como aumentem a frequência das inspecções. A deputada recordou igualmente que o sector dos transportes acompanha de perto o combate à contratação de trabalhadores ilegais pelo que existe a expectativa de que o Governo altere e melhore as leis e o regime de sanções, como forma de desencorajar a contratação sem autorização. Ella Lei aproveitou a visita para pedir uma revisão das leis, para tornar as sanções mais pesadas para qualquer trabalhador não residente que desempenhe funções fora do âmbito da autorização de trabalho. Em resposta, o subdirector da DSAL, Chan Chon U, garantiu que a DSAL presta muita atenção ao combate contra a contratação dos trabalhadores ilegais e que envia regularmente agentes para fiscalizações e cooperarem com outros departamentos. Chan Chon U recordou que no ano passado, a DSAL realizou mais de 500 inspecções. O responsável espera que o sector faça mais denúncias com mais detalhes concretos, como o número da matrícula, localização e hora dos veículos envolvidos.
Hoje Macau SociedadeWynn / MUST | Criadas bolsas para estudantes lusófonos de mestrado A operadora de casinos Wynn Resorts anunciou ontem a criação de 30 bolsas anuais para estudantes de mestrado na Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau, incluindo alunos vindos dos países de língua portuguesa. O reitor da Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau disse que as bolsas “contribuirão significativamente para atrair estudantes dos países de língua portuguesa (…) para prosseguirem os seus estudos” na região. De acordo com um comunicado divulgado pela empresa, Joseph Lee Hun-wei afirmou que as bolsas estão também abertas a candidaturas de estudantes de países que fazem parte da iniciativa chinesa Uma Faixa, Uma Rota, que abrange mais de 140 países, incluindo Angola, Cabo Verde, Guiné Equatorial, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste. “Após concluírem os estudos, regressarão à sua terra natal com as experiências aprendidas em Macau, tornando-se embaixadores culturais que contam bem as histórias da China e de Macau”, disse Joseph Lee, citando as declarações mais recentes de Xia Baolong, durante uma visita de seis dias ao território. O director do Gabinete dos Assuntos de Hong Kong e Macau, sob a tutela do Conselho de Estado, defendeu a necessidade de “convidar parceiros estrangeiros a visitar e testemunhar a vitalidade e atractividade” dos dois territórios. O acordo para a criação das bolsas de estudo foi assinado na terça-feira por Joseph Lee e pela presidente da Wynn Resorts, Linda Chen, na presença do director dos Serviços de Educação e de Desenvolvimento da Juventude, Kong Chi Meng. Citada no comunicado, Linda Chen recordou que, em Dezembro, o líder chinês Xi Jinping defendeu que Macau deve “estreitar laços com as instituições de ensino superior dos países de língua portuguesa”.
Hoje Macau SociedadeReserva Financeira com valor mais elevado em três anos Os activos da Reserva Financeira de Macau atingiram no final de Março 623,6 mil milhões de patacas, o valor mais elevado dos últimos três anos, foi ontem anunciado. De acordo com o balanço publicado no Boletim Oficial pela Autoridade Monetária de Macau (AMCM), a reserva está no nível mais alto desde Fevereiro de 2022, numa altura em que o território enfrentava os desaires económicos associados à pandemia. Ainda assim, permanece longe do recorde histórico de 663,6 mil milhões de patacas, atingido no final de Fevereiro de 2021, apesar do território estar em plena pandemia de covid-19. A reserva começou 2025 em alta, com o valor dos activos a subir 7,35 mil milhões de patacas nos três primeiros meses. Os dados oficiais mostram que é o melhor arranque de ano desde o primeiro trimestre de 2021, período em que a reserva se valorizou em 39,4 mil milhões de patacas. Bons aumentos De acordo com a AMCM, a reserva tinha registado em 2024 o melhor ano desde a pandemia, ao ganhar 35,7 mil milhões de patacas, tendo este sido o aumento anual mais elevado desde 2019, quando o valor da reserva aumentou em 70,6 mil milhões de patacas. Por sua vez, o valor da Reserva Extraordinária no final de Março era de 452 mil milhões de patacas e a reserva básica, equivalente a 150 por cento do orçamento público de Macau, era de 164,2 mil milhões de patacas. O orçamento do território para 2025 prevê uma subida de sete por cento nas despesas totais, para 109,4 mil milhões de patacas. A Reserva Financeira de Macau é maioritariamente composta por depósitos e contas correntes no valor de 246 mil milhões de patacas, títulos de crédito no montante de 119,9 mil milhões de patacas e até 251,9 mil milhões de patacas em investimentos subcontratados. Em 2024, os investimentos renderam à Reserva Financeira quase 31 mil milhões de patacas, correspondendo a uma taxa de rentabilidade de 5,3 por cento, disse a AMCM no final de Fevereiro.
Hoje Macau SociedadeEconomia | Vendas a retalho com quebras de 15% Nos primeiros três meses do ano, o volume de negócios dos estabelecimentos do comércio a retalho sofreu uma quebra de 15 por cento, em termos anuais, para 17,58 mil milhões de patacas. Os números foram divulgados ontem pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC), no “inquérito ao volume de negócios no comércio a retalho referente ao primeiro trimestre de 2025”. A maior redução do volume de vendas aconteceu nos artigos de couro, com uma diminuição de 24,2 por cento, seguida pelos produtos cosméticos e de higiene que registaram uma redução de 22,3 por cento. Igualmente com reduções das vendas acima dos 15 por cento estão os produtos de armazéns e quinquilharias, com uma diminuição de 18,8 por cento e a venda de relógios e joalharia, com baixas de 17,2 por cento. “Após a retoma das actividades económicas de Macau em 2023, verificou-se uma concentrada vontade de consumir, que impulsionou o rápido crescimento do volume de negócios dos estabelecimentos do comércio a retalho”, indicou a DSEC, em comunicado. “No entanto, a partir do primeiro trimestre de 2024 o volume de negócios começou a diminuir em termos anuais devido à elevada base de comparação registada no mesmo trimestre de 2023 e à mudança do modelo de consumo, entre outros factores”, foi acrescentado. A mesma fonte indicou que nos primeiros três meses do ano, o volume de negócios do comércio a retalho na RAEM está a níveis de 86 por cento, do que acontecia no primeiro trimestre de 2019.
Hoje Macau PolíticaDireitos das mulheres | O Lam afirma que Macau está acima da média da OCDE A secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, O Lam, defendeu que as disparidades salariais entre homens e mulheres são menores em Macau do que na média dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE). Foi desta forma que a secretária destacou o desenvolvimento dos direitos das mulheres no pós-transferência da RAEM, ontem, durante a cerimónia do 75.º aniversário da Associação das Mulheres. Apesar do evento também ter contado com a presença do Chefe do Executivo, Sam Hou Fai, o discurso oficial ficou a cargo daquela que é a única secretária do actual Governo. Além de defender que a diferença salarial é mais ténue na RAEM do que na média dos países da OCDE, de acordo com o discurso citado pelo jornal Ou Mun, O Lam destacou ainda o “progresso” no desenvolvimento profissional da mulher em Macau, o que afirmou ser possível atestar pela proporção de mulheres em posições de liderança. O valor dessa proporção não foi mencionado pela publicação. O Lam disse também que o Governo vai criar condições para que cada mulher “possa perseguir os seus sonhos” e “brilhar nesta terra vibrante”. Na cerimónia, a responsável prometeu ainda que o Governo vai estudar os assuntos relacionados com as mulheres e ouvir as opiniões da sociedade, para identificar as áreas que necessitam de ser mais desenvolvidas. O Lam citou ainda o Presidente Xi Jinping que definiu como política nacional a protecção dos direitos e interesses das mulheres.
Hoje Macau PolíticaTurismo | Leong Hong Sai sugere roteiros nacionalistas O deputado Leong Hong Sai acha que o Governo deve apostar no turismo cultural, pegando em elementos históricos e de exaltação do patriotismo presentes em museus do território, ou que estejam espalhados pelos bairros residenciais, para criar roteiros turísticos. Segundo o legislador da bancada dos Moradores, este tipo de oferta turística pode atrair visitantes para as zonas comunitárias e revitalizar o comércio local. Em declarações ao jornal Ou Mun, Leong Hong Sai deu como exemplo a celebração este ano do 80.º aniversário da vitória do povo chinês na guerra de resistência contra a agressão japonesa e a guerra mundial antifascista. A data poderia ser assinalada com a criação de um percurso turístico nacionalista que relate as histórias de vida dos pioneiros revolucionários em Macau, assim como o contributo da cidade para a revolução chinesa e a guerra de resistência contra a agressão japonesa. O deputado salientou também a importância da renovação urbana no sentido de tornar os bairros residenciais mais atractivos.
Hoje Macau PolíticaZona de Cooperação | Saída de Su Kun oficializada A saída de Su Kun da Comissão Executiva da Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin foi ontem publicada em Boletim Oficial, através de um despacho publicado pelo Chefe do Executivo, Sam Hou Fai. O despacho confirma a informação divulgada na semana passada justificada com “motivos pessoais”. No entanto, o despacho publicado ontem não indica que a saída se deveu a motivos pessoais. Contudo, confirma que a saída da comissão aconteceu a pedido de Su Kun. A demissão de Su foi anunciada horas antes pela comissão anticorrupção da província de Guangdong a anunciar a investigação a um caso de corrupção que envolve uma empresa estatal responsável pelo desenvolvimento de Hengqin. Num comunicado da semana passada, a Comissão Provincial de Inspecção Disciplinar de Guangdong indicou que o antigo presidente do grupo Zhuhai Da Hengqin, Hu Jia, “é suspeito de graves violações disciplinares”, uma frase que normalmente se refere a casos de corrupção.
Hoje Macau China / ÁsiaGaza | Leão XIV apela à entrada de “ajuda humanitária decente” O Papa Leão XIV apelou ontem à entrada de “ajuda humanitária decente” em Gaza e ao fim das hostilidades, denunciando que o “preço atroz está a ser pago por crianças, idosos e doentes”. “A situação na Faixa de Gaza é cada vez mais preocupante e dolorosa”, declarou o Papa, citado pela agência de notícias France-Presse (AFP). O apelo foi lançado por Leão XIV na primeira audiência geral semanal na Praça de São Pedro, no Vaticano, desde que foi eleito, em 08 de Maio. As autoridades israelitas impuseram um bloqueio ao território palestiniano de 2,4 milhões de habitantes em Março. Israel anunciou na terça-feira que tinha deixado entrar em Gaza alguns camiões com alimentos para bebés, no mesmo dia em que a Organização Mundial de Saúde (OMS) denunciou que dois milhões de palestinianos estavam a passar fome. A organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) acusou Israel de só permitir a entrada em Gaza de uma ajuda “ridiculamente insuficiente” para não ser acusada de “matar a população à fome”. A ajuda autorizada a entrar na Faixa de Gaza, uma centena de camiões desde segunda-feira segundo as autoridades israelitas, “não passa de uma cortina de fumo”, segundo a organização não-governamental (ONG). A MSF denunciou que se mantém o cerco que Israel impôs a Gaza no início de Março para obrigar o grupo extremista palestiniano Hamas a libertar os reféns que ainda mantém em cativeiro. A guerra em curso na Faixa de Gaza foi desencadeada por um ataque do Hamas no sul de Israel em 07 de Outubro de 2023 que causou cerca de 1.200 mortos e 250 reféns. A retaliação de Israel provocou mais de 53.000 mortos em Gaza, além da destruição de grande parte das infraestruturas do território governado pelo Hamas desde 2007. No dia 11 de maio, o Papa já tinha afirmado estar “profundamente triste” com o que estava a acontecer na Faixa de Gaza. Apelou na altura a “uma cessação imediata das hostilidades, à ajuda humanitária para a população civil exausta e à libertação de todos os reféns”. Rezas e apelos Na audiência geral na Praça de São Pedro, o chefe da Igreja Católica defendeu perante mais de 25.000 fiéis ser necessário trabalhar pela paz num mundo em guerra. “Num mundo dividido pelo ódio e pela guerra, somos chamados a semear a esperança e a construir a paz”, afirmou, também citado pela agência de notícias espanhola EFE. Horas antes da audiência, Leão XIV tinha confirmado à primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, a disponibilidade do Vaticano para acolher as negociações entre a Ucrânia e a Rússia, informou o Governo italiano num comunicado. Durante a saudação aos fiéis de língua portuguesa, o pontífice norte-americano convidou-os a rezar o terço pela paz. “Neste mês mariano, gostaria de reiterar o convite de Nossa Senhora de Fátima: ‘Rezem o terço todos os dias pela paz’. Juntamente com Maria, pedimos que os homens não se fechem a este dom de Deus e desarmem os seus corações”, disse, segundo a EFE.
Hoje Macau EventosProjecto “EVERY 1”, dos alunos da USJ, para ver até final do mês A Universidade de São José (USJ) apresenta até final do mês, na Galeria Kent Wong, o projecto artístico “EVERY 1”, uma das primeiras exposições viradas para a área da sustentabilidade dos alunos da licenciatura em Comunicação e Media da USJ. Assim, e segundo uma nota da USJ, a mostra foi desenvolvida a pensar “na consciência ambiental”, apresentando um novo conceito ao público. Isto porque “tradicionalmente as exposições procuram ser eventos de grande impacto no que diz respeito a resíduos, utilização de energia e materiais não recicláveis”, mas o projecto “EVERY 1” veio “inverter essa narrativa”, pois foram usados “materiais promocionais descartáveis, como bandeiras, roll-ups ou cenários impressos”, com a eliminação total de placas de espuma e outros expositores à base de espuma, “normalmente omnipresentes nas exposições”. Desta forma, “os estudantes e organizadores optaram pelo uso do papel reciclado e reciclável, reduzindo drasticamente a pegada de plástico da exposição”, sendo que a organização estima que “98 por cento dos materiais utilizados [na mostra] foram reutilizados ou recicláveis”, pelo que este projecto acaba por ser “um modelo de execução com poucos resíduos”. Muitas compensações Além da reutilização de materiais, os alunos e as pessoas por detrás da organização do “EVERY 1” procuraram perceber e calcular gastos de energias, pois essa questão está também inerente à ideia de sustentabilidade. Desta forma, foi calculada “a pegada de carbono da exposição”, estando em curso “planos para compensar as emissões de CO2 através de iniciativas de plantação de árvores em Macau, demonstrando uma abordagem de círculo completo à responsabilidade ambiental”, é referido. Para a USJ, “a acção climática não é apenas um slogan, mas sim uma responsabilidade”, uma vez que esta geração de estudantes compreende profundamente a urgência da crise climática”. “Ao tornar este evento ecológico, não estamos apenas a mostrar o seu talento criativo, mas também o seu empenho em construir um futuro mais sustentável”, lê-se ainda. A exposição “EVERY 1” criou, segundo a USJ, “um precedente poderoso, provando que as exposições ambientalmente conscientes na USJ não são apenas possíveis – são o futuro”. Deixa-se ainda uma “mensagem importante” para o público: de que “contar histórias com significado e responsabilidade climática podem – e devem – andar de mãos dadas”.
Hoje Macau China / ÁsiaTarifas | Diplomata chinês acusa EUA de culpar o mundo por problemas internos Um ex-diplomata chinês afirmou ontem que os Estados Unidos terão de aprender a lidar com uma China em ascensão e demonstrar o devido respeito e igualdade. No segundo dia da Cimeira da Prosperidade Global, que se realiza anualmente em Hong Kong, Wu Hailong afirmou que Washington tem utilizado uma série de estratégias de supressão e contenção para travar o desenvolvimento da China na última década. Mas Wu, que foi chefe-adjunto do Gabinete do Comissário do Ministério dos Negócios Estrangeiros em Hong Kong, salientou que a ascensão da China é um facto indiscutível e sublinhou que quaisquer esforços para difamar ou impedir o progresso da nação seriam em vão. Wu, actualmente presidente da Associação de Diplomacia Pública da China, afirmou que os problemas de Washington são internos, mas que o país recusa procurar soluções para curar a sua própria “doença”. “Imaginem uma pessoa que recusa a medicação mas insiste em que os outros tomem comprimidos para curar a sua doença”, afirmou, citado pela emissora de Hong Kong RTHK. “É esta a lógica da guerra tarifária recentemente lançada pelos Estados Unidos contra o mundo inteiro. “É verdade que a China tem mantido um excedente comercial com os Estados Unidos ao longo dos anos… Mas isso é uma questão de escolha do consumidor e de dinâmica do mercado, e não de manipulação deliberada por parte da China”.
Hoje Macau China / ÁsiaLíder mundial de baterias estreia-se com subida de 13,7% na bolsa de Hong Kong A maior fabricante de baterias para veículos eléctricos do mundo, a Contemporary Amperex Technology (CATL), estreou-se ontem na Bolsa de Hong Kong com uma subida de 13,7 por cento na abertura da sessão. A oferta pública inicial da CATL, já listada na bolsa da cidade vizinha de Shenzhen, deverá ser a mais elevada em Hong Kong desde 2021, superando a da fabricante de electrodomésticos Midea (cerca de 4,6 mil milhões de dólares ou 4,1 mil milhões de euros), lançada em Setembro. A agência de notícias financeiras Bloomberg destaca ainda que esta IPO (na sigla em inglês) pode tornar-se a mais substancial do mundo este ano. A CATL, sediada na cidade de Ningde, no sudeste do país, disse na semana passada que esperava arrecadar, pelo menos, 31 mil milhões de dólares de Hong Kong com a venda de, pelo menos, 117,9 milhões de acções a um preço máximo de 263 dólares de Hong Kong. O valor total poderá atingir os 41 mil milhões de dólares de Hong Kong, se todas as opções forem exercidas. A empresa disse que 90 por cento dos fundos angariados será utilizado para financiar a expansão das operações da CATL na Hungria, bem como na Alemanha, Espanha e Indonésia. A listagem atraiu investidores de relevo, como a petrolífera estatal chinesa Sinopec, o fundo soberano do Kuwait KIA e a gestora de activos norte-americana Hillhouse Investment, que se comprometeram a adquirir acções no valor de cerca de 2,6 mil milhões de dólares. A CATL tem uma quota de mercado global de 37,9 por cento, superando a também chinesa BYD (17,2 por cento) e a sul-coreana LG Energy Solution (10,8 por cento). Ouvidos de mercador Numa lista publicada em Janeiro pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos, a CATL foi designada como uma “empresa militar chinesa”. Um comité dedicado ao Partido Comunista Chinês na Câmara dos Representantes, câmara baixa do Parlamento dos Estados Unidos, destacou esta designação em cartas enviadas a dois bancos norte-americanos em Abril, instando-os a retirarem-se da listagem de uma “empresa chinesa ligada ao exército”. Mas os dois bancos em causa, o JP Morgan e o Bank of America, mantiveram a participação na oferta pública inicial da CATL. O Governo chinês classificou a lista do Departamento de Defesa dos Estados Unidos como uma perseguição, e a CATL negou estar envolvida “em actividades militares”. Na quinta-feira, a maior farmacêutica da China, Jiangsu Hengrui Pharmaceuticals, lançou também uma oferta pública inicial na bolsa de valores de Hong Kong, para atrair até 1,13 mil milhões de euros em investimento. Sete investidores institucionais, incluindo a empresa de investimento dos Estados Unidos Invesco Advisers, já se tinham comprometido a investir 533 milhões de dólares norte-americanos na oferta. A Hengrui, já cotada na bolsa de Xangai, considerada a capital financeira da China, deverá começar a ser listada em Hong Kong em 23 de Maio.
Hoje Macau China / ÁsiaEconomia | Pequim reduz taxa de juro de referência para mínimo histórico O Banco Popular da China anunciou ontem que vai reduzir a taxa de juro de referência a um ano em 0,1 pontos percentuais, para um mínimo histórico de 3 por cento. A medida tem como objectivo impulsionar o crescimento económico A taxa de juro de referência (LPR, na sigla em inglês) na China irá descer 0,1 pontos percentuais para 3 por cento, o mínimo histórico, de acordo com o anúncio de ontem do banco central chinês. O anúncio é o mais recente esforço das autoridades para impulsionar o crescimento, afectado pelas tensões comerciais com os Estados Unidos e pela crise no sector imobiliário. A decisão da instituição está em linha com as previsões dos analistas, que esperavam um corte na taxa. Na actualização mensal, o Banco Popular da China (PBC, na sigla em inglês) indicou que a LPR se manterá nesse nível pelo menos até daqui a um mês. Este indicador, estabelecido como referência para as taxas de juro em 2019, é utilizado para fixar o preço dos novos empréstimos – geralmente destinados às empresas – e dos empréstimos a taxa variável que estão a ser reembolsados. O indicador é calculado com base nas contribuições de preços de um conjunto de bancos – incluindo os pequenos credores que tendem a ter custos de financiamento mais elevados e maior exposição a crédito malparado – e tem como objectivo baixar os custos dos empréstimos e apoiar a “economia real”. A última redução tinha sido em Outubro, quando o banco central a reduziu em 25 pontos de base (ou 0,25 pontos percentuais), a partir de 3,35 por cento. Consumo interno O banco central também cortou ontem a taxa de juro a mais de cinco anos – referência para os empréstimos hipotecários – de 3,6 por cento para 3,5 por cento. A última descida, em 0,25 pontos percentuais, também tinha ocorrido em Outubro. Em 7 de Maio, o governador do PBC, Pan Gongsheng, tinha anunciado alterações na política monetária para amortecer o impacto da guerra comercial desencadeada pelos Estados Unidos. Pan revelou um corte na taxa das operações de recompra reversa (“reverse repo”) de 1,5 por cento para 1,4 por cento, bem como uma redução de 0,25 por cento na taxa de empréstimos a bancos comerciais, fixando-a em 1,5 por cento. A taxa de reservas obrigatórias foi também reduzida em 0,5 por cento, libertando cerca de um bilião de yuan em liquidez adicional. O banco central reduziu ainda as taxas de juro dos empréstimos à habitação a cinco anos, como parte de um esforço mais amplo para estimular o consumo interno. As autoridades chinesas voltaram a fixar, em Março, um objectivo de crescimento económico de cerca de 5 por cento até 2025. A China registou um crescimento anual de 5,4 por cento, impulsionado por uma aceleração temporária na produção industrial. No entanto, analistas questionam a fiabilidade dos dados e apontam para uma queda nas encomendas para exportação e no sentimento empresarial. A produção industrial na China cresceu 6,1 por cento, em termos homólogos, em Abril, menos 1,6 pontos percentuais do que no mês anterior, de acordo com dados oficiais divulgados na segunda-feira. Além disso, os preços das casas novas na China caíram pelo 23.º mês consecutivo em Abril, a um ritmo ligeiramente mais rápido do que em Março.