Hoje Macau China / ÁsiaGuiné | Expectativa de financiamento na véspera da cimeira China-África [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]Presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, viajou ontem para Pequim para participar na cimeira África-China, que vai decorrer a 3 e 4 de Setembro, com a expectativa de financiamento chinês ao país no horizonte. “Vamos assistir à cimeira china-África onde vamos ter oportunidade de passar em revista a relação entre o nosso continente e a China e vamos eventualmente ver a disponibilidade da China em acompanhar o continente relativamente ao financiamento de uma série de projectos que nós temos em carteira”, afirmou José Mário Vaz. O chefe de Estado guineense falava aos jornalistas momentos antes de viajar para Pequim. Sobre a Guiné-Bissau, o Presidente disse que há “expectativa” de financiamento de projectos, que vão ser “motores de crescimento” da economia do país. Os projectos estão relacionados com os sectores agrícola, do turismo, pescas, infra-estruturas e minérios. “Mas está tudo em aberto”, disse. Durante a sua estada na China, José Mário Vaz vai reunir-se com o seu homólogo, Xi Jinping.
Hoje Macau China / ÁsiaFilipinas | Pelo menos dois mortos e mais de 30 feridos em ataque [dropcap style=’circle’]P[/dropcap]elo menos duas pessoas morreram e mais de 30 ficaram feridas depois de uma bomba ter explodido terça-feira no sul das Filipinas, informaram as autoridades militares do país. A explosão ocorreu num mercado noturno, durante a cerimónia que marcou o 61.º aniversário da fundação da cidade de Isulan, no sul do país, indicaram. Este é o segundo ataque atribuído ao grupo extremista Estado Islâmico em menos de um mês naquela região. No último dia de Julho, uma bomba explodiu num posto de controlo militar em Lamitan, capital de Basilan, causando a morte de pelo menos dez pessoas. O arquipélago sul das Filipinas – maioritariamente católico – é atormentado há décadas por uma insurgência islâmica que, segundo o Governo, já causou mais de 100 mil mortos. “É óbvio que os Lutadores pela Liberdade Islâmica do Bangsamoro, que têm ligações com o grupo Estado Islâmico (EI), têm o maior interesse em realizar estes ataques”, sugeriu o capitão Arvin Encinas, do exército filipino, antes da reivindicação do ataque por aquele grupo extremista. O Presidente filipino, Rodrigo Duterte, pediu em Dezembro do ano passado o prolongamento da lei marcial no sul do país até ao final de 2018, com o objectivo de conter a acção de movimentos extremistas próximos do EI e a crescente ameaça dos rebeldes comunistas. Duterte instaurou a lei marcial em 23 de Maio de 2017, dia em que o grupo radical Maute tomou, pela força, a cidade de Marawi, no noroeste de Mindanao.
Hoje Macau China / ÁsiaComércio | Pequim é maior parceiro de África pelo nono ano consecutivo A China foi, no primeiro semestre de 2018, o maior parceiro comercial de África, pelo nono ano consecutivo, em resultado dos vários acordos de cooperação assinados entre Pequim e o continente, revelam dados ontem divulgados [dropcap style=’circle’]E[/dropcap]ntre Janeiro e Junho de 2018, o comércio bilateral aumentou 16 por cento, em termos homólogos, para 84.600 milhões de euros, afirmou o vice-ministro chinês do Comércio, Qian Keming, em conferência de imprensa. Em 2015, Pequim assinou dez acordos de cooperação com o continente, nas áreas económica e comercial, durante o Fórum de Cooperação China África (FOFAC), que se realizou em Joanesburgo. Qian afirmou que os acordos foram todos implementados e alguns “produziram resultados muito bons”. Desde 2015, a média anual do investimento directo da China no continente fixou-se em 2,5 mil milhões de euros, com destaque para novos sectores como manufactura, finanças, turismo e aviação. 30.000 quilómetros de autoestradas, uma capacidade anual portuária de 85 milhões de toneladas e uma capacidade de produção eléctrica de 20.000 megawatts. Emissor e receptor A próxima edição da FOFAC realiza-se em Pequim, entre 3 e 4 de Setembro, e contará com a participação de dezenas de líderes africanos, incluindo os presidentes de Angola e Moçambique, João Lourenço e Filipe Nyusi, respectivamente. O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, também participará. Críticos apontam que a maioria do financiamento chinês em África parece servir o crédito à exportação e outros critérios que visam promover os objectivos chineses. “A maior fatia do financiamento não visa permitir um crescimento económico significante para os países receptores”, aponta a unidade de investigação China AidData, sediada nos Estados Unidos, que nota ainda que o financiamento chinês vai para países que votam alinhados com Pequim nas Nações Unidas. A China AidData diz que “isso não parece bem”, mas que uma análise aos EUA e outros países ocidentais demonstra a mesma tendência. Segundo estimativas ocidentais, vivem em África um milhão de chineses, dos quais um quarto em Angola.
Hoje Macau China / ÁsiaAfeganistão | Pequim nega construção de campo para tropas afegãs [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]China negou ontem estar a construir um campo de treino para tropas afegãs, no corredor que liga os dois países, ou que vá enviar militares chineses para o Afeganistão, como avançou um jornal de Hong Kong. “Essa informação não é certa”, afirmou a porta-voz do ministério chinês dos Negócios Estrangeiros, Hua Chunying, em conferência de imprensa. O jornal South China Morning Post cita fontes próximas das forças armadas chinesas, que afirmam que o país começou a construir um campo de treinos para apoiar as tropas afegãs no combate ao terrorismo, um projecto que incluiria o envio de pessoal militar chinês para o país. Com 350 quilómetros de extensão, o estreito corredor Wakhan liga a província de Badakhshan, no norte do Afeganistão, à região autónoma do Xinjiang, noroeste do país. Pequim abriu, no ano passado, a sua primeira base militar no estrangeiro, em Djibuti, no Corno de África. As autoridades chinesas descrevem a infra-estrutura como um posto militar logístico, que visa reabastecer embarcações chinesas em operações de paz e missões humanitárias no Oceano Índico. Em 2009, a capital do Xinjiang, Urumqi, foi palco dos mais violentos conflitos étnicos registados nas últimas décadas na China, entre a minoria étnica chinesa de origem muçulmana uigur e a maioria han, predominante em cargos de poder político e empresarial regional.
Hoje Macau China / ÁsiaGuerra Comercial | Analistas chineses consideram que China triunfará A China deverá sair vencedora das disputas comerciais com os Estados Unidos, afirmaram na terça-feira analistas do Governo chinês, ilustrando a confiança entre as autoridades do país, que não têm cedido à pressão de Washington [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]pesar de os EUA estarem, aparentemente, numa posição de vantagem para impor taxas alfandegárias, devido a um défice de quase 321 mil milhões de euros no comércio com o país, Pequim “deverá vencer no final”, segundo os analistas da unidade de investigação Centro da China para o Intercâmbio Económico Internacional, que é financiada pelo Governo chinês. “Os EUA não podem competir com o poder da China”, porque a economia chinesa é “resiliente” e controla “totalmente” o sistema de produção industrial, afirmou Wei Jianguo, antigo vice-ministro chinês do Comércio, num fórum em Pequim, citado pela imprensa local. “Temos que nos preparar a longo prazo, mas os EUA não aguentarão muito tempo”, disse. As disputas comerciais “não reduzem” o papel da China na cadeia de manufactura, argumentou o analista, citado pelo jornal de Hong Kong South China Morning Post. Wei Jianguo lembrou ainda que as exportações chinesas para África podem exceder o valor das vendas para os EUA, nos próximos cinco anos. Os comentários surgem após o Presidente norte-americano, Donald Trump, ter afirmando que esta “não é a altura certa para falar” com a China sobre uma solução para a guerra comercial. “Eles querem falar”, garantiu Trump, referindo-se às autoridades de Pequim, “mas esta não é a altura, para ser sincero”. Na semana passada, uma reunião entre o vice-ministro chinês do Comércio, Wang Shouwen, e o vice-secretário do Tesouro dos EUA, David Malpassa, terminou sem um acordo. A guerra comercial rebentou em Julho passado, quando Washington impôs taxas alfandegárias de 25 por cento sobre um total de 29 mil milhões de euros de bens importados da China. A China retaliou imediatamente com taxas sobre igual valor de importações oriundas dos EUA. Na semana passada, os EUA impuseram taxas adicionais de 25 por cento sobre 13.800 milhões de euros de exportações chinesas. Pequim voltou a retaliar. Esta semana, os EUA realizaram uma audiência pública de seis dias, algo sem precedentes, para discutir novas taxas alfandegárias de 25 por cento sobre um total de 170 mil milhões de importações oriundas da China, por sugestão de Trump. Made in China Chen Wenling, antiga directora do Gabinete de Pesquisa do Conselho de Estado, e actual directora da unidade de investigação, afirmou no mesmo fórum que a “intimidação” de Trump não travará a ascensão da China. “De acordo com o potencial de desenvolvimento dos dois países, a China sairá vitoriosa”, afirmou. Chen considerou que as exigências norte-americanas para que a China mude as suas práticas comerciais acarretam danos graves para o país. “[a guerra comercial iniciada pelos EUA visa] conter o contínuo desenvolvimento da China, travar a modernização socialista da China, impedir que a China se converta numa potência socialista moderna”, disse. A China fabrica 90 por cento dos telemóveis e 80 por cento dos computadores do mundo, mas depende de tecnologia e componentes oriundos dos EUA, Europa e Japão, que ficam com a maior margem de lucro. Contudo, as autoridades chinesas estão a encetar um plano designado “Made in China 2025”, para transformar o país numa potência tecnológica, com capacidades em sectores como inteligência artificial, energia renovável, robótica e carros eléctricos. Trump exige que Pequim ponha fim a subsídios estatais para certos sectores industriais estratégicos, acusando o país de prática de concorrência desleal.
Hoje Macau EventosJoana Vicente é a directora do Festival de Cinema de Toronto [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]produtora Joana Vicente foi ontem anunciada como a nova diretora executiva do Festival Internacional de Cinema de Toronto (TIFF, na sigla em inglês). A portuguesa fica assim corresponsável pela organização a par do director artístico Cameron Bailey. “O comité de selecção ficou profundamente impressionado com o passado de Joana Vicente como produtora, defensora de realizadores independentes e com o seu sucesso em angariação de fundos e parcerias. O seu extenso conhecimento do panorama global cinematográfico em mudança solidificou a decisão”, disse, em comunicado, o conselho de administração do festival. Joana Vicente era, desde Dezembro de 2009, directora executiva do Independent Filmmaker Project, a mais antiga e maior organização de cineastas independentes nos Estados Unidos, como recorda o comunicado do TIFF. “Sempre olhei para o TIFF como uma proeminente plataforma internacional para o cinema mundial, com um impacto local e global”, afirmou, citada pelo festival, Joana Vicente, antes de acrescentar que a visão artística de Carmon Bailey é “inspiradora”. A organização do TIFF salienta que Joana Vicente “é uma figura de proa da indústria cinematográfica de Nova Iorque, tendo produzido mais de 40 filmes e fundado três empresas, incluindo a primeira produtora digital dos Estados Unidos e o primeiro estúdio de distribuição e produção em alta definição do país”. Joana Vicente foi nomeada pela Variety como uma das 60 pessoas mais influentes em Nova Iorque e já recebeu o prémio “Made in New York”, que distingue figuras que tenham contribuído de forma significativa para o crescimento das indústrias de media e entretenimento da cidade. Joana Vicente nasceu em Macau, estudou Filosofia em Lisboa, foi assistente de Maria de Lurdes Pintassilgo no Parlamento Europeu e trabalhou nas Nações Unidas até se decidir pela produção de cinema nos Estados Unidos em parceria com o marido, o produtor Jason Kliot. Ainda antes de atravessar o Atlântico, Joana Vicente foi assistente de produção de António-Pedro Vasconcelos e Paulo Branco e teve uma breve participação como actriz num filme de Alain Tanner. Em Nova Iorque, onde vive há quase 30 anos, fundou com Jason Kliot a Open City Films e a HDnet Films, empresas com as quais assinaram cerca de quarenta produções cinematográficas independentes para realizadores como Brian de Palma, Alex Gibney, Steven Soderbergh, Hal Hartley, Todd Solondz e Jim Jarmuch. Joana Vicente explicava à Lusa, em 2008, que a produção que faz “é bastante criativa”, porque o envolvimento num projecto começa quase sempre no desenvolvimento do guião, a partir de uma ideia ou de um livro. “Eu gosto imenso de produção, mas a parte que me faltava era essa parte criativa. Sobretudo quando trabalho com realizadores que não têm muita experiência dá-me imenso prazer tentar dar-lhe todos os instrumentos possíveis para que consigam realizar da melhor maneira a visão deles”, disse Joana Vicente. A nomeação do TIFF produz efeitos no dia 1 de Novembro, perto de dois meses depois do festival deste ano, que vai contar com o filme “Diamantino”, de Gabriel Abrantes e Daniel Schmidt, em duas secções.
Hoje Macau EventosCinema | Nicolas Cage no Festival Internacional de Cinema de Macau [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]actor Nicolas Cage foi nomeado “Embaixador de Talentos” da edição deste ano do Festival Internacional de Cinema de Macau. A notícia é avançada pelo canal de rádio da TDM, referindo-se à informação do portal Hollywood Reporter, que citava o director artístico, Mike Goodridge. Nicolas Cage deve marcar presença na cerimónia de abertura do festival, que decorre entre 8 e 14 de Dezembro, e participar numa masterclass. Já em Julho, Aaron Kwok tinha sido nomeado “Embaixador de talentos”.
Andreia Sofia Silva Eventos ManchetePatuá | Fundação Rui Cunha debate hoje documentação do dialecto Mário Pinharanda Nunes, professor da Universidade de Macau, apresenta hoje, às 18h30 na Fundação Rui Cunha, a palestra “Documentar o patuá: desafios, especificidades e propósitos”. A elaboração de um projecto desta natureza depende da abertura da comunidade, aponta o académico [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]patuá, dialecto falado pela comunidade macaense, está em desuso, mas isso não significa que esteja afastado do interesse de investigadores. Exemplo disso é a palestra de hoje na Fundação Rui Cunha (FRC), protagonizada por Mário Pinharanda Nunes, professor do departamento de português da Universidade de Macau (UM). O evento está marcado para as 18h30. O docente universitário vai falar sobre o tema “Documentar o patuá: desafios, especificidades e propósitos”, que se insere na chamada documentação linguística, focada em línguas que estão em vias de extinção ou mesmo extintas. Neste caso, o docente contou ao HM que a ideia é promover um debate com os membros da comunidade macaense, para que se fazer um levantamento científico do patuá como língua e também como representação antropológica. “Não há ainda conclusões, porque estas só poderão chegar se as comunidades macaenses decidirem em prol de um projecto de documentação”, apontou ao HM. É preciso olhar não só para a comunidade macaense residente em Macau, onde ainda se domina algum patuá, apesar de não ser transmitido de geração em geração, mas ter em atenção também as comunidades macaenses que residem na diáspora. Mário Pinharanda Nunes explica que há diferenças na abordagem a uma futura documentação. “Espero que haja uma reflexão junto dos macaenses em prol de um diálogo perante as características da comunidade, numa fase em que já não há a transmissão do crioulo de geração em geração. Há também as comunidades na diáspora, e cada uma tem as suas particularidades. Há uns que mantém uma proximidade à língua portuguesa, e outros que já estão mais próximos do inglês, todos esses factores são tidos em conta num projecto deste tipo.” Além disso, “há questões de ortografia e vocabulário, ou se introduzimos ou modificamos o patuá para se tornar numa língua funcional para que possa ser comunicável no século XX”. Na palestra, o professor da UM vai abordar a “relativa escassez de dados escritos e orais desta língua crioula, comparativamente com outras línguas de contacto, da variação e da mudança de categorias gramaticais e do léxico detectáveis nessas fontes, e da diversidade de práticas e atitudes linguísticas entre as suas diferentes comunidades de herança”, aponta um comunicado da FRC. Estes são os “desafios colocados à documentação do patuá e, por outro lado, dos possíveis contributos que tal tarefa oferece à disciplina em questão, assim como às do estudo de línguas de contacto e de aquisição de língua”. Português no Sri Lanka Apesar de notar que, nos últimos 15 anos, a academia tem olhado para o patuá, inclusive como tema de análise em conferências internacionais, a verdade é que a eficiência desses estudos para a manutenção da língua depende da vontade da própria comunidade macaense. “O trabalho da academia só pode ajudar à preservação do patuá se houver interesse da comunidade falante ou de herança do patuá. Sem a academia ele poderá manter-se na mesma, porque há muitas comunidades desta natureza, com a língua ameaçada, que optam por tratarem elas do assunto e fazerem iniciativas próprias. A academia apenas poderá ajudar com o know-how que este campo tem desenvolvido e que é uma forma de preservação também”, lembrou Mário Pinharanda Nunes. A palestra de hoje na FRC vai também contar com a presença de Hugo Cardoso, que vai falar do tema “Documentação do Português na Sri Lanka: um caso de investigação multidisciplinar”. Neste caso, explica Mário Pinharanda Nunes, já existe documentação da presença do português, que está disponível num arquivo online da Universidade de Londres. O projecto de investigação de Hugo Cardoso, professor da Universidade de Lisboa (UL), ainda está em curso e tem como “objecto central o português do Sri Lanka, uma língua crioula de base lexical portuguesa falada principalmente na província oriental do país pela comunidade Burgher”. O projeto ‘Documentação do Português de Sri Lanka’, desenvolvido no Centro de Linguística da UL, em colaboração com instituições do Sri Lanka e consultores de várias partes do mundo, é financiado pelo Endangered Languages Documentation Programme (SOAS, Reino Unido) e tem por objetivo constituir um corpus audiovisual que preserve informação não apenas sobre a língua, como também sobre a cultura e práticas sociais dos Burghers, explica a FRC.
Hoje Macau SociedadeCasinos | Apenas dois pedidos para salas de fumo aprovados [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]té agora foram apenas aprovados os pedidos de dois casinos – “Ponte 16” e “Studio City, Macau” – referentes a autorizações para salas de fumo conforme os requisitos que serão implementados a partir do dia 1 de Janeiro do próximo ano. Em comunicado, os Serviços de Saúde (SS) referem que estes pedidos correspondem a um total de dez salas de fumo. Até à passada segunda-feira, os SS receberam pedidos de 13 casinos, o que correponde a cerca de um quarto das salas de jogo do território. À parte os 10 pedidos aprovados, os restantes 117 estão ainda em fase de avaliação. Os SS aproveitam para recordar que o prazo para os pedidos de autorização termina a 28 de Setembro. Como tal, apelam à entrega de pedidos de autorização o mais rápido possível até porque o processo poder ser moroso, referem os serviços.
Hoje Macau SociedadeIPM | Amor à Pátria é princípio pedagógico [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]novo presidente do Instituto Politécnico de Macau (IPM), Im Sio Kei deu as boas-vindas aos cerca de 900 novos alunos destacando o princípio pedagógico para o ensino superior “Amar a Pátria e Macau, enraizar-se em Macau, servir melhor a sociedade e voltar-se para todo o Mundo”, refere um comunicado oficial. A cerimónia de abertura do ano lectivo aconteceu ontem e contou com a presença de 2000 participantes.
Diana do Mar SociedadeCanídromo | Eventual aproveitamento do subsolo para reservatório em foco no CPU O plano para o aproveitamento do terreno do Canídromo agrada à maioria dos membros do Conselho do Planeamento Urbanístico. Menos consensual é a possibilidade de os espaços subterrâneos serem utilizados para instalações de prevenção contra inundações, como um reservatório [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]possibilidade de os espaços subterrâneos do terreno do Canídromo serem aproveitados para instalações de prevenção de catástrofes, como inundações, foi um dos pontos que mais despertou a atenção dos membros do Conselho do Planeamento Urbanístico (CPU) na reunião de ontem. Essa hipótese –recentemente avançada pelo Chefe do Executivo – foi abordada após uma breve apresentação do estudo do plano de intervenção urbanística e aproveitamento do terreno do Canídromo, um dos pontos da ordem de trabalhos. “É uma medida muito importante e pertinente. É uma das soluções para resolver o problema das inundações”, afirmou Vong Kuoc Ieng, numa opinião secundada por outros vogais, como Rui Leão. Lee Hay Ip até fez as contas ao volume de água que o eventual reservatório teria capacidade para aguentar, apontando para o equivalente “a 25 piscinas olímpicas”. “Creio que é suficiente para aliviar o problema das cheias”, sublinhou o mesmo responsável. Já Chan Tak Seng manifestou-se contra: “Não deve ser construído nesta área. Por que não constrói noutra? Devíamos aproveitar a parte subterrânea para aliviar a pressão do trânsito”. Ieong Tou Hong puxou pelo mesmo argumento e foi claro ao afirmar que a escolher entre a oferta de lugares de estacionamento e a criação um reservatório está “mais inclinado” para a primeira opção. Manuel Iok Pui Ferreira foi mais moderado, ao defender que, em primeiro lugar, deve ser feito um estudo de viabilidade, o qual ficou prometido pelo director dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT), Li Canfeng, que deu conta de que também é preciso recolher informações sobre os níveis de pluviosidade na zona. O que diz o plano Em termos genéricos, o futuro gizado para o terreno do Canídromo, com uma área de 40.425 metros quadrados, granjeou o apoio da maioria dos membros do CPU. À luz do plano de aproveitamento, a fatia de leão vai para instalações desportivas (quase dois terços da área total ou 26.500 metros quadrados), que incluem a construção de uma piscina, um pavilhão desportivo e um campo para atletismo e futebol, a juntar ao actual Centro Desportivo Lin Fong. Seguem-se as instalações educativas. Desconhecem-se quantas, mas sabe-se que as escolas vão ocupar quase um quinto da área total (8.000 metros) do terreno. Em paralelo, será reservado ainda espaço para instalações de serviços sociais e governamentais (9,7 por cento ou 3.900 metros quadrados) e para zonas pedonais (5 por cento ou 2.000 metros quadrados). Habitação e comércio ficam assim completamente descartados. “Creio que vai contribuir bastante para o desenvolvimento da zona norte de Macau”, observou Vong Kuoc Ieng, antecipando, à semelhança de outros vogais, “um grande problema” no trânsito. Com efeito, o plano propõe que a Avenida do General Castelo Branco passe a ter três faixas de rodagem no sentido sul e que sejam disponibilizados, pelo menos, 400 lugares de estacionamento públicos”, “tendo em conta a actual capacidade rodoviária e de utilização das vias envolventes”. Se a primeira medida foi qualificada “indispensável”, com a única ressalva de que são precisas também mais passagens pedonais aéreas na zona, a bitola de 400 lugares de estacionamento levantou reservas por ser considerada insuficiente para responder às necessidades. Li Canfeng tentou “descansar” os membros do CPU. “É o requisito mínimo. No futuro, vamos aproveitar o [espaço] subterrâneo ao máximo e a Ilha Verde também irá ter mais parques”. Já Mak Soi Kun pediu datas. “Suponhamos que tudo corre bem. Quando vão ser lançadas e concluídas as obras?” Uma pergunta que lhe valeu um raspanete do director da DSSOPT: “É apenas um plano. Sabe o que é um plano? Ainda vai ter uma PCU [Planta de Condições Urbanísticas] e de passar por aqui. “É impossível [fazer uma previsão]”.
Hoje Macau SociedadeAcidente | Autoridade de Aviação investiga aterragem em Shenzhen [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]Autoridade de Aviação Civil de Macau (AACM) vai cooperar com a Administração da Aviação Civil da China para investigar o incidente que levou a uma paragem abrupta em Shenzhen de um voo da Capital Airlines, quando este se dirigia a Macau. Depois do contacto com o solo, parte do trem de aterragem ficou destruído e atingiu o motor esquerdo. De acordo com o canal chinês da Rádio Macau, o director da Direcção de Licenciamento e Operações da AACM, Pun Wa Kin, referiu que arrancou o processo de recolha de provas, mas que, devido à falta de informações, a AACM não consegue, para já, prever quando estará concluída. Espera-se, contudo, que o relatório preliminar esteja pronto dentro de um mês. De acordo com informação da publicação Airlive, cinco passageiros ficaram ligeiramente feridos na sequência da aterragem de emergência e a pista do Aeroporto de Shenzhen onde a aeronave aterrou foi encerrada.
Andreia Sofia Silva SociedadeTSI obriga IH a manter contrato de arrendamento [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]Tribunal de Segunda Instância (TSI) deu razão a uma moradora de uma habitação social a quem o Instituto de Habitação (IH) decidiu rescindir o contrato de arrendamento por alegar que a residente esteve ausente de Macau por um longo período de tempo. Contudo, o TSI deu razão ao Tribunal Administrativo (TA), que já tinha considerado que o IH não cumpriu os prazos na resposta aos requerimentos apresentados pela residente. O acórdão conta que, em Março de 2014, a moradora “apresentou ao IH um requerimento de ausência temporária de habitação social, alegando que ia sair de Macau em 23 de Março para continuar curso universitário, até à sua conclusão em Julho”. Só em Maio desse ano é que o IH respondeu que “ia rescindir o contrato de arrendamento de habitação social, se a arrendatária conservar o fogo desabitado por mais de quarenta e cinco dias ou não tiver nela residência permanente, habite ou não outra habitação. Tal ofício foi devolvido em 3 de Julho do mesmo ano por ninguém o receber.” A 26 de Maio, a moradora enviou um email ao IH questionando “a forma de requer o prolongamento do período de ausência temporária da habitação social, mas não obteve nenhuma resposta”. Só em Agosto é que o IH faria uma reunião com a moradora, tendo o presidente do organismo emitido um despacho onde afirmou que esta não tinha razão e que era necessário rescindir o contrato de arrendamento. O TA considera que a “forma de tratar o caso [por parte do IH] defraudou manifestamente a confiança e expectativas nela depositadas por A [moradora], violando o princípio da boa-fé previsto no Código do Procedimento Administrativo”. Por sua vez, o TSI entendeu que “o direito conferido a arrendatários pelo contrato de arrendamento de habitação social não pode ser privado ou diminuído”. Além disso, “quando se verificar algum facto que dê, ou possa dar, origem à rescisão do contrato, a Autoridade [o IH] procede à notificação do arrendatário para que este lhe preste esclarecimento. O contrato de arrendamento nunca rescinde automaticamente”.
Hoje Macau Manchete SociedadePearl Horizon | Proprietários aceitam proposta do Governo para troca de casa A maioria dos proprietários do Pearl Horizon aceita o plano de habitação para troca do Governo e está disposta a comprar um apartamento no projecto pensado para o terreno na Areia Preta, onde estava a ser construído o empreendimento de luxo [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]informação, avançada ontem plo canal de rádio da TDM, foi dada pelo director dos Serviços de Provedoria de Justiça, Lam Chi Long, um dos responsáveis pelo a proposta do regime de habitação temporária e para troca, que se encontra em consulta pública até ao próximo dia 20. A maioria dos proprietários que compraram fracções do Pearl Horizon concorda com o plano de troca apresentado pelo Executivo. “No geral, os proprietários do Pearl Horizon aceitam este programa. Mas o presidente da Associação de Proprietários não”, distinguiu Lam Chi Long, ao defender que a decisão é individual. “Aceitar ou não depende da vontade dos proprietários. Se entenderem que este programa é razoável vão comprar as habitações para troca”, frisou. O preço das fracções vai ser decidido pelo Chefe do Executivo, tal como acontece em relação à habitação económica, estando ainda por esclarecer se o Governo vai ter como referência o valor das primeiras ou das últimas aquisições. Os pequenos investidores do Pearl Horizon são os primeiros destinatários deste programa, que o Governo insere num projecto amplo de renovação urbana, ainda por definir. Alternativas possíveis A ideia é oferecer alternativas ao pagamento de uma indemnização aos moradores afectados pelas demolições. O arrendamento subsidiado é uma das medidas previstas, nos casos em que os proprietários têm a hipótese de voltar a morar no prédio, depois de reconstruído. Nesta fase de consulta pública, são muitas as perguntas sobre o valor do subsídio da renda e a capacidade financeira dos moradores dos bairros antigos para arrendar uma casa a preços de mercado. Lam Chi Long reitera que a empresa pública, responsável pela renovação urbana, vai ser justa: “A sociedade terá de pagar um subsídio suficiente, caso contrário o proprietário da fracção antiga não aceita. O pressuposto deste programa de renovação é ser atractivo e o proprietário confirmar que o subsídio é suficiente para encontrar uma habitação adequada para morar enquanto o prédio está a ser reconstruído”. O plano em consulta pública exclui os moradores que são arrendatários. Lam Chi Long falou à rádio, depois de participar no programa “Fórum Macau” da Ou Mun Tin Tou.
Victor Ng BrevesFAOM dá explicações aos condutores de riquexó [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]Associação de Condutores de Triciclos de Macau, ligada à Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM), garantiu ontem que teve vários encontros com os condutores de riquexó para esclarecer as dúvidas relativas aos subsídios. Para a associação, o comportamento dos condutores tem sido incompreensível, revelaram em conferência de imprensa realizada ontem. O esclarecimento da FAOM surge depois da manifestação de cerca de dez condutores de riquexó que teve lugar na terça-feira junto ao Hotel Lisboa. Os queixosos acusaram Ho Wa Fok, presidente da Associação de Condutores de Triciclos de Macau, de esconder os alegados subsídios atribuídos pela Direcção dos Serviços de Turismo, que visam promover a actividade. Em reacção, o presidente da associação negou ter recebido subsídios públicos. O responsável explicou ainda que começou a colaborar com a Direcção dos Serviços de Turismo (DST) em 2011 através da aquisição de serviços de um projecto que tinha como objectivo colocar os riquexós dos membros da associação em cinco locais no território para que os turistas pudessem tirar fotografias e passear pela cidade. Ho acrescentou que após várias reuniões da direcção e da assembleia geral foi decidido que os condutores poderiam participar na iniciativa conforme a sua vontade. Alterações imprevistas No entanto, o projecto foi alterado unilateralmente pela DST, que acabou por requerer apenas cinco riquexós tradicionais sem a presença dos condutores, frisou Ho Wa Fok. Ho Wa Fok confessou que na sequência da alteração convocou uma reunião da assembleia geral para abordar a atribuição do montante subsidiado pelo Governo para esta iniciativa. Ficou decidido que, além dos que colocavam o seu riquexó para exposição, também seriam remunerados um total de 45 membros da associação com as verbas da DST. De acordo com Ho, a cooperação com os serviços de turismo foi suspensa devido à ausência de riquexós e de condutores ao serviço durante o período de trabalho. A FAOM garante que vai manter contacto com a DST para garantir os rendimentos destes profissionais. A directora da DST, Maria Helena de Senna Fernandes não vai interferir na divergência de opiniões entre profisiosnais e a associação, mas espera que a FAOM resolva a questão, de acordo com o canal chinês da Rádio Macau. A responsável mencionou ainda que esperar que a actividade promocional do turismo feita com riquexós possa estar disponível de novo antes de 1 de Outubro.
Diana do Mar Manchete SociedadeFundo de Pensões | Gastas 30 mil patacas para guardar arte japonesa em cofre do BNU Trinta mil patacas em trinta anos. Foi quanto o Fundo de Pensões pagou para guardar nos cofres do BNU a colecção de arte japonesa que detém [dropcap style=’circle’]M[/dropcap]anter a colecção de arte japonesa, composta por 84 gravuras datadas dos séculos XVIII e XIX, guardada nos cofres do Banco Nacional Ultramarino (BNU) há 30 anos representou uma despesa total na ordem das 30 mil patacas. A informação foi facultada ao HM pelo Fundo de Pensões que deu conta de que o valor do aluguer foi entretanto aumentado para 5.000 patacas por ano. A pergunta tinha sido suscitada no seio da Comissão de Acompanhamento para os Assuntos de Finanças Públicas da Assembleia Legislativa (AL) a propósito do retorno do investimento nas obras de arte, adquiridas entre finais de 1987 e 1989. “Contando as despesas com o depósito das gravuras , é provável que a taxa de retorno seja quase zero”, estimaram os deputados no relatório, publicado em meados do mês, assinalando que o Governo não chegara a revelar, porém, o montante das despesas com o depósito no cofre ao longo dos 30 anos. Adquirido na sequência da crise bolsista de 1987, por 13,6 milhões de patacas, o conjunto foi avaliado, 30 anos depois, em Março último, pela empresa Castle Fine Arts em sensivelmente 16 milhões de patacas. Trata-se de um aumento na ordem dos 2,6 milhões de patacas ou de 0,6 por cento ao ano. Se, por um lado, os deputados entendem que a compra das obras de artes foi feita “num momento oportuno”, por outro, observam que “o desempenho do investimento deixou o público bastante desiludido”. “A taxa de retorno é inferior à taxa de juro dos depósitos a prazo, sem sequer superar a inflação”, diz o documento. Além de duas gravuras avulsas de Kitagawa Utamaro (1754-1806) e Suzuki Harunobu (1724-1770), o conjunto inclui duas colecções: uma da autoria de Katsushika Hokusai (1760-1849), formada por 46 gravuras; e outra de Ando Hiroshije (1797-1858), composta por 36, sob a temática “As Trinta e seis vistas do Monte Fuji”. A primeira figura, aliás, como “a mais aclamada série de gravuras originais Ukiyoe de Katsushika Hokusai”, segundo escreveu, em 1993, na Revista Cultura, Tetsuya Noda, à época professor de Gravura da Universidade Nacional de Belas Artes e Música de Tóquio. Exibição quase descartada A possibilidade de o conjunto de arte japonesa ser exibido parece uma carta fora do baralho. O Fundo de Pensões “necessita de proceder a um estudo profundo sobre a viabilidade da sua exposição ao público” para “garantir a qualidade e o valor das gravuras, afirmou, em resposta a uma interpelação escrita apresentada por Mak Soi Kun, datada de Julho. O Fundo de Pensões defende que, como o objectivo que presidiu à aquisição do conjunto de obras arte foi o investimento, “o mais desejável é mantê-lo no seu estado original”. “Se essas gravuras forem exibidas ao público, será necessário proceder ao seu envio para o Japão para molduragem, resultando em elevados custos no transporte, molduragem, seguros, etc.”, observou o Fundo de Pensões, na réplica ao deputado que preside, aliás, à Comissão de Acompanhamento para os Assuntos de Finanças Públicas da AL. Em paralelo, não só “os coleccionadores perdem em geral interesse na compra das gravuras com molduras”, como há a possibilidade de sofrerem danos e ver o seu valor afectado caso sejam posteriormente retiradas das molduras, argumentou o Fundo de Pensões.
Hoje Macau PolíticaIAS | Tang Yuk Wa nomeado vogal da comissão de refugiados [dropcap style=’circle’]D[/dropcap]e acordo com um despacho publicado ontem em Boletim Oficial, Tang Yuk Wa será a nova vogal da comissão para os refugiados do departamento de serviços familiares e comunitários do Instituto de Acção Social. O despacho, assinado pelo Chefe do Executivo, produz efeitos a partir de hoje. A comissão para os refugiados trabalha tendo em conta o regime de reconhecimento e perda do estatuto de refugiado, implementado em 2004. Esta comissão tem como funções “dirigir a instrução dos processos de reconhecimento ou de perda do estatuto de refugiado”, “elaborar propostas de decisão sobre os mesmos” e “assegurar a necessária cooperação com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), das Nações Unidas.
Hoje Macau PolíticaInvestigação | Peter Lam é vice-presidente do Conselho de Ciência e Tecnologia [dropcap style=’circle’]P[/dropcap]eter Lam foi nomeado pelo Chefe do Executivo como vice-presidente do Conselho de Ciência e Tecnologia. De acordo com o despacho publicado ontem em Boletim Oficial, o seu mandato termina no dia 7 de Agosto de 2020. Peter Lam é membro do Conselho Executivo, além de ser também membro do conselho de curadores da Universidade de Macau.
Hoje Macau EventosJorge Forjaz lança “Genealogias de Moçambique” em Maputo [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] genealogista português Jorge Forjaz lançou ontem “Genealogias de Moçambique”, uma obra que reconstrói a arvore genealógica de famílias que habitaram no território moçambicano a partir do século XVIII. “Este livro é um contributo para que tenham noção mais exata das origens e um sentimento de pertença das pessoas com sua terra”, declarou à Lusa Jorge Forjaz, à margem da cerimónia de lançamento da obra no Camões – Centro Cultural Português de Maputo. A obra é baseada em registos paroquiais (casamentos, batismos e óbitos), além de entrevistas e documentos encontrados no Arquivo Histórico de Moçambique. “Deu-me muito prazer fazer esta investigação”, acrescentou o autor, destacando que foram dez anos de pesquisa, com cinco viagens pelo país mas, considera, “ainda há muito mais por ser investigado”. O historiador moçambicano António Sopa, que fez a apresentação da obra, entende que o livro ajuda a perceber as dinâmicas da sociedade que viveu em Moçambique na segunda metade do século XVIII. “É uma obra de referência e que é fundamentalmente baseada na sociedade que viveu aqui nesse período. Temos aqui a ideia exata da sociedade colonial desde o final do século XVIII até a independência”, concluiu António Sopa. A obra, baseada no histórico de perto de 30 mil pessoas, está dividida em dois volumes de 900 páginas cada. Jorge Forjaz é também autor da obra “Famílias Macaenses”, uma cronologia dos apelidos ligados a esta comunidade.
Andreia Sofia Silva Manchete PolíticaPolíticas regionais | Mi Jian será o responsável máximo da nova direcção Estão escolhidos os nomes da nova direcção de serviços que irá elaborar estudos sobre políticas de desenvolvimento regional. Mi Jian, actual coordenador do Gabinete de Estudo de Políticas, irá acumular funções como director deste novo organismo público [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]Governo já escolheu os novos nomes da Direcção de Serviços de Estudo de Políticas e Desenvolvimento Regional, anunciada pelo Conselho Executivo no passado dia 13. No total, o novo organismo público vai contar com um director, dois subdirectores e seis chefes de departamento. Mi Jian, que actualmente coordena o Gabinete de Estudo de Políticas (GEP), será o novo director de um organismo que tem como finalidades “apresentar teorias científicas e prestar apoio em termos de informações para a tomada de decisões por parte do Chefe do Executivo”. Tem também um papel na “cooperação e desenvolvimento da RAEM nas estratégias nacionais”. A nova direcção de serviços tem também como funções “coordenar os trabalhos respeitantes a grandes estratégias nacionais, a políticas nacionais relacionadas com Macau e desenvolvimento regional”, entre outros. Mi Jian torna-se oficialmente director este sábado, 1 de Setembro. Além de estar ligado ao GEP, Mi Jian faz também parte, desde o ano passado, da Comissão Coordenadora da Gestão e do Desenvolvimento das Áreas de Jurisdição Marítima da RAEM. De acordo com o despacho publicado ontem em Boletim Oficial, Mi Jian é licenciado em História pela Universidade Lanzhou, tendo posteriormente mudado para a área do Direito, quando fez um mestrado na Universidade Xiamen, na China. Depois disso, prosseguiu os estudos na Alemanha, com um doutoramento em Direito Honoris Causa pela Faculdade de Direito Albert-Ludwigs-Universität Freiburg. Em Macau, Mi Jian começou a desempenhar funções na Função Pública ainda nos anos 90, quando foi contratado como “especialista em Direito” pelo Gabinete de Tradução Jurídica do Governo de Vasco Rocha Vieira, entre 1991 e 1995. De 2008 a 2014, Mi Jian foi membro do Conselho Consultivo para a Reforma da Administração Pública da RAEM e, a partir de 2010, colaborou como consultor principal do gabinete preparatório para a constituição do GEP. Técnicos e mais técnicos Ung Hoi Ian é um dos nomes que irá trabalhar ao lado de Mi Jian na qualidade de subdirector. O número dois do organismo é licenciado pela Universidade de Toronto, no Canadá, “especializado nas áreas de informática, matemática aplicada e economia”. Ung Hoi Ian tem também um mestrado em gestão de empresas pela Universidade da Ásia Oriental, nome anteriormente dado à Universidade de Macau. O subdirector da nova direcção de serviços começou a trabalhar na Função Pública em 1986, como técnico informático da Direcção dos Serviços de Finanças. Posteriormente, desempenhou funções semelhantes no comité organizador dos jogos asiáticos, tendo sido assessor de Chui Sai On quando este era secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, durante o ano de 2008. Ung Hoi Ian participou também nos trabalhos preparatórios para a constituição do GEP e chegou a ser coordenador-adjunto do organismo. Lin Yuan será também sub-directora. Licenciada em economia pela Universidade Nankai, mestre em Administração Pública pela Universidade de Birmingham, do Reino Unido, e doutorada em Administração pela Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau, Lin Yuan é assessora do gabinete do Chefe do Executivo desde Maio de 2015. Hoi In Va, Un Kin Chong, Tang Heng Kin, Lo Keng Man e Lai Fai Pok são os nomes que irão ocupar os cargos de chefes de departamento. A tomada de posse está marcada para o próxima sábado.
Sofia Margarida Mota China / Ásia MancheteChina | Governo Central pode levantar limite a nascimentos Pode estar para breve a primeira vez que a China deixa de ter limites ao número de filhos por casal desde a implementação da política do filho único em 1979. Uma das pistas mais fortes que apontam nessa direcção é um rascunho da revisão do código civil, que está em discussão, e que, também pela primeira vez, não apresenta cláusulas referentes ao planeamento familiar [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]China é o país mais populoso do mundo com 1.39 mil milhões de habitantes e espera-se que em 2030 atinja 1.45 mil milhões de pessoas. No entanto, o país enfrenta uma crise de natalidade que pode desencadear o levantamento total do limite do número de filhos por casal, que, actualmente, é de dois. A possibilidade retira-se de uma leitura aos trabalhos de revisão do código civil, que está em discussão até amanhã no Congresso do Partido Comunista Chinês, e que vais rer submetido para aprovação na reunião parlamentar agendada para Março de 2020. Para já, parece que o diploma não vai ter qualquer alínea referente ao planeamento familiar. A informação parte de um rascunho do documento divulgado pela Xinhua e publicado na Beijing Review. A omissão pode representar o fim efectivo da limitação de dois filhos por família, afirma a agência noticiosa Reuters . Outra das pistas que apontam nessa direcção tem, surpreendentemente, origem postal. Trata-se do lançamento do selo oficial do próximo ano do porco, em 2019. A imagem apresenta um casal de porcos com três filhotes leitões. De modo a interpretar o simbolismo da questão, importa recordar que o selo do ano do macaco de 2016, ano em os casais passaram a poder ter dois filhos, mostrava um macaco com duas crias. A possibilidade do fim do limite de filhos por casal é indicadora de que possam estar em curso mudanças drásticas nesta matéria, de acordo com a CNN. “O Governo vai, com certeza, levantar as limitações a dois filhos” disse Therese Hesketh, professora do Instituto Universitário de Londres à mesma fonte. “Agora, até que ponto é que vão mais longe com novas medidas de promoção da natalidade, isso ainda é desconhecido”, acrescentou. Para a académica são necessárias mais medidas para que a China ultrapasse a crise que atravessa nesta matéria. Como tal, entende que a única forma de promover o número de nascimentos no país é através da promoção de políticas especialmente concebidas para apoiar os jovens pais. “É possível que as autoridades introduzam políticas pró-natalidade, como se faz em vários países que estão a passar pelo mesmo problema”, referiu. Como exemplo, Hesketh aponta a implementação de licenças de maternidade mais longas e remuneradas ou a criação e mais creches gratuitas. De acordo com um artigo publicado recentemente no Diário do Povo, jornal oficial do Partido Comunista Chinês, “muitos jovens que vivem nas cidades não estão dispostos a ter filhos”, principalmente devido aos custos associados à sua sobrevivência e educação. Desígnio nacional “Dar à luz é um assunto de família e uma questão nacional” lê-se na edição internacional do Diário do Povo, no início deste mês. As mudanças que se anteveem terão em conta as preocupações crescentes por parte de Pequim com a queda da taxa de natalidade e o consequente envelhecimento da população, factores que em 2016 puseram termo à política do filho único em vigor desde 1979. Se durante mais de três décadas a limitação a um filho foi também fonte de acções altamente criticadas, como a esterilização forçada ou os abortos em massa. No entanto, apesar do apelo à natalidade, os resultados não têm correspondido às expectativas. De acordo com um artigo divulgado pela Quartz no passado mês de Maio, a política do filho único evitou cerca de 400 milhões de nascimentos, o que significa que se não tivesse sido implementada a China teria agora 1.8 mil milhões de habitantes. Com o fim desta medida houve realmente um pico da taxa de natalidade em 2016, ano em que se registaram 18,46 milhões de nascimentos, ou seja, um aumento na ordem dos 11,5 por cento comparando com os dados relativos a 2015. Mas, em 2017, o número caiu para os 17,23 milhões, muito a baixo dos 20 milhões de nascimentos previstos para aquele ano, de acordo com o Gabinete Nacional de Estatísticas, citado pelo The Guardian. No ano passado, a taxa de fecundidade total do país ficou-se pelos 1,6 filhos por mulher, um número também “muito abaixo” dos 2,1 esperados e necessários para manter a população estável. Sem força de trabalho Agora sentem-se as consequências de mais de três décadas de limitação ao filho único e o Governo está a sofrer as consequências das medidas que vigoraram até há dois anos. A óbvia preocupação do Executivo de Xi Jinping prende-se com os efeitos do envelhecimento populacional no mercado de trabalho, um dos flagelos económicos das actuais sociedade modernas. “Com o longo período de limitação dos nascimentos, o número de jovens, que também são a principal força de trabalho nacional, é cada vez menor”, alerta a CNN. Por outro lado, mais do que ter filhos, os casais chineses têm outras preocupações. Com o envelhecimento da população, cabe também aos jovens tomar conta dos seus antecessores. Fazendo contas, cada casal chinês tem a seu encargo, no caso de todos os avós estarem vivos, 12 ascendentes. Estatisticamente, desde que a política de controlo de natalidade foi implementada, a proporção da população com mais de 65 anos subiu cerca de 4 por cento para quase 10 por cento. Em 1965 fixava-se em 3,6 por cento e em 2015, 9,55 por cento, quase três vezes mais passados 50 anos. Mulheres sempre controladas Por outro lado, numa sociedade em que as mulheres também integram a força de trabalho, são cada vez menos as que optam por não ter filhos de modo a evitarem ser discriminadas nas oportunidades laborais. Para Mary Gallagher, professora de política na Universidade de Michigan, as autoridades devem ter em conta que se intervierem em políticas pró-natalidade com a mesma agressividade com que o fizeram quando se tratou de políticas anti-natalidade, os efeitos negativos podem ser muito fortes, nomeadamente na posição das mulheres no mercado de trabalho, na sociedade e na família”, cita o The Guardian na passada terça-feira. Já Leta Hong Fincher, autora de “Betraying Big Brother: The Feminist Awakening in China”, considera que “seja qual for a política adoptada, o Governo vai sempre controlar os direitos reprodutivos da mulher”, no passado através de abortos obrigatórios e agora através da sua restrição de for necessário, refere a mesma fonte. Entretanto, e de modo a promover a taxa de natalidade, dois académicos chineses apresentaram este mês uma proposta que tem gerado controvérsia. De acordo com o The Guardian, os académicos propuseram que os casais que não tenham filhos ou que só tenham um, devam estar sujeitos a um imposto que reverte para “um fundo de maternidade” que, defendem, deve também ser criado. Filhos muito únicos Se a mudança de política for confirmada, marcará o fim de uma das políticas mais controversas da história moderna da China. A polémica “política de filho único” foi originalmente introduzida em 1979. A razão, apontavam na altura as autoridades, prendia-se com o receio de que o crescimento demográfico ficasse fora de controlo. Após a sua introdução, a eficácia foi absoluta, reduzindo a taxa total de fecundidade na China de cerca de seis nascimentos por mulher na década de 1960 para menos de dois na década de 2000. No entanto, os métodos utilizados para limitar a natalidade foram também alvo de críticas internacionais. De acordo com a CNN, “as mulheres que viveram sob estas regras descrevem cenários de aborto forçado, sujeição a multas pesadas no caso de terem um segundo filho, e até a expulsão da própria família com o nascimento de mais do que um bebé”, lê-se. Outra consequência da política do filho único foi a disparidade entre o número de homens e mulheres no país, já que o desejo por crianças do sexo masculino levou ao infanticídio de muitas meninas para garantir que o único filho do casal fosse um menino. O resultado foi que em 2016 havia 1,15 homens para cada mulher, uma das proporções de género menos equilibradas no mundo e que também levou uma espécie de mercado negro de matrimónios. Até hoje, a política do filho único é uma presença na China. “Acho que cada família na China foi tocada pela política de planeamento familiar”, afirma um membro da Human Rights Watch. “Todas as famílias chinesas podem falar sobre a forma como a mãe, a tia que teve de abortar à força ou teve de doar um segundo filho”, acrescentou. O responsável lamenta ainda que apesar do fim desta medida, não tenha havido responsabilização pelos “abusos” ocorridos durante sua implementação.
Hoje Macau DesportoRonaldo com estreantes Modric e Salah na ‘corrida’ para melhor do ano na Europa [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] repetente e totalista de todos os pódios Cristiano Ronaldo sabe esta quinta-feira, dia 30, se ergue o troféu de melhor jogador da Europa pela terceira vez consecutiva, perante a oposição dos estreantes Luka Modric e Mohamed Salah. Vencedor do galardão para premiar o melhor futebolista a jogar na Europa durante a temporada anterior por três vezes (2013/14, 2015/16 e 2016/17), em sete edições, Cristiano Ronaldo tem como opositores o croata Luka Modric e o egípcio Mohamed Salah. Como principais argumentos para a revalidação do troféu, Ronaldo, de 33 anos, que no início da época trocou os espanhóis do Real Madrid pelos italianos da Juventus, apresenta a conquista da Liga dos Campeões, reforçada com o estatuto de melhor marcador. Presente no Mundial2018, na Rússia, Ronaldo caiu com a seleção portuguesa nos oitavos de final perante o Uruguai (2-1), mas deixou a sua marca na lista de melhores marcadores ao apontar quatro golos. O seu ex-colega de equipa Luka Modric, de 32 anos, que marca presença pela primeira vez no trio de finalista, ostenta também como principal argumento a conquista da Liga dos Campeões, pelo Real Madrid, ao que acresce o título de vice-campeão do mundo pela Croácia. Modric foi ainda considerado o melhor jogador do Mundial2018, que a Croácia perdeu na final disputada com a vice-campeã europeia França, por 4-2. Mohamed Salah, de 26 anos, dos ingleses do Liverpool, surge como o ‘outsider’ na luta a dois pelo título de melhor futebolista a jogar na Europa, mas teve o mérito de deixar de fora candidatos como Antoine Griezmann (Atlético de Madrid), Lionel Messi (FC Barcelona) e Mbappé (Paris Saint-Germain). Como argumentos para ombrear com Ronaldo e Modric, Salah surge como finalista vencido da Liga dos Campeões e autor de 44 golos pelo Liverpool na última temporada. No Mundial2018, Salah marcou um golo, mas o Egito caiu na primeira fase. O argentino Lionel Messi, do FC Barcelona, vencedor por duas vezes do troféu (2010/11 e 2014/15) e presença habitual entre os finalistas, que falhou apenas por duas vezes até esta época, não foi além do quinto lugar na seleção dos finalistas, atrás de Griezmann. Messi concorre apenas para o prémio de avançado do ano, contando com os rivais Ronaldo e Salah. Ronaldo é o único totalista de presenças no trio de finalistas ao prémio de melhor jogador, com sete em sete edições, tendo vencido em 2013/14, 2015/16 e 2016/17, sido segundo em 2011/12 e terceiro em 2012/13 e 2014/15.
Hoje Macau DesportoMacron anuncia que a Volta a França partirá de Copenhaga “num dos próximos anos” [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] presidente francês, Emanuel Macron, anunciou ontem, durante uma visita de Estado à Dinamarca, que a cidade de Copenhaga vai ser palco da partida da Volta à França em bicicleta “num dos próximos anos”. A capital dinamarquesa é candidata a acolher a partida da mais prestigiada competição velocipédica do mundo em 2020 ou 2021. Hoje de manhã, Emanuel Macron aproveitou para “furar” o programa oficial e dar um passeio de bicicleta pela cidade de Copenhaga, juntamente com o primeiro-ministro dinamarquês, Lars Lokke Rasmussen. Macron, que levou na comitiva oficial o diretor do Tour, Christian Prudhome, ofereceu a Rasmussen uma camisola autografada pelo britânico Geraint Thomas (Sky), vencedor da última edição do Tour.
Hoje Macau China / ÁsiaEUA | Anunciado fim da suspensão de manobras militares na Península Coreana [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]secretário da Defesa norte-americano, Jim Mattis, anunciou ontem o fim da suspensão dos exercícios militares aliados na Península Coreana, decidido como “um gesto de boa vontade” após o encontro de Donald Trump e Kim Jong-un. “Não temos qualquer projecto para suspender outras manobras”, declarou Mattis em conferência de imprensa, precisando, contudo, que o fim da suspensão destas não significa que sejam imediatamente retomadas.