Leonor Sá Machado BrevesControlo marítimo | China e RAEM assinam acordos de cooperação O Governo Central e o Executivo da RAEM assinaram ontem três acordos de cooperação na área do controlo do tráfego das águas agora sob jurisdição da região. Os documentos, adianta o Governo em comunicado, englobam os âmbitos “de assuntos hídricos, tráfego marítimo e uso do mar”, tendo o objectivo de “intensificar a cooperação na gestão dos assuntos hídricos nas áreas circunvizinhas de Macau”. Os acordos foram assinados entre o Ministério dos Transportes, o Ministério dos Recursos Hídricos, a Administração Estatal Oceânica e o governo da RAEM. Macau tem agora sob seu poder 85 quilómetros quadrados de área marítima. Estes deverão servir para melhor gerir a navegação de embarcações, a segurança na navegação e a gestão dos canais de navegação. No entanto, estão englobadas nestes documentos a resposta aos incidentes no mar e a partilha e cooperação nas informações. “A Administração Estatal de Segurança Marítima do Ministério dos Transportes e a Direcção dos Serviços de Assuntos Marítimos e de Água (DSAMA) são as entidades responsáveis pela sua implementação, comunicação periódica sobre situações referentes à gestão de segurança do tráfego no mar, bem como à garantia de navegação e supervisão de segurança”, assegura um comunicado.
Leonor Sá Machado Manchete SociedadePassaporte da RAEM já deu problemas a cinco pessoas desde 2013 Ng Kuok Cheong denunciou casos em que portadores do passaporte da RAEM são impedidos de entrar em alguns países com suposta isenção de visto. A DSI confirma<7h5> [dropcap style=’circle’]F[/dropcap]oram cinco os residentes de Macau que, entre 2013 e 2015, tiveram problemas em fronteiras de países estrangeiros com acordo de visa com a RAEM. É o que diz a Direcção dos Serviços de Identificação (DSI) ao HM, na sequência de uma interpelação de Ng Kuok Cheong onde o deputado questionava o Governo sobre o poder deste passaporte lá fora. A DSI adianta que todos estes casos anómalos são reportados às embaixadas ou consulados de Macau nos países respectivos. “Sempre que somos informados das dificuldades sentidas por residentes de Macau nas fronteiras, imediatamente notificamos, por via oficial, a autoridade diplomática do país em questão”, refere a DSI na resposta. A lista de países que aceitam este documento livres de visto ou com visto à chegada engloba 118 países. Igualmente questionada pelo HM acerca de existência de reclamações, por parte de cidadãos locais, relativamente ao comportamento em fronteiras estrangeiras, a DSI assegura que não tem registo de qualquer situação semelhante. Vai, no entanto, reportar qualquer futuro caso às autoridades superiores. O mesmo organismo lembra que todos os países “têm o direito de negar a entrada de qualquer estrangeiro no seu país ou território”, mesmo depois de ter acordado pela isenção de visto. Ademais, a DSI afirma que tem estado a “verificar os requisitos de visto exigidos por outros países a residentes de Macau”, preparando-se para “anunciar novas informações ao público” assim que for possível. Ng Kuok Cheong assegura, na sua interpelação, que nalguns países onde supostamente haveria isenção de visto as pessoas estão a ser impedidas de entrar a menos que paguem as despesas. O deputado deu como exemplo países como a Tânzania, em que portadores de passaporte de Macau tiveram de pagar despesas do visto à chegada, e de países como o Azerbaijão, Uzbequistão, Cazaquistão e Bielorrússia, entre outros, onde o pedido de visto – que deve ser emitido à chegada – foi mesmo recusado aos portadores de passaporte de Macau, por “não haver cartas de convite” desses países. O deputado apontou ainda que existem residentes que passaram pela Indonésia e entraram em Timor-Leste por via terrestre aos quais não foram concedidos vistos.
Tomás Chio PolíticaAssociação quer celeridade na legislação de protecção aos animais [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]vice-presidente da Associação de Protecção aos Animais Abandonados de Macau (APAAM) considera que faltam, aos residentes locais, noções de respeito pelo direitos animais. Por isso mesmo, a responsável pediu que a Lei de Protecção dos Animais seja aprovada o quanto antes, com medidas punitivas para quem ferir os animais. Ao Jornal do Cidadão, Josephine Lau definiu que “os casos de maus tratos de animais em Macau não são raros”, acrescentando que os voluntários da APAAM já encontraram “várias armadilhas”, especialmente na Areia Preta. A mesma situação acontece, disse, com animais vindos do veterinário. A Associação dá a cara por esta luta desde 2008. Para a vice-presidente, o principal problema é que os residentes desconhecem a gravidade de maltratar animais e que estes actos têm mesmo uma componente criminosa. Isto, acrescentou, acontece devido ao facto de em Macau não haver uma legislação que puna esta tendência. “Em 2008, um jovem matou um gato ateando-lhe fogo em Macau e justificou o seu acto por se sentir entediado. O jovem não foi preso porque não há qualquer lei que o castigue”, contou. Ao jornal chinês, Josephine Lau disse esperar que o Governo transmita às gerações seguintes valores e morais correctos. Já o professor Leung Kai Yin, do Instituto Politécnico de Macau, considera que a opinião pública não deve continuar a atormentar, via internet, o jovem que matou o gato em Taiwan. “Durante a sua detenção, o jovem foi criticado na internet pela opinião pública de Macau e da Ilha Formosa. Deve-se acreditar que as autoridades vão aplicar a lei neste caso”, disse. À população local, o académico pediu uma maior aposta em marcar a importância da aprovação da Lei de Protecção dos Animais. Como o HM já avançou na passada segunda-feira, um estudante de Macau inscrito na Universidade Nacional de Taiwan foi detido após ter admitido que matava gatos na Ilha Formosa. A Lei de Protecção dos Animais de Macau ainda não entrou em vigor, estando em análise há mais de um ano.
Flora Fong SociedadeAssociação quer criar “cais de marisco” no Porto Interior [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]Associação de Amizade da Zona do Porto Interior espera que a entrada das novas águas territoriais na jurisdição de Macau possa melhorar a zona do Porto Interior, nomeadamente as concessões dos cais. Lei Kit Hong, presidente da Associação, disse ao jornal Ou Mun que a criação de um cais de marisco e um restaurante na zona do Porto Interior poderia desenvolver as zonas abandonadas dos cais e criar um novo ponto de interesse turístico com valor histórico para Macau, para além de aliviar a pressão sentida no centro da cidade. Lei Kit Hong deu este exemplo com base no que já existe em Pattaya, na Tailândia. As visitas marítimas de lazer que já se realizam em Singapura foi também outro exemplo apontado por Lei Kit Hong como forma de revitalização do Porto Interior e de manter as características dos bairros antigos. O presidente da Associação referiu ainda que, antes da transferência de soberania, os cais do Porto Interior eram feitos de madeira, mas como o Governo português quis revitalizar a zona, foi permitido aos comerciantes a construção de cais em cimento. Actualmente, o Porto Interior conta com 30 cais, sendo que Lei Kit Hong alertou para o facto de, ao longo do tempo, e devido à falta de gestão local sob as águas territoriais, os concessionários dos cais terem de pedir a renovação do arrendamento dos espaços ao Governo, o que dificultava um planeamento a longo prazo.
Andreia Sofia Silva EventosInstituto Internacional relembra padre Benjamim Videira Pires [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]centenário do nascimento do padre Benjamim Videira Pires vai ser lembrado esta sexta-feira com uma palestra no Instituto Internacional de Macau (IIM). Ao HM, a oradora convidada – a historiadora Beatriz Basto da Silva – considera que a obra de Benjamim Videira Pires deveria ser reeditada e traduzida. Para a autora da Cronologia de Macau, não bastam “palestras sobre as quais ninguém fala no dia seguinte” para lembrar a vida e obra do pároco português. “Deveriam pegar nas obras delas e tratar delas. Ele escreveu imensos livros mas também artigos, e esses estão espalhados, e deveriam estar juntos. A obra dele deveria ser compilada e traduzida”, apontou. Beatriz Basto da Silva, que conheceu pessoalmente Benjamim Videira Pires, recorda “uma pessoa muito prestável”. “Cada vez que precisei dele foi sempre muito prestável às minhas solicitações. Foi-me de grande valia a sua ajuda em termos de sabedoria sobre Macau e a história dos portugueses no Oriente”, disse a historiadora. Missionário, pedagogo e escritor, Benjamim Videira Pires fez parte de um vasto grupo de pessoas, não só da Igreja como de leigos, “que se esforçaram por manter o perfil português de missionários”, relembra a responsável. “E fez isso muito bem. A vida dele foi de doação e de estudo para cumprir a sua missão e aquilo que o trouxe a Oriente: uma missão religiosa mas ao mesmo tempo cultural. Era uma pessoa que, sendo calada, falava quando era preciso. E falava bem”. Na palestra, Beatriz Basto da Silva promete deixar de lado aspectos biográficos. “Isso está escrito. Vou falar da apreciação histórica e da minha impressão pessoal dele. O que me interessa na vida do padre Videira Pires é a sua personalidade e a sua rectidão humana, a sua maneira de ser como homem de igreja e historiador”, rematou. O evento tem entrada livre e está marcado para as 18h00.
Joana Freitas BrevesGreek Mythology | Casino foi fechado para remodelação, mas vai reabrir O casino Greek Mythology, no hotel Imperial Palace na Taipa, vai reabrir. A confirmação é da Direcção dos Serviços de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ), que refere ao HM que o espaço está fechado apenas para manutenção. O jornal Macau Daily Times avançava na edição de ontem que o casino estava fechado há cinco dias, mas que se desconheciam as razões. Questionada pelo HM, a DICJ confirma que o casino fechou no dia 31 de Dezembro e que “o encerramento é temporário e apenas para remodelação”. Também o director-executivo da Sociedade de Jogos de Macau (SJM) disse o mesmo à TDM. “O hotel e as instalações do casino estão um bocado desgastados e os accionistas querem fazer uma renovação antes de reiniciarem as operações. Os accionistas estão a discutir entre eles sobre a liderança. Acho que gostariam de abrir as instalações com a maior rapidez possível, porque querem continuar com as operações e fazer algum dinheiro”, afirmou Ambrose So. O casino fica situado no antigo New Century, espaço que causou polémica devido ao desvio de fundos por um responsável e que tem estado na ordem do dia devido às queixas de salários em atraso. Ambrose So disse ainda que os trabalhadores do casino vão ser transferidos para outros espaços de jogo da SJM.
Tânia dos Santos Sexanálise VozesBalanço [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]Olha-se para um 2016 cheio de potencialidade sexual, mas merecemos rever o 2015 que trouxe uns quantos triunfos ao sexo e ao género pelo mundo. Triunfos que trazem ao entendimento de que sexo é muito mais do que aquilo que se faz na escuridão do quarto e que se abrange pelas malhas macro-sociais da vivência humana. 1. Casamento Homossexual – 2015 viu a possibilidade legislativa do casamento homossexual tornar-se uma realidade para alguns países do mundo (onde outros ainda se encontram a lutar pela despenalização da homossexualidade). O grande exemplo foi os EUA que, quer queiramos ou não, se rege na sua influência cultural, por vezes bastante hegemónica, de internacionalização. Não que queira dar uma super credibilidade aos meandros cuturais do país (e assim muito por geral refiro-me à figura que o Donald Trump anda a fazer), mas constitui um passo importante para a visibilidade e a normatividade que casais homossexuais merecem. 2. Adopção por casais Homossexuais – Para adicionar à generalização de novas formas de família, a adopção por casais homoparentais já é uma possibilidade em muitos países por esse mundo fora – e ainda bem. Agora seria bom que outros países olhassem para Portugal e Colômbia que em 2015 trouxeram esta felicidade aos casais que tentam ter filhos e que querem ser reconhecidos pelo estado. 3. Penalização da mutilação genital feminina – Uma prática atroz que começa a ser legalmente penalizada, e que tem lutado contra formas culturais e crenças enraizadas por grupos de pessoas que acredita que é um rito de passagem necessário, e que assim as mulheres podem adquirir um bom dote e não serão socialmente excluídas. O argumento que tem tentado dissiminar-se por várias instituições nacionais e internacionais: o dote, que, normalmente, é uma vaca, pode dar leite e alguma carne mas morre, mais rápido do que se imagina – uma rapariga/mulher que tem a possibilidade de estudar e trabalhar nesse sentido poderá trazer dinheiro para a família toda a vida. Isto para alertar que a penalização é um grande passo, mas o cuidado tem de existir nas crenças que ainda são comunicadas entre as pessoas. A Gâmbia foi um dos países que viu a MGF ser penalizada em 2015. 4. 50 Sombras de Grey – 2015 foi também o ano que viu adaptado para o cinema o romance que ganhou em popularidade pelo grafismo sexual e pela grande curiosidade e procura que incitou de produtos sexuais de tendências sado-maso. Diz a indústria que, este ano, algemas, chicotes, pinças para mamilos, fatos de latex pretos ou mordaças foram muito mais procurados. Pela experimentação sexual tivemos esta referência cinematográfico-literária. E que venham mais. 5. A criação de uma casa-de-banho na Casa Branca – Esta não é uma casa-de-banho qualquer, é uma casa de banho neutra. Sem género. Isto para que a Casa Branca seja mais inclusiva aos trabalhadores e visitantes transgénero. Pena que não tenha sido publicitado mais fortemente. Este mundo precisa de casas-de-banho sem género associado, porque o binarismo complica-se, cada vez mais. E não tem havido estruturas que o têm acompanhado. 6. Miley Cyrus e a fluidez de género – Este foi o ano que muitos artistas pop vincaram a fluidez de género como uma necessidade de afirmação individual. Os exemplos são Miley Cyrus, Angel Haze entre outros, que vêm como necessária à sua definição pessoal e artística. Apesar de muitos considerarem-no como uma ‘fase’ ou uma ‘moda’ adolescente, mais útil será considerá-lo num debate que urge em ser desenvolvido pelas várias camadas sociais. 2015 não trouxe a moda de fluidez de género, mas a necessidade do reconhecimento da fluidez de género. No geral, o ano teve realizações sexuais bastante positivas. O ano de 2016 trará muitas mais, certamente. Com alguma esperança, na escuridão do quarto também, que é um pouco mais difícil de aceder através de estatísticas, questionários ou artigos de jornal. Que o ano de 2016 traga realizações sexuais individuais e colectivas. Que se experimente novas formas de sexo, diferentes posições e diferentes expectativas. Que se puxe pela sexualidade dentro do limite do confortável. A todos, um 2016 muito sexy.
Hoje Macau BrevesNg Lap Seng desiste de ser julgado já O empresário local Ng Lap Seng, acusado pela justiça norte-americana de ter subornado um ex-presidente da ONU, desistiu de ser julgado de imediato, como pediu num requerimento apresentado a 10 de Dezembro do ano passado. A agência Reuters avançou que, numa carta enviada há dois dias a um tribunal de Manhattan, um dos advogados de defesa de Ng não apresenta a justificação para a retirada do pedido, mas indica que o empresário sexagenário pretende ser julgado em separado dos restantes arguidos no processo. Ng Lap Seng lidera o grupo Sun Kian Ip e foi detido pelas autoridades dos EUA a 19 de Setembro de 2015.
Andreia Sofia Silva Ócios & Negócios PessoasBless Juice Bar, loja de sumos | Ivy Sun, fundadora Ivy Sun trocou um trabalho cansativo na área da organização de eventos por um negócio próprio onde os sumos saudáveis e produtos orgânicos são o foco principal. Aberto há pouco mais de um mês, o Bless Juice Bar pretende ser um espaço agradável com preços mais baixos [dropcap style=’circle’]U[/dropcap]m sumo de romã e maracujá, de tons rosa, faz bem à pele, enquanto que um sumo de laranja e cenoura faz bem à visão. Todos estes sabores estão expostos na montra da nova loja de sumos junto ao Teatro Dom Pedro V. O Bless Juice Bar, de Ivy Sun, abriu há pouco mais de um mês e pretende fazer um trabalho diferente ao nível da alimentação saudável. Ivy Sun sempre gostou de sumos e de vegetais, mas a colocação de um aparelho dentário levou-a a gostar ainda mais desta área. Quando se cansou do emprego, não pensou duas vezes. “Meti um aparelho há dois anos e era difícil comer. Comecei a procurar lojas de sumos em toda a parte e procurei na Taipa, onde moro, mas eram todas muito caras. Então comecei a fazer os meus próprios sumos”, contou Ivy Sun ao HM. “Antes tinha um trabalho num hotel e era muito cansativo, porque trabalhava na área da organização de eventos. Começava todos os dias às oito da manhã e muitas vezes só saía às dez da noite. Não era muito bom para mim e comecei a preocupar-me com a minha saúde. Então despedi-me em Setembro.” Foi aí que nasceu a loja de sumos, que oferece bebidas feitas com produtos frescos, a preços mais baixos do que os normais e com o mesmo sabor, como garante a responsável. Entre sair do trabalho que tinha e pensar no seu novo modelo de negócio, Ivy Sun teve pouco tempo. “Tive a oportunidade de arrendar esta loja, porque os antigos arrendatários saíram. Apenas precisámos de um período de tempo para pensar que ia abrir o meu próprio negócio e para ter alguma coisa diferente em relação a outros espaços. Não queria um espaço que vendesse apenas café”, referiu. “Esta loja chama-se Bless porque quero que este seja um espaço feliz e que ofereça o melhor aos outros. Quero dar a oportunidade aos locais para experimentarem estes sumos saudáveis e também vendemos outros produtos orgânicos, como as sementes de chia ou os chás. Vamos ter uma espécie de ‘segunda-feira verde’, para termos saladas e sanduíches, refeições mais leves e que possam proporcionar algum equilíbrio”, contou ainda Ivy. Uma filosofia muito própria Ivy Sun não tem uma formação específica como chef de comida orgânica, apenas decidiu avançar com algumas ideias criadas de raiz na sua própria cozinha. “Faço as minhas próprias receitas. Comecei por tentar por mim própria, porque nós, asiáticos, temos a nossa própria filosofia em termos de dieta. Por exemplo, para nós, mulheres, não é bom beber bebidas frias sempre, não é bom em ciclos de período menstrual, por exemplo. Tentei fazer misturas de ingredientes como este, de romã, e é aconselhável beber um por dia, porque nos dá mais vitaminas e nutrientes. Também é muito bom para a pele, por isso é o meu sumo preferido”, contou ao HM. Apesar do pouco tempo de funcionamento, o Bless Juice Bar já vende cerca de 30 garrafas de sumo por dia. “Quero que as pessoa sintam uma boa atmosfera aqui. Esta é uma loja pequena e quero que este seja um espaço confortável e não apenas comercial”, referiu. “Fizemos um grande investimento nas máquinas e os processos de fazer os sumos são diferentes. Porque é que estou a fazer um preço mais baixo? Não é por uma questão de competitividade, mas para chamar a atenção das pessoas. As pessoas bebem um café por dia, então por que não beber um sumo por dia e substituir o café? É isso que quero, que as pessoas experimentem estas bebidas”, disse a fundadora do espaço. Com a chegada do tempo quente e húmido, Ivy Sun espera ter cada vez mais clientes. Por enquanto, ela própria vai todos os dias buscar os produtos frescos do dia para pôr mãos à obra junto à máquina dos sumos. Os desafios, esses, são constantes. “Um dos maiores problemas que tenho tem a ver com o fornecimento de produtos frescos. Eu própria todos os dias tenho de sair para comprar os produtos e muitas vezes são mais baratos no supermercado do que no fornecedor, não sei porquê. Estamos apenas a começar e não queremos fazer um grande negócio, e estamos a adquirir pequenas quantidades de produtos diariamente”, rematou.
Flora Fong Manchete SociedadeJogo | Promotor do casino L’Arc desviou 100 milhões e desapareceu Mais um caso como a Dore: o responsável por uma sala VIP deixou Macau com dinheiro de investidores e ninguém sabe onde está [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]vice-director de uma sala VIP do casino L’Arc, de nome Chan Yan Hung, está a ser investigado por ter desviado 90 milhões de dólares de Hong Kong de investidores. O desvio influenciou o financiamento de pelo menos outras dez salas VIP, segundo a imprensa chinesa. As autoridades já confirmaram o caso. Segundo o canal de televisão MASTV, Chan Yan Hung desviou o dinheiro e fichas num valor de 90 milhões de dólares de Hong Kong e está desaparecido desde o dia 2 de Janeiro. Lei, um dos donos das salas VIP, revelou à MASTV que o suspeito é promotor de todas as salas VIP dentro deste casino e que, conta, é responsável por verificar todas as contas em cada sala mensalmente. No entanto, conta, o suspeito deixou de estar contactável no início deste mês. “Todos os meses as receitas das salas VIP são divididas com o casino, no dia 2 ele devia ter distribuído as receitas por cada sala VIP, mas até agora ninguém o conseguiu contactar”, acrescentou. Lei avançou ainda que a directora do L’Arc, Angela Leong, está a questionar-se como é que o promotor de Jogo conseguiu desviar este grande número de capital numa só vez. “Este caso é diferente do caso da Dore. O suspeito roubou dinheiro daqueles que depositaram confiança nele. Chan Yan Hung trabalha no casino L’Arc há muitos anos e ganhou a confiança de Angela Leong, mas esta situação está a assustar os responsáveis”, apontou. Segundo o jornal Apple, de Hong Kong, Chan Yan Hung terá angariado capital de forma ilegal, através das funções que desempenha no casino onde trabalha. Depois de surgir o caso Dore, em Setembro do ano passado, vários investidores tentaram retirar o dinheiro deste promotor de Jogo, mas tal foi rejeitado, com a empresa a empresa a alegar problemas financeiros. A Polícia Judiciária (PJ) afirmou ao HM que já recebeu a queixa de um funcionário do casino L’Arc e que está, garantiu, a investigar o caso, apesar de ainda não poder divulgar informações. Para Billy Song, director da Associação de Jogo Responsável de Macau, este é mais um caso de desvio de dinheiro de sala VIP que mostra a falta de supervisão em relação ao grande movimento de dinheiro nestas salas. Questionado pelo HM, o casino L’Arc não quis prestar declarações. Não se sabe também qual a empresa junket que lidera a salas.
Hoje Macau EventosLMA | International Artists Association convida a festa chill-out no domingo Domingo o dia é para relaxar, com a música de artistas internacionais, comida e arte. É o que promete a festa que tem lugar no LMA e onde Sancho-Meiso-Chaya é o convidado especial [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]Live Music Association (LMA) e a International Artists Association (I.A.A.) prometem um domingo diferente, no próximo dia 10. Com “Take Off Your Shoes”, as duas organizações juntam-se para dar música a Macau, num evento que garantem ser único e inovador no território. Sancho Chaya do Japão A actividade tem hora marcada para as 18h00 – estendendo-se até à noite – e traz concertos de música lounge e electrónica ao vivo, bancas de comida saudável e pequenas lojas de venda de artesanato e roupa. Do Japão, chega um convidado especial, Sancho-Meiso-Chaya. O entretenimento é variado e está a cabo de diversos artistas: Achun, de Macau, brinda o público com música electrónica/indie misturada com instrumentos ao vivo, num estilo semelhante à banda local Concrete/Lotus, que apresenta uma mistura de elementos electrónicos e ao vivo. Da Catalunha chega Enric Carbonell AKA Doctr’n’ric, produtor, compositor e músico. Do Punk ao Ska, do Jazz ao Reggae, Enric está ligado à área da música desde 1992, tendo trabalhado com The Pioneers e Derrick Morgan, entre outros artistas. Enric O japonês Ryoma, radicado em Macau, é outros dos artistas encarregues do som, desta vez como DJ. Ryoma – que é parte do grupo local High Tech Tribe e membro fundador da I.A.A. – começou como organizador de eventos nos anos 1990, altura em que foi “baptizado na cultura hippie, em Goa, na Índia”. É daqui que retira algumas influências para o estilo de música que opta por passar. Mas Ryoma não é o único nipónico, já que Sancho-Meiso-Chaya chega de Tóquio como o convidado especial da “Take Off Your Shoes”. Sancho é um produtor de música dub e chill-out desde os anos 1990, quando começou também por enveredar na cultura reggae. “Nos anos 2000, começou a solo, actuando na cena musical de Tóquio”, refere a organização. A portuguesa RITArita, fundadora do estúdio Yogaloft, estará também a cargo dos pratos, num evento onde se quer, diz a I.A.A., “que a audiência tire os sapatos e se deixe mergulhar num domingo diferente, rodeado de boas vibrações e boa música”. Achun E porque não é só de música que se faz uma festa, estão ainda convidadas as lojas Headz e Worker Playground – que vão vender arte “tribal e psicadélica” e roupa – e ainda a loja Chakra Space, de Tc e Meng, encarregue de oferecer “comida vegetariana pura e café artesanal”. Prometida está uma atmosfera chill-out, com decoração a condizer. Almofadas, carpetes e pés descalços dão o mote para uma festa que só quer “que as pessoas de Macau possam relaxar”. A entrada custa 120 patacas, sendo os bilhetes adquiridos à porta do LMA, no Fai Chi Kei, onde tem lugar a festa.
Flora Fong Manchete PolíticaJogo | Lionel Leong quer acabar com “supremacia” da indústria É tempo de enfrentar “riscos”, diz o Secretário, e de acabar com esta coisa do Jogo ser o motor da economia de Macau [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]Secretário para a Economia e Finanças, Lionel Leong, considera necessário “ultrapassar a situação de supremacia da indústria do Jogo”, que actualmente existe em Macau. Em entrevista ao jornal chinês Exmoo News, Lionel Leong disse ainda querer a melhoria da legislação para reforçar a fiscalização no sector. O Secretário referiu que há muito tempo que a economia local depende demasiado da indústria do Jogo, mas os seus destinatários e os clientes mudaram, pelo que é necessário alterar o impacto da indústria na economia. “Para nos desenvolvermos de forma sustentável e para aumentarmos a nossa competitividade a nível internacional, é preciso ter uma fiscalização eficaz de acordo com a lei, para além de adicionar questões como a honestidade e qualidade no sector do Jogo”, adiantou o Secretário. Para levar a cabo essa mudança, Lionel Leong aponta que, numa fase de ajustamento da economia, é necessário “assumir riscos”. “Mesmo que enfrentemos desafios e que nos esforcemos para uma mudança, devemos assumir riscos para ter oportunidades. Acredito que se o Governo, as empresas e os residentes se esforçarem em conjunto, esta será uma boa altura para a melhoria da estrutura económica de Macau”, apontou. Questionado pelo Exmoo News sobre a revisão das licenças de Jogo, Lionel Leong referiu apenas que vai avaliar se as seis operadoras cumpriram as promessas feitas e se satisfizeram as condições para a concessão das licenças. Sobre a questão dos promotores de Jogo, ou junkets, Lionel Leong referiu que nos últimos anos o sector tem vindo a depender demasiado do sector VIP e dos negócios desses promotores. “O regime de supervisão já foi elaborado há muitos anos e não podemos evitar o facto de que se tornou obsoleto. Com uma melhoria das leis podemos regulamentar melhor o sector”, rematou. Os tapetes e o filho Na entrevista, Lionel Leong não deixou de falar sobre a sua vida pessoal, referindo que, para aliviar o stress do dia-a-dia, gosta de limpar tapetes e o ar condicionado. “Os meus colegas brincam sempre comigo a dizer que precisam de lavar os tapetes ou limpar o ar condicionado”, apontou Lionel Leong, que disse ainda que o filho mais velho está a estudar Filosofia Política e Económica nos Estados Unidos. Para o Secretário, o filho poderá vir a ter uma grande relação com o futuro desenvolvimento de Macau.
Leonor Sá Machado BrevesDesaparecimentos em HK | “Pode muito bem acontecer em Macau”, diz Jason Chao Desapareceram cinco funcionários da livraria de Hong Kong The Causeway Bay Bookstore e Jason Chao acredita que a história não acaba aqui, podendo mesmo ter lugar na RAEM. “[É uma situação] que pode muito bem acontecer em Macau”, determinou o activista, que ontem falou sobre o assunto à margem de uma conferência da Associação Novo Macau (ANM). Chao confessou sentir-se “sem poder” para travar este tipo de práticas, acreditando que “o Partido Comunista Chinês vai ter sempre formar de raptar pessoas para as julgar em tribunal e até torturar”. O caso está relacionado com o desaparecimento de cinco pessoas da livraria que é conhecida por publicar obras que criticam o governo de Xi Jinping. Ao jornal Ponto Final, vários activistas locais falam de sinais de “um Estado totalitário”, com contornos semelhantes às acções praticadas pelo KGB russo. “A ANM acredita na liberdade de expressão, tal como em outros direitos humanos básicos, enquanto pedras basilares de uma sociedade democrática. As tiranias do passado e do presente tentaram tirar-nos isso através da força, da intimidação e decepção. O seu esforço só nos convence ainda mais da importância da liberdade”, disse o presidente da Associação, Scott Chiang, ao Ponto Final.
Flora Fong SociedadeOcean Garden | Aumentos ameaçam gestão de condomínio [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]deputada Angela Leong indicou ontem que a empresa de gestão predial do Ocean Garden, na Taipa, pediu um aumento de 28% nas despesas de condomínio, solicitando a recuperação do que terão sido dois milhões de patacas perdidos em “trabalhos de gestão”. A empresa em causa chegou a ameaçar os proprietários de cortes nos serviços básicos dos edifícios caso estes não aprovem o aumento. A deputada denunciou o caso num comunicado enviado à imprensa, onde disse que a Lei do Salário Mínimo para os Trabalhadores de Limpeza e de Segurança na Actividade de Administração Predial, que entrou em vigor no início deste ano, já está a causar conflitos na gestão predial devido ao aumento de despesas. A deputada lembrou que durante a discussão da lei os deputados chamaram a atenção do Governo para resolver os conflitos que poderiam decorrer. O Governo garantiu que já existia um plano para assegurar a segurança nas habitações. No entanto, Angela Leong observou que nos últimos tempos, os proprietários preferem que os edifícios entrem em “auto-gestão”, em vez de pagarem mais despesas de condomínios. A também empresária revelou que recebeu um aviso da empresa de gestão, partilhado pelos proprietários do Ocean Garden, em que o conteúdo apontava um aumento de 28% de despesas de condomínio e um pedido aos proprietários de recuperação de “dois milhões de prejuízo da empresa de gestão ao longo dos anos”. A empresa indicou ainda que, caso os proprietários não aceitem as condições, os serviços de shuttle bus, alguns canais de televisão e o funcionamento de certos elevadores podem ser cortados. “É chocante”, apontou a deputada. Na opinião de Angela Leong – tal como na de Ng Kuok Cheong – o Governo deve intervir nos conflitos de empresa de gestão através de conciliação, além de saber lidar com as ausências na administração de propriedades. A deputada espera também que a empresa de gestão possa chegar a uma concordância sobre as despesas.
Andreia Sofia Silva Manchete SociedadePlano Pecuniário | Mais de 26 mil residentes não levantaram os cheques Mais de 26 mil residentes não levantaram o cheque pecuniário o ano passado, número que triplicou face a 2014. Paul Pun, secretário-geral da Caritas, pede que seja criada uma entidade ou conta bancária própria para estes casos [dropcap style=’circle’]T[/dropcap]odos os anos os residentes permanentes e não permanentes anseiam pelo dia em que o cheque pecuniário do Governo cai na sua conta bancária ou chega à caixa de correio. Contudo, uma boa parte dos residentes com esse direito não levantou o cheque em 2015. Dados fornecidos pela Direcção dos Serviços de Finanças (DSF) ao HM mostram aliás que os números de cheques não depositados tem vindo a subir desde 2013. No ano que ainda agora findou, um total de 26.844 pessoas não levantou o seu cheque, o que representa um montante acima dos 223 milhões de patacas. Estes números representam cerca de 4,2% dos residentes elegíveis para receber o cheque. Apesar da DSF não possuir dados específicos sobre a percentagem de residentes permanentes e não permanentes que não levantam os cheques, contas feitas pelo HM mostram que apenas 2040 pessoas com BIR não permanente não levantaram as 5400 patacas do Governo, sendo que a maioria diz, então, respeito aos cheques de nove mil patacas. Em 2014, os números são bem mais baixos: 7272 pessoas não fizeram qualquer levantamento ou depósito, o que totaliza mais de 57 milhões de patacas. Em 2013 o número volta a descer, com 4389 cheques não depositados, o que representa valores acima dos 300 milhões de patacas. Outras medidas Confrontado com estes números, Paul Pun, secretário-geral da Caritas, começa por ironizar. “Na maior parte dos casos as pessoas que recebem o cheque vão depositá-lo, não vão mantê-lo como lembrança”, disse ao HM, defendendo a criação de uma conta bancária específica para as pessoas que não sabem depositar o seu cheque. “Temos de ter em conta se esta é a melhor forma de atribuir o cheque. Os professores e os funcionários públicos recebem o dinheiro na conta bancária, então poderia ser criada uma conta através do Governo, especialmente para os mais velhos. Sei que muitos idosos não sabem usar o cheque”, disse. Paul Pun defende ainda a atribuição desta competência a uma entidade diferente. “Estes números são elevados e os cheques deveriam ser enviados para uma entidade ou departamento para serem levantados pelas pessoas que não os conseguiram depositar. Não basta enviar para as caixas do correio”, referiu. O Programa de Comparticipação Pecuniária é destinado a todos os residentes, de todas as bolsas, quer residam em Macau ou não. A ausência do território pode ser uma das razões para os números fornecidos pela DSF. “Haverá muitas pessoas, a viverem em Hong Kong, Portugal ou Taiwan, que não levantarão o cheque. E depois há muitas pessoas idosas que não depositam o cheque, que podem não saber a forma como o podem fazer. Muitos não sabem ler e só vêem a publicidade”, disse Paul Pun. No ano de 2014, os cheques foram transferidos automaticamente por conta bancária para mais de 112 mil pessoas, tendo sido emitidos mais de 537 mil cheques. Apesar de muitas pessoas não levantarem o seu cheque, a verdade é que o Governo dispõe de um Centro de Apoio ao Pagamento da Comparticipação Pecuniária, o qual atendeu, em 2014, pouco mais de 15 mil pessoas, sendo que 2480 casos diziam respeito ao pedido de reemissão do cheque. “Governo poderia tentar analisar melhor a atribuição” José Luís Sales Marques, economista, fala de números demasiado elevados, até porque em 2015 a situação económica não melhorou. Bem pelo contrário, diz, até piorou. “Talvez a maior parte das situações esteja relacionada com pessoas que não vivem em Macau há algum tempo e que não tiveram oportunidade de vir cá e não encontraram outra via para levantar o cheque. O que leva as pessoas a não levantar os cheques só pode ser uma falta de conhecimento dos mecanismos de levantamento. Ou pode haver ainda uma minoria que não levanta o cheque, porque não precisa”, referiu o economista. Sales Marques considera que o Executivo poderia alterar as formas de atribuição destes apoios. “O Governo poderia tentar analisar melhor a atribuição e pode chegar a uma conclusão diferente a que tem chegado. Isto porque, por razões que se prendem com a dificuldade em fazer uma diferenciação relativamente a quem deve receber esse tipo de apoio, foi entendido que esta era uma medida para abranger todos os residentes”, rematou.
Filipa Araújo SociedadeAAAEC | Associação renasce e promete organizar “muitas actividades” A Associação dos Antigos Alunos da Escola Comercial Pedro Nolasco vai voltar ao activo pela mão de José Basto da Silva [dropcap style=’circle’]N[/dropcap]asceu em 1998, mas dez anos depois, com a morte do seu fundador e principal impulsionador José Martins Achiam, suspendeu as suas actividades. Agora renasce das cinzas. A Associação dos Antigos Alunos da Escola Comercial Pedro Nolasco (AAAEC) está de volta e é José Basto da Silva, membro da Associação dos Macaenses (ADM), que assumirá a presidência. “Decidi fazer renascer a Associação porque, por um lado, sempre estive envolvido em actividades associativas e, por outro, sempre soube da existência da Associação dos Antigos Alunos do Liceu e do Colégio Dom Bosco e pareceu-me que existia um vazio, porque não sabia da existência desta associação da Escola Comercial”, contou ao HM. Estando dentro do movimento associativo e tomando conhecimento da situação actual da AAAEC, José Basto da Silva não hesitou em abraçar este novo desafio. “Senti que estava na altura de fazer alguma coisa diferente”, rematou. O objectivo, conta, é claro: motivar a comunidade macaense. A participação no inquérito lançado pela ADM sobre a comunidade macaense foi o “empurrão” que José Basto da Silva precisava para criar, ou neste caso recriar, algo diferente. “Achei que esta Associação poderia ser uma boa ajuda para dinamizar as coisas. Apesar de existirem várias associações, cada uma tem a sua dinâmica”, referiu, tornando claro que não há competitividade entre as associações existentes mas, reforça, a possibilidade de cooperação entre sinergias. Activamente prontos O futuro presidente explicou que apesar de ainda não existir um plano definido, estão em cima da mesa várias propostas em análise. A AAAEC quer marcar pela diferença e pelo espírito activo. “O que se pretende é ter sócios, como os antigos alunos da Escola Comercial, mas não queremos que se resuma só a este tipo de associados. Gostaríamos de trabalhar com a Escola Portuguesa de Macau para que se possa dinamizar com a comunidade mais jovens”, apontou. Cursos de patuá e culinária são algumas das actividades que a nova direcção da Associação quer ver acontecer. “Gostaríamos também de lançar uma actividade de curtas metragens – pouco menos de dois minutos – sobre Macau antiga, ou até passatempos na escola, ou grupos desportivos. São algumas ideias que temos”, apontou, reforçando que o que se pretende é criar uma Associação dinâmica. “Não somos só um grupo de comes e bebes”, rematou. É já no próximo sábado que José Basto da Silva toma posse num jantar convívio que pretende assinalar várias datas. “Organizámos este encontro para celebrar o 138º aniversário da fundação da Escola Comercial Pedro Nolasco, também os 16 anos da transição da soberania e a nossa tomada de posse”. No encontro serão ainda homenageados dez antigos funcionários da escola. Os bilhetes encontram-se à venda no Centro de Actividades da Santa Casa da Misericórdia, todos os dias úteis, até ao dia 8 de Janeiro. Quem não conseguir adquirir bilhetes atempadamente, poderá fazê-lo à porta da Escola Portuguesa de Macau – local onde a confraternização se irá realizar -, a partir das 18h30.
Leonor Sá Machado Manchete PolíticaEleições | Novo Macau acusa Comissão Eleitoral de fazer relatórios parciais A ANM está preocupada com o recente relatório da Comissão Eleitoral. Falta de rigor e de interesse em eleições justas são acusações de Jason Chao [dropcap style=’circle’]F[/dropcap]alta verdadeiro interesse da Comissão para os Assuntos Eleitorais da Assembleia Legislativa (CAEAL) em assegurar eleições justas. Esta é, pelo menos, a posição da Associação Novo Macau (ANM) face ao mais recente documento publicado pela Comissão acerca das eleições para a V Legislatura da AL. “O relatório mostra que a CAEAL não está genuinamente interessada em assegurar uma eleições justa”, referiu o vice-presidente da ANM, Jason Chao. Para o activista, foram ignoradas as ilegalidades cometidas por aqueles a quem Chao chama de “grupos de interesse tradicionais”. Ao mesmo tempo, alega que foram distorcidas as intenções de grupos activistas tentarem promover eleições justas. Neste ponto, Chao chama a atenção para o exemplo dado no relatório se referir, especificamente, à entrega de panfletos pelo grupo activista – ao qual pertenceu –, Macau Consciência. O colectivo decidiu, com o objectivo de promover eleições justas, distribuir folhetos junto de escolas e a CAEAL fez questão de sublinhar esta prática, frisando que “as escolas públicas mantêm a posição de neutralidade nas campanhas eleitorais”. No entanto, argumenta Jason Chao, actividades ilegais de outros grupos “passaram ao lado” da Comissão. Um dos casos citados pela ANM diz respeito à distribuição de cheques pela Associação Jiangmen aos potenciais votantes. Versão portuguesa mais soft Jason Chao faz ainda comentários sobre a disparidade na traduções portuguesa do relatório original em Chinês. “A versão original é mais elaborada e faz um reparo mais duro do que mostra a portuguesa”, explicou. E o vice-presidente da ANM culpa mesmo Ip Song Sang, juiz do Tribunal de Primeira Instância que esteve à frente da CAEAL. “Tratando-se de um juiz que fala fluentemente Português. Seria óbvio que a tradução passasse por Ip Song Sang antes de ser publicada, portanto em última instância, a culpa reside claramente nele”, afirmou. Isto porque a tradução literal do original diz que a Comissão quer “proibir que pessoas critiquem outras com a intenção de sobressaírem”, enquanto em Português se pode ler que deve ser “proibida a prática de propaganda antecipada”. A ideia do original, frisou o activista, está “em falta” na versão portuguesa. Sem dentes O relatório da CAEAL denuncia uma série de irregularidades, mas não define qualquer acção como efectivamente legal. A Comissão pede uma auditoria aos orçamentos das campanhas eleitorais antes da sua entrega, por terem sido detectados valores muito diferentes. O documento confirma ainda que houve queixas quanto à distribuição de ofertas por parte dos candidatos a um lugar de deputado na AL, mas defende que os actos de corrupção “não foram graves” e diz-se ainda sem poder para fazer mais. “Analisado o processo decorrido de preparação e de organização das eleições da V Legislatura e em 2013, consideramos que, no cômputo geral, e para além das críticas por parte dos cidadãos acerca da distribuição de prendas pelas associações para efeitos de propaganda eleitoral, não foi grave a corrupção eleitoral registada nesta Legislatura devido à fiscalização rigorosa por parte do Comissariado contra a Corrupção (CCAC)”, lê-se.
Flora Fong PolíticaElla Lei quer lei para proteger áreas verdes de Macau Ella Lei quer uma lei, que indique claramente quais as zonas verdes de Macau que devem ser conservadas [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]deputada Ella Lei acha que a área total de espaços verdes em Macau é insuficiente e os que existem têm sido destruídos pelos projectos de construção. Por isso mesmo, a deputada diz que é necessário manter o sistema ecológico e através de legislação e de um planeamento urbanístico e ambiental. Numa interpelação escrita, Ella Lei considera que, para se desenvolver uma cidade turística sustentável e apropriada para viver, Macau deve ter um ambiente natural e confortável. A deputada relembra que o Governo elaborou critérios para a classificação de espaços verdes urbanos de Macau, em 2010, dividindo-os em quatro categorias: zonas verdes de lazer, zonas verdes nas rodovias, zonas verdes para produção de viveiros e zonas verdes de reserva ecológica. As estatísticas deste ano mostram que a área total de espaços verdes ocupa 41,7% da área total do território. Para Ella Lei, mesmo que os dados mostrassem um “grande” aumento, as zonas de vegetação mais rica e de maior valor ecológico foram destruídas devido ao desenvolvimento de projectos de construção. “O desenvolvimento de qualquer zona deve ter um limite, deve evitar-se a destruição – que tem sido constante – dos espaços ecológicos. Não se deve substituir a ecologia original por uma zona verde artificial e de pouco valor ambiental”, apontou na interpelação. A deputada referiu ainda que nas regiões vizinhas já existe regulação rigorosa, planeamento concreto, protecção de zonas verdes e de parques suburbanos. Ao comparar com Macau, Ella Lei indicou que o Governo “nunca [cumpriu] conservar as zonas verdes e ecológicas”, considerando isto uma falha da Direcção dos Serviços para a Protecção Ambiental (DSPA). “O Governo vai definir de forma clara a proporção mínima de zonas verdes de reserva ecológica e de lazer, evitando a diminuição constante destas zonas?”, pergunta a deputada. Ella Lei pede ainda esclarecimentos sobre se o Governo vai assegurar as zonas ecológicas aquando da elaboração do plano director urbanístico, publicando uma lista de zonas para conhecimento da sociedade.
Leonor Sá Machado Eventos MancheteSubsídios | Governo abre inscrições para produção discográfica original O IC tem prontos 1,7 milhão de patacas para atribuir oito subsídios a produtores discográficos locais [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]Instituto Cultural (IC) inicia hoje o período de candidatura para atribuição do subsídio para produção de álbuns de músicas originais, havendo oito subsídios disponíveis até ao montante máximo de 210 mil patacas. As inscrições encerram a 4 de Março e cada uma é elegível para a gravação de um álbum. Este financiamento está integrado no programa de subsídio para as Indústrias Culturais e Criativas, tendo sido lançado em 2014, e pretende incentivar os músicos locais a SDFSFS. “Através do apoio à produção e promoção de álbuns de canções originais, o IC pretende incentivar os talentos musicais locais a produzirem e lançarem as suas obras, a fim de estabelecer as bases para o desenvolvimento do mercado”, escreve o IC em comunicado. Os candidatos têm que cumprir os requisitos de serem portadores do BIR permanente, maiores de idade e ter a capacidade de se assumirem como produtores discográficos do projecto a título individual. Estes deverão também já ter um repertório de faixas já lançadas oficialmente antes de ingressar no programa de subsídio, ou ter agido enquanto produtores de um outro disco. “O álbum candidato pode ser um álbum de solista, conjunto vocal ou grupo musical”, esclarece a entidade. De entre os critérios de selecção do júri estão a racionalidade orçamental, a perfeição das propostas apresentadas, a estratégia de marketing empregue para a promoção ou a compatibilidade entre os trabalhos de som e a imagem do disco. O financiamento atribuído pode ser utilizado para cobrir despesas de produção musical, do design da capa, da promoção e marketing e de impressão. Estes devem, no entanto, ser distribuídos por via digital em, pelo menos, dois canais comerciais de música. O regulamento e formulário pode ser consultado nas páginas electrónicas das Indústrias Culturais e Criativas e do IC.
Filipa Araújo BrevesChou Kam Chon assume cargo nos SAFP Chou Kam Chon tomou posse, ontem, como Subdirector dos Serviços de Administração e Função Pública (SAFP), numa cerimónia presidida por Sónia Chan, Secretária para a Administração e Justiça. No discurso da tomada de posse o novo subdirector prometeu “cumprir com lealdade e elevado sentido de responsabilidade as suas funções”, agradecendo ainda “a confiança depositada” pelo Governo. Chou Kam Chon afirmou ainda que “o trabalho dos SAFP tem um papel relevante no desenvolvimento da sociedade, constituindo grande desafio”. Chou Kam Chon disse ainda esperar que todos os colegas dos SAFP possam colaborar de forma unida com a direcção para concretizar as tarefas estabelecidas nas Linhas de Acção Governativa.
Andreia Sofia Silva BrevesCoordenadores-adjuntos do GIT tomaram posse Decorreu ontem a tomada de posse de dois coordenadores-adjuntos do Gabinete para as Infra-estruturas de Transportes (GIT), Ng Keng Chung e Peter Chow Wai Tak, os quais vão desempenhar o cargo pelo período de um ano. Ng Keng Chung é licenciado e mestre em Engenharia Electrotécnica pela Universidade de Tsinghua. Em 2008 chegou ao GIT, sendo que desde Março de 2015 desempenhava o cargo de coordenador-adjunto substituto, com responsabilidades pela organização e coordenação da construção dos comboios do metro ligeiro e do seu sistema. Já Peter Chow Wai Tak é licenciado em Engenharia Civil pela Universidade de Ciência e Tecnologia de Manchester, Reino Unido, incluindo um mestrado em Gestão de Construção pela Universidade Cidade de Hong Kong. Depois de trabalhar no sector privado, Peter Chow Wai Tak entrou para o GIT para desempenhar funções como consultor técnico.
Andreia Sofia Silva BrevesImobiliário | Governo acaba com grupo de trabalho O Governo decidiu acabar com o Grupo de Trabalho para a Promoção do Desenvolvimento Sustentável do Mercado Imobiliário, criado em 2010, segundo um despacho publicado ontem em Boletim Oficial (BO). Ao HM, o Gabinete do Secretário para as Obras Públicas e Transportes, Raimundo do Rosário, confirmou que, em cinco anos de existência, este grupo ajudou à criação do Regime Jurídico da Promessa de Transmissão de Edifícios em construção, à implementação da Lei da Actividade de Mediação Imobiliária e ainda criou o Imposto do Selo Especial Sobre a Transmissão de Bens Imóveis Destinados a Habitação. O grupo de trabalho era coordenado pelo Secretário da tutela e tinha como competências “recolher e analisar as opiniões dos diversos sectores sociais” para o desenvolvimento do sector imobiliário e “estudar e propor a implementação de políticas e medidas a curto, médio e longo prazo”, entre outras. O HM tentou obter reacções, mas até ao fecho desta edição não foi possível.
Flora Fong BrevesTaiwan | Delegação de candidato a presidente angaria votos em Macau Hung Hsiuchu, antiga vice-presidente do Kuomintang, o Partido Nacionalista, chegou ontem a Macau como chefe do grupo de assessoria de um dos candidatos a presidente da Ilha Formosa, Eric Chu Liluan. Segundo o Jornal Hou Kong, a representante referiu que, como a situação de eleições do presidente é uma questão crítica, o candidato promete “esforçar-se ao máximo para fazer melhor”. Hung Hsiuchu admitiu que agora os trabalhos do Partido Nacionalista que podem não ser tão populares, mas acredita que a equipa que representa tem capacidade para mudar o que está mal. A chefe apela os eleitores de Taiwan que vivem em Macau e Hong Kong que voltem à Formosa para poderem votar. O grupo já foi a Hong Kong no domingo passado e participou numa reunião de apoio a Eric Chu, organizado pela Associação Geral de Estudo Cultural e Educativo de Hong Kong, Macau e Zhongshan. Segundo o mesmo jornal, existem 60 mil residentes de Hong Kong e de Macau que têm bilhete de identidade taiwanês.
Hoje Macau BrevesAntónio Lobo Vilela é novo assessor jurídico de Lionel Leong O advogado português António Lobo Vilela é o novo assessor jurídico do Secretário para a Economia e Finanças, Lionel Leong. A notícia foi avançada pelo jornal Business Daily, que não cita fontes. O jurista trabalhou nos Serviços para os Assuntos Laborais entre 2000 e 2003, tendo-se licenciado em Direito na Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa. Em 2003, António Lobo Vilela integrou a Comissão Especializada sobre o Sector dos Jogos de Fortuna ou Azar. Sete anos depois, o jurista tornou-se parceiro na empresa Macau Gaming Consulting Limited e, em 2012, ficou sócio da LVT Layers. Como assessor jurídico do Secretário, Lobo Vilela deverá cumprir funções relacionadas com o Jogo na região.