Wynn Macau | De volta aos lucros em 2023 após três anos

A concessionária de jogo Wynn Macau apresentou ontem os resultados financeiros referentes a 2023 com lucros de 465,7 milhões de dólares, registo que significou o retorno ao terreno positivo depois de prejuízos acumulados durante a pandemia.
A empresa sublinhou que “um aumento das receitas operacionais” ajudou a inverter um prejuízo de 627,6 milhões de dólares em 2022, de acordo com um comunicado enviado à bolsa de valores de Hong Kong.
Os dois projectos operados pela Wynn Macau registaram receitas de 3,36 mil milhões de dólares em 2023, cinco vezes mais do que no ano anterior. Os casinos Wynn Macau e Wynn Palace foram responsáveis pela maioria do volume de negócios da empresa, arrecadando 2,44 mil milhões de dólares em receitas, seis vezes mais do que em 2022.
Os casinos da região fecharam o ano de 2023 com receitas totais de 183,1 mil milhões de patacas, quatro vezes mais do que no ano anterior e 62,6 por cento do montante registado no mesmo período de 2019.
Tendo em conta a análise aos segmentos de jogo, a Wynn Macau registou receitas por 2,28 mil milhões de dólares no mercado de massas, enquanto o bacará VIP atingiu 575,3 milhões de dólares. Recorde-se que em 2019 as grandes apostas geravam quase metade das receitas totais dos casinos do território.

Estrelas no céu
“O forte impulso que ganhámos ao longo de 2023 continuou durante o quarto trimestre”, disse, na mesma nota Craig Billings, o director executivo da empresa-mãe, a Wynn Resorts, que inclui propriedades nos Estados Unidos.
“Estes resultados impressionantes realçam o compromisso incessante das nossa equipas em proporcionar um serviço de hospitalidade de cinco estrelas, que continua a elevar as nossas propriedades acima dos seus pares enquanto destino de clientes que procuram luxo em Las Vegas, Boston e Macau”, acrescentou o responsável da concessionária de jogo.
Craig Billings sublinhou que o lucro da Wynn Resorts antes de juros, impostos, depreciação, amortização e custos de reestruturação ou de arrendamento (EBITDAR, na sigla em inglês) atingiu “um novo recorde histórico”. O EBITDAR da Wynn Macau atingiu 953,9 milhões de dólares em 2023, invertendo o prejuízo de 220,6 milhões de dólares no ano anterior.
Os resultados das concessionárias de jogo no ano passado beneficiaram com grande empurrão do retorno à normalidade nas fronteiras. O território recebeu em 2023 mais de 28,2 milhões de visitantes, cinco vezes mais do que no ano anterior e um valor que representa 71,6 por cento do registado antes do início da pandemia de covid-19.

10 Fev 2024

Escultura | “Etherea”, obra de Edoardo Tresoldi, para ver junto ao Wynn

O artista italiano Edoardo Tresoldi apresenta este mês, junto ao casino Wynn, na península de Macau, a obra “Etherea”, uma “instalação artística hipnotizante”, segundo um comunicado da operadora de jogo que promove a apresentação deste trabalho no território.

“Etherea”, com cerca de dez metros de altura, é considerada como uma das obras mais características do artista e escultor, tendo sido exposta, por exemplo, no festival de arte e música Coachella, nos EUA. Tresoldi fez uma readaptação da peça para que esta pudesse ser exibida junto ao Wynn, sendo esta “adornada com efeitos de luz cativantes”.

Esta peça inspira-se na “grandiosidade da arquitectura barroca e neoclássica”, sendo uma “obra-prima transparente que se envolve num diálogo cativante com a orla marítima circundante ao longo do passeio, oferecendo aos convidados uma nova perspectiva do espaço aberto”. Além disso, ao fazer uma interacção de malhas de arame transparentes, Edoardo Tresoldi “transcende os constrangimentos do espaço e do tempo, esbatendo as fronteiras entre a arte e o mundo e revelando uma síntese visual que desafia as limitações físicas”.

Em termos gerais, o trabalho artístico de Tresoldi “destaca-se por jogar com a transparência da malha de arame e outros materiais industriais para criar magníficas obras de arte que aparecem visualmente na limitação física desaparecida e transcendem a dimensão espaço-temporal para narrar um diálogo entre a arte e o mundo”.

Para a Wynn, “as suas obras de arte são uma mistura de linguagens clássicas e modernas, emergindo delas uma terceira e forte linguagem contemporânea”.

12 Dez 2023

Empresário de Hong Kong ofereceu subornos a funcionário da Wynn

Li Kin-wang, empresário de Hong Kong de 59 anos e director de vendas da empresa de ar condicionado “Oh Luen Air Conditioning Equipment Limited”, admitiu esta segunda-feira no tribunal distrital de Hong Kong ter oferecido subornos no valor de um milhão de dólares de Hong Kong a um director da Wynn Resorts para a obtenção de contratos de instalação de ar condicionado.

Segundo um comunicado da Comissão Independente Contra a Corrupção (ICAC, na sigla inglesa) de Hong Kong, o homem declarou-se culpado de cinco acusações, nomeadamente três de oferta de vantagens a um agente e duas de conspiração por oferecer essas mesmas vantagens. Uma nova sessão de julgamento terá lugar no dia 18 deste mês.

Recorde-se que o ICAC já tinha acusado dois representantes de dois profissionais de manutenção de ar condicionado por oferecerem subornos para a obtenção de contratos no valor de 34 milhões de dólares de Hong Kong.

O caso remonta a 2013, quando a “Oh Luen” fornecia aparelhos de ar condicionado à Wynn Resorts, sendo que as empresas “Oh Luen” e a “Wai Luen Air-conditioning Limited (Wai Luen) estavam estabelecidas em Macau e Hong Kong, geridas pelo mesmo proprietário. Li admitiu que, a partir de 2014, começou a subornar um director da Wynn “para obter oportunidades para a ‘Oh Luen’ apresentar orçamentos ou propostas à Wynn sobre serviços de manutenção de sistemas de ar condicionado”.

Acordos mil

Em tribunal, Li admitiu ter proposto três subornos no valor superior a 450 mil dólares de Hong Kong, pagos por cheques ou transferências bancárias entre Junho de 2014 e Julho de 2015. “Nesse período, o volume de negócios entre a ‘Oh Luen’ e a Wynn aumentou”, declara o ICAC. Entretanto, entre Novembro de 2016 e Janeiro de 2017, Li dialogou com um outro director da “Wai Luen” para que, juntos, pagassem subornos de 560 mil dólares de Hong Kong ao mesmo responsável da Wynn.

A investigação do ICAC concluiu que entre 2014 e 2017 a Wynn adjudicou à “Oh Luen” “vários contratos de manutenção de ar condicionado” no valor de 34 milhões de dólares de Hong Kong. O director da “Wai Luen” declarou-se esta segunda-feira inocente das duas acusações de que é alvo, nomeadamente de conspiração para oferecer subornos a um agente.

O ICAC aponta ainda que a Wynn já proibiu os seus funcionários de pedir ou aceitar subornos ou outro tipo de vantagens de fornecedores de bens e serviços no exercício de funções. Tanto a concessionária como a entidade homóloga do ICAC em Macau, o Comissariado contra a Corrupção, prestaram apoio e informações neste processo.

14 Set 2023

Wynn Macau regressa aos lucros após três anos de prejuízos

A operadora de jogo Wynn Macau anunciou ontem um lucro de 121,7 milhões de dólares no segundo trimestre, o primeiro resultado positivo depois de três anos consecutivos com prejuízos devido à pandemia de covid-19.

A concessionária tinha registado um prejuízo de 49,7 milhões de dólares no trimestre anterior e uma perda de 185,3 milhões de dólares em igual período de 2022.

A última vez que a Wynn Macau registou lucros foi no último trimestre de 2019, antes do início da pandemia de covid-19, que levou as seis concessionárias de jogo em casino a acumularem prejuízos sem precedentes.

“Em Macau, a recuperação pós-covid acelerou durante o trimestre, com força particular nos nossos negócios de jogos de massas, retalho de luxo e hotéis”, afirmou, em comunicado, Craig Billings, o presidente executivo da empresa mãe, a Wynn Resorts.

A Wynn Macau regressou aos lucros graças à recuperação das receitas dos dois casinos, que cresceram seis vezes em comparação com o segundo trimestre de 2022, atingindo 243 milhões de dólares.

Uma subida que se deveu sobretudo ao segmento de jogo de massas, cujas receitas nos casinos da Wynn Macau atingiram 216,4 milhões de dólares, sete vezes mais do que em igual período do ano passado.

As receitas do segmento VIP também quadruplicaram, para 57,8 milhões de dólares, mas este valor representa apenas 20,2 por cento das receitas registadas em igual período de 2019.

Efeitos mais profundos

Além da pandemia, o segmento VIP sofreu o impacto da detenção, em Novembro de 2021, do líder da maior empresa angariadora de apostas VIP do mundo, a Suncity. Alvin Chau Cheok Wa foi condenado em Janeiro a 18 anos de prisão por exploração ilícita de jogo.

Entre Janeiro e Julho, as receitas da indústria do jogo em Macau cresceram 263 por cento, em comparação com igual período de 2022, atingindo 96,8 mil milhões de patacas, contra 174 mil milhões de patacas arrecadados em igual período de 2019.

A Wynn Macau não é a primeira operadora a apresentar lucros entre Janeiro e Junho deste ano, anteriormente a MGM China tinha anunciado um lucro de 820,9 milhões de dólares. Por sua vez, também a Melco havia apresentado uma melhoria nos resultados face ao tempo da pandemia, mas ainda assim com perdas de 104,7 milhões de dólares americanos.

11 Ago 2023

Wynn Palace | Excelência dos vinhos de Ningxia em prova na sexta e sábado

O Wynn Palace vai dedicar dois dias às delícias vinícolas dos néctares de Ningxia na sexta-feira e sábado. Guiados pelo conhecimento de enólogos especialistas nos vinhos da região, serão organizadas uma masterclass, uma prova de vinhos na sexta-feira e um jantar de gala no sábado

 

Ao longo das últimas três décadas a região autónoma de Ningxia Hui, na província de Gansu no noroeste da China, tem consubstanciado a expressão portuguesa do chão que deu e continuar a dar uvas. Ao contrário do sentido da expressão popular, a atractividade da indústria vinícola de Ningxia tem ganho visibilidade e prestígio a nível mundial, como uma região de excelência na produção de vinho.

Os apreciadores e curiosos de Macau terão três oportunidades únicas para se familiarizarem com os néctares de Ningxia nos próximos dias 24 e 25 de Fevereiro, sexta-feira e sábado. Durante estes dois dias, estarão no menu mais de 50 vinhos de 17 das mais prestigiadas adegas da região.

O primeiro evento, marcado para sexta-feira entre as 14h30 e as 15h30 no salão Wynn Palace Meeting Rooms, é uma masterclass intitulada “A prestigiada perfeição de Ningxia”, seguida por uma sessão de prova de vinhos guiada pelos enólogos Fongyee Walker e Li Demei.

Fongyee Walker é uma das mais conceituadas “educadoras” e enólogas chinesas, enquanto Li Demei é professor de enologia na Universidade de Agricultura da China, em Pequim.

Copo cheio

O largo e fortemente irrigado vale entre o Rio Amarelo e a base da Montanha Helan transformou-se ao longo das últimas décadas numa das áreas vinícolas mais promissoras da China. A vasta gama de vinhos produzidos na região de Ningxia é feita a partir de castas como Cabernet Sauvignon, Cabernet Gernischt e Chardonnay.

Apesar da região se estender por mais de 66 mil quilómetros quadrados, a maioria das vinhas estão situadas num vale com cerca de 150 quilómetros de comprimento no extremo norte da região, em que a paisagem árida é equilibrada pela irrigação natural fluvial e elevada altitude.

Afastada dos tradicionais grandes palcos de apreciação enóloga, a produção do vale da Montanha Helan foi-se aprimorando até que em 2009 um cabernet da adega Helan Qingxue arrebatou um prémio os prestigiados Decanter World Wine Awards.

A maioria dos vinhos feitos em Ningxia resulta de misturas de castas Bordeaux, Cabernet Sauvignon e Merlot. Entre estas, os Cabernet Sauvignon representam 70 por cento das uvas de vinho de tinto, enquanto os Merlot ocupam 15 por cento das vinhas. Além destas castas mais produzidas, encontram-se também na região vitivinícola de Ningxia vinhas de Syrah, Riesling e Chardonnay.

Comes e bebes

Para fechar em beleza os dias dedicados aos néctares de Ningxia, o Wynn Palace Grand Theater irá acolher um jantar de gala onde os vinhos da região serão a atracção principal, com as iguarias gastronómicas preparadas pelo chef Yun Peng Yu e o chef do restaurante Wing Lei, Tam Kwok Fung.

Depois do cocktail, que será servido às 18h, às 19h começa o desfile de seis pratos que irão misturar pratos cantoneses e da região de Ningxia, acompanhados por vinhos, numa harmonização criteriosamente selecionada.
Os bilhetes para o jantar de gala custam 1.288 patacas por pessoa.

Em comunicado, a Wynn refere que o objectivo deste tipo de iniciativa é criar uma plataforma de intercâmbio entre indústrias, como a restauração e vinhos, “promovendo a rica cultura gastronómica da China e realçando o papel de Macau enquanto “Cidade Criativa de Gastronomia”.

21 Fev 2023

Wynn | Associação exige fiscalização do tempo de pausas de croupiers

A Wynn decretou a redução do tempo de pausas dos croupiers por cada turno de trabalho, medida que foi, entretanto, suspensa. A Associação Novo Macau pelos Direitos dos Trabalhadores do Jogo, liderada por Cloee Chao, entregou ontem uma carta à Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais a pedir maior fiscalização

 

A operadora de jogo Wynn procurou reduzir o tempo de pausa cumprido pelos croupiers por cada turno de trabalho. Na prática, ao invés de descansarem meia hora por cada 90 minutos numa mesa de jogo, os croupiers passavam a descansar os mesmos 30 minutos, mas depois de duas horas de serviço.

Cerca de dois mil trabalhadores queixaram-se à Associação Novo Macau pelos Direitos dos Trabalhadores do Jogo, liderada por Cloee Chao, e a medida foi, entretanto, suspensa. Ainda assim, a dirigente associativa foi ontem à Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL) entregar uma carta a pedir fiscalização de forma a impedir que casos semelhantes se repitam.

Cloee Chao disse ontem que, até ao momento da entrega da carta, não foi instituída nenhuma redução do período de pausa, mas a associação exige que a proposta da Wynn seja efectivamente abolida e não apenas suspensa.

A responsável frisa que não existe um documento escrito sobre esta decisão, tendo os croupiers sido informados verbalmente pelos seus superiores da possível redução das pausas. Além disso, o departamento de recursos humanos da Wynn também não sabia de nada.

“Achamos estranho uma empresa lançar esta medida nesta altura, porque há mão-de-obra a mais nesta área. Tendo em conta que há croupiers a mais, porque é que a empresa quer cortar o tempo das pausas, pagando o mesmo salário?”, questionou.

Necessidades imparáveis

Cloee Chao explicou ainda aos jornalistas que é necessário um croupier cumprir o devido tempo de descanso, tendo em conta a elevada concentração que é exigida durante o jogo. “Temos a história de um croupier que pediu para ir à casa de banho e o pedido foi recusado porque não havia ninguém para o substituir. O croupier acabou por urinar no local, porque não conseguiu aguentar. Parece uma piada, mas esta história é real. Depois disto, mesmo que os gerentes ou superiores não consigam encontrar croupiers de substituição, os pedidos de pausa não podem ser recusados”, contou Cloee Chao.

As pausas de 30 minutos após 90 minutos de trabalho é uma prática em vigor há muitos anos e a alteração pode constituir uma violação dos contratos de trabalho. Uma croupier, que acompanhou Cloee Chao nesta acção junto da DSAL, não quis dar o nome, mas disse aos jornalistas que os seus superiores anunciaram a redução do tempo de pausa numa reunião de trabalho, na passada terça-feira, tendo sido explicado que a Wynn queria equiparar o tempo de pausa cumprido noutras concessionárias.

Segundo comentários de vários funcionários nas redes sociais, a Wynn é a operadora de jogo que mais tempo de pausa disponibiliza aos croupiers, informação confirmada pela própria Cloee Chao. No entanto, uma funcionária, que não quis ser identificada, disse que a única situação melhor na Wynn para os croupiers, em comparação com outras operadoras, são mesmo os tempos de pausa.

“Temos direito a menos de 20 folgas por ano, sendo que as faltas por doença não chegam a uma dúzia, ao contrário do que se verifica noutras empresas. Como podem os nossos benefícios ser iguais aos oferecidos por outras empresas? Trocamos dinheiro pelo tempo das pausas”, apontou.

2 Fev 2023

Lei laboral | Associação alerta para possível infracção da Wynn

A Associação Novo Macau pelos Direitos dos Trabalhadores de Jogo, liderada por ex-candidata à Assembleia Legislativa, Cloee Chao, alertou que a Wynn pode estar a violar lei do trabalho. Em causa, está o facto de o tempo dos intervalos dos croupiers da empresa terem sido reduzidos, sem qualquer negociação.

O caso foi revelado primeiramente numa publicação na rede social Facebook, em que a associação apontou que no dia 30 de Janeiro recebeu imensas denúncias de croupiers sobre uma empresa do jogo, na Taipa, que reduziu de forma unilateral o tempo de intervalo em 25 por cento.

A identidade da concessionária não foi revelada pela associação, num primeiro momento. Contudo, ontem, a Associação Novo Macau pelos Direitos dos Trabalhadores de Jogo não só revelou a identidade da Wynn Macau, como também anunciou que vai entregar esta manhã uma carta junto da Direcção de Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL), a pedir a intervenção da Administração Pública.

A decisão de ir à DSAL foi tomada depois da associação ter recebido mais de duas mil queixas de diferentes empregados da Wynn Macau.

Segundo a associação, medida é altamente impopular entre os funcionários da concessionária, porque o período de descanso foi uma das promessas expressas no contrato de trabalho. A associação apela agora ao Governo que analise a situação. “A empresa decidiu unilateralmente que não ia cumprir a promessa feita. Será que isto é um indício sobre o que vai fazer no futuro com os benefícios dos funcionários?”, é questionado.

1 Fev 2023

Wynn | Seminário empresarial e festa de cerveja em Dezembro

Um seminário para empresas da cidade chinesa de Qingdao, nordeste, de Macau e dos países lusófonos vai decorrer durante a “primeira semana Macau-Qingdao”, em 7 de Dezembro, anunciou ontem a organização. “Envolvemos empresas nos dois locais [Qingdao e Macau] para explorar oportunidades de produtos e parcerias comerciais em Qingdao e nos países de língua portuguesa, promovendo Macau como a plataforma de serviços para a cooperação económica e comercial entre a China” e o bloco lusófono, afirmou a directora executiva da Wynn Macau, Linda Chen, em conferência de imprensa. A iniciativa pretende também desenvolver o turismo cultural e o comércio entre as duas cidades, indicou.

Ao mesmo tempo, e até final de Dezembro, vai realizar-se a segunda festa da cerveja e da cultura Macau-Qingdao, com destaque para as cervejas Tsingtao e Macau Beer, e também com a presença das marcas portuguesas Sagres e Superbock.

A festa da cerveja e semana cultural, que contou com o apoio de cerca de 20 departamentos governamentais e mais de 20 empresas de Qingdao, decorre no Wynn Palace, e vai apresentar produtos agrícolas, iguarias culinárias, produtos criativos e culturais, indicou.

A Tsingtao é a segunda maior cervejeira da China, detendo 15 por cento da quota do mercado doméstico. Foi fundada em 1903 por colonos alemães em Qingdao, cidade no nordeste do país. A Macau Beer foi lançada em 1996 e expandiu-se agora para a China e mercados estrangeiros.

25 Nov 2022

Wynn e Galaxy acumulam prejuízos no terceiro trimestre

A Wynn Macau teve um prejuízo de 142,9 milhões de dólares no terceiro trimestre deste ano, menos 14 por cento em comparação com o mesmo período em 2021. Também a Galaxy registou uma quebra de 52,5 por cento de receitas líquidas no mesmo período

 

A Wynn Macau e a Galaxy Entertainment Group anunciaram ontem os resultados do terceiro trimestre do ano, período que significou avultadas perdas para ambas as concessionárias.

A operadora de jogo Wynn Macau anunciou ontem um prejuízo de 142,9 milhões de dólares no terceiro trimestre, ou menos 14 por cento em comparação a igual período do ano passado. A Wynn Macau já tinha anunciado um prejuízo de 270,6 milhões de dólares no segundo trimestre do ano, mais do que duplicando as perdas em relação ao mesmo período de 2021.

“Em Macau, enquanto as restrições de viagem relacionadas com a covid-19 continuaram a ter um impacto negativo nos nossos resultados, tivemos o prazer de experimentar bolsas de procura encorajadoras durante o recente período de férias de Outubro. Continuamos confiantes de que o mercado irá beneficiar com o regresso das visitas ao longo do tempo”, afirmou Craig Billings, director executivo da Wynn Resorts, a empresa mãe, com casinos em Las Vegas e Boston, num comunicado da empresa.

 

A mesma sorte

A Galaxy Entertainment foi pelo mesmo caminho, reportando ontem quebras nas receitas líquidas do terceiro trimestre de 52,5 por cento, com comparação do igual período de 2021. No documento submetido ontem à bolsa de valores de Hong Kong, a operadora reportou resultados antes de impostos, juros, depreciações e amortizações [EBITDA] ajustado negativo no total de 581 milhões de dólares de Hong Kong (HKD), valor que se agrava em comparação com os 384 milhões do trimestre anterior.

Recorde-se que no terceiro trimestre de 2021, a Galaxy obteve um EBITDA ajustado positivo de 503 milhões de HKD.

O CEO da empresa, Lui Che Woo, destacou na nota enviada à bolsa de valores que os resultados negativos advieram das “elevadas restrições fronteiriças impostas devido à pandemia no segundo trimestre passaram para o terceiro trimestre, a que acresceram o encerramento dos casinos durante 12 dias”.

No final do período em análise, o Governo indicou que as receitas do jogo atingiram, em Outubro, o valor mais elevado desde Fevereiro, 3,9 mil milhões de patacas, mas caíram 10,7 por cento em termos anuais.

As concessionárias em Macau têm acumulado, desde 2020, prejuízos sem precedentes e o Governo tem sido obrigado a recorrer à reserva extraordinária para responder à crise, até porque cerca de 80 por cento das receitas governamentais provêm dos impostos sobre o jogo.

 

Com Lusa

13 Nov 2022

Wynn Macau com prejuízo superior a 270 milhões de dólares no segundo trimestre

A operadora de jogo Wynn Macau anunciou hoje um prejuízo de 270,62 milhões de dólares no segundo trimestre, mais do que duplicando as perdas em relação ao mesmo período de 2021. A Wynn Macau já anunciara um prejuízo de 188,45 milhões de dólares no primeiro trimestre do ano.

“Em Macau, apesar das restrições de viagem relacionadas com a covid-19 continuarem a ter impacto nos nossos resultados, continuamos confiantes de que o mercado beneficiará com o regresso de visitas ao longo do tempo”, afirmou Craig Billings, diretor executivo da Wynn Resorts – a empresa mãe, com casinos em Las Vegas -, citado na comunicação feita à Bolsa de Hong Kong.

Os casinos em Macau continuam a apresentar prejuízos sem precedentes, uma situação agravada desde junho devido ao surto mais grave registado no território e que levou mesmo ao encerramento dos casinos durante quase duas semanas, o que sucedeu pela segunda vez desde o início da pandemia.

De resto, as receitas do jogo em Macau perderam em julho 95,3%% em termos anuais, fixando-se em 398 milhões de patacas, o pior resultado desde 2003.

10 Ago 2022

Wynn Macau | Recebido crédito de 500 milhões de dólares

A concessionária diz ter uma situação financeira forte, mas pediu uma linha de crédito à empresa-mãe para fazer face a obrigações que eventualmente possam surgir

 

A concessionária Wynn Macau comunicou ter recebido uma linha de crédito de 500 mil dólares americanos da empresa-mãe Wynn Resorts. O anúncio foi feito num comunicado de terça-feira à Bolsa de Hong Kong e noticiado ontem pelo portal GGR Asia.

Segundo a explicação avançada, a linha de crédito vai servir para “apoiar o capital operacional no futuro e outras obrigações, se forem necessárias”.

Além disso, a Wynn Macau considerou que o empréstimo mostra o compromisso com o mercado do jogo local. “Este acordo demonstra que ambas, Wynn Resort e a empresa [Wynn Macau], estão confiantes no crescimento de Macau a longo prazo, e a disponibilidade desta linha de crédito vem reforçar a posição da empresa, que já era forte”, foi declarado.

A linha de crédito tem de ser integralmente paga dentro de 24 meses desde a data do acordo e implica juros de 4 por cento ano, sobre o montante efectivamente utilizado.

Actualmente, a Wynn Resorts detém uma participação de 72 por cento na Wynn Macau, responsável pelos casinos Wynn Macau e Wynn Cotai.

Com quebras

A disponibilização da linha de crédito surge num ano extremamente difícil para a economia de Macau, mesmo quando a comparação é feita com o ano passado. Só nos primeiros cinco meses de 2022, as receitas dos casinos sofreram uma redução de 44 por cento face a 2021, um ano que já tinha sido muito marcado pela pandemia, com as receitas da indústria a caírem de 42,5 mil milhões de patacas para 23,8 mil milhões.

Quanto à Wynn Macau, nos primeiros três meses, os dados mais recentes disponíveis, indicam que não passou incólume aos problemas. Segundo a empresa, as receitas de 417 milhões de dólares americanos sofreram uma redução de 28,4 por cento, para 298,4 milhões.

16 Jun 2022

Wynn | Pagamento de salário em acções viola lei laboral

Em resposta ao deputado Ron Lam, a DSAL confirmou que o facto de a Wynn ter proposto o pagamento de dez por cento do salário mensal em acções constitui uma violação da lei laboral. Para o organismo, dado que a remuneração não é feita totalmente em patacas, é como se o acordo fosse “inexistente”

 

A Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL) considera que o acordo que a Wynn Macau propôs aos seus trabalhadores, onde consta o pagamento de dez por cento do salário mensal em acções da empresa, não cumpre os requisitos plasmados na Lei das Relações Laborais.

A confirmação chegou ontem por escrito, depois de o deputado Ron Lam ter alertado o organismo para o facto e acusado a Wynn de violar a lei laboral.

“A remuneração paga pelo empregador ao trabalhador deve ser em dinheiro e paga na moeda legal de Macau (patacas). Se o empregador e o empregado concordarem em pagar a remuneração de uma forma não monetária, tal não cumpre os requisitos legais acima referidos”, pode ler-se na resposta enviada pela DSAL ao deputado, via email.

Além disso, o organismo cita o artigo da Lei das Relações Laborais relativo à “celebração do contrato” para lembrar que o acordo é considerado “inexistente”, caso as cláusulas contratuais “estabeleçam condições de trabalho menos favoráveis para os trabalhadores”.

“Segundo a Lei das Relações Laborais, o acordo é considerado inexistente. Como indicado (…), a empresa em questão não pode pagar remuneração aos empregados sob a forma de acções, de acordo com os requisitos legais”, acrescenta a DSAL.

Voluntários à força

No email enviado a Ron Lam, o organismo diz ainda que “vai continuar a assegurar o cumprimento da lei laboral” e que, caso os trabalhadores se sintam lesados a nível salarial “sem o seu consentimento”, devem levar o assunto à DSAL.

“Se ficar provado que o empregador violou a lei, a DSAL irá impor sanções e exigir o cumprimento de todas as obrigações legais, a fim de proteger os legítimos direitos dos trabalhadores”, acrescenta o organismo.

Recorde-se que no final de Maio, Ron Lam revelou ter recebido várias queixas de trabalhadores da Wynn, a quem foi pedida “assinatura voluntária do acordo” para que fossem autorizados a “deixar a sala de reuniões” para onde foram encaminhados na ocasião.

Além disso, o deputado lembrou que o valor das acções só será transferido para os funcionários da Wynn a 3 de Janeiro de 2023 e que a quebra no valor leva a um corte indirecto de salário.

“O sector do jogo funciona há mais de 20 anos e as seis concessionárias ganharam muitos milhões de patacas. Qual é a sua responsabilidade social se só pagarem parte dos salários com acções em bolsa, tendo em conta as perdas que tiveram no curto espaço de tempo de dois anos em que dura a pandemia?”, questionou na altura.

Ouvida pelo HM quando o assunto veio a lume, Cloee Chao, presidente da Associação Novo Macau pelos Direitos dos Trabalhadores de Jogo, referiu que o “mais importante” é assegurar que o acordo “não é obrigatório”.

8 Jun 2022

Caso Dore | TUI entende que Wynn também deve pagar indemnização 

O Tribunal de Última Instância (TUI) entende que a operadora de jogo Wynn deve pagar, juntamente com a Dore, empresa promotora de jogo, a indemnização aos lesados de um caso de desvio de fundos de uma sala VIP ocorrido em 2015.

O acórdão, ao qual a TDM Rádio Macau teve acesso, confirma a decisão do Tribunal de Segunda Instância (TSI) e condena a Wynn e Dore a pagarem um total de seis milhões de dólares de Hong Kong, mais os juros de mora, aos lesados que investiram nesta empresa. Recorde-se que o Tribunal Judicial de Base (TJB) entendeu que apenas a Dore tinha de pagar a indemnização, mas numa decisão proferida em 2018 o TSI decidiu que a Wynn também devia suportar este pagamento.

O caso Dore diz respeito ao desvio de 700 milhões de dólares de Hong Kong de uma sala VIP por parte de uma funcionária da Wynn. Paulo Martins Chan, ex-director da Direcção de Promoção e Inspecção de Jogos, defendeu à Macau News Agency que esta decisão pode fazer com que as operadoras de jogo fiquem mais cautelosas quanto à exploração das salas VIP por parte dos junkets, podendo optar por explorarem, por si próprias, este segmento de jogo.

24 Nov 2021

Macau com apenas um restaurante entre os 50 melhores da Ásia

Macau tem apenas um restaurante na lista dos 50 melhores asiáticos de 2021, numa lista liderada pelo “The Chairman”, de Hong Kong, de acordo com a classificação “Os 50 Melhores Restaurantes da Ásia”, divulgada ontem. O restaurante “Wing Lei Palace”, situado no casino Wynn Palace, na capital mundial do jogo, obteve o 50.º lugar, depois de ter figurado em 22.º no ano passado.

Em 2020, Macau contava com mais um restaurante na lista dos 50 melhores da Ásia, o “Sichuan Moon” (23.º), também naquele casino da operadora Wynn, tendo descido este ano para o 95.º lugar. Na lista alargada aos cem melhores restaurantes asiáticos entram ainda mais três estabelecimentos de Macau: “The Eight” (68.º) e “Robuchon au Dôme” (88.º), ambos no hotel-casino Grand Lisboa, além do “Jade Dragon” (100.º), no Hotel Parisian.

Hong Kong é a cidade asiática com mais restaurantes entre os 50 melhores, 11 no total, incluindo o primeiro lugar. Seguem-se Singapura e Tóquio, com sete cada, e Banguecoque, com seis.

26 Mar 2021

PJ | Investigado caso de corpo de um bebé encontrado perto do Wynn

Foi na margem do lago artificial perto do hotel Wynn que no sábado se descobriu o corpo de um feto, dentro de uma caixa. O caso está sob investigação e, para já, desconhecem-se os pormenores da situação. Dificuldades económicas e exclusão social são apontados como factores que podem levar alguém a abandonar um bebé

 

[dropcap]N[/dropcap]o sábado foi encontrado o corpo de um feto, com cordão umbilical, na margem do lago artificial perto do hotel Wynn na Avenida de Sagres. De acordo com as autoridades, o bebé foi encontrado dentro de uma caixa por um trabalhador de limpezas do Instituto para os Assuntos Municipais. A Polícia Judiciária (PJ) disse que o género é desconhecido e que o corpo se encontrava em decomposição.

“Tem de ser determinado por análise forense e o caso ainda está sob investigação”, respondeu a PJ quando questionada se há suspeitas de aborto ilegal ou quais as penalidades que podem estar em causa para os pais.

Não foi a primeira vez que se descobriu no território um bebé abandonado, apesar de o cenário ser distinto. O que levanta a pergunta: que circunstâncias podem levar ao abandono de uma criança?

A directora do Centro Bom Pastor observou que a mãe pode estar a enfrentar diferentes problemas que a levaram a abandonar o bebé, equacionando que “pode ser uma pessoa ilegal em Macau, ou uma mãe solteira (talvez seja uma rapariga menor de idade), e depois de o bebé nascer não sabe como enfrentar a situação”.

Além disso, Debbie Lai disse ao HM que se a mãe for estrangeira pode “ter menos ou ‘zero’ recursos sociais e não saber como pedir ajuda”.

Para que estas mulheres saibam as opções existentes, aponta que o Governo e as Organizações Não Governamentais (ONG) precisam de promover regularmente informação para o público, especialmente trabalhadores migrantes, uma vez que a barreira linguística pode dificultar o acesso à informação. Deixou assim a mensagem: “quem enfrentar uma situação de gravidez e não souber como tomar conta do bebé ou tiver problemas financeiros, pode ir ao Instituto de Acção Social de Macau (IAS), NGOs ou à Caritas Macau para pedir ajuda”.

Reconhecendo que é comum o Centro Bom Pastor receber pedidos de ajuda de mulheres grávidas ou que foram mães recentemente, Debbie Lai deu o exemplo de casos de adolescentes, que se os pais não quiserem apoiar a tomar de um bebé não têm capacidade financeira para o manter. Nessa situação, é sugerido dar o bebé ao IAS que o coloca como candidato à adopção. Se a família as apoiar, as adolescentes podem manter o bebé e continuar a estudar até se graduarem e conseguirem um trabalho. Explicando a necessidade de preparação psicológica para uma adolescente ser mãe, a directora do Centro descreveu que fornecem aconselhamento para ajudar as jovens a assumir esse papel.

Campo das hipóteses

Comentando de forma geral a situação, Melody Lu observou que a tendência vai ser “condenar os pais, especialmente a mãe” pelo abandono do bebé, mas frisou que se desconhece o contexto em que isso aconteceu. “Não sabemos se morreu durante o nascimento, ou se nasceu saudável e o deixaram para morrer.

São dois cenários diferentes”. Caso a criança tenha nascido saudável e o abandono causado a sua morte, nota que “claro que é inaceitável, é matar uma criança”.

No entanto, a professora do departamento de sociologia da Universidade de Macau (UM) observou a possibilidade de a criança ter morrido durante o nascimento sem que houvesse apoio médico durante o parto, motivando a necessidade de se pensar também na mãe. Uma ideia que se mantém perante a hipótese de um aborto numa gravidez em estado avançado. “O que leva uma mulher a dar à luz ou fazer um aborto num cenário tão perigoso?”, questionou.

É com esta pergunta em mente que a académica considera “que há a possibilidade de [a mulher] ser economicamente ou socialmente excluída”. Se for migrante, descreve que a pessoa pode não ter acesso a cuidados de saúde públicos por implicar o pagamento de taxas elevadas. Já a nível social, disse que se pode tratar de vergonha por parte de raparigas adolescentes ou também migrantes que não conseguem procurar ajuda. Ressalvou ainda assim que em Macau haveria apoio para quem tivesse menos posses, para garantir segurança.

Caminhos de mudança

“No cenário de a criança ter nascido saudável e os pais terem decidido abandoná-la, não é aceitável porque Macau tem um bom sistema, alguém vai tomar conta da criança”, comentou Melody Lu. Segundo a académica, as raparigas jovens que não queiram que a criança cresça num orfanato, mas que não têm condições para tomar conta dela, podem optar por abandonar a criança.

Neste âmbito, a docente descreve que muitas crianças nos orfanatos de Macau não podem ser adoptadas, apesar de existirem várias famílias com capacidade e disponibilidade para as ajudar. Motivo pelo qual Melody Lu sugere que o Governo considere que possam vir a ser adoptadas. No seu entender, há menos probabilidades de uma criança ser abandonada desta forma se as pessoas acreditarem que pode vir a crescer noutra família.

Questionada sobre o impacto do fecho das fronteiras no acesso a abortos seguros no Interior da China, a professora observou que não é permitido aos assistentes sociais e ONGs “encorajar ou sequer partilhar informação sobre aborto na China”. Aponta o aborto como “um tabu” em Macau devido à influência católica, e que a maioria das raparigas o fará sozinhas, desconhecendo-se sequer se quando vão à China Continental “procuram ajuda médica adequada”.

No seu entender, na eventualidade de ter sido um aborto, a discussão sobre as mudanças de política varia em função da identidade da mãe. Se fosse migrante, haveria “a possibilidade de dar aconselhamento e apoio”, mas se for uma mulher local era um caso mais indicado para pedir que o Governo e os serviços médicos ou a assistência social dessem aconselhamento e colocassem a opção do aborto. “Se não se começar a falar disto não há estrada para mudanças de política”, disse. “Uma decisão informada deve ser parte da saúde reprodutiva”, concluiu.

Assistência | Associação recebe “vários” pedidos de ajuda de adolescentes

Ao longo do ano a Associação Geral da Mulheres de Macau já recebeu “vários” pedidos de ajuda por parte de adolescentes grávidas. A revelação foi feita no sábado por Cheung Iok Kei, assistente social que trabalha no Centro de Serviços para a Família da associação, horas depois de ter sido tornado público o caso do feto abandonado, em declarações aos órgãos de comunicação social em língua chinesa.

Segundo Cheung, a maior parte dos pedidos parte de adolescentes que engravidam fora de uma relação formal, o que faz com que os parceiros não queiram assumir a paternidade acabando por abandonar as jovens. Além das dificuldades de ter de lidar com uma situação desconhecida, em muitos casos as futuras mães têm ainda dificuldades económicas, por não serem financeiramente independentes.

Em alguns casos, as adolescentes quando pedem ajuda à associação fazem-se acompanhar pelas respectivas mães. Segundo a assistente social, a associação responde a estas solicitações com consultas de planeamento familiar e apoio emocional.

O serviço está igualmente disponível para trabalhadores não-residentes, mas ao longo do ano só houve pedidos de ajuda por parte de residentes.

Abandono resultou em condenações

A última vez que teve lugar um caso mediático envolvendo o abandono de recém-nascidos foi em 2017. Na altura, uma trabalhadora da empresa de recolha de lixo encontrou um recém-nascido vivo, debaixo de um caixote do lixo. As investigações levaram as autoridades até dois trabalhadores não-residentes que acabaram por admitir o abandono, tendo sido condenados, com o juiz Lam Peng Fai a considerar que não tinham respeitado “o valor de vida” do recém-nascido. O casal vivia uma relação extraconjugal, uma vez que ambos eram casados nos países de origem.

O pai, de 30 anos, foi considerado culpado de tentativa de homicídio, em Maio de 2018, uma vez que desde o início recusou a paternidade e pressionou a mãe para matar o bebé. “O primeiro arguido sabia bem que a segunda arguida tinha dado à luz um bebé, mas para evitar ter de suportar despesas e cuidar do bebé, sugeriu o homicídio, o que levou a que a segunda arguida abandonasse criança na rua”, considerou o tribunal. A condenação resultou numa pena efectiva de quatro anos de prisão.

Por sua vez, a mãe foi considerada culpada do crime de abandono com uma pena suspensa de 2 anos e 6 meses, o que fez com que pudesse sair imediatamente da prisão, onde se encontrava preventivamente. O tribunal teve em conta o arrependimento da mulher, na altura com 25 anos, que afirmou que queria reaver a custódia do filho.

18 Ago 2020

Fraude | Wynn preocupada com utilização de marca

[dropcap]A[/dropcap] concessionária de jogo Wynn Macau mostrou-se preocupada com o facto de a sua marca ter sido utilizada num esquema fraudulento no Interior da China que resultou em mais de 200 vítimas e perda de 55 milhões de renminbi, no espaço de 15 dias.

A posição da empresa foi tomada num comunicado enviado ao portal GGR Asia, depois de o caso ter sido revelado pela empresa estatal China News. “Estamos altamente preocupados com o incidente recentemente noticiado e no seguimento entrámos em contacto com a Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos”, reagiu a operadora de casinos.

A marca Wynn Macau foi utilizada para promover uma aplicação móvel que prometia investimentos no Interior da China com um elevado retorno num curto prazo. A concessionária negou envolver-se em qualquer tipo de investimentos online: “A Wynn Macau não tem qualquer tipo de investimento online ou portais de jogo.

Encorajamos a população a ser extremamente cautelosa sempre que se deparar com portais online que digam estar associados à Wynn”, foi acrescentado.

O esquema em causa foi montando em Setembro, altura em que surgiram as primeiras denúncias e a investigação das autoridades do Interior. Após o trabalho no campo, concluiu-se que o esquema estava sediado na cidade de Qingzhen, na província de Guizhou, uma das mais pobres do Continente. No entanto, a polícia fez buscas em outros locais como Shenzhen, Cantão e Hunan.

10 Jan 2020

Fraude | Wynn preocupada com utilização de marca

[dropcap]A[/dropcap] concessionária de jogo Wynn Macau mostrou-se preocupada com o facto de a sua marca ter sido utilizada num esquema fraudulento no Interior da China que resultou em mais de 200 vítimas e perda de 55 milhões de renminbi, no espaço de 15 dias.
A posição da empresa foi tomada num comunicado enviado ao portal GGR Asia, depois de o caso ter sido revelado pela empresa estatal China News. “Estamos altamente preocupados com o incidente recentemente noticiado e no seguimento entrámos em contacto com a Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos”, reagiu a operadora de casinos.
A marca Wynn Macau foi utilizada para promover uma aplicação móvel que prometia investimentos no Interior da China com um elevado retorno num curto prazo. A concessionária negou envolver-se em qualquer tipo de investimentos online: “A Wynn Macau não tem qualquer tipo de investimento online ou portais de jogo.
Encorajamos a população a ser extremamente cautelosa sempre que se deparar com portais online que digam estar associados à Wynn”, foi acrescentado.
O esquema em causa foi montando em Setembro, altura em que surgiram as primeiras denúncias e a investigação das autoridades do Interior. Após o trabalho no campo, concluiu-se que o esquema estava sediado na cidade de Qingzhen, na província de Guizhou, uma das mais pobres do Continente. No entanto, a polícia fez buscas em outros locais como Shenzhen, Cantão e Hunan.

10 Jan 2020

Casinos | Wynn quer ajudar Macau a tornar-se um destino global

[dropcap]O[/dropcap] CEO da Wynn Resorts, Matt Maddox disse à Bloomberg TV estar “muito optimista em relação ao futuro da Grande Baía” e na posição da Wynn neste novo contexto regional. “Temos uma excelente relação com Macau. Acho que podemos ser um óptimo parceiro do Executivo, empregamos mais de 13 mil pessoas e não estamos num sector de negócios sujeitos a pressões, como o sector tecnológico. O nosso negócio é o turismo e a diversão. Uma das metas da Grande Baía é criar mais destinos turísticos e tornar Macau num destino global.

Acho que a Wynn Resorts está bem posicionada para ajudar o Governo a atingir essa meta”, apontou Matt Maddox.

Em relação ao mercado japonês, Matt Maddox revelou que o consórcio que a operadora formou com parceiros japoneses para conseguir uma licença de jogo tem várias cidades do Japão como potenciais alvos. O homem forte da Wynn não quis especificar as empresas que pertencem ao consórcio, mas mostrou-se confiante de que será “um dos melhores candidatos no processo de licitação”. Matt Maddox falou à CNBC à margem da inauguração do Encore Boston Harbor. Citado igualmente pelo portal GGR Asia, o CEO refere que a Wynn Resorts está a trabalhar no projecto japonês há oito anos e que, tipicamente, a empresa actua de forma discreta. Quanto à estratégia a adoptar, Matt Maddox diz que a operadora que lidera é “conhecida pela elevada qualidade”, e que a aposta passa por “oferecer excelência”.

Enquanto outras operadoras norte-americanas, também com presença em Macau, como a Las Vegas Sands e a MGM Resorts, não se fizeram rogadas em assumir o interesse em se estabelecerem em Osaka, o CEO da Wynn aponta como possíveis alvos “várias cidades”. “O mesmo aconteceu no Estado do Massachusetts. Ninguém apontou à área de Boston, por pensarem que nunca se abriria ao jogo. Nós fizemo-lo e conseguimos”, disse à CNBC.

25 Jun 2019

Wynn | Boston reduz dependência face a Macau

[dropcap]A[/dropcap] conclusão e a operação de um casino em Boston, nos Estados Unidos, vai fazer com que a operadora Wynn fique menos dependente dos resultados de Macau. A conclusão é de um relatório do banco de investimento Sanford C Bernstein, assinado por Vitaly Umansky, Kelsey Zhu e Eunice Lee, e citado pelo portal Inside Asian Gaming.

De acordo com os números apresentados, o “Encore Boston Harbor” vai fazer com que os ganhos da empresa antes de juros, impostos, depreciação e amortização (em inglês EBITDA) alcancem 41 por cento das receitas brutas. Entre este valor, 16 por cento virão directamente de Boston.

Por este motivo, o relatório frisa que com o novo casino a empresa Wynn Resorts pode começar a ser vista como algo mais do que uma operadora a depender principalmente de Macau.

21 Jun 2019

Wynn rompe negociações para comprar operadora de casinos australiana Crown

[dropcap]A[/dropcap] Wynn Resorts, com casinos nos Estados Unidos e Macau, pôs fim às negociações para comprar a maior operadora de casinos da Austrália, a Crown Resorts, divulgadas na terça-feira.

Num breve comunicado, a Wynn anunciou ter colocado um ponto final em “todas as discussões” com a empresa australiana, que opera casinos em Melbourne, Perth, Londres e, em breve, Sydney (Austrália).

“Na sequência da divulgação prematura de discussões preliminares, a Wynn encerrou todas as discussões com a Crowns Resorts Limited relativamente a qualquer transacção”, de acordo com a nota, na íntegra, do grupo com sede em Las Vegas, nos Estados Unidos.

Na terça-feira, a Crown avançou estar em discussões confidenciais sobre uma oferta da Wynn, embora tenha sublinhado que a proposta estava sujeita a condições: “Não há certeza de que estas discussões resultem numa transacção”, apontou.

As notícias da possível compra da Crown pela Wynn levaram de imediato a um aumento de 20,5% no preço das acções na bolsa de valores de Sydney para 10,07 dólares australianos.

O valor da Crown caiu 20% desde meados de 2018, devido a resultados inferiores ao esperado. Para os executivos da empresa, a quebra nos lucros deveu-se a uma diminuição dos gastos dos apostadores asiáticos.

Em 2016, 19 funcionários do grupo australiano foram presos na China sob a acusação de promoverem ilegalmente jogos de fortuna e azar.

Um tribunal chinês sentenciou 16 dos réus, incluindo três cidadãos australianos, a penas de nove a dez meses de prisão, e os três restantes foram libertados após perto de um mês de detenção.

Na sequência deste caso, a Crown abandonou os planos de investimento em Macau e em Las Vegas, e chegou mesmo a vender terrenos na capital do jogo norte-americana ao Wynn por 373 milhões de dólares.

As receitas operacionais da Wynn Resorts no último trimestre de 2018 subiram 4%, para 1,70 mil milhões de dólares, com o Palace, na faixa de casinos do Cotai, entre as ilhas da Taipa e de Coloane, a render mais 84 milhões, enquanto o Wynn Macau perdeu 30,3 milhões.

10 Abr 2019

Wynn negoceia compra da maior operadora da Austrália

A operadora de jogo Wynn Resorts, com casinos nos Estados Unidos e em Macau, está em negociações para comprar a maior operadora de casinos da Austrália, a Crown Resorts, foi ontem anunciado

 

[dropcap]A[/dropcap] Crown, que tem casinos em Melbourne, Perth e Londres e, em breve, em Sydney, indicou estar em discussões confidenciais sobre uma oferta da Wynn, de acordo com um comunicado.

A operadora australiana disse que a oferta tem um valor implícito de 10,50 dólares por acção, a ser paga 50 por cento em dinheiro e 50 por cento com acções da Wynn. A oferta avaliou a Crown em cerca de oito mil milhões de dólares norte-americanos.

“Não há certeza de que estas discussões resultem numa transacção”, apontou a Crown, sublinhando que a proposta está sujeita a condições que incluem aprovações regulatórias.

O valor da Crown caiu 20 por cento desde meados de 2018, devido a resultados inferiores ao esperado. Para os executivos da empresa, a quebra nos lucros deveu-se a uma diminuição dos gastos dos apostadores asiáticos.

Jogo ilegal

Em 2016, 19 funcionários do grupo australiano foram presos na China sob a acusação de promoverem ilegalmente jogos de fortuna e azar. Um tribunal chinês sentenciou 16 dos réus, incluindo três cidadãos australianos, a penas de nove a dez meses de prisão, e os três restantes foram libertados após perto de um mês de detenção.

Na sequência deste caso, a Crown abandonou os planos de investimento em Macau e em Las Vegas, e chegou mesmo a vender terrenos na capital do jogo norte-americana ao Wynn por 373 milhões de dólares.

Contudo, as notícias da possível compra da Crown pela Wynn levaram, na manhã de ontem, a um aumento de 20,5 por cento no preço das acções na bolsa de valores australiana para 10,07 dólares.

As receitas operacionais da Wynn Resorts no último trimestre de 2018 subiram 4 por cento, para 1,70 mil milhões de dólares, com o Palace, na faixa de casinos do Cotai, entre as ilhas da Taipa e de Coloane, a render mais 84 milhões, enquanto o Wynn Macau perdeu 30,3 milhões.

“As receitas operacionais foram de 1,69 mil milhões de dólares no último trimestre de 2018, um aumento de 4 por cento, ou 65,4 milhões; as receitas operacionais do Wynn Macau e das operações Las Vegas aumentaram 84 e 11,7 milhões, respectivamente, compensadas por um decréscimo de 30,3 milhões no Wynn Macau”, anunciou a gestora de hotéis e casinos.

10 Abr 2019

Jogo | Wynn Resorts multada por ignorar queixas contra Steve Wynn

A Comissão de Jogos do Nevada, nos Estados Unidos, multou na terça-feira a antiga empresa de Steve Wynn em 20 milhões de dólares por falhar nas investigações de queixas de má conduta sexual contra o magnata

[dropcap]A[/dropcap] penalização anunciada contra a Wynn Resorts Ltd. encerra uma investigação que começou após informações de que o fundador da empresa, Steve Wynn, que renunciou ao cargo há cerca de um ano, assediou ou atacou várias mulheres. Como tal, a empresa foi multada pela Comissão de Jogos do Nevada a pagar 20 milhões de dólares por ter, sistematicamente, ignorado queixas de empregadas contra a má conduta sexual de Steve Wynn. Ainda assim, e apesar da penalização, o acordo com a Comissão de Jogos do Nevada permite que a Wynn Resorts mantenha a licença de jogo.

No acordo, firmado no passado mês entre a Wynn Resorts e a Comissão de Jogos do Nevada, a empresa assume como verídicas as alegações de que alguns executivos de topo e membros do conselho de administração tinham conhecimento das queixas feitas contra Steve Wynn.

A multa que a Wynn Resorts Ltd. terá de pagar supera o anterior máximo na história do Estado do Nevada, que era de 5,5 milhões de dólares e que foi aplicada em 2014 contra a empresa de apostas desportivas agora conhecida como CG Technology.

Virar de página

Apesar de se multiplicarem os casos de escândalos sexuais perpetuados por homens de poder, poucas empresas têm sido penalizadas com multas pela forma como agiram perante queixas. Em causa estão queixas como a acusação de uma antiga empregada que alega que Steve Wynn a terá violado e engravidado. Na sequência deste caso, foi interposto um processo judicial contra o magnata norte-americano foi julgado, em 2005, que resultou num acordo extrajudicial com a ex-funcionária no valor de 7,5 milhões de dólares. Um outro caso que chegou à comunicação social foi o de uma empregada de bar que Wynn terá pressionado a actos sexuais, entre 2005 e 2006, e que resultou num acordo que chegou aos 975 mil dólares. De acordo com a Comissão de Jogos do Nevada, nenhum destes casos foi investigado pela empresa. Aliás, o próprio Steve Wynn, que não faz parte do acordo do Wynn Resorts, negou todas as acusações.

O acordo entre a Wynn Resorts Ltd. e o regulador do jogo do Estado do Nevada foi a última tentativa de a empresa reabilitar a reputação depois da divulgação dos escândalos sexuais alegadamente cometidos pelo seu fundador. Desde então, as acções da empresa caíram cerca de 35 por cento.

A Wynn Resorts Ltd. respondeu em comunicado à aplicação da multa argumentando que no último ano fomentou “uma mudança de paradigma” e “refrescou a sua cultura”. É também salientado que, actualmente, quase metade dos membros do conselho de administração são mulheres e que todos os empregados que não agiram perante o conhecimento das queixas contra Steve Wynn foram afastados da empresa.

“O fim do processo movido pelo regulador do Nevada é um importante passo em frente. Estamos profundamente agradecidos pela confiança que depositam na nova liderança da Wynn Resorts”, lê no comunicado da empresa.

28 Fev 2019

Wynn está a realizar remodelação profunda no casino da Península

[dropcap]A[/dropcap]operadora Wynn está a fazer obras de remodelação profundas no casino Wynn Macau, que fica na Península, e espera lançar até ao final do ano “um novo hotel-casino”. A revelação foi feita, ontem, pelo presidente da empresa, Matt Maddox após a apresentação dos resultados para o quarto trimestre.

“O hotel-casino Wynn Macau está a ter um desempenho muito bom, mas faz uma parte desproporcional dos ganhos através de junkets de segunda categoria. Não é este o futuro em que queremos investir” começou por explicar Matt Maddox. “Por isso, começámos a redesenhar o Wynn Macau e todo o espaço do casino original e o mesmo aconteceu com aquelas que são as melhores de suites de Macau, as suites da Torre Encore. As obras já arrancaram em Julho”, acrescentou.

A data de finalização dos trabalhos é o final do ano, e nessa altura, o responsável da operadora falou mesmo do lançamento de um novo casino: “Efectivamente vamos lançar um novo hotel-casino no final do ano no Wynn Macau. É um espaço que vai focar directamente o segmento que acreditamos que tem mais futuro, ou seja o segmento do jogo de massas premium”, explicou.

Apesar de ser considerado um segmento de massas, a vertente premium deste mercado envolve apostas que podem até aos 1,5 milhões de patacas. Porém, a aposta mínima começa nas 3 mil patacas.

 

Lucros subiram 4 por cento

Em relação aos lucros da subsidiária de Macau da Wynn houve um aumento de quatro por cento, de acordo com os resultados apresentados. Assim no ano passado a concessionária gerou 186,4 milhões de dólares americanos em ganhos, quando em 2017 o valor tinha sido de 179,2 milhões de dólares americanos.

O início do ano passado ficou marcado pela demissão de Steve Wynn, que se viu envolvido em vários escândalos sexuais nos Estados Unidos. Depois de várias alterações nos corpos sociais da empresa, Matt Maddox fez questão de referir que a situação já está estabilizada. “O ano de 2018 foi um ano de transição para a nossa empresa, mas esta transição já está terminada”, apontou.

Já em relação à guerra comercial entre os Estados Unidos e a China, Matt Maddox considerou que Macau é um mercado que tem sempre “altos e baixos”.

1 Fev 2019

Corrupção | CCAC investiga caso de portas que custam 40 milhões de patacas

O dirigente máximo do Comissariado Contra a Corrupção (CCAC), André Cheong, admite a existência de queixas sobre o caso das 269 portas corta-fogo no Edifício do Bairro da Ilha Verde. Contudo, recusa que o organismo ande apenas a reboque de denúncias

[dropcap]O[/dropcap] Comissariado Contra a Corrupção (CCAC) está a investigar o caso das 269 portas corta-fogo do Edifício do Bairro da Ilha Verde que têm de ser substituídas por não cumprirem os padrões mínimos de segurança. Em causa está o facto do edifício de habitações económicas ainda nem sequer ter licença de ocupação e de precisar de novas portas que vão custar 40 milhões de patacas, ou seja 150 mil patacas por porta.

A investigação foi revelada pelo comissariado do CCAC, André Cheong, à margem da cerimónia de imposição de medalhas e títulos honoríficos. “O CCAC está a par do assunto e recebeu queixas de cidadãos e de associações. Com base nos procedimentos normais, vamos investigar o caso e estamos a trabalhar nele. Se a investigação obtiver resultados relevantes vamos explicá-los o mais cedo possível à sociedade”, disse o responsável do CCAC.

O dirigente do organismo negou ainda que as investigações apenas sejam feitas a reboque das queixas dos cidadãos, afirmando o carácter pró-activo da entidade. “As investigações do CCAC não começam apenas devido à apresentação de queixas, quer sejam identificadas ou anónimas. Se o CCAC detecta, através quaisquer meios, que vale a pena prestar atenção a um assunto e que este se enquadra dentro das suas competências, então é feita uma investigação de forma activa”, defendeu.

O preço certo?

Em declarações aos jornalistas, André Cheong explicou igualmente a linha de investigação. Por um lado, vai analisar-se se o preço de 150 mil patacas por porta corta-fogo está dentro dos valores do mercado. Por outro lado, vai tentar perceber-se se em 2012, quando as 269 portas corta-fogo que precisam de ser substituídas foram instaladas no edifício, se já havia instruções internas sobre as exigência e se estas foram ignoradas.

O CCAC vai assim fazer uma investigação a um preço que o secretário para os Transportes e Obras Públicas, Raimundo do Rosário, considerou “normal”.

A construção do Edifício do Bairro da Ilha Verde foi adjudicada ao consórcio Companhia de Engenharia e de Construção da China (Macau) e Companhia de Constrição de Obras Portuárias Zhen Hwa, por 1,95 mil milhões de patacas, e tem sofrido vários atrasos.

O caso das portas-corta fogo promete atrasar os trabalhos mais cinco meses, uma vez que apesar das portas originais terem sido instaladas em 2012, apenas na vistoria da obra se descobriu que os padrões de segurança não tinham sido respeitados. Apesar disso, o Governo vai assumir o custo dos trabalhos de substituição.

Terreno Wynn | Cheong não afasta prescrição

Foi em 2014 que foi revelado o início de uma investigação à concessão do terreno onde se encontra o casino Wynn Palace. Contudo, a investigação do CCAC ainda está a decorrer e o coordenador não negou a hipótese de os eventuais crimes irem prescrever. “Diferentes crimes têm diferentes tempos de prescrição. Só depois de termos uma conclusão é que podemos dizer mais alguma coisa”, limitou-se a dizer André Cheong, ao HM, quando questionado se o caso ia prescrever. Cheong não avançou uma data para o final desta investigação que decorre há quase cinco anos.

 

10 Jan 2019