Implementação de seguro universal custa mais 18 mil milhões ao Governo

[dropcap style≠‘circle’]O[/dropcap] Governo disse ontem estar aberto à possibilidade de implementação do seguro universal de saúde, mas admitiu logo aos deputados que deverá obrigar a um maior custo em termos de comparticipação de despesas médicas.

Para comprovar isso, o secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam, muniu-se de dados estatísticos, o que não é habitual quando o Executivo vai à Assembleia Legislativa (AL) dar respostas num debate proposto pelos deputados.

A documentação entregue ontem aos deputados mostra que, caso o seguro universal de saúde fosse implementado, iria custar aos cofres públicos mais 18 mil milhões de patacas, uma vez que a despesa médica de Macau iria passar dos actuais 9.4 mil milhões para 23 mil milhões de patacas.

No que diz respeito à despesa por residente, os Serviços de Saúde (SS) iriam gastar 2,5 vezes mais, passando das actuais 14.600 patacas por pessoa para 35.800 mil patacas.

Estes números foram calculados com base no sistema de seguro de saúde universal na Alemanha, que tem uma população superior a 80 milhões de pessoas e uma despesa médica superior a três mil bilhões de patacas.

Segundo notaram os SS, “o regime de seguro médico da Alemanha não cobre tudo”, uma vez que “o empregador e o empregado têm uma elevada taxa de contribuição, sendo que os pacientes precisam de pagar um certo valor da despesa em cada consulta”.

Apesar do Executivo ter encomendado um estudo sobre a matéria, o secretário Alexis Tam mostrou-se cauteloso. “Tratam-se de questões que merecem a nossa reflexão. Há alguns problemas com a aquisição de seguros de saúde e podem ocorrer casos de abusos no futuro, ou problemas com a prestação de serviços de qualidade. Temos um objectivo em comum, que é disponibilizar um melhor serviço de saúde.”

Baixa presença no PIB

Os dados estatísticos ontem revelados mostram ainda que as despesas de saúde suportadas pelo Governo ocupa uma baixa percentagem no Produto Interno Bruto (PIB) da RAEM: 2,6 por cento. Quanto à percentagem

O próprio secretário admitiu que, no futuro, será feito um maior investimento, ideia que ficou depois da visita oficial realizada recentemente a Singapura.

“Depois da visita a Singapura sabemos que temos de aumentar os investimentos nesta área. No passado os investimentos feitos valeram a pena. As despesas nesta área são apenas 2,6 por cento do PIB e no futuro iremos aumentar o quadro de pessoal, os serviços e as instalações. Mas estamos abertos quanto à criação de um sistema de seguro universal.”

Alguns deputados, como Ng Kuok Cheong, alertaram para a baixa presença destas despesas no PIB.

“O nosso PIB tem crescido muito, e se a taxa que ocupa no PIB é de apenas 2,6 por cento, então 9,2 mil milhões de patacas é muito pouco”, defendeu. “O Governo tem dinheiro a mais e é por isso que afasta essa ideia [do seguro universal de saúde]. O Governo tem recursos financeiros suficientes para suportar este tipo de sistema.”

 

Coutinho pede sistema de teste para funcionários públicos

O deputado José Pereira Coutinho defendeu ontem no hemiciclo que deveriam ser criados mais protocolos com regiões como Hong Kong, Taiwan e interior da China para que os residentes tivessem mais opções de escolha na hora de tratarem da sua saúde. Contudo, pediu a implementação de um sistema de teste destinado aos 30 mil funcionários públicos existentes. “Podem os 30 mil funcionários públicos ser observados, desde que não seja muito dispendioso, e depois estender esta medida a toda a população?”, questionou. Pereira Coutinho lembrou que muitos dos funcionários públicos acabam por adquirir seguros de saúde. “Todos sabem que se um doente com cancro for tratado em Macau, a morte é quase certa. Quando se tem uma doença mais grave a pessoa vai para Hong Kong, não é nenhum segredo e o Governo tem de fazer mais. É preciso melhorar a gestão hospitalar, porque a saúde pelos quadros válidos e competentes”, rematou.

6 Fev 2018

Governo estuda criação de seguro universal, mas fala em “desvantagens”

O secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam, mostra-se disposto a estudar a criação de um seguro universal de saúde para os residentes, tendo já sido contratada uma empresa de Hong Kong para esse efeito. Contudo, teme-se que os residentes não queiram pagar as devidas contribuições

[dropcap style≠‘circle’]O[/dropcap] Governo está a estudar a possibilidade de ser criado um seguro universal de saúde para todos os residentes. Contudo, as expectativas parecem ser mais negativas do que positivas, a avaliar pelo debate realizado ontem na Assembleia Legislativa (AL), e que foi proposto pelos deputados Song Pek Kei e Si Ka Lon.

Alexis Tam, secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, lembrou que há várias desvantagens neste processo e que não há garantias de que os portadores de BIR aceitem pagar as contribuições para ter acesso ao seguro. “Já estamos a fazer estudos e o relatório será divulgado em breve. Pedimos a uma empresa de Hong Kong para fazer um estudo. Mas se implementarmos o sistema de seguro universal este tem as suas desvantagens”, frisou.

Até porque, conforme lembrou o secretário, “tudo depende da decisão da população, se querem mesmo contribuir ou comprar um seguro de saúde”. Alexis Tam adiantou que, no caso de Hong Kong, a população não aceitou pagar as contribuições para ter acesso ao seguro, de acordo com um estudo efectuado há alguns anos.

Além disso, o secretário garantiu que o Governo já comparticipa em grande escala as despesas médicas dos locais. “Em Macau gastamos pouco dinheiro e suportamos mais de 75 por cento das despesas da saúde, estamos orgulhosos com isto”, apontou.

“Quando há seguros de saúde há três partes envolvidas: as seguradoras, o Governo e os residentes, que têm de suportar as despesas. Será que os residentes querem mesmo participar num seguro de saúde? Peço aos deputados que compreendam isto, porque 75 por cento das despesas são pagas pelo Governo, uma situação que é diferente em relação a outros países. Em Singapura, por exemplo, o Governo só paga 40 por cento”, acrescentou Alexis Tam.

O governante lembrou também que a Organização Mundial de Saúde (OMS) reconheceu o sistema de protecção da saúde, dada a sua abrangência. “Mais de 80 por cento dos residentes obtiveram acesso a cuidados de saúde primários. Mais de 50 por cento da população conseguiu tratamentos em várias especialidades no São Januário e muitos residentes obtiveram uma redução de 30 por cento nas despesas médicas. A nossa protecção é suficiente.”

Saúde com críticas

Vários deputados defenderam que, antes de se implementar um seguro universal de saúde, é necessário melhorar os serviços prestados pelos Serviços de Saúde, nomeadamente ao nível do tempo de espera para acesso a consultas na especialidade.

Contudo, o secretário garantiu estar satisfeito com o modo de funcionamento dos centros de saúde e Centro Hospitalar Conde de São Januário. “O sistema de saúde é correcto e eficaz, mas com a evolução da sociedade talvez seja adequado adoptar este sistema, não significa que, no futuro, não possamos alterar.”

Alexis Tam admitiu as críticas que têm sido feitas nos últimos tempos, sobretudo desde que foi noticiada a morte de uma menina por complicações oriundas de uma gripe, depois de ter sido atendida duas vezes no serviço de urgência do hospital Kiang Wu. Contudo, disse confiar nos serviços médicos da sua tutela.

“A nossa população tem vindo a criticar o longo tempo de espera para consultas, mas há que ponderar sobre a questão apresentada pela deputada (Song Pek Kei). A população não tem muita confiança quanto ao nosso regime de saúde e isso tem a ver com os serviços prestados, mas nós temos confiança nos serviços prestados e na sua qualidade”, concluiu.

O governante não deu novas informações quanto ao projecto do hospital das ilhas, mas disse que, ao nível das infra-estruturas, todos os projectos estão em pleno desenvolvimento, tal como o estabelecimento de uma academia de medicina para a formação de médicos e as novas estruturas na zona A dos novos aterros.

 

Deputados por um maior leque de opções

Os deputados que apresentaram a proposta de debate, Song Pek Kei e Si Ka Lon, mostraram-se satisfeitos com o facto de o Governo estar a estudar a possível introdução de um seguro universal de saúde, tendo lembrado que um seguro daria mais opções aos doentes. “Se no futuro deixarmos escapar esta oportunidade deixamos de dar mais garantias aos residentes. Acho que não é positivo que o Governo feche esta porta. Há seguros que não são muito caros. Não é um sistema que se crie de um momento para o outro, mas devem ser feitos estudos. O mais importante é que o Executivo esteja aberto a essa questão”, apontou Song Pek Kei. Já Si Ka Lon referiu que os SS “estão a fazer um bom trabalho, uma vez que 80 por cento dos residentes não precisam de pagar despesas na saúde”. Contudo, “o que afirmo aqui é o que sentem alguns residentes: há discrepâncias entre aquilo que as pessoas querem e o que o Governo oferece. Será que não podemos usar mais o erário público para ter um melhor sistema de saúde? Assim os doentes podem optar até por ir a Hong Kong e aí os profissionais de saúde não têm de trabalhar sem parar”, concluiu o deputado.

6 Fev 2018

Morte de criança levou 4 mil pessoas aos centros de saúde

No dia seguinte à morte de uma criança devido a gripe, 4 mil pessoas apressaram-se a ir aos centros de saúde para serem vacinadas. Das 14 mil doses disponíveis, restam cinco mil. A partir de hoje a vacinação passa a ser feita por marcação

 

[dropcap style≠‘circle’]A[/dropcap] morte de uma criança de quatro anos por complicações relacionadas com gripe originou uma corrida aos centros de saúde e, na sexta-feira, cerca de 4.000 pessoas apresentaram-se para levar a vacina. Um número 10 vezes superior ao normal, que levou o Governo a tomar medidas e a tornar as consultas para vacinação por marcação.

A nova situação foi apresentada ontem, durante uma conferência de imprensa no Centro Hospitalar Conde São Januário, que contou com a presença de Lei Chin Ion, director do Serviços de Saúde de Macau.

“No dia 26 de Janeiro [após a morte da criança], 4.000 utentes deslocaram-se aos centros de saúde para levarem a vacinação. Nos dias anteriores, a média diária de utentes era de 400. Houve um aumento de dez vezes no número de utentes por dia, uma situação que coloca em causa o funcionamento dos centros de saúde”, disse Lei Chin Ion.

“Vamos alterar a nossa estratégia e as pessoas vão passar a precisar de fazer marcações prévias para a vacinação. As pessoas com menos de cinco anos vão ter prioridade no acesso às vacinas, assim como as pessoas com doenças crónicas e idosas. Queremos garantir que os grupos de risco têm prioridade”, frisou.

A vacinação é grátis para os residentes de Macau, todos os estudantes no território, assim como para não-residentes que trabalhem em lares de idosos. Os restantes não-residentes têm de pagar entre 50 e 80 patacas pela vacina, mais custos relacionados com a consulta.

Por outro lado, o director dos Serviços de Saúde reconheceu que nos próximos dias, devido à descida das temperaturas, que pode haver um aumento no número de casos de gripe, em queda desde 21 de Janeiro, e apelou à prevenção.

Quanto às doses de vacinas disponíveis, estão agora em stock cerca de 5 mil, quando na quinta-feira havia 14 mil doses disponíveis. No entanto, Lei Chin Ion garante que já estão fechados contratos com os fornecedores e que 40 mil doses vão chegar a Macau nos próximos dias.

 

Novas medidas nas escolas

Também o funcionamento das escolas vai sofrer alterações. O chefe do Centro de Prevenção e Controlo de Doenças dos Serviços de Saúde, Lam Chong, explicou que em certas condições em que sejam detectados casos de gripe, as aulas vão ser suspensas.

Nos casos em que se registe morte de um aluno ou uma criança for internada com recurso a ventilação e a taxa de vacinação na turma em causa for inferior a 50 por cento, as aulas são suspensas durante sete dias. O mesmo acontece se nesta situação 30 por cento dos alunos do mesmo ano escolar apresentarem os sintomas de gripe.

Quando houver morte ou internamento em estado crítico de dois alunos até então saudáveis no espaço de 15 dias, também as aulas vão ser suspensas durante sete dias.

Segundo os dados apresentados, 48 por cento dos alunos com menos de 5 anos estão vacinados, número que sobe para 75 por cento nas escolas do ensino primário e que é de 60 por cento no ensino secundário.

 

Recusa de vacinas

Todos os anos, em Macau, são registados entre 10 e 20 casos de pais que recusam ter as crianças vacinadas de acordo com o programa de vacinação gratuito. No entanto, Lei Chin Ion alertou a população para a importância da vacinação e para o facto das pessoas que não estão vacinadas poderem ser impedidas de se inscreverem nas escolas ou serem aceites em certos postos de trabalho.

 

 

Irmã da vítima de 4 anos recuperada

A irmã da vítima de quatro anos que faleceu na quinta-feira devido a complicações relacionadas com gripe está a recuperar e teve, ontem, alta hospitalar. A irmã de dois anos da vítima chegou a apresentar pneumonia, mas a sua condição melhorou, o que fez com que pudesse ser enviada para casa.

 

Alexis Tam visitou Centro de Saúde

O secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam, e o director dos Serviços de Saúde, Lei Chin Ion, visitaram ontem de manhã o Centro de Saúde da Areia Preta. Segundo o director dos SSM os utentes da Areia Preta elogiaram a capacidade de resposta do Governo perante a gripe. Por sua vez, Lei Chin Ion, na conferência de imprensa à tarde, admitiu estar na fase final de recuperação de uma gripe e comprometeu-se a ir levar a vacina quando estiver totalmente bom.

29 Jan 2018

Menina morre após ter sido mandada para casa duas vezes no Kiang Wu

Uma criança de quatro morreu ontem devido a complicações criadas por uma gripe. Antes de ser internada, a menina tinha ido ao Hospital Kiang Wu duas vezes, sendo enviada para casa. O Governo e a unidade hospitalar garantem que todos os procedimentos da Organização Mundial de Saúde foram cumpridos

[dropcap style≠’circle’]U[/dropcap]ma criança com quatro anos morreu ontem no Hospital Kiang Wu, onde estava em estado crítico desde terça-feira, devido a uma falha renal, originada por complicações causadas por gripe. Apesar da menina ter sido levada ao hospital por duas vezes, antes de ser internada, o governo e a direcção da unidade hospitalar garantem que todos os procedimentos da Organização Mundial de Saúde foram seguidos neste caso.

A criança de quatro anos e três meses, que não tinha sido vacinada contra a gripe sazonal, foi pela primeira vez ao hospital a 19 de Janeiro, com febre e tosse. Nessa altura, fez um teste rápido de despistagem de gripe, que deu negativo, e foi enviada para casa, para descansar e tomar medicação.

Um dia depois, na terça-feira, regressou, com sintomas semelhantes, ou seja com tosse e febre. Nesta segunda visita ao Kiang Wu não lhe foi feito o teste de despistagem da gripe. Porém os médicos reforçaram a medicação da criança e enviaram-na novamente para casa.

“O médico que viu a menina registou os sintomas de febre e tosse, que são frequentes nas crianças. Mas as gripes precisam de tempo para se curarem. Foi prestada toda a atenção necessária pelos médicos, que aumentaram e ajustaram a medicação na segunda consulta” afirmou Li Peng Bin, vice-director do Departamento de Administração Médica do Hospital Kiang Wu, em conferência de imprensa, sobre o facto da menina não ter sido logo internada.

Em relação a não ter sido feito um teste de despistagem de gripe na segunda visita, a explicação foi dada por Kuok Cheong U, director do Centro Hospitalar Conde de São Januário: “Os procedimentos seguidos respeitaram as orientações da Organização Mundial de Saúde. A despistagem também tem limitações, não é 100 por cento eficaz, nem é a despistagem que define o tipo de tratamento a adoptar. É por isso que a OMS não obriga a que seja feita nas suas orientações”, clarificou.

Urgência e morte

Já na terça-feira a vítima foi internada, após ter dado entrada no hospital durante a tarde, com febre baixa e aceleramentos cardíacos. Nesse dia foram feitas análises e um raio-X que mostraram a existência de uma pneumonia, através de uma infecção por pneumococo, e gripe do tipo H3N2. Esta infecção fez com que o estado da criança se agravasse, com o surgimento de vómitos, tosse sangrenta e sinais de hemorragia digestiva, acabando por ser levada para a Unidade dos Cuidados Intensivos, onde foi ligada a um ventilador mecânico.

Na madrugada do dia seguinte, e apesar dos tratamentos com Tamiflu, por volta das três da manhã, a criança desmaiou e alguns órgãos começaram a falhar. Ontem, por volta das 13h00, a vítima acabaria mesmo por morrer devido a uma falha renal associada ao síndrome de hemolítico-urémica. Na origem deste síndrome, que se caracteriza por insuficiência renal, destruição de glóbulos vermelhos e plaquetas, esteve a pneumonia que infectou a vítima devido à gripe.

Também a irmã da vítima, de dois anos, foi diagnosticada com pneumonia, mas está a ser acompanhada pelo Hospital Kiang Wu. A sua condição é estável. À família da vítima foi prestado apoio psicológico, por parte do governo.


Apelo à vacinação

Lam Chong, chefe do Centro de Prevenção e Controlo de Doença Serviços de Saúde, apelou ontem aos pais para que vacinem as crianças. Durante a conferência de imprensa de ontem, o responsável revelou que 30 por cento das crianças nos jardins-de-infância e escolas primárias não tinham sido vacinadas e pediu aos pais para vacinem tão depressa quanto possível os seus filhos.

26 Jan 2018

Gripe | Serviços de Saúde alertam para aumento de casos

O número de doentes atendidos com casos de gripe aumentou cerca de 50 por cento na última semana. Os Serviços de Saúde apontam que nos últimos dias do ano foram registados 33 casos por cada mil pessoas

 

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] ano de 2017 chegou ao fim com mais casos de gripe registados no serviço público de saúde. Segundo o canal chinês da Rádio Macau, houve um aumento de cerca de 50 por cento de casos em relação a igual período do ano passado. “Na última semana de 2017, de acordo com os dados de vigilância da gripe no hospital, Macau registou um aumento do número de utentes a quem foi diagnosticada febre, quando comparado com a 51.ª semana e com o período homólogo de 2016.”

O mesmo comunicado aponta para a ocorrência de 33 casos registados por cada mil pessoas, o que “revela um aumento de 20 casos comparativamente aos períodos anteriores”. Estes dados dizem respeito aos adultos.

No que diz respeito às ocorrências registadas no serviço de urgência pediátrica, “a proporção média foi de 123 casos por 1000 pessoas, registando-se uma ligeira subida de cerca de 106 casos em comparação à penúltima semana de 2017 e 105 casos relativamente ao período homólogo do ano de 2016”.

Os Serviços de Saúde (SS) explicam que os dados entretanto registados em laboratório revelam que “o vírus influenza está a tornar-se mais activo, mas ainda não entrou no período de pico”.

Para já, os serviços liderados por Lei Chin Ion “estão a monitorizar de perto a prevalência de doenças respiratórias em escolas e comunidades, sensibilizando os residentes a adopção das medidas de prevenção abaixo que poderá diminuir a infecção da gripe e de outras doenças do tracto respiratório superior”.

 

Mulher intoxicada por monóxido de carbono

Uma mulher foi intoxicada por monóxido de carbono num apartamento situado na Travessa da Prosperidade. Segundo um comunicado dos Serviços de Saúde, o incidente deu-se na noite de terça-feira, pelas 23h30, quando a mulher, de 48 anos de idade, “tomou banho durante cerca de 10 minutos e manifestou dispneia, tendo desmaiado”. “Após ter sido detectada por um familiar, a paciente foi transportada de ambulância para o Centro Hospitalar Conde de São Januário onde, após análises, foi diagnosticada uma intoxicação moderada por monóxido de carbono”, aponta o comunicado.

“Após investigação verificou-se que na casa de banho do apartamento existe um esquentador sem instalação de qualquer tubo exaustão e que durante o banho, as janelas de casa de banho estavam entreabertas. O exaustor estava desligado. Suspeita-se que a intoxicação tenha sido provocada por gás residual num ambiente com má ventilação”, apontam os Serviços de Saúde.

Entretanto a doente está estável e já se encontra em tratamento no hospital Kiang Wu.

4 Jan 2018

Clínica TaivexMalo recebe ordem de despejo

[dropcap style≠‘circle’]A[/dropcap] empresa que detém a licença da clínica TaivexMalo recebeu na quinta-feira uma ordem de despejo do Venetian Macau, hotel-casino onde se encontram as instalações, que incluem o consultório dentário Malo. De acordo com a notícia avançada pelo ‘site’ do jornal Tribuna de Macau, a TaivexMalo tem 40 dias para abandonar as instalações.

Em 24 de Novembro, os Serviços de Saúde de Macau anunciaram a suspensão da licença da TaivexMalo por seis meses, devido à prática ilegal de procriação médica assistida, tráfico e contrabando de medicamentos de oncologia e falta de condições de higiene e segurança.

Além do encerramento das instalações, até 21 de Maio de 2018, foram aplicadas duas multas a quatro médicos e um enfermeiro, e outra à clínica. “A licença de um médico foi suspensa por um período de 90 dias. Não houve nenhuma vítima resultante desta situação, no entanto não está excluída a possibilidade de uma sanção penal já que o caso foi remetido ao Ministério Público para acompanhamento”, de acordo com o comunicado divulgado então pelos Serviços de Saúde.

Em declarações à Lusa, o presidente da Malo Clinic, Paulo Maló, tinha afirmado que a ordem de encerramento das instalações da empresa PHC-Pacific Health Care, que detém a licença da TaivexMalo, não abrangia a sua empresa, mas afectou na prática o funcionamento, uma vez que partilhavam o mesmo espaço. O empresário esclareceu que a Malo Clinic detém apenas em Macau a actividade ligada à medicina dentária e não está relacionada com outras áreas médicas, responsabilidade de outras entidades.

11 Dez 2017

Consulta pública para Procriação Medicamente Assistida começa segunda-feira

O período de consulta pública da primeira versão da proposta de lei que vai regular a procriação medicamente assistida começa na segunda-feira e decorre até 12 de Janeiro. Para já, apenas o Hospital São Januário está habilitado a fazer estas intervenções. O Hospital Kiang Wu também poderá, em breve, ajudar casais a serem pais

[dropcap style≠’circle’]M[/dropcap]acau vai passar a ter uma lei que regula a procriação medicamente assistida. Hoje em dia, apenas o Centro Hospitalar Conde de São Januário está habilitado a realizar intervenções como a inseminação artificial e transferência de embriões e gametas. De resto, outros estabelecimentos que pretendam fornecer estes serviço precisam obter a licença dos Serviços de Saúde (SS). Até agora, apenas o Hospital Kiang Wu se candidatou à licença para realizar intervenções de procriação medicamente assistida.

De acordo com Leong Pui San, responsável pelo licenciamento de actividades e profissões privadas de prestação de cuidados de saúde, “em meados de Dezembro será feita uma inspecção ao Hospital Kiang Wu para ver se têm condições para emitirmos a licença”. Um dos requisitos essenciais é a unidade médica ter um bloco operatório.

Para já, a nova lei irá regulamentar quem pode fornecer o serviço e quem o pode receber. Além disso acrescenta dimensão penal às sanções que, pelo enquadramento legal actual, tinham apenas um regime sancionatório administrativo.

Na primeira versão, ainda antes da consulta pública, propõe-se uma pena máxima de oito anos para os casais que recorram a este serviço em circunstâncias irregulares. É de salientar que já existe uma moldura penal para os médicos que pratiquem este tipo de intervenções sem licença.

Para os operacionais das clínicas infractoras, a pena de multa vai até às 80 mil patacas, enquanto para as pessoas colectivas, ou seja, os estabelecimentos, a multa vai até às 120 mil patacas. Além das responsabilidades criminais e sanções administrativas são aplicáveis penas como interdição do exercício da actividade ou proibição e encerramento do estabelecimento.

Solteiras de fora

A ideia da legislação é trazer segurança a este ramo da medicina. Na primeira versão da proposta, apenas estão consagradas como aptas para a procriação medicamente assistida mulheres casadas. Rui Amaral, do departamento jurídico dos SS, explica que para esta determinação foram tidos em consideração os ordenamentos jurídicos vizinhos. Por exemplo, em Hong Kong uma mulher só pode recorrer a estas técnicas se já tiver determinado tempo de casamento. Neste domínio, Leong Pui San, acrescentou ainda que “a orientação da proposta se baseia nos valores éticos e morais da população”.

Este ano foram suspensas sete clínicas, onde se inclui a Taivex-Malo, por suspeitas de terem realizado técnicas de procriação medicamente assistidas sem terem a devida licença dos SS. Foram mesmo detectados anúncios de clínicas que publicitavam a possibilidade de escolha do sexo do bebé, algo que é considerado ilegal na actual proposta de lei, excepto em caso de risco de vida do feto. Alguns destes anúncios pediam preços na ordem das 170 mil patacas. A proposta poderá abrir lugar à própria dissolução das empresas que pratiquem técnicas de procriação medicamente assistida.

Vão igualmente feito um controlo aos fornecedores de gases usados nestes procedimentos, azoto e dióxido de carbono, que têm de informar os SS quando adquirem este tipo de material.

Entre 2002 e 2016 o São Januário realizou 576 ciclos de injecção para promover a fecundação, num universo total de 328 casais. Com a interrupção da prática da fertilização in vitro no centro hospitalar, as filas de espera baixaram de oito meses para três ou quatro meses.

30 Nov 2017

Maló suspensa por falta de higiene e prática de procriação médica assistida

A clínica Maló em Macau foi encerrada por seis meses devido à prática ilegal de procriação médica assistida, tráfico e contrabando de medicamentos de oncologia e falta de condições de higiene e segurança. O HM falou com um antigo accionista que conta o risco que a marca correu ao vender a clínica

[dropcap style≠‘circle’]A[/dropcap]suspensão da licença aconteceu na sequência de “irregularidades graves”, segundo notícia veiculada pela emissora pública TDM, que informou também que a clínica comunicou através das redes sociais que estava fechada para efeitos de remodelação. O motivo para a acção dos Serviços de Saúde (SS) prende-se com a suspeita de que na clínica se fizessem procriação medicamente assistida, tráfico e contrabando de medicamento oncológicos, assim como falta de condições higiénicas e de segurança nas instalações.

“Acho que os SS devem ter feito a investigação devida para emitir a suspensão”, comenta Jorge Valente, ex-accionista da sucursal de Macau.

Numa nota enviada posteriormente aos jornalistas, os SS informaram que “o Hospital Taivex/Malo está suspenso até 21 de Maio de 2018 devido à prática de procriação medicamente assistida, tráfico e contrabando de medicamentos de oncologia, falta de condições de higiene e segurança para a prestação de cuidados de saúde”.

As instalações foram encerradas na passada quinta-feira, tendo sido aplicadas duas multas. Uma no valor de 103.000 patacas a quatro médicos e um enfermeiro, e outra de 76.000 patacas.

Marca marcada

“A licença de um médico foi suspensa por um período de 90 dias. Não houve nenhuma vítima resultante desta situação, no entanto não está excluída a possibilidade de uma sanção penal já que o caso foi remetido ao Ministério Público para acompanhamento”, referiu o comunicado dos SS.

A investigação à clínica fundada em Macau por Paulo Maló foi desencadeada após denúncias recebidas pelos SS em 2016 e já em Junho deste ano, sobre a “prática ilegal de serviços de oncologia, técnicas de procriação medicamente assistida, tráfico e contrabando de medicamentos destinados ao tratamento oncológico no interior da China, efetuadas, alegadamente, pelo Hospital de Dia “TaivexMalo”, acrescentou. Foi também detectada uma página de Internet que publicitava no interior da China “a prestação de serviços de procriação medicamente assistida no Hospital “TaivexMalo””.

“Quando éramos administradores mantínhamos a qualidade e segurança exigidas. Não sei o que aconteceu, depois de termos saído, pelos vistos, alguma coisa mudou”, conta Jorge Valente. O ex-accionista da clínica acrescenta que “este caso tira credibilidade a uma empresa, ou marca” e que a empresa-mãe deve ter sido “apanhada de surpresa”. Porém, Jorge Valente considera que este “é um risco inerente quando se vende uma empresa e uma marca”.

Os SS revelaram que “após a audiência dos médicos envolvidos, dos profissionais de saúde e do responsável deste hospital de dia, foram recolhidas provas suficientes de que a unidade realizou técnicas de procriação medicamente assistida e prestou serviços de oncologia, sem autorização dos Serviços de Saúde”.

É de salientar que depois de efetuadas as melhorias exigidas, e de uma inspecção pelos Serviços de Saúde, a clínica pode requerer o termo da suspensão da licença.

27 Nov 2017

OMS | Executivo quer acreditação para equipa de salvamento

Lei Chi Ion revelou que os Serviços de Saúde de Macau (SSM) deram início aos procedimentos para garantir a acreditação da Organização Mundial de Saúde para a equipa de salvamento de emergência

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap]s Serviços de Saúde vão requerer a acreditação da Organização Mundial de Saúde (OMS) para a equipa de salvamento de emergência, de forma a melhorar a preparação local. A informação foi revelada, ontem, pelo director dos Serviços de Saúde (SSM), Lei Chi Ion, que deu como exemplo o Interior da China.

Perante as limitações de algumas das equipas de salvamento em locais afectados pelas catástrofes, o organismo internacional lançou uma acreditação que visa preparar melhor este tipo de mecanismo de resposta. Segundo o director dos Serviços de Saúde, existem actualmente no Interior da China duas equipas já acreditadas pela OMS. Ontem, após participar num programa do canal chinês da Rádio Macau, Lei Chi Ion explicou que Macau vai também procurar obter a acreditação, embora admita que o nível do reconhecimento seja numa categoria inferior ao obtido pelas equipas do Continente.

“O nosso objectivo não é correr o mundo para fazer trabalhos de salvamento. Pretendemos, através desta acreditação, aumentar a nossa própria capacidade de salvamento”, disse o responsável máximo dos SSM. “Após o passado desastre natural, entendemos que as catástrofes não estão assim tão afastadas de nós”, frisou.

Relativamente ao vales de saúde, Ho Ioc San, subdirectora dos SSM, revelou que o prazo de validade vai ser aumentado para dois anos. A subdirectora explicou que não foi adoptada uma validade mais prolongada porque existe o receito entre o Governo de que as pessoas abdiquem da sua saúde para acumularem um valor mais elevado em cupões. Segundo a proposta do Executivo, a cada dois anos os vales vão perder a validade.

Por outro lado, Ho Ioc San apontou que a descida no número de infracções relacionadas com os vales de saúde se deve às frequentes fiscalizações das autoridades. Também para continuar esta luta, vai ser lançado, à volta de Maio do próximo ano, um sistema electrónico. Com esta medida os cidadãos apenas precisarão de utilizar o bilhete de identidade nas clínicas para aproveitarem os vales de saúde. O Executivo já ouviu a opinião do Conselho para os Assuntos Médicos e de alguns grupos do pessoal médico sobre este plano.

Mais consultas públicas

No entanto, Ho Ioc San prometeu que ainda serão realizadas consultas públicas destinadas aos médicos no sector privado do território. Até ao momento, o Governo fala de reacções positivas uma vez que a medida pode evitar a perda dos vales de saúde, como aconteceu durante a passagem do tufão Hato com os cupões a serem levados pelas inundações.

Além disso, a longo prazo, possivelmente a partir de 2019 caso os vales de saúde electrónicos sejam aplicados, pode haver uma redução das despesas administrativas do Governo para 13 milhões, valor inferior ao actual que é de 17 milhões de patacas por ano.

Em declarações ao programa Ou Mun Tin Toi do canal chinês da Rádio Macau, um participante alegou que uma grávida, durante a passagem do tufão Hato, foi ao Centro Hospitalar Conde de São Januário (CHCSJ) e mandada posteriormente para casa com a justificação de falta de camas. A mulher em causa acabou por perder o bebé. O director do CHCSJ, Kuok Cheong U, assegurou que está a prestar muita atenção ao caso e respondeu que já deu início a um processo de investigação, prevendo que resultado os resultados sejam conhecidos no final deste ano.

15 Nov 2017

Estudo | Inquérito sobre a saúde pouco conclusivo e sem graus de comparação

Os Serviços de Saúde apresentaram o Inquérito sobre a Saúde com dados de 2016, dez anos depois ter sido feito um estudo semelhante. Porém, diferenças de metodologia e padrões distintos de medição não permitem tecer muitas considerações

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap]ntem à tarde os Serviços de Saúde (SS) convocaram uma conferência de imprensa onde foram apresentados os resultados do Inquérito de Saúde de Macau referente a 2016, o primeiro estudo do género feito desde 2006. Porém, devido às diferenças de método e standards de aferição não foi possível, para vários indicadores, ter uma noção evolutiva dos problemas de saúde que afectam os cidadãos.

Depois de uma conferência de imprensa, onde a língua portuguesa foi severamente massacrada, foi apresentada ao HM a possibilidade de voltar a falar directamente com o responsável do Centro de Prevenção e Controlo da Doença, Lam Chong. Aí foi-nos dito que “o relatório ainda está a ser melhorado, ainda não está traduzido, mas que a investigação está pronta”. De acordo com o chefe responsável pelo estudo, há margem para melhoria “alterando o conteúdo para que o público consiga compreender o relatório”. O responsável sob dependência dos Serviços de Saúde adjectivou a apresentação feita como “sumária” e com margem para melhorias quanto à substância.

De acordo com Lam Chong, o relatório completo será tornado público entre Dezembro e Janeiro. Ainda assim, o responsável revelou que os resultados são mais ou menos iguais aos indicadores de 2006. Isto depois de explicar que muitos dos indicadores tiveram metodologias diferentes.

Por exemplo, nos números do tabagismo relativos ao ano passado foram avaliados cidadãos com idade superior a 18 anos, enquanto que em 2008, 2009 e 2011 avaliou-se o consumo de tabaco a partir dos 15 anos. Ou seja, duas medidas incomparáveis.

Os números

Um dos indicadores mais alarmantes prende-se com a falta de informação de doentes. Entre os portadores de hipertensão com idade inferior a 60 anos, menos de 70 por cento tinha consciência de estarem doentes. Aliás, o caso torna-se mais chocante se tivermos em conta que 10,9 por cento dos inquiridos assumiu nunca ter medido a tensão arterial. No ano passado, os residentes com mais de 18 anos que sofrem de hipertensão situou-se nos 25,5 por cento, uma ligeira melhoria em relação a 2006 quando a doença afligia 28,8 por cento.

Em relação aos diabetes, 32 por cento dos doentes inquiridos não estavam conscientes da sua doença. De acordo com os dados revelados pelo inquérito, a taxa de incidência da diabetes situava-se nos 7,1 por cento no ano passado. Um aparente decréscimo em relação a 2006, quando se situava nos 5,3 por cento. Mas, também aqui, Lam Chong “tem algumas dúvidas se os standards de medição foram os mesmos”, daí não ter sido apresentada comparação.   

Quanto ao consumo de tabaco, os dados do inquérito dos SS revelam que 16,6 dos inquiridos fumavam. Um número melhor em relação ao verificado em 2006, quanto a taxa de tabagismo se situava nos 18,36 por cento, de acordo com os dados fornecidos por Lam Chong. O responsável pelo estudo explicou esta diminuição com o facto de este ser um fenómeno que “se pode controlar com vários tipos de políticas.

Consumos perigosos

No capítulo do consumo de álcool, o estudo mostra que os maiores de idade que beberam pelo menos três vezes por semana no ano passado eram 6,6 por cento. Em 2016, 7,5 por cento dos inquiridos beberam todos os dias mais de cinco doses de álcool, uma subida comparativamente com 4,7 pontos percentuais registados em 2006.

Em relação aos casos de hepatite B, Lam Chong assegura que a campanha de vacinação deu frutos, resultando no declínio das taxas de infecção, que no ano passado se situava nos 7,6 por cento. É de salientar que o programa de vacinação foi implementado em 1989. No que toca à hepatite C, o número de infectados situou-se, no ano de 2016, em 0,3 por cento. Não nos foram facultados números referentes a 2006 de forma a aferir da evolução das taxas de incidência da doença crónica no território ao longo da última década.

No capítulo do excesso de peso, entre os inquiridos no ano transacto a taxa de sobrepeso situou-se nos 25,5 por cento, enquanto que a obesidade afectava 5,1 por cento da população. Resultados preocupantes, tendo em conta que em 2006 o sobrepeso se situava nos 22,4 por cento e a obesidade nos 3,9 por cento. Chan Tan Mui, uma das autores do estudo não tem meias palavras e afirma que “em Macau há um problema de obesidade”.

Quanto à  dislipidémia, uma doença provocada por níveis anómalos de lípidos no sangue, a taxa de incidência em 2016 situava-se nos 24,3 por cento. Quando questionado sobre a comparação com o estudo feito em 2006, Lam Chong disse que a percentagem se situava nos 44,7 por cento. Mais uma vez, um número “que não se pode comparar porque é muito diferente”. O responsável pelo Centro de Prevenção e Controlo da Doença explicou que teria de verificar de novo os padrões usados há dez anos atrás.

9 Nov 2017

SS | Centro Médico Mayo fechado por suspeita de prática de procriação assistida 

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap]s Serviços de Saúde suspenderam as actividades do Centro Médico Mayo (Macau), após terem recebido uma denúncia anónima sobre prestação ilegal de serviços de procriação assistida e efectuado, no passado dia 20, uma inspecção surpresa ao Centro, informaram ontem os SS em comunicado. Os inspectores encontraram “uma divisão oculta e indícios de práticas clinicas ilegais que podem ter causado vítimas”, acrescenta a nota de imprensa.

Na sexta-feira, dois médicos e dois trabalhadores dos Serviços de Saúde acompanhados por elementos do Corpo de Policia de Segurança Pública inspeccionaram as instalações do Centro Médico tendo descoberto, numa sala de reuniões, uma porta dissimulada que efectuava uma ligação a uma outra fracção autónoma do mesmo edifício. Também foram descobertos equipamentos e materiais usados na realização de actos clínicos relativos à procriação assistida, quer nas instalações do Centro Médico Mayo, quer na outra fracção autónoma, diz a nota.

Os Serviços de Saúde, depois de procederem à selagem de equipamentos e materiais diversos, decidiram suspender por 90 dias as actividades do Centro.

25 Out 2017

SSM e associação de médicos lamentam morte de Larguito Claro

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap]s Serviços de Saúde e a Associação de Médicos de Língua Portuguesa de Macau manifestaram sexta-feira pesar pela morte na quinta-feira do médico João Maria Larguito Claro, que chefiou aqueles serviços entre 1993 e 1999.

Os Serviços de Saúde destacaram o “contributo e a valorização da classe médica” do especialista em dermatologia que desenvolveu “um trabalho digno e marcante no território”, de acordo com um comunicado.

Por seu lado, a Associação de Médicos de Língua Portuguesa de Macau (AMLPM) lamentou a morte de Larguito Claro e destacou a “dinâmica imposta pelos centros de saúde e a criação de áreas de especialização”, reconhecidamente “fundamentais e estruturantes” na actividade no território, indicou em comunicado.

“Larguito Claro foi um homem com visão, com sentido de entrega à missão e com espírito empreendedor na área da Saúde em Macau”, sublinhou, na nota, o presidente da AMPLM, Jorge de Sales Marques.

Os Serviços de Saúde de Macau e a AMLP enviaram condolências à família de Larguito Claro.

A 7 de Abril passado, o Ministério da Saúde português distinguiu Larguito Claro, director do Serviço de Dermatologia do Centro Hospitalar do Algarve, com a Medalha de Mérito da Saúde, Grau Ouro, em reconhecimento do profissionalismo e dedicação ao longo da sua carreira em prol da melhoria da acessibilidade de todos os cidadãos aos cuidados de saúde.

25 Set 2017

Irma | Portugueses em Cuba retirados para zonas seguras

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap]s portugueses que se encontrem em estâncias turísticas em Cuba estão a ser retirados para locais mais seguros pelas autoridades locais, devido à passagem do furacão Irma nas Caraíbas, disse à Lusa o secretário de Estado das Comunidades.
“As autoridades cubanas pediram-nos para transmitir que todos os cidadãos que se encontram em turismo naquela região serão deslocalizados para outros locais onde se prevê que não haja consequências de maior com a passagem do furacão”, afirmou José Luís Carneiro à Lusa, num novo balanço sobre a situação de portugueses afectados pelo Irma, o mais poderoso furacão atlântico numa década, e que já causou dez mortos. O gabinete de emergência consular está em contacto permanente com as autoridades locais e embaixadas e postos consulares, bem como com as agências de turismo portuguesas, que, por sua vez, contactam com as unidades hoteleiras. “Os cidadãos [portugueses] em Punta Cana [República Dominicana] estão bem”, assegurou.

SSM | Gastroenterites em queda

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap]s casos de gastrenterites têm vindo a diminuir. A informação é dada pelos Serviços de Saúde de Macau (SSM) e ilustrada com números. Houve uma redução de 253 casos a 30 de Agosto – o que pode ser considerado um valor alto – para 127 casos a 6 Setembro. Os SSM referem ainda que estes casos podem ser considerados de esporádicos, não estando relacionados com restaurantes ou alimentos em específico. Até à passada quarta-feira, foram também notificados sete casos de gastroenterite colectiva, envolvendo cada um entre duas a cinco pessoas, o que representa um ligeiro aumento em comparação com o habitual. Os serviços alertam ainda que o risco de ocorrência de várias doenças transmissíveis após a tempestade ainda não está completamente eliminado e que a situação de doenças transmissíveis continua a ser monitorizada

8 Set 2017

Hato | Seis escolas vão adiar início do ano lectivo

[dropcap style≠’circle’]S[/dropcap]ão seis as escolas que vão ter de começar o ano lectivo depois da data prevista em consequência dos danos causados pela passagem do tufão Hato no território. A informação foi dada ontem em conferência de imprensa onde foi apresentado o último balanço dos estragos e dos trabalhos que ainda decorrem

Seis escolas de Macau não vão poder começar as aulas dentro do calendário, a partir de 1 de setembro, quando começa o ano letivo, devido a danos causados pelo tufão Hato, que atingiu a cidade na quarta-feira.

“Quase todas as escolas sofreram de um modo ou outro algum dano. Temos 77 escolas, seis necessitam de mudar o dia de início do ano lectivo – quatro são na zona norte, uma em Coloane e uma na zona central”, disse ontem, em conferência de imprensa, a chefe do Departamento de Educação da Direção dos Serviços de Educação e Juventude (DSEJ), Leong Wai Kei.

Os estabelecimentos de ensino que vão adiar o início das aulas são a Escola Primária Luso-Chinesa do Bairro Norte, Escola Luso-Chinesa de Coloane, Sheng Kung Hui Escola Choi Kou, Colégio Diocesano de São José 5, Escola Madalena de Canossa e Escola de Santa Teresa.

Às escolas juntam-se 17 instituições de acção social que ficaram “em mau estado” e cinco creches que “têm de suspender o funcionamento”, complementou o vice-presidente do Instituto de Ação Social, Hon Wai.

Apesar de menos escolas começarem a abrir portas na sexta-feira, o Governo está preocupado com o congestionamento de trânsito, habitual todos os anos, mas que se espera ser agravado devido aos condicionamentos à circulação nas estradas, que foram afectadas pela queda de todo o tipo de estruturas, incluindo árvores.

Além disso, há sete obras em vias públicas a decorrer, que não foram finalizadas a tempo devido ao tufão.

A este cenário juntam-se os danos causados pela tempestade em cerca de 200 autocarros, de um total de 880.

Trânsito difícil

“A situação do trânsito no início do ano lectivo vai ser mais difícil que no ano passado”, alertou o chefe da Divisão da Gestão de Transportes da Direção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego, Chang Chong Hin.

Para garantir o bem-estar psicológico dos alunos, a DSEJ destacou 200 psicólogos e assistentes sociais, tendo também em conta que há quatro estudantes cujos familiares morreram com a passagem do tufão, que matou dez pessoas e feriu mais de 240.

Representantes de diferentes departamentos do Governo deram conta da existência de cinco edifícios ainda sem água e indicaram que quatro parques de estacionamento ficaram “danificados de forma grave”.

Quanto às árvores, Leong Kim Fong, do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais, indicou que mais de 4000 foram derrubadas em espaços públicos, embora tenham a expectativa de salvar algumas, as que mantêm as raízes intactas. Destas, cerca de 20 são consideradas antigas. No total, disse o responsável, foram reunidas “mais de 15 mil toneladas de árvores destruídas”.

O porta-voz do Governo, Victor Chan, admitiu que “muitas infraestruturas [públicas] foram afectadas”, mas ainda não há dados “para avaliar a perda económica”. “Posteriormente iremos avaliar”, disse.

Gastroenterites em pico

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Chefe de Prevenção e Controlo de doença dos Serviços de Saúde, Lam Chong, disse que os casos de gastroentrite tiveram um ligeiro aumento, não considerado grave. No entanto, ontem, durante a conferência de imprensa em que foi dada esta informação, os jornalistas receberam um alerta dos mesmo serviços a anunciar um pico de casos registados no Hospital Kiang Wu no dia 28 de Agosto, de 178 casos.

30 Ago 2017

SCMP | Casinos terão influenciado decisão dos SMG

[dropcap style≠’circle’]S[/dropcap]egundo o jornal South China Morning Post, os casinos terão influenciado o trabalho dos Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG) no que diz respeito à previsão do sinal do tufão Hato.

Fontes citadas pelo jornal, “com conhecimento dos planos do serviço de protecção civil” afirmam que os SMG só içaram o sinal 8 de tufão na passada quarta-feira para evitar que as concessionárias pagassem horas extra aos seus funcionários.

“A partir do momento em que o sinal 8 é içado, os casinos são obrigados a pagar a todos os funcionários as horas extras. Enquanto que esta é uma questão com a qual as grandes operadoras de jogo conseguem lidar, o mesmo não acontece com os casinos de menor dimensão, ligados às sub-concessionárias”, lê-se na notícia do jornal de Hong Kong.

A mesma fonte adiantou que “não é necessária uma pressão directa e feita abertamente, mas não há dúvida de que o ‘factor casino’ tem um papel importante naqueles que tomam as decisões relacionadas com os sinais de tempestade que são içados”.

Ao mesmo jornal, o politólogo Larry So considerou que o “Governo não consegue dar resposta às expectativas das pessoas numa cidade que se auto-proclama de primeira classe”.

Bens alimentares e medicinais reaproveitados são um risco

[dropcap style≠’circle’]D[/dropcap]epois da passagem do tufão Hato e com os danos nas várias lojas de alimentos e produtos de medicina tradicional chinesa, muitos são os comerciantes que estão a tentar reutilizar bens alimentares e medicinais que podem estar seriamente estragados. José Tavares, presidente do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM) admite a situação.

Visitei algumas zonas afectadas e reparei que algumas lojas de medicina tradicional chinesa estão a secar os seus produtos na rua”, disse o responsável ontem em conferência de imprensa. José Tavares considera que “não é correcto” e afirma que o procedimento não é permitido, sendo que a situação pode estar a repetir-se depois dos danos causados ontem pela passagem do tufão Pakhar no território. No entanto, o responsável refere que se tratam de “produtos muito caros e que a sua perda implica muitos custos”, deixando um apelo aos comerciantes para que não façam o seu reaproveitamento.

No que respeita a produtos alimentares o responsável do IACM aponta que “muitos deles não são recuperáveis e já foram mesmo para o lixo porque não é possível o seu reaproveitamento”.

“Há sacos de arroz e peixe que estão visivelmente estragados e que não podem ser consumidos”, referiu. Quanto a medidas a tomar, José Tavares afirma que há muito para fazer e que serão feitas inspecções.

Já o director dos Serviços de Saúde, Lei Chin Ion, reitera que serão feitas mais inspecções, especialmente na zona do Porto Interior e apela à sensatez, até porque alimentos estragados “é algo muito sério e têm de ter um tratamento correcto não sendo possível consumir os estragados”, sublinhou. S.M.M.

28 Ago 2017

Saúde | Governo promete mais apoio a doentes terminais

[dropcap style≠’circle’]L[/dropcap]ei Chin Ion, director dos Serviços de Saúde (SS), garantiu, em resposta a uma interpelação escrita do deputado Zheng Anting, que os doentes de cancro, em fase terminal, terão acesso a uma maior oferta de cuidados paliativos.

“Futuramente os SS irão estar atentos à situação da utilização dos serviços de tratamento de alivio e planeiam o aumento de camas para cuidados paliativos ou o aumento de enfermarias para doentes em fase terminal, em diversas especialidades, com vista a responder à procura de tratamento de cancro e de serviços na fase terminal pela sociedade”, lê-se na resposta.

Além do sector privado, encontra-se em funcionamento o centro paliativo Hong Neng, que abriu portas em 2000 e que, o ano passado, contava com uma taxa de ocupação na ordem dos 84,3 por cento, com um total de 55 camas. A partir de 2006, “os SS começaram a subsidiar entidades privadas para a criação de centros de recuperação que recebam doentes”.

Lei Chin Ion disse ainda que a formação de pessoal médico e de enfermaria é outro dos objectivos para os próximos anos. “O Governo irá, face à procura de serviços de tratamento de alívio, reforçar de forma continuada a devida formação de pessoal, efectuando atempadamente a revisão e o aperfeiçoamento e proporcionar serviços atempados e apoio a doentes em fase terminal e à respectiva família.”

Economia | Taxa de inflação situada nos 1,18 por cento

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] taxa de inflação em Macau fixou-se em 1,18 por cento nos 12 meses terminados em Julho em relação aos 12 meses imediatamente anteriores, indicam dados oficiais ontem divulgados.

De acordo com os Serviços de Estatística e Censos (DSEC), o Índice de Preços no Consumidor (IPC) aumentou sobretudo devido a subidas nos índices de preços das secções da educação (+7,53 por cento), bebidas alcoólicas e tabaco (+5,94 por cento) e transportes (+5,37 por cento).

Só em Julho, o IPC geral, que permite conhecer a influência da variação de preços na generalidade das famílias de Macau, cresceu 1,03 por cento em termos anuais.

Tal deveu-se principalmente ao aumento dos preços das refeições adquiridas fora de casa, das consultas externas, do calçado e das propinas escolares, indicou a DSEC. Em relação a Junho, o IPC geral sofreu um crescimento ligeiro de 0,02 por cento.

Em 2016, a taxa de inflação de Macau foi de 2,37 por cento, a mais baixa desde 2009, ano em que se fixou em 1,17 por cento.

Segundo as mais recentes projecções do Fundo Monetário Internacional (FMI), a taxa de inflação de Macau deve fixar-se em 2 por cento este ano, em 2,2 por cento no próximo e em 3 por cento em 2022.

22 Ago 2017

Sin Fong Garden | MP sugere boa-fé de todos os envolvidos em acção cível

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Ministério Público achou por bem vir a público esclarecer o que se passa com o processo em torno do Sin Fong Garden. Em comunicado, promete tudo fazer para que haja um desfecho rápido do que está a atrasar a reconstrução. E pede boa-fé

É um comunicado emitido na sequência de “algumas opiniões” que existem “na sociedade” sobre a demora no procedimento da recolha de provas na acção de indemnização civil, intentada pelo Ministério Público (MP), em representação da RAEM, no âmbito do caso Sin Fong Garden. O MP entendeu que chegou a hora de esclarecer o que se passa e recorda o processo, prometendo fazer o possível para que esta história tenha um desfecho quanto antes.

O Sin Fong Garden ganhou estatuto de caso quando, a 10 de Outubro de 2012, se verificaram pilares danificados no edifício. Com vista a garantir a segurança dos moradores, o Governo tomou várias medidas urgentes, recorda o MP, entre elas a disponibilização de abrigo aos moradores afectados, bem como a realização de obras de reforço temporário e de supervisão da estrutura do prédio. Com estas obras, o Executivo gastou mais de 12,8 milhões de patacas, sendo que “existem ainda outras despesas a pagar no futuro”.

“Tendo em conta que o pagamento das despesas, por conta do erário público, afecta o cofre da RAEM e os interesses comuns dos cidadãos da RAEM, o Governo tentou recuperar a quantia mediante negociação com as pessoas envolvidas neste caso, mas sem sucesso”, escreve o MP. A solução foi avançar para tribunal, sendo o MP o representante da RAEM.

Em Outubro de 2015, foi intentada uma acção cível junto do Tribunal Judicial de Base (TJB) contra os responsáveis pelo caso Sin Fong: o promotor do empreendimento com problemas, o promotor do empreendimento Soho Residence (a obra vizinha que terá estado na origem de tudo isto) e a companhia responsável pela demolição do edifício que deu lugar ao actual estaleiro do Soho Residence, empresa essa responsável pelas obras de fundação do novo edifício. Com a acção, pretendia-se determinar quem é o responsável pelo incidente do Sin Fong Garden e exigir o reembolso das quantias pagas com o erário público.

Compasso para a demolição

No final de Junho do ano passado, depois de tomar conhecimento de que todos os proprietários do Sin Fong Garden tinham dado o seu consentimento para a demolição e reconstrução do edifício, o MP pediu ao tribunal a autorização da realização antecipada da perícia no prédio a demolir e no estaleiro vizinho. O objectivo desta antecipação solicitada era minimizar o impacto causado pela acção intentada no TJB à reconstrução do Sin Fong.

O TJB nomeou três peritos. Porém, os vários envolvidos na construção e venda do Sin Fong Garden interpuseram recurso da decisão do tribunal. Sobre este apelo ainda não há qualquer decisão.

De acordo com as explicações do MP, os três peritos concluíram a análise pericial e apresentaram ao tribunal o respectivo relatório. “Neste momento, de acordo com a lei processual civil, aguarda-se que as partes se pronunciem sobre o relatório pericial apresentado.”

O Ministério Público garante estar atento à “expectativa da reconstrução do edifício” por parte dos proprietários. Atendendo a este contexto, promete “impulsionar, nos termos da lei, a aceleração do procedimento pericial”. O MP deixa ainda um apelo: sugere a todas as partes do processo para “impulsionarem, em conjunto, o andamento e a conclusão do respectivo procedimento pericial o mais cedo possível, de acordo com os princípios de cooperação e de boa-fé consagrados na lei processual civil”. Só assim é que o processo de reconstrução do Sin Fong poderá ser iniciado com a maior brevidade possível.

Dengue | Casos locais podem chegar às três dezenas

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] director dos Serviços de Saúde de Macau (SSM), Lei Chin Ion, diz ser possível existirem mais casos de dengue no território que ainda não estão identificados dado o período de incubação. Os números avançados poderão, nas próximas semanas chegar aos 30, refere o Jornal do Cidadão.

Preocupada com a febre do dengue, Cheong Lai Chan, da Associação de Mútuo Auxílio do Bairro, alerta para a necessidade de trabalhos de limpeza e desinfecção. A responsável esteve na Rua da Praia do Manduco com uma equipa de voluntários e alerta que, naquela zona, existem vários edifícios antigos em que os residentes não têm ainda qualquer consciência no que respeita à prevenção do dengue.

Cheong Lai Chan lamenta ainda, segundo o o Jornal do Cidadão, que as acções promovidas pelo Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM) tenham sido tardias visto que só se intensificaram após os três casos confirmados de dengue. De acordo com o mesmo jornal, os Serviços de Saúde (SS) garantem que as acções de desinfestação de mosquitos vão continuar na Rua da Praia do Manduco.

Cheong Chi Hong, médico e membro do Conselho Consultivo de Serviços Comunitários da Zona Central, pede também, em comunicado, que o Executivo alargue o âmbito das medidas contra a febre de dengue, nomeadamente nos locais onde se acumula água como é o caso dos antigos edifícios e terraços. A intenção é prevenir que os residentes venham a ser mordidos. O médico apela ainda que, no aparecimento de qualquer sintoma, os residentes se dirijam imediatamente ao médico.

7 Ago 2017

Saúde | Intensificadas medidas contra a febre de dengue

Desde 2014 que não havia casos locais, mas este ano há já três pessoas que foram infectadas em Macau. As autoridades vão reforçar os trabalhos de limpeza, mas recordam que compete também à população ajudar a evitar a proliferação de mosquitos

[dropcap style≠’circle’]M[/dropcap]acau anunciou ontem que vai intensificar as medidas de prevenção e as acções de eliminação de mosquitos devido ao crescente número de casos de febre de dengue, sobretudo daqueles em que a doença foi contraída localmente.

As autoridades decidiram aumentar as operações de limpeza de uma para duas vezes por semana, pelo menos durante os próximos 30 dias, para travar a proliferação dos mosquitos que transmitem a doença, estando previstas mais acções em estaleiros de obras e terrenos particulares, além de jardins ou parques públicos.

Desde 2012, foram alvo de acções de limpeza 4800 “pontos negros”, segundo informações adiantadas em conferência de imprensa.

A outra vertente incide na sensibilização da população para a importância da prevenção, em particular da remoção de águas estagnadas – “o método mais efectivo” para conter a proliferação do mosquito transmissor da doença.

Estas medidas foram anunciadas na sequência da primeira reunião do ano do Grupo de Trabalho para a Prevenção contra a Febre Dengue, que junta organismos públicos como o Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais e os Serviços de Saúde.

Macau registou, desde o início do ano, oito casos de febre de dengue, sendo que em três a doença foi contraída localmente, um motivo de “preocupação” das autoridades, atendendo a que desde 2014 só tinham sido sinalizados casos importados. No ano passado, foram registados 11 casos, todos importados.

Embora tenha particular incidência entre os meses de Abril a Novembro, as autoridades de Macau manifestaram também preocupação relativamente à ocorrência “mais cedo” do que o habitual de um elevado número de casos de febre de dengue na região.

Hong Kong soma mais de meia centena de casos, Taiwan mais de 100 e a China mais de 200, dos quais mais de um quarto sinalizados na vizinha província de Guangdong, de acordo com dados facultados recentemente pelos Serviços de Saúde.

Face às temperaturas mais elevadas que têm sido registadas este ano e à chegada da época das chuvas, que propicia um clima favorável para a proliferação do mosquito “aedes albopictus” e dificulta a remoção de águas estagnadas, os Serviços de Saúde anteciparam a ocorrência “de dezenas” de casos de febre de dengue em 2017.

O Laboratório de Saúde Pública dos Serviços de Saúde proporciona, de forma gratuita, o teste da febre de dengue a todas as instituições médicas.

4 Ago 2017

Ambiente | Raimundo do Rosário justifica descarregamento de águas residuais

O secretário para os Transportes e Obras Públicas alega que a descarga no mar de águas residuais não tratadas foi algo que tinha de ser feito. Durante o período da reparação de um colector de descarga de afluentes terão sido despejados para o mar quase 230 mil metros cúbicos de água residuais não tratadas

[dropcap style≠’circle’]”A[/dropcap] quela reparação tinha de ser feita. Há situações de que nós não gostamos, mas que não podemos evitar”, explica Raimundo do Rosário referindo-se à necessidade de descarregar águas residuais não tratadas no mar devido a obras na Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de Macau.

O secretário para os Transportes e Obras Públicas comparou a operação a “arrancar um dente”, ou seja, algo que “tinha de ser feito”. Os trabalhos decorreram ao longo de um dia e meio, tendo sido necessárias mais umas horas para reabrir a estação. Segundo o responsável, foi feito “um esforço para que o incómodo fosse reduzido ao mais curto espaço de tempo possível”.

Apesar de a ETAR de Macau ter a sua capacidade ultrapassada há muito tempo, o problema poderia ter sido maior. Uma vez que o território vive economicamente da indústria do jogo e da hotelaria, com pouca indústria pesada produtora de químicos que necessitam de tratamento, a descarga poderia ter sido bem mais gravosa ambientalmente. “Trata-se, sobretudo, de águas provenientes de residências, que não têm muitos poluentes que afectam o ambiente”, explica ao HM Morse Lei, especialista em resíduos.

De acordo com Raimundo do Rosário, o volume de águas residuais que se acumulou durante a intervenção na infra-estrutura foi muito grande, impossibilitando o seu armazenamento. Aquando do início das obras, o secretário deu a entender a tarefa hercúlea que seria armazenar o que seria acumulado: “Não temos reservatórios para isso. São muitos metros cúbicos, não há possibilidade de armazenar nem uma hora, nem duas horas, é muita quantidade.”

Sem capacidade

No ano passado, a deputada Ella Lei, citando dados oficiais, alertava para a sobrecarga a que a ETAR estava sujeita desde 2009, tendo capacidade para processar diariamente 144 mil metros cúbicos de águas residuais.

De acordo com as estatísticas disponíveis no site da Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental, a ETAR recebeu em Maio 4741.825 metros cúbicos de águas residuais por dia. Feitas as contas, em média estamos a falar de um volume de quase 153 mil metros cúbicos a cada 24 horas, o que excede a sua capacidade máxima em cerca de nove mil metros cúbicos. Ou seja, durante um dia e meio, o tempo em que a ETAR não funcionou, terão sido descarregados no mar quase 229 mil metros cúbicos de águas não tratadas.

Morse Lei compreende a necessidade dos trabalhos desenvolvidos na estação. “Apesar de a maior parte das pessoas ficar preocupada com a descarga, estes trabalhos de manutenção obrigatórios, se não fossem realizados atempadamente, trariam ainda piores consequências para o ambiente”, explica.

O especialista em tratamento de resíduos adianta que “como a ETAR foi construída há muitos anos a sua capacidade tecnológica pode não estar adequada ao volume de águas por tratar decorrente da actividade económica dos dias de hoje”. Como tal, Morse Lei entende que outro dos problemas é a infra-estrutura não permitir um plano alternativo para reparações de emergência.

O facto é que, como já foi assumido por Raimundo do Rosário, a ETAR de Macau chegou há muito ao seu limite. Nesse capítulo importa referir que, segundo as Linhas de Acção Governativa deste ano, existe um plano para a construção de uma nova ETAR a sul do posto fronteiriço da Ponte Hong Kong – Zhuhai – Macau. Uma obra que se afigura essencial no futuro do tratamento de resíduos locais.

Fraude | Serviços de Saúde não pedem dinheiro

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap]s Serviços de Saúde emitiram um comunicado em que dão conta de uma fraude relacionada com serviços farmacêuticos. De acordo com as explicações dadas na nota, os serviços foram notificados da ocorrência de casos de fraude, por via telefónica, praticados por um indivíduo que alegava ser funcionário de uma unidade de monitorização de assuntos farmacêuticos. O indivíduo informava os profissionais do sector farmacêutico de que se encontrava disponível para levantamento um documento “muito importante”, num prazo determinado, e pedia-lhes que procedessem a uma série de operações telefónicas, “sob pena de restrição da sua partida de Macau”. Os Serviços de Saúde sublinham que jamais solicitaram ao sector ou aos cidadãos para procederem às operações em causa, através do telefone, nem pedem aos cidadãos para efectuarem transferências ou remessa de dinheiro.

Trânsito | Há cada vez mais motociclos nas estradas

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap]  número de novas matrículas atribuídas no segundo trimestre deste ano aumentou 22,6 por cento para 3494, em comparação com o mesmo período de 2016. A Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) indica que, do total, os motociclos e ciclomotores subiram 44 por cento. Feitas as contas, até ao final de Junho havia 243.570 veículos matriculados, o que representa uma queda anual de 1,9 por cento. São cada vez mais os motociclos nas estradas (três por cento), sendo que se assistiu a uma diminuição de 1,6 por cento no número de automóveis ligeiros. A DSEC explica ainda que, entre Abril e Junho, registaram-se 3630 acidentes de viação, que envolveram 1141 vítimas, ou seja, mais 2,2 por cento e mais seis por cento, respectivamente, na comparação anual. Na primeira metade de 2017, quatro pessoas perderam a vida nas estradas de Macau.

Calor | Cuidado com a hipertermia

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap]s Serviços de Saúde apelam aos cidadãos para prevenirem a hipertermia devido às temperaturas elevadas. De acordo com as previsões dos Serviços Meteorológicos e Geofísicos, a temperatura vai manter-se elevada nos próximos dias, sempre acima dos 30 oC. Até ao passado sábado, as urgências do Centro Hospitalar Conde de São Januário não tinham registado qualquer caso relacionado com a vaga de calor. Os Serviços de Saúde recomendam que se evite actividade ao ar livre por um longo período de tempo, a utilização de roupas claras e leves e manter os níveis de hidratação do corpo. Evitar permanecer em veículos estacionados ao ar livre é ainda aconselhado. Pessoas obesas, idosas e de saúde frágil, bebés, grávidas, puérperas e doentes devem permanecer em lugares de boa ventilação e de temperatura adequada.

1 Ago 2017

Saúde | Serviços de Lei Chin Ion apelam à vacinação

Desde 2014 que a doença está oficialmente erradicada, mas há mais um caso de sarampo confirmado a preocupar as autoridades. É importante vacinar as crianças, recordam os Serviços de Saúde, para proteger aquelas que ainda não têm idade para ser imunizadas

[dropcap style≠’circle’]É[/dropcap] preciso prestar mais atenção à prevenção. O conselho é deixado pelos Serviços de Saúde de Macau (SSM), que confirmaram na passada segunda-feira mais um caso de sarampo. Numa nota de imprensa publicada ontem, os SSM explicam que a criança infectada tem 11 meses. No passado dia 18, teve os primeiros sintomas – febre e tosse –, estando actualmente internada no Hospital Kiang Wu, a receber tratamento em regime de isolamento.

Na segunda-feira, as análises feitas no Laboratório de Saúde Pública dos Serviços de Saúde confirmaram que se trata de sarampo. O bebé ainda não tinha sido imunizado por não ter idade suficiente para a administração da primeira dose da vacina.

Os SSM contam que, antes da manifestação de sintomas, o doente teve contacto com uma prima, que já se encontrava doente, embora ainda não diagnosticada com sarampo. No período de incubação, o bebé viajou, mas atendendo ao facto de a prima estar doente e ao tempo de manifestação dos sintomas, o caso foi classificado como sendo uma infecção local. O doente encontra-se estável, não havendo complicações graves, indica a direcção de serviços liderada por Lei Chin Ion.

Está a ser feito agora o rastreio do estado de saúde de mais 12 crianças que partilharam a sala de espera com o bebé, enquanto o paciente aguardava para ser atendido. Todas estas crianças não tinham sido igualmente vacinadas por não terem idade para tal. A primeira dose é ao ano de idade e a segunda aos 18 meses.

Por exigência dos SSM, estas crianças não vão às escolas que frequentam por um período de três semanas, a contar do dia de contacto com o paciente, de modo a evitar o contágio caso alguma delas venha a ter sarampo. Neste momento, nenhum destes bebés apresenta sintomas.

Vias de transmissão

Osarampo é uma doença transmissível aguda por tracto respiratório. As vias de transmissão são as gotículas de saliva expelidas; todavia, a doença pode ser contraída por contacto directo com as secreções infectadas e objectos contaminados de doentes. De um modo geral, o período de incubação é de sete a 18 dias, podendo chegar aos 21 dias. O período de transmissão varia de três dias a uma semana depois do aparecimento de exantema.

Em 2014, Macau obteve a certificação da Organização Mundial de Saúde, passando a fazer parte dos primeiros quatro países e regiões da região do Pacífico Ocidental que erradicaram o sarampo. A erradicação não significa a inexistência de casos, explicam os SSM, mas sim que não há transmissão sustentada.

Para proteger a saúde das crianças, os Serviços de Saúde pedem aos pais que cumpram o programa de vacinação. Recorda-se também que o sarampo é uma doença de declaração obrigatória.

Hepatite B | Macau sem problemas

 

Os Serviços de Saúde de Macau vieram ontem assegurar que existem vacinas suficientes contra a Hepatite B para a população residente. A garantia foi deixada na sequência de problemas com a produção deste tipo de fármaco, que estão a ter repercussões em vários pontos do mundo. No território, há escassez no stock do mercado privado, mas não nos serviços de saúde públicos.

A vacina contra a hepatite B foi incluída no programa de vacinação local há já muitos anos, pelo que a quantidade de vacinas adquiridas é suficiente para garantir a imunização de recém-nascidos, de crianças e de grupos de alto risco. De acordo com os profissionais de saúde, sublinham os SSM, para já a quantidade do stock da vacina em causa é “normal”. Foi ainda obtida a garantia por parte do fornecedor quanto ao fornecimento normal da vacina aos Serviços de Saúde, acrescenta-se em comunicado.

As vacinas são gratuitas apenas para os residentes de Macau. Existe “uma quantidade muito limitada de residentes não locais que podem pedir vacinação por conta própria”, mas “outros pedidos não são atendidos”. Os viajantes podem pedir vacinação, mas é limitada às vacinas de necessidade urgente, tal como a vacina contra o tétano após lesões, sendo por conta do próprio viajante, referem os SSM.

Com base nos dados demográficos disponíveis, como o número de nascimentos, as autoridades fazem uma ordem de compra prévia de vacinas para os dois anos seguintes. Actualmente, são administradas anualmente mais de 20 mil doses da vacina contra a hepatite B.

Para assegurar as necessidades dos residentes de Macau, os Serviços de Saúde deram indicações a todas as unidades de vacinação, incluindo o Hospital Kiang Wu e a Clínica dos Operários, que as vacinas fornecidas no programa de vacinação local só podem ser administradas a residentes. Os pedidos feitos por não residentes não poderão ser, deste modo, atendidos.

26 Jul 2017

Gripe | Serviços de Saúde dizem estar atentos a epidemia

 

Não há razão para preocupação em relação aos casos de gripe, garante Alexis Tam, mas é preciso continuar a trabalhar para se evitar o contágio. No último fim-de-semana, diminuíram os novos casos. Mas só este ano já são 44 os doentes que acabaram por ter pneumonia. Dois deles morreram

[dropcap style≠’circle’]M[/dropcap]acau ainda se encontra no período de pico da gripe, mas o fim-de-semana já foi mais calmo nas urgências do Centro Hospitalar Conde de São Januário (CHCSJ). Os Serviços de Saúde de Macau (SSM) referem que, no sábado e no domingo, a proporção de adultos com gripe foi de 50 em mil e de 43 em mil, respectivamente.

Estes valores representam uma descida em relação ao passado dia 16, altura do pico mais alto, com 68 infectados por cada mil pessoas. As notícias são menos boas no que diz respeito às crianças, com a proporção a ser de 60 em mil.

Os SSM garantem que, de acordo com os dados de triagem das urgências CHCSJ, o tempo de espera não foi significativamente mais longo do que o costume. Os doentes que mais tiveram de aguardar foram os das categorias semi-urgente e não urgente, com uma média de cerca de 27 minutos à espera para serem atendidos.

Quanto à actual taxa de ocupação de camas do hospital, a casa está quase cheia, com 95 por cento. Para diminuir a permanência de doentes na enfermaria das urgências, o hospital abriu as enfermarias de isolamento de doenças transmissíveis para o tratamento de doentes com gripe que tenham de permanecer no hospital, uma forma também de prevenir a propagação do vírus dentro do São Januário.

Os Serviços de Saúde dão ainda conta do surto de gripe que afectou vários idosos do Complexo de Serviços de Apoio ao Cidadão Sénior “Pou Tai”. Desde o passado dia 18 até ontem, já tinham sido confirmados 20 doentes. A maioria não apresenta sintomas graves, mas há uma pessoa internada no hospital. O lar em causa já aplicou medidas de controlo, como o reforço na desinfecção, limpeza e manutenção da ventilação de ar no interior das instalações.

Duas mortes, 11 internamentos

Este ano registaram-se 44 casos de gripe acompanhados de pneumonia: 23 doentes do sexo feminino e 11 do sexo masculino, com idades compreendidas entre os dez meses e os 98 anos. Os dados oficiais indicam que cinco deles estiveram na unidade de cuidados intensivos, sendo que não tinham recebido a vacina sazonal antigripal.

Verificaram-se dois casos de morte, 26 utentes já recuperaram e tiveram alta, e 11 doentes ainda se encontram internados. Os casos fatais dizem respeito a uma mulher de 89 anos e a um homem com 87, que sofriam de doenças crónicas. Dos doentes ainda internados, oito encontram-se em estado considerado estável e dois necessitam de apoio para respirarem.

 

Alexis Tam desdramatiza

O secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam, afiançou ontem que a epidemia da gripe no território está controlada. O governante garantiu que os Serviços de Saúde, juntamente com as instituições de saúde públicas e privadas, estão a seguir, de forma rigorosa, as orientações e medidas da Organização Mundial de Saúde. À margem de uma cerimónia pública, Tam falou ainda da falta de terapeutas no território. Destacando que o Governo presta “a maior atenção à saúde física e mental” dos residentes, o secretário fez referência ao aumento de novos serviços ao longo dos últimos dois anos, reconhecendo que se verificou uma insuficiência nos recursos humanos relativamente a terapeutas de várias vertentes. O Executivo vai aumentar de forma progressiva o número de terapeutas, prometeu, tendo sido já criada a Licenciatura em Ciências de Terapia da Fala e da Linguagem no Instituto Politécnico de Macau, com o objectivo de formar técnicos locais. Alexis Tam frisou também que vai ser aumentada a cooperação com as instituições particulares de solidariedade social para resolver o problema da falta de recursos humanos.

25 Jul 2017

Saúde | Aumento de infecções no mês de Junho

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] mês passado registou um aumento do número de casos de infecções no território, comparativamente aos registados no mês anterior e no período homólogo do ano passado. De acordo com os dados divulgados, ontem, pelos Serviços de Saúde foram declarados, em Junho, 528 casos de influenza e 736 casos de infecção por enterovírus. Os dados mostram ainda o registo de oito casos de intoxicação bacteriana, sete de parotidite e 79 de varicela. Foram ainda registados 15 casos de salmonelose. Os 47 casos de escarlatina representam uma redução de casos quando comparado com o período homólogo do ano anterior e com o mês de Maio. Por outro lado, foram ainda registados, em Junho, 40 casos de tuberculose pulmonar, representando uma redução do valor quando comparado com o período homólogo do ano anterior; cinco casos de infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (VIH), representando um número similar ao período homólogo do ano anterior e um caso de SIDA, representando uma diminuição comparativamente ao período homólogo do ano anterior. No total, os Serviços de Saúde registaram 1475 situações em que foi efectuada a declaração obrigatória.

18 Jul 2017

Saúde | Escorregadela obriga a pedido de desculpas

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap]s Serviços de Saúde de Macau (SSM) emitiram ontem um comunicado em que pedem desculpas aos cidadãos afectados por “incumprimento de procedimentos operacionais” na aplicação de larvicidas na Praça das Portas do Cerco. De acordo com a nota, várias pessoas escorregaram e caíram, tendo uma delas sido conduzida ao hospital.

O caso aconteceu na passada segunda-feira à tarde, durante a execução de um trabalho de rotina pela Equipa de Controlo de Vectores dos SSM. Os pesticidas para a eliminação de larvas estavam a ser aplicados nos canais das vias públicas junto da Praça das Portas do Cerco mas, “por incumprimento dos procedimentos operacionais, foram deixados inadvertidamente larvicidas em redor dos drenos das vias públicas, o que causou a queda de vários cidadãos, aos quais os Serviços de Saúde apresentam as suas mais sinceras desculpas”.

Quanto aos transeuntes que caíram, uma mulher de 50 anos de idade foi transportada para o hospital. Apresentava escoriações na zona do cotovelo direito e dor lombar, pelo que foi sujeita a exames, tendo recebido alta após tratamento.

Os SSM prometem reforçar a formação do pessoal em causa, para evitar casos semelhantes no futuro.

12 Jul 2017

Detectada prescrição inadequada de medicamentos oncológicos

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap]s Serviços de Saúde de Macau (SSM) detectaram casos suspeitos de prescrição inadequada de medicamentos contra o cancro por clínicas privadas, no valor de 80 milhões de patacas.

Num comunicado enviado pouco depois da meia-noite de ontem, os SSM explicam que, suspeitando do caso, que “pode ter efeitos adversos nos pacientes”, realizaram fiscalizações surpresa em sete estabelecimentos privados de cuidados de saúde, sendo que em quatro se mantiveram as suspeitas, dois estão ainda a ser investigados e num caso o centro médico foi ilibado.

Os fiscais verificaram que, em casos de prescrição de medicamentos destinados ao tratamento de carcinoma pulmonar, os processos clínicos dos pacientes estavam incompletos ou em falta e havia diferenças de quantidade entre a compra e a prescrição. Os produtos suspeitos foram selados, bem como os processos clínicos.

O valor total dos medicamentos contra o cancro que terão sido prescritos inadequadamente é de cerca de 80 milhões de patacas.

Os SSM explicam ainda que os medicamentos em questão “não foram registados oficialmente em Macau”, tendo sido solicitada por importadores uma licença especial para que pudessem ser utilizados por determinados pacientes, o que foi autorizado pelos SSM.

No entanto, “algumas entidades de saúde procediam à venda ilegal deste tipo de medicamentos a pacientes do interior da China para obtenção de lucro”, o que pode incorrer em fraude, contrabando e evasão fiscal.

Os SSM alertam que, se se concluir que a infracção constitui “crime contra a saúde pública, a multa será acrescida de suspensão de licença e, em caso de reincidência, do seu cancelamento”.

Além disso, se a prescrição não corresponder à “realidade do processo clínico, não será excluída a possibilidade de envio do caso ao Ministério Público para apuramento da responsabilidade penal”.

23 Jun 2017