Serviços de Saúde vão contratar mais de mil profissionais

[dropcap]O[/dropcap] director dos Serviços de Saúde, Lei Chin Ion revelou ontem que vão ser contratados 1114 profissionais. Neste universo de contratações, cerca de metade destinam-se a novas vagas, enquanto os restantes são dirigidos a lugares que ainda não foram preenchidos em recrutamentos anteriores e às vagas com saída de funcionários dos quadros.

Os dados foram facultados em resposta ao deputado José Pereira Coutinho que apontou, durante a reunião de apresentação das Linhas de Acção Governativa para 2019, relativas aos Assuntos Sociais e Cultura, as queixas que tem recebido sobre a alegada exploração dos funcionários dos serviços de saúde. “Um hospital, neste momento, serve por dois, mas o pessoal está a ser explorado e está cansado. Querem ir embora”, apontou o deputado.

Em resposta a Coutinho, o director dos SS adiantou que, este ano, abandonaram os serviços 135 funcionários. O responsável acrescentou ainda que estão em formação no Centro Hospitalar de São Januário mais de 200 médicos, e o Hospital Kiang Wu está a dar formação especializada a mais 100 profissionais. Além disso, Lei Chin Ion referiu que a futura Academia Médica poderá formar mais de 300 médicos especialistas.

Oferta de enfermeiros

Pereira Coutinho criticou também o facto da gestão do Instituto de Enfermagem, que vai funcionar nas instalações do futuro Hospital das Ilhas, ser entregue ao Hospital Privado Kiang Wu, denunciando a incapacidade dos SS para assumir esta valência. “O Instituto de Enfermagem vai ser entregue de bandeja ao Hospital Kiang Wu. Os serviços não têm competência para gerir o instituto? “, questionou o deputado. No entanto, Coutinho ficou sem resposta nesta matéria por parte do Governo.

Entretanto, o secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam, apontou a necessidade de rever as carreiras médicas e admite avançar com estudos neste sentido. Porém, o secretário não adiantou qualquer agenda para o efeito.

5 Dez 2018

LAG 2019 | Alexis Tam afirma que Macau tem um “serviço de excelência” na área da saúde

[dropcap]“T[/dropcap]emos serviços médicos de excelência”, disse ontem o secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam em resposta às questões dos deputados sobre as melhorias previstas para o sector. Na apresentação das Linhas de Acção Governativa (LAG), Tam sublinhou a melhoria da qualidade destes serviços e o investimento que tem sido feito no sector. “Uma grande parte do orçamento para os cuidados de saúde, no valor de 8,5 mil milhões de patacas, são dedicados a despesas médicas”, apontou o secretário.

Alexis Tam adiantou ainda que 74 por cento dos gastos da população com a saúde são pagos pelo Governo, sublinhou. Os dados foram referidos em resposta ao deputado Si Ka Lon que apelava à criação de um sistema de garantias para toda a população em caso de doença.

“O secretário já disse que o sistema tem uma boa cobertura e muitos serviços são prestados gratuitamente. Mas, na verdade, muitos cidadãos quando contraem uma doença ficam muito preocupados porque não conseguem ter uma cama no hospital ou assistência rápida. É possível ter uma verba do orçamento para constituir este sistema de garantias? “, perguntou o tribuno.

Apesar dos atrasos na construção do Hospital das Ilhas, o secretário acrescentou ainda que os Serviços de Saúde têm feito o que lhes compete de modo a superar a ausência da estrutura. “É preciso tempo para a construção do hospital, mas nós não vamos ficar de braços cruzados à espera de novas instalações. Pelo contrario, há quatro anos começámos a apetrechar o nosso sistema público e temos vindo a recrutar mais médicos e enfermeiros”, sublinhou o secretário.

4 Dez 2018

Saúde | Centro de Apoio à Demência inaugurado dia 15

[dropcap]N[/dropcap]o dia 15 de Dezembro, o Centro de Avaliação Conjunta Pediátrica será transferido para o Centro de Saúde da Ilha Verde onde será inaugurado o Centro de Apoio à Demência, revela um comunicado dos Serviços de Saúde (SS).

O Centro de Apoio à Demência vai “fornecer serviços como consulta e aconselhamento, educação em saúde, treino e tratamento não medicamentoso para pacientes com demência de grau leve a moderada e as suas famílias”. Segundo o responsável pela unidade de saúde, Lo Iek Long, “existem cerca de 300 casos novos confirmados de demência em Macau e, com o passar dos anos, a RAEM está a tornar-se numa sociedade envelhecida, e é expectável que o número de novos diagnósticos aumente significativamente nos próximos anos”.

O responsável recordou ainda que desde a criação do Centro de Avaliação e Tratamento de Demência em 2016, o tempo de espera para diagnóstico reduziu de seis meses para menos de 1 mês e o número de pacientes diagnosticados com demência aumentou de 1000 para mais de 2000.

Para o responsável do Centro de Avaliação Conjunta Pediátrica, Tai Wa Hou, “as instalações do Centro de Saúde da Ilha Verde quase duplicam a área das actuais, passando a contar com 14 salas clínicas e salas de tratamento”, revela o comunicado dos SS.

Desde Junho de 2016, o centro recebeu cerca de 3000 casos. Em Macau, anualmente, nascem perto de 7.000 bebés, dos quais 6 a 8 por cento têm deficiências de desenvolvimento, estimando-se que 400 a 500 crianças precisem de ser avaliadas e tratadas todos os anos, apontam os SS.

3 Dez 2018

Mais de três mil registos para doação de órgãos

[dropcap]O[/dropcap]s Serviços de Saúde (SSM) revelaram que desde a criação de base de dados de doadores de órgãos que mais de três mil pessoas se registaram. Segundo Tai Wa Hou, membro da equipa de trabalho dedicada ao transplante de órgãos dos SSM, a situação superou a expectativa e já foram emitidos cerca de 1,5 mil cartões de doadores.

De acordo com o canal chinês da Rádio Macau, o representante do mecanismo da base de dados referiu ainda que de entre os mais de três mil indivíduos registados para doação de órgãos, 80 por cento inscreveram-se online. A maioria são jovens e aproximadamente dois mil dos inscritos são do sexo feminino. Ainda assim, Tai Wa Hou adiantou que o Governo está a estudar introduzir alterações à lei com o objectivo de facilitar o registo para doação de órgãos.

Por outro lado, Tai Wa Hou divulgou que actualmente em Macau há cerca de 700 cidadãos que recebem tratamento de diálise, de entre os quais cerca de 200 pessoas necessitam de transplante de rins. Segundo o mesmo responsável, o Governo está a organizar as cirurgias de acordo com a situação destes doentes.

3 Dez 2018

Vacinação | Serviços de Saúde garantem qualidade de produtos importados

Os lotes de vacinas com problemas que chegaram a Taiwan e Hong Kong não foram importados por Macau. Os Serviços de Saúde admitem comprar produtos aos laboratórios Sanofi, mas ao contrário das vacinas que entraram em Taiwan e Hong Kong, as da RAEM foram produzidas nos EUA

 

[dropcap]O[/dropcap]s Serviços de Saúde garantem a segurança de todas as vacinas contra a gripe importadas para o território. A posição foi tomada, na terça-feira à noite, depois de ter sido revelado que tanto Taiwan como Hong Kong tinham importado vacinas com partículas brancas, impurezas, do laboratório francês Sanofi.

Segundo a informação do Governo de Macau, as vacinas que foram compradas são na sua maioria provenientes da Alemanha, do laboratório GSK. Também houve vacinas importadas de laboratórios da Sanofi, mas neste caso tiveram origem norte-americana, pelo que não há razões para qualquer preocupação ou pânico.

“Os Serviços de Saúde da Região Administrativa Especial de Macau reiteram que nunca foram importadas vacinas suspeitas de terem problemas e as vacinas usadas no território são provenientes de diferentes origens e marcas”, pode ler-se no comunicado. Foi ainda deixado o apelo para que o público “não entre em pânico nem esteja preocupado”.

De acordo com a explicação oficial, houve vacinas da marca Sanofi importadas. Contudo, o laboratório onde foram produzidas fica nos EUA, enquanto a proveniência dos lotes com problemas foi a França. A marca também é diferente: “Algumas vacinas, destinadas aos bebés e a crianças pequenas, são quadrivalentes, da marca FluQuadri, produzida nos laboratórios dos Estados Unidos da América (EUA) da empresa Sanofi com o número de lote U6256FF”, foi admitido. Porém é explicado que as vacinas com problemas têm a marca Vaxigrip e envolvem, os lotes R3J721V ou R3J72.

“Os Serviços de Saúde questionaram os fornecedores e obtiveram garantias que as vacinas disponibilizadas não foram afectadas por este incidente”, foi igualmente revelado.

Sem reacções adversas

Segundo o Governo a questão é tratada com o máximo de zelo e “além de serem escolhidas vacinas produzidas por fabricantes de renome internacional, existe um rigoroso controlo das condições de transporte e de armazenamento”.

O caso surgiu depois das autoridades de Taiwan terem detectado anomalias em vacinas, devido à existência de partículas brancas, nomeadamente impurezas. Os mesmos lotes com problemas também forma importados para Hong Kong, afectando cerca de 175 mil vacinas, cuja utilização foi suspensa. No entanto, as autoridades de Hong Kong garantem que até ao momento não foram detectadas “reacções adversas” nas pessoas vacinadas com os produtos em causa.

De acordo com os Serviços de Saúde de Macau, no âmbito do Programa de Vacinação Gratuita contra a Gripe Sazonal 2018-2019, que começou a 24 de Setembro, já foram vacinas 86.674 pessoas, o que representa um aumento de 29 por cento face ao ano passado, quando tinham sido vacinadas 67.232 pessoas. O território tem ainda em stock 63.000 doses da vacina.

29 Nov 2018

Abuso sexual | Governo frisa necessidade de terceiros verem exames

[dropcap]O[/dropcap]s exames médicos que envolvam contacto físico com as partes íntimas dos pacientes têm de ser assistidos por uma terceira pessoa, além do médico e do paciente.

As normas estão definidas e foram recordadas pelo Governo ontem, depois do caso em que um médico, de Medicina Tradicional Chinesa, estar a ser investigado por ter alegadamente ter abusado de uma paciente.

“Estes exames devem ser efectuados na presença de uma terceira pessoa (por exemplo, enfermeiro, assistente ou membro familiar da paciente), nomeadamente no caso das duas partes envolvidas serem de sexos diferentes ou o paciente possua menos de 18 anos de idade. A presença de uma terceira pessoa é obrigatória”, pode ler-se no comunicado dos Serviços de Saúde.

27 Nov 2018

Saúde | Recolhido do mercado anti-depressivo produzido em Portugal

[dropcap]A[/dropcap]s autoridades de Macau anunciaram ontem que vão recolher do mercado um anti-depressivo produzido em Portugal para “proteger a saúde pública”, alegando falta de qualidade do medicamento.

Em causa está o “anti-depressivo ‘Fluoxetina Bluepharma 20mg Cápsulas’, com número de lote L1707131, produzido pelo fabricante português Bluepharma-Indústria Farmacêutica, SA”, que, já terá sido recolhido voluntariamente pelo importador, pode ler-se no comunicado ontem divulgado pelos Serviços de Saúde.
A decisão de se proceder à recolha do medicamento surge “após resultados dos testes de estabilidade terem confirmado que a qualidade padrão era inferior ao estabelecido”.

O anti-depressivo faz parte da convenção de medicamentos dos serviços de saúde de Macau, apenas fornecido aos utentes nas farmácias aderentes.

“De forma a proteger a saúde pública, os Serviços de Saúde solicitaram a exportadores e importadores e firmas de venda por grosso dos produtos referidos”, bem como “às farmácias aderentes à convenção para procederem à recolha dos medicamentos em causa”, refere-se mesma nota.
Contudo, sublinha-se no comunicado, “os utentes não devem parar a administração dos medicamentos antes de obtenção do medicamento substituto”, mas sim “pedir informações junto de farmacêuticos, para eventual substituição”, caso provenham do lote L1707131.

O medicamento contém a substância activa fluoxetina que pertence a um grupo de medicamentos antidepressivos chamados inibidores selectivos da recaptação da serotonina e é utilizado no tratamento, entre os adultos, de episódios depressivos major, perturbação obssessivo-compulsiva e bulimia nervosa.

6 Nov 2018

OMS declara Macau livre da Rubéola, autoridades consideram “marco importante”

[dropcap]A[/dropcap]s autoridades de Macau classificaram como “um marco importante na história da saúde pública” o facto da Organização Mundial de Saúde (OMS) ter declarado o território livre do vírus da Rubéola.

“Este ano, (…) a Região Administrativa Especial de Macau [RAEM] tornou-se num dos primeiros cinco países e regiões certificados com a eliminação da Rubéola na região do Pacífico Ocidental, (…) um marco importante na história da saúde pública de Macau”, sublinharam as autoridades em comunicado.

A OMS – Delegação do Pacífico Ocidental anunciou na terça-feira que a RAEM, a Austrália e o Brunei passam a constituir, com a Nova Zelândia e a Coreia do Sul, o grupo das cinco territórios (entre 37 países e regiões da região do Pacífico Ocidental) que estão livres do vírus da Rubéola. A Rubéola é uma doença transmissível aguda do trato respiratório e transmite-se sobretudo pelo contacto com as secreções do nariz e da garganta dos doentes.

As autoridades de Macau prometeram continuar a “fortalecer o sistema de vigilância da Rubéola e melhorar o programa de vacinação de acordo com os padrões da OMS” e destacam o esforço ao nível da política de saúde na área da prevenção.

“O controlo de doenças, através da vacinação disponível, assume fulcral importância, quer no trabalho de prevenção médica e quer na política de saúde, o que tem alcançado resultados notáveis”, destacam as autoridades.

Em 2000, a RAEM foi certificada como zona livre de poliomielite. Quatro anos depois, Macau tornou-se num dos dois primeiros territórios da região do Pacífico Ocidental certificados pelo controlo da hepatite B entre crianças. Já em 2014, a RAEM passou a ser um dos primeiros quatro territórios da região do Pacífico Ocidental livres do sarampo, segundo a OMS.

4 Nov 2018

Tabaco | Mais de 4000 multados até Setembro por fumar em locais proibidos

[dropcap style≠’circle’]E[/dropcap]ntre Janeiro e Setembro, 4.131 pessoas foram multadas por fumarem em locais proibidos, ou seja, menos 1.231 do que em igual período do ano passado, indicaram ontem os Serviços de Saúde. Nos primeiros nove meses do ano foram ainda sinalizados 13 casos referentes a ilegalidades nos rótulos dos produtos de tabaco e quatro relacionados a venda de produtos de tabaco em prateleiras visíveis ao público.

Segundo o mesmo organismo, nos primeiros nove meses do ano foram realizadas 259.445 inspecções a estabelecimentos, o que perfaz uma média diária de 950, mais 9.165 em termos anuais homólogos. Dois terços das multas foram aplicadas a turistas (2.728), enquanto 1.285 (ou 31,1 por cento) envolveram residentes e os remanescentes 118 diziam respeito a trabalhadores não residentes (2,9 por cento). A esmagadora maioria das infracções foi cometida por homens.

Três em cada dez infracções tiveram lugar nos casinos (1.253), seguindo-se os parques/jardins e zonas de lazer com 510 (12,3 por cento) e o aeroporto foram sinalizados 427 casos (10,3 por cento). De acordo com os Serviços de Saúde, em 101 casos foi necessário o apoio das forças de segurança.

9 Out 2018

Atestados falsos | Serviços de Saúde sem denúncias

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap]s Serviços de Saúde indicaram não ter recebido denúncias sobre os casos recentemente descobertos pela Polícia Judiciária (PJ) de emissão de atestados falsos por farmácias (ocidentais e chinesas) com o objectivo de defraudar companhias de seguros.

Em comunicado, o organismo diz estar atento e adverte que, além da responsabilidade criminal em que incorre o proprietário ou o pessoal administrativo, essas práticas podem resultar no cancelamento da licença do estabelecimento. Em comunicado, os Serviços de Saúde alertam ainda que os utentes que utilizam atestados ou certificados médicos falsos também incorrem na prática de crime.

8 Out 2018

Saúde | Rastreio do cancro colorrectal estendido ao final do ano

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap]s Serviços de Saúde estenderam, por mais dois meses, até a 31 de Dezembro, o programa de rastreio do cancro colorrectal para os residentes nascidos entre 1947 e 1949.

Desde que o programa foi lançado, em Novembro de 2016, mais de 7.000 pessoas marcaram consulta, das quais 6.150 participaram no programa após a mesma. Os participantes foram sujeitos a um exame para detectar sangue oculto nas fezes que deu positivo em 900 indivíduos. Dos 825 que fizeram a colonoscopia, foi confirmado cancro colorrectal em 48 casos, a maioria em fase precoce, o que permite um tratamento médico eficaz, indicam os Serviços de Saúde. Além disso, em 750 indivíduos verificou-se pólipos benignos nas mucosas do intestino grosso.

O programa do rastreio do cancro colorrectal destina-se aos nascidos entre 1947 e 1956. A partir do dia 1 de Janeiro, a faixa etária visada pelo programa será a dos nascidos depois de 1950.

O cancro colorrectal é uma das doenças mais comuns em Macau, figurando entre as primeiras dez doenças oncológicas de maior incidência, com a mortalidade a ocupar o segundo lugar no ranking do território.

3 Out 2018

Apenas três médicos portugueses recrutados até agora

Os Serviços de Saúde abriram dois concursos para a contratação de 35 médicos especialistas portugueses. Até hoje, apenas três processos de recrutamento estão concluídos. Um pediatra e dois cirurgiões gerais devem chegar a Macau até ao final do ano

 

[dropcap style≠‘circle’]O[/dropcap] processo de recrutamento de médicos portugueses anunciado pelos Serviços de Saúde (SS) previa a contratação de 35 especialistas. No entanto, e até ao final do ano, poderão chegar ao território apenas três profissionais. A informação foi avançada na passada sexta-feira pelo director dos SS, Lei Chin Ion, à margem de uma conferência de imprensa do Conselho Executivo. De acordo com o responsável, “os processos de três médicos já estão concluídos e com luz verde do secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam”. Deste reduzido universo, dois são especialistas em cirurgia geral e um em pediatria.

Recorde-se que no passado mês de Julho, o director do Centro Hospitalar Conde de São Januário, Kuok Cheong U, anunciou a conclusão dos processos de recrutamento de oito médicos de nacionalidade portuguesa e chegou mesmo a adiantar que estariam prontos para vir para Macau. O responsável avançava ainda que 15 especialistas tinham os seus processos em fase final. Segundo informações fornecidas na passada sexta-feira por Lei Chin Ion, os SS receberam certa de 30 currículos que estão em análise. “Temos feito a análise, selecção e entrevistas on-line” apontou.

Em comunicado, os SS esclareceram ainda que receberam, até 19 de Setembro, a informação de que cinco médicos especialistas não podem trabalhar em Macau.

 

Vagas por preencher

Desde o anúncio no ano passado de que os SS iriam recrutar especialistas portugueses para colmatar a falta de profissionais, foram realizados dois concursos, o primeiro aconteceu em Novembro do ano passado. Neste processo foram abertas vagas para 21 médicos especialistas em 13 áreas: gastroenterologia, imagiologia, neurologia, nefrologia, pediatria, cirurgia geral, cirurgia torácica, cirurgia vascular, cirurgia metabólica, pneumologia, geriatria, psiquiatria e anatomia patológica.

Em Fevereiro deste ano, foi lançado o segundo concurso para a contratação de 14 médicos nas especialidades de cardiologia, ortopedia, oftalmologia, otorrinolaringologia e anestesiologia. As remunerações oferecidas vão das 82.917 patacas às 114.750 patacas.

25 Set 2018

Saúde | Mais de 900 residentes registados como dadores de medula óssea em Hong Kong

[dropcap style≠’circle’]M[/dropcap]ais de 900 residentes de Macau encontram-se inscritos na base de dados dos dadores de medula óssea de Hong Kong, indicaram ontem os Serviços de Saúde, dando conta de que pelo menos um doou com sucesso as células estaminais do sangue.

Os Serviços de Saúde de Macau e a Autoridade Hospitalar de Hong Kong assinaram, em 2012, um Memorando de Entendimento sobre o Registo de Dadores de Medula Óssea, que expira em Dezembro, mas cuja renovação está a ser analisada.

A informação foi facultada pelos Serviços de Saúde num comunicado que dá conta da renovação do acordo de cooperação com a Autoridade Hospitalar de Hong Kong até 2023, após uma visita de uma delegação da região vizinha na terça-feira.

2 Ago 2018

Saúde | Pequim ordena investigação à indústria de vacinas, que não são exportadas para Macau

O primeiro-ministro da China ordenou uma investigação à indústria de vacinas chinesa depois de violações cometidas por um produtor de vacinas contra a raiva terem provocado protestos públicos. Não é a primeira vez que Pequim se vê obrigado a intervir depois de mais um escândalo relacionado com vacinas

 

[dropcap style≠’circle’]E[/dropcap]m comunicado, Li Keqiang referiu que a Changchun Changsheng Life Sciences Ltd, que é acusada de fabricar registos de produção e inspecção, “violou uma linha moral”, num momento em que as autoridades lutam para restaurar a fé pública na regulamentação de segurança. Na mesma nota, o governante prometeu “reprimir de forma resoluta” as violações que coloquem em perigo a segurança pública.

Não houve relatos de ferimentos causados pela vacina contra a raiva, mas a divulgação provocou um coro de protestos, sobretudo depois de vários escândalos relacionados com a venda de medicamentos e alimentos de baixa qualidade, cujo consumo causou vítimas mortais entre a população chinesa.

Os reguladores chineses anunciaram na semana passada que a Changsheng Life Sciences foi obrigada a suspender a produção e a recolher as vacinas contra a raiva.

Raiva tradicional

A agência de notícias Xinhua disse que os investigadores estão a testar a eficácia da vacina e a ponderar avançar com acusações criminais. A raiva é endémica em algumas áreas da China. Em Outubro, a mesma empresa foi condenada a interromper a produção de uma vacina combinada para a difteria, tosse convulsa e tétano, cujo lote foi posteriormente apontado como defeituoso.

Esta não foi a primeira vez que o líder chinês prometeu limpar a indústria das vacinas, depois de há mais de dois anos ter assumido esse compromisso depois de um escândalo similar.

De acordo com comunicado divulgado no portal do Governo chinês, Li referiu em Março de 2016 que Pequim devia reparar as lacunas de supervisão de produção e distribuição de vacinas. As declarações foram proferidas depois de ter sido revelado que 84 milhões de dólares em medicamentos armazenados em condições impróprias e fora do prazo estavam a ser vendidos há vários anos por todo o país.

Estima-se que entre centenas de milhar ou milhões de crianças chinesas, de idades a partir dos três meses, tenham sido inoculadas com vacinas ineficazes produzidas por algumas das maiores empresas do sector ao abrigo do sistema de saúde público.

A raiva e o medo espalharam-se pelas redes sociais chinesas, em especial com pais indignados perante a inoperância das autoridades que levou a esta situação. A palavra chinesa para “vacina” foi citada 321 milhões de vezes em artigos e buscas no WeChat, um número 80 vezes superior ao registado na sexta-feira.

 

Macau não afectado

O Chefe do Centro de Prevenção de Controlo da Doença dos Serviços de Saúde, Lam Chong, afirmou que o Governo não adquiriu vacinas produzidas no continente, em resposta ao escândalo que abalou o sistema de saúde de Pequim. O dirigente esclareceu que as vacinas ministradas em Macau são provenientes da Europa e dos Estados Unidos. De acordo com o canal chinês da Rádio Macau, o chefe acrescentou que, em geral, as vacinas adquiridas pelo Executivo servem apenas os residentes locais além de muito poucas crianças não residentes que são autorizadas a permanecer em Macau. Lam Chong afirmou ainda que existem vacinas suficientes em Macau e que não existem motivos para a população se preocupar. Lam Chong disse ter conhecimento de que no continente é raro exportarem-se vacinas por causa de grande procura e do fornecimento insuficiente. Além disso, acrescenta que os SS não autorizaram a importação de vacinas produzidas da fábrica continental envolvida no escândalo.

24 Jul 2018

Saúde | Morte de homem conduz autoridades a clínica ilegal na Areia Preta

Um imigrante ilegal que se encontrava em Macau há dois anos morreu dias depois de ter sido atendido numa clínica sem licença. O caso foi revelado, ontem, pelas autoridades e permitiu encontrar o espaço que operava sem licença. A autópsia revelou que a morte não esteve relacionada com o tratamento recebido

 

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] morte de um homem de 44 anos, no Hospital Conde São Januário, conduziu as autoridades a uma clínica ilegal, situada no Edifício Kin Wa, na Areia Preta. O caso foi revelado, ontem, pelos Serviços de Saúde, em conferência de imprensa e confirmado horas mais tarde pela Polícia Judiciária.

De acordo com as informações disponibilizadas pelas autoridades, a 15 de Junho o indivíduo que se encontrava há dois anos de forma ilegal no território foi a uma clínica, também ela ilegal, que ficava numa fracção residencial do tipo T2. Perante o suposto médico de 71 anos, que não tem licença nem certificados de formação profissional, o doente queixou-se de dores de garganta e febre. Após uma análise foi-lhe recomendada medicação que o homem de 44 anos tomou.

Contudo, no dia seguinte a ser atendido na clínica privada, o homem deu entrada num hospital local, onde acabaria por morrer, já na manhã de 17 de Junho.

“O homem tinha como sintomas febre e dores de garganta no dia 15 de Junho, quando foi à clínica ilegal. Na manhã de 16 de Junho desmaiou e foi enviado para o hospital do Governo, onde acabaria por morrer a 17 de Junho”, informou a PJ, em comunicado. “Era um imigrante ilegal e estava no território há mais de dois anos”, acrescentou fonte da polícia, ao HM.

Segundo a informação da PJ, a autópsia realizada não permite relacionar a morte com os medicamentos recomendados pelo médico ilegal. Contudo, devido à privacidade do morto, as autoridades não quiseram revelar a causa da morte.

Buscas de um mês

Apesar da morte do trabalhador ilegal de 44 anos ter ocorrido a 17 de Junho, apenas ontem a PJ conseguiu entrar em contacto com o médico ilegal de 71 anos.

“Fomos várias vezes à clínica ilegal, mas nunca conseguimos entrar em contacto com o médico. Ontem, finalmente, conseguimos contactá-lo e ele foi interrogado. À PJ admitiu que não tem licença para exercer a profissão, nem licença para operar uma clínica”, revelaram as autoridades

O homem é originário do Continente, mas tem residência de Macau. Segundo as declarações que prestou às autoridades, operava a clínica num edifício habitacional desde 2014. Por esta razão, é suspeita de prática de um crime de usurpação de funções, punido com pena de prisão até 2 anos ou multa até 240 dias.

No local da clínica ilegal, a equipa de inspecção dos Serviços de Saúde encontrou antibióticos, analgésicos e anti-histamínicos, alguns fora de prazo, e outros equipamentos utilizados para clínica geral.

20 Jul 2018

Intoxicação | Vítimas internada em estado estável depois de inalar gás

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap]correu esta terça-feira um caso de alegada intoxicação por gás sulfídrico dentro de um apartamento onde residem cinco pessoas da mesma família, com idades compreendidas entre os 34 e 54 anos. De acordo com um comunicado divulgado ontem à noite pelos Serviços de Saúde de Macau (SSM), duas mulheres foram enviadas para as urgências do hospital Kiang Wu, ao início da madruga de quarta-feira.

“Durante esse período a filha retomou a consciência, sendo que os exames de sangue mostraram que a carbooxihemoglobina era negativa. A mãe teve vómitos no hospital. Após o tratamento, a situação melhorou, a mãe teve alta, enquanto a filha ainda está ainda internada para tratamento, mas em condição clínica considerada estável”, aponta um comunicado.

O incidente, ocorrido no edifício Mei Lin, aconteceu perto das 00h50 do dia 17. Os SSM explicam que “uma mulher, após ter entrado na cozinha, apresentou sintomas como tonturas, suores e convulsões, entre outros, tendo desmaiado após sair daquele local. De imediato, a mãe prestou os primeiros socorros, abriu as janelas para ventilação e chamou a ambulância, e ao mesmo que sentiu odores fortes”. De acordo com uma das vítimas, foram realizados trabalhos de canalização na tarde de segunda-feira. “Após o incidente, os bombeiros mediram o gás sulfídrico no apartamento da vítima e procederam a tratamento de emergência no local”, referem os SSM.

19 Jul 2018

Academia Médica de Macau vai ter como referência Hong Kong

A consulta pública e a auscultação ao sector sobre a proposta de lei do Regime de Qualificação e Inscrição para o Exercício da Actividade dos Profissionais de Saúde terminou abrindo caminho para a criação da futura Academia Médica. O modelo a ser seguido vai ser idêntico ao que rege a entidade homónima de Hong Kong, mas com adaptações às circunstâncias específicas de Macau

 

A futura Academia Médica local vai ter como referência o modelo de Hong Kong adaptado à situação do território. A ideia é dada por um comunicado dos Serviços de Saúde (SS) que referem que “o conteúdo do planeamento básico terá como referência o modelo da Academia Médica de Hong Kong, mas não será integralmente aplicado, uma vez que poderá não ser coerente com a situação real em Macau”. Assim sendo, “haverá ajustamentos após audição das opiniões dos departamentos de especialidades hospitalares”, lê-se no documento dos SS.

Um dos desafios na criação da Academia Médica prende-se com os critérios de reconhecimento dos especialistas antigos.

De acordo com o director dos Serviços de Saúde, Lei Chin Ion, os médicos privados de Macau começaram por ser, na sua maioria, provenientes do Interior da China onde já tinham realizado trabalhos especializados em hospitais no continente sem, no entanto, obedecerem a um regime de formação especializado. “Estes médicos após ingressarem em Macau e exercerem em clínicas privadas, será que podem ou não receber a qualificação de médico especializado?”, questiona-se no comunicado.

Para o também presidente do Conselho para os Assunto Médicos, esta é uma questão que merece uma resposta cautelosa, isto para que “a futura Academia Médica defenda princípios rigorosos e de reconhecimento, devendo ter critérios de avaliação ao lidar com questões de reconhecimento de especialistas antigos”.

 

Passos pausados

O primeiro passo para a criação da Academia Médica é a criação de um sistema unificado de regime de formação especializada em medicina, bem como a coordenação de programas de internatos médicos complementares. O objectivo é a promoção e o reconhecimento de qualificação de médicos especialistas e a formação contínua deste tipo de quadros qualificados.

A proposta de lei do Regime de Qualificação e Inscrição para o Exercício da Actividade dos Profissionais de Saúde, cuja consulta pública e do sector já terminou, está agora em fase de produção legislativa.

Lei Chin Ion, recorda que o hospital público de Macau possuí um regime de internatos médicos complementares “muito maduro, que funciona há mais de 20 anos, e que tem como modelo de formação referências do sistema português”. Já o Hospital Kiang Wu, que também possui internatos médicos complementares, tomou como referência o modelo de formação do continente. De acordo com o responsável, existem diferenças entre este dois modelos, sendo que com a futura Academia Médica, “será possível organizar um trabalho comum de internatos complementares entre o sector público e privado, permitindo que o regime de formação seja implementado de uma forma mais regular e ordenada”.

25 Jun 2018

Saúde | Vales electrónicos disponíveis a partir de dia 1 de Maio

Os vales de saúde electrónicos passam a estar disponíveis a partir do próximo dia 1 de Maio. A medida exige apenas a apresentação do BIR aos médicos e vai permitir um maior controlo no que respeita a irregularidades. Para este ano está previsto um investimento de cerca de 25,3 milhões de patacas para implementar o sistema de comparticipação

 

[dropcap style≠’circle’]E[/dropcap]ntra em funcionamento já no próximo dia 1 de Maio o programa de vales de saúde electrónicos. A informação foi reiterada ontem pelos Serviços de Saúde em conferência de imprensa. De acordo com entidade, a iniciativa vai facilitar o uso da ajuda do Governo e combater as irregularidades que se têm vindo a registar nos últimos anos com os vales de saúde.

“Através dos vales electrónicos podemos identificar in loco e também em tempo real os dados dos clientes”, começa por dizer a responsável da Unidade Técnica de Licenciamento das Actividades e Profissões Privadas de Prestação de Cuidados de Saúde, Leong Pui San.

Por outro lado, esta verificação imediata irá ser eficaz “para evitar as situações de falsificações de vales”, disse.

Não obstante, os SS vão ainda melhorar os serviços de fiscalização de modo a combater as situações irregulares de uso e falsificação dos vales de saúde.

Para utilizar esta inovação, o residente permanente só tem de apresentar o seu BIR. Cada vale tem o valor de uma pataca e o montante total do apoio pode chegar a um máximo de 600 patacas. Tal como no sistema de vales em papel, podem ser feitas transferência de valores entre beneficiários, desde que se tratem de pais, filhos e cônjuges, referiu Leong Pui San.

Se até agora a utilização desta ajuda do Governo tinha de ser realizada no prazo de um ano, a partir da próxima semana e com a nova modalidade, os utentes têm dois anos para usufruir do apoio.

Mensalidade para privados

No que respeita às entidades médicas privadas que queiram adoptar o sistema de desconto electrónico, depois de pedirem a respectiva autorização para o uso dos equipamentos, têm ainda de pagar 550 patacas mensais. O pagamento corresponde ao aluguer dos equipamentos necessários para a leitura e desconto do valor do vale. De acordo com os SS, até à data, já há 629 candidaturas profissionais, enquanto que o número de equipamentos instalados é de 420.

O orçamento para pôr em actividades o novo plano de comparticipação do Executivo nos cuidados médicos é de 25,396 milhões de patacas. Apesar de ser superior aos cerca de 17 milhões de patacas gastos em 2017 ainda dentro do sistema de vales em papel, os SS preveem que em 2019 o orçamento baixe para os 14.2 milhões de patacas. O aumento que se regista este ano explica-se com a necessidade de “investimento em equipamentos electrónicos, software e gastos administrativos”, referiu Leong Pui San.

No que respeita a valores implicados na ajuda, estima-se que possam chegar quase aos 410 milhões de patacas.

Desde que o sistema de apoio entrou em vigor, em 2009, mais de 90 por cento dos residentes permanentes utilizaram os vales de saúde.

Os excluídos

Ficam impossibilitadas de participar no programa de vales de saúde electrónicos as 39 clínicas privadas suspeitas de terem cometido irregularidades no passado. “Estas clínicas já não podem aderir mais a este programa” apontou ontem a responsável da Unidade Técnica de Licenciamento das Actividades e Profissões Privadas de Prestação de Cuidados.

De modo a combater as infracções nas clínica privadas, com a entrada em vigor do novo sistema electrónico as clinicas e policlínicas não se podem também candidatar ao sistema, ficando a candidatura entregue aos profissionais de saúde.

27 Abr 2018

OMS | Macau vai ter equipa de resposta a emergências acreditada

Dentro de um ano e meio, Macau poderá ter uma equipa de resposta a emergências acreditada pela Organização Mundial de Saúde. De acordo com Lei Chin Ion, a candidatura já está feita e, findo o processo, será a terceira equipa acreditada da China

[dropcap style≠‘circle’]M[/dropcap]acau vai ter uma equipa de resposta a emergências acreditada pela Organização Mundial de Saúde (OMS). O anuncio foi feito ontem pelo director dos Serviços de Saúde, Lei Chin Ion, na conferência “Respostas de Emergência e Partilha de Experiências e Capacitação” que teve lugar em Coloane. “Estamos a preparar uma equipa de emergência que esperamos ser acreditada pela OMS”, revelou o responsável.

A candidatura para os procedimentos de certificação já foi entregue, e o processo deverá estar concluído dentro de um ano e meio, referiu Lei Chin Ion.

A equipa será formada por voluntários, todos residentes de Macau e inclui médicos e enfermeiros, técnicos especialistas em emergência e resgate, paramédicos, e pessoal para a parte logística, esclareceu o director dos Serviços de Saúde.

O objectivo desta formação especializada é responder a situações de desastre na região da Ásia Pacífico e deverá estar acreditada até ao final do próximo ano. Além de pretender ser um corpo preparado para responder aos cenários de emergência locais, a ideia é ser também uma força pronta a dar o devido apoio aos países vizinhos quando necessário.

Dentro dos três níveis de equipas de emergência, que têm como função a resposta a catástrofes, acreditados pela OMS, Macau insere-se no nível que diz respeito a um corpo de intervenção médica capaz de atender até 100 utentes em regime ambulatório e que dá assistência às equipas das restantes duas categorias encarregues de realizar cirurgias, criar tendas médicas e hospitais de campanha em desastres.

Macau, um exemplo

A conferência contou com a presença de representantes da OMS. A directora regional para a Segurança da Saúde e Emergências da OMS, Li Ailan, considerou que “quando acontecem desastres, e é pedida ajuda à organização internacional, esta pode demorar algum tempo e, como tal, é necessário ter equipas prontas perto das regiões afectadas”, apontou.

Por outro lado, a responsável entende ainda que o território já tem provas dadas. De acordo com Li, Macau mostrou ter capacidade de resposta a catástrofes e representa uma boa ajuda para territórios terceiros na eventualidade de acontecerem casos semelhantes. “No caso do Tufão Hato e no que diz respeito aos Serviços de Saúde locais, Macau mostrou ter capacidade para lidar com a situação”, começou por dizer. A responsável acrescentou ainda que o território “tem a capacidade para ajudar outros países”, sublinhou a responsável.

Esta será a terceira equipa da China acreditada pela entidade internacional.

No olho do tufão

Na cerimónia de abertura do encontro “Respostas de Emergência e Partilha de Experiências e Capacitação” foi ainda destacada a importância de Macau, não só em termos de resposta a emergência, como pelo facto de estar situado numa das zonas mais delicadas da Ásia Pacífico quando se fala de calamidades.

O alerta foi dado pelo responsável da equipa médica de Emergência e de Operações de Emergência da OMS, Ian Norton. “Fiquei chocado quando estava a fazer pesquisa e verifiquei que a zona do Delta é sítio mais perigoso da região quando se fala de tempestades e de cheias, e Macau está no centro desta região”, disse o responsável.

De acordo com Ian Norton “a Ásia Pacífico e o Sudeste Asiático representam 80 por cento dos desastres naturais em todo o mundo”.

A ideia foi corroborada pela directora regional para a Segurança da Saúde e Emergências da OMS. Para Li Ailan “é inevitável o surgimento de desastres naturais nesta região”, sendo que a solução para responder a calamidades passa, necessariamente, pela colaboração entre os recursos disponibilizados e preparados das várias regiões desta zona.

9 Abr 2018

Idosos | Serviços médicos em lares à experiência a partir deste mês

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap]s Serviços de Saúde e o Instituto de Acção Social vão lançar, este mês, um projecto piloto que prevê a introdução de serviços médicos em lares de idosos. Para a primeira fase do projecto foi escolhido o Complexo de Serviços de Apoio ao Cidadão Sénior “Pou Tai”.

Ao abrigo do programa vão ser facultados cuidados a idosos que tenham sido atendidos nas Urgências ou tenham estado internados no Centro Hospitalar Conde de São Januário (CHCSJ) em especialidades como Geriatria, Medicina Interna, Psiquiatria, Urgências e Medicina Física.

No ano passado, aproximadamente 200 idosos recorreram ao serviço de urgência, enquanto 100 foram internados, afirmou ontem o chefe do serviço de Geriatria do CHCSJ, Lo Iek Long, em declarações à Rádio Macau à margem do programa Fórum Macau da Ou Mun Tin Toi.

Após a fase piloto, os Serviços de Saúde e o Instituto de Acção Social vão avaliar a eficácia do programa, sendo o objectivo alargá-lo, de forma gradual, aos 11 lares financiados pelo Governo.

“Depois de obter essa experiência é que nós podemos prever o futuro. Temos de prever de acordo com a prática, de acordo com a eficácia e também o investimento recursos”, afirmou.

Segundo o mesmo responsável, existe uma equipa de quatro profissionais (dois enfermeiros e dois médicos) dedicadas em exclusivo a este serviço. Um eventual aumento dos recursos humanos, referiu, vai depender desta experiência.

15 Mar 2018

Saúde | Número de cadáveres por reclamar cresce nove vezes num ano

O número de corpos por reclamar no ano passado foi de 18, o que representa um aumento de nove vezes o valor de 2016, quando apenas tinham ficado por reclamar dois corpos. A maior parte são de residentes de Macau e do Interior da China

 

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] número de cadáveres por reclamar junto dos Serviços de Saúde de Macau cresceu nove vezes de 2 cadáveres, em 2016, para 18, no ano passado. Este é um número que ganha especial relevo, devido ao facto do número para o ano de 2015 ter sido igual ao de 2016, ou seja, apenas dois corpos em cada um dos anos ficaram por reclamar.

“No Centro Hospitalar Conde São Januário [CHCSJ] ficaram por reclamar: dois cadáveres em 2015, dois cadáveres em 2016 e 18 cadáveres em 2017”, responderam os SSM, ao HM, após terem sido questionados sobre o assunto.

Em relação aos dados sobre os corpos não reclamados, o Governo diz que são “principalmente residentes de Macau e do Interior da China”, com uma média de idades de “43 anos”. No entanto, a proporção de corpos de pessoas com o passaporte de Macau e do Interior da China não é especificada. De acordo com a resposta do Governo, não houve assim cadáveres de cidadãos com nacionalidade portuguesa por reclamar.

Este é um aumento que se regista, apesar do número de mortos ter sofrido uma quebra entre 2016 e 2017, do total de 2.248 mortos para 2.120, no ano passado. Mesmo em 2015, o número de mortos tinha sido mais reduzido, tendo ficado nos 2.002 mortos.

Os números agora avançados, ajudam a explicar o aumento recente dos avisos, por parte do Governo, a apelar para que determinados cadáveres de mortos sejam reclamados.

Prazo de sete dias

Quando um corpo fica por reclamar o Instituto de Acção Social encarrega-se de tratar das questões ligadas ao enterro ou cremação do corpo. “Se o cadáver não for levantado pela sua família no prazo de 7 dias [após um anúncio do Gabinete de Comunicação Social], considera-se a situação como cadáver não reclamado. A Conservatória do Registo Civil é notificada e é solicitado o apoio do Instituto de Acção Social (IAS) para as exéquias de morte”, explicaram os SSM, ao HM.

No entanto, quando há suspeitas de ter havido a prática de um crime, existe primeiro uma investigação. Nestes casos após o apuramento dos factos, quando a família não reclama o corpo, é o órgão judicial que pede ao CHCSJ que dê início aos procedimentos necessários, que depois passam pela notificação da Conservatória do Registo Civil e pelo IAS.

Além destas situações, acontece ainda haver cadáveres não reclamados originados por mortes fetais. Neste casos, na maior parte das situações, as famílias recebem o certificado médico do óbito do feto, mas não registam a morte na conservatória, o que impede um futuro contacto. “De um modo geral, são casos de não residentes que saíram de Macau após o parto”, explicaram os SSM, ao HM.

27 Fev 2018

Saúde | Terceira vítima mortal de gripe desde o início do ano

Um homem de 68 anos morreu na madrugada de Sábado, tornando-se na terceira vítima mortal da gripe desde o início do ano, indicaram os Serviços de Saúde

 

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] sexagenário, que se encontrava em estado crítico, apresentou os primeiros sintomas no dia 8 de Fevereiro e, cinco dias depois, foi internado no Hospital Kiang Wu. Mais tarde, acabou por ser transferido para o Centro Hospitalar Conde de São Januário (CHCSJ), “com problemas respiratórios e com necessidade de auxílio respiratório por meios mecânicos”. O homem, que testou positivo para a gripe B, foi diagnosticado com pneumonia dupla e septicemia, de acordo com um comunicado dos Serviços de Saúde.

Trata-se da terceira vítima mortal em Macau, desde o início do ano, devido a complicações causadas pela gripe, depois da morte, a 29 de Janeiro, de uma criança de quatro anos e de um homem, de 90 anos, na passada quarta-feira.

Os Serviços de Saúde fizeram ainda um ponto de situação, até sábado, relativamente a três casos críticos: um homem, de 45 anos, que estava internado nos cuidados intensivos do CHCSJ que apresentava melhorias; a par de dois outros, de 64 e 83 anos, ambos internados nos cuidados intensivos do Kiang Wu e a precisar ainda do apoio do ventilador.

Nem os três pacientes que faleceram nem os que se encontram em estado crítico foram vacinados contra gripe.

A situação da gripe em Macau ainda “mantém um nível alto”, “apesar de se ter registado uma diminuição ligeira”, indicaram os Serviços de Saúde, apelando à tomada de medidas de prevenção atendendo, em particular, ao facto de as aulas serem retomadas esta semana na maioria das escolas. Desde o início do ano, até ao meio-dia de sábado, foram registados 45 casos de gripe acompanhados de pneumonia ou de outras complicações.

‘Stock’ em baixa no privado

Depois de terem adquirido 120 mil doses de vacina contra a gripe para 2017/2018, os Serviços de Saúde decidiram reforçar as doses ainda existentes, que eram menos de cinco mil no final de Janeiro, tendo sido feita uma encomenda adicional de 40 mil. No entanto, no sector privado o cenário é de défice, segundo o South China Morning Post (SCMP).

De acordo com o jornal, a escassez da vacina nas clínicas privadas de Hong Kong levou os residentes a atravessarem a fronteira até Macau, em particular face à advertência das autoridades para a possibilidade de um eventual surto de gripe com a reabertura das escolas, mas sem grande sorte. Nove clínicas privadas de Macau contactadas pelo SCMP indicaram não ter vacinas contra a gripe em ‘stock’.

26 Fev 2018

Serviços de Saúde | Disponibilizados mais locais para vacinação no Kiang Wu e MUST

[dropcap style≠’circle’]D[/dropcap]esde ontem que os residentes têm mais opções de locais para levarem as suas vacinas. De acordo com um comunicado dos Serviços de Saúde (SS), estarão também disponíveis postos de vacinação no CHCSJ, no Hospital Kiang Wu, nas consultas externas do Hospital Universitária de Ciência e Tecnologia e nas Clínicas dos Operadores, com vacinação gratuita e sem marcação.

Os SS apontam que desde os finais de Janeiro que se regista uma subida da taxa de vacinação “com uma média de cerca de 400 residentes por dia, tendo ultrapassado uma média de 4,000 residentes por dia aquando do período de pico”. Tal causou “um grande impacto no funcionamento dos postos de vacinação”, explica o comunicado.

Nos últimos dias “os centros de saúde têm registado uma descida para uma média de cerca de 700 residentes por dia”. Os SS já têm um total de 165 mil vacinas disponíveis, sendo que 127 mil residentes já foram vacinados. O pico da gripe deverá manter-se nas próximas semanas, existindo a possibilidade “de ocorrência de uma segunda onda de gripe após os feriados de novo ano chinês”.

20 Fev 2018

Escolas não precisam de antecipar férias por causa da gripe

[dropcap style≠‘circle’]O[/dropcap]s Serviços de Saúde (SS) adiantam, em comunicado, que a situação da gripe está controlada e que não é necessário antecipar as férias do ano novo chinês, como sugeriu um residente. “Os SS afirmam que a actual situação da gripe ainda está num nível esperado”, sendo que a taxa de vacinação permanece alta. Além disso, “os dados revelam a diminuição ligeira da gripe em Macau”.

O comunicado explica que “ainda existem vagas nas consultas externas, nas urgências”, além de existirem “camas disponíveis em diversas instituições médicas”. “Em articulação com a Direcção dos Serviços de Educação e Juventude (DSEJ) os SS emitiram orientações de suspensão escolar, devido à influenza, para todas as escolas. No actual contexto foi decidido que as escolas ainda não precisam de antecipar as férias devido à epidemia da gripe.”

Numa semana “a proporção e o número de atendimento de pacientes adultos com gripe que recorrem às urgências do Centro Hospitalar Conde de São Januário (CHCSJ) passou de um nível elevado para um nível mais baixo”, sendo que “a proporção de pacientes infantis ainda é elevada”, ainda que com uma redução na última semana.

“Como Macau se encontra no período de pico da gripe não se pode excluir a possibilidade de aparecimento de infecções colectivas, sejam elas familiares ou escolares. Nem se pode excluir a possibilidade de aparecimento de casos graves de gripe e até casos mortais. Daí que os SS apelam a que os residentes cumpram de forma rigorosa as medidas de prevenção”, conclui o comunicado.

6 Fev 2018