Hoje Macau SociedadeComércio | Sector perdeu mil empregos no fim de 2021 O emprego no comércio por grosso e a retalho registou, no último trimestre do ano passado, uma quebra de 1,7 por cento face ao período homólogo. A informação foi revelada ontem pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC), em comunicado. O comércio por grosso e a retalho empregava no final do ano passado 62.624 trabalhadores, o que significa que se perderam mais de 1.000 empregos face ao final de 2020, quando estavam empregadas cerca de 61.560 pessoas no sector. Apesar da redução de trabalhadores, a estatística indica que os salários cresceram 3,9 por cento face a Dezembro de 2020, para cerca de 13.980 patacas por mês. O sector mais afectado pela destruição de emprego foram as “actividades de segurança”. No final do ano passado, esta actividade empregava 13.028 funcionários, menos 3,6 por cento do que no final de 2020, quando o número de empregados era 12.559. No total, os dados da DSEC, permitem calcular que foram destruídos 469 postos de trabalho. No sentido contrário, os salários conheceram um crescimento de 2,2 por cento, para 13.580 patacas por mês. No pólo oposto, o número de empregados no sector das actividades de tratamento de resíduos sólidos e líquidos públicos teve um crescimento de 1,7 por cento para 956 trabalhadores. Porém, neste sector, houve os ordenados diminuíram 3,6 por cento. “Os trabalhadores a tempo inteiro tiveram uma remuneração média de 18.020 patacas em Dezembro de 2021, equivalendo a uma descida de 3,6 por cento, em termos anuais”, informou a DSEC.
Paul Chan Wai Chi Um Grito no Deserto VozesOs três vírus mais perigosos Em 2022, Ano do Tigre, segundo o horóscopo chinês, a situação global e a de Macau não melhoraram. Pelo contrário, o impacto dos vírus tornou-se ainda mais devastador. O mais perigoso destes três vírus é sem dúvida o Ómicron, a mais recente variante da Covid-19, que continua a sofrer mutações e a adaptar-se para mais eficazmente se transmitir de hospedeiro para hospedeiro. Apesar de as pessoas estarem vacinadas contra a Covid-19, não ficam imunes ao vírus, embora as vacinas possam reduzir drasticamente a gravidade da doença. É sabido que houve um grande surto de Ómicron na vizinha Hong Kong, e os Governos de Zhuhai e de Macau ficaram extremamente preocupados com a rápida propagação das infecções. Ainda não se sabe se Macau vai ter capacidade para fugir a esta vaga, mas estes acontecimentos provocam inevitavelmente ansiedade na população. A melhor forma de lidar com o impacto da Covid-19 é encarar a situação com um espírito positivo. Em primeiro lugar, pelo que tenho sabido, a variante Ómicron é menos agressiva. O que me preocupa sobretudo é o clima de pânico e as consequências que pode ter na economia. O Governo da RAE de Macau fez um trabalho bastante positivo no que respeita à prevenção e controlo da pandemia e a percentagem de pessoas vacinadas continua a aumentar. Desde que o Governo consiga evitar a propagação da variante Ómicron junto da comunidade local, que poderá ser contagiada por turistas ou residentes regressados do estrangeiro, continue a testar toda a população em caso de alerta e vá encorajando os cidadãos a tomar a terceira dose da vacina, acredito que o vírus acabe por sucumbir após um período de mutações sucessivas. No entanto, o atraso por parte do Governo na tomada de decisões concretas para “estabilizar a economia e proteger o estilo de vida das pessoas” é a questão mais preocupante. As reservas do Governo da RAEM destinam-se a situações urgentes. Desde que ajudem os cidadãos a sobreviver à fase final da pandemia, acredito que amanhã será outro dia. No entanto, os “vírus políticos” são mais assustadores do que a Covid-19. Enquanto as economias e os mercados globais estão a ser fortemente atingidos pela terrível pandemia, a Rússia enviou tropas para invadir a Ucrânia em vez de ter optado pelo diálogo e por negociações, uma violação da soberania ucraniana e da independência do país. Os argumentos da Rússia não fazem qualquer sentido. A política é complicada, e a guerra não deve ser encarada como solução para problemas de ordem política (os anos de conflito militar entre Israel e a Palestina são disso exemplo), caso contrário o Governo passa pura e simplesmente a ser constituído por militares, sem que haja necessidade de políticos para intervirem em favor dos mais desfavorecidos. Se os diferendos internacionais forem resolvidos de acordo com a “lei da selva”, onde só o mais forte sobrevive, a extinção da humanidade será apenas uma questão de tempo. A Liga das Nações foi criada depois da I Guerra Mundial e as Nações Unidas após o final da II Guerra, com o intuito de unir os países que buscam a paz mundial, que recorrem ao direito internacional para travar a violência e a agressão e que tentam impedir que a humanidade enfrente o horror de uma III Guerra Mundial. Assim, é de crucial importância que venha a haver intervenção e mediação internacionais para resolver o conflito entre a Rússia e a Ucrânia. As negociações que visam a restauração da paz devem ser retomadas, e não nos podemos esquecer que a unidade faz a força. O esforço conjunto de toda a humanidade é a forma mais eficaz de destruir os “vírus políticos”. O último vírus, e de longe o mais assustador, é o “vírus mental”. Segundo a Bíblia, o primeiro assassinato foi cometido devido à inveja, um vírus mental que matou inúmeros inocentes ao longo da História. Quando a ideologia se torna extremista, o assassínio torna-se um acto inconsciente. Os nazis mataram os judeus, as tropas japonesas dizimaram soldados e civis chineses no Massacre de Nanjing. Estes assassinos sucumbiram ao “vírus mental”. A religião e a edificação moral são dois antídotos importantes que impedem os homens de se tornarem verdadeiros “zombies”. A Igreja Católica sublinha que são a “consciência da sociedade”, falando em nome dos mais desfavorecidos e contra as injustiças, ferramentas que evitam a ocorrência de todo o tipo de fenómenos irracionais. Todas as outras grandes religiões acreditam na compaixão, na paz e no amor para ajudar o mundo e os pobres. A importância social da Igreja não pode ser ignorada. Mas aqueles que não têm crenças religiosas, também podem encontrar o caminho para a coexistência e para a partilha através dos pensamentos edificantes de filósofos orientais e ocidentais. Depende apenas de haver vontade de aprender e de pôr esses conhecimentos em prática. A pandemia irá acabar mais cedo ou mais tarde e as políticas continuarão a mudar. Desde que os vírus ideológicos sejam eliminados, haverá esperança para a humanidade e possibilidade de vir a desfrutar a felicidade.
João Santos Filipe Manchete SociedadeCovid-19 | Testes a grupos de contacto com infectada deram todos negativo Os mais de 170 mil testes realizados nos últimos dias tiveram todos resultado negativo. Apesar disso, o território registou mais dois casos importados assintomáticos, o que significa que o número de positivos desde o início da pandemia se mantém em 82 casos Todos os testes realizados após a entrada no território de uma mulher do Interior infectada com covid-19 deram resultado negativo. O anúncio foi feito na sexta-feira pelo Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus, que indicou terem sido testadas 28.861 pessoas. A pessoa infectada é originária da Vila de Tanzhou da Cidade de Zhongshan da Província de Guangdong e deslocava-se frequentemente a Macau, onde as autoridades suspeitam que praticava actividades de comércio paralelo. Por isso, após o caso ter sido detectado, foram impostos teste em massa para três grupos: indivíduos que saíram ou entraram em Macau por mais de 4 vezes, nos dias 25, 26, e 27 de Fevereiro; pessoas com percurso comum com a mulher que testou positivo e ainda indivíduos que entraram ou saíram pelas Portas do Cerco entre os dias 25 e 27 de Fevereiro. Além dos testes ao grupo de contacto, o Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus apontou que desde 28 de Fevereiro até sábado tinham sido realizados 142.070 testes de ácido nucleico em outros postos, também todos com resultados negativos. Importações vizinhas O Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus anunciou no sábado mais dois casos importados, que não entram nas estatísticas por serem assintomáticos. Os casos dizem respeito a uma residente de Macau e uma cidadã das Filipinas, que vieram de Hong Kong e acusaram positivo no teste de ácido nucleico. Não existe qualquer relação entre as duas pessoas infectadas. A mulher local tem 46 anos e tinha sido inoculada com duas doses da vacina Sinopharm, em Junho e Julho de 2021, e ainda uma dose de vacina Sinovac em Hong Kong. Entrou em Macau, depois de ter apanhado um autocarro dourado às 12h de 4 de Março. Foi encaminhada para o Centro Clínico da Saúde Pública de Alto de Coloane para isolamento médico. Por sua vez, a empregada doméstica, de 36 anos de idade, recebeu 2 doses da vacina Sinovac em Julho e Agosto de 2021. Entrou em Macau, por volta das 19h do dia 19 de Fevereiro num veículo privado. A mulher é acompanhante e cuidadora do caso da infecção assintomática confirmado no dia 1 de Março, uma criança com 6 anos. Por isso, já estava desde 2 de Março no Centro Clínico de Saúde Pública de Alto de Coloane. Até ontem tinham sido registados no território 82 casos confirmados de Covid-19 e 41 casos de infecção assintomática.
João Santos Filipe Manchete SociedadeCovid-19 | SSM sem base científica para critérios de quarentenas Pela segunda semana consecutiva, a médica Leong Iek Hou foi incapaz de avançar com uma justificação para a diferença de quarentenas para quem vem de Hong Kong ou do resto do mundo. Ontem, a RAEHK registou 56.827 casos, contra 8.833 em Portugal Os Serviços de Saúde estão a analisar uma redução das quarentenas para quem vem para Macau do estrangeiro. No entanto, não conseguem justificar cientificamente o facto de exigirem 14 dias de quarentena para quem chega de Hong Kong e 21 dias para pessoas vindas do estrangeiro. Pela segunda semana consecutiva, Leong Iek Hou, médica e coordenadora do Centro de Coordenação e de Contingência do novo tipo de coronavírus, foi confrontada sobre os critérios científicos que justifiquem a diferença de quarentenas e pela segunda vez não respondeu. Em vez disso, acenou com o “fantasma” do perigo vindo de fora, mesmo que tenha reconhecido que a situação em Hong Kong deixou de ser estável e é grave. “A nível mundial, e ao dia de hoje, a situação epidémica é muito grave, na Europa, na América e nos outros países do Sul da Ásia. Por isso, continuamos a exigir um prazo de quarentena de 21 dias”, justificou. “Estamos a monitorizar as novas situações, para ver se há possibilidade de ajustar os prazos de quarentena, nomeadamente reduzir o prazo de 21 dias para 14 dias”, acrescentou. Sobre a situação de Hong Kong, ontem as autoridades anunciaram a existência de 56.827 casos positivos de covid-19. Um recorde desde o início da pandemia. Para fazer uma comparação, Portugal teve no dia 2 de Março, os dados mais recentes à hora da publicação, 8.833 ocorrências. Leong Iek Hou mencionou ainda que para haver um ajustamento das quarentenas era preciso “verificar o período de incubação, dos casos confirmados nos últimos 14 dias”. Diferença de critérios Se, por um lado, para reduzir as quarentenas, Leong Iek Hou precisou de destacar que é necessário estudar o período de incubação para os casos mais recentes importados em Macau, por outro, não teve dúvidas em balizar o período de quarentena para quem vem de Hong Kong. A diferença foram alguns minutos de conferência de imprensa e uma pergunta diferente. “A ómicron, com base nos dados que dominamos, tem um período de incubação de três a cinco dias. Em alguns casos, o período de incubação pode chegar a 14 dias, mas normalmente é dentro dos 14 dias. Só em casos excepcionais, o período de incubação pode ultrapassar esses 14 dias, como aconteceu na China”, indicou. “Hong Kong está numa situação muito grave, mas a percentagem dos casos positivos vindos de HK é de 2,6 por cento”, acrescentou. A taxa de casos positivos vindos de fora não foi apresentada. Também sem explicação científica, ficou o facto de os casos “excepcionais” com um período de incubação superior a 14 dias terem sido detectados na China, mas a medida de quarentena de 21 dias ser aplicada a quem vem do estrangeiro. Minutos depois do final da conferência semanal, os SSM revelaram ainda a existência de mais um caso importado de Hong Kong, de um residente com 53 anos, que tinha duas doses da vacina Sinopharm. Sem apresentar sintomas, o caso não entra para a estatística oficial. Até ontem, Macau declarava a existência de 82 casos confirmados de COVID-19. Por outro lado, houve 38 casos de infecção assintomática, que não entram nas estatísticas. Critérios apertados O Governo anunciou que quem desejar visitar lares da terceira idade vai ter de fazer um teste a cada 48 horas, no caso de não estar vacinado. A novidade foi avançada ontem por Choi Sio Un, chefe do Departamento de Solidariedade Social do Instituto de Acção Social. No caso de terem duas doses das vacinas de covid-19, o teste é pedido para cada sete dias. Choi explicou também que neste momento há 1.000 idosos nos lares que não querem ser vacinados, apesar de estarem aptos.
Andreia Sofia Silva PolíticaGoverno prepara planos de emergência para eventual surto pandémico Numa sessão de intercâmbio para o balanço e apresentação de perspectivas da acção governativa”, que decorreu no sábado no edifício do Fórum Macau, a secretaria para os Assuntos Sociais e Cultura, Elsie Ao Ieong U, referiu que “tendo em conta a situação epidémica grave em Hong Kong e, o facto de Macau e Hong Kong estarem muito próximos, é preciso estar em alerta permanente sobre a evolução da situação”. Como tal, “o Governo da RAEM encontra-se a elaborar planos de emergência”. Por sua vez, o Chefe do Executivo, Ho Iat Seng, adiantou que as autoridades prometem “empenhar-se na elevação da taxa de vacinação dos residentes, no sentido de construir imunidade comunitária e reforçar o sistema de prevenção e controlo da epidemia”. Pretende-se ainda “consolidar o mecanismo de prevenção e controlo conjunto a nível inter-regional”. Planos para 2022 O secretário para a Segurança, Wong Sio Chak, frisou que este ano “serão desencadeadas trabalhos nos âmbitos de defesa da segurança nacional, de implementação e aplicação da lei”. O secretário para os Transportes e Obras Públicas, Raimundo do Rosário, acrescentou que irá avançar o projecto de concepção e execução das obras dos edifícios destinados aos tribunais de Última Instância, Segunda Instância e Judicial de Base e da estação do Posto Fronteiriço da Flor de Lótus. Além disso, serão iniciados os trabalhos de elaboração do “Planeamento Geral do Trânsito e Transportes Terrestres de Macau (2021-2030)”, para construir “uma rede de transportes em conjugação com o sistema pedonal de lazer, o Metro Ligeiro, os autocarros públicos, entre outros meios de transporte”. Ho Iat Seng acrescentou que 2022 será um ano “crucial para o Governo aproveitar as oportunidades resultantes da estratégia de desenvolvimento nacional”. Destacando a revisão da lei do jogo e a aposta na diversificação económica através de sectores como finanças e turismo de saúde, o governante referiu também a importância de realizar uma “promoção pragmática” da construção da Zona de Cooperação Aprofundada com Hengqin. Neste sentido, Ho Iat Seng considera necessário “acelerar os trabalhos de articulação dos sistemas financeiros e jurídicos em matéria civil e comercial”.
Paul Chan Wai Chi Um Grito no Deserto VozesOs últimos 1000 metros Qual é a diferença entre o último quilómetro e os últimos 1000 metros? A distância é a mesma, mas a unidade de comprimento é diferente. Se apenas nos for permitido usar o quilómetro para descrever a distância que nos separa do fim da era Covid-19, em vez de a ela nos referirmos como 1000 metros, estaremos perante um problema. O pensamento rígido e a insistência ideológica são vírus mais mortais para a humanidade do que a Covid-19. Macau está plenamente consciente da sua forma particular de sobrevivência. O que permitiu a Macau sobreviver à administração portuguesa e à liderança da China continental foi a sua “flexibilidade”. Sempre que uma medida política não era favorável a Macau, o Governo local tentava minimizar os efeitos negativos e lutava para encontrar possibilidades de crescimento e de desenvolvimento da pequena cidade. O planeamento sempre foi o sonho dos políticos, mas a sobrevivência é aquilo de que os cidadãos precisam. Não podemos deixar de comer por existir a hipótese de nos engasgarmos. Se isso acontecer, cuspimos o pedaço que ficou preso na garganta e continuamos a comer para sobreviver. As pessoas que vivem constantemente com medo e ansiedade ou se tornam inseguras, sofrendo de nervosismo, ou encontram uma saída. Os problemas que afligem a vizinha Hong Kong são um bom exemplo desta situação. Para lidar com a Covid-19, adoptou-se a estratégia de “prevenção da importação de casos de Covid-19 e da sua propagação na comunidade”, acrescida da vacinação e da melhoria das condições sanitárias gerais para reduzir os impactos da pandemia. Todos sabemos que o novo coronavírus não pode ser erradicado, que se vai adaptar ao meio ambiente e sofrer constantes mutações. Obter o “número de infecções Zero” e “coexistir com a Covid-19” são duas medidas que estão a ser implementadas e não existe conflito entre elas. Quando a epidemia surgiu em Hong Kong há dois anos, os peritos de saúde propuseram ao Governo local que a cidade ficasse confinada, para impedir a entrada de pessoas infectadas. Se essas medidas de controlo tivessem sido implementadas, Hong Kong não estaria agora na situação em que se encontra. Se compararmos a abordagem dos Governos de Hong Kong e de Macau na resposta à pandemia, compreendemos que o Governo de Macau é digno de louvor. Porque o Governo de Macau foi capaz de pensar na corrida até ao final da epidemia, como a prova dos últimos 1.000 metros e não como a prova do último quilómetro. Quando visualizamos um quilómetro surge-nos uma entidade unitária, difícil de ultrapassar enquanto tal, ao passo que 1.000 metros são constituídos por muitas pequenas parcelas. O Governo avança uns poucos metros todos os dias e, mais cedo ou mais tarde, completará os 1.000 metros. Durante as celebrações do Ano Novo chinês, o Governo de Macau deu o seu melhor para oferecer as mais variadas actividades à comunidade, como a Feira das Vésperas do Ano Novo Lunar, do fogo de artificio e da Parada de Celebração do Ano do Tigre. Depois, ainda tivemos a “Maratona de Concertos Amor Infinito” que deu trabalho a dezenas de artistas locais e a outros profissionais. Além disso, a Cerimónia de imposição de Medalhas e Títulos Honoríficos do Ano 2021 da RAEM foi retomada sob o signo de um entendimento cauteloso. O vírus afecta a saúde das pessoas, mas a infecção pode ser curada. No entanto, as políticas erradas destroem a estabilidade social, muito mais difícil de restaurar. Em Macau, durante o Ano Novo Chinês, um leitão assado foi avaliado em 388 patacas, que é um preço muito baixo. Isto aconteceu porque muitas refeições festivas foram canceladas ou adiadas, e por isso os restaurantes que já tinham encomendado muitos leitões assados tiveram que vendê-los com grandes descontos. Macau não proibiu as “reuniões de grupos” nem a utilização dos “espaços interiores dos restaurantes” porque o pânico em torno da pandemia pode destruir a vida do dia a dia. Para que o pânico seja ultrapassado, o Governo deve garantir o estilo de vida das pessoas para além de tomar medidas de prevenção da epidemia. Tem de consolidar a confiança dos cidadãos e tomar medidas concretas para ajudá-los a vencer passo a passo os últimos 1.000 metros da corrida contra a pandemia. Embora Hong Kong seja uma bela cidade, não é um modelo a seguir.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Hong Kong autoriza equipas da China a prestar apoio médico de emergência Hong Kong autorizou hoje médicos e enfermeiros da China a prestar “apoio de emergência necessário” para reforçar um sistema de saúde local sobrecarregado pelo “enorme aumento de novos casos de covid-19″ diário. As autoridades de Hong Kong disse ter adotado “um quadro jurídico” para que o Governo chinês “preste o apoio de emergência necessário (…) de forma mais eficiente e rápida”, de acordo com um comunicado. O documento prevê que todas as pessoas envolvidas no combate à pandemia, incluindo na construção de hospitais e instalações de isolamento de doentes, estejam isentas dos requerimentos habituais para trabalhar em Hong Kong. Atualmente, os médicos da China não podem praticar em Hong Kong sem realizar exames locais e obter um reconhecimento. Macau já tinha enviado, esta semana, uma equipa de especialistas para Hong Kong. Com cerca de sete milhões de habitantes, a cidade enfrenta uma quinta vaga de infeções pelo coronavírus, a pior desde o início da pandemia, com milhares de casos todos os dias. Os hospitais estão sobrecarregados e as autoridades decidiram que todos os pacientes, mesmo assintomáticos, devem estar isolados, em locais designados para o efeito. Equipas chinesas estão a construir dois novos centros de isolamento temporário que poderão acomodar 9.500 pessoas infetadas, e o governo também requisitou 20 mil quartos de hotel. Na terça-feira, a chefe do governo de Hong Kong, Carrie Lam, anunciou a realização, em março, de três testes à covid-19 para toda a população da região, que conta 835 mortos e 32.538 casos da doença desde o início da pandemia. “O rápido agravamento da epidemia excedeu em muito a capacidade do governo de Hong Kong para enfrentar esta situação. O apoio do Governo central é, portanto, essencial para combater o vírus”, disse Lam. A governante confirmou também que Hong Kong se vai manter fiel a uma política de isolamento de pessoas com resultados positivos em testes à covid-19.
David Chan Macau Visto de Hong Kong VozesSurto epidémico em Hong Kong A quinta vaga da epidemia atingiu Hong Kong. Macau enviou equipas médicas para ajudar no combate a este surto e alguns Hongkongers refugiaram-se na China continental. Recentemente, o número de pessoas infectadas aumentou exponencialmente. No momento em que escrevia este artigo, existiam cerca de 8.000 infectados em Hong Kong. Em muitos bairros de habitação social a água está contaminada. Os prédios têm de ficar isolados e a testagem dos habitantes é obrigatória. A situação é preocupante. Para fugir a este surto epidémico alguns Hongkongers optaram por procurar abrigo em Macau, mas testaram positivo para a COVID. Outros decidiram refugiar-se na China continental e a Shenzhen Bay Bridge estava congestionada. É sabido que para tentar travar as infecções, o Governo de Hong Kong tem incentivado os residentes a vacinar-se e a vacina já pode ser administrada a crianças a partir dos 3 anos. Além disso, também foram contratados táxis para levar os doentes aos hospitais para aliviar a pressão sobre o serviço de ambulâncias e criadas mais instalações para receber doentes infectados. Todas estas medidas são importantes para achatar a curva de expansão da epidemia. É evidente que a medida mais importante é a procura de ajuda junto do Governo Central. O Presidente Xi Jinping ordenou que o Governo da Província de Guangdong prestasse ajuda ao Governo de Hong Kong na luta contra a epidemia. Esta decisão levou a que fossem enviadas de imediato para Hong Kong, equipas médicas, mantimentos, e outras provisões. Estas medidas fortaleceram o combate à epidemia, ao assegurarem todos os bens necessários e ajudaram a aliviar a ansiedade dos residentes. Macau também enviou oito médicos para ajudar a travar este combate. Três destas medidas são dignas de reflexão. Em primeiro lugar, para travar a epidemia, o Governo Central demonstrou que se preocupa com os residentes de Hong Kong e que espera que a situação melhore. Durante este surto, o Governo Central mais uma vez prestou auxílio a Hong Kong, bem como Macau. Este apoio demonstra que os chineses se ajudam uns aos outros sempre que necessário. Em segundo lugar, destaco o serviço e táxis para levar e trazer os doentes dos hospitais. Esta medida reduz a sobrecarga das ambulâncias e permite que os doentes se desloquem isolados, reduzindo o risco de contágio nos transportes. Os taxistas estão dispostos a disponibilizar os seus serviços para o transporte de doentes, independentemente do risco de contraírem a infecção, o que é um exemplo concreto da luta conjunta contra a epidemia. Todos sabemos que o interior de um táxi é um espaço pequeno e os taxistas aumentam grandemente o risco de se infectarem ao realizarem estas viagens. Este espírito de cooperação é digno de louvor. Em terceiro lugar destaco o deficit fiscal do Governo de Hong Kong. Para dar resposta à epidemia, o Governo de Hong Kong apresentou ao Conselho Legislativo a proposta para a criação de um fundo de 27 mil milhões de ajuda às pessoas em dificuldades financeiras. No ano financeiro de 2019/2020, o Governo de Hong Kong teve um deficit de 10,6 mil milhões. No ano financeiro de 2020/2021, o Governo de Hong Kong teve um deficit de 232,5 mil milhões. Nos anos financeiros de 2021/2022 e de 2022/2023, é muito provável que volte a haver deficit. No final de Novembro de 2021, as reservas financeiras do Governo de Hong Kong eram de 860,2 mil milhões. As receitas provenientes dos impostos são limitadas. Durante a epidemia a economia abrandou e as despesas aumentaram. Se o deficit fiscal se mantiver por vários anos, a situação financeira do Governo de Hong Kong vai ser grandemente afectada. Por este motivo, Hong Kong aumentou o imposto de selo em 2021, fazendo assim crescer as receitas do Governo. É pena que o aumento das receitas não consiga mesmo assim contrabalançar o aumento das despesas e que o déficit fiscal do Governo se mantenha. No novo orçamento que o Governo vai apresentar, haverá certamente uma alínea dedicada à resolução deste problema. O surto pandémico em Hong Kong tem três implicações para Macau. Primeiro, o número de pessoas infectadas em Hong Kong aumentou exponencialmente. Em muitos bairros de habitação social a água está contaminada. Os prédios têm de ficar isolados e a testagem dos habitantes é obrigatória. Este facto demonstra que há muita gente a viver em áreas densamente povoadas. A este respeito, a situação de Hong Kong e de Macau é similar. Se o vírus surgir na comunidade de Macau, é natural que se espalhe rapidamente devido à densidade populacional. Por este motivo, Macau esteve certo ao adoptar a política de “zero casos”, que deve continuar a ser implementada para evitar o aparecimento de surtos dentro da comunidade. Em segundo lugar, alguns Hongkongers fugiram para a China continental porque aí existem medidas efectivas de controlo da epidemia. Estes clandestinos foram criticados na Internet por estarem a “envenenar milhares de quilómetros”. Tendo isto em mente, Macau devia reforçar as patrulhas fronteiriças para prevenir entradas ilegais. Esta é também uma das formas de impedir a entrada do vírus em Macau. Em terceiro lugar, a epidemia vai certamente durar por mais algum tempo, e ainda não se sabe que fundos vão ser necessários para ajudar as vítimas desta situação. Macau deve continuar a adoptar a política de prudência financeira, tentar equilibrar os pagamentos e reduzir o deficit fiscal. Finanças estáveis aumentam a confiança de todos no combate à epidemia. O Governo de Hong Kong deve organizar bem as equipas médicas, usar as provisões de forma adequada, lutar para achatar a curva de expansão da epidemia, e reduzir as preocupações sociais. Deve também apreciar e compreender o cuidado e o amor demonstrados pelo Governo Central e pelo Governo de Macau. Consultor Jurídico da Associação para a Promoção do Jazz em Macau Professor Associado da Escola Superior de Ciências de Gestão/ Instituto Politécnico de Macau Blog: http://blog.xuite.net/legalpublications/hkblog Email: legalpublicationsreaders@yahoo.com.hk
João Luz Manchete SociedadeCovid-19 | Mais de 90% dos casos importados é da variante Ómicron Desde o início de Janeiro, Macau registou 23 casos importados de infecções assintomáticas, 21 deles da variante Ómicron, o que corresponde a 91,3 por cento dos casos. A DSEDJ pediu às escolas para “apurarem intenções dos encarregados de educação quanto à vacinação dos educandos”, e registarem alunos não vacinados Seguindo a tendência mundial, a esmagadora maioria dos casos importados de covid-19 registados em Macau este ano foi da variante Ómicron. Dos 23 casos assintomáticos, apenas duas infecções corresponderam à variante Delta (8,7 por cento), enquanto a Ómicron foi responsável por 91,3 por cento dos casos. Aliás, o centro de coordenação de contingência indicou que a partir de 7 de Janeiro todos os casos importados corresponderam à variante responsável pela quinta onda que tem alastrado globalmente. Face a este panorama, as autoridades de saúde da RAEM redobraram os apelos à vacinação, “especialmente de crianças e idosos, por correrem maior risco de doença grave”. Além dos grupos de risco, o centro de contingência solicitou aos maiores de 18 anos que tenham tomado a segunda dose da vacina há mais de seis meses para “receberem uma dose de reforço o mais rápido possível”. Lembrete semanal A Direcção dos Serviços de Educação e de Desenvolvimento da Juventude (DSEDJ) vai exigir às escolas que apurem, “com celeridade, as intenções dos encarregados de educação quanto à vacinação dos seus educandos” e registem alunos que não foram vacinados. A sensibilização dos encarregados de educação será feita pelas escolas semanalmente, “encorajando-os a colaborar para a vacinação” dos alunos. A tomada de posição da entidade liderada por Kong Chi Meng foi justificada com a recente “situação epidémica grave em Hong Kong”, que “levou à ocorrência de mortes em crianças e casos de crianças infectadas em estado crítico”. Além disso, é apontada a fraca taxa de vacinação dos mais novos, em especial na faixa etária entre 3 e 11 anos de idade que é de apenas 8,5 por cento. A DSEDJ indicou também que entre 12 e 19 anos a taxa de inoculação é 72,9 por cento. A conjugação destes factores levaram as autoridades educativas a concluir que “presentemente, a vacinação é inadiável”. A DSEDJ e os Serviços de Saúde realizaram ontem uma reunião com representantes de escolas, com a presença de Kong Chi Meng e de Alvis Lo, para “colocar em prática a necessária organização e, de acordo com a situação de inoculação dos alunos, apoiar a vacinação nos postos comunitários de vacinação e a organização de um serviço externo de vacinação colectiva dos alunos nas escolas”, com vista a atingir a imunidade de grupo no parque escolar. Entretanto, o centro de contingência informou que foi detectado no domingo um caso de “infecção assintomática num residente de Macau, proveniente do Reino Unido via Singapura, cujo teste de ácido nucleico deu resultado positivo durante o isolamento no Centro Clínico de Saúde Pública de Coloane”. O residente tem 58 anos e foi inoculado com duas doses da vacina da Sinopharm em Macau entre Fevereiro e Março de 2021, e uma dose de reforço da vacina da BioNTech em Novembro de 2021. Outro caso importado assintomático, detectado no domingo, foi de um residente de Macau, proveniente de Hong Kong, que acusou positivo no teste de ácido nucleico à entrada na RAEM.
Andreia Sofia Silva China / ÁsiaCovid-19 | Hong Kong ultrapassa os sete mil casos. China envia reforços O número de casos de covid-19 em Hong Kong não pára de subir e hoje atingiu um total de 7.533 novas infecções. Uma bebé de 11 meses faleceu no domingo. Nesta fase, a China tem enviado reforços e profissionais para acompanhar os trabalhos de controlo da pandemia, pautada pela variante Ómicron O panorama da pandemia em Hong Kong está longe de mostrar sinais de melhoria. Dados oficiais, noticiados pelo canal de rádio e televisão RTHK, mostram que o número de novos casos atingiu os 7.533 esta segunda-feira, além de que se registou a morte de uma bebé de 11 meses este domingo. Lau Ka-hin, responsável pela Autoridade Hospitalar da região vizinha, explicou em conferência de imprensa que a bebé teve febre e convulsões quando foi levada ao hospital Tseung Kwan O. A menina foi entubada e internada na unidade dos cuidados intensivos no hospital Queen Elizabeth, tendo sido medicada com retrovirais. No entanto, a sua condição de saúde deteriorou-se, tendo sofrido uma paragem cardiorespiratória. O mesmo responsável explicou que a bebé foi infectada pelos seus familiares. Albert Au, do Centro para a Protecção de Saúde, disse estimar que o número de casos de covid-19 continue a aumentar, registando-se também uma crescente transmissão comunitária do novo coronavírus. China envia ajuda Entretanto, a agência Xinhua noticiou hoje que duas delegações de médicos da China continuaram a inspecção aos tratamentos e trabalho de prevenção da pandemia realizados pelos profissionais de Hong Kong. A equipa, composta por epidemiologistas, trocou informações com os representantes de entidades como o Departamento de Saúde de Hong Kong, entre outras. Nesta reunião entre profissionais foram discutidas medidas sobre a realização de quarentenas e a operacionalização da linha de apoio 24 horas para garantir a funcionalidade do esquema “StayHomeSafe”. Sophia Chan, secretária para a Segurança Alimentar e Saúde do Governo de Hong Kong adiantou que as autoridades vão estudar e implementar as recomendações feitas pelos peritos chineses. “O Governo de Hong Kong vai realizar todos os esforços para implementar estratégias de controlo da pandemia que sejam efectivas, com focos específicos e as mais adequadas à situação de Hong Kong com o objectivo de cortar as cadeias de transmissão o mais rapidamente possível e colocar sob controlo a quinta vaga da pandemia”, frisou. Outra das delegações reuniu ainda com profissionais da Autoridade Hospitalar de Hong Kong, tendo sido trocadas informações sobre a quinta vaga da pandemia. Foram também realizadas visitas a alguns hospitais. Estes especialistas, vindos da província de Guangdong, estiveram em Hong Kong entre quinta e sexta-feira.
Pedro Arede Manchete SociedadeCovid-19 | Governo pode impor medidas a não vacinados em caso de surto iminente Numa altura em que dois residentes de Hong Kong em quarentena testaram positivo à covid-19, o Governo admitiu vir a tomar medidas mais rigorosas e dificultar a vida à população não vacinada, caso o risco de surto em Macau aumente. Suspensão do autocarro dourado dificulta regresso de residentes. Governo faz apelo urgente à vacinação Perante o agravamento da situação epidémica em Hong Kong que, só ontem, registou mais de 6.000 novos casos, o Centro de Coordenação admitiu vir a tomar medidas de prevenção mais rigorosas, que podem vir a dificultar a vida à população que ainda não está vacinada contra a covid-19. “Caso o risco de infecção comunitária de Macau aumente, vamos adoptar medidas da prevenção da pandemia mais rigorosas e será inevitável que, a partir desse momento, isso possa causar constrangimentos a quem ainda não está vacinado”, pode ler-se num comunicado divulgado ontem pelo Centro de Coordenação. Paralelamente, foi emitido um apelo urgente para que a população se vacine “o mais rapidamente possível”, nomeadamente as crianças e os idosos. “Actualmente existe uma transmissão comunitária em grande escala do novo coronavírus nas áreas vizinhas e já foram registados vários casos importados de infecção em Macau, daí o risco de infecção comunitária continuar a aumentar”, pode ler-se numa outra nota oficial. Com o aumento de “casos mortais e casos graves envolvendo crianças e idosos”, e com uma taxa de vacinação ainda longe da “ideal”, é acrescentado que as pessoas vacinadas, só alcançam “imunidade suficiente”, pelo menos duas semanas depois da inoculação. A taxa de vacinação na faixa etária entre os 3 e os 11 anos é 6,7 por cento, entre os 70 e os 79 anos é de 45,7 por cento e com mais de 80 anos é de 17,9 por cento. Sempre a somar Entretanto, mais dois residentes de Hong Kong testaram positivo à covid-19 no sábado, após terem entrado em Macau no dia 13 de Fevereiro através do autocarro da Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau (autocarro dourado), que partiu de Hong Kong às 18h00 desse mesmo dia. Em comunicado, o Centro de Coordenação revela tratar-se de uma mulher de 52 anos, com duas doses da vacina da Sinovac, e de uma criança de 10 anos, que não tomou qualquer dose da vacina contra a covid-19. Os dois novos casos encontravam-se em isolamento no Centro Clínico de Saúde Pública de Coloane, após uma mulher de 41 anos, que viajou e ficou no mesmo quarto, ter testado positivo para a doença na quarta-feira. Entre quarta e sexta-feira da semana passada, os testes diários realizados foram sempre negativos. Tanto a mulher de 52 anos, como a criança de 10 anos não apresentam sintomas, pelo que foram classificados como “casos importados de infecção assintomática”, não entrando, por isso, na contabilização de casos confirmados de Macau. Enquanto isso, alguns residentes de Macau contaram ao canal em língua inglesa da TDM, terem ficado impedidos de vir para o território após algumas viagens do serviço do autocarro dourado terem sido canceladas desde o dia 17 de Fevereiro. De malas feitas, um desses estudantes revelou à emissora pública que a viagem que tinha adquirido foi suspensa três dias antes da data de regresso a Macau, acrescentando ser agora impossível marcar nova viagem, dado que os bilhetes para os próximos dias já se encontram esgotados. “Quando contactei os serviços do autocarro dourado, disseram-me que os horários e a frequência dos autocarros são controlados pelo Governo e que não tinham sido notificados para aumentar ou mudar a frequência das viagens. Senti-me desiludido e chocado com este arranjo e também porque o Governo anunciou que aqueles que já tinham adquirido bilhete, deixaram, de repente, de o ter”, disse Ng, que se encontra a viver e a trabalhar em Hong Kong. Para maiores de 50 A população não vacinada contra a covid-19 com mais de 50 anos vai receber uma mensagem de telemóvel nos próximos dias para que seja inoculada “o mais rápido possível”. Na iminência de que os surtos comunitários nas regiões vizinhas possam chegar a Macau, o Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus, reitera em comunicado, que a vacinação contra a covid-19 pode reduzir a ocorrência de “doenças graves e até mortais” e que, actualmente, Macau dispõe de mais de 10.000 vagas diárias.
Andreia Sofia Silva Manchete SociedadeHong Kong | Situação pandémica obriga a reforço de medidas em Macau A partir de segunda-feira, quem vier de Hong Kong e Taiwan terá de cumprir um período de auto-gestão de saúde de sete dias, que se soma aos 14 dias de quarentena, não podendo viajar para o Interior da China. Funcionários públicos devem vacinar-se com as duas doses até segunda-feira O Centro de Coordenação e de Contingência do novo tipo de coronavírus decidiu reforçar algumas medidas de combate à covid-19, tendo em conta a situação epidémica em Hong Kong, que ontem registou mais de seis mil novos casos de contágio. Desta forma, a partir da próxima segunda-feira, dia 21, será obrigatória a realização de uma auto-gestão de saúde de sete dias para quem viaja de Hong Kong e Taiwan para Macau, somando-se a quarentena obrigatória de 14 dias. Segundo Leong Iek Hou, médica e coordenadora do Centro, “neste período [de auto-gestão de saúde] não é permitida a deslocação para o Interior da China via Macau, devendo estas pessoas submeterem-se a testes de ácido nucleico”. “Se estes testes não forem efectuados nas datas indicadas o código de saúde destas pessoas fica amarelo até se obter um resultado negativo”, acrescentou. Desde as seis da manhã de ontem, quem viaja de Hong Kong deve ainda esperar pelo resultado do seu teste de ácido nucleico no posto fronteiriço, sendo que este período de espera pode ser de seis horas. As autoridades pedem ainda à população para ter cuidado ao manusear encomendas, jornais e revistas vindas de Hong Kong. “Apelamos às empresas de diferentes níveis de comércio e à população para adoptar medidas preventivas, prestando atenção aos jornais e revistas provenientes de Hong Kong. Embora o risco seja relativamente baixo, estes jornais não devem ser deixados em qualquer lado e devem lavar as mãos.” Sim à vacinação Outra das medidas anunciadas ontem pelo Centro de Coordenação prende-se com a obrigatoriedade de os funcionários públicos terem de se vacinar até segunda-feira. “Exigimos que todos os trabalhadores completem as duas doses da vacina até ao dia 21. A taxa de vacinação dos funcionários públicos, com duas ou três doses da vacina, é de 83,6 por cento. Há ainda espaço para um aumento. Quanto aos testes, temos a capacidade para realizar 72 mil”, disse Leong Iek Hou. Quanto aos estudantes de Macau que se encontram retidos em Hong Kong por não conseguirem encontrar um quarto para a quarentena, as autoridades adiantaram que entre ontem e hoje vão chegar 50 alunos, que ficarão alojados no hotel Tesouro. Lau Fong Chi, chefe do departamento de comunicação e relações externas da Direcção dos Serviços de Turismo, disse que têm sido estabelecidos contactos para encontrar mais quartos de hotéis para quarentena, mas que nesta fase existem dificuldades no processo. Desta forma, foi aconselhado a que os estudantes contactem directamente as unidades hoteleiras e aguardem por um quarto em lista de espera.
Andreia Sofia Silva China / ÁsiaCovid-19 | Xi Jinping pede ao Governo de HK para assumir responsabilidades O Presidente chinês defende que as autoridades da região vizinha devem assumir “a principal responsabilidade” quanto à explosão de casos de covid-19 no território. Xi Jinping assume estar muito preocupado com a situação e diz que o Executivo deve fazer do combate à pandemia a sua máxima prioridade Numa altura em que os casos locais de covid-19 em Hong Kong não dão sinais de abrandar, os sinais de alerta voltam a chegar de Pequim. Segundo o canal de rádio e televisão RTHK e jornal South China Morning Post, que citam os jornais chineses Ta Kung Pai e Wen Wei Po, o Presidente Xi Jinping está muito preocupado sobre a situação da pandemia em Hong Kong e pede que o combate aos contágios seja a máxima prioridade das autoridades locais para que a normalidade regresse à região vizinha. Segundo a imprensa chinesa, o Presidente chinês frisou que “as autoridades devem mobilizar todas as forças e recursos que podem ser mobilizados, adoptar todas as medidas necessárias e proteger a vida e a saúde das pessoas de Hong Kong”. Xi Jinping terá mesmo pedido a Han Zheng, vice-primeiro-ministro e responsável pelos assuntos de Hong Kong, para falar com Carrie Lam, Chefe do Executivo de Hong Kong, para lhe transmitir “a preocupação sobre a situação pandémica na cidade e o seu cuidado para com os residentes de Hong Kong”. A ideia é que o Governo Central, juntamente com as autoridades da província de Guangdong, possam trabalhar em conjunto com Hong Kong para travar a escalada de casos. Carrie Lam agradece Numa nota difundida ontem, a Chefe do Executivo de Hong Kong, Carrie Lam, disse estar determinada a recorrer ao apoio de Pequim e unir vários sectores da sociedade para travar a quinta vaga da pandemia, numa altura em que a variante Ómicron do novo coronavírus domina a maior parte dos casos. “O Governo Central sempre disponibilizou o seu maior apoio a Hong Kong. O Governo da RAEHK vai suportar a grande responsabilidade de gerir os surtos de acordo com as instruções do Presidente Xi Jinping”, lê-se no comunicado citado pelo canal RTHK. A governante adiantou que o Governo local irá “mobilizar todos os recursos e adoptar todas as medidas necessárias para garantir a saúde pública e a estabilidade social”. A ideia é trabalhar de perto com as autoridades chinesas, reforçar locais de testagem e de vacinação e criar mais locais para o isolamento de doentes ou de pessoas com contacto próximo. Uma das primeiras medidas prende-se com a abertura, ontem, de sete clínicas públicas que irão apenas tratar doentes covid-19, dada a sobrecarga que já se faz sentir nos hospitais da cidade. O deputado Peter Koon defendeu mesmo que deveria ser dada a oportunidade de tratamento de doentes na China. “Sugiro enviar os doentes de covid-19, com sintomas ligeiros, para serem tratados na China de uma forma voluntário. Os hospitais temporários podem ser construídos rapidamente em Shenzhen ou em outras zonas de Guangdong, a fim de aliviar a pressão das quarentenas em Hong Kong.”
Pedro Arede SociedadeCovid-19 | Duas residentes vindas dos EUA testam positivo Duas residentes de Macau, provenientes dos Estados Unidos da América (EUA) testaram positivo à covid-19, após chegarem ao território na segunda-feira via Singapura. Em comunicado divulgado ontem pelo Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus, ambas foram classificadas como “casos importados de infecção assintomática”, após os testes de ácido nucleico realizados à chegada e no dia seguinte terem sido positivos. A primeira residente, com 57 anos de idade, administrou nos EUA três doses da Vacina de mRNA da Moderna e nos dias 9, 10 e 11 de Fevereiro efectuou três testes de ácido nucleico na cidade de São Francisco, que revelaram estar todos negativos. No dia 12 de Fevereiro, a paciente apanhou o voo n.º SQ33 de EUA para Singapura (assento n.º 36E), e na segunda-feira viajou no avião n.º TR904 de Singapura para Macau (assento n.º 27C). A outra residente, com 25 anos de idade, também administrou nos EUA três doses da Vacina de mRNA da Moderna, tendo testado negativo à covid-19 em exames realizados nos dias 7, 9 e 11 de Fevereiro. No dia 12 de Fevereiro de 2022, apanhou o voo n.º SQ37 dos EUA para Singapura (assento n.º 51A), e na segunda-feira, viajou no avião n.º TR904 de Singapura para Macau (assento n.º 8A). As duas residentes não apresentam qualquer sintoma relacionado com a doença e foram encaminhadas para o Centro Clínico de Saúde Pública para isolamento. Por serem consideradas “casos importados de infecção assintomática”, as infecções não contam para as estatísticas de casos confirmados de Macau.
Pedro Arede Manchete SociedadePandemia | Novo caso assintomático e 50 estudantes regressam este mês Um trabalhador não residente em quarentena acusou positivo para a covid-19 ao fim de três dias em Macau. Ao todo, a DSEDJ revelou ter recebido 106 pedidos de ajuda de estudantes em Hong Kong que querem regressar ao território. Destes, 50 devem voltar ainda em Fevereiro, já que as autoridades dizem ter encontrado os quartos necessários para a realização da observação médica Com parte do trabalho de prevenção epidémica focado na situação de Hong Kong, cuja quinta vaga levou ao registo de mais de 2.000 casos diários na segunda-feira, as autoridades anunciaram a detecção de um novo caso importado de um trabalhador não residente proveniente da região vizinha. Quanto aos residentes de Macau que estão a estudar em Hong Kong e manifestaram intenção de regressar ao território devido ao agravamento da situação epidémica, a Direcção dos Serviços de Educação e Desenvolvimento da Juventude (DSEDJ), apontou, segundo o jornal Ou Mun, ter recebido 106 pedidos de ajuda, entre os quais, 50 de estudantes que desejam voltar até ao final de Fevereiro. Sobre o novo caso de covid-19, o Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus aponta trata-se de um residente de Hong Kong de 51 anos que entrou em Macau na passada sexta-feira e que apenas acusou positivo para a doença ao fim de três dias de observação médica no Regency Art Hotel. Antes de acusar positivo, os testes de ácido nucleico realizados nos dias 11 e 13 de Fevereiro foram negativos. Como medida de precaução, foi encaminhado para o Centro Clínico de Saúde Pública, onde vai cumprir isolamento. O paciente, inoculado com três doses da vacina Sinopharm não apresenta qualquer sintoma nem histórico de infecção por covid-19, tendo sido classificado como “caso importado de infecção assintomática” e não como caso confirmado. Isto, depois de as autoridades terem alterado os critérios de classificação de casos por covid-19 no início de Dezembro. Solução à vista Depois de vários alunos de Macau em Hong Kong terem relatado a impossibilidade de voltar ao território devido à falta de quartos para quarentenas, a DSEDJ revelou que, em coordenação com a Direcção dos Serviços de Turismo (DST), obteve entretanto por parte dos hotéis de observação médica a disponibilização dos quartos necessários para concretizar o regresso de cerca de 50 alunos durante o mês de Fevereiro. Segundo um comunicado da DSEDJ, citado pelo jornal Ou Mun, os serviços de educação dizem ter recebido, no total, 106 pedidos de ajuda provenientes de estudantes de Macau em Hong Kong que desejam voltar ao território. “A DSEDJ concluiu o seu trabalho de recolha. Um total de 106 estudantes do ensino superior que estão em Hong Kong manifestaram vontade de regressar a Macau, entre os quais, cerca de 50 pretendem voltar em Fevereiro. Após a coordenação entre a DST e os hotéis de observação médica, e de acordo com as exigências dos Serviços de Saúde (…) os estabelecimentos estão em condições de providenciar quartos aos estudantes que desejam regressar a Macau em Fevereiro”, pode ler-se no comunicado. Na mesma nota, a DSEDJ sublinha ainda que irá manter uma comunicação próxima com todos os alunos que se encontram em Hong Kong e responder às solicitações em coordenação com a DST, a Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT) e os Serviços de Saúde.
Andreia Sofia Silva China / ÁsiaHong Kong | Secretário para a Administração isolado após contacto próximo John Lee, secretário para a Administração de Hong Kong, está isolado em casa depois da sua empregada doméstica ter testado positivo para a covid-19. Ontem a Chefe do Executivo, Carrie Lam, garantiu que não será decretado um confinamento geral na região Um dia depois de Hong Kong ter registado mais de dois mil casos diários de covid-19, o pior panorama desde o início da pandemia, foi hoje divulgada a informação de que o secretário para a Administração, John Lee, está isolado em casa depois da sua empregada doméstica ter testado positivo para a covid-19. Segundo o canal de rádio e televisão RTHK, o próprio secretário e os seus familiares realizaram testes de despistagem à covid-19, com resultados negativos. Um porta-voz declarou que serão enviadas amostras de saliva para o Departamento de Saúde de Hong Kong para testagem. Entretanto, John Lee deveria ter estado presente na sessão de hoje no Conselho Legislativo (LegCo) onde se discutiu um plano de injecção de 27 mil milhões de dólares de Hong Kong no Fundo Anti-Epidémico, mas foi substituído pelo secretário para o Comércio e Desenvolvimento Económico, Edward Yau. Hong Kong registou hoje 1619 novos casos de covid-19, tendo sido anunciada a abertura de clínicas comunitárias para o tratamento destes doentes, em zonas como Shau Kei Dan, Kennedy Town e Kowloon Bay, entre outras. Neste momento mais de quatro mil pacientes com covid-19 estão em hospitais públicos ou locais de isolamento, noticiou o canal RTHK. Sem confinamento Entretanto, Carrie Lam disse hoje, em conferência de imprensa, que as autoridades não deverão decretar um novo confinamento geral da cidade, apostando nas medidas preventivas. “Até este momento as nossas medidas para conter o aumento de contágios mantém-se legítimas e válidas”, disse, citada num comunicado oficial. “O problema que estamos a enfrentar deve-se à magnitude, velocidade e severidade da quinta vaga da pandemia em Hong Kong, o que ultrapassou as nossas capacidades. A capacidade imediata do Governo de Hong Kong, agora com o apoio do Governo Central, é reforçar a nossa capacidade [de resposta] em várias áreas neste esforço contra a pandemia. E estamos a fazer isto”, acrescentou a governante. Carrie Lam considerou que têm sido eficazes medidas como as restrições e declarações de testes aplicadas a cada distrito da cidade. “Desde a última vaga, em finais de Dezembro do ano passado, que o Governo levou a cabo 100 operações desse género. Estas operações provaram ser eficazes, em termos da identificação de um grande número de infecções”, acrescentou. A Chefe do Executivo garantiu que vai converter apartamentos de habitação pública para isolamento de pessoas, além de procurar mais quartos de hotel para este fim, reforçando a resposta das autoridades nesta matéria. Amanhã Carrie Lam deverá reunir com representantes do sector hoteleiro para encontrar um consenso. “Sabemos que temos mais de 80 mil quartos de hotel em Hong Kong mas nem todos se ajustam. Procuramos um complexo inteiro – um hotel que ocupe todo um edifício com um certo número de quartos, porque se for demasiado pequeno as operações tornam-se muito difíceis”, explicou. Entretanto, o canal RTHK noticiou também que os pais têm feito uma corrida à vacina Sinovac para que as suas crianças sejam vacinadas contra a covid-19. Os agenciamentos começaram hoje às 8h.
Pedro Arede PolíticaElla Lei quer “mão pesada” para salários em atraso Em tempo de pandemia e instabilidade económica, a deputada Ella Lei quer que o Governo ofereça mais garantias aos trabalhadores, através da revisão dos mecanismos legais que garantem o pagamento atempado dos salários. Para a deputada, as “lacunas” do actual regime estão a contribuir para que os trabalhadores fiquem sem fonte de rendimento durante “um largo período de tempo” e para que as entidades patronais não tenham de pagar as sanções previstas na lei. Isto, tendo em conta que a lei das relações do trabalho permite que os patrões não sejam sancionados, desde que os salários em atraso sejam saldados antes de a queixa apresentada pelo trabalhador na Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL) seguir para a justiça, ao longo de todo um processo que, entretanto, envolve “tempo, custos administrativos e humanos” e que deixa os funcionários numa situação difícil. “Para além do desemprego e do subemprego, o problema do não pagamento de salários tem sido uma grande preocupação para os trabalhadores durante a pandemia, tendo ocorrido vários incidentes colectivos de salários em atraso em diversos sectores”, começou Ella Lei por dizer através de uma interpelação escrita. “Apesar de a DSAL estar a acompanhar as queixas relacionadas com os salários em atraso, a lei vigente não é adequada e torna difícil o tratamento por parte dos trabalhadores. A legislação existente permite aos empregadores ficarem isentos de todas as multas, desde que paguem os salários pendentes antes de a DSAL transferir os processos para tribunal”, acrescentou. Como resultado, aponta Ella Lei, os trabalhadores a quem são devidos os ordenados, “não têm outra escolha” senão continuar a trabalhar “durante anos” até que recuperem os salários pendentes. “Não é razoável que o sistema beneficie o comportamento dos empregadores que deliberadamente falham no pagamento dos salários e atrasam o processo”, pode ler-se na interpelação. Segurança, precisa-se Neste contexto, e referindo que em causa pode estar o sustento de muitas famílias, Ella Lei pergunta se o Governo irá rever a lei das relações do trabalho, no sentido de “acelerar os procedimentos de recuperação dos salários em atraso” e punir as práticas abusivas dos empregadores, garantindo, nomeadamente, o pagamento de sanções em caso de incumprimento. De acordo com a lei, pela falta de pagamento do salário aos trabalhadores no período devido, os empregadores podem ser punidos com multas entre as 20 e as 50 mil patacas, ou ainda pena de prisão.
Andreia Sofia Silva China / ÁsiaCovid-19 | HK com mais de dois mil contágios, o pior dia desde o inicio da pandemia Hong Kong registou ontem um total de 2.071 novos casos de covid-19, o pior dia desde o início da pandemia, sendo que 4.500 pessoas tiveram um resultado preliminar positivo. O Governo de Carrie Lam nomeou responsáveis que vão actuar, em cinco task-forces, com as autoridades de Pequim e Guangdong A pandemia da covid-19 em Hong Kong está longe de estar controlada, depois do território vizinho ter registado ontem um total de 2.071 novos casos confirmados de covid-19 e 4.500 resultados preliminares positivos, escreveu o South China Morning Post. Este é o pior dia, desde o início da pandemia, em matéria de novos casos de infecção pelo vírus Sars-Cov-2, sendo a primeira vez que se registam mais de dois mil casos na região. As autoridades suspenderam, entretanto, as aulas presenciais até ao dia 6 de Março, prolongando por duas semanas uma medida que já se encontrava em vigor. Entretanto, este domingo, a Chefe do Executivo da região, Carrie Lam, disse esperar o apoio do Governo Central no combate à pandemia em Hong Kong e que “não serão desperdiçados esforços” nesta acção. Num comunicado, citado pela Xinhua, a governante disse que assume as principais responsabilidades nesta luta e que o Governo vai implementar a estratégia da “prevenção de importação de casos e o contágio do vírus na comunidade”, em busca de uma “dinâmica de zero casos” no território. Desta forma, é objectivo das autoridades da região vizinha em seguir as linhas orientadoras levadas a cabo por Pequim “tendo em conta a sua experiência” no combate à pandemia, incluido formas de gestão de recursos humanos. Tudo para que Hong Kong seja capaz de “uma identificação e isolamento prévios, e um tratamento precoce” dos infectados. As autoridades reuniram no sábado e destacaram membros do Governo para cinco tas-forces, que vão “coordenar-se com os representantes de ministérios ou comissões do Governo Central, bem como do Governo da província de Guangdong” a fim de tomar acções que travem a escalada de casos. Mais testes e medidas Uma das medidas que o Governo de Hong Kong pretende implementar é o reforço dos testes na comunidade e uma vigilância do sistema de esgotos, incluindo uma maior atenção sobre o percurso dos contactos de risco. Na tarde de domingo mais de quatro mil pessoas foram sujeitas a uma quarentena domiciliária ao abrigo do novo esquema “StayHomeSafe”, lançado dia 8, que visa melhor coordenar os contactos próximos ou de risco. Carrie Lam disse “compreender as ansiedades do público” tendo em conta a quinta vaga da pandemia, onde a variante Ómicron do novo coronavírus é mais dominante. A Chefe do Executivo adiantou que o enorme aumento do número de casos nos últimos dias trouxe dificuldades na gestão de isolamentos e quarentenas, tendo pedido desculpa pela falta de resposta. “Com o apoio total das autoridades do Governo Central, Hong Kong, juntamente com as províncias de Guangdong e Shenzhen, e com as task-forces, iremos garantir uma plena implementação destas medidas para travar a pandemia.” Sobre a vacinação, as autoridades planeiam aumentar os centros, recrutar mais pessoal médico para administrar vacinas em lares de idosos e reduzir a idade mínima para receber a vacina Sinovac para os três anos. Entretanto, o Conselho Legislativo (LegCo) de Hong Kong vai analisar a proposta, do Governo, para a injecção de 27 mil milhões de dólares de Hong Kong para o Fundo Anti-Pandemia, para que venham a ser implementadas várias medidas de apoio.
João Santos Filipe Manchete SociedadeCovid-19 | Residente vindo de Portugal é caso assintomático As autoridades revelaram no sábado a existência de mais um caso importado de Portugal. No entanto, o homem não tem sintomas, e não entra para as estatísticas Um homem que voou de Portugal para Macau testou positivo à covid-19, dois dias depois de ter chegado ao território. A informação foi divulgada no sábado à tarde pelo Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus. “Um residente de Macau, proveniente de Portugal, chegou a Macau na quarta-feira (9 de Fevereiro) e o seu teste de ácido nucleico deu resultado positivo ontem (11 de Fevereiro), tendo sido classificado como caso importado de infecção assintomática pela COVID-19”, foi revelado, através de um comunicado. O residente, de 53 anos, estava vacinado com três doses da BioNtech, administradas em Março, Abril e Novembro de 2021. Segundo o historial de viagem, o homem apanhou um voo a 8 de Fevereiro de Portugal para a Alemanha, da companhia Lufthansa, e, no mesmo dia, de Munique para Singapura, da Singapore Airlines. No dia seguinte, apanhou um outro voo da Singapore Airlines, com destino ao território. “Logo que entrou em Macau, no dia 9 de Fevereiro, foi sujeito a um teste de zaragatoa nasofaríngea, cujo resultado deu negativo, tendo sido encaminhado para o Hotel Tesouro para observação médica”, foi indicado. À terceira foi de vez No hotel, o homem ainda teve um outro teste com um resultado negativo, antes de finalmente surgir o positivo: “No dia 11 de Fevereiro, o resultado foi positivo, tendo a amostragem sido remetida para o Laboratório de Saúde Pública para revisão cujo resultado continua ainda positivo”, foi revelado. Como medida de precaução, foi encaminhado para o Centro Clínico de Saúde Pública, onde vai cumprir isolamento. Como o residente não apresenta sintomas, as autoridades de Macau, e ao contrário da prática mais comum, não contabilizam esta infecção. Por isso, o território mantém o número de infecções desde que começou a pandemia em 79 casos, sem que se tenha verificado qualquer morte. Ontem, as autoridades revelaram também que entre sábado e as 8h de domingo receberam 261 telefonemas com opiniões relacionadas com a pandemia e as medidas de prevenção e controlo. Os Serviços de Saúde receberam 260 chamadas, entre as quais 14 sobre vacinas, 156 sobre medidas de isolamento, 53 sobre testes de ácido nucleico, 36 sobre código de saúde e um telefonema classificada como “outro”. Por sua vez, o Corpo de Polícia de Segurança Pública recebeu uma chamada sobre as medidas de imigração para residentes do Interior.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Governo Central pede para HK manter tolerância zero Numa altura em que a região vizinha registou, pela primeira vez, a ocorrência de mais de mil casos diários de covid-19, Pequim defende que as autoridades de Hong Kong não devem alterar a sua política de “tolerância zero” face à pandemia As autoridades chinesas instaram ontem Hong Kong a manter a política de tolerância zero com a covid-19, alertando que qualquer alteração para uma política de coexistência com o vírus resultaria num desastre para a região. A advertência foi feita por um alto funcionário da Comissão de Saúde da China e pelo Diário do Povo, o jornal oficial do Partido Comunista Chinês, após Hong Kong ter diagnosticado, pela primeira vez, mais de mil casos diários. “A chamada estratégia de ‘coexistir com o vírus’ não está comprovada cientificamente. Implementá-la traria uma enorme pressão sobre o sistema sanitário, já para não mencionar que atrasaria a retoma das viagens sem quarentena com o continente”, apontou o Diário do Povo, num comentário sobre a situação epidémica na cidade. A China mantém uma política de tolerância zero com a doença, agora designada, oficialmente, como “dinâmica zero casos”, e que envolve testes em massa e medidas de confinamento quando um surto é detectado. O Diário do Povo clarificou que esta estratégia não almeja “zero infecções”, mas é antes uma estratégia geral, voltada para a “descoberta precoce e acção rápida”, visando “interromper a transmissão comunitária contínua”. A estratégia “incorpora um conceito antiepidémico que prioriza pessoas e vidas e que também provou alcançar resultados máximos com custo mínimo”, referiu o jornal. Cidade com “maior risco” O especialista em controlo de doenças da Comissão de Saúde da China, Liang Wannian, disse que a estratégia ainda é aplicável a Hong Kong, apontando a cidade como sendo de “maior risco”, devido à alta densidade populacional e frequentes intercâmbios internacionais. Em entrevista a um canal chinês, Liang sugeriu que as autoridades de Hong Kong devem rastrear os contactos próximos através da análise de dados móveis e expandir o alcance dos testes em massa. “Só podemos viver com o vírus quando houver medicamentos mais eficazes (…) É ainda muito cedo para desistir”, disse. Segundo a agência Xinhua, esta terça-feira a Chefe do Executivo de Hong Kong, Carrie Lam, referiu que a política de zero casos é a melhor estratégia a adoptar pelas autoridades nesta fase. A governante disse que a “dinâmica zero casos” é a melhor aproximação “aos interesses da sociedade e à protecção da saúde pública e segurança”. Carrie Lam disse também que Hong Kong tem de aderir a esta política de zero casos a fim de ganhar tempo para aumentar a taxa de vacinação no território e assegurar que os hospitais não entram em colapso com casos de covid-19. Uma pesquisa realizada, no mês passado, pelo Partido Democrata de Hong Kong, mostrou que 65 por cento dos entrevistados consideraram que a cidade deve preparar-se para viver com o vírus. Outro inquérito realizado na mesma altura, pelo Instituto Bauhinia, pró-Pequim, constatou que 68 por cento concordava que a adopção da estratégia de zero casos está de acordo com os interesses da sociedade. Desde o início da pandemia, Hong Kong registou 15.176 casos de covid-19 e 213 mortes, de acordo com as autoridades do território.
Hoje Macau China / ÁsiaChina vai manter tolerância zero contra o vírus, diz epidemiologista A China vai manter a política de tolerância zero contra a covid-19, afirmou o epidemiologista chefe do Centro Chinês de Controlo e Prevenção de Doenças, Wu Zunyou, citado pela imprensa local. “Antes, pensávamos que a covid-19 podia ser contida por meio de vacinas, mas agora parece que não há um método simples para controlar a doença, exceto com medidas abrangentes, embora as vacinas sejam a arma mais importante para conter a epidemia, incluindo a [variante] Ómicron”, afirmou. Questionado se vacinar 70% da população mundial podia pôr fim à pior fase da pandemia, Wu disse que essa noção ainda está “sujeita a debate”. O especialista citou exemplos de países europeus, como Alemanha ou França, que com mais de 70% da população vacinada, enfrentam vagas do surto causadas pela variante Ómicron, que “desafia o conceito de imunidade de grupo”. De acordo com Wu, a imunidade de grupo perde o sentido se novas variantes do vírus causarem surtos. Tianjin foi, em janeiro passado, a primeira cidade chinesa a detetar casos da variante Ómicron, altamente contagiosa e, segundo Wu, “alguns dos habitantes foram infetados apesar de estarem vacinados”. Nos meses anteriores, outros especialistas chineses, como o epidemiologista Zhong Nanshan, especularam que a vida na China podia voltar ao normal se mais de 80% da população tivesse a vacinação completa. O país administrou já mais de três mil milhões de doses, o suficiente para 100% da população ter recebido duas doses. De acordo com as autoridades de saúde, desde o início da pandemia, 106.419 pessoas foram infetadas na China, entre as quais 4.636 morreram.
João Santos Filipe SociedadeCovid-19 | Residente vinda de Portugal infectada, mas assintomática Além da mulher, também uma família foi colocada em quarentena, depois de ter visitado uma área em Cantão, onde nos últimos dias se registaram casos positivos. Até ao momento, o casal e os filhos continuam negativos Um caso de covid-19 foi detectado numa residente que viajou no dia 31 de Janeiro de Portugal para Macau, através de Singapura. A mulher de 55 anos estava vacinada, mas como não tem sintomas foi classificada como um caso assintomático, o que significa que não entra para as estatísticas oficiais. O caso foi detectado, depois de a residente ter saído de Portugal com um teste de ácido nucleico com resultado negativo. “No dia 30 de Janeiro de 2022, foi submetida a teste de ácido nucleico em Portugal, com resultado negativo”, foi revelado. “No dia 31 de Janeiro de 2022, apanhou o voo n.º LH1779 de Portugal para Alemanha, e no dia seguinte (dia 1 de Fevereiro), viajou de avião n.º SQ327 de Alemanha para Singapura), e quarta-feira (dia 2) apanhou o voo n.º TR904 de Singapura para Macau”, foi acrescentado. Segundo o comunicado dos Serviços de Saúde, a mulher estava vacinada com três doses da vacina Sinopharm, que tinham sido administradas em Fevereiro, Março e Dezembro do ano passado na RAEM. Contudo, à chegada, o teste foi positivo. “Logo que entrou em Macau, foi sujeita a um teste de zaragatoa nasofaríngea, cujo resultado deu positivo fraco, tendo sido encaminhada para o Centro Clínico de Saúde Pública”, foi indicado. Família isolada Além do caso anunciado na madrugada de ontem, também uma família foi colocada em isolamento, depois de uma visita ao Interior a Cantão, por altura das comemorações do Ano Novo Chinês. “Uma família composta por quatro membros, residentes de Macau que moram no Bloco 5 do Edificio Polytec Garden, na Areia Preta, foram submetidas a observação médica em isolamento centralizado, por terem estado em determinados locais da Cidade de Heyuan”, foi revelado. Segundo a informação disponibilizada, trata-se de um casal e dos filhos que, no dia 29 de Janeiro, visitaram alguns familiares na aldeia de Guankeng, perto da cidade de Heyuan, que fica na Província de Cantão. Após o local ter sido definido como de risco, pelas autoridades locais, os quatro contactaram o Centro de Coordenação de Contingência para declararem o historial de viagem e serem colocados em isolamento. Actualmente, esta família encontra-se no hotel de quarentena e os testes realizados até ontem tinham sido todos negativos. Também na residência da família, foram tomadas medidas: “O edifício onde residem as quatro pessoas foi limpo e desinfectado pelo porteiro”, foi anunciado.
João Santos Filipe Manchete SociedadeCovid-19 | Residente vinda da Suíça classificada como caso importado assintomático O caso não entra para as estatísticas, por ser assintomático e, assim sendo, o número de ocorrências na RAEM mantém-se em 79. No fim-de-semana foi anunciado o aumento da validade dos testes para circular entre Macau e o Interior Uma residente de 19 anos, que viajou para Macau vinda da Suíça, foi classificada, no sábado, como um caso importado de infecção importado assintomático. A informação foi divulgada ontem pelo Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus, após a infecção ter sido confirmada no sábado. A jovem estava vacinada e tinha entrado em Macau a 29 de Janeiro: “Esta residente administrou 2 doses da vacina de mRNA produzida pela empresa farmacêutica BioNTech em Julho e Agosto de 2021 e depois foi para a Suíça estudar, tendo viajado por vários países da Europa”, foi revelado. “No dia 27 de Janeiro, foi submetida a teste de ácido nucleico na Suíça, e o resultado do teste foi negativo”, foi acrescentado. Como tinha um teste negativo, a residente foi autorizada a apanhar o voo n.º SQ345, da Singapore Airlines, de Zurique para Singapura, e no dia 29 de Janeiro, viajou de Singapura para Macau no voo n.º TR904, da companhia Scoot. “Logo que entrou em Macau, foi sujeita a um teste de zaragatoa nasofaríngea, cujo resultado foi positivo. A residente já foi encaminhada para o Centro Clínico de Saúde Pública”, foi assegurado pelas autoridades de saúde. Como o Governo de Macau segue actualmente os padrões do Interior na contagem dos casos, deixou de contar as infecções assintomáticas, ao contrário do que acontecia no início. “Esta pessoa não apresenta sintomas suspeitos da COVID-19. Em articulação com o historial epidemiológico, os desempenhos clínicos e resultados de testes desta pessoa, foi classificada como caso importado de infecção assintomática e não foi incluída nas estatísticas de casos confirmados de Macau”, foi explicado. A RAEM conta 79 casos confirmados desde o início da pandemia, em Janeiro de 2020. Validade aumentada Em relação às medidas pandémicas e com a chegada do Ano Novo Lunar foi divulgado no sábado que a validade dos testes de ácido nucleico para quem quer viajar entre Macau e o Interior foi aumentada. A partir de sábado, quem chega a Macau vindo de Zhuhai ou Shenzhen pode apresentar um teste de ácido nucleico com resultado negativo feito nas 48 horas anteriores. Antes, e na sequência dos vários casos nas cidades do Interior, a validade tinha sido estabelecida nas 24 horas. Ao mesmo tempo, as pessoas que vêm para Macau vindas do Interior por via aérea podem viajar com um teste com a validade de sete dias. Para quem quer sair da RAEM para Zhuhai e Shenzhen também se aplica a validade de sete dias. “Aqueles que pretendam sair de Macau tendo como destino a Cidade de Zhuhai ou da Cidade de Shenzhen, por via terrestre ou via marítima, só precisam de possuir o certificado de teste de ácido nucleico para a COVID-19 com resultado negativo dentro de sete dias após a data de amostragem (ou seja, a data de amostragem mais sete dias)”, foi divulgado. SSM | Inspecções para garantir segurança no Novo Ano Lunar Depois de o Governo ter reduzido as restrições contra a covid-19, para que os viajantes do Interior possam vir a Macau durante o Ano Novo Lunar, os Serviços de Saúde anunciaram ter levado a cabo várias inspecções. Os locais visitados incluem “o Centro Hospitalar Conde de São Januário, Centros de Saúde, postos fronteiriços de Macau, postos de vacinação contra a COVID-19 e postos de testes de ácido nucleico”. Estas visitas foram adoptadas, segundo o Governo, para “verificar a implementação das medidas antiepidémicas”, “elaborar e planear planos de resposta em diferentes cenários” e implementar a “estratégia antiepidémica de prevenir casos importados e evitar o ressurgimento interno”. O Governo declarou ainda ter como objectivo “garantir que os residentes possam celebrar o Ano Novo Lunar num ambiente saudável e seguro”. Vacinas | Boletim individual ganha versão digital O porta-voz do Conselho Executivo, André Cheong anunciou na passada sexta-feira a conclusão do debate à volta do projecto de regulamento administrativo sobre o Regime de Vacinação. Segundo o diploma, com o objectivo de promover a governação electrónica, o Boletim Individual de Vacinações vai poder ser emitido em formato digital, para além da versão em papel. Para tal, os Serviços de Saúde (SSM) vão criar uma plataforma electrónica para registar o histórico de vacinação dos residentes, sendo que os médicos ou enfermeiros responsáveis pela inoculação ficarão também a cargo de preencher essa mesma informação na plataforma. Para além de definir quem beneficia de isenção das taxas de vacinação entre não residentes, o regulamento estabelece ainda que a dispensa de vacinação deve ser concedida por um médico autorizado pelo director dos SSM. A dispensa de vacinação deverá igualmente ficar registada no boletim individual de vacinação das pessoas isentas.
Hoje Macau China / ÁsiaEpidemiologista chinês avisa para surtos de covid-19 dez vezes maiores em Xangai O epidemiologista Zhang Wenhong alertou hoje as autoridades de Xangai que, devido ao “levantamento global” das medidas contra a covid-19, a China enfrenta “mais riscos”, pelo que a cidade deve “preparar-se para surtos cinco ou dez vezes maiores”. Ao contrário dos países que levantaram as suas restrições, a China “não pode relaxar de forma alguma as medidas de prevenção contra a pandemia”, advertiu Zhang, numa carta enviada ao governo de Xangai. A disseminação da variante Ómicron, caracterizada como altamente contagiosa, traria grande pressão sobre o sistema de saúde, segundo alertou o epidemiologista. O especialista, que lidera a luta contra a pandemia em Xangai e é um dos rostos mais reconhecidos entre os epidemiologistas chineses, recomendou que as autoridades “realizem simulações”, “reforcem o sistema de tratamento” e “façam um bom trabalho na preparação dos materiais e na organização de cursos de formação”. Na missiva, Zhang lembrou que a nova variante “está a espalhar-se pelo mundo a uma velocidade sem precedentes”, o que implica o risco de “casos importados” do exterior, que podem somar-se a “casos de transmissão local”. A China continua a aplicar uma política de tolerância zero contra o novo coronavírus, estratégia que envolve campanhas massivas de testes de diagnóstico PCR e restrições à mobilidade sempre que um caso é detetado. Desde março de 2020, as fronteiras do país asiático estão praticamente fechadas para visitantes estrangeiros não residentes. Todos os passageiros que chegam à China devem passar por uma quarentena centralizada de pelo menos 14 dias em hotéis pagos pelo viajante. Xangai continua a ser uma das principais portas de entrada no país. As autoridades locais decidiram aumentar os 14 dias de vigilância centralizada para 21 no caso de viajantes que não residem na cidade, uma política que vai ser mantida até pelo menos 31 de março, segundo a agência noticiosa oficial Xinhua. Segundo dados oficiais chineses, desde o início da pandemia, 105.660 pessoas foram infetadas no país e 4.636 morreram. A covid-19 provocou pelo menos 5,58 milhões de mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse (AFP).