Hoje Macau EventosMAM | Obras dos séculos XVIII a XIX reveladas em nova exposição O Museu de Arte de Macau acolhe, a partir desta sexta-feira, uma nova exposição que remete para a recriação das cidades que compõem a Grande Baía por artistas que viveram nos séculos XVIII e XIX. Um dos artistas em destaque é George Chinnery, cujo 250º aniversário do seu nascimento se celebra este ano É inaugurada esta sexta-feira uma nova exposição no Museu de Arte de Macau (MAM) que apresenta a forma como artistas chineses e estrangeiros dos séculos XVIII a XIX retrataram não só Macau, como também os restantes territórios de Guangdong, no que hoje chamamos a Grande Baía. A mostra intitula-se “Integração Artística entre a China e Ocidente nos Séculos XVIII-XIX” e é não só organizada pelo MAM como pelo Museu de Guangdong (Museu Luxun de Cantão), além de contar com o apoio do Museu de Arte de Hong Kong. Segundo um comunicado do IC, esta mostra apresenta três perspectivas distintas, em termos de estilos técnicas e materiais de pintura, revelando um “diálogo visual e a integração entre a China e o Ocidente, promovidos por artistas locais e estrangeiros na região do Delta do Rio das Pérolas, durante os séculos XVIII e XIX”. A iniciativa, integrada no programa da 34.ª edição do Festival de Artes de Macau, é tida como a “maior exposição de pintura histórica, com exportação de peças, jamais realizada em Macau”, estando disponíveis para admirar mais de 300 peças ou conjuntos de pinturas do MAM e do Museu de Macau, além de obras dos espaços museológicos de Guangdong e Hong Kong. Assim, o MAM pretende apresentar ao público local “um panorama completo da origem e do desenvolvimento da pintura exportada” sobre os territórios, além de “realçar o espírito inclusivo e exploratório dos artistas de Guangdong, Macau e Hong Kong no âmbito do processo de globalização do comércio que teve lugar há dois séculos”. Parabéns a Chinnery Um dos artistas em destaque na mostra, tendo em conta “o número especialmente numeroso de obras”, é George Chinnery, cujo 250.º aniversário de nascimento se celebra este ano. Incluem-se, assim, “uma série de quadros valiosos que serão expostos pela primeira vez no território, proporcionando uma reflexão abrangente sobre a importante influência de Chinnery no sul da China no século XIX”, além de se realçar “o papel de Macau como ponto de encontro entre as culturas chinesa e ocidental”. Nesta exposição, as obras revelam inúmeros temas “como plantas, barcos, paisagens, retratos e pintura de género”, podendo o público observar “o diálogo criado entre as técnicas da pintura chinesa e ocidental”. Dá-se, assim, a conhecer “várias formas de expressão artística, incluindo óleo, aguarela, guache, esboço e gravura, proporcionando uma visão panorâmica da integração e adaptação de materiais de pintura então usados”. Workshops para todos Além da exposição propriamente dita, o público poderá ter um contacto mais próximo com as obras graças às visitas guiadas, realizadas em cantonense, todos os sábados, domingos e feriados às 15h a partir do dia 18 de Maio. Irão ainda realizar-se “visitas guiadas especiais”, palestras, workshops e concertos, sem esquecer as “visitas artísticas” dedicadas à obra de George Chinnery. Estas visitas, intituladas “Passeando pelas Ruas de Macau nas Pinturas de Chinnery” e “Passeando no Museu de Arte de Macau” focam-se nos vestígios de George Chinnery em Macau, proporcionando possibilidades de interpretação do seu estilo de pintura, bem como das obras de arte exportadas da China nos séculos XVIII e XIX. A exposição pode ser vista no MAM até aos dias 11 de Agosto no piso 4, enquanto no piso 3 a mostra fica disponível até 15 de Setembro.
Hoje Macau EventosMAM acolhe exposição sobre budismo tibetano Será inaugurada este sábado a exposição “Eminência Dourada: Tesouros do Museu do Palácio e do Mosteiro de Tashi Lhunpo”, que pode ser vista no Museu de Arte de Macau (MAM) até ao dia 17 de Março do próximo ano. Segundo uma nota do Instituto Cultural (IC), trata-se de uma mostra organizada pelo MAM em parceria com o Museu do Palácio, a Agência do Património Cultural da Região Autónoma do Tibete e o Mosteiro de Tashi Lhunpo, incluindo outros apoios. A apresentação conta com 137 peças de tesouros das colecções do Museu do Palácio e do Mosteiro de Tashi Lhunpo, sendo esta a “primeira exposição realizada fora do interior da China dedicada aos Panchen Lamas e à arte budista da corte imperial”. Segundo o IC, o budismo tibetano tem uma longa história e um papel importante na história chinesa desde o século XVII, sendo que o Mosteiro de Tashi Lhunpo, o templo representativo da linhagem Gelug do budismo tibetano é a sede tradicional dos Panchen Lamas, e também um centro da arte e da cultura da região do Tibete interior. Durante a dinastia Qing, estabeleceu-se uma estreita relação política entre os Panchen Lamas e a corte imperial, realizando-se frequentes trocas de ofertas entre as duas partes. Como resultado dessa ligação, o budismo tibetano foi gradualmente difundido e promovido na corte da dinastia Qing. Entre as relíquias do budismo tibetano guardadas no Museu do Palácio, permanecem objectos produzidos pelas Oficinas Imperiais Qing, assim como “oferendas de incalculável valor” originárias das regiões tibetanas e mongóis. Música e palestras A mostra patente no MAM é composta por três secções, nomeadamente “Do Mosteiro de Tashi Lhunpo ao Museu do Palácio”, “Arte do Mosteiro de Tashi Lhunpo” e “Tesouros do Sexto Panchen Lama”. O público poderá conhecer de perto “a interacção entre o Tibete e os Qing a nível de arte e técnica, bem como as contribuições dos sucessivos Panchen Lamas na unificação e na consolidação de um país multiétnico”. Além da mostra propriamente dita, serão realizadas actividades adicionais, nomeadamente o concerto “Música no Museu de Arte de Macau”, que se realiza no domingo pelas 15h30, bem como o “Momento Musical com Taças Tibetanas” que se organiza também domingo, às 17h30, e no dia 30 de Dezembro à mesma hora. “Falar com o Coração: Oficina de Taças Tibetanas” é outra das actividades promovida pelo IC que se realiza domingo pelas 19h e depois novamente no dia 30 à mesma hora. Neste evento, o público “poderá experimentar a cultura tibetana e a paz interior através do som das taças tibetanas”.
Hoje Macau Eventos“Retrospectiva Centenária da Arte de Lok Cheong” celebra patriotismo Está patente no terceiro piso do Museu de Arte de Macau (MAM) a exposição “Retrospectiva Centenária da Arte de Lok Cheong”, co-organizada pelo museu e a Associação dos Artistas de Belas-Artes de Macau. Lok Cheong (1923–2006), um dos membros fundadores da Associação dos Artistas de Belas-Artes de Macau, foi presidente da associação vários anos, tendo estimulado os artistas emergentes de Macau ao mesmo tempo que unia os entusiastas da arte. O Instituto Cultural (IC) aponta que o incontornável artista “promoveu constantemente o intercâmbio cultural entre Macau e o Interior da China e não poupava esforços no desenvolvimento das belas-artes, dando um grande contributo para o sector da pintura de Macau”. As suas experiências de vida proporcionaram-lhe um leque de temas variados e as suas obras oferecem reflexões sobre a realidade. As suas pinturas a óleo, nomeadamente “Vivendo da recolha de resíduos” e “Oferta de arroz pela Pátria”, mostram a vida simples e comovente do povo. Os familiares de Lok Cheong doaram mais de 200 trabalhos do artista e 100 obras dos seus amigos ao Museu de Arte de Macau do Instituto Cultural. Neste ano, que marca o centenário do nascimento de Lok Cheong, o MAM organiza especialmente esta exposição retrospectiva, que abrange 100 pinturas seleccionadas de Lok Cheong, assim como alguns dos seus desenhos paisagísticos e obras de seus amigos artistas, agora mostradas pela primeira vez, totalizando 150 trabalhos que incluem pinturas a óleo, aguarelas, pinturas a tinta-da-china, desenhos, manuscritos e documentos. Elite na inauguração A mostra está dividida em cinco secções: “Amor à Pátria”, “Captando o Carácter de Macau”, “Retratos”, “Desenhando do Coração” e “Obras de Companheiros Artistas”, com vista a mostrar o testemunho do artista sobre as grandes transformações da Pátria e da sociedade de Macau ao longo da sua vida. A cerimónia de inauguração da exposição reuniu algumas personalidades da elite política local, como o vice-presidente da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês e ex-Chefe do Executivo Edmund Ho, o director do Departamento de Propaganda e Cultura do Gabinete de Ligação do Governo Popular Central na RAEM, Wan Sucheng, a presidente do Instituto Cultural, Deland Leong Wai Man e o deputado Chui Sai Peng José apresentado no comunicado do IC como presidente da Associação dos Calígrafos e Pintores Chineses Yu Un de Macau. Participaram também na cerimónia representantes da família de Lok Cheong, nomeadamente Lok Po (director do jornal Ou Mun e representante de Macau Assembleia Popular Nacional) e Lok Hei (director da Associação de Artistas da China, e presidente da Sociedade de Artistas de Macau, entre outros cargos de direcção em associações). A “Retrospectiva Centenária da Arte de Lok Cheong” está patente ao público até 7 de Abril e tem entrada livre.
Hoje Macau EventosMAM | Exposição retrospectiva com obras de Lok Cheong inaugura esta sexta-feira Um total de 150 obras do artista Lok Cheong, conhecido pintor de Macau, podem ser vistas numa mostra retrospectiva no Museu de Arte de Macau a partir desta sexta-feira. Lok Cheong, falecido em 2006, pintou paisagens e retratos, explorando a aguarela, óleo ou tinta-da-china “Retrospectiva Centenária da Arte de Lok Cheong” é o nome da nova exposição que pode ser vista a partir desta sexta-feira no Museu de Arte de Macau (MAM), organizada pelo Instituto Cultural (IC) e pela Associação dos Artistas de Belas-Artes de Macau. A mostra sobre o famoso pintor de Macau, nascido em 1923 e falecido em 2006, apresenta ao grande público um conjunto de 150 obras que abrangem “alguns dos seus desenhos paisagísticos e obras notáveis de amigos artistas, que são mostradas pela primeira vez”, revela o IC em comunicado. Revelam-se “pinturas a óleo, aguarelas, pinturas a tinta-da-china, desenhos, manuscritos e documentos, ilustrando, no seu conjunto e de forma completa, o percurso e as realizações artísticas de Lok Cheong ao longo de 50 anos”. Antigo presidente da Associação dos Artistas de Belas-Artes de Macau, Lok Cheong sempre procurou “estimular e apoiar os artistas emergentes de Macau, ao mesmo tempo que unia os entusiastas da arte, tendo promovido constantemente o intercâmbio cultural e artístico entre Macau e o Interior da China”. O artista deu ainda “uma grande contribuição para os círculos de pintura locais”. Cinco áreas Segundo o IC, Lok Cheong era famoso “não só pelas suas aguarelas, mas também pelas pinturas a óleo e a tinta-da-china”. A exposição no MAM divide-se em cinco áreas, nomeadamente “Amor à Pátria”, “Captando o Carácter de Macau”, “Retratos”, “Desenhando do Coração” e “Obras de Companheiros Artistas”. A ideia é que todos os trabalhos possam “reflectir o espírito artístico de Lok Cheong que combinava a fusão técnicas de pintura chinesas e ocidentais, bem como o seu fervoroso amor pela Pátria e por Macau”. No sábado, haverá uma actuação ao vivo protagonizada pela Orquestra Chinesa de Macau no MAM, às 14h, proporcionando “uma experiência que combina melodias e artes visuais”. Segue-se, uma hora depois, uma conversa sobre a “Retrospectiva Centenária da Arte de Lok Cheong”, que será conduzida pelo curador do MAM, Ng Fong Chao. A sessão, realizada em cantonense, contará ainda com a presença de vários artistas veteranos da Associação dos Artistas de Belas-Artes de Macau, nomeadamente Ung Si Meng, Cheong Siu Chun, Cheong Iu Sang e Lai Ieng, assim como do investigador do MAM, Chan Kai Chon. Na palestra irá falar-se da vida, carreira e arte de Lok Cheong. A “Retrospectiva Centenária da Arte de Lok Cheong” estará patente ao público até 7 de Abril de 2024.
Hoje Macau EventosPropriedade intelectual | IC promove palestra com Li Yan, fundador da SCREW Realiza-se a 3 de Dezembro no Museu de Arte de Macau a “Conferência sobre a Cultura Pop da Nova Era e a Tendência da Indústria de Licenciamento de Propriedade Intelectual”, que conta com a presença de Li Yan, artista do interior da China e fundador da SCREW, uma marca de propriedade intelectual O auditório do Museu de Arte de Macau (MAM) acolhe a 3 de Dezembro uma palestra com Li Yan, conhecido artista oriundo do interior da China ligado à cultura pop e às questões de propriedade intelectual. A “Conferência sobre a Cultura Pop da Nova Era e a Tendência da Indústria de Licenciamento de Propriedade Intelectual” acontece às 15h e revela a visão do fundador da marca de propriedade intelectual SCREW, a fim de “partilhar a sua experiência no que toca à criação e licenciamento de [marcas]”, adianta o Instituto Cultural (IC), em comunicado. As inscrições para a sessão terminam no próximo domingo, 26. O IC adianta que Li Yan “é um conhecido artista contemporâneo, artista digital e um coleccionador de figuras da arte pop, sendo também o primeiro artista chinês de figuras da arte pop a ser apresentado num leilão de arte contemporânea na China”. Trata-se, assim, de uma “personagem altamente activa no panorama das indústrias culturais do Interior da China”, tendo sido apresentado, juntamente com as suas obras, no edifício Nasdaq, na Times Square em Nova Iorque. Li Yan é também autor do livro “Cultura China Meng – Criando um PI de Mascote Global” [China Meng Culture – Creating a Global Mascot IP] e fundador da SCREW, “uma conhecida marca de propriedade intelectual do Interior da China que conta, no seu currículo, com colaborações com várias marcas internacionalmente conceituadas”. Li Yan ajudou ainda a fundar as marcas “NOWAYART” e “Manyan Xingqiu”. Promover profissionalização O IC descreve que o seminário terá como tema “Cultura Pop da Nova Era e a Tendência das Indústrias de Licenciamento de Propriedade Intelectual”, sendo que Li Yan irá “dar a conhecer os seus casos da criação de marcas de propriedade intelectual, assim como partilhar a sua experiência e sucesso no licenciamento” de marcas de propriedade intelectual. Com esta palestra, o IC pretende “continuar a incentivar a profissionalização e a industrialização do sector das indústrias culturais e criativas de Macau, esperando aproveitar estes eventos para aprofundar os conhecimentos dos profissionais interessados na criação de marcas de propriedade intelectual e pela sua concessão”. A conferência será realizada em mandarim. As inscrições podem ser feitas na plataforma de “Conta Única”, sendo que se o número de inscritos ultrapassar o limite das vagas, a admissão será feita por sorteio. Os inscritos seleccionados receberão a notificação por SMS no dia 27 deste mês.
Andreia Sofia Silva EventosMAM | Mostra de Fang Lijun, nome de vulto da arte contemporânea chinesa Um dos grandes nomes da arte contemporânea chinesa expõe em Macau a partir de sexta-feira. “Fang Lijun: A Luz Poeirenta” é o título da mostra que estará patente no Museu de Arte de Macau e que revela o trabalho de um dos pioneiros do movimento artístico “Realismo Cínico” O Museu de Arte de Macau (MAM) acolhe, a partir desta sexta-feira, a mostra “Fang Lijun: A Luz Poeirenta” que revela um total de 190 trabalhos do reconhecido artista chinês Fang Lijun, um dos maiores nomes da arte contemporânea chinesa que começou a ganhar um grande desenvolvimento a partir da década de 90. Esta exposição conta com o apoio da Universidade de Cerâmica de Jingdezhen, do Museu de Arte de Guangdong e de Luzhou Laojiao – National Cellar 1573, tendo ainda o apoio, na vertente académica e de pesquisa, do Arquivo de Arte Contemporânea. Poderão, assim, ser vistos quadros com as conhecidas “figuras carecas” de Fang Lijun, que foi um dos pioneiros do “Realismo Cínico”, um movimento artístico surgido na China nos anos 90, bem como dos movimentos “Cultura Malandra” e “Nova Arte da China pós-1989”. Segundo uma nota do MAM, o fio narrativo desta mostra baseia-se no conceito “Humanos e Figuras”, apresentando “uma perspectiva clássica e, ao mesmo tempo, nova e refrescante sobre Fang”. Nesta exposição, “o artista faz interagir e fundir, de modo desconstrutivo, os retratos típicos e os rostos estereotipados de uma época, a fim de capturar as dores e os sentimentos universais do tempo presente e da vida de modo transcendental”. O público poderá ver os trabalhos repartidos em quatro secções principais, intituladas “Passagem: O Processo de Crescimento”, “Introspecção: Auto-retratos”, “Reflexões Mútuas: Amigos”, e “A Luz Poeirenta: Humano”. Pretende-se, assim, “dar a conhecer o percurso criativo do artista ao longo de mais 40 anos, especialmente a última década, com particular destaque para as suas novas experiências com uma variedade de técnicas”. Reflexo social Com a abertura do país ao mundo, a partir da década de 80, graças às reformas económicas, a própria arte chinesa começou a ganhar grande desenvolvimento e notoriedade internacional, levando para a tela temas diferentes do que eram até então revelados pelos artistas. O trabalho de Fang Lijun é também um reflexo das mudanças sociais e económicas que ocorrem no país, retratando a desilusão da juventude e os sentimentos de rebeldia ou de não pertença em relação a uma série de bruscas alterações ocorridas no país na altura. Os quadros contêm ficções que sugerem cenários sócio-económicos reais, protagonizados por personagens carecas. Ao mesmo tempo, Fang Lijun é um artista capaz de recorrer a técnicas mais tradicionais no seu trabalho. Nascido Handan, província de Hebei, o artista chinês já realizou 52 exposições individuais em diversos museus e galerias de arte no país e no exterior, tendo também participado em muitas exposições colectivas, como a Bienal de Veneza, a Bienal Internacional de Arte de São Paulo, a Bienal de Arte de Gwangju e a Bienal de Xangai. As suas obras integram colecções de muitos museus de arte famosos do mundo. A exposição “Fang Lijun: A Luz Poeirenta” estará patente até ao dia 11 de Junho. Serão ainda organizadas visitas guiadas, em cantonense, todos os sábados, domingos e feriados, às 15h, a partir do dia 11 deste mês.
Hoje Macau EventosMuseu de Arte de Macau inaugura hoje nova exposição Chama-se “Começo Auspicioso: Tradições do Festival da Primavera na Cidade Proibida” e é a nova exposição patente no Museu de Arte de Macau (MAM) até ao dia 5 de Março do ano que vem. Haverá visitas para grupos na próxima terça-feira, 20, e no último dia da exposição. Nas palavras de Un Sio San, directora do MAM, esta é uma mostra “cheia de alegrias primaveris”, sendo uma “exposição temática de relíquias culturais do Museu do Palácio que está mais estreitamente associada ao quotidiano da vida das pessoas ao longo dos anos”. “Através de uma apresentação abrangente das cerimónias de Ano Novo da dinastia Qing, a exposição oferece aos visitantes uma festa cultural chinesa auspiciosa, festiva e colorida”, adiantou. A mostra inclui um total de 120 peças ou conjuntos de “preciosas relíquias culturais, incluindo caligrafia e pinturas, livros antigos, selos reais, mantos, ornamentos, objectos de ritos, instrumentos musicais e artesanato, apresentando na íntegra a paisagem cultural das celebrações do Ano Novo Lunar na corte Qing”. Desta forma, os visitantes podem ver as indispensáveis decorações do Festival da Primavera, tais como o trabalho caligráfico imperial Doufang com personagem carácter “bênção” (fu) do Imperador Qianlong, monósticos (chuntiao), deuses da porta, bem como a moeda de ouro como amuleto, bolsa e frasco de rapé oferecidos pelo imperador como prendas de Ano Novo. Além disso, podem também ser apreciados os requintados artigos de mesa usados para comer jiaozi (uma espécie de ravióli) e beber Chá das Três Purezas (Sanqing Cha) durante o Festival da Primavera no palácio imperial. Rituais e antepassados Esta exposição pretende também mostrar os rituais de veneração aos antepassados na corte Qing, uma vez que este acto e a realização de um banquete familiar no período do Ano Novo Chinês “reflecte o respeito e o cumprimento dos actos de piedade filial e amor fraternal por parte da realeza”. Encontramos aqui “diferentes rituais”, onde se inclui a escrita da primeira caligrafia de “bênção” (Fu), do Ano Novo ou “acolher banquetes de chá para honrar cortesãos talentosos”, personificando “a visão do imperador governante da sua família e do país”. A directora do MAM destaca que “a celebração do Ano Novo é mais bem representada pela realeza”, com os “ritos rigorosos, grande pompa, trajes deslumbrantes, presentes generosos”. “Tudo isto serve para fortalecer os laços familiares, manter a harmonia nas relações imperador-cortesãos, consolidar o Estado e melhorar as relações diplomáticas com outros países. Há significados auspiciosos, intenções políticas, acumulação histórica e conotação cultural em tudo”, concluiu numa nota sobre a exposição.
Andreia Sofia Silva EventosMAM | Percursores da arte moderna em exposição a partir de hoje Obras de pintores como Ennio Belsito, Kwok Se e Armando Vivanco, entre outros, podem ser vistas a partir de hoje no Museu de Arte de Macau na exposição “Prelúdio do Estilo Moderno de Macau”, que revela, em cada quadro, os primórdios da arte moderna no território O Museu de Arte de Macau (MAM) apresenta, a partir de hoje, a exposição “Prelúdio do Estilo Moderno de Macau”, que pode ser vista até ao dia 7 de Maio do próximo ano. A mostra revela algumas das obras mais marcantes do arranque do modernismo em Macau, e inclui quadros como “Mulher carregando uma criança” de Ennio Belsito, datado de finais do século XIX. De destacar que Ennio Belsito, pintor italiano, é autor de um dos quadros mais conhecidos de Manuel da Silva Mendes, que viveu em Macau entre 1901 e 1931 e é tido como um dos intelectuais mais importantes da primeira metade do século XX no território. Os amantes da arte podem ainda ver trabalhos de pintores como Armando Vivanco, nascido em 1936 e falecido em 2012, cujo quadro “O Passeio Nocturno”, datado de 1984, estará exposto no MAM. Destaque ainda para a presença da obra “Cena pitoresca de porto pesqueiro”, de 1964 e da autoria de Kwok Se, pintor que viveu entre os anos de 1919 e 1999. “Estúdio Nello”, de Chen Shou Soo, pintor nascido em 1915 e falecido em 1984, será outro dos nomes presentes na mostra. A exposição tem como objectivo traçar, “através de mais de 150 obras com um estilo distinto, da autoria de 60 artistas”, os percursos pela pintura moderna de artistas de Macau ou de artistas com importantes ligações a Macau, desde o início do século XX até 1986. Aposta na casa Grande parte da exposição foi construída com peças pertencentes às colecções do MAM, enquanto que outras obras de arte “foram emprestadas por pintores e coleccionadores”, existindo uma “predominância das pinturas a óleo, complementadas por aguarelas, esboços e esculturas”. Uma nota do Instituto Cultural aponta que a ideia por detrás da colecção exposta se centra “em figuras e eventos na área artística de Macau, entrelaçando experiências de associações artísticas importantes, grandes mestres e seus discípulos em diferentes períodos”. O objectivo é que o público possa “rever este processo de desenvolvimento das belas-artes modernas de Macau cheio de sentimentos românticos”. A mesma nota dá conta que o século XX “marca a formação do estilo artístico de Macau bem como seu grande desenvolvimento e florescência”, pelo que as obras deste período “nos permitem olhar, em retrospectiva, os percursos dos artistas daquela geração, numa época de recursos escassos e com o espírito de ‘combinação ecléctica da China e do Ocidente, do passado e do presente’, abrindo um novo capítulo para a localização da pintura ocidental e definiram o tom para a pintura ocidental de Macau”.
Hoje Macau EventosMAM | “Zhao Zhao: Um Longo Dia” inaugurada esta sexta-feira O Museu de Arte de Macau (MAM) acolhe, a partir desta sexta-feira, a exposição “Zhao Zhao: Um Longo Dia”, que estará patente até ao dia 30 de Outubro. Esta é a primeira exposição individual em Macau do artista chinês contemporâneo que contém um total de 82 peças ou conjuntos de obras, com curadoria de Cui Cancan. A carreira de Zhao Zhao teve início em 2006 e o artista explora as vertentes da pintura, instalação e escultura, sem esquecer os estudos sobre a cultura antiga chinesa. “Ligando obras que evidenciam a exploração constante de questões associadas ao tempo, ao espaço e à nossa era, a mostra pretende dar a conhecer aos visitantes as ideias artísticas únicas de Zhao Zhao, bem como os seus novos métodos criativos e o seu uso de diversos meios de expressão”, aponta uma nota de imprensa. Em 2014 a revista Modern Painters destacou Zhao Zhao como um dos 25 artistas a ter em atenção em todo o mundo. Este foi reconhecido com o Prémio de Artista do Ano no âmbito da 13.ª edição do Prémio de Arte da China em 2019, sendo uma figura representativa da nova geração de artistas contemporâneos chineses. Nas suas obras, Zhao Zhao estabelece uma ligação entre a tradição histórica chinesa ao longo do tempo e do espaço, a realidade actual e as tendências artísticas em constante transformação. Combinando expressões artísticas contemporâneas e a essência da cultura tradicional, Zhao Zhao criou o seu próprio estilo artístico e método de trabalho para dar expressão à vida humana no actual ambiente global e à nossa realidade na sociedade moderna, mostrando ainda a sua atitude em relação à coexistência do colectivismo e dos ideais individuais.
Hoje Macau EventosMAM | Exposição “Imaginação Selvagem” decorre até Junho O Museu de Arte de Macau (MAM) tem patente, até ao dia 19 de Junho, a exposição “Imaginação Selvagem: Arte a Tinta Contemporânea em Guangdong-Hong Kong-Macau de 2000 a 2022”. Trata-se de uma mostra organizada pelo Instituto Cultural (IC) e pelo Departamento de Cultura e Turismo da Província de Guangdong, integrando a 32ª edição do Festival de Artes de Macau. A exposição “apresenta a natureza de auto-demonstração e a expressão criativa da arte a tinta contemporânea em Guangdong, Hong Kong e Macau, analisando e estudando as obras expostas do ponto de vista da história ideológica e da sociologia”. Dividindo-se em quatro secções, de acordo com o respectivo tema e método, nomeadamente “Natureza como Poesia”, “Imaginação Selvagem – Imagem”, “Pensamento Metafísico” e “Paisagens em Tinta e Água”, a exposição reúne cerca de 80 peças ou conjuntos de arte a tinta contemporânea da autoria de mais de 50 artistas de Guangdong, Hong Kong e Macau. O objectivo é “observar, classificar e resumir a evolução desta arte nestas três regiões do século XXI ao presente através de uma série de obras de arte criadas em diferentes fases”. A exposição reúne, assim, “obras de pintura a tinta contemporâneas, técnica mista, animação, instalação de vídeo e instalação”, pretendendo revelar “a evolução da arte a tinta na região da Grande Baía, que partiu da pintura tradicional chinesa para se transformar numa linguagem de arte contemporânea internacional nas últimas duas décadas”.
Hoje Macau EventosBienal de Veneza | MAM acolhe propostas para exposição O Museu de Arte de Macau (MAM) está a acolher propostas para 59ª da Bienal de Veneza, que se realiza em Abril de 2022 na cidade italiana. As propostas que vão integrar o Pavilhão de Macau-China na bienal podem ser entregues até 13 de Agosto. As equipas candidatas a este projecto devem ser constituídas por, pelo menos, dois membros, devendo integrar também um curador. Além disso, todos os membros da equipa concorrente deverão ter mais de 18 anos e pelo menos um dos membros deve ter já participado em exposições de arte contemporânea, ou ter formação na área artística. Os resultados serão anunciados em setembro. A curadora-chefe da exposição é Cecilia Alemani. A Bienal de Veneza – Exposição Internacional de Arte foi fundada em 1895 é a bienal mais antiga e uma das três maiores exposições de arte do mundo, sendo também a maior plataforma internacional de intercâmbio de arte contemporânea. Esta é a sétima vez que o MAM participa sob a designação “Macau-China” neste evento artístico, desde 2007. Um total de 17 artistas participou na exposição em representação de Macau, com o objectivo de “promover a arte contemporânea de Macau no palco internacional” e “dar ao público de todo o mundo a oportunidade de compreender a actual situação da arte de Macau”.
Andreia Sofia Silva Eventos MancheteExposição | Instituto Cultural quer trazer a Macau trabalhos de Siza Vieira O Museu de Arte de Macau poderá receber a exposição “In/Disciplina”, com obras dos arquitectos Álvaro Siza Vieira e Carlos Castanheira. O Instituto Cultural contactou a Fundação de Serralves para tornar a mostra uma realidade, mas a pandemia remeteu o processo de volta à estaca zero O Instituto Cultural (IC) pretende trazer para Macau a exposição “In/Disciplina”, que faz a retrospectiva das obras de arquitectura de Álvaro Siza Vieira, vencedor de um prémio Pritzker, e Carlos Castanheira. A exposição esteve patente na Fundação de Serralves, no Porto, entre 19 de Setembro de 2019 e 5 de Janeiro de 2020. A confirmação foi dada ao HM pelo IC. “O Museu de Arte de Macau (MAM) pretende, no que se refere à exposição ‘Álvaro Siza – In/Disciplina’, exibir, de forma sistemática, as obras arquitectónicas de destaque projectadas por Álvaro Siza em todo o mundo e pretende acrescentar ainda os seus projectos de arquitectura no Interior da China, em Macau e noutras cidades asiáticas.” Foi, neste contexto, solicitado “ao curador da exposição uma nova escolha de obras”, mas a pandemia veio adiar os planos, não existindo, para já, um calendário concreto. “Devido à situação pandémica, o conteúdo, a dimensão, a duração, e os pormenores dos preparativos da exposição, entre outros, estão sujeitos a uma nova avaliação após discussão com os co-organizadores, pelo que não há mais informações a disponibilizar de momento.” Do lado da Fundação de Serralves, também existe vontade de colaboração. “Existe todo o interesse na realização da exposição In/Disciplina no MAM, tendo já sido tomadas as providências necessárias para que tal seja possível. A crise sanitária obrigou à reavaliação de alguns aspectos relativos à exposição, nomeadamente as datas de exibição, algo que está a ser analisado pelo IC do Governo da RAEM e por Serralves.” Mudança de cadeiras O projecto de expor as obras de Siza Vieira em Macau foi tornado público por Carlos Castanheira numa entrevista ao HM. Confrontado com a resposta do IC, o arquitecto, que assina há muitos anos projectos com Siza Vieira, sobretudo na Ásia, disse estar afastado deste projecto, pelo menos para já. “Não sei que contactos Serralves tem mantido com o IC, e vice-versa. Esta situação da pandemia tem-nos limitado muito. Não tenho tido contactos com ninguém de Macau, não tem havido razão”, frisou. Carlos Castanheira recorda que o projecto começou a ser desenvolvido quando Alexis Tam era ainda secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, não afastando a hipótese das alterações se ficarem a dever à mudança de Executivo. “Perdeu-se muito trabalho feito, mas, pelo que sei, os serviços são os mesmos, assim como a maioria das pessoas. Só nos resta aguardar e ver se esta pandemia nos larga para que a exposição, com um ou outro formato, avance e seja uma realidade”, rematou o arquitecto.
João Luz EventosPintura | Exposição de He Duoling amanhã no Museu de Arte de Macau É inaugurada amanhã, no Museu de Arte de Macau, a exposição de um dos pintores cimeiros da arte contemporânea chinesa, He Duoling. A mostra, intitulada “Renascer à Brisa da Primavera: Exposição de Arte de He Duoling” será recebida pela música da Orquestra de Macau [dropcap]D[/dropcap]e Chengdu chega amanhã a Macau a pintura de um dos artistas contemporâneos chineses mais marcantes da actualidade, He Duoling, para uma exposição que será inaugurada no Museu de Arte de Macau, com a organização conjunta do Instituto Cultural (IC) e do He Duoling Art Museum. A inauguração, marcada para as 18h30, será abrilhantada por uma performance ao vivo da Orquestra de Macau. A mostra, intitulada “Renascer à Brisa da Primavera: Exposição de Arte de He Duoling”, é constituída por um conjunto de 48 peças, entre esboços e pinturas a óleo, pintadas em diversos períodos. Além da ligação entre as cores e temas subtis das telas de He Duoling com a música, a cargo da Orquestra de Macau, quem marcar presença amanhã na inauguração vai receber um conjunto de “cartões requintados com poemas inspirados em pinturas, e ainda terão a oportunidade de receber cartazes autografados e comprar álbuns assinados das suas pinturas”. Como destaques na mostra do pintor de Chengdu, o IC realça uma série de obras como “A Casa com Sobreloja”, “Zhai Yongming”, “Torre do Labirinto”, “Lebre”, “Floresta Russa”, “Casa sem Telhado”, entre outras. Bilhete de identidade A linguagem artística de He Duoling centrou-se em expressões de beleza, em mais de quatro décadas de criação, tanto através de uma perspectiva mais realista típica dos primeiros tempos de carreira, como pela atmosfera etérea de contornos esbatidos dos últimos anos de produção artística. Formado no Instituto de Belas Artes de Sichuan, He Duoling é uma das figuras da pintura chinesa contemporânea em termos de projecção internacional, com uma presença em galerias de todo o mundo que lhe valeu a fama desde os anos 1980. Conhecido pelos óleos de nus femininos e imagens de minorias em cenários campestres, em particular do sudoeste da China, o pintor faz parte de uma geração de virtuosos que catapultaram a pintura chinesa para o panorama internacional. Além do traço muito próprio, He parece retirar algum prazer das provocações óbvias às correntes mais mainstream da arte contemporânea. Por exemplo, em 2007 estreou uma exposição intitulada “Youth 2007” que retratava corpos nus de costas viradas para o público, expondo o traseiro. As imagens afastaram-se da crueza da pornografia, ou do cartoon, e deixam a audiência na ambiguidade perante o que estão a ver. Apesar de por vezes He Duong se aproximar de temas aparentemente grosseiros, a subtileza do seu traço não abre margem para ofensa e apenas transmite felicidade e liberdade. Esta linha ténue levou o pintor ao reconhecimento internacional, marcando presença em bienais e grandes exposições, como os famosos “Salons de Paris” no Museu do Louvre, às exposições de belas artes no Museu de Arte de Fukuoka, no Japão, e em galerias de renome no mundo inteiro. A exposição pode ser visitada no Museu de Arte de Macau, na Avenida Xian Xing Hai, NAPE, diariamente entre as 10h e as 19h, com excepção à segunda-feira. A entrada é gratuita.
Hoje Macau EventosIC | MAM expõe trabalho de pintores que evocaram Macau nas suas obras Foi ontem inaugurada, no Museu de Arte de Macau, a exposição “Deambulações pela Paisagem: Colecção do Museu de Arte de Macau”. O público poderá ver várias obras de artistas que retrataram o território através da sua pintura até Agosto de 2021 [dropcap]C[/dropcap]onhecer a forma como Macau foi retratada na pintura de vários autores ao longo do tempo é o que propõe o Museu de Arte de Macau (MAM) na sua mais recente exposição. “Deambulações pela Paisagem: Colecção do Museu de Arte de Macau” é o nome da mostra que estará patente até Agosto de 2021 e que reúne “as pegadas artísticas deixadas em Macau por artistas de diferentes períodos e regiões”, revelando “as paisagens históricas da cidade entre os séculos XVII e XXI”. Para o Instituto Cultural (IC), será possível aos visitantes ter “uma visão geral de criações artísticas subordinadas ao tema de Macau nas eras moderna e contemporânea”. A exposição é composta por três secções, sendo a primeira subordinada ao tema “Imagens Topográficas: Gravuras dos Séculos XVII a XIX”. Tratam-se de gravuras produzidas com base em imagens topográficas originais, mostrando as paisagens de Macau através destes “registos fiéis”. A secção número dois intitula-se “A Sombra de Chinnery: o Artista, os seus Companheiros e Discípulos” e apresenta obras de George Chinnery, considerado o pintor ocidental mais influente do Sul da China durante o século XIX. Podem também ser vistas obras dos amigos de Chinnery que viveram em Macau, como Thomas Watson, William Prinsep e Auguste Borget, bem como do seu discípulo de Macau, Marciano Baptista. Estas obras servem como um registo das suas memórias da cidade e da sua preciosa amizade, descreve o IC. A secção número três dá pelo nome de “Traços de Arte Moderna: Trabalhos dos séculos XX a XXI” e apresenta obras de 12 artistas da Europa, Estados Unidos, Japão, Hong Kong e Guangdong. São trabalhos que “oferecem perspectivas mais diversas na sua representação de Macau”. Um total de 160 obras de arte estarão expostas. Concertos e workshops Além da exposição, o MAM associa-se à Orquestra Chinesa de Macau (OCHM) na apresentação de um concerto integrado no ciclo “Concertos em Museus” da Orquestra, a ter lugar sábado, dia 24 de Outubro, pelas 16h. Além disso, os artistas Ung Vai Meng, ex-presidente do IC, e James Wong vão dar workshops de desenho e de pintura em prato de porcelana a todos aqueles que são “Amigos do MAM”, além de estarem programadas também visitas guiadas. Estas iniciativas decorrem a partir do final deste mês e estão sujeitas a inscrição, com vagas limitadas.
admin EventosMAM | Relíquias do intercâmbio cultural entre Oriente e Ocidente em exposição A inauguração da exposição “A Cidade Proibida e a Rota Marítima da Seda” acontece já no próximo sábado no Museu de Arte de Macau (MAM) e apresenta mais de 100 relíquias culturais do auge do intercâmbio entre civilizações [dropcap]“M[/dropcap]acau foi sem dúvida um núcleo da Rota Marítima da Seda. Após os feitos portugueses na Era dos Descobrimentos, no final do século XV, Macau tornou-se um porto de trânsito entre a China e o Sudeste Asiático, Japão e Europa, e uma importante plataforma para trocas comerciais, científicas, artísticas e religiosas. Durante as dinastias Ming e Qing, missionários e pintores ocidentais que mais tarde serviriam na corte interna chinesa entraram na China continental sempre a partir de Macau”, recorda Chan Kai Chon, presidente do Instituto Cultural (IC) na nota de abertura da exposição publicada no portal online do MAM. Para lá e para cá, o mundo nunca mais foi o mesmo e, felizmente, há objectos que podem fazer prova disso mesmo. O Museu de Arte de Macau (MAM) abre portas já no próximo sábado à segunda fase da mega-série de exposições dedicada ao tema “A Grande Viagem”, que inclui as exposições, “A Cidade Proibida e a Rota Marítima da Seda” e “Produtos Culturais e Criativos do Museu do Palácio e Área Educacional” para apresentar uma vasta colecção de relíquias culturais que testemunharam a “época dourada” da Rota da Seda. Apresentando um total de quase 150 relíquias culturais de grande valor provenientes do acervo do Museu do Palácio, incluindo porcelanas, instrumentos científicos, relógios, artigos de uso diário, peças esmaltadas, obras de caligrafia, pinturas e tecidos relacionados com a Rota Marítima da Seda, a exposição “A Cidade Proibida e a Rota Marítima da Seda” divide-se em três secções: “Atravessando os Oceanos”, “Influência ocidental chega a oriente” e “Eclectismo”. As peças da colecção representam “frutos das trocas e interacções das cortes Ming e Qing com o mundo exterior, ilustrando o papel significativo de Macau como antigo entreposto internacional no Extremo Oriente”, pode ler-se num comunicado oficial. Este conjunto de relíquias culturais inclui sobretudo tributos apresentados por enviados estrangeiros, presentes e objectos trazidos por missionários ocidentais e caligrafia e pinturas produzidas já na corte por esses missionários, bem como vários produtos comprados ou feitos por encomenda da corte ou por oficinas imperiais ou provinciais, imitando e adaptando criativamente os produtos importados. Tesouros ocultos Já a exposição “Produtos Culturais e Criativos do Museu do Palácio e Área Educacional” pretende dar a conhecer a cultura que se esconde por trás dos muros da Cidade Proibida a partir de diferentes perspectivas e “através da apresentação de diferentes aspectos, incluindo trajes e joias da corte, relíquias culturais e objectos relacionados com os mares e a astronomia usados no Palácio, relógios, os 24 termos solares e a vida na corte”. Exibindo produtos culturais e criativos que evidenciam o valor cultural intrínseco da colecção do Museu do Palácio, a mostra pretende rejuvenescer a cultura tradicional, dando a conhecer aos visitantes a história do intercâmbio comercial e artístico que se desenvolveu ao longo da Rota Marítima da Seda e revelando ao mesmo tempo a vida da corte e a sua cultura. “Macau foi sem dúvida um núcleo da Rota Marítima da Seda. Após os feitos portugueses na Era dos Descobrimentos, no final do século XV, Macau tornou-se um porto de trânsito entre a China e o Sudeste Asiático, Japão e Europa, e uma importante plataforma para trocas comerciais, científicas, artísticas e religiosas. Durante as dinastias Ming e Qing, missionários e pintores ocidentais que mais tarde serviriam na corte interna chinesa entraram na China continental sempre a partir de Macau”, disse na nota oficial da exposição, em jeito de remate, Chan Kai Chon.
Pedro Arede EventosMAM | Relíquias do intercâmbio cultural entre Oriente e Ocidente em exposição A inauguração da exposição “A Cidade Proibida e a Rota Marítima da Seda” acontece já no próximo sábado no Museu de Arte de Macau (MAM) e apresenta mais de 100 relíquias culturais do auge do intercâmbio entre civilizações [dropcap]“M[/dropcap]acau foi sem dúvida um núcleo da Rota Marítima da Seda. Após os feitos portugueses na Era dos Descobrimentos, no final do século XV, Macau tornou-se um porto de trânsito entre a China e o Sudeste Asiático, Japão e Europa, e uma importante plataforma para trocas comerciais, científicas, artísticas e religiosas. Durante as dinastias Ming e Qing, missionários e pintores ocidentais que mais tarde serviriam na corte interna chinesa entraram na China continental sempre a partir de Macau”, recorda Chan Kai Chon, presidente do Instituto Cultural (IC) na nota de abertura da exposição publicada no portal online do MAM. Para lá e para cá, o mundo nunca mais foi o mesmo e, felizmente, há objectos que podem fazer prova disso mesmo. O Museu de Arte de Macau (MAM) abre portas já no próximo sábado à segunda fase da mega-série de exposições dedicada ao tema “A Grande Viagem”, que inclui as exposições, “A Cidade Proibida e a Rota Marítima da Seda” e “Produtos Culturais e Criativos do Museu do Palácio e Área Educacional” para apresentar uma vasta colecção de relíquias culturais que testemunharam a “época dourada” da Rota da Seda. Apresentando um total de quase 150 relíquias culturais de grande valor provenientes do acervo do Museu do Palácio, incluindo porcelanas, instrumentos científicos, relógios, artigos de uso diário, peças esmaltadas, obras de caligrafia, pinturas e tecidos relacionados com a Rota Marítima da Seda, a exposição “A Cidade Proibida e a Rota Marítima da Seda” divide-se em três secções: “Atravessando os Oceanos”, “Influência ocidental chega a oriente” e “Eclectismo”. As peças da colecção representam “frutos das trocas e interacções das cortes Ming e Qing com o mundo exterior, ilustrando o papel significativo de Macau como antigo entreposto internacional no Extremo Oriente”, pode ler-se num comunicado oficial. Este conjunto de relíquias culturais inclui sobretudo tributos apresentados por enviados estrangeiros, presentes e objectos trazidos por missionários ocidentais e caligrafia e pinturas produzidas já na corte por esses missionários, bem como vários produtos comprados ou feitos por encomenda da corte ou por oficinas imperiais ou provinciais, imitando e adaptando criativamente os produtos importados. Tesouros ocultos Já a exposição “Produtos Culturais e Criativos do Museu do Palácio e Área Educacional” pretende dar a conhecer a cultura que se esconde por trás dos muros da Cidade Proibida a partir de diferentes perspectivas e “através da apresentação de diferentes aspectos, incluindo trajes e joias da corte, relíquias culturais e objectos relacionados com os mares e a astronomia usados no Palácio, relógios, os 24 termos solares e a vida na corte”. Exibindo produtos culturais e criativos que evidenciam o valor cultural intrínseco da colecção do Museu do Palácio, a mostra pretende rejuvenescer a cultura tradicional, dando a conhecer aos visitantes a história do intercâmbio comercial e artístico que se desenvolveu ao longo da Rota Marítima da Seda e revelando ao mesmo tempo a vida da corte e a sua cultura. “Macau foi sem dúvida um núcleo da Rota Marítima da Seda. Após os feitos portugueses na Era dos Descobrimentos, no final do século XV, Macau tornou-se um porto de trânsito entre a China e o Sudeste Asiático, Japão e Europa, e uma importante plataforma para trocas comerciais, científicas, artísticas e religiosas. Durante as dinastias Ming e Qing, missionários e pintores ocidentais que mais tarde serviriam na corte interna chinesa entraram na China continental sempre a partir de Macau”, disse na nota oficial da exposição, em jeito de remate, Chan Kai Chon.
Hoje Macau EventosVersão animada de “Um Panorama dos Rios e das Montanhas” na Exposição do Museu do Palácio [dropcap]O[/dropcap] Museu de Arte de Macau e o Museu do Palácio vão receber uma série de exposições dedicada ao tema “A Grande Viagem”. Amanhã é inaugurada a primeira fase da série na Galeria de Exposições Especiais do Museu de Arte de Macau com a exposição “Um Panorama dos Rios e das Montanhas”. Recorrendo à mais recente tecnologia interactiva digital, esta exposição apresenta uma visão diferente de “Um Panorama dos Rios e das Montanhas”. “A Grande Viagem” tem o intuito de exibir vários tesouros culturais relacionados com a Rota Marítima da Seda e de dar a conhecer ao público a história do intercâmbio cultural entre a China e o Ocidente. “Um Panorama dos Rios e das Montanhas” é composto por dez obras de pintura célebres da China, através de experiências interactivas digitais e de exibições encenadas, que procuram evocar paisagens naturais. Esta colecção faz parte do acervo do Museu do Palácio e integra a única obra ainda existente do pintor Wang Ximeng da dinastia Song do Norte. O rolo gigante da pintura apresenta uma composição impressionante, acreditando-se ser o auge da pintura paisagística verde-azulada (qing lü shan shui) da dinastia Song do Norte. A pintura caracteriza-se por uma composição primorosamente elaborada que retrata cordilheiras imponentes e uma vasta área coberta de rios, evocando a coexistência harmoniosa entre o homem e a natureza. O longo rolo digital de 35 metros de comprimento e 7 metros de altura usa a primeira tecnologia multicanal do mundo, que permite a interacção em tempo real com o público e possuindo ainda a funcionalidade de alteração da aparência para representar diferentes estações e condições atmosféricas. Através de efeitos de luz e sombra, a obra expressa a demanda filosófica que tem por objectivo “movendo-se, viajando, vendo e vivendo”, apresentando ao público uma imagem animada, tal como se fosse uma paisagem real. Uma zona de experiência interactiva em torno da pintura será criada no local, incluindo “Poesia Mundana”, “Grande Imagem Sem Forma”, “Vida Reclusa Musical”, “Paisagem Sublime” e “Parede Sensorial”, a fim de partilhar com o público a verdade da beleza subjacente a este rolo. A segunda fase da série de exposições incluirá as exposições “A Grande Viagem – A Cidade Proibida e a Rota Marítima da Seda” e “Produtos culturais e criativos do Museu do Palácio e área educacional”, as quais serão inauguradas em Janeiro de 2020.
Raquel Moz EventosObras de Chen Zhifo do Museu de Nanjing inaugura amanhã [dropcap]Q[/dropcap]uietude e Claridade: Obras de Chen Zhifo da Colecção do Museu de Nanjing” é o título da mostra que é hoje inaugurada às 18h30, no Museu de Arte de Macau (MAM), e abre ao publico amanhã, dia 24, dando a conhecer as obras do mestre da pintura chinesa que fazem parte da colecção do Museu de Nanjing. Chen Zhifo foi um importante artista chinês, “conhecido pelas suas pinturas de flores-e-pássaros de estilo meticuloso, além de ter sido um educador de arte e pioneiro das artes e do artesanato chineses do século XX”, segundo revela o comunicado sobre a exposição. “As suas obras, com representações delicadas e cuidadosas, são elegantes e brilhantes, em tons subtis, exalando um encanto gracioso e majestoso. Ao usar padrões criativos com um toque decorativo, foi um artista inovador que abriu novos caminhos para este género de pintura”. No MAM vão estar expostas 166 obras do artista, que incluem pinturas, esboços, materiais e utensílios utilizados em diferentes períodos, num conjunto que abrange exemplos diversos da evolução da sua arte, com o objectivo de aprofundar a compreensão do público para o estilo do autor, que passou seis anos a estudar a pintura de detalhe em Tóquio, no Japão, no início do século passado. Mestre contemporâneo da pintura de pássaros-e-flores em estilo “gongbi”, Chen Zhifo foi pioneiro nas modernas artes aplicadas chinesas, tendo sido o primeiro bolseiro do governo chinês a frequentar um curso de design de padrões no Japão em 1918. Depois de regressar à China, ensinou na Escola de Artes Orientais de Xangai, na Universidade de Artes de Xangai, na Universidade Nacional Central e no Colégio Nacional de Arte, do qual também foi director. “Profundamente dedicado ao ensino artístico na China, contribuiu decisivamente para a formação de muitos profissionais. A forma como fez uso da cor e da composição para dar brilho, clareza, elegância e delicadeza às suas pinturas de pássaros-e-flores, e ainda o toque decorativo, ajudou a abrir novos caminhos para o progresso desta nobre arte tradicional”, lê-se no texto do MAM. O pintor nasceu em 1896 em Yuyao, província de Ningbo, e viria a falecer em 1962 na cidade de Nanjing, a capital da província de Jiangsu na República Popular da China, onde se encontra hoje grande parte da sua obra. Palestras e workshops A exposição é co-organizada pelo Museu de Arte de Macau do Instituto Cultural e pelo Museu de Nanjing e vai estar patente até 17 de Novembro. A par das obras está previsto um programa educativo que inclui três palestras temáticas, nos dias 1 e 14 de Setembro, e dia 12 de Outubro, dois workshops sobre pintura de pássaros-e-flores, em Outubro e Novembro, e ainda concertos e visitas guiadas através da obra de Chen Zhifo. A primeira palestra, “Entre Figura e Criatividade”, será feita por He Jianping, um premiado designer chinês radicado na Alemanha, que se propõe “apresentar o design de padrões criativo de Chen Zhifo e explicar aos participantes como os temas transmitem mensagens e como se transforma um motivo num fragmento tridimensional criativo”, já a 1 de Setembro, domingo.
Raquel Moz EventosExposição | Yao Feng dá workshop de poesia no MAM O poeta Yao Feng foi convidado pelo MAM para fazer uma oficina criativa de poesia, no dia 24 de Agosto, inspirada na pintura da exposição “Poesia Lírica – Trabalhos de Artistas de Macau e Portugal”, patente até 4 de Novembro. O evento será em chinês, mas fica a sugestão da visita para quem ainda não foi [dropcap]G[/dropcap]raças à poesia, você morreu sem a morte. Graças à poesia, você encontrou uma lâmpada para suportar o peso da sombra. A poesia é o único que lhe resta, sendo uma possibilidade dentre as impossibilidades”. As palavras de Yao Feng são um excerto da poesia que escreveu, inspirada no quadro sobre a vida do poeta português Camilo Pessanha, pintado pelo artista e arquitecto local Carlos Marreiros. O poema é um exemplo do que vai acontecer na oficina criativa de “Poesia inspirada na Pintura”, marcada para dia 24 de Agosto, no Museu de Arte de Macau (MAM), e apresentada por Yao Feng, pseudónimo artístico do professor Yao Jingming, também director do departamento de português da Universidade de Macau. A ideia partiu do MAM, que convidou o conhecido poeta e professor a lançar um repto em língua chinesa aos Amigos do Museu, para que se inspirem num dos quadros da exposição “Poesia Lírica – Trabalhos de Artistas de Macau e Portugal”, patente ao público desde 13 de Julho até 4 de Novembro de 2019, e escrevam um poema alusivo ao tema da pintura escolhida. Ou mais, não há limite. Os textos devem ser enviados por email para o Museu até dia 21 de Agosto. Yao Feng fará a triagem dos trabalhos na preparação do workshop de dia 24, onde irá procurar despertar, incentivar e orientar a veia criativa dos participantes, num encontro de ideias e sensibilidades que pode até ser o início de uma forma diferente de se estar vida. “Acho que cada pessoa é um poeta potencial, essa capacidade poética pode estar a dormir em cada pessoa, mas então basta acordá-la”, respondeu o professor ao HM. A inspiração é, por vezes, o que falta. Daí a iniciativa do MAM, em que Yao Feng vai orientar os participantes “no uso da sua imaginação, despertada pelas obras de que mais gostaram, para criarem poemas integrando as conotações da pintura na poesia, expressando sentimentos induzidos pela arte”, conforme divulga a organização do evento. Poetas e pintura Sob o tema “Poesia Lírica”, a exposição integrou o 2º “Encontro em Macau – Festival de Artes e Cultura entre a China e os Países de Língua Portuguesa”, apresentando mais de 90 obras destacadas da colecção MAM, criadas por 60 autores que se estabeleceram ou exibiram os seus trabalhos em Macau – chineses, macaenses e portugueses – desde a década de 1980. São pinturas a óleo, acrílicos e aguarelas, gravuras de técnica mista, esculturas e instalações “que reflectem a criatividade dos artistas contemporâneos, bem como ricas conotações culturais chinesas e portuguesas”. A singularidade da mostra é a inclusão de sete poemas, da autoria de quatro poetas locais, que estabelecem uma relação com as obras expostas. O MAM convidou, na altura, além de Yao Feng, também Wong Man Fai, Ling Gu e Un Sio San, estando os poemas igualmente em exibição nas línguas chinesa e portuguesa. “Quatro palavras sobre Camilo Pessanha” foi a proposta de Yao Feng para a exposição, partindo da pintura de Carlos Marreiros sobre o poeta simbolista português, nascido em 1867, que viveu e trabalhou no território entre 1894 e 1926, onde viria a falecer. O poema é sobre fases da vida – que passam pelas palavras “amor”, “mar”, “arte” e “poesia” – do renomado autor de “Clepsidra”, obra traduzida para chinês pelo próprio professor. Milagre da poesia O workshop de poesia a partir da pintura será uma continuação desta ideia do MAM, que se estende agora à população interessada. É a primeira vez que Yao Feng faz uma oficina criativa com o Museu, mas o exercício não difere muito do que acontece na sua sala de aulas. “De facto, já tenho feito isto com os meus alunos, eu gosto sempre de dar um tema, ou uma palavra que seja muito usada e nada criativa, para que os alunos escrevam uma frase ou um verso, mas com uma linguagem criativa”, dá como exemplo. É que “a palavra é capaz de fazer milagres”, descrever e tornar “uma coisa muito comum, muito banal, numa coisa fantástica”. Como acredita e gosta de partilhar com os seus formandos, “na poesia o improvável pode acontecer”. O workshop é gratuito, organizado em língua chinesa, e terá um limite de 20 participantes. A inscrição deverá ser feita online no sítio electrónico do Museu. A comunidade portuguesa pode, também, aproveitar a sugestão e visitar a mostra em busca de inspiração poética. “Aprender a observar, a olhar o mundo com olhos poéticos, também é importante para o dia a dia, porque traz novidades, traz mais beleza para a nossa vida pessoal”, é a proposta deixada por Yao Feng.
Hoje Macau EventosMAM | Escolhidos trabalhos para Exposição de Artistas de Macau [dropcap]O[/dropcap] Museu de Arte de Macau (MAM), em parceria com o Instituto Cultural (IC), deu por concluída a selecção das obras que vão estar presentes na Exposição de Artistas de Macau”, depois do processo de candidaturas que reuniu 148 artistas. De acordo com um comunicado, foram seleccionados três Prémios de Júri, sete Prémio de Excelência e 66 obras (conjuntos) finalistas. Da lista final constam trabalhos como “In the Mountain”, de Tam Chon Kit, “Walls III”, de Lam Un Mei e “Historical Memory” de Mak Kuong Weng, entre outros. Todos os trabalhos seleccionados serão enviados a Pequim onde serão incluídos na “Exposição de Artistas de Macau 2019”, a ter lugar no Museu Nacional de Arte da China. Em Novembro será a vez de o MAM receber a mostra “Beleza na Nova Era – Obras-primas da Colecção do Museu Nacional de Arte da China”, com o objectivo de promover o intercâmbio artístico entre Pequim e Macau.
Hoje Macau EventosMAM | Mostra reflecte intercâmbio entre portugueses, chineses e macaenses [dropcap]O[/dropcap] Museu de Arte de Macau (MAM) acolhe, a partir de sábado, uma exposição que reflecte três décadas de intercâmbio entre dezenas de artistas chineses, macaenses e portugueses, anunciou ontem a organização. A exposição “Poesia Lírica – Trabalhos de Artistas de Macau e Portugal” reúne 90 obras de mais de 60 artistas “chineses, macaenses e portugueses que se estabeleceram ou exibiram em Macau” desde a década de 1980, indiciou o MAM, em comunicado. Entre pinturas a óleo, esculturas e instalações, contam-se obras de Júlio Pomar, Vieira da Silva, Bartolomeu dos Santos, Luís Demée, Carlos Marreiros, Mio Pang Fei, Kwok Woon, Manuel Cargaleiro, José de Guimarães, entre outros. Subordinada a seis temas, a mostra pretende envolver o público numa “viagem poética de intercâmbio”, tendo como pano de fundo o “ambiente de interpenetração mútua entre as culturas chinesa e portuguesa”. A exposição, patente até 4 de Novembro, insere-se em dois eventos de maior dimensão: o “Arte Macau” – que se estende até Outubro – e 2.º Encontro em Macau – Festival de Artes e Cultura entre a China e os Países de Língua Portuguesa.
Andreia Sofia Silva EventosRenascimento italiano | Seminário marca últimos dias de exposição no MAM “Desenhos da Renascença Italiana do British Museum” é o nome da exposição que tem estado patente no Museu de Arte de Macau e que chega ao fim este domingo. Margarida Saraiva, curadora da mostra, explica a essência dos desenhos com foco na figura humana, sem esquecer o movimento do corpo, a luz e as sombras que dele emanavam [dropcap]A[/dropcap] exposição “Desenhos da Renascença Italiana do British Museum” chega ao fim este domingo, mas, antes disso, o Museu de Arte de Macau (MAM) organiza um seminário, este sábado às 16h, que explica precisamente a origem da mostra. A apresentação estará a cargo de Margarida Saraiva, curadora, que vai “explorar aos primeiros estágios de elaboração e planeamento até o papel do curador em projectos itinerantes”. Além disso, Margarida Saraiva “apresentará as obras de arte seleccionadas exclusivamente para a exposição em Macau e os conceitos do renascimento italiano que inspiraram tanto o design gráfico, quanto o de galeria”. Serão ainda feitas duas visitas guiadas em cantonense, no sábado e no domingo. Ao HM, a curadora traça um retrato das imagens patentes no MAM desde o passado dia 18, e que tem como principal objecto a figura humana. “A arte da renascença italiana foi dominada pelo desejo de representar com precisão a figura humana. O objectivo era envolver o espectador na narrativa apresentada na pintura e, para alcançar esse objectivo, as figuras tinham que ser naturalistas e expressivas”, adiantou a curadora. Desta forma, “a prática artística dos jovens que ambicionavam tornar-se grandes artistas concentrou-se progressivamente no desenho à vista do corpo masculino”. As descobertas arqueológicas acabaram por influenciar o trabalho destes artistas que começaram a “desenhar a partir das estátuas originais ou de gessos, procurando alcançar a musculatura característica da arte clássica”. Nesse período, eram também realizados “estudos mais detalhados de certas partes do corpo, como a cabeça de amigos ou colegas de várias idades, que mais tarde podiam ser usados para representar santos, personagens mitológicas ou heróis clássicos em obras acabadas”. Nem sempre o corpo humano era retratado tal como ele era. Nesse aspecto, Margarida Saraiva dá como exemplo as imagens com a assinatura de Leonardo Da Vinci, com retratos mais exagerados ou extravagantes, nas quais “uma compreensão profunda da forma humana constitui um trampolim para uma exploração mais criativa da personagem e do seu carácter”. A caricatura e a luz Um dos exemplos do exagero de que fala Margarida Saraiva pode ser visto nas duas obras “Caricaturas de um homem e uma mulher idosos”, e que foram feitas entre os anos 1482 e 1499, pintadas com caneta e tinta castanha. Neste período, Leonardo Da Vinci estava ao serviço do duque de Milão, sendo que as imagens em apreço “podem ter sido concebidas tanto como divertimentos para corte quanto como explorações da fisionomia, a partir da crença segundo a qual o personagem poderia ser interpretado através dos seus traços faciais”. Margarida Saraiva acrescenta que “ao longo da vida, o artista explorou obsessivamente os contrastes entre o novo e o velho, a fealdade e a beleza, em esboços rápidos de perfis, frequentes nos seus cadernos de anotações: os seus anjos e rostos femininos incorporavam a beleza ideal, mas a essa perfeição Leonardo contrapunha os extremos do ‘grotesco’”. A curadora diz ainda que “o humor das caricaturas vem em parte da apresentação incongruente dessas figuras exageradas no formato digno do perfil, associado aos retratos de imperadores e reis antigos, em medalhas e camafeus”. Segue-se “Estudos para o Juízo Final”, de Michelangelo Buonarroti, que data do ano 1534, uma imagem pintada a giz preto. Este desenho foi “especialmente requisitado pelo MAM ao British Museum para a exposição” e estão ligados à “grande obra da maturidade de Michelangelo”, que é o “Juízo Final” da Capela Sistina, no Vaticano, diz Margarida Saraiva. A obra em causa “representa o momento final da história cristã, no qual Deus julga as almas humanas para admiti-las no céu ou condená-las ao inferno”. Nesse sentido, “a imagem de Michelangelo é consolidada pelos contrastes dinâmicos das figuras, subindo e descendo, e neste desenho ele estuda figuras que se tornarão anjos no fresco final. O ambicioso esforço de detalhe das poses e a poderosa musculatura aumenta a intensidade dramática do tema”. Além da presença acentuada do movimento, o jogo de luz e sombras também fez parte da visão artística do Renascimento Italiano. “Da mesma forma que a representação naturalista do mundo se tornou fulcral para artistas da Renascença, a compreensão adequada da luz também”, lembra Margarida Saraiva. “Pelo uso eficaz de luz e sombra, numa combinação chamada em italiano chiaroscuro, um artista poderia chamar a atenção para partes específicas de uma cena, sugerir volume e solidez, e representar presenças sagradas através do brilho da luz divina. As gradações de luz serviam igualmente para criar, numa composição, a sensação de distância e perspectiva”, acrescenta. Artistas como Leon Battista Alberti, entre outros, “levaram os seus estudos de luz mais longe”, uma vez que Alberti “escreveu exaustivamente sobre a base matemática da luz”, enquanto que Leonardo da Vinci “dedicou-se a compreender a ciência da luz e da visão”, ao estudar “a óptica, a anatomia do olho e a difusão da luz na atmosfera”. Este trabalho acabaria por ter impacto no trabalho de artistas posteriores como é o caso de Ticiano, Raphael e Caravaggio, como se observa na obra “Estudos de uma jovem segurando um livro”.
Hoje Macau EventosMAM | Relíquias do período da Dinastia Xia a partir de sexta-feira [dropcap]É[/dropcap] inaugurada esta sexta-feira uma nova exposição no Museu de Arte de Macau (MAM) com o título “Reminiscências da Rota da Seda – Exposição de Relíquias Culturais da Dinastia Xia do Oeste”. A mostra, que resulta de uma parceria com o Museu da Região Autónoma da Etnia Hui de Ningxia, vai estar patente ao público até ao dia 6 de Outubro. O Instituto Cultural (IC) explica que a exposição “apresenta achados arqueológicos da Dinastia Xia do Oeste, permitindo aos cidadãos uma interpretação da história e cultura desta dinastia”, num total de 148 peças (conjuntos), que incluem “alguns dos objectos raros exibidos pela primeira vez fora da Região Autónoma da Etnia Hui de Ningxia”. A dinastia Xia do Oeste, na Rota da Seda, foi fundada em 1038, localizando-se a leste do Corredor Hexi. No seu apogeu, o território incluía o que é hoje a Região Autónoma da Etnia Hui de Ningxia, a Província de Gansu, a Província de Qinghai, a Região Autónoma da Mongólia Interior e a Província de Shaanxi. O Regime do Território de Xia do Oeste afirma que “se estendia a leste até ao Rio Amarelo, a oeste até à Passagem da Porta de Jade, com fronteira a sul com a Passagem Xiao e a norte domina o deserto de Gobi”. Na sua fase anterior, existia uma coligação tripartida com Song do Norte e Liao. Num período posterior, competia com Song do Sul e Jin. Durante 190 anos, Xia do Oeste foi dominado por dez imperadores. A cultura de Xia do Oeste, que estava em pleno florescimento, acabou por se desvanecer na história. No século XX, com o aparecimento de relíquias e documentos, os tesouros de sabedoria do povo Xia do Oeste reapareceram aos olhos do mundo. Hoje Macau EventosObras de Leonardo da Vinci e outros mestres renascentistas expostas em Macau [dropcap]D[/dropcap]esenhos de Leonardo da Vinci, Michelangelo e outros mestres renascentistas italianos estão a partir de ontem patentes no Museu de Arte de Macau (MAM), numa exposição que assinala a primeira colaboração com o British Museum. No ano em que se cumprem os 500 anos da morte de Da Vinci, o Museu de Arte de Macau, com 20 anos de existência, concretizou por fim o “desejo antigo” de trabalhar com o “primeiro museu público do mundo”, disse à agência Lusa a curadora do MAM, Margarida Saraiva. “Era um desejo antigo trabalharmos com o British Museu, que tem uma das maiores colecções de arte do mundo. Nesta ocasião juntou-se a celebração do 20.º aniversário do MAM e os 500 anos da morte” do autor de Mona Lisa, explicou à margem da inauguração. A mostra apresenta 52 desenhos originais de 42 mestres da Renascença italiana – entre da Vinci, Michelangelo, Ticiano, Rafael, Rosso Fiorentino, Mantegna e Correggio – e explora a importância do desenho no processo criativo dos artistas entre 1470 e 1580. Em Macau, uma terra que “sempre foi uma plataforma de arte” e onde o missionário renascentista italiano Matteo Ricci esteve “durante alguns anos”, a exposição serve também para falar deste antigo enclave português como “um lugar de encontros”, sublinhou a curadora. “O papel, a base de qualquer desenho, é uma invenção chinesa. É a grande disponibilidade de desenho de papel na Itália da Renascença que faz com que o desenho tenha a importância que tem”, recordou. Mas se Itália deve à China o papel, a China deve aos italianos a “perspectiva”, introduzida na corte chinesa por Matteo Ricci em 1601, através de um mapa-mundo que já descrevia “todas as descobertas geográficas que acompanham o período da Renascença”. Impresso na China um ano depois, o mapa fez com que a perspectiva passasse a ter, desde então, um “impacto na arte produzida na China”, salientou. A exposição, intitulada “Desenhos da Renascença Italiana do British Museum” e que pretende ser inclusiva – foram usadas técnicas de impressão 3D para criar experiências tácteis de algumas das obras de arte apresentadas -, está patente no MAM até 30 de Junho. 12»
Hoje Macau EventosObras de Leonardo da Vinci e outros mestres renascentistas expostas em Macau [dropcap]D[/dropcap]esenhos de Leonardo da Vinci, Michelangelo e outros mestres renascentistas italianos estão a partir de ontem patentes no Museu de Arte de Macau (MAM), numa exposição que assinala a primeira colaboração com o British Museum. No ano em que se cumprem os 500 anos da morte de Da Vinci, o Museu de Arte de Macau, com 20 anos de existência, concretizou por fim o “desejo antigo” de trabalhar com o “primeiro museu público do mundo”, disse à agência Lusa a curadora do MAM, Margarida Saraiva. “Era um desejo antigo trabalharmos com o British Museu, que tem uma das maiores colecções de arte do mundo. Nesta ocasião juntou-se a celebração do 20.º aniversário do MAM e os 500 anos da morte” do autor de Mona Lisa, explicou à margem da inauguração. A mostra apresenta 52 desenhos originais de 42 mestres da Renascença italiana – entre da Vinci, Michelangelo, Ticiano, Rafael, Rosso Fiorentino, Mantegna e Correggio – e explora a importância do desenho no processo criativo dos artistas entre 1470 e 1580. Em Macau, uma terra que “sempre foi uma plataforma de arte” e onde o missionário renascentista italiano Matteo Ricci esteve “durante alguns anos”, a exposição serve também para falar deste antigo enclave português como “um lugar de encontros”, sublinhou a curadora. “O papel, a base de qualquer desenho, é uma invenção chinesa. É a grande disponibilidade de desenho de papel na Itália da Renascença que faz com que o desenho tenha a importância que tem”, recordou. Mas se Itália deve à China o papel, a China deve aos italianos a “perspectiva”, introduzida na corte chinesa por Matteo Ricci em 1601, através de um mapa-mundo que já descrevia “todas as descobertas geográficas que acompanham o período da Renascença”. Impresso na China um ano depois, o mapa fez com que a perspectiva passasse a ter, desde então, um “impacto na arte produzida na China”, salientou. A exposição, intitulada “Desenhos da Renascença Italiana do British Museum” e que pretende ser inclusiva – foram usadas técnicas de impressão 3D para criar experiências tácteis de algumas das obras de arte apresentadas -, está patente no MAM até 30 de Junho.