Pintura | Exposição de He Duoling amanhã no Museu de Arte de Macau

É inaugurada amanhã, no Museu de Arte de Macau, a exposição de um dos pintores cimeiros da arte contemporânea chinesa, He Duoling. A mostra, intitulada “Renascer à Brisa da Primavera: Exposição de Arte de He Duoling” será recebida pela música da Orquestra de Macau

 

[dropcap]D[/dropcap]e Chengdu chega amanhã a Macau a pintura de um dos artistas contemporâneos chineses mais marcantes da actualidade, He Duoling, para uma exposição que será inaugurada no Museu de Arte de Macau, com a organização conjunta do Instituto Cultural (IC) e do He Duoling Art Museum.
A inauguração, marcada para as 18h30, será abrilhantada por uma performance ao vivo da Orquestra de Macau.

A mostra, intitulada “Renascer à Brisa da Primavera: Exposição de Arte de He Duoling”, é constituída por um conjunto de 48 peças, entre esboços e pinturas a óleo, pintadas em diversos períodos.

Além da ligação entre as cores e temas subtis das telas de He Duoling com a música, a cargo da Orquestra de Macau, quem marcar presença amanhã na inauguração vai receber um conjunto de “cartões requintados com poemas inspirados em pinturas, e ainda terão a oportunidade de receber cartazes autografados e comprar álbuns assinados das suas pinturas”.

Como destaques na mostra do pintor de Chengdu, o IC realça uma série de obras como “A Casa com Sobreloja”, “Zhai Yongming”, “Torre do Labirinto”, “Lebre”, “Floresta Russa”, “Casa sem Telhado”, entre outras.

Bilhete de identidade

A linguagem artística de He Duoling centrou-se em expressões de beleza, em mais de quatro décadas de criação, tanto através de uma perspectiva mais realista típica dos primeiros tempos de carreira, como pela atmosfera etérea de contornos esbatidos dos últimos anos de produção artística.

Formado no Instituto de Belas Artes de Sichuan, He Duoling é uma das figuras da pintura chinesa contemporânea em termos de projecção internacional, com uma presença em galerias de todo o mundo que lhe valeu a fama desde os anos 1980.

Conhecido pelos óleos de nus femininos e imagens de minorias em cenários campestres, em particular do sudoeste da China, o pintor faz parte de uma geração de virtuosos que catapultaram a pintura chinesa para o panorama internacional.

Além do traço muito próprio, He parece retirar algum prazer das provocações óbvias às correntes mais mainstream da arte contemporânea. Por exemplo, em 2007 estreou uma exposição intitulada “Youth 2007” que retratava corpos nus de costas viradas para o público, expondo o traseiro. As imagens afastaram-se da crueza da pornografia, ou do cartoon, e deixam a audiência na ambiguidade perante o que estão a ver.

Apesar de por vezes He Duong se aproximar de temas aparentemente grosseiros, a subtileza do seu traço não abre margem para ofensa e apenas transmite felicidade e liberdade. Esta linha ténue levou o pintor ao reconhecimento internacional, marcando presença em bienais e grandes exposições, como os famosos “Salons de Paris” no Museu do Louvre, às exposições de belas artes no Museu de Arte de Fukuoka, no Japão, e em galerias de renome no mundo inteiro.

A exposição pode ser visitada no Museu de Arte de Macau, na Avenida Xian Xing Hai, NAPE, diariamente entre as 10h e as 19h, com excepção à segunda-feira. A entrada é gratuita.

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