Hoje Macau SociedadeSegurança | Metro encerra três dias [dropcap]A[/dropcap] Sociedade do Metro Ligeiro de Macau anunciou ontem que a única linha existente vai estar encerrada durante três dias, devido às “medidas especiais de segurança”. “Em coordenação com as medidas especiais de segurança do Governo da RAEM, será suspenso a partir das 13H00 do dia 18 até ao dia 20 de Dezembro de 2019 o serviço público de transporte de passageiros na linha da Taipa do Metro Ligeiro de Macau, sendo restabelecido o funcionamento normal no dia 21 de Dezembro”, consta no comunicado de ontem à noite. “A Sociedade do Metro Ligeiro de Macau, S.A, solicita a atenção do público para esta situação. Pedimos desculpa pelo incómodo causado”, foi acrescentado.
admin SociedadeSegurança | Metro encerra três dias [dropcap]A[/dropcap] Sociedade do Metro Ligeiro de Macau anunciou ontem que a única linha existente vai estar encerrada durante três dias, devido às “medidas especiais de segurança”. “Em coordenação com as medidas especiais de segurança do Governo da RAEM, será suspenso a partir das 13H00 do dia 18 até ao dia 20 de Dezembro de 2019 o serviço público de transporte de passageiros na linha da Taipa do Metro Ligeiro de Macau, sendo restabelecido o funcionamento normal no dia 21 de Dezembro”, consta no comunicado de ontem à noite. “A Sociedade do Metro Ligeiro de Macau, S.A, solicita a atenção do público para esta situação. Pedimos desculpa pelo incómodo causado”, foi acrescentado.
João Luz Manchete SociedadeMetro Ligeiro abre com bilhetes grátis até ao fim do ano O Metro Ligeiro abriu ontem a Linha da Taipa. Três horas e meia depois da cerimónia de inauguração, as primeiras carruagens começaram a circular. Os preços dos bilhetes, para quem paga em dinheiro, variam entre as 6 e as 10 patacas, consoante a distância percorrida. Quem pagar com o cartão do transporte terá um desconto de 50 por cento, seguindo o princípio das tarifas aplicadas aos autocarros [dropcap]O[/dropcap]ntem foi um dos dias mais aguardados pelo secretário para os Transportes e Obras Públicas, Raimundo do Rosário. Depois de mais de uma década, pelas 11h, realizou-se a cerimónia de entrada em funcionamento da Linha da Taipa do Metro Ligeiro de Macau, com as primeiras carruagens a circular a partir das 15h33 (3h33, hora escolhida tendo em conta o carácter auspicioso do número 3 na cultura chinesa). “Penso que tem a ver com Feng Shui, presumo que o 3 é muito próximo da palavra Vida em chinês, portanto, é para correr bem, para que tenha uma nova e saudável vida”, explicou o secretário da tutela a escassas horas da partida da primeira composição. Depois do discurso de Ho Cheong Kei, presidente da Sociedade do Metro Ligeiro de Macau, Raimundo do Rosário mostrou um misto de emoções. No mesmo dia em que abriu ao público, ficou esclarecido o mistério quanto às tarifas do transporte, que será por zonas, mas tendo o preço dos autocarros como padrão. Assim sendo, e segundo despacho assinado pelo Chefe do Executivo e publicado ontem em Boletim Oficial, as tarifas para quem pagar em dinheiro será de 6 patacas para um percurso que passe por até três estações, 8 patacas para uma viagem até 6 estações e 10 patacas para a linha completa. Quem tiver o cartão do Metro Ligeiro, à semelhança do que acontece nos autocarros públicos, paga metade destes valores, ou seja, 3, 4 e 5 patacas consoante a distância percorrida. Estão isentos do pagamento de tarifa as crianças com altura inferior a um metro, bem como os titulares de cartão electrónico para idosos ou para pessoas portadoras de deficiência. Os estudantes beneficiam de redução da tarifa na ordem dos 75 por cento. A partir do momento em que o título de transporte é validado, o passageiro tem 60 minutos para permanecer na zona de acesso pago. “Tivemos grande preocupação com o preço dos bilhetes, para que seguissem o mesmo sistema dos autocarros, com uma diferença. Porque o sistema do metro é muito caro, achámos que não era razoável fazer como nos autocarros. Entendemos que não deveria haver um preço fixo, e criámos o sistema de zonas”, explicou o secretário. Para já, o Governo não pondera introduzir passes, também à semelhança dos autocarros. Regresso ao futuro Depois de estimar que a obra completa custaria 11 mil milhões de patacas, Raimundo do Rosário revelou ontem que o preço final para meter a circular o Metro Ligeiro na Linha da Taipa, se fixou em 10,2 mil milhões de patacas. Porém, a despesa que a obra implicou não deve referência para o futuro alargamento da rede, de acordo com o secretário para os Transportes e Obras Públicas. Isto porque uma parcela significativa da obra pagou a construção do Parque de Materiais e Oficina, custo irrepetível. Outra despesa foi para o “coração” operacional do transporte, invisível à vista dos passageiros, que é a sala de controlo das carruagens (que circulam sem condutor, com tracção eléctrica e sobre carris de betão). Finalmente, os trabalhos de construção civil necessários para a operação foram, naturalmente, uma parte significativa da despesa. Quanto à extensão da rede que trará o transporte para a Península de Macau, mais precisamente para a Estação da Barra, o secretário sublinhou que irá custar 4,5 mil milhões de patacas e estará pronta até 2023. Além das despesas de manutenção e segurança, há um número que demonstra a enormidade do projecto em termos financeiros. “Estimamos que o custo anual de electricidade para a Linha da Taipa e do Parque de Materiais e Oficina será na ordem dos 40 milhões de patacas por ano”, revelou Raimundo do Rosário. Segundo o governante, o preço da factura a pagar à CEM, além de demonstrar que o funcionamento do Metro Ligeiro não será barato, coloca em perspectiva os preços das tarifas, uma receita “que não servirá de muito”. O percurso entre a primeira e última estação, com as devidas paragens, deverá rondar 25 minutos para percorrer os 9,3 quilómetros da Linha da Taipa. O Governo adquiriu 110 carruagens, com uma capacidade máxima de 100 pessoas por carruagem, e cada composição terá entre duas e quatro carruagens, num total de 400 pessoas. Balanço de cinco anos Apesar de não se querer comprometer com um número, Raimundo do Rosário referiu que existe uma estimativa de cerca de 20 mil passageiros por dia, “um valor altamente falível, porque tem vindo sucessivamente a ser ajustado”. Ainda assim o governante não arrisca prever o futuro. “Como se trata de um meio de transporte novo, temos muita dificuldade em acertar. Porque não faço ideia do grau de receptividade que o Metro Ligeiro vai ter”, referiu Raimundo do Rosário. Uma das formas de cativar passageiros são as viagens grátis até ao fim do ano. “Fizemos isso para dar tempo às pessoas, para ver se as atraímos. Recomendo vivamente que andem, pelo menos, de um ponto de vista de lazer. Acho que vale a pena um lugar à janela porque dá outra perspectiva e permite ver outra Taipa. Recomendo que todos vejam a Taipa de um plano mais elevado”. No dia em que foi inaugurado o primeiro transporte sobre carris de Macau, Raimundo do Rosário puxou a fita atrás e fez um resumo dos trabalhos realizados para o Metro Ligeiro durante o mandato que está prestes a terminar. A primeira pedra no caminho foi o contrato para a construção do Parque de Materiais e Oficina. “Tomei posse em Dezembro de 2014 e levámos um ano a chegar a acordo com a empresa. Julgava, na altura, que demorava menos tempo, e que resolvia isto nuns meses, mas foi necessário um ano”, recordou Raimundo do Rosário. Outro processo moroso foi a contratação e formação de mais de seis centenas de profissionais. “Foram contratadas e formadas mais de 600 pessoas que vão assegurar o funcionamento desta linha a partir de esta tarde [ontem]. Cerca de 80 por cento destes trabalhadores são residentes de Macau”, explicou o secretário. Peso a mais Além da extinção do Gabinete para as Infra-Estruturas de Transportes, e da criação da sociedade que irá gerir o Metro Ligeiro, sob a alçada da Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego, a produção legislativa foi outra das questões que implicou tempo. “Tudo na vida precisa de legislação”, vaticinou o secretário referindo-se à Lei do Metro Ligeiro, o regulamento administrativo e aos despachos necessários para a operação. Depois de completa a cerimónia, Raimundo do Rosário era um homem visivelmente emocionado. “Por um lado, estou muito contente, mas por outro estou um pouco apreensivo. À tarde, quando isto começar, faço votos para que tudo corra bem. Tenho consciência, que a primeira impressão é muito importante, fizemos tudo e mais alguma coisa para que tudo corra bem, não só no primeiro dia, mas nos restantes”, referiu. Porém, cerca de meia hora depois da entrada em funcionamento ao público, por volta das 16h, um alerta do sistema de monitorização de segurança das composições soou quando o metro chegou à Estação do Posto Fronteiriço da Flor de Lótus, em direcção à Estação do Terminal Marítimo da Taipa. Para garantir a segurança da viagem, todos os passageiros foram transferidos para outras composições, operação que não foi completada prontamente porque o metro seguinte estava sobrelotado o que levou alguns passageiros a permanecer na plataforma. Em comunicado, a Sociedade do Metro Ligeiro de Macau referiu que “vai proceder à revisão de todas as medidas implementadas no primeiro dia de operação”. Tal como apontou Raimundo do Rosário, a preocupação principal com a entrada em funcionamento do Metro Ligeiro é a segurança e o funcionamento regular e sem contratempos. “Mas cá estamos para gerir contratempos, que eu espero que não haja”, referiu o Governante. Opinião de arquitecto O arquitecto Rui Leão, que marcou presença na cerimónia, declarou que, “independentemente de todos os atrasos e contratempos”, o Metro Ligeiro é “muito importante como um projecto de futuro em Macau”. O arquitecto prometeu usar o transporte, sempre que possível, mas ressalvou que a eficácia depende “articulação com o sistema de autocarros”, a via para rentabilizar e tornar útil, a Linha da Taipa. “Para já é só uma linha, mas temos de perceber que este é um projecto a longo-prazo. Tem de se dar um primeiro passo, e este já tem uma extensão bastante grande. O mais importante agora é continuar o planeamento e construção da rede”, concluiu. Números a realçar Gasto anual com electricidade: 40 milhões de patacas Estimativa do número de passageiros por dia: 20 mil passageiros Custo total da Linha da Taipa: 10,2 mil milhões de patacas Extensão da Linha da Taipa: 9,3 quilómetros Duração do percurso completo: perto de 25 minutos Carruagens: 110, com capacidade máxima para 100 pessoas por carruagem
Andreia Sofia Silva Manchete SociedadeMetro Ligeiro | Transporte de todas as polémicas entra hoje em funcionamento Ainda Edmund Ho estava no poder quando o projecto do Metro Ligeiro de Macau começou a ser pensado e estudado. A prisão do ex-secretário para os Transportes e Obras Públicas, Ao Man Long, e a sua substituição por Lau Si Io trouxe um compasso de espera a todos os que esperavam um rápido progresso nas obras. Pelo meio, o Comissariado de Auditoria e o Comissariado contra a Corrupção deixaram os seus alertas. Eis os momentos mais marcantes do novo meio de transporte público que começa hoje a funcionar [dropcap]E[/dropcap]ntra hoje em funcionamento o segmento da Taipa do Metro Ligeiro, depois de mais de dez anos de estudos e obras, com a garantia de viagens gratuitas até ao final do mês. Ao longo dos anos este tem sido um dos temas mais debatidos pela sociedade e pelos deputados à Assembleia Legislativa (AL), dado os enormes atrasos e derrapagens orçamentais registados. No início, pretendia-se construir um sistema de Metro Ligeiro com 23 estações e um traçado que passava pelo centro da cidade, na zona do NAPE, o que gerou contestação. Os planos mudaram e, anos depois, é apenas inaugurada uma linha 9,3 quilómetros com um orçamento de 18 mil milhões de patacas. Os percalços foram tantos que a deputada Song Pek Kei chegou a afirmar, em Outubro do ano passado, que o projecto do Metro Ligeiro “foi um erro”. “Está a fazer um melhor trabalho do que o seu antecessor porque antes as obras estavam paradas. Não será um erro da nossa parte construir o metro ligeiro, uma vez que Macau é um lugar muito pequeno? Se no futuro houver uma redução dos impostos do jogo quem vai suportar essas despesas? Creio que foi um erro construirmos o Metro Ligeiro, porque serão as próximas gerações a pagar”, frisou a deputada. Raimundo do Rosário, secretário para os Transportes e Obras Públicas, chegou em 2014 para organizar dossiers pendentes deixados pelos seus antecessores, Ao Man Long (condenado por corrupção) e Lau Si Io e, com ele, o Metro Ligeiro viu finalmente a luz do dia. André Ritchie, arquitecto que foi coordenador-adjunto do Gabinete para as Infra-estruturas de Transportes (GIT), hoje Sociedade do Metro Ligeiro de Macau, disse ao semanário Plataforma que a entrada em funcionamento do Metro Ligeiro constitui “um marco histórico para Macau”. “É muito positivo para Macau. Toda a equipa está de parabéns. É um projecto muito difícil em qualquer parte do mundo. Apenas quem trabalhou de facto neste projecto tem ideia da grande complexidade que envolve – não só na vertente técnica, mas também na parte relacionada com o modelo de operação comercial”, observa. André Ritchie destaca ainda “todos os diplomas legais que tiveram de ser criados” para o sistema de Metro Ligeiro avançar. Ao HM, o deputado José Pereira Coutinho frisa que “finalmente este elefante branco entra em funções”. “Como estamos na época das ‘vacas gordas’ quase ninguém liga aos seus custos extremamente elevados. Só espero que o transporte seja grátis para os idosos”, adiantou. Para a deputada Agnes Lam, a inauguração do Metro Ligeiro é como “uma entrada que vem sendo preparada há muito tempo, mas como demorou muito só resta uma pequena porção e as pessoas não acham suficiente”, metaforizou. Nesse sentido, a deputada espera que o Governo “faça desta inauguração um marco histórico para recuperar a confiança das pessoas e que garanta um funcionamento suave do sistema”. Agnes Lam espera também que o segmento da Taipa seja um teste “à ligação entre o sistema do Metro Ligeiro, os táxis e os percursos pedestres”. “Penso que o Governo ainda pode aprender muito com esta ‘entrada’, mas espero que avaliem a relação entre o custo e a efectividade de um projecto desta dimensão e que possam comunicar com o público os resultados. Temos de ter uma solução efectiva para o futuro transporte de massas”, frisou Agnes Lam. Helena de Senna Fernandes, directora dos Serviços de Turismo, defendeu ontem que a entrada em funcionamento do Metro Ligeiro pode ajudar à melhoria da circulação de turistas na Taipa, mas não tanto em Macau. “Para quem chegar ao terminal da Taipa ou aeroporto vai ter mais facilidade em chegar aos hotéis do Cotai. Aí vai ser mais fácil, mas chegar ao centro histórico de Macau não vai ser tão fácil assim. Espero que no futuro possamos ter uma maior facilidade em termos de transporte, não apenas com o Metro Ligeiro, mas com outros meios de transporte.” Jiang Xuchun, directora da Delegação das Ilhas da União Geral das Associações dos Moradores de Macau (UGAMM), disse ao jornal Ou Mun esperar que as estações do metro possam ter informações turísticas dada a proximidade ao aeroporto e terminal marítimo. A responsável defende também que no período de viagens gratuitas as autoridades possam divulgar mais informações sobre a deslocação entre autocarros e o traçado do Metro Ligeiro. Primeira data e contratos (2011) Estudado a partir do ano de 2003, o Metro Ligeiro propunha-se revolucionar o sistema de transportes públicos de Macau que tem funcionado apenas com autocarros e serviço de táxis. A primeira data avançada para a inauguração do Metro Ligeiro foi 2011, mas foi nesse ano que começaram a ser assinados os primeiros contratos de adjudicação, como foi o caso do contrato assinado com a Mitsubishi para o fornecimento de 110 carruagens, no valor de 4.688 mil milhões de patacas. No entanto, este plano inicial cairia por terra quando o Governo percebeu que tinha encomendado mais 48 carruagens além das necessárias. Em Maio do ano passado, ficou a saber-se que a Mitsubishi seria compensada em 360 milhões de patacas pela rescisão do contrato. “Essas carruagens são demais para aquilo que precisamos para as linhas da Taipa, Seac Pai Van e até a Barra. Achámos que era melhor rescindir a segunda parte [da encomenda à Mitsubishi] – até porque, daqui a uns anos, quando a rede do metro for estendida para outros sítios, certamente, haverá carruagens mais modernas e com outras potencialidades”, justificou Raimundo do Rosário. Intervenções do CCAC e CA (2012 – 2018) O projecto do Governo para o segmento do Metro Ligeiro na península de Macau gerou críticas desde o início, tendo levado os representantes da Associação para o Desenvolvimento da Comunidade de Macau a apresentar, a 29 de Maio de 2011, uma queixa junto do Comissariado contra a Corrupção (CCAC) sobre alegados “vários problemas relacionados com a construção do sistema do Metro Ligeiro na península de Macau e na Taipa, suspeitando da existência de ilegalidades e irregularidades em algumas fases do processo”, lia-se no relatório. Os moradores do NAPE questionavam as razões para a alteração do traçado inicial do percurso para outro que “passou a contemplar a passagem pelas ruas de Londres e da Cidade do Porto, na zona do NAPE, sem que tenha sido apresentada justificação técnica para tanto”. Além disso, os moradores “alegaram que a construção do Metro Ligeiro ao nível térreo, nesta zona, não preencheria os requisitos de segurança contra incêndios”. A nível orçamental, o sistema do Metro Ligeiro foi analisado quatro vezes pelo Comissariado de Auditoria (CA), a última das quais o ano passado. Disse o organismo liderado por Ho Veng On que o GIT “nunca foi capaz de calcular o custo global do investimento” no projecto e que, “à medida que a obra vai sendo executada, há tendência para alterar a estimativa dos custos, criando a ilusão de que nunca houve derrapagens no orçamento”. O CA estimou, na altura, um orçamento superior a 51 mil milhões de patacas para todas as fases do sistema de transporte. No total, o CA divulgou quatro relatórios sobre o Metro Ligeiro. Apesar dos vários avisos, Raimundo do Rosário disse, em Janeiro deste ano, que as derrapagens e os atrasos são “problemas do passado”, uma vez que, “se houver atrasos serão dentro dos limites razoáveis”. Raimundo e os processos em tribunal (2014-2019) Lau Si Io fez muitas tentativas e promessas, mas só Raimundo do Rosário soube assumir o controlo de um projecto difícil quando tomou posse como secretário, em 2014. O atraso já era mais do que evidente, uma vez que, em 2008, Lau Si Io prometia avançar com as obras no segundo semestre de 2009. Afirmaria, em 2013, que “o Governo não aceitava mais atrasos” no projecto. Um dos diferendos que Raimundo do Rosário teve de resolver foi com a adjudicação da obra do parque de materiais e oficinas, essencial para assegurar a operacionalização do Metro Ligeiro. Em 2016, foi assinado um contrato de 1,07 mil milhões de patacas com a empresa Companhia de Engenharia e Construção da China (Macau), depois da ocorrência de um diferendo entre o Governo e o consórcio constituído pelas empresas Top Builders e Mei Cheong, que venceu o primeiro concurso público para a obra. Este consórcio teve de pagar uma multa ao Governo devido aos vários problemas registados com a construção, mas recebeu dos cofres públicos 85 milhões como compensação pelo término do mesmo contrato. Posteriormente a empresa China Road and Bridge Corporation fez entrar no Tribunal Administrativo uma acção para ser compensada pelo que considerou um erro na ajudicação desse concurso público. Apesar de o Tribunal de Última Instância lhe ter dado razão, o Governo não realizou novo concurso pelo facto do parque de materiais e oficinas estar, à data, praticamente construído. As autoridades entenderam que um novo concurso iria “ter um grande impacto nos prazos da empreitada e na instalação do Sistema de Metro Ligeiro na Taipa”, algo que representaria “um grave prejuízo para o interesse público”. Até ao momento, o Governo não avançou o valor de indemnização pago à China Road and Bridge Corporation para resolver este diferendo. O futuro Inaugurado o segmento da Taipa, o ónus da questão coloca-se agora na forma como o Metro Ligeiro vai chegar à península. Em 2018, Raimundo do Rosário garantiu que a linha do Metro Ligeiro entre os Jardins do Oceano e a Barra vai estar completa até 2024 e com um custo de 4,5 mil milhões de patacas. “Vai estar a funcionar em 2024 e com um bocado de sorte, pode entrar em funcionamento em 2023”, disse o secretário, que continuará a desempenhar as mesmas funções por mais quatro anos, já com Ho Iat Seng como Chefe do Executivo. Este ano foi confirmado que essa ligação será feita através da ponte Sai Van, apesar dos receios relacionados com a segurança da infra-estrutura. No que diz respeito ao funcionamento do Metro Ligeiro na zona da Barra, os deputados Kou Hoi In (actual presidente da AL), Cheang Chi Keong (que já saiu da AL) e Chui Sai Cheong defenderam, em 2017, a construção de um monocarril. “Os vagões podem percorrer, continuamente, a ferrovia em torno da cidade, permitindo aos cidadãos chegarem da circular exterior a várias zonas da península de Macau”. Com ou sem monocarril, as autoridades mostram confiança na chegada deste sistema de transporte à península. Garantida fica também a passagem do Metro Ligeiro nos Novos Aterros Urbanos e na zona de Seac Pai Van.
admin Manchete SociedadeMetro Ligeiro | Transporte de todas as polémicas entra hoje em funcionamento Ainda Edmund Ho estava no poder quando o projecto do Metro Ligeiro de Macau começou a ser pensado e estudado. A prisão do ex-secretário para os Transportes e Obras Públicas, Ao Man Long, e a sua substituição por Lau Si Io trouxe um compasso de espera a todos os que esperavam um rápido progresso nas obras. Pelo meio, o Comissariado de Auditoria e o Comissariado contra a Corrupção deixaram os seus alertas. Eis os momentos mais marcantes do novo meio de transporte público que começa hoje a funcionar [dropcap]E[/dropcap]ntra hoje em funcionamento o segmento da Taipa do Metro Ligeiro, depois de mais de dez anos de estudos e obras, com a garantia de viagens gratuitas até ao final do mês. Ao longo dos anos este tem sido um dos temas mais debatidos pela sociedade e pelos deputados à Assembleia Legislativa (AL), dado os enormes atrasos e derrapagens orçamentais registados. No início, pretendia-se construir um sistema de Metro Ligeiro com 23 estações e um traçado que passava pelo centro da cidade, na zona do NAPE, o que gerou contestação. Os planos mudaram e, anos depois, é apenas inaugurada uma linha 9,3 quilómetros com um orçamento de 18 mil milhões de patacas. Os percalços foram tantos que a deputada Song Pek Kei chegou a afirmar, em Outubro do ano passado, que o projecto do Metro Ligeiro “foi um erro”. “Está a fazer um melhor trabalho do que o seu antecessor porque antes as obras estavam paradas. Não será um erro da nossa parte construir o metro ligeiro, uma vez que Macau é um lugar muito pequeno? Se no futuro houver uma redução dos impostos do jogo quem vai suportar essas despesas? Creio que foi um erro construirmos o Metro Ligeiro, porque serão as próximas gerações a pagar”, frisou a deputada. Raimundo do Rosário, secretário para os Transportes e Obras Públicas, chegou em 2014 para organizar dossiers pendentes deixados pelos seus antecessores, Ao Man Long (condenado por corrupção) e Lau Si Io e, com ele, o Metro Ligeiro viu finalmente a luz do dia. André Ritchie, arquitecto que foi coordenador-adjunto do Gabinete para as Infra-estruturas de Transportes (GIT), hoje Sociedade do Metro Ligeiro de Macau, disse ao semanário Plataforma que a entrada em funcionamento do Metro Ligeiro constitui “um marco histórico para Macau”. “É muito positivo para Macau. Toda a equipa está de parabéns. É um projecto muito difícil em qualquer parte do mundo. Apenas quem trabalhou de facto neste projecto tem ideia da grande complexidade que envolve – não só na vertente técnica, mas também na parte relacionada com o modelo de operação comercial”, observa. André Ritchie destaca ainda “todos os diplomas legais que tiveram de ser criados” para o sistema de Metro Ligeiro avançar. Ao HM, o deputado José Pereira Coutinho frisa que “finalmente este elefante branco entra em funções”. “Como estamos na época das ‘vacas gordas’ quase ninguém liga aos seus custos extremamente elevados. Só espero que o transporte seja grátis para os idosos”, adiantou. Para a deputada Agnes Lam, a inauguração do Metro Ligeiro é como “uma entrada que vem sendo preparada há muito tempo, mas como demorou muito só resta uma pequena porção e as pessoas não acham suficiente”, metaforizou. Nesse sentido, a deputada espera que o Governo “faça desta inauguração um marco histórico para recuperar a confiança das pessoas e que garanta um funcionamento suave do sistema”. Agnes Lam espera também que o segmento da Taipa seja um teste “à ligação entre o sistema do Metro Ligeiro, os táxis e os percursos pedestres”. “Penso que o Governo ainda pode aprender muito com esta ‘entrada’, mas espero que avaliem a relação entre o custo e a efectividade de um projecto desta dimensão e que possam comunicar com o público os resultados. Temos de ter uma solução efectiva para o futuro transporte de massas”, frisou Agnes Lam. Helena de Senna Fernandes, directora dos Serviços de Turismo, defendeu ontem que a entrada em funcionamento do Metro Ligeiro pode ajudar à melhoria da circulação de turistas na Taipa, mas não tanto em Macau. “Para quem chegar ao terminal da Taipa ou aeroporto vai ter mais facilidade em chegar aos hotéis do Cotai. Aí vai ser mais fácil, mas chegar ao centro histórico de Macau não vai ser tão fácil assim. Espero que no futuro possamos ter uma maior facilidade em termos de transporte, não apenas com o Metro Ligeiro, mas com outros meios de transporte.” Jiang Xuchun, directora da Delegação das Ilhas da União Geral das Associações dos Moradores de Macau (UGAMM), disse ao jornal Ou Mun esperar que as estações do metro possam ter informações turísticas dada a proximidade ao aeroporto e terminal marítimo. A responsável defende também que no período de viagens gratuitas as autoridades possam divulgar mais informações sobre a deslocação entre autocarros e o traçado do Metro Ligeiro. Primeira data e contratos (2011) Estudado a partir do ano de 2003, o Metro Ligeiro propunha-se revolucionar o sistema de transportes públicos de Macau que tem funcionado apenas com autocarros e serviço de táxis. A primeira data avançada para a inauguração do Metro Ligeiro foi 2011, mas foi nesse ano que começaram a ser assinados os primeiros contratos de adjudicação, como foi o caso do contrato assinado com a Mitsubishi para o fornecimento de 110 carruagens, no valor de 4.688 mil milhões de patacas. No entanto, este plano inicial cairia por terra quando o Governo percebeu que tinha encomendado mais 48 carruagens além das necessárias. Em Maio do ano passado, ficou a saber-se que a Mitsubishi seria compensada em 360 milhões de patacas pela rescisão do contrato. “Essas carruagens são demais para aquilo que precisamos para as linhas da Taipa, Seac Pai Van e até a Barra. Achámos que era melhor rescindir a segunda parte [da encomenda à Mitsubishi] – até porque, daqui a uns anos, quando a rede do metro for estendida para outros sítios, certamente, haverá carruagens mais modernas e com outras potencialidades”, justificou Raimundo do Rosário. Intervenções do CCAC e CA (2012 – 2018) O projecto do Governo para o segmento do Metro Ligeiro na península de Macau gerou críticas desde o início, tendo levado os representantes da Associação para o Desenvolvimento da Comunidade de Macau a apresentar, a 29 de Maio de 2011, uma queixa junto do Comissariado contra a Corrupção (CCAC) sobre alegados “vários problemas relacionados com a construção do sistema do Metro Ligeiro na península de Macau e na Taipa, suspeitando da existência de ilegalidades e irregularidades em algumas fases do processo”, lia-se no relatório. Os moradores do NAPE questionavam as razões para a alteração do traçado inicial do percurso para outro que “passou a contemplar a passagem pelas ruas de Londres e da Cidade do Porto, na zona do NAPE, sem que tenha sido apresentada justificação técnica para tanto”. Além disso, os moradores “alegaram que a construção do Metro Ligeiro ao nível térreo, nesta zona, não preencheria os requisitos de segurança contra incêndios”. A nível orçamental, o sistema do Metro Ligeiro foi analisado quatro vezes pelo Comissariado de Auditoria (CA), a última das quais o ano passado. Disse o organismo liderado por Ho Veng On que o GIT “nunca foi capaz de calcular o custo global do investimento” no projecto e que, “à medida que a obra vai sendo executada, há tendência para alterar a estimativa dos custos, criando a ilusão de que nunca houve derrapagens no orçamento”. O CA estimou, na altura, um orçamento superior a 51 mil milhões de patacas para todas as fases do sistema de transporte. No total, o CA divulgou quatro relatórios sobre o Metro Ligeiro. Apesar dos vários avisos, Raimundo do Rosário disse, em Janeiro deste ano, que as derrapagens e os atrasos são “problemas do passado”, uma vez que, “se houver atrasos serão dentro dos limites razoáveis”. Raimundo e os processos em tribunal (2014-2019) Lau Si Io fez muitas tentativas e promessas, mas só Raimundo do Rosário soube assumir o controlo de um projecto difícil quando tomou posse como secretário, em 2014. O atraso já era mais do que evidente, uma vez que, em 2008, Lau Si Io prometia avançar com as obras no segundo semestre de 2009. Afirmaria, em 2013, que “o Governo não aceitava mais atrasos” no projecto. Um dos diferendos que Raimundo do Rosário teve de resolver foi com a adjudicação da obra do parque de materiais e oficinas, essencial para assegurar a operacionalização do Metro Ligeiro. Em 2016, foi assinado um contrato de 1,07 mil milhões de patacas com a empresa Companhia de Engenharia e Construção da China (Macau), depois da ocorrência de um diferendo entre o Governo e o consórcio constituído pelas empresas Top Builders e Mei Cheong, que venceu o primeiro concurso público para a obra. Este consórcio teve de pagar uma multa ao Governo devido aos vários problemas registados com a construção, mas recebeu dos cofres públicos 85 milhões como compensação pelo término do mesmo contrato. Posteriormente a empresa China Road and Bridge Corporation fez entrar no Tribunal Administrativo uma acção para ser compensada pelo que considerou um erro na ajudicação desse concurso público. Apesar de o Tribunal de Última Instância lhe ter dado razão, o Governo não realizou novo concurso pelo facto do parque de materiais e oficinas estar, à data, praticamente construído. As autoridades entenderam que um novo concurso iria “ter um grande impacto nos prazos da empreitada e na instalação do Sistema de Metro Ligeiro na Taipa”, algo que representaria “um grave prejuízo para o interesse público”. Até ao momento, o Governo não avançou o valor de indemnização pago à China Road and Bridge Corporation para resolver este diferendo. O futuro Inaugurado o segmento da Taipa, o ónus da questão coloca-se agora na forma como o Metro Ligeiro vai chegar à península. Em 2018, Raimundo do Rosário garantiu que a linha do Metro Ligeiro entre os Jardins do Oceano e a Barra vai estar completa até 2024 e com um custo de 4,5 mil milhões de patacas. “Vai estar a funcionar em 2024 e com um bocado de sorte, pode entrar em funcionamento em 2023”, disse o secretário, que continuará a desempenhar as mesmas funções por mais quatro anos, já com Ho Iat Seng como Chefe do Executivo. Este ano foi confirmado que essa ligação será feita através da ponte Sai Van, apesar dos receios relacionados com a segurança da infra-estrutura. No que diz respeito ao funcionamento do Metro Ligeiro na zona da Barra, os deputados Kou Hoi In (actual presidente da AL), Cheang Chi Keong (que já saiu da AL) e Chui Sai Cheong defenderam, em 2017, a construção de um monocarril. “Os vagões podem percorrer, continuamente, a ferrovia em torno da cidade, permitindo aos cidadãos chegarem da circular exterior a várias zonas da península de Macau”. Com ou sem monocarril, as autoridades mostram confiança na chegada deste sistema de transporte à península. Garantida fica também a passagem do Metro Ligeiro nos Novos Aterros Urbanos e na zona de Seac Pai Van.
Pedro Arede PolíticaConselho executivo aprova regulamento de segurança do Metro Ligeiro [dropcap]O[/dropcap] Conselho Executivo deu a conhecer na passada sexta-feira os principais pontos do regulamento administrativo intitulado “Normas técnicas de segurança e complementares à investigação técnica de acidentes e incidentes do sistema de metro ligeiro”, onde constam as principais obrigações que a entidade responsável pela segurança do sistema deve cumprir. Segundo o porta-voz do Conselho Executivo Leong Heng Teng, a entidade responsável, a Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT), deve produzir um sistema de gestão de segurança, apresentar um relatório anual e criar ainda um manual de segurança da operação dirigido aos funcionários. “A operadora deve criar um sistema de gestão de segurança e apresentar à entidade concedente o relatório de segurança respeitante ao ano transacto. Além disso, a operadora está obrigada a elaborar o manual de segurança da operação para estabelecer as instruções dirigidas aos seus trabalhadores. Por último, o projecto sugere que o sistema de metro ligeiro deve ser precedido de uma fase de operação experimental, que creio, já conhecem (…) e que está a entrar numa fase experimental na ilha da Taipa”, explicou Leong Heng Teng. Acerca dos planos de tratamento de avarias e situações de emergência, a operadora deve “comunicar imediatamente à DSAT” os casos de suspensão da prestação de serviços por motivos de emergência e, de seguida “tomar as medidas necessárias para reiniciar a operação no mais curto período de tempo”. No caso de não ser possível, a operadora deve “providenciar a evacuação ou a transferência dos passageiros para outros meios de transporte”, pode ler-se no regulamento administrativo. Critérios internacionais Também presente na conferência de imprensa, que teve lugar na sede oficial do Governo, esteve o director da DSAT. A propósito das normas de segurança do novo diploma, Lam Hin San afirma que estas foram feitas de acordo com critérios internacionais. “Tivemos como referência a experiência dos territórios vizinhos em matéria de transporte ferroviário (…) e a lei permite também que a DSAT convide peritos e especialistas de diferentes matérias ligadas ao metro ligeiro para nos ajudar”, referiu Lam Hin San. Em caso de acidente ou incidente, o regulamento administrativo estabelece ainda que a DSAT deve elaborar um relatório sumário, no prazo de 12 ou 24 horas, dependendo da gravidade da situação.
Hoje Macau SociedadeMetro ligeiro | Fumo preto avistado em estação [dropcap]F[/dropcap]umo preto foi avistado no passado sábado na estação de Metro Ligeiro da Estrada Governador Albano de Oliveira. A notícia, é avançada pelo jornal Exmoo que refere que segundo o Corpo de Bombeiros, a evacuação não terá sido necessária devido ao facto de o fumo ter sido originado a partir da activação não voluntária de um gerador eléctrico secundário de diesel. A falha, aponta a mesma fonte, deveu-se a um erro no sistema informático do metro. Recorde-se que, apesar de ainda não existir uma data definida para o arranque das operações do Metro Ligeiro, o secretário para os Transportes e Obras Públicas, Raimundo do Rosário, garantiu que o Metro Ligeiro iria entrar em funcionamento ainda durante o mês de Novembro. “Vamos pôr o metro a funcionar seguramente em Outubro ou Novembro, na Linha da Taipa”, afirmou Rosário, na altura.
Hoje Macau SociedadeMetro ligeiro | Fumo preto avistado em estação [dropcap]F[/dropcap]umo preto foi avistado no passado sábado na estação de Metro Ligeiro da Estrada Governador Albano de Oliveira. A notícia, é avançada pelo jornal Exmoo que refere que segundo o Corpo de Bombeiros, a evacuação não terá sido necessária devido ao facto de o fumo ter sido originado a partir da activação não voluntária de um gerador eléctrico secundário de diesel. A falha, aponta a mesma fonte, deveu-se a um erro no sistema informático do metro. Recorde-se que, apesar de ainda não existir uma data definida para o arranque das operações do Metro Ligeiro, o secretário para os Transportes e Obras Públicas, Raimundo do Rosário, garantiu que o Metro Ligeiro iria entrar em funcionamento ainda durante o mês de Novembro. “Vamos pôr o metro a funcionar seguramente em Outubro ou Novembro, na Linha da Taipa”, afirmou Rosário, na altura.
Hoje Macau SociedadeMetro Ligeiro | Contrato prevê subsídio igual ao orçamento da concessionária [dropcap]F[/dropcap]oi ontem publicado em Boletim Oficial (BO) um excerto do contrato de concessão assinado entre o Governo e a Sociedade de Metro Ligeiro de Macau. De acordo com o documento, a concessionária, que será responsável por toda a gestão e manutenção deste transporte público, passa a receber do Governo um subsídio igual ao seu orçamento. “Até 30 de Janeiro de cada ano, a concedente (Governo) atribuirá à concessionária um subsídio de valor igual ao seu orçamento de funcionamento interno para esse mesmo ano.” Além disso, o Governo, “anualmente e em prestações mensais, vencíveis no último dia de cada mês, atribui à concessionária um subsídio de valor igual à totalidade dos contratos assumidos com a exploração, operação, conservação e manutenção do Sistema de Metro Ligeiro”. Como retribuição, a Sociedade de Metro Ligeiro tem de pagar à RAEM um montante equivalente a dez por cento do lucro líquido anual da exploração da concessão. Além disso, “o montante da receita anual proveniente das tarifas da prestação do serviço público, das taxas e outras quantias provenientes das suas actividades acessórias aqui autorizadas revertem para a concessionária como garantia de rendimento da concessão”. A Sociedade de Metro Ligeiro fica ainda “isenta do pagamento de quaisquer impostos, contribuições, taxas ou emolumentos, relativamente aos rendimentos auferidos pela exploração da concessão ou aos actos e contratos que pratiquem, outorguem ou em que intervenham”. O Governo irá reavaliar a assistência financeira concedida à empresa cinco anos depois da entrada em vigor deste contrato, que tem um prazo de validade de dez anos. Um ano antes do seu término, empresa e Governo “reunir-se-ão com o objectivo de acordarem as condições em que poderá ter lugar uma eventual prorrogação do mesmo”, aponta o mesmo documento.
Hoje Macau SociedadeMetro Ligeiro | Contrato prevê subsídio igual ao orçamento da concessionária [dropcap]F[/dropcap]oi ontem publicado em Boletim Oficial (BO) um excerto do contrato de concessão assinado entre o Governo e a Sociedade de Metro Ligeiro de Macau. De acordo com o documento, a concessionária, que será responsável por toda a gestão e manutenção deste transporte público, passa a receber do Governo um subsídio igual ao seu orçamento. “Até 30 de Janeiro de cada ano, a concedente (Governo) atribuirá à concessionária um subsídio de valor igual ao seu orçamento de funcionamento interno para esse mesmo ano.” Além disso, o Governo, “anualmente e em prestações mensais, vencíveis no último dia de cada mês, atribui à concessionária um subsídio de valor igual à totalidade dos contratos assumidos com a exploração, operação, conservação e manutenção do Sistema de Metro Ligeiro”. Como retribuição, a Sociedade de Metro Ligeiro tem de pagar à RAEM um montante equivalente a dez por cento do lucro líquido anual da exploração da concessão. Além disso, “o montante da receita anual proveniente das tarifas da prestação do serviço público, das taxas e outras quantias provenientes das suas actividades acessórias aqui autorizadas revertem para a concessionária como garantia de rendimento da concessão”. A Sociedade de Metro Ligeiro fica ainda “isenta do pagamento de quaisquer impostos, contribuições, taxas ou emolumentos, relativamente aos rendimentos auferidos pela exploração da concessão ou aos actos e contratos que pratiquem, outorguem ou em que intervenham”. O Governo irá reavaliar a assistência financeira concedida à empresa cinco anos depois da entrada em vigor deste contrato, que tem um prazo de validade de dez anos. Um ano antes do seu término, empresa e Governo “reunir-se-ão com o objectivo de acordarem as condições em que poderá ter lugar uma eventual prorrogação do mesmo”, aponta o mesmo documento.
Hoje Macau PolíticaMetro Ligeiro | Secretário anuncia circulação até Novembro [dropcap]O[/dropcap] secretário para os Transportes e Obras Públicas, Raimundo do Rosário, afirmou ontem que o Metro Ligeiro vai entrar em funcionamento até Novembro. “Vamos por o metro a funcionar seguramente em Outubro ou Novembro, na Linha da Taipa”, afirmou Rosário, em declarações às Rádio Macau. Contudo, Rosário disse desconhecer neste momento outros pormenores, como o preço dos bilhetes. Ainda ontem o Executivo anunciou que hoje vai ser assinado o contrato com a Sociedade do Metro Ligeiro de Macau para a concessão da operação, exploração e manutenção desta estrutura. O contrato tem um prazo de 10 anos.
Hoje Macau PolíticaMetro Ligeiro | Secretário anuncia circulação até Novembro [dropcap]O[/dropcap] secretário para os Transportes e Obras Públicas, Raimundo do Rosário, afirmou ontem que o Metro Ligeiro vai entrar em funcionamento até Novembro. “Vamos por o metro a funcionar seguramente em Outubro ou Novembro, na Linha da Taipa”, afirmou Rosário, em declarações às Rádio Macau. Contudo, Rosário disse desconhecer neste momento outros pormenores, como o preço dos bilhetes. Ainda ontem o Executivo anunciou que hoje vai ser assinado o contrato com a Sociedade do Metro Ligeiro de Macau para a concessão da operação, exploração e manutenção desta estrutura. O contrato tem um prazo de 10 anos.
João Santos Filipe PolíticaMetro Ligeiro | Coutinho aponta orçamento excessivo e falta de talentos Um projecto que foi planeado há mais de 20 anos e mesmo assim não tem talentos locais formados. Esta é uma das críticas do deputado José Pereira Coutinho que pede a construção de passadeiras aéreas nas estações como as que foram feitas em Banguecoque [dropcap]O[/dropcap] deputado José Pereira Coutinho lançou ontem várias críticas ao projecto Metro Ligeiro e quer que o Governo apresente respostas a problemas como o orçamento excessivo, a falta de talentos para o projecto e a questão das passadeiras. O ataque ao projecto do Governo faz parte de uma interpelação escrita divulgada ontem pelo legislador ligado à Associação de Trabalhadores da Função Pública de Macau (ATFPM). O primeiro aspecto está relacionado com a adjudicação do contrato de operação e manutenção da Linha da Taipa à MTR de Hong Kong, no valor 5,9 mil milhões de patacas. Segundo o deputado, para atribuir uma verba tão elevada, que dá uma média de 900 milhões de patacas por ano, deveria ter sido lançado um concurso público internacional. “Por que razão o Governo não recorreu ao concurso público internacional para a referida adjudicação? O Governo adjudicou o contrato de prestação dos serviços de operação da Linha da Taipa do Metro Ligeiro à MTR e não a outras empresas com experiência. Quais foram os fundamentos para esta adjudicação?”, questiona. Coutinho critica igualmente o facto de se terem gasto 1,4 mil milhões na constituição da Sociedade do Metro Ligeiro de Macau, mas depois o serviço ter sido adjudicado à MTR. Falta de talentos Outra critica prende-se com o facto de o serviço ter sido planeado “há quase 20 anos”, mas durante todo este tempo não ter havido capacidade para formar quadros locais qualificados para este meio de transporte. “Já se passaram quase 20 anos desde que o Governo apresentou o projecto de construção do Metro Ligeiro, e até ao momento, o Governo continua a afirmar que não dispõe de pessoa qualificado com experiência na operação do Metro Ligeiro”, aponta. “O Governo deve permitir que seja a Sociedade do Metro Ligeiro de Macau a responsabilizar-se pela operação e manutenção do Metro Ligeiro, para evitar o contínuo abuso do erário público decorrente das adjudicação. Vai fazê-lo?”, pergunta. Por outro lado, o deputado compara o metro com o projecto de Banguecoque e questiona se o Governo vai seguir o exemplo tailandês, em que foram criadas passadeiras aéreas com o metro e que podem ser atravessadas, sem que se tenha de entrar na zona paga. “O Governo vai criar vias pedonais semelhantes debaixo dos viadutos do metro ligeiro, com vista a facilitar as deslocações dos residentes e dos turistas e aproveitar os espaços?”, pergunta.
João Santos Filipe PolíticaMetro Ligeiro | Coutinho aponta orçamento excessivo e falta de talentos Um projecto que foi planeado há mais de 20 anos e mesmo assim não tem talentos locais formados. Esta é uma das críticas do deputado José Pereira Coutinho que pede a construção de passadeiras aéreas nas estações como as que foram feitas em Banguecoque [dropcap]O[/dropcap] deputado José Pereira Coutinho lançou ontem várias críticas ao projecto Metro Ligeiro e quer que o Governo apresente respostas a problemas como o orçamento excessivo, a falta de talentos para o projecto e a questão das passadeiras. O ataque ao projecto do Governo faz parte de uma interpelação escrita divulgada ontem pelo legislador ligado à Associação de Trabalhadores da Função Pública de Macau (ATFPM). O primeiro aspecto está relacionado com a adjudicação do contrato de operação e manutenção da Linha da Taipa à MTR de Hong Kong, no valor 5,9 mil milhões de patacas. Segundo o deputado, para atribuir uma verba tão elevada, que dá uma média de 900 milhões de patacas por ano, deveria ter sido lançado um concurso público internacional. “Por que razão o Governo não recorreu ao concurso público internacional para a referida adjudicação? O Governo adjudicou o contrato de prestação dos serviços de operação da Linha da Taipa do Metro Ligeiro à MTR e não a outras empresas com experiência. Quais foram os fundamentos para esta adjudicação?”, questiona. Coutinho critica igualmente o facto de se terem gasto 1,4 mil milhões na constituição da Sociedade do Metro Ligeiro de Macau, mas depois o serviço ter sido adjudicado à MTR. Falta de talentos Outra critica prende-se com o facto de o serviço ter sido planeado “há quase 20 anos”, mas durante todo este tempo não ter havido capacidade para formar quadros locais qualificados para este meio de transporte. “Já se passaram quase 20 anos desde que o Governo apresentou o projecto de construção do Metro Ligeiro, e até ao momento, o Governo continua a afirmar que não dispõe de pessoa qualificado com experiência na operação do Metro Ligeiro”, aponta. “O Governo deve permitir que seja a Sociedade do Metro Ligeiro de Macau a responsabilizar-se pela operação e manutenção do Metro Ligeiro, para evitar o contínuo abuso do erário público decorrente das adjudicação. Vai fazê-lo?”, pergunta. Por outro lado, o deputado compara o metro com o projecto de Banguecoque e questiona se o Governo vai seguir o exemplo tailandês, em que foram criadas passadeiras aéreas com o metro e que podem ser atravessadas, sem que se tenha de entrar na zona paga. “O Governo vai criar vias pedonais semelhantes debaixo dos viadutos do metro ligeiro, com vista a facilitar as deslocações dos residentes e dos turistas e aproveitar os espaços?”, pergunta.
Hoje Macau SociedadeGoverno garante que momento captado com carruagens de metro era uma simulação [dropcap]O[/dropcap] Gabinete para as Infra-estruturas de Transportes (GIT) explicou que as imagens que começaram a circular nas redes sociais, no domingo, dizem respeito a um exercício para testar a resposta de emergência. Em causa está um vídeo partilhado na rede social facebook no domingo, em que se podiam ver duas carruagens frente-a-frente, junto à Rotunda do Estádio da Taipa. Após a reacção às imagens, o Governo veio confirmar a veracidade das mesmas, mas esclareceu que tudo se tratava de um exercício de segurança, que diz ser “normal” nesta fase de testes. “Em relação ao vídeo recentemente divulgado na Internet sobre o incidente das carruagens do metro ligeiro, o Gabinete para as Infra-estruturas de Transportes apurou que o conteúdo do vídeo faz parte da simulação da resposta às situações de emergência do metro ligeiro, sendo uma prática normal antes da entrada em operação do metro ligeiro”, foi explicado. “A respectiva simulação da resposta às situações de emergência foi organizada pela equipa de operação, tendo sido realizada no viaduto do metro ligeiro da Rotunda do Estádio da Taipa ontem (dia 8) de manhã, em que simulou a situação em que o funcionamento do metro ligeiro de duas composições em circulação ficou suspenso devido ao incidente ocorrido, tendo sido mobilizado o outro metro ligeiro ao local para a assistência”, foi acrescentado. Ainda de acordo com as informações disponibilizadas, este tipo de exercício vai continuar a ser feito até que a estrutura seja finalmente aberta ao público. Também anteriormente, o secretário para os Transportes e Obras Públicas, Raimundo do Rosário, havia afirmado que o metro se encontrava numa fase de testes. “É uma simulação normal antes da entrada em operação do metro ligeiro, e vão ser organizadas simulações irregulares com temas diferentes, de modo a garantir o pessoal da operação com técnicas suficientes para responder às situações de emergência dos tipos diferentes”, esclareceu o GIT, no comunicado de ontem. O metro ligeiro deverá abrir até ao final do ano, ainda antes da tomada de posse do novo Governo, que acontece a 20 de Dezembro, mas a data ainda não foi revelada. O percurso inicial apenas envolve a circulação na zonas da Taipa e do Cotai.
Andreia Sofia Silva VozesLevantar a lebre [dropcap]A[/dropcap] apresentação do troço do metro ligeiro deixou a população de Macau quase satisfeita, não fossem os enormes atrasos e as derrapagens. Terminada a festa, restam inúmeras dúvidas sobre o seguimento do projecto, apesar de o secretário para os Transportes e Obras Públicas, Raimundo do Rosário, sempre ter garantido uma execução faseada do projecto, numa dose pragmática de optimismo. Mas eis senão quando, o jornal Ou Mun publica uma notícia que vem desvendar um fantasma antigo, relacionado com a suposta falta de capacidade da ponte Sai Van para suportar o troço do metro ligeiro. Depois do Governo ter garantido que existe capacidade para aguentar a passagem das carruagens, vem agora o arquitecto responsável pela obra dizer que não. A população pára, então, para pensar: confiamos no Gabinete para as Infra-estruturas de Transportes, que já nos causou derrapagens orçamentais e inúmeros atrasos na obra, ou no arquitecto que fez a ponte? Há aqui uma lebre qualquer que se quer levantar, como se diz em bom português. Convém recordar que a notícia saiu no jornal Ou Mun, o diário de língua chinesa mais lido e influente do território, e o que está mais próximo das autoridades que nos governam. Resta-nos esperar por desenvolvimentos em novos capítulos de uma novela que promete não ter fim.
Juana Ng Cen SociedadeMetro | Secretário garante segurança na passagem pela ponte de Sai Van Raimundo do Rosário recusa haver riscos ligados à circulação do Metro Ligeiro na Ponte Sai Vai e deixa a garantia que o Governo apenas aprova a abertura dos projectos públicos quando todas as condições de segurança estão reunidas [dropcap]O[/dropcap] secretário para os Transportes e Obras Públicas pediu à população que esteja descansada no que diz respeito à segurança da passagem do Metro Ligeiro pela Ponte de Sai Van. Em declarações citadas pelo Jornal do Cidadão, Raimundo do Rosário assegurou a qualidade das construções públicas e diz que os projectos só avançam quando todos os requisitos estão reunidos. “As autoridades só aprovam a abertura de um projecto quando têm confiança que as condições estão reunidas e que a qualidade está assegurada. Mesmo que algo aconteça, vai ser tudo tratado de acordo com os procedimentos definidos e não haverá nenhuma situação de caos”, assegurou Raimundo do Rosário, de acordo com o Jornal do Cidadão. Nos últimos dias uma reportagem do Jornal Ou Mun lançou a controvérsia sobre a segurança da passagem do Metro Ligeiro da Ponte de Sai Van. Segundo as palavras de um arquitecto ligado à concepção desta parte do traçado, haveria alterações na estrutura da ponte, que poderiam colocar em causa a sua segurança. Este cenário foi afastado pelo secretário para os Transportes e Obras Públicas que recordou que já em 2010 o Governo tinha explicado os critérios para a construção da travessia e que houve uma entidade independente que fez a inspecção à segurança da estrutura, sem que houvesse problemas. Raimundo do Rosário declarou ainda que este caso é uma repetição do que tinha acontecido em 2010, mas admitiu fazer um novo acompanhamento da situação, caso seja necessário. Porém, apontou que esta altura está longe de ser a ideal para voltar a fazer o acompanhamento do projecto. Até Dezembro Raimundo do Rosário foi igualmente questionado sobre o seu futuro enquanto secretário para os Transportes e Obras Públicas. No entanto, afirmou desconhecer o que vai acontecer depois 19 de Dezembro, último dia do Governo de Chui Sai On, que será substituído por Ho Iat Seng no cargo de Chefe do Executivo. “Não faço ideia [sobre o que vai acontecer]. Apenas sei que tenho de continuar a desempenhar as minhas funções como secretário, que envolvem tarefas como a abertura da Linha da Taipa do Metro Ligeiro. Até Dezembro ainda tenho muito trabalho para fazer”, respondeu. Outro assunto abordado foi a realização de um concurso para a atribuição de habitação económica ainda este ano, durante o mandato de Chui Sai On. Em relação a esta possibilidade, Raimundo do Rosário mostrou-se optimista. Contudo, no que diz respeito à construção das primeiras das 28 mil unidades de habitação pública na Zona A dos Novos Aterros o cenário é diferente. De acordo com o secretário o projecto começou a ser feito este ano e precisa de pelo menos um ano para ficar concluído. Depois de terminado será aberto um concurso público para a concretização das obras, que também levarão o seu tempo. Por este motivo, Raimundo do Rosário recusou apontar uma data para a entrega das primeiras fracções de habitação pública.
Juana Ng Cen SociedadeMetro | Secretário garante segurança na passagem pela ponte de Sai Van Raimundo do Rosário recusa haver riscos ligados à circulação do Metro Ligeiro na Ponte Sai Vai e deixa a garantia que o Governo apenas aprova a abertura dos projectos públicos quando todas as condições de segurança estão reunidas [dropcap]O[/dropcap] secretário para os Transportes e Obras Públicas pediu à população que esteja descansada no que diz respeito à segurança da passagem do Metro Ligeiro pela Ponte de Sai Van. Em declarações citadas pelo Jornal do Cidadão, Raimundo do Rosário assegurou a qualidade das construções públicas e diz que os projectos só avançam quando todos os requisitos estão reunidos. “As autoridades só aprovam a abertura de um projecto quando têm confiança que as condições estão reunidas e que a qualidade está assegurada. Mesmo que algo aconteça, vai ser tudo tratado de acordo com os procedimentos definidos e não haverá nenhuma situação de caos”, assegurou Raimundo do Rosário, de acordo com o Jornal do Cidadão. Nos últimos dias uma reportagem do Jornal Ou Mun lançou a controvérsia sobre a segurança da passagem do Metro Ligeiro da Ponte de Sai Van. Segundo as palavras de um arquitecto ligado à concepção desta parte do traçado, haveria alterações na estrutura da ponte, que poderiam colocar em causa a sua segurança. Este cenário foi afastado pelo secretário para os Transportes e Obras Públicas que recordou que já em 2010 o Governo tinha explicado os critérios para a construção da travessia e que houve uma entidade independente que fez a inspecção à segurança da estrutura, sem que houvesse problemas. Raimundo do Rosário declarou ainda que este caso é uma repetição do que tinha acontecido em 2010, mas admitiu fazer um novo acompanhamento da situação, caso seja necessário. Porém, apontou que esta altura está longe de ser a ideal para voltar a fazer o acompanhamento do projecto. Até Dezembro Raimundo do Rosário foi igualmente questionado sobre o seu futuro enquanto secretário para os Transportes e Obras Públicas. No entanto, afirmou desconhecer o que vai acontecer depois 19 de Dezembro, último dia do Governo de Chui Sai On, que será substituído por Ho Iat Seng no cargo de Chefe do Executivo. “Não faço ideia [sobre o que vai acontecer]. Apenas sei que tenho de continuar a desempenhar as minhas funções como secretário, que envolvem tarefas como a abertura da Linha da Taipa do Metro Ligeiro. Até Dezembro ainda tenho muito trabalho para fazer”, respondeu. Outro assunto abordado foi a realização de um concurso para a atribuição de habitação económica ainda este ano, durante o mandato de Chui Sai On. Em relação a esta possibilidade, Raimundo do Rosário mostrou-se optimista. Contudo, no que diz respeito à construção das primeiras das 28 mil unidades de habitação pública na Zona A dos Novos Aterros o cenário é diferente. De acordo com o secretário o projecto começou a ser feito este ano e precisa de pelo menos um ano para ficar concluído. Depois de terminado será aberto um concurso público para a concretização das obras, que também levarão o seu tempo. Por este motivo, Raimundo do Rosário recusou apontar uma data para a entrega das primeiras fracções de habitação pública.
Andreia Sofia Silva SociedadeMetro Ligeiro | Governo nega impacto do projecto na ponte Sai Van O jornal Ou Mun publicou no fim-de-semana uma reportagem que dá conta de um possível impacto negativo do trajecto do metro ligeiro na ponte Sai Van. Contudo, o Gabinete para as Infra-estruturas de Transportes vem negar essa possibilidade [dropcap]O[/dropcap] assunto não é novo, mas voltou este fim-de-semana às páginas dos jornais. O jornal Ou Mun noticiou a possibilidade do trajecto do metro ligeiro poder afectar de forma negativa a estrutura da ponte Sai Van, mas, em comunicado oficial emitido na sexta-feira pelo Gabinete para as Infra-estruturas de Transportes (GIT), essa possibilidade é afastada. “O GIT adianta que esse conteúdo é apenas um rumor”, começa por dizer. “O Governo prestou, em Junho de 2010, os esclarecimentos sobre o critério do projecto da Ponte de Sai Van. A ponte, desde a sua construção e durante o seu funcionamento de mais de oito anos, não tem registado nenhum problema estrutural”, frisou o organismo. No que diz respeito aos critérios de construção, foram tidos em conta as especificidades técnicas em vigor na China mas também regulamentações adoptadas em países europeus, nos Estados Unidos, em Hong Kong e em Macau. Desta forma, o GIT assegura que a construção foi feita de acordo com as práticas internacionais, pelo que o viaduto tem capacidade para a circulação automóvel e do metro ligeiro. Com o projecto do metro, serão necessários apenas alguns ajustamentos, acrescentou o GIT. Arquitecto contra Ao jornal Ou Mun, o arquitecto responsável pelo projecto da ponte Sai Van, Xu Gongyi, referiu estar contra a passagem do metro ligeiro no local por razões de integridade e razoabilidade. A notícia levantou novamente dúvidas sobre a segurança do projecto e teve um grande impacto nas redes sociais. Ouvido pelo mesmo jornal, Wu Chou Kit, engenheiro civil e deputado nomeado à Assembleia Legislativa, defendeu que é necessário divulgar os resultados dos testes de segurança e resistência efectuados à ponte e que o engenheiro deve ser ouvido sobre o projecto, devendo ser exigida a sua autorização para que a obra do metro ligeiro avance.
Andreia Sofia Silva SociedadeMetro Ligeiro | Governo nega impacto do projecto na ponte Sai Van O jornal Ou Mun publicou no fim-de-semana uma reportagem que dá conta de um possível impacto negativo do trajecto do metro ligeiro na ponte Sai Van. Contudo, o Gabinete para as Infra-estruturas de Transportes vem negar essa possibilidade [dropcap]O[/dropcap] assunto não é novo, mas voltou este fim-de-semana às páginas dos jornais. O jornal Ou Mun noticiou a possibilidade do trajecto do metro ligeiro poder afectar de forma negativa a estrutura da ponte Sai Van, mas, em comunicado oficial emitido na sexta-feira pelo Gabinete para as Infra-estruturas de Transportes (GIT), essa possibilidade é afastada. “O GIT adianta que esse conteúdo é apenas um rumor”, começa por dizer. “O Governo prestou, em Junho de 2010, os esclarecimentos sobre o critério do projecto da Ponte de Sai Van. A ponte, desde a sua construção e durante o seu funcionamento de mais de oito anos, não tem registado nenhum problema estrutural”, frisou o organismo. No que diz respeito aos critérios de construção, foram tidos em conta as especificidades técnicas em vigor na China mas também regulamentações adoptadas em países europeus, nos Estados Unidos, em Hong Kong e em Macau. Desta forma, o GIT assegura que a construção foi feita de acordo com as práticas internacionais, pelo que o viaduto tem capacidade para a circulação automóvel e do metro ligeiro. Com o projecto do metro, serão necessários apenas alguns ajustamentos, acrescentou o GIT. Arquitecto contra Ao jornal Ou Mun, o arquitecto responsável pelo projecto da ponte Sai Van, Xu Gongyi, referiu estar contra a passagem do metro ligeiro no local por razões de integridade e razoabilidade. A notícia levantou novamente dúvidas sobre a segurança do projecto e teve um grande impacto nas redes sociais. Ouvido pelo mesmo jornal, Wu Chou Kit, engenheiro civil e deputado nomeado à Assembleia Legislativa, defendeu que é necessário divulgar os resultados dos testes de segurança e resistência efectuados à ponte e que o engenheiro deve ser ouvido sobre o projecto, devendo ser exigida a sua autorização para que a obra do metro ligeiro avance.
Andreia Sofia Silva Manchete SociedadeMetro Ligeiro | Governo apresenta troço Terminal Marítimo – Ocean Garden Mais de dez anos depois, e de 16 mil milhões de patacas gastos, o Metro Ligeiro de Macau entra em período de testes. Ontem foi a vez dos jornalistas experimentarem a linha que une o terminal marítimo aos Ocean Garden, numa viagem marcada por alguma instabilidade. Antes de 20 de Dezembro, esta linha deverá estar a funcionar, mas para já continua sem se saber o preço das tarifas ou o horário do seu funcionamento [dropcap]A[/dropcap]s portas da carruagem fechavam-se às 15h24 e o Metro Ligeiro de Macau, arrancava da estação do terminal marítimo da Taipa, numa viagem organizada para os órgãos de comunicação social. O trajecto decorre durante cerca de 25 minutos até ao fim da linha, com nove quilómetros de extensão, na estação Oceano. Pelo caminho, passa pelo aeroporto, pelo Cotai e pelo Jockey Club. Este percurso deverá abrir ainda este ano, como tem sido defendido pelo secretário dos Transportes e Obras Públicas Raimundo do Rosário. Cada uma das 110 carruagens que fazem parte da frota têm capacidade para 100 pessoas, ou “70 se levarem equipamentos”, apontou o coordenador do Gabinete para as Infraestruturas de Transportes (GIT), Ho Cheong Kei, e cada uma das unidades de transporte vai ser constituída por duas carruagens. Em caso de maior fluxo de passageiros, Ho adiantou que pode ser adicionado um modulo idêntico. “Ter quatro carruagens, depende do número de passageiros. Vão ser duas primeiramente, mas se forem muitos passageiros usamos quatro”, esclareceu o coordenador do GIT. No entanto, o projecto para o Metro Ligeiro e para a aquisição de equipamentos avançaram sem qualquer cálculo sobre o número de passageiros que poderá vir a usufruir da estrutura e uma estimativa a este respeito continua a ser uma incógnita. Quando questionado pelos jornalistas, Ho Cheong Kei apontou que “é uma pergunta difícil, pois não temos um número concreto”. Cuidado com as curvas A viagem de ontem foi marcada por alguma instabilidade das carruagens que o responsável pelo GIT atribui à sensibilidade de cada um, refutando a hipótese apresentada pelos jornalistas de que poderia ter como causa a desactualização de equipamentos, já adquiridos há dez anos. “O sentimento [de instabilidade na viagem] é muito pessoal e algumas pessoas são mais sensíveis. Depende do estado da pessoa naquela altura”, apontou. “Macau é uma cidade muito pequena e não há uma grande possibilidade de viajar numa linha directa e de longa duração, além disso não fizemos nenhuma paragem. Se fizermos a paragem a velocidade vai reduzir-se e isso pode ajudar a uma maior estabilidade”, acrescentou tendo em conta o mal-estar sentido por alguns dos jornalistas. O metro ligeiro pode atingir uma velocidade máxima de 80 km por hora. Tudo controlado No regresso, foi tempo de fazer uma paragem no parque de materiais e oficinas onde teve lugar uma apresentação do Centro de Operações pelo engenheiro chefe da Mitsubishi, Martin Leung. É numa sala em que são programados e monitorizados, de forma automática, todos os movimentos do Metro Ligeiro. “O ecrã principal divide-se em quatro partes em que se vê o itinerário do metro e as 11 estações com o respectivo nome”, disse, acrescentando que ali é feito o controlo das operações. “O nosso sistema é de alta tensão, podemos ver a situação da electricidade no ecrã, e se for necessário podemos fazer a manutenção ou reparação dos equipamentos”, referiu. O ecrã central está rodeado por dois conjuntos de televisões que transmitem imagens em tempo real “das estações, das passagens superiores para peões e das carruagens, e podemos escolher as imagens especificas que queremos ver”. Por saber Em caso de sinal 8 de tufão as operações do metro serão suspensas. “O vento e a chuva são muito fortes e nesse período [sinal 8 de tufão] iremos suspender as nossas operações”, apontou Leung. Contudo, ainda não existe qualquer previsão quanto à antecedência com que a linha poderá vir a fechar. Entretanto, e ainda por esclarecer estão as tarifas a cobrar, sendo a referência o preço dos autocarros, a data de constituição da empresa pública de gestão da infraestrutura e a data de abertura do metro. Também por definir está o horário de funcionamento bem como a sua frequência. Já a linha de Seac Pai Van continua temporariamente suspensa, não havendo previsões para a retoma do projecto.
Juana Ng Cen SociedadeWu Chou Kit quer viagens grátis e reconhecimento facial no Metro Ligeiro [dropcap]D[/dropcap]urante um debate sobre o Metro Ligeiro emitido no domingo no programa “Fórum Macau”, do canal chinês da Rádio Macau, o deputado Wu Chou Kit revelou-se a favor do registo voluntário de reconhecimento facial na entrada do Metro Ligeiro. O deputado nomeado pelo Chefe do Executivo argumentou pela necessidade da medida como forma de atingir a meta da cidade inteligente. A proposta foi, no entanto, contrariada por Lam U Tou, presidente da Associação da Sinergia de Macau, que entende que o Governo não deve optar por essa via, alertando para a possível polémica entre os residentes. De seguida, o dirigente associativo referiu que o Executivo deve ceder à tentação de permitir aos trabalhadores não residentes contratados pela MTR, a empresa que vai operar o Metro Ligeiro, passarem a residentes permanentes. De regresso a Wu Chou Kit, o deputado sugeriu ainda que as viagens no novo meio de transporte público sejam grátis para os residentes no início da operação. Além disso, referiu que seria importante estabelecer ligações com os autocarros nas estações dos Jardins do Oceano e Terminal Marítimo de Passageiros da Taipa, assim como autocarros gratuitos para a Praça de Ferreira do Amaral. Outra das questões abordadas foi o modo de pagamento do novo meio de transporte público. Nesse capítulo, Lam U Tou referiu que o pagamento electrónico é uma exigência básica, assim como a transferência entre viagens, inclusive com os autocarros públicos dentro de um período de trinta minutos. Neste sentido, o dirigente associativo criticou a complicação em que se tornou a questão do cálculo de tarifas e apontou o dedo ao Governo. “Estar ocupado não é uma desculpa para não divulgar nenhuma informação sobre a operação,” considerou. Ainda neste assunto, Lam U Tou destacou a estranheza de não poder usar o MacauPass no Metro Ligeiro, uma vez que “o Executivo paga anualmente à MacauPass 14 milhões de patacas para serviços electrónicos de cobrança e de liquidação de contas dos serviços de autocarros”.
João Santos Filipe PolíticaGoverno justificou contrato de 5,9 mil milhões no Metro por falta de conhecimento especializado [dropcap]R[/dropcap]aimundo do Rosário explicou o contrato de 5,9 mil milhões de patacas com a empresa MTR de Hong Kong para a operação do Metro Ligeiro com o facto de faltarem conhecimentos especializados nesta área em Macau. A justificação foi apresentada ontem na Assembleia Legislativa, onde o secretário respondeu a interpelações dos deputados. “Estes milhões são para operar a Linha da Taipa, assim como o Parque de Materiais e Oficina”, respondeu o secretário quando questionado sobre o assunto. “O Metro Ligeiro é um novo transporte e não há conhecimentos sobre como operar estes sistemas”, acrescentou. Ontem, em mais uma sessão do Plenário, Raimundo do Rosário voltou a reconhecer que a Linha da Taipa vai ter um efeito muito limitado, enquanto transporte. “Acho que faz parte do senso comum perceber que a Linha da Taipa, só por si, não vai ter um efeito muito grande no sistema de transportes. Uma ligação entre os Jardins do Oceano e o Pac On tem muitos obstáculos. Mas tínhamos de avançar com uma linha primeiro”, frisou. “Em 2023 é possível fazer com que a ligação chegue à Estação Intermodal da Taipa e, nessa altura, os efeitos vão ser sentidos”, acrescentou. Por outro lado, o director do Gabinete para o Desenvolvimento de Infra-estruturas (GDI), Lam Wai Hou, anunciou os números das pessoas contratadas para a representação de Macau da MTR. Um terço dos trabalhadores são locais. Os lugares ocupados por trabalhadores não-residentes são principalmente de gestão. “Entre os 570 trabalhadores três quartos são locais. Mais de 450 trabalhadores têm licenciatura. Entre estes, 115 são formados na área das obras e mais de 200 em transportes”, disse Lam Wai Hou. “Entre os 30 por cento dos trabalhadores não-residentes, contamos com gente com muita experiência e conhecimento especializado, que vão ocupar principalmente cargos de direcção”, complementou. Com a entrada em operação da MTR, o GDI vai ser extinto. Segundo Rosário, o Governo vai tentar transferir as obras para a MTR, que assim organizariam a expansão da linha de metro. Contudo, caso tal não seja possível, o secretário garante que o Executivo vai arranjar um departamento para lidar com as obras. Rosário disse ainda que na segunda metade do ano vai ser aberto o concurso público para a atribuição das obras da Linha de Seac Pai Van.
Hoje Macau SociedadeMetro Ligeiro | Lam U Tou quer mais formas de pagamentos [dropcap]O[/dropcap] presidente da Associação da Sinergia de Macau, Lam U Tou, considera que o uso de um “cartão individual para o Metro Ligeiro” é irracional, dado que os cidadãos precisam de mais um passe para apanhar transportes públicos. Além disso, o dirigente associativo alerta para o facto de a existência de dois passes impossibilitar mudar de transporte sem beneficiar da viagem grátis, como acontece quando se muda de autocarro. Lam U Tou está também preocupado que a ausência desta viagem grátis “reduza o uso e as vantagens do Metro Ligeiro”, dificultando a concretização do objectivo de o metro passar a ser o principal transporte na Taipa, em detrimento dos autocarros. Portanto, o presidente da associação apela às autoridades a introdução de outros meios de pagamento electrónico antes da circulação do Metro Ligeiro, bem como a facilitação de transferência de passageiros entre transportes. O presidente da associação espera que o Governo possa apresentar medidas para resolver o monopólio da MPay nos autocarros, algo que considera um problema. Para tal, Lam U Tou sugere que a tutela dos Transportes e Obras Públicas comunique com a secretaria de Lionel Leong para encontrar outros meios de pagamento electrónico.