Sérgio Fonseca Desporto MancheteGP | Pilotos e equipas com menos oportunidades de preparação A temporada de 2022 tem sido especialmente difícil para o automobilismo chinês. As restrições nas deslocações e os diversos confinamentos locais têm causado inúmeros cancelamentos e adiamentos em todos os campeonatos nacionais e regionais. Quando o Grande Prémio de Macau se disputar de 17 a 20 de Novembro, a maioria dos participantes chegará ao Circuito da Guia com muito menos quilometragem do que em edições anteriores. Questionado pelo HM, se estes obstáculos poderão vir a ter um reflexo na performance dos pilotos no Grande Prémio, o veterano piloto português de Macau Rui Valente reconhece que “um pouco”, relembrando que “há pilotos que estão parados desde Novembro”. Como tem acontecido desde o início da crise pandémica, a Associação Geral Automóvel de Macau-China (AAMC) não organizou este ano provas de qualificação para o Grande Prémio destinadas aos pilotos locais. No entanto, a associação, que no passado fim de semana colocou de pé um evento de treino para oficiais de prova no Kartódromo de Coloane, está a tentar organizar uma prova no Circuito Internacional de Guangdong para os pilotos do território ganharem um pouco mais de ritmo competitivo antes do grande evento do final do ano. Estas limitações não atingem só os pilotos da Grande Baía. O ex-mecânico e chefe de equipa Franky Choi também concorda que a falta de oportunidades para competirem poderá limitar as prestações dos pilotos da Grande Baía, pois “o ideal para qualquer piloto é chegar a esta corrida com uma época preenchida de corridas às costas”, mas aponta para um cenário de equilíbrio entre todos os concorrentes, “visto que no Interior da China estão a ser muitas provas canceladas e não deverão participar muitos estrangeiros. Apesar dos pilotos de Macau terem realizado menos provas, os outros também não fizeram muito mais”. Para Duarte Alves, engenheiro da Aston Martin Racing Asia, “uma boa parte dos pilotos tem testado muito, mas corrido menos. Sendo o Circuito da Guia um circuito muito difícil de ultrapassar, acho que a falta de tempo em pista em modo de competição não irá afectar a performance no cômputo geral, haverá, no entanto, outras dificuldades associadas”. Preço a pagar Depois de duas temporadas em que as competições de automobilismo da China continental conseguiram passar mais ou menos incólumes à pandemia, esta época tem sido a pior de que há memória. Há duas semanas, a Taça Porsche Carrera Ásia viu-se forçada a cancelar a sua prova em Zhuhai dois dias antes do início de actividades em pista, enquanto o circuito citadino de Pingtan, em Fujian, que este próximo fim de semana receberia os campeonatos da China de GT e Fórmula 4, foi chumbado na passada sexta-feira. A cidade de Xangai, aonde a Fórmula 1 espera voltar em 2023, ainda não organizou uma só corrida este ano nos seus dois circuitos permanentes. Além dos elevados prejuízos que causa, este pára-arranca das competições chinesas também tem impacto negativo no funcionamento das estruturas que preparam os carros. “Os mecânicos e engenheiros perderam um pouco de ritmo, especialmente com a pressão dos timings que se vivem enquanto se compete”, salienta Duarte Alves. “Portanto, será possível assistir a alguns erros, talvez mais falhas mecânicas ou afinações não tão boas. No ano passado, o Porsche do Alexandre Imperatori até saiu para a pista com a chave de rodas ainda na jante.” O Campeonato da China de Carros de Turismo/TCR Asia ainda só realizou um evento este ano e não sabe sequer quando poderá organizar o próximo, o mesmo acontecendo com os campeonatos da China de GT, Endurance e Fórmula 4. As possibilidades dos pilotos correrem até ao fim de semana mais importante de Novembro vão ser dramaticamente escassas, portanto qualquer tempo de pista até lá será extremamente valioso.
Hoje Macau EventosGrande Prémio | Inaugurada cafetaria ao lado da entrada do museu A Direcção dos Serviços de Turismo continua a apostar na melhoria do funcionamento do Museu do Grande Prémio e a prova disso é a inauguração do café este sábado, que passa a funcionar ao lado da entrada do museu e que disponibiliza produtos temáticos Abriu portas, este sábado, o Café do Museu do Grande Prémio, situado ao lado da entrada do espaço museológico e que representa a junção dos conceitos de turismo com desporto, cultura e criatividade. Este é um espaço temático dedicado ao Grande Prémio e que visa “o enriquecimento dos elementos característicos e o aperfeiçoamento das instalações do Museu”. No café serão servidos “vários tipos de bebidas especiais e refeições leves”, podendo o público experimentar produtos como o “frappé do Grande Prémio, o café extraído a frio de campeão, bolo de pneus, bolo de meta final ou o waffle de corrida”. Por outro lado, estão à venda produtos culturais e criativos relacionados duma mascote de propriedade intelectual com tema original – o Gato do Grande Prémio (NAKAMA). No primeiro mês de funcionamento do café, todos aqueles que adquirirem um bilhete de entrada para o Museu ganharão dois cupões de desconto para ofertas limitadas (com um cupão de desconto para bebidas e outro para lembranças), que serão distribuídos em número limitado, até esgotarem. Fotografia a concurso Além da abertura do café, a Direcção dos Serviços de Turismo (DST) está também a promover um concurso de fotografia sobre as edições passadas do Grande Prémio, entre os anos de 1954 e 1979, sendo que os residentes podem concorrer com imagens a partir de hoje. Posteriormente, “as fotografias seleccionadas serão exibidas no Museu do Grande Prémio de Macau”, com o objectivo de “partilhar memórias colectivas e testemunhos das mudanças do Grande Prémio”. Através do “Concurso de Fotografias de Grandes Prémios de Macau Passados”, bem como de outras iniciativas semelhantes, o Governo pretende “descobrir mais informações e artigos relacionados com o Grande Prémio, aumentando as colecções do museu e enriquecendo o conteúdo das exposições especiais realizadas anualmente”. Desta forma, é permitido que “preciosas memórias históricas do evento sejam apresentadas aos visitantes”. No total, serão seleccionadas 18 fotografias, segundo quatro critérios, tais como “a ligação entre as fotografias e o tema do Grande Prémio, a sua raridade e clareza e ainda o conteúdo e descrição textual”. Serão escolhidas imagens para os três primeiros prémios, sendo atribuídos cinco prémios de menção honrosa e dez prémios de participação. Os vencedores receberão prémios pecuniários no valor de 500 a 6.000 patacas e bilhetes de entrada para o museu. A lista dos vencedores será publicada na página electrónica oficial do museu e as fotografias premiadas serão exibidas também neste espaço. Os interessados em participar no têm de ser residentes de Macau com idade igual ou superior a 18 anos. Os candidatos precisam de preencher o boletim de inscrição (incluindo uma descrição escrita não superior a 100 palavras) e, em conjunto com uma a cinco fotografias, e entregar os documentos entre 25 de Abril e 31 de Maio de 2022. Os participantes podem optar por enviar os documentos por correio electrónico para mgpm@macaotourism.gov.mo, ou entregá-las pessoalmente no museu.
Sérgio Fonseca Desporto MancheteGP Macau | Sophia Floersch diz que acidente lhe trouxe fama mas não proveito Há momentos que marcam a carreira de um piloto. Para Sophia Floersch, definitivamente será o assustador acidente no Grande Prémio de Macau de Fórmula 3 de 2018, como a própria admitiu ao jornal bávaro “Münchner Merkur”. Sophia Floersch reconhece que o infortúnio lhe trouxe fama, mas que não a ajudou a progredir na sua carreira desportiva Quase quatro anos após o aparatoso acidente na travagem para a Curva Lisboa, a piloto alemã admitiu à publicação germânica que ainda continua a ser muito associada ao acidente no Circuito da Guia. Apesar do aparato, que catapultou o evento de Macau para todos os noticiários em todo o mundo, felizmente o acidente não teve consequências físicas, e Sophia Florsch regressou logo ao activo em 2019, tendo recebido o ” World Comeback of the Year” na cerimónia dos Laureus World Sports Awards. Sophia Floersch disse que vários patrocinadores capitalizaram com o seu salto para a fama, mas que “nenhum deles ainda está comigo”. A jovem alemã, que recebeu o título de Embaixadora da Boa Vontade do Turismo de Macau após o seu acidente, referiu que “o automobilismo move-se depressa. O acidente deu-me atenção, mas no sentido desportivo, não foi um passo em frente”. Depois de ter regressado à corrida de Fórmula 3 em Macau, onde desistiu com problemas técnicos no seu carro, em 2020 completou outra temporada na disciplina, aproveitando também para se estrear nas corridas de resistência. Em 2021, foi a vez de se estrear no campeonato alemão DTM e no Campeonato do Mundo FIA de Endurance (WEC). Sophia Floersch tinha planeado para este ano uma participação no European Le Mans Series e nas 24 Horas de Le Mans, mas continua a afirmar que o seu grande objectivo “é regressar às corridas de monologares”, sendo a Fórmula 1 “o seu grande sonho”. “Aos 21 anos, devo continuar a perseguir este objectivo”, insiste a piloto de Munique. “Com um orçamento grande seria mais rápido, mas com um orçamento pequeno, por vezes tens que fazer desvios. Porém, estou a lutar para subir e acredito firmemente que há um futuro. A determinada altura, o investimento irá compensar”. A piloto, que sempre disse que estava disposta a regressar ao evento automobilístico da RAEM, aproveitou a entrevista para criticar a hipocrisia existente na Fórmula 1, “apesar de todo o alarido em redor de chavões da actualidade como diversidade, igualdade e inclusão, as equipas adornam-se com pilotos (senhoras), mas elas não têm qualquer hipótese. São usadas para justificar lemas modernos e chiques para promoverem as mulheres e a igualdade”. Apanhada pelas sanções à Rússia Sophia Floersch tinha esta temporada bem delineada, com contrato assinado para conduzir um Oreca 07 Gibson da classe “Le Mans Prototype 2” (LMP2) que seria preparado pela equipa portuguesa Algarve Pro Racing sob a bandeira da G-Drive Racing na Europa. A G-Drive é uma cadeia de postos de combustível russa, que é administrada pela gigante estatal do petróleo Gazprom, que por sua vez passou a enfrentar sanções dos EUA e de outros países Ocidentais após a invasão russa à Ucrânia. Perante as sanções económicas e as limitações colocadas pela FIA, como a proibição da bandeira russa, símbolos, cores ou hino nacional do país, os mentores do projecto G-Drive Racing retiraram-se de cena, deixando a equipa portuguesa e os seus pilotos, incluindo Sophia Floersch, numa situação incómoda, vista a necessidade de procurar novos apoios para compensar a saída do forte patrocinador.
João Luz Manchete SociedadeCinema | ‘A Lenda do Grande Prémio de Macau’ nomeado para óscares do automobilismo O filme ‘A Lenda do Grande Prémio de Macau’, de autoria de Sérgio Basto Perez foi nomeado para os International Motor Film Awards 2021 na categoria de melhor filme de evento. A obra produzida pela DST apresenta a história do grande acontecimento desportivo local. Estreia na quinta-feira no Museu do Grande Prémio Um filme sobre o Grande Prémio de Macau foi nomeado para os ‘óscares’ do automobilismo, anunciou a Direcção dos Serviços de Turismo (DST) na passada sexta-feira. “O filme ‘A Lenda do Grande Prémio de Macau’ (…), produzido pela DST, foi oficialmente seleccionado como uma das seis nomeações na categoria de “Best Event Film” – Melhor Filme de Evento nos ‘International Motor Film Awards 2021’, pode ler-se no comunicado. O filme, do realizador local Sérgio Basto Perez, “apresenta uma viagem pela história do Grande Prémio de Macau, guiada pelas vozes de pilotos de carros e de motos do passado e do presente, com um vislumbre da atmosfera única, carácter e emoção na ocorrência de um fim-de-semana no Grande Prémio de Macau”, acrescentou a DST. O filme foi desenvolvido para ser exibido no Museu do Grande Prémio de Macau, recentemente inaugurado. A estreia está marcada para 5 de Agosto, sendo projectado duas vezes por dia, à excepção de terça-feira, quando o museu está fechado ao público. História singular feita no plural “Nunca esperei ser nomeado para um festival com este prestígio. Ficámos nas nuvens com esta notícia”, afirmou Sérgio Basto Perez numa publicação de Facebook. O realizador local revelou também para aqui chegar foram necessários mais de 17 anos de trabalho, incluindo a exaustiva pesquisa de um vasto arquivo de imagens “do nosso mais prestigiado e amado evento”. Quanto à produção, o autor adianta que foi “desenvolvida como uma demonstração emotiva da singularidade da mais lendário corrida da Ásia, num dos circuitos urbanos com mais história.” Todos os filmes nomeados são elegíveis para as nomeações nos prémios de Realização Técnica, Melhor Fotografia, Melhor Acrobacia, Melhor Som e Melhor Edição, bem como para o “Grand Prix Award”. Os resultados do “International Motor Film Awards 2021” vão ser anunciados em 15 de Setembro, em Londres. A DST salientou que o evento internacional “reconhece os talentos em realização e produção, desde filmes de alta qualidade e anúncios publicitários, até às produções estudantis e independentes” e que “são considerados os óscares do mundo do automobilismo”. O realizador local enalteceu o compromisso e apoio da DST, do Instituto do Desporto, da Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau, da organização e equipa da Federação Internacional do Automóvel. Aproveitou também para agradecer o contributo de condutores e talentos locais do sector audiovisual.
Sérgio Fonseca DesportoFilipe Souza pensa correr de Hyundai no GP Macau Depois de ter terminado no quarto lugar na passada edição da Corrida Guia do Grande Prémio de Macau, o melhor resultado de sempre de um piloto local naquela que é a mais importante corrida de carros de Turismo do continente asiático, Filipe Souza pretende ir mais além este ano. A evolução da pandemia trocou-lhe os planos iniciais, mas o piloto macaense já tem na manga um “Plano B”. “A ideia para esta temporada passava por fazer algumas provas do campeonato TCR China, como preparação para o Grande Prémio de Macau. Em princípio não ia fazer as corridas do ‘Circuit Hero’ no Circuito Internacional de Zhuhai e as corridas organizadas pela AAMC não devem acontecer este ano, mas agora estou a ver como evolui a situação da COVID”, explicou o piloto do território ao HM. “Até porque na China pararam todas as corridas e temos que aguardar pelo recomeço”. Depois do cancelamento da prova do TCR China marcada para Zhuzhou a 13 de Junho, o campeonato nacional chinês de carros de Turismo espera retomar no último fim de semana de Agosto, em Ningbo. Caso contrário, a competição terá que aguardar autorização para retomar a 13 de Setembro, em Xangai. Segundo o comunicado publicado pela federação chinesa no passado dia 27 de Maio, todos os circuitos, organizadores e partes interessadas no desporto terão que “rever os seus procedimentos de segurança e emergência”, não tendo sido estipulada uma data para o regresso à normalidade. Oportunidade aliciante Com ou sem uma forte presença do contingente internacional, a 68ª edição do Grande Prémio de Macau irá avante, o que obriga os pilotos locais a planearem o seu regresso ao tradicional cartaz desportivo do mês de Novembro. Após ter delineado a sua temporada para voltar a conduzir o Audi RS3 LMS TCR inscrito pela T.A. Motorsport, o que deverá ainda acontecer em algumas ocasiões, com este volte-face surgiu uma outra oportunidade igualmente aliciante. “Este ano quero voltar à Corrida da Guia e estou em contacto com o Engstler sobre um novo projecto com um Hyundai para fazer Macau”, revelou Filipe Souza. “Mas ainda não está confirmado, porque neste momento os elementos da equipa ainda não podem entrar em Macau ou na China”. Apesar da forte presença da Hyundai nas corridas de carros de Turismo a nível mundial, a verdade é que a marca sul-coreana nunca conseguiu ter uma representação neste ponto do globo. Ocupada na Taça do Mundo de Carros de Turismo da FIA – WTCR com dois novos Hyundai Elantra N TCR apoiados pela marca, a Team Engstler pretendia esta temporada colocar nas pistas asiáticas os seus ainda competitivos i30 N TCR, utilizados no ano passado na competição mundial, ideia que não terá esmorecido às mãos das contrariedades causadas pela pandemia. Por seu lado, Filipe Souza é um velho conhecido da equipa alemã do ex-piloto Franz Engstler. Em 2014, o piloto da RAEM conduziu um BMW 320 TC da formação germânica nas quatro provas pontuáveis para o Troféu Asiático do Campeonato do Mundo de Carros de Turismo da FIA (WTCC). Dois anos depois, nas provas do TCR Asia em Singapura e na Malásia, Filipe Souza regressou ao Team Engstler para tripular um dos Volkswagen Golf Gti.
Sérgio Fonseca Desporto MancheteWTCR anuncia que correrá na China 15 dias antes do Grande Prémio de Macau A organização da Taça do Mundo de Carros de Turismo da FIA – WTCR anunciou ontem que irá disputar uma corrida na China Continental, nos dias 6 e 7 de Novembro, quinze dias antes da edição deste ano do Grande Prémio de Macau. No seguimento de um acordo entre o grupo chinês MiTime e o promotor da WTCR, a Eurosport Events, a competição de carros de Turismo da FIA vai visitar pela terceira vez o circuito de Ningbo, na província de Zhejiang. Inaugurado 2017, o traçado de quatro quilómetros de perímetro pertence ao Grupo MiTime, uma subsidiária do Geely Auto Group, os donos das marcas automóveis Volvo, Lotus ou Lynk & Co. Xavier Gavory, o director da WTCR e da Eurosport Events, disse que “a perspectiva de ter a WTCR a regressar ao Ningbo International Speedpark é bastante excitante e significa que a temporada de 2021 está completa”. Já Weng Xiaodong, o presidente do grupo MiTime, acrescentou que foi “um acontecimento histórico trabalhar com a Eurosport Events para tornar possível o regresso de um evento da FIA WTCR à China. Estamos confiantes que faremos o melhor evento da história da WTCR”. Mesmo com restrições As 13ª e 14ª corridas da temporada da WTCR serão realizadas entre a prova no Inje Speedium, na Coreia do Sul, e a prova do Grande Prémio de Macau, que deverá fechar a temporada, de 19 a 21 de Novembro. Contudo, neste momento, são mais as dúvidas que as certezas, devido às restrições nas viagens internacionais, principalmente para o continente asiático. Por isso, existe uma ressalva no comunicado enviado às redações que diz que os “três eventos estão pendentes da redução das restrições que estão a afectar as viagens a nível mundial e os movimentos marítimos”. Num mundo perfeito, esta prova na cidade costeira de Ningbo serviria os intentos de vários pilotos de carros de Turismo de Macau que quisessem preparar a sua participação na Corrida da Guia, ou numa outra corrida onde pudessem usar os seus carros da categoria TCR.
Sérgio Fonseca DesportoAutomobilismo | Luciano Lameiras tem-se afirmado nas corridas locais na última década Apesar de discreto, tanto dentro, como fora da pista, Luciano Castilho Lameiras tem sido um dos principais intervenientes nas corridas de carros de Turismo de Macau, tendo obtido resultados bastante interessantes nos últimos nove anos. Depois de ter subido ao pódio no 66.º Grande Prémio de Macau, o piloto de 32 anos tem como grande objectivo um dia lá regressar Ao volante de um Mitsubishi Evo9, Luciano não conseguiu repetir o feito de 2019, onde inscrito na classe “1950cc e Acima” da Taça de Carros de Turismo de Macau, a exemplo deste ano, terminou na terceira posição da categoria. “Tive algumas contrariedades este ano. Na primeira sessão de treinos obtive a primeira posição, mas depois disso o carro teve alguns problemas”, revelou o piloto ao HM. “Este ano houve duas corridas, com a melhor volta das duas sessões de treinos livres e da qualificação a determinar a posição de partida. Portanto, no sábado ainda arranquei do terceiro lugar e mantive a posição durante três voltas. Depois disso, o motor começou a ter o problema de sobreaquecer e a única forma era abrandar o ritmo. O resultado de sábado não foi bom e tive de arrancar de trás para a corrida de domingo”. Contudo, no domingo, a sorte voltou a não estar do seu lado, terminando na décima sétima posição, a duas voltas do carro vencedor, “pois tive um pequeno acidente e tive de vir às boxes para reparar o carro. Foi um ano infeliz, mas espero ter melhores resultados no próximo ano”. Mas o piloto da SpeedHeart Racing Team consegue tirar positivos do fim-de-semana desportivo mais importante da temporada: “O meu companheiro de equipa obteve um bom resultado e fiquei feliz por isso”, referindo-se ao triunfo à geral de Wong Wan Long. Limites da realidade Com o ano 2021 à porta, Luciano não tem planos para realizar muito mais provas do que aquelas que sejam necessárias para se qualificar para o maior evento desportivo de carácter anual da RAEM. E “dar uma perninha” no estrangeiro? “Talvez não, desta vez, mas em 2021, as provas de qualificação do Grande Prémio de Macau serão num novo circuito na China, o Circuito Internacional de Zhuzhou”, o que, a concretizar-se, será uma novidade em relação ao tradicional binómio Circuito Internacional Zhuhai-Circuito Internacional de Guangdong. O objectivo para a próxima temporada, e para um futuro próximo, é “voltar a terminar numa posição do top-3 outra vez em Macau”. Ciente das suas limitações, Luciano não sonha com participações futuras nas corridas de GT ou na Corrida da Guia. “Não há muito dinheiro disponível para trocar de carro. Nas corridas actuais, o nosso carro ainda está relativamente aperfeiçoado e tem uma vantagem larga”, esperando poder utilizar nas provas locais a sua actual viatura ainda “nos próximos três anos”. Bilhete de entrada A oportunidade de entrar no pequeno mundo das corridas de automóveis de Macau surgiu quando um amigo mais velho tinha um carro atractivo para venda, estávamos nós em 2012. “Ele tinha um Nissan Z33 Fairlady de corridas que nesse ano ninguém usou. Ele não queria desperdiçá-lo e por um preço muito baixo tentou apoiar-me. E assim comecei. Se não tivesse aparecido aquela oportunidade, talvez nunca tivesse a chance de correr no circuito de Macau”. Tal como a grande parte dos iniciados nestas andanças, Luciano sofreu das mesmas e conhecidas dificuldades crónicas de quem opta por um desporto pouco acessível, enumerando por esta ordem os obstáculos que encontrou: “primeiro, dinheiro, segundo, a falta de experiência, e por fim, em terceiro, a falta de apoio de alguns membros da família”. Este último obstáculo já foi ultrapassado, reconhecendo o piloto que “habitualmente as pessoas pensam que as corridas de automóveis são muito perigosas”. Para além do automobilismo, Luciano também tem outra grande paixão. Como grande aficcionado da pesca desportiva, é um dos organizadores da Taça de Macau da pesca do robalo.
Sérgio Fonseca DesportoMotores já roncam para a nova época [dropcap style≠‘circle’]N[/dropcap]uma altura em que a maior parte dos agentes do automobilismo local ainda preparam a temporada desportiva que aí vem, em 2019 já houve pilotos de Macau envolvidos em actividades em pista e outros que agora vão anunciando as suas participações em provas internacionais. O primeiro a entrar em acção foi Kevin Tse que ainda antes do Ano Novo Lunar, no segundo fim-de-semana de Janeiro, participou pela segunda vez consecutiva nas 24 Horas do Dubai. O piloto residente em Hong Kong fez parte da equipa do Centro Porsche Hong Kong e Macau. O Porsche 911 GT3-R que Tse partilhou com Frank Yu, Jonathan Hui e Antares Au terminou a corrida árabe de resistência na 10ª posição da geral e quarto entre os concorrentes amadores. No mesmo fim-de-semana, mas na Tailândia, realizou-se a terceira prova do campeonato Asian Le Mans Series. Representando a equipa chinesa Tianshi Racing Team, Billy Lo Kai Fung conduziu um Audi R8 LMS GT3 com Max Wiser e Dennis Zhang, terminando a corrida de quatro horas no circuito de Buriram no quarto e último lugar da categoria GT. O ex-vencedor da corrida Road Sport do Grande Prémio de Macau viajou depois para a Malásia para, agora num Audi R8 LMS ultra e na companhia de David Chen, vencer o título 2018/2019 do campeonato chinês GT Masters Asia. A pensar em 2019 Enquanto não vê clarificada a sua temporada de 2019, Charles Leong Hon Chio aceitou um convite de última hora e alinhou no pretérito fim-de-semana na última prova da Asian Winter Series, a competição de Inverno que usa os monolugares da Fórmula 3 asiática e que nas duas jornadas iniciais contou mesmo com a presença de Dan Ticktum, o vencedor das últimas duas edições do Grande Prémio de Macau de Fórmula 3. Após uma qualificação modesta, o jovem de 17 anos fez um nono, um décimo segundo e um oitavo lugar, respectivamente, nas três corridas disputadas no Circuito Internacional de Sepang, na Malásia. Se uns ainda fazem planos, outros já os têm firmados, como Alex Liu Lic Ka. O habitual piloto de carros de turismo vai mudar de ares e vai competir na temporada completa do Blancpain GT World Challenge Asia. Depois de aparições esporádicas na Taça Porsche Carrera Ásia e no TCR Asia Series, Liu Lic Ka alinhará a tempo-inteiro no mais forte campeonato de GT do sudeste asiático. O piloto-empresário da RAEM fará equipa com o banqueiro e experiente piloto de Hong Kong, Philip Ma. O duo irá tripular um Honda NSX GT3, que pertence a Ma, num campeonato que conta com prestigiadas marcas como Audi, Ferrari, Lamborghini, Mercedes-AMG e Porsche. Subsídio sem mexidas A atribuição de subsídios aos pilotos locais que participem em corridas no exterior tem sido um tópico sensível nos últimos anos, mas para a temporada de 2019 não haverá alterações quanto aos critérios para a concessão da verba disponibilizada pela Fundação Macau. Apesar de se manter a obrigatoriedade de participação na edição anterior do Grande Prémio de Macau, o Instituto do Desporto (ID) retirou o ano passado a polémica cláusula que obrigava os pilotos locais a terminarem as suas corridas no evento do Circuito da Guia, aliviando consideravelmente a contestação por parte dos pilotos do território.
Sérgio Fonseca DesportoGP Macau | Taças do Mundo de Turismos e GT continuam no cartaz [dropcap]E[/dropcap]speravam-se algumas decisões importantes do último Conselho Mundial da FIA de 2018 no que respeitava ao futuro das três Taças do Mundo da Federação Internacional do Automóvel que fazem parte do programa do Grande Prémio de Macau. De São Petersburgo, na Rússia, veio a esperada confirmação da continuidade da Taça do Mundo de Carros de Turismo, o voto de confiança de como o Circuito da Guia é o palco certo para a Taça do Mundo FIA de GT e uma nebulosa incerteza em relação à prova de Fórmula 3. Como anunciado aqui há duas semanas, o circuito citadino da RAEM acolherá a nona das dez jornadas triplas da Taça do Mundo FIA de Carros de Turismo (WTCR) de 2019. Todavia, Macau deixa de ser prova de fim de época, rumando o campeonato à Malásia, em data a determinar, para a prova de encerramento de temporada. Em declarações à imprensa francesa, François Ribeiro, o CEO da Eurosport Events, empresa que tem os direitos de promoção do campeonato, referiu que a maioria dos pilotos do WTCR mostraram-se a favor que o Circuito da Guia, pela sua natureza, não fosse palco da última e decisiva prova do campeonato. Para além de ter anunciado também algumas alterações no sistema de pontuação e o limite de dois carros por equipa e quatro carros por construtor no campeonato, o número máximo de inscritos para a temporada completa passa de 28 para 32. A FIA confirmou também que aceitará a participação de “wild cards”, ou pilotos convidados, no campeonato, mas estes não marcarão pontos. Recorde-se que foi através de “wild cards” que Macau esteve representado este ano na Corrida da Guia com seis concorrentes. O número de “wild cards” do WTCR estava limitado a dois por prova, mas Macau quebrou essa limitação, permitindo a participação de André Couto, Filipe Souza ou Rui Valente. Luz verde aos GT Apesar do número de inscritos ter ficado aquém das expectativas na edição do passado mês de Novembro, a Comissão de GT da FIA deu o seu aval para que a próxima edição da Taça do Mundo FIA de GT seja realizada no território, decisão “sujeita à homologação do circuito e acordo com o promotor”. O comunicado da federação internacional também refere que uma “classe dedicada a pilotos Prata será introduzida”. Em 2017, a própria FIA exigiu que a prova realizada dentro da Taça GT Macau fosse apenas para pilotos Ouro e Platina de acordo com o sistema de categorização do órgão máximo que regula o desporto automóvel a nível mundial. Esta decisão terá afastado a participação de alguns pilotos, principalmente privados que são essenciais para construir uma grelha de partida com mais de duas dezenas de participantes. Stéphane Ratel, cuja empresa SRO Motorsport Group coordena esta corrida em parceria com a Associação Geral Automóvel de Macau-China (AAMC), afirmou que as duas corridas sem incidentes da pretérita edição vão ajudar à reabilitação da Taça do Mundo FIA de GT, esperando cativar o interesse de mais construtores e pilotos privados em 2019. Incerteza na F3 No país dos czares, a FIA anunciou o calendário do seu novo campeonato de Fórmula 3, organizado pelas mesmas pessoas que fazem o mundial de Fórmula 1, mas não se pronunciou sobre o Grande Prémio de Macau. Notícias que vieram a lume na imprensa internacional especializada na quarta-feira deram conta da possibilidade do Grande Prémio manter a aposta nos monolugares actuais, que têm homologação até ao final de 2019, para a corrida de Fórmula 3 do próximo ano, em vez de dar as boas-vindas aos mais modernos, mais seguros e mais rápidos monolugares da última geração. Contudo, a FIA deixou a porta aberta a estes monolugares da última geração no Grande Prémio, visto que a última ronda da temporada do novo campeonato de Fórmula 3 está marcada para o mês de Setembro na Rússia, dando tempo mais que suficiente para preparar a viagem de final de ano à RAEM. As negociações entre a FIA e a Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau sobre este assunto deverão decorrer nas próximas semanas. Todavia, há uma dúvida que sobressai caso a opção recaia sobre os monolugares vistos este ano a competir na prova de Fórmula 3. É que a FIA não permite o uso da nomenclatura “Fórmula 3” em qualquer campeonato que não utilize os Fórmula 3 da última geração. Isto é, campeonatos de Fórmula 3 que usam monolugares das gerações anteriores não podem usar a nomenclatura “Fórmula 3”. O defunto Campeonato Europeu FIA de F3 chamar-se-á a partir do próximo ano Formula European Masters e o ex-campeonato espanhol da especialidade, que usa os mesmos carros, é designado de Euroformula Open. Se o entendimento das entidades responsáveis ditar a manutenção dos chassis Dallara F317 e se a FIA mantiver a coerência, a possibilidade do Grande Prémio de Macau outorgar a Taça do Mundo de Fórmula 3 pelo quarto ano consecutivo poderá ficar comprometida. Por outro lado, esta opção adiará apenas por um ano uma decisão mais importante que é o próprio futuro da corrida que atribui o título de vencedor do Grande Prémio de Macau.
Hoje Macau SociedadeAlexis Tam visitou os feridos do Grande Prémio [dropcap]O[/dropcap] Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam, deslocou-se ontem ao Centro Hospitalar Conde de São Januário para visitar os cinco feridos no 65.º Grande Prémio, incluindo a piloto alemã Sophia Floersch, que teve um acidente na curva do Lisboa. Segundo um comunicado oficial, Alexis Tam manifestou-se “muito satisfeito” pela recuperação, mas deu conta da “corrida contra o tempo” para formar de imediato um grupo médico para diagnóstico, exame e tratamento cirúrgico atempado que permitiu depois a realização com sucesso da cirurgia de fixação cervical com enxerto de osso ilíaco. Alexis Tam visitou também dois pilotos britânicos do GP de motos, bem como um comissário de pista local e um fotógrafo da China, que ficaram feridos no acidente, desejando rápidas melhoras a todos.