Hoje Macau Desporto Grande Prémio de Macau71º Grande Prémio | 5ª feira: dia para aprender a pista e poupar o carro Um dia para testar o carro, mas também para rodar com cuidado e evitar problemas de maior. Foi desta forma que o piloto local Miguel Lei (Audi R8 LMS GT4) abordou os treinos livres de ontem, que decorreram debaixo de chuva, naquela que é a sua segunda participação no Grande Prémio de Macau. “Temos de nos focar em rodar e tentar ter um bom carro para amanhã (hoje). É importante perceber como está a pista em relação ao ano passado, porque as condições mudam muito de um ano para o outro”, afirmou Lei, ao HM. O piloto local reconheceu também que é difícil fazer previsões sobre os objectivos para a prova, pelo que vai tentar disfrutar ao máximo. “É a minha segunda participação e há pilotos com muita qualidade e experiência nesta prova. Por isso, vou tentar divertir-me ao máximo. Claro que quero sempre ficar o melhor classificado possível, mas isso vai ser um bónus”, acrescentou. Combustível 100% sustentável A grelha da Taça GT Macau – Taça do Mundo de GT da FIA vai ser impulsionada por combustível 100% sustentável pela primeira vez na sua história. Em linha com o roteiro de combustíveis desenvolvido pela Comissão de GT da FIA e através de parcerias com a ETS Racing Fuels, os concorrentes utilizaram 50% de combustível sustentável na edição de 2023 do evento. Este ano, durante a sétima edição da mais prestigiada corrida de “sprint” para máquinas GT3, a FIA anunciou que alcançou outro marco ambiental significativo, com todos os 23 carros dos seis diferentes construtores, a utilizarem um combustível feito a partir de bio-componentes de segunda geração provenientes de resíduos biológicos. Esta solução requer apenas ajustes menores no mapeamento do motor e foi amplamente testado pelos construtores da categoria GT3 antes da prova. Leona: uma leoa entre homens A piloto Leona Chin Lyweoi (Porsche 718 Cayman) assegura a representação feminina na edição deste ano do Grande Prémio de Macau, ao competir na Taça GT – Corrida da Grande Baía. Em declarações ao HM, a malaia reconheceu que tem aspirações limitadas. “Só quero chegar ao fim da corrida sem ter problemas, porque é a minha primeira vez em Macau. Estou a pensar em ganhar experiência, para no próximo ano voltar a Macau e, com um orçamento maior, poder ter objectivos mais ambiciosos”, afirmou. Antes da vinda para o território, Leona afirmou ter passado muitas horas à frente do simulador a estudar a pista, porém, realçou que, de acordo com o relato de outros pilotos, a diferença com as condições reais do circuito é muito acentuada.
Sérgio Fonseca Desporto Grande Prémio de MacauRui Valente mantém o entusiasmo O que seria um Grande Prémio de Macau sem termos o “nosso” Rui Valente à partida? O piloto português com mais participações no Circuito da Guia vai para o seu trigésimo primeiro Grande Prémio, e sempre com a mesma dedicação e vontade de andar depressa. O trabalho de casa foi feito e o piloto da Premium Racing Team está confiante para enfrentar o desafio das decisivas 12 voltas no final da manhã de sábado. Na corrida Macau Roadsport, Rui Valente vai novamente conduzir o Subaru BRZ, com o dorsal n.º 16 nas portas. Exteriormente, o carro é o mesmo do ano passado, mas, “por dentro”, o carro japonês chega com outra genica, fruto de uma preparação cuidada que foi feita após a participação nas provas de apuramento no circuito de Zhuzhou durante o Verão. “Antes do carro vir para Macau, estive a testar no GIC (Circuito Internacional de Guangdong) e o mesmo carro foi quase dois segundos mais rápido que no ano passado”, explicou o piloto luso ao HM que sabe que todos os seus adversários evoluíram de um ano para o outro. O motor nipónico também foi revisto e agora “é outra coisa. Antes da revisão estava cansado”, explica, acrescentando de seguida que se nota “bastante pelo menos no tempo em que ele leva a recuperar. Quando desaceleras e quando voltas à carga”, clarifica. Três décadas depois, a vontade e o entusiasmo de lutar pelas primeiras posições continuam intactos. Vamos ver o Rui Valente nas posições cimeiras? “Sim, se as afinações forem as acertadas, é isso que vai acontecer”, garante.
João Santos Filipe Desporto Grande Prémio de Macau MancheteJerónimo Badaraco corre com homenagem a Ayrton Senna No ano em que se assinalaram 30 anos da morte do piloto Ayrton Senna, Jerónimo Badaraco vai competir com um capacete com as cores que eram utilizadas pelo génio brasileiro. E no regresso à Guia, um circuito onde já triunfou e sempre mostrou um ritmo elevado, Badaraco espera conseguir um lugar nos cinco primeiros. “É a primeira vez que conduzo o GR86 que tem mudanças manuais neste circuito. Há mais de 10 anos que não ando na Guia com carros com mudanças manuais, mas mesmo assim vou ver se me adapto rapidamente ao carro e espero ficar nos cinco primeiros lugares”, afirmou o macaense ao HM. “Quero ver se me adapto rapidamente, porque se conseguir acho que vou alcançar um bom tempo”, sublinhou. A sessão de treinos livres de ontem decorreu com o piso molhado, e o macaense foi o segundo mais rápido. No entanto, há a possibilidade de a corrida de sábado acontecer com o piso seco, uma eventualidade para a qual o piloto também está preparado. “Estou preparado para se a corrida acontecer com o piso molhado ou com seco. Nesta altura, ainda é difícil prever como vão estar as condições”, indicou. “Para mim, não faz assim tanta diferença. Se a pista estiver seca podemos acelerar mais e desfrutar mais do carro, se estiver molhada temos de ter mais cuidado, porque na Guia sabemos que não há margem para errar”, frisou. O piloto foi 2.º na sessão de treinos livres de ontem e entra em acção às 10h15 de hoje, com a sessão de qualificação, e tem a principal corrida agendada para as 10h55 de sábado.
João Santos Filipe Desporto Grande Prémio de MacauCélio Dias: a tentar melhorar ao longo do fim-de-semana Célio Dias vai correr pela primeira vez com um dos vários Toyota GR86 no Circuito da Guia e o objectivo passa por ir melhorando ao longo de todo o fim de semana. Um resultado nos seis primeiros é um bónus, mas ontem o piloto local admitia que seria um resultado difícil. “O nosso objectivo é chegar ao fim de todas as sessões, porque tenho de ganhar experiência com este carro. Claro que gostava de ficar em sexto ou melhor classificado, mas tenho algumas limitações, porque ainda preciso de procurar as melhores afinações do carro”, afirmou o piloto ao HM. “Vai ser a primeira vez que vou conduzir este carro em Macau, porque é o primeiro ano de competição com este GR86, e ainda estou a tentar encontrar as afinações ideais para o meu estilo de condução, e não tem sido fácil”, admitiu. Célia Dias também explicou que as provas de classificação para o Grande Prémio de Macau, disputadas no Interior, tiveram resultados aquém das expectativas, mas espera inverter o cenário. “Fiz duas provas no Interior, antes do Grande Prémio, mas não consegui bons resultados, porque não tinha as afinações que pretendidas”, indicou. “Chego a Macau e sinto que as afinações estão ligeiramente melhores, mas espera melhorar sempre ao longo de todo o fim-de-semana de provas”, acrescentou. O piloto foi 10.º na sessão de treinos livros de ontem e entra em acção às 10h15 de hoje, com a sessão de qualificação, e tem a principal corrida agendada para as 10h55 de sábado.
Hoje Macau SociedadeGPM | Esperada ocupação hoteleira de mais de 90% Durante o Grande Prémio de Macau (GPM), que se realiza entre 14 e 17 de Novembro, a Direccção dos Serviços de Turismo (DST) estima que a ocupação média dos hotéis do território ultrapasse os 90 por cento. A estimativa foi adiantada por Helena de Senna Fernandes, directora da DST, em declarações ao Canal Macau da TDM. Recorde-se que os bilhetes para edição deste ano do maior evento desportivo do território estão praticamente esgotados.
Hoje Macau Desporto MancheteGP Macau | Nova edição acontece entre 14 e 17 de Novembro Foi ontem apresentado o cartaz da próxima edição do Grande Prémio de Macau, prova rainha do automobilismo no território e que este ano celebra o seu 71.º aniversário. Este ano decorrem sete provas, nomeadamente o Grande Prémio de Macau – Taça do Mundo de FR da FIA, a Taça GT Macau – Taça do Mundo de GT da FIA, a Corrida da Guia Macau – Kumho FIA TCR World Tour Event of Macau, o 56.º Grande Prémio de Motos de Macau, a Taça GT – Corrida da Grande Baía (GT4), a Macau Roadsport Challenge e a Macau Roadsport – Taça do Estabelecimento da RAEM. Os bilhetes estão à venda a partir das 10h de hoje, com preços a variar entre as 400 e 1.200 patacas, sendo que cada pessoa só poderá comprar 20 ingressos de cada vez. Para esta edição, fica a promessa de se fazer história no Grande Prémio de Macau – Taça do Mundo de FR da FIA, pois os carros da Fórmula Regional vão correr pela primeira vez, “com um brilhante leque de jovens talentos internacionais ao volante”. O piloto da Ferrari Academy, o entusiasmante finlandês Tuukka Taponen, faz a sua estreia em Macau com a R-race GP, ao lado do piloto júnior da McLaren F1, Ugo Ugochukwu, e do estreante da FR e piloto júnior da Red Bull, Enzo Deligny, constituindo alguns dos nomes em destaque nesta competição. Brilho GT No caso da Taça GT Macau – Taça do Mundo de GT da FIA, a organização destaca “uma das mais deslumbrantes listas de inscritos de sempre”, com carros como GT3s da Audi, BMW, Ferrari, Lamborghini, Mercedes e Porsche a representar cada uma das marcas. Nesta competição destaque para o regresso a Macau de Raffaele Marciello, vencedor em 2023, que irá defender o seu título num BMW, enquanto Edoardo Mortara, já intitulado de “Sr. Macau”, vai procurar uma “quinta vitória recorde”, desta vez aos comandos de um dos três Lamborghini Huracán GT3 inscritos. O piloto habitual da Mercedes, Maro Engel, chega a Macau à procura da sua quarta vitória na corrida, “que lhe permitirá igualar o recorde de Mortara, mas os três enfrentam uma concorrência formidável repleta de estrelas”, descreve a mesma nota. Eventos à parte Além das provas de competição, a organização irá promover uma série de actividades complementares que visam a inclusão do público, nomeadamente o Festival em Família do Grande Prémio de Macau, a ter lugar na praça do Tap Seac entre os dias 2 e 3 de Novembro. Neste caso, o recinto terá a reprodução do Circuito da Guia e uma mini pista de corridas. Depois, haverá ainda a Exposição de Carros e Motos do 71º Grande Prémio de Macau, realizada no mesmo local entre os dias 9 e 10 de Novembro, o que permite a residentes e visitantes verem de perto os carros e as motos de competição. Irá ainda decorrer um concurso de fotografia.
Hoje Macau PolíticaGrande Prémio | Pun Weng Kun recusa perda de prestígio O coordenador da Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau recusou encarar a substituição da prova de Fórmula 3 pela prova de Fórmula Regional como uma despromoção. As declarações de Pun Weng Kun foram divulgadas ontem pelo jornal Ou Mun. De acordo com o relato partilhado, Pun foi questionado sobre o facto de o evento perder parte da sua atracção, tendo em conta que fica sem uma prova que era organizada desde 1983. Contudo, o coordenador afirmou que não vê o assunto dessa forma e não concorda com essas opiniões. Na perspectiva de Pun, apesar das alterações às provas, a Federação Internacional do Automóvel (FIA) continua a mostrar admiração pelo traçado da Guia e por isso vai escolher diferentes provas para competirem no território. Esta escolha é feita, indicou Pun, de acordo com o desenvolvimento do automobilismo e esse foi o motivo que levou a Taça Mundial de F3 a ser substituída pela Taça Mundial da Fórmula Regional, que tem carros mais lentos. O coordenador da organização afirmou também que o circuito da Guia continua a ser encarado como um desafio a nível mundial e por isso vai ter sempre capacidade para atrair a elite dos pilotos mais jovens, assim como as principais equipas dos escalões de formação.
Hoje Macau DesportoGP | Provas de apuramento de pilotos locais serão em Hunan A Associação Geral Automóvel de Macau-China (AAMC) publicou no passado fim de semana o regulamento técnico e desportivo do campeonato de carros de Turismo de Macau, cuja designação oficial, em inglês, será Macao Touring Car Series (MTCS) – Macau Roadsport Challenge Os concorrentes do território e das regiões vizinhas vão este ano trocar de palco, deixando o Circuito Internacional de Guangdong, nos arredores da cidade de Zhaoqing, para rumarem ao mais moderno Circuito Internacional de Zhuzhou. Serão duas as jornadas planeadas para o traçado localizado na Província de Hunan, sendo que a primeira será disputada de 10 a 12 de Maio e a segunda de 5 a 7 de Julho. O MTCS vai manter praticamente o mesmo regulamento técnico introduzido, com sucesso, na temporada passada. Sendo assim, a competição irá aceitar os Toyota GR86 (ZN8) e os Subaru BRZ (ZD8) que no passado mês de Novembro vimos em acção no Circuito da Guia. Cada uma das duas provas será composta por uma sessão de treinos livre de 30 minutos, uma sessão de treinos de qualificação de 30 minutos e duas corridas, cada uma com a duração de 15 voltas ou 30 minutos. A taxa de inscrição para estas duas provas será de 15 mil renmimbi, e não patacas, e o sorteio de centralinas antes do início de cada evento irá manter-se, uma medida vista com bons olhos para travar qualquer iniciativa de ganhar vantagem via desenvolvimento da electrónica. A obrigatoriedade de usar um fornecedor de pneus apontado pela organização é talvez a grande novidade para 2024. Se até aqui a escolha das “borrachas” era livre, este ano a escolha da organização recaiu nos pneus Sailun PC01. A marca chinesa originária de Qingdao não tem tradição no desporto motorizado, para além de algumas incursões na modalidade de Drift, mas esta será uma das primeiras iniciativas da Sailun para se afirmar no automobilismo. Visto para o GP O programa da 71.ª edição do Grande Prémio de Macau ainda não foi apresentado, mas haverá certamente menos vagas para os pilotos das corridas locais, devido ao facto do evento regressar ao seu formato original de um fim de semana só. Em 2023, os pilotos da competição bi-marca local puderam correr no Circuito da Guia na Corrida Macau Roadsport Challenge, no primeiro fim de semana, e no Desafio do 70.º Grande Prémio de Macau, no segundo fim de semana. Este ano, é previsível que só se realize uma corrida com os apurados das corridas de Zhuzhou, o que aumentará a importância e a dificuldade destes dois eventos para os pilotos do território. Segundo o regulamento desportivo: “A classificação das duas provas e os pontos da série serão enviados à Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau para que esta avalie se os melhores pilotos serão convidados a participar no 71.º Grande Prémio de Macau”. É obrigatório para cada inscrito a participação nas duas provas, com o mesmo piloto e no mesmo carro. Uma vez efectuada a inscrição e aceite, o piloto não pode mudar de viatura, excepto por um motivo aceite pelos Comissários Desportivos. Por outro lado, todo e qualquer “concorrente só pode participar no 71.º Grande Prémio de Macau com a mesma inscrição no Macao Touring Car Series (MTCS), com o mesmo piloto no mesmo carro”, não havendo possibilidade de transferências de lugares e de viaturas. O regulamento desportivo também é claro ao permitir a participação de pilotos, com licença internacional, de todas as proveniências, não limitando assim estas duas provas de apuramento aos pilotos da RAEM, Hong Kong e Interior da China.
Sérgio Fonseca DesportoTCR World Tour muda calendário, mas não toca no GP A principal competição de carros de Turismo na pirâmide da Federação Internacional do Automóvel (FIA) irá novamente passar por Macau este ano, no mês de Novembro, para a sua finalíssima, apesar das alterações forçadas a que o calendário do FIA TCR World Tour será sujeito As provas australianas do FIA TCR World Tour, que estavam previstas para Sydney e Bathurst, em 2024 foram canceladas, tendo o WSC Group, a entidade promotora da competição para carros TCR, informado o Australian Racing Group, o promotor dos eventos e do TCR Australia, que “não está em condições de correr na Austrália em 2024”. As causas para o cancelamento das duas provas da Oceania estão no enorme desafio e nos atrasos na logística internacional, e a escala de tempo apertada entre os eventos planeados na Austrália e em Macau – com os três eventos realizados no espaço de apenas 16 dias, todos em Novembro. O TCR World Tour realizou eventos na Austrália e em Macau no final de 2023, dentro de um calendário igualmente apertado, mas este ano o WSC Group de Marcello Lotti não quis arriscar. A incerteza e o aumento do custo do transporte marítimo internacional que faz a travessia pelo Mar Vermelho pelo Iémen, com vários navios a serem atacados pelos rebeldes Houthi nos últimos meses, foi o motivo para esta drástica medida. Entre cancelar as duas corridas em solo australiano ou o evento icónico da RAEM, a opção recaiu pelas duas concorridas provas da Austrália. O peso chinês Marcello Lotti, o Presidente da WSC e o autor do conceito TCR, explicou a razão para estas alterações imprevistas. “Na sequência do encerramento do Canal do Suez, em consequência da actual crise do Mar Vermelho, e do seu subsequente impacto na indústria naval e dos grandes atrasos daí resultantes, o WSC Group, o promotor do Kumho FIA TCR World Tour, não teve outra alternativa senão reavaliar o calendário desta época”, afirmou o empresário italiano. “O plano original era enviar o equipamento do Uruguai, após a quinta prova realizada em El Pinar (Uruguai), de 2 a 4 de Agosto, directamente para a China para o evento subsequente agendado em Zhuzhou de 20 a 22 de Setembro”, acrescentou Lotti. “No entanto, os atrasos no transporte impossibilitam que a carga seja entregue a tempo, deixando em dúvida a prova chinesa do campeonato, bem como as duas rondas seguintes na Austrália.” O crescimento da categoria TCR na Ásia, nomeadamente na China, e o facto de a Corrida da Guia ser uma das provas mais mediáticas do calendário, com uma exposição internacional fortíssima, obrigou o WSC Group a ter que optar pela manutenção das provas em território chinês e preterir a ida à Austrália. “Na sequência de consultas com as principais partes interessadas do campeonato e com as equipas participantes, foi tomada a difícil decisão de retirar as duas provas australianas (7ª ronda no Sydney Motorsport Park e a 8ª ronda no Mount Panorama Circuit) do calendário do Kumho FIA TCR World Tour deste ano, com a intenção de as reintegrar no calendário em 2025”, concluiu Lotti. O calendário do FIA TCR World Tour actualizado será submetido à aprovação do Conselho Mundial do Automobilismo da FIA na próxima reunião que terá lugar a 28 de Fevereiro. O 71º Grande Prémio de Macau disputa-se de 14 a 17 de Novembro.
João Santos Filipe SociedadeHK | Piloto Anson Wong morre durante detenção policial O piloto de Hong Kong de 57 anos participou em pelo menos 24 edições do Grande Prémio de Macau e representou as cores da equipa Son Veng, com sede em Macau. Segundo a versão da polícia da RAEHK, Wong morreu 20 minutos depois de ser dominado e algemado por três agentes O alegado traficante de droga que morreu na semana passada 20 minutos depois de ser dominado pela polícia de Hong Kong, foi identificado como Anson Wong, piloto que correu no Grande Prémio de Macau pelo menos 24 vezes. A informação sobre a morte de um suspeito de estar envolvido numa rede de tráfico de cocaína foi revelada na quinta-feira, mas a identidade apenas foi tornada pública no sábado. Quando a morte foi comunicada pelas autoridades, a polícia de Hong Kong defendeu-se ao apontar que o homem tinha oferecido resistência face a uma tentativa de detenção, em que três agentes teriam ficado feridos. O relato inicial indicava igualmente que o suspeito tinha cooperado com as autoridades no início das buscas, mas que se tornou violento, quando os polícias começaram a investigar o carro onde seguia. Também nessa altura, indicaram as autoridades da região vizinha, Anson Wong terá tentado arrancar com a viatura, o que levou a que fosse detido com uso da força por três agentes. Segundo a versão da polícia de HK, a morte não terá acontecido quando os agentes recorreram à força para fazer a detenção, mas 20 minutos depois, supostamente quando Anson Wong estava algemado e foi “encontrado inconsciente” dentro de uma viatura da polícia. A vítima mortal foi levada para um hospital em Tuen Mun, nos Novos Territórios, onde foi declarado morto pelas 11h48 de quinta-feira. Logo desde o início, as autoridades indicaram que a morte do homem de 57 anos se tinha devido a problemas cardíacos. Rede de 100 milhões Anson Wong era suspeito de estar envolvido numa rede de tráfico de cocaína avaliada em 100 milhões de dólares de Hong Kong. O piloto foi abordado pelas autoridades no âmbito de uma operação resultou na detenção de mais três indivíduos, entre os quais uma mulher com 75 anos, que alegadamente liderava o grupo. Estes estariam ligados a um contentor que chegou a Hong Kong vindo da América do Sul com cerca de 150 quilos de cocaína. Após a morte, as autoridades de Hong Kong prometeram investigar a ocorrência, para depois submeterem um relatório para tribunal de Coroner, em Hong Kong, para onde são encaminhadas as mortes consideradas suspeitas. Aos 57 anos, Anson Wong era uma cara bem conhecida do panorama do automobilismo local, dadas as ligações à equipa Son Veng, com a qual competiu várias vezes Sgundo o jornal The Standard, Wong participou pelo menos 24 vezes no Grande Prémio de Macau com vitórias em diferentes categorias. Além disso, participava em várias provas no Interior, em campeonatos como o de Carros de Turismo da China.
João Santos Filipe DesportoGP Macau | Félix da Costa não esconde que gostaria de voltar à Guia António Félix da Costa, o único piloto português a vencer a corrida principal do Grande Prémio de Macau por duas ocasiões (2012 e 2016), voltou a relembrar que o Circuito da Guia é o seu circuito predilecto, como também desvendou que esteve muito perto de regressar a Macau para participar no 70.º Grande Prémio de Macau No popular podcast brasileiro “Pelas Pistas”, que contou com a apresentação Thiago Alves e dos ex-pilotos de Fórmula 1, Christian Fittipaldi e Nelsinho Piquet, o piloto de Cascais voltou a classificar o Circuito da Guia como seu traçado favorito, “é um flow inacreditável, quando acertas…”, referiu com entusiasmo de quem tem uma enorme admiração pelo circuito citadino do território. Questionado por Nelsinho Piquet, piloto que correu em Macau em 2003 e 2004 antes de rumar à Fórmula 1, se já tinha corrido num carro de GT no traçado citadino da RAEM, Félix da Costa deixou claro que “não”, mas que é algo que “quero muito”, passando a explicar que “quando eu lá corri de Fórmula 3, o tempo da pole-position era 2:14 ou 2:12, mas agora o carro é outro, e fazem tempos inferiores a 2:10, mas os GT já fazem tempos de 2:14, muito rápidos. Neste (último) ano (o nível) estava muito bom, muitos carros e pilotos bons. Era algo que eu gostaria de fazer.” Félix da Costa competiu no evento de Macau por cinco ocasiões. Depois do sexto lugar na estreia em 2010 e o abandono no ano seguinte, Félix da Costa conquistou o título mais apreciado da Fórmula 3 em 2012 ao volante de um monolugar que hoje pode ser visto no Museu do Grande Prémio. Regressaria no ano seguinte, terminando em segundo, para voltar a subir ao primeiro lugar do pódio em 2016. Regresso esteve próximo Nas vésperas da 70.ª edição do maior cartaz desportivo da RAEM, o nome de Félix da Costa foi apontado pela imprensa de Hong Kong ao lugar vago no terceiro monolugar da Rodin Carlin a ser inscrito no Grande Prémio de Macau de Fórmula 3 – Taça do Mundo de F3. A equipa britânica que estava a passar um momento conturbado, que culminou com o despedimento do seu fundador Trevor Carlin, acabou mesmo por não alinhar com um terceiro carro na corrida ganha pelo inglês Luke Browning. O piloto natural de Cascais que tem contrato com a marca Porsche confirmou que teve “uma proposta para participar de Fórmula 3 e não fui, mas quase que fui”. Mesmo não tendo revelado a identidade da equipa, Félix da Costa reconheceu que “até disse que sim, mas ia ter um dia de testes nessa mesma semana e a Porsche bem que ficou… e pronto, enfim!” O piloto português continua a fazer parte da TAG Heuer Porsche Formula E Team, a equipa oficial da Porsche Motorsport no Campeonato do Mundo de Fórmula E da FIA, para monolugares com motorização eléctrica. Para este ano, a marca germânica decidiu que os seus dois pilotos, Félix da Costa e o alemão Pascal Wehrlein, não podiam participar noutros campeonatos ou competições fora da Fórmula E, o que obrigou Félix da Costa a abandonar o seu programa no Campeonato do Mundo de Endurance da FIA (WEC). O piloto português vai regressar à República Popular da China no fim de semana de 25 e 26 de Maio, para disputar a prova de Xangai do Campeonato do Mundo de Fórmula E da FIA.
João Luz Manchete PolíticaGrande Prémio | “Champanhegate” resulta em multa à organização A Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau vai pagar uma multa devido ao champanhe bebido pelo vencedor da Fórmula 4. A polémica que envolveu o piloto britânico de 16 anos Arvid Lindblad foi considerada uma “uma profunda lição” O director do Instituto do Desporto e coordenador da Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau, Pun Weng Kun, revelou ontem que a organização do maior evento desportivo de Macau irá “pagar mais tarde” a multa correspondente à pública violação da recém-aprovada lei de prevenção e controlo do consumo de bebidas alcoólicas por menores. Sem referir o valor da multa, Pun Weng Kun afirmou que os Serviços de Saúde investigaram o caso e actuaram de acordo com a lei. “O Instituto do Desporto respeita muito o processo de investigação e está, basicamente, tudo concluído. Mais tarde iremos pagar a multa”, afirmou Pun Weng Kun em declarações ao canal chinês da Rádio Macau. A lei prevê uma multa entre 1.500 e 20.000 às entidades que disponibilizem bebidas alcoólicas a menores e estipula que pais e a escola que o menor frequenta, assim como a entidade que facultou a bebida alcoólica, recebam informações a “alertar sobre os malefícios para a saúde dos menores decorrentes do consumo de bebidas alcoólicas”. A polémica começou no domingo depois da entrega do troféu ao jovem piloto britânico que, como é hábito, recebeu das assistentes da organização uma garrafa de champanhe, assim como os outros pilotos que sobem ao pódio. As consequências dos tragos bebidos da garrafa chegaram no dia seguinte, quando o director dos Serviços de Saúde, Alvis Lo, confirmou aos microfones do Fórum Macau, na mesma emissora pública, que o caso estaria a ser investigado. Aprender com os erros No dia em que revelou estar a correr uma investigação por infracção à lei do consumo de álcool por menores, Alvis Lo sugeriu que para o resto da competição fosse disponibilizado champanhe sem álcool para pilotos menores de idade. O directo do Instituto do Desporto confirmou ontem que a organização do Grande Prémio acatou a sugestão de Alvis Lo. Assim sendo, foram tomadas medidas para disponibilizar bebidas sem álcool durante a cerimónia no pódio de acordo com as idades dos pilotos. Além disso, Pun Weng Kun descreveu o incidente como um momento que proporcionou “uma profunda lição”.
Hoje Macau Desporto70º Grande Prémio de Macau | O programa deste fim-de-semana Sábado, 11 de Novembro 6h00-6h30 Fecho do Circuito 6h30-7h00 Inspecção do Circuito 7h45-8h30 Corrida de Macau de Fórmula 4 – Treinos Livres 8h45-9h15 TCR Asia Challenge – Treinos Livres 9h30-10h00 Macau Roadsport Challenge – Treinos Livres 10h15-10h45 Taça GT – Corrida da Grande Baía (GT4) – Treinos Livres 11h00-11h30 Taça GT – Corrida da Grande Baía (GT3) – Treinos Livres 12h10-12h40 TCR Asia Challenge – Qualificação 1 12h45-13h00 TCR Asia Challenge – Qualificação 2 13h15-13h45 Macau Roadsport Challenge – Qualificação 14h00-14h30 Taça GT – Corrida da Grande Baía (GT4) – Qualificação 14h45-15h15 Taça GT – Corrida da Grande Baía (GT3) – Qualificação 15h45-16h15 Corrida de Macau de Fórmula 4 – Qualificação Domingo, 12 de Novembro 6-00-6h30 Fecho do Circuito 6h30-7h00 Inspecção do Circuito 8h00-8h25 Corrida de Macau de Fórmula 4 – Corrida Classificativa (8 voltas) 9h05-9h40 TCR Asia Challenge – 1.ª Corrida (9 voltas) 10h20-10h50 Macau Roadsport Challenge – Corrida (8 voltas) 11h30-12h00 Taça GT – Corrida da Grande Baía (GT4) – Corrida (8 voltas) 12h50-13h20 Taça GT – Corrida da Grande Baía (GT3) – Corrida (8 voltas) 14h00-14h35 TCR Asia Challenge – 2.ª Corrida (9 voltas) 15h40-16h20 Corrida de Macau de Fórmula 4 – Corrida Final (12 voltas)
Hoje Macau EventosSJM e Galaxy com eventos alusivos ao Grande Prémio Começa hoje a 70.ª edição do Grande Prémio de Macau (GPM) e as operadoras de jogo decidiram associar-se ao grande evento desportivo de Macau e da Ásia apostando em diversos eventos que convidam os turistas e curiosos a desfrutar de uma experiência mais próxima das corridas. Uma das operadoras que apresenta eventos sobre o GPM é a Galaxy, sendo que até ao dia 19 deste mês, último dia de competições, os visitantes podem conhecer de perto a “história, a glória e a inovação” da equipa de F1 da Oracle Red Bull Racing na loja pop-up “Oracle Red Bull Racing Pop-Up” localizada no Galaxy Macau. Segundo um comunicado, os visitantes poderão “participar numa variedade de experiências de corrida” com toda a emoção e realidade, incluindo o “Red Bull Pit Stop Challenge” inaugural em Macau, onde os participantes podem correr contra o relógio para mudar os pneus de um carro de fórmula 1, utilizando as ferramentas autênticas da equipa usadas nas boxes. Existem ainda simuladores das corridas no Circuito da Guia. Por sua vez, no Crystal Lobby do Galaxy Macau haverá ainda uma exposição, até dia 30 deste mês, de uma série de modelos de edição limitada da marca de automóveis de luxo Bentley. O Star World Hotel estabeleceu também uma parceria com a Associação de Promoção e Desenvolvimento do Circuito da Guia de Macau, apresentando a série Porsche 911 Carrera GTS na entrada VIP do hotel até ao dia 19 deste mês. Corridas à mesa Se a Galaxy promete apresentar ainda menus especiais e bebidas alusivas ao Grande Prémio nos seus bares e restaurantes, também o restaurante de comida portuguesa “Mesa by José Avillez”, situado no Grand Lisboa Palace, no Cotai, da Sociedade de Jogos de Macau (SJM), apresenta um menu especial até domingo e depois no fim-de-semana seguinte, de 16 a 19 de Novembro, quando o evento chega ao fim. Segundo um comunicado da SJM, os visitantes poderão desfrutar de uma selecção de cocktails especiais, sempre com o tema do Grande Prémio, criados pelo principal mixologista do resort, Frederick Ma. Além disso, Lorenzo Antinori, vencedor do prémio “Time Out Bartender of the Year de 2020”, estará no restaurante hoje onde criará três cocktails intitulados “Dangerous Corner”, “Champion” e “High Speed”. Também no Grand Lisboa Palace haverá, até 29 de Fevereiro do próximo ano, a Zona de Jogos Desportivos “Sportopia”, em que, com recurso à realidade virtual, se apresentam corridas de automóveis, ciclismo, ténis e outros jogos desportivos. A zona de jogo está aberta das 11h00 às 20h00 e as fichas de jogo podem ser trocadas gratuitamente. A SJM apostou também na criação de uma exposição temática sobre o Grande Prémio, onde será mostrado, em frente à Loja de Presentes do resort, o equipamento de corrida dos melhores pilotos de fórmula 3. A mostra decorre até ao dia 30 deste mês e visa “enriquecer ainda mais a cultura do Grande Prémio e celebrar as alegrias das corridas com visitantes de todo o mundo”.
Hoje Macau SociedadeGrande Prémio | 80 por cento dos bilhetes vendidos Em contagem decrescente para o arranque da 70.ª edição do Grande Prémio de Macau (GPM), já foram vendidos 80 por cento dos bilhetes para os últimos dois dias do evento, garantiu ontem a secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, na cerimónia religiosa tradicional, Pai San, de arranque do maior evento do desporto automóvel do território. Elsie Ao Ieong U considerou, citada por um comunicado, que “os trabalhos preparatórios para o 70.º Grande Prémio de Macau decorrem com sucesso”, esperando que, com o evento, “se atraia mais turistas” para Macau. Prevista ocupação de 90 por cento A Direcção de Serviços de Turismo (DST), Maria Helena de Senna Fernandes, antevê que durante os dois fins-de-semana em que se disputa o Grande Prémio de Macau a taxa de ocupação hoteleira seja superior a 90 por cento. A previsão foi feita ontem, à margem da Cerimónia Religiosa Tradicional (Pai San) para o 70.º Grande Prémio de Macau. Segundo a responsável, com o aproximar das provas o turismo está a promover o evento das regiões vizinhas através de “diferentes plataformas” e até em países do estrangeiro. Além disso, para aumentar o nível de produtos turísticos, Maria Helena de Senna Fernandes adiantou também que o Museu do Grande Prémio vai estar aberto até às 21h nos dias de prova. Este ano, como parte das celebrações do 70.º aniversário, o Grande Prémio realiza-se em dois fins-de-semana entre 11 e 12 de Novembro e entre 16 e 19 de Novembro.
Carlos Morais José EventosÁlbum reúne imagens de uma colecção privada sobre o GP de Macau Foi ontem o lançamento do livro “Grande Prémio de Macau – Colecção Pessoal de Victor H. de Lemos, 1954-1978, Volume I (1954-1966)”, na sede da Associação dos Aposentados, Reformados e Pensionistas de Macau (APOMAC). O livro foi apresentado por Jorge Fão que, entre outras considerações, propôs que o Museu do Grande Prémio comprasse o espólio de Victor H. Lemos, para o exibir nas suas instalações. Para Fão, presidente da Mesa da Assembleia-Geral da APOMAC, “ o novo museu é muito bonito, muito moderno, mas falta-lhe alguma alma”. Algo que o espólio de Victor Lemos poderia, no seu entender, acrescentar. O autor do livro, Carlos de Lemos, macaense residente no Canadá, interveio de seguida, para revelar que assim cumpriu “o sonho de lançar um livro sobre os primeiros vinte e cinco anos do Grande Prémio de Macau”. Diferente de todos os outros livros lançados anteriormente, este pretende partilhar o extraordinário arquivo que o seu pai, Victor Hugo de Lemos, construiu com uma enorme paixão e afinco desde o seu início, em 1954, até ao ano de 1978. Questão de justiça Devido à dimensão da colecção, que finalmente sairá do domínio privado, o que vai permitir uma melhor compreensão da história do evento, Carlos de Lemos optou por dividir a publicação em dois volumes. Com um total de 256 páginas e mais de 250 fotos, este livro tem especial interesse para todos os entusiastas do Grande Prémio de Macau, dado que contém valiosa e diversa informação, provavelmente nunca antes vista ou publicada. Para além de fotos únicas de todos os carros que participaram no Grande Prémio de Macau durante a primeira década do evento, o livro também tem um interessante registo fotográfico das entregas dos troféus e outros eventos marcantes da ainda grande manifestação desportiva da RAEM. O livro apresenta também recortes de jornais, bilhetes, crachás, programas oficias, autógrafos dos concorrentes, regras e regulamentos, formulários de inscrição, etc. Para atrair um número ainda maior de potenciais compradores, as legendas do livro estão escritas em português, chinês e inglês. O preço de capa é de 280 patacas. O produto líquido proveniente da venda será revertido a favor da instituição Macau IC2 Association (I Can Too) que dá apoio a pessoas com autismo e portadoras de outras deficiências.
Sérgio Fonseca Desporto MancheteGPM | Filipe Souza vai a Xangai preparar a defesa do título em Macau A próxima prova do Campeonato da China de Carros de Turismo/TCR China vai disputar-se no Circuito Internacional de Xangai e contará com a presença de Filipe Souza. O piloto macaense tornou-se no ano passado o piloto do território a vencer na Corrida da Guia em quarenta anos de história, troféu que vai defender novamente este ano no mês de Novembro Após o triunfo mais alto da sua carreira de mais de vinte anos nos carros de Turismo, Filipe Souza pensou em colocar para trás esta disciplina e competir nas corridas de Grande Turismo em 2023. Aliás, em Janeiro passado, quando falou a última vez com o HM, o piloto macaense estava a preparar-se para deixar a categoria TCR para se dedicar a uma nova aventura na categoria GT4. Contudo, uma chama motivou uma mudança de planos. “No início pensei fazer os GT4, porque nessa altura achava que podia fazer corridas em ambos os fins-de-semana. Porém, a nossa associação ligou-me e disse que um piloto só pode fazer uma corrida no Grande Prémio e convenceu-me a participar na corrida do TCR World Tour em Macau, pois consideram que é mais exigente fazer essa corrida e, por ser uma corrida por convite, querem ter um piloto de Macau”, explicou Filipe Souza ao HM. Com o fim da Taça do Mundo de Carros de Turismo da FIA – WTCR no final de 2022, devido a uma mudança de estratégia do promotor Discovery Sports Events, o WSC Group, a empresa de Marcello Lotti, que lançou o conceito TCR em 2015, apostou no TCR World Tour. Como o nome indica, trata-se de uma competição para viaturas TCR e tem um calendário que passa pela Europa, América do Sul, Austrália e Ásia, onde os participantes deste “mundial” correm juntamente com os homólogos dos campeonatos TCR locais. No Circuito da Guia não será diferente, com a dezena e meia de concorrentes do TCR World Tour a enfrentarem os melhores da especialidade da região inseridos na célebre Corrida da Guia. “Ponderei muito bem sobre esta oportunidade que não é para todos e não é assim tão fácil de aparecer”, salienta Filipe Souza que se estreou no Circuito da Guia no ano 2000. “Também esta é uma das corridas do fim de semana principal, o que é muito importante para mim, para os meus patrocinadores e para a minha carreira, até mesmo para talvez finalizar a minha carreira de corridas com uma boa imagem e uma boa memória”. Ganhar ritmo Sem disputar qualquer corrida desde Novembro de 2022, Filipe Souza não esconde que pretende ganhar ritmo nesta prova no circuito de Fórmula 1 de Xangai junto das melhores equipas e pilotos da República Popular da China. Os resultados não vão ser uma prioridade neste evento, até porque o representante da RAEM não está em discussão por nenhum título e vai ter pela frente uma forte concorrência, incluindo as equipas oficiais da Link & Co, Hyundai e Dongfeng Honda. “Esta corrida será a minha primeira corrida deste ano, por isso não estou a pensar sobre subir ao pódio ou não, mas vou fazer os possíveis para ter uma boa prova. Só fiz um teste em Zhuhai no início do ano, por isso não tenho grandes ambições. Por outro lado, estou apreensivo, porque esta corrida vai ter muitos bom pilotos por lá. Mas isso eu gosto muito, pois sempre gostei de um bom desafio”, reflecte o piloto de Macau que vai novamente conduzir o seu Audi RS 3 LMS TCR. “Esta corrida também será boa para eu ganhar um bom ritmo e também para preparar a corrida de Macau”, acrescenta. Filipe Souza não descarta fazer mais corridas após esta participação em Xangai, pois os quilómetros competitivos vão contar quando chegar a “hora da verdade”, na grande prova do final de ano. “Vou continuar com o Audi do ano passado, com o qual ganhei em Macau, mas estou a ponderar a ajuda de uma equipa da Europa, porque correr em Macau e no pelotão do TCR World Tour não é uma tarefa nada fácil. Temos que ter uma boa equipa e com experiência”, acrescenta o único piloto lusófono, por agora, confirmado nesta corrida.
Hoje Macau Desporto MancheteGrande Prémio | Edição com fim-de-semana duplo vai custar 260 milhões de patacas O programa do 70.º Grande Prémio de Macau foi apresentado ontem. Vai disputar-se entre 11 e 12 de Novembro e 16 a 19 de Novembro. O destaque vai para o regresso das taças do mundo FIA GT e Fórmula 3 O 70.º Grande Prémio de Macau custa 260 milhões de patacas e vai realizar-se em seis dias, em vez dos habituais quatro, anunciou ontem a organização de apresentação do programa e dos principais patrocinadores. As primeiras corridas estão marcadas para 11 e 12 de Novembro, as restantes de 16 a 19 de Novembro, mas o destaque vai para o regresso das taças do mundo FIA GT e Fórmula 3, que se vão disputar na RAEM pela primeira vez desde 2019. O presidente do Instituto do Desporto e coordenador da organização da prova disse ontem, numa conferência de imprensa, que o Grande Prémio de Macau “proporciona uma oportunidade para a cidade e o evento continuarem a ter influência no panorama automobilístico internacional, exercendo assim um impacto positivo na promoção do desenvolvimento do turismo”. As duas corridas da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) terão lugar de 16 a 19 de Novembro, com o formato a incluir duas sessões de treinos livres de 40 minutos e duas sessões de qualificação para a Fórmula 3, bem como duas sessões de treinos de 30 minutos seguidas de uma única qualificação com a mesma duração para os carros GT. O regresso das duas provas, consideradas as mais icónicas do circuito da Guia, foi resultado de um acordo de três anos entre a FIA, a Associação Geral de Automóveis de Macau-China (AAMC) e o Comité Organizador do Grande Prémio de Macau. As corridas terão 10 e 15 voltas para a F3 e 12 e 16 para os carros GT. O vencedor do Grande Prémio de Macau será designado também como o vencedor da Taça do Mundo de F3. Fim do interregno Entre 2020 e 2022, as competições da FIA não integraram o calendário do Grande Prémio de Macau devido à pandemia da covid-19, que levou as autoridades da região chinesa a fecharem as fronteiras a estrangeiros. Ainda assim, no ano passado o Grande Prémio atraiu 19 pilotos estrangeiros, sobretudo na prova de motos, que aceitaram submeter-se a uma quarentena de cinco dias para entrar no território. Este ano, em honra do histórico 70.º aniversário, o evento vai decorrer em dois fins de semana consecutivos, com o segundo a incluir as Taças do Mundo FIA, acrescentou a federação. Disputado no icónico traçado citadino de 6,2 quilómetros, o Grande Prémio é o maior evento desportivo de Macau, sendo considerada uma das provas automobilísticas mais perigosas do mundo, uma vez que, em alguns pontos, o circuito não vai além dos sete metros de largura. Inscrições abertas As inscrições para ambas as competições abrem a 1 de Julho, com as datas limite de 31 de Agosto para a Taça do Mundo FIA GT e de 30 de Setembro para a Taça do Mundo FIA F3. São cinco as corridas programadas para 11 e 12 de Novembro: Macau Asia Fórmula 4, Taça GT – Corrida da Grande Baía, TCR Asia Challenge, Macau Roadsport Challenge e uma outra que se encontra ainda em processo de negociação. De 16 a 19 de Novembro vão realizar-se seis corridas: Grande Prémio de Macau de Fórmula 3 da FIA, Taça GT Macau – Taça do Mundo de GT da FIA, Corrida da Guia Macau – TCR World Tour Final, Grande Prémio de Motos de Macau – 55.ª Edição, Taça de Carros de Turismo de Macau e Desafio do 70.º Aniversário de Macau. Cada uma das seis operadoras de casinos em Macau concedeu um patrocínio de 20 milhões de patacas.
Sérgio Fonseca Desporto MancheteGP Macau | Contrato de três anos para as Taças do Mundo A Federação Internacional do Automóvel (FIA) emitiu um comunicado esta segunda-feira a confirmar o regresso das Taças do Mundo da FIA de Fórmula 3 e GT ao Grande Prémio de Macau, ausentes do programa do maior evento desportivo do território desde 2019 Num ano em que o Grande Prémio comemora o seu 70.º aniversário, o anúncio deste esperado regresso vem no seguimento de um acordo de três anos resultante dos esforços conjuntos da FIA, da Associação Geral de Automóvel de Macau-China (AAMC) e da Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau. As duas competições FIA terão lugar de 16 a 19 de Novembro, com a acção em pista a começar na quinta-feira e o formato a incluir duas sessões de treinos livres de 40 minutos e duas sessões de qualificação para a Fórmula 3, bem como duas sessões de treinos livres de 30 minutos seguidas de uma única qualificação com a mesma duração para os carros de Grande Turismo. Ambas as competições terão uma corrida de qualificação seguida de uma corrida principal para a decisão do título de vencedor destas Taças. As durações das corridas serão de 10 e 15 voltas para a F3 e de 12 e 16 voltas para os carros de GT. Tal como aconteceu de 1983 a 2019, o vencedor da prova de F3 será considerado o vencedor geral do Grande Prémio de Macau. Bem-vindos a Macau No comunicado enviado pela FIA à imprensa, Pun Weng Kun, Coordenador do Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau, disse que “a Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau sente-se honrada por continuar a receber a confiança e o apoio da FIA. Acolher a Taça do Mundo de GT da FIA e a Taça do Mundo de F3 da FIA no 70.º Grande Prémio de Macau é um testemunho do reconhecimento da FIA das nossas capacidades organizativas e irá reforçar ainda mais a posição do Grande Prémio de Macau na indústria internacional dos desportos motorizados.” O actual responsável máximo pela prova nascida em 1954, afirmou também que a organização está “ansiosa por continuar a trabalhar com a FIA na finalização dos detalhes do regresso dos eventos e queremos dar as boas-vindas aos pilotos de elite que irão competir no nosso mundialmente famoso Circuito da Guia.” FIA saúda regresso da F3 Depois da estreia em 2019, que obrigou a alterações no Circuito da Guia, para que este recebesse a homologação Grau 2 da FIA, os monolugares do Campeonato de Fórmula 3 da FIA vão voltar este ano. Nikolas Tombazis, o director das provas de monolugares da FIA, afirmou que “estamos todos muito satisfeitos por ver o regresso da Taça do Mundo de Fórmula 3 da FIA em Macau – a história de Macau e da Fórmula 3 é uma das mais famosas do desporto automóvel e o evento é, desde há muito, o ponto alto do calendário de monolugares juniores. Ao longo das décadas, muitos dos grandes nomes das corridas foram testados no Grande Prémio de Macau, uma vez que um desempenho notável no Circuito da Guia é um sinal seguro de talento e empenho.” Visto que o evento da RAEM não conta para o campeonato, este regresso dos Fórmula 3 a Macau estava dependente de um acordo com o transporte das viaturas, visto que as equipas não queriam que o regresso fosse feito por barco. “É uma notícia fantástica que a história continue com a actual geração de carros de Fórmula 3, que se estreou com sucesso nas ruas de Macau em 2019”, referiu Tombazis. “Graças ao trabalho árduo e à colaboração entre a FIA, a AAMC, o Comité Organizador do Grande Prémio de Macau e o promotor do Campeonato de Fórmula 3 da FIA, a Taça do Mundo de Fórmula 3 da FIA tem um futuro brilhante”, prevê Nikolas Tombazis. Continuidade dos GT3 Apesar do comunicado não mencionar, a co-organização da prova está a cargo, como nas anteriores edições da Taça do Mundo de GT realizadas em Macau, da empresa SRO Motorsports. A competição será aberta a viaturas FIA GT3, que desde 2008 têm sido presenças regulares no Circuito da Guia. A competição deverá estar aberta tanto aos construtores como a equipas e pilotos privados. Marek Nawarecki, Director do Departamento de Velocidade da FIA, referiu que o “volume de construtores envolvidos e os carros homologados fazem da plataforma GT3 a categoria de corridas para clientes mais bem sucedida da FIA. Por isso, é importante que tenha o seu próprio auge, sob a forma de um evento autónomo em formato ‘sprint’ que atribui um título da Taça do Mundo FIA. A importância da classe GT3 vai crescer ainda mais, por isso ter as corridas da FIA de volta às ruas de Macau é um desenvolvimento extremamente positivo para todos os envolvidos, incluindo os fãs, uma vez que este circuito sempre produziu grandes corridas.”
Sérgio Fonseca Desporto MancheteF3 em negociações e mais novidades para a 70ª edição do Grande Prémio O programa do 70.º Grande Prémio Macau vai ser preenchido certamente com várias competições internacionais e existe a possibilidade de o evento acolher provas de monologares de Fórmula 3, Fórmula Regional e Fórmula 4 O regresso da Taça do Mundo de Fórmula 3 é uma das metas mais desejadas pelas entidades organizadoras do evento em Macau e também pela própria federação internacional. Contudo, a revista inglesa Autosport, noticiou na sua última edição que existe uma barreira por ultrapassar: o transporte dos carros para Macau. A última corrida da temporada do Campeonato FIA de Fórmula 3 está agendada para o fim de semana de 2 e 3 de Setembro, no circuito italiano de Imola. Habitualmente, a disciplina realiza um ou dois testes oficiais antes de dar por concluída a temporada, o que não limita o envio dos carros para Macau. A grande dúvida é o regresso dos carros, que não poderá ser feito por via marítima, pois a Mecachrome precisa de começar a fazer a morosa manutenção regular dos motores ainda no mês de Dezembro. “Estamos a tentar ver se conseguimos organizar isto, porque ainda há interesse e apetite pela corrida”, disse François Sicard, o director da Mecachrome, a empresa francesa que fornece todos os motores da actual F3. “É uma situação delicada – a única forma de fazê-lo é de transporte aéreo de Macau para a Europa. Devido ao elevado custo, estamos à procura de uma solução e não é uma tarefa fácil. Estamos confiantes de que irá acontecer e ficaremos felizes por encontrar uma solução, mas ainda é cedo para dizê-lo”. Novidades a caminho A publicação britânica também adianta que mais duas competições poderão fazer a sua estreia na RAEM pelas mãos da Top Speed, empresa com sede em Xangai que no 60.º Grande Prémio de Macau ajudou a trazer a Volkswagen Scirocco Cup, o Lamborghini Super Trofeo Asia e a Formula Masters China. Seis das dez equipas do campeonato FIA de F3 correm na Fórmula Regional do Médio Oriente (ex-Campeonato Asiático de F3) e na Fórmula 4 dos Emirados Árabes Unidos, duas competições organizadas pela Top Speed. “Estamos em discussões para termos ambos os campeonatos, e estou confiante que possamos ter entre 25 a 28 carros em cada corrida”, disse Davide DeGobbi, o responsável pela Top Speed. A Fórmula Regional foi concebida para estar um degrau abaixo da F3 e um degrau acima da F4, enquanto a competição de F4 organizada pela Top Speed já utiliza os novos monolugares aprovados pela FIA, ao contrário do Campeonato da China de Fórmula 4, que vimos correr no Circuito da Guia nos últimos três anos, que ainda usa maquinaria antiga. Apesar de ainda não ser oficial, a Top Speed deverá a partir deste ano assumir as rédeas do Campeonato de Fórmula 4 do Sudeste Asiático, daí o interesse da participação no evento de Macau. Euroformula Open de fora Entretanto, o campeonato de matriz espanhola Euroformula Open, que durante a pandemia foi apontado para substituir a Fórmula 3 no Grande Prémio de Macau, não tem planos nem interesse em visitar a RAEM agora que o território regressou à normalidade. “Não para este ano: para incluir Macau num calendário, é necessário um tempo significativo para o planeamento, orçamentos, etc, tanto para os organizadores como para as equipas. Não está claro quais seriam também os requisitos em matéria de saúde e segurança”, disse fonte oficial do campeonato gerido pela empresa GT Sport ao portal de automobilismo português SportMotores.com.
Sérgio Fonseca Desporto Manchete“Sr. Macau” está de volta ao Circuito da Guia Num comunicado enviado às redações na tarde de terça-feira, a Audi Sport customer racing Asia anunciou o regresso de Edoardo Mortara ao Circuito da Guia. O piloto italo-suíço vai tentar vencer pela oitava vez no circuito citadino de Macau e pela quinta vez na Taça GT Macau. Esta temporada a militar no Campeonato do Mundo FIA de Fórmula E, o piloto que ficou conhecido por ser o “Sr Macau” vai conduzir um dos Audi R8 LMS GT3 evo II da equipa Audi Sport Asia Team Absolute na 69.ª edição do Grande Prémio de Macau. O regresso de Mortara a um palco que lhe trouxe tantas alegrias irá também projectar na imprensa internacional a corrida que um dia foi Taça do Mundo de GT da FIA. No entanto, Mortara não deverá ser o único piloto estrangeiro numa das corridas mais apetecíveis do programa. Mortara fez história em Macau em 2010, quando se tornou o primeiro piloto a ganhar por duas vezes o Grande Prémio de Fórmula 3 de Macau. Porém, só em 2013 é que ganhou a alcunha de ‘Sr Macau’, após uma histórica terceira vitória consecutiva na Taça GT Macau, também com a Audi, no mesmo ano em que também ganhou a corrida da Taça Audi Sport R8 LMS, realizada durante as duas celebrações do 60.º Grande Prémio de Macau. Mortara acrescentou uma quarta vitória na Taça GT Macau, em 2017, já ao serviço da Mercedes AMG, para elevar a sete a sua conta de vitórias no Circuito Guia. Combinação de interesses A Audi Sport tem uma série de pilotos de GT sob contrato, mas para este desafio a marca de Ingolstadt foi buscar um dos seus ex-pilotos. Mortara correu pela Audi de 2011 a 2016, mas em 2017 rumou à rival Mercedes AMG. Apesar de ter conquistado a Taça do Mundo nas ruas de Macau nesse mesmo ano, o construtor de Estugarda viu mais utilidade em Mortara na Fórmula E. Na competição de monolugares eléctricos, em que foi vice-campeão na temporada 2020/2021, rompeu com a Mercedes e iniciou uma ligação com a equipa monegasca Venturi Racing, entretanto adquirida pela Maserati, com quem competirá em 2022/2023. “O Grande Prémio de Macau é um evento verdadeiramente lendário, por isso é apropriado que levemos a lenda da Audi, o Edo Mortara, às ruas da cidade para competir pelo quinto título da Audi na Taça GT”, explicou Alexander Blackie, o director da Audi Sport customer racing Asia. “Agradecemos à sede da Audi Sport pelo seu forte apoio para levar isto avante”. A Audi é um dos construtores que mais aposta no mercado chinês, principalmente nas corridas de carros de Grande Turismo (GT), e não vence a Taça GT Macau desde 2016, quando Laurens Vanthoor ganhou a corrida da Taça do Mundo com o seu Audi R8 literalmente virado ao contrário. A rival Mercedes venceu quatro das últimas cinco edições e posicionou-se como o construtor automóvel com mais vitórias na corrida implementada no programa do Grande Prémio em 2008, com seis triunfos. Por outro lado, a marca de Estugarda tem estado a ponderar enviar pilotos europeus para vencer novamente esta corrida. Numa altura em que a Audi Sport está a reestruturar o seu departamento de competição cliente, muito por culpa da futura entrada da marca na Fórmula 1, os germânicos viram-se perante o dilema de não terem ninguém com a experiência necessária para vencer no Circuito da Guia. Como o piloto de 35 anos estava disponível nesta altura do ano, devido às limitações de testes da Fórmula E, e disposto a aceitar o desafio proposto pela Audi, mesmo tendo que cumprir a muito indesejada quarentena à chegada à RAEM, os interesses de ambas as partes acabaram por se combinar.
Sérgio Fonseca DesportoFórmula 4 | Piloto de Macau vai tentar vencer pela terceira vez Charles Leong Hon Chio vai tentar obter um feito até aqui nunca alcançado em sessenta e oito edições do Grande Prémio de Macau. O jovem piloto do território vai tentar vencer este ano a prova principal do maior evento desportivo da RAEM pelo terceiro ano consecutivo Após ter vencido em 2020 e 2021, duas edições que tal como este ano foram usados monolugares de Fórmula 4 na corrida principal, Charles Leong Hon Chio vai apostar na continuidade e tentar obter a sua terceira vitória consecutiva na prova. Isto, apesar de o piloto de 21 anos não conduzir um monolugar de Fórmula 4 desde do sucesso alcançado no ano passado nas curvas e contra-curvas do Circuito da Guia. Esta temporada, Charles Leong tem guiado um bem mais potente Ferrari 488 GT3, da equipa chinesa Harmony Racing, no Campeonato de Endurance da China (CEC) e no Campeonato da China de GT, tendo somado vitórias e resultados muito positivos para um jovem estreante nesta categoria. Na teoria, especulava-se que o piloto de Macau fosse competir em frente ao seu público ao volante de um destes espectaculares carros da marca do “Cavallino Rampante”, mesmo tendo em consideração que o orçamento da Taça GT Macau é várias vezes superior àquele necessário para estar à partida com os monolugares de Fórmula 4. “Foi algo que eu pensei, correr na Fórmula 4 e com o Ferrari, mas o Grande Prémio não o permite”, explicou o piloto ao HM, relembrando que desde 1996 a prova não autoriza que os pilotos participem em mais do que uma corrida durante o fim de semana. “Após ponderar, a prova de Fórmula 4 faz mais sentido, pois é a principal do programa do Grande Prémio e ainda ninguém venceu por três vezes consecutivas a corrida. Por outro lado, também julgo que tenho ainda muito a aprender nas corridas de GT”, reconhece. A maior novidade da participação de Charles Leong será a troca de equipa. Depois de dois anos em que venceu pela Smart Life Racing, o ex-campeão de Fórmula 4 irá tripular um monolugar da equipa BlackJack Racing Team. A formação de Ningbo terminou em terceiro lugar em 2021, com o piloto Li Si Cheng, e tem o apoio técnico da equipa Asia Racing Team, fundada em Macau e cujo director desportivo é o piloto português Rodolfo Ávila. Última chance de testar Foi com surpresa que o Campeonato da China de Fórmula 4 se viu forçado a cancelar a prova que tinha agendado para o próximo fim de semana em Pingtan. Tanto a Fórmula 4 chinesa, como os GT, iam correr este fim de semana no novo circuito citadino na ilha de Fujian, mas na pretérita semana os Serviços de Saúde do Governo da RAEM anunciaram a imposição de quarentena a todos os indivíduos provenientes da Zona Experimental Abrangente de Pingtan, onde se realizaria o evento e onde já estavam algumas equipas e pilotos a testar. Correndo o risco de comprometer o evento ou a perder quórum para o Grande Prémio, ambas as competições concordaram em adiar o evento de Pingtan para Dezembro. A três semanas do grande evento automobilístico da Grande Baía, esta situação acabou por beneficiar Charles Leong que assim deverá ser capaz de conduzir o Mygale M14 F4-Geely antes do Grande Prémio e ao pé de casa. “A equipa vai enviar o carro para Zhuhai”, revelou o piloto que não esconde que o adiamento do evento de Pingtan“acabou por ser melhor para mim”. Mesmo que consiga vencer a edição deste ano, Charles Leong não será ainda o piloto com mais vitórias na prova principal do Grande Prémio, pois esse recorde ainda pertence a um ex-membro da Real Polícia de Hong Kong. John MacDonald ganhou no Grande Prémio por quatro ocasiões (1965, 1972, 1973 e 1975), com a particularidade de também ter triunfado no Grande Prémio de Motos de Macau (1969) e na primeira edição da Corrida da Guia (1972).
Sérgio Fonseca DesportoGP | Corrida da Guia recebe o primeiro TCR Asia Challenge Horas depois da conferência de imprensa do 69.º Grande Prémio de Macau, o WSC Group, a entidade que tem os direitos de promoção e regulamentação da categoria TCR, emitiu um comunicado a referir que chegou a acordo com o Instituto do Desporto de Macau para organizar como parte da Corrida da Guia Macau o Challenge TCR Asia A Corrida da Guia deveria, este ano, fazer parte do calendário da Taça do Mundo FIA de Carros de Turismo – WTCR pela primeira vez desde 2019, antes de questões logísticas terem resultado no cancelamento das etapas asiáticas da competição promovida pela Discovery Sports Events. Tendo feito parte dos calendários das TCR Asia Series e do Campeonato TCR China nos últimos dois anos, a Corrida da Guia vai agora pontuar para o TCR Asia Series e por um título recém-lançado que assegura que os carros TCR estarão novamente em acção no famoso circuito de rua. “Estou muito orgulhoso e entusiasmado por anunciar que este ano se vai realizar o primeiro TCR Asia Challenge no âmbito do Grande Prémio de Macau, mantendo viva a tradição de ver os carros TCR a correr no Grande Prémio de Macau que começou em 2015”, disse o presidente do WSC Group, o italiano Marcello Lotti. Para além do TCR Asia Challenge, nas curvas e contra-curvas do Circuito da Guia também estarão em jogo pontos a atribuir aos concorrentes do TCR Asia Series. A competição asiática, mas que apenas realiza este ano corridas em solo chinês, disputou apenas um evento esta temporada, no final do mês de Julho em Zhuzhou. Antes da visita à RAEM, o campeonato onde participa o piloto de Macau Rodolfo Ávila tem quatro corridas agendadas para Zheijiang, de 3 a 6 de Novembro, para terminar no primeiro fim de semana de Dezembro em Xangai. Fim de linha para a WTCR Na passada sexta-feira, a Discovery Sports Events revelou em comunicado que irá estudar alterações de fundo à Taça do Mundo FIA de Carros de Turismo – WTCR para o futuro. A temporada de 2022 é a quinta do formato em curso e o seu final representa o fecho de um ciclo. Quer isto dizer que a WTCR, tal como a conhecíamos e vimos competir em Macau em 2018 e 2019, termina no fim de semana de 27 e 28 de Novembro na Arábia Saudita. A competição de carros de Turismo que nos últimos três anos quis, sem sucesso, realizar a sua prova de final de temporada no Circuito da Guia, está em fase decadente. O desinvestimento dos construtores e das equipas é notório, agravando-se com a saída abrupta do construtor chinês Lynk & Co, insatisfeito pela forma como o equilíbrio de performance estava a ser gerido pelos organizadores, a meio da temporada. Estes foram motivos suficientes para Discovery Sports Events não accionar a opção de renovar o contrato por mais três anos.
João Santos Filipe PolíticaGrande Prémio | Chan Hou Seng quer envolvimento de associações O deputado Chan Hou Seng considera que o Governo tem de elevar o Grande Prémio de Macau para um nível superior, de forma a atrair turistas do estrangeiro. Segundo o especialista em literatura chinesa, “o Grande Prémio é um evento indispensável para consolidar e aprofundar a transformação de Macau num Centro Mundial de Turismo e Lazer”, pelo que se deve “reunir os saberes de todos para superar as dificuldades [de organização], a fim de melhorar cada vez mais a organização das competições, e corresponder às expectativas da sociedade e aos interesses gerais de Macau”. Sobre o caminho para o futuro, Chan Hou Seng apontou que este deve passar pela aposta que vá além do desporto, no sentido de gerar receitas e criar condições para que as associações locais possam promover o evento. Por último, Chan Hou Seng sugeriu que seja realizada todos os anos uma prova de atletismo no Circuito de Guia e que a prova seja transformada num evento internacional.