China envia quase 6.000 médicos para Hubei para reforçar luta contra surto

[dropcap]A[/dropcap] China enviou quase 6.000 médicos de todo o país para a província de Hubei para reforçarem a luta contra o novo surto de coronavírus, disse hoje uma autoridade de saúde.

Um total de 4.130 médicos, integrados em 30 equipas, já chegaram e começaram a trabalhar, disse Jiao Yahui, um responsável da Comissão Nacional de Saúde, durante uma conferência de imprensa realizada em Pequim, acrescentando que mais 1.800 chegarão até o final do dia de hoje. As primeiras equipas foram enviadas da cidade de Xangai e da província de Guangdong na sexta-feira.

A China elevou hoje para 106 o número de mortos causados pelo coronavírus detetado em Wuhan, tendo sido detetados quase 1.300 novos casos, o que aumenta o balanço para mais de 4.000 infectados.

As autoridades de saúde da província central de Hubei, onde a epidemia começou, disseram que o vírus matou mais 24 pessoas e infectou 1.291, aumentando o número de pacientes confirmados para mais de 4.000 na China.

As autoridades de Pequim já tinham confirmado a primeira morte na capital chinesa de uma pessoa infectada pelo novo coronavírus (2019-nCoV), um homem de 50 anos que esteve na cidade de Wuhan, em 08 de janeiro.

Além do território continental da China, também foram reportados casos de infeção em Macau, Hong Kong, Taiwan, Tailândia, Japão, Coreia do Sul, Estados Unidos, Singapura, Vietname, Nepal, Malásia, França, Alemanha, Austrália e Canadá.

Alguns países, como Estados Unidos, França, Alemanha e Portugal estão a preparar com as autoridades chinesas a retirada dos seus cidadãos de Wuhan, onde também se encontram duas dezenas de portugueses. O Japão anunciou que vai enviar ainda hoje um avião para retirar cerca de 200 nacionais daquela cidade chinesa.

As autoridades chinesas admitiram que a capacidade de propagação do vírus se reforçou.

As pessoas infectadas podem transmitir a doença durante o período de incubação, que demora entre um dia e duas semanas, sem que o vírus seja detetado.

O Governo decidiu prolongar o período de férias do Ano Novo Lunar, que deveria terminar na quinta-feira, para tentar limitar a movimentação da população.

28 Jan 2020

Epidemia de Wuhan | Caso sob observação em Lisboa com resultado negativo

[dropcap]A[/dropcap] Direção-Geral da Saúde (DGS) informou hoje que o caso suspeito de infeção por novo coronavírus, em observação em Lisboa, foi negativo, após realização de análises.

“A Direção-Geral da Saúde (DGS) informa que o primeiro caso suspeito de infeção por novo Coronavírus (2019-nCoV) em Portugal foi negativo após realização de análises laboratoriais pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), com duas amostras biológicas negativas”, pode ler-se no comunicado hoje divulgado pela DGS.

Um homem regressado da China no sábado estava sob observação no Hospital Curry Cabral, em Lisboa, por suspeita de infeção pelo novo vírus detetado naquele país.

“A DGS mantém-se atenta e a acompanhar a situação, em articulação permanente com instituições/organizações nacionais e internacionais para adoção de medidas a nível nacional e em consonância com as recomendações que forem sendo emitidas” pela Organização Mundial de Saúde e pelo Centro Europeu de Controlo de Doenças (ECDC, na sigla em inglês), segundo o comunicado hoje divulgado.

A entidade dirigida por Graça Freitas afirma ainda que “já foi publicada no ‘site’ da DGS uma orientação sobre o novo Coronavírus (2019-nCoV), com os procedimentos a adotar pelos profissionais em caso de suspeita ou confirmação de caso de infeção”.

56 mortos na China

O número de mortos na China causado pelo novo coronovírus detetado em Wuhan, cidade de 11 milhões de habitantes e capital da província de Hubei, no centro do país, aumentou para 56, anunciou hoje a Comissão Nacional de Saúde chinesa. O balanço de infetados na China passou para 1.975 pessoas, das quais 324 estão em estado grave.

Além da China continental, há quase meia centena de infeções confirmadas em Macau, Hong Kong, Taiwan, Tailândia, Japão, Coreia do Sul, Estados Unidos, Singapura, Vietname, Nepal, Malásia, França, Austrália e Canadá.

O Centro Europeu de Controlo de Doenças (ECDC, na sigla em inglês) admitiu que a possibilidade de transmissão secundária no espaço da União Europeia é baixa, “desde que sejam cumpridas as práticas de prevenção e controlo de infeção relacionadas com um eventual caso importado”.

As autoridades chinesas alertaram que o país está no ponto “mais crítico” no que toca à prevenção e controlo do vírus, cancelaram as celebrações do Ano Lunar do Rato e colocaram em quarentena 13 cidades.

Os sintomas associados à infeção causada pelo coronavírus com o nome provisório de 2019-nCoV são mais intensos do que uma gripe e incluem febre, dor, mal-estar geral e dificuldades respiratórias, como falta de ar.

A DGS recomenda a quem viaje para a China medidas como “seguir as recomendações das autoridades de saúde do país”, “evitar contacto próximo com pessoas que apresentem sinais ou sintomas de infeções respiratórias graves”, “lavar frequentemente as mãos, especialmente após contacto com pessoas doentes”, “evitar contacto com animais” ou “adotar medidas de etiqueta respiratória”.

Apoios a portugueses em Wuhan

Uma fonte do gabinete da secretária de Estado das Comunidades Portuguesas, Berta Nunes, disse no sábado à Lusa que as autoridades portuguesas estão a cooperar com outros países europeus para reforçar o apoio aos cidadãos nacionais que se encontram em Wuhan e admitiu a possibilidade de serem retirados daquela cidade.

Um dos cenários, adiantou a mesma fonte, é o de retirar os portugueses daquela cidade, “se isso for viável à luz das regras de saúde pública”.

Duas dezenas de portugueses tinham sido referenciados na sexta-feira, pelo Governo, como residentes ou em visita a Wuhan, sendo que “14 pessoas estavam já registadas como residentes em Wuhan junto da embaixada de Portugal em Pequim”.

A embaixada tem remetido “para as recomendações formuladas no Portal das Comunidades Portuguesas”, cujo alerta recomenda aos viajantes que “reconsiderem a realização de deslocações não essenciais à China”.

26 Jan 2020

Epidemia de Wuhan | Caso sob observação em Lisboa com resultado negativo

[dropcap]A[/dropcap] Direção-Geral da Saúde (DGS) informou hoje que o caso suspeito de infeção por novo coronavírus, em observação em Lisboa, foi negativo, após realização de análises.
“A Direção-Geral da Saúde (DGS) informa que o primeiro caso suspeito de infeção por novo Coronavírus (2019-nCoV) em Portugal foi negativo após realização de análises laboratoriais pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), com duas amostras biológicas negativas”, pode ler-se no comunicado hoje divulgado pela DGS.
Um homem regressado da China no sábado estava sob observação no Hospital Curry Cabral, em Lisboa, por suspeita de infeção pelo novo vírus detetado naquele país.
“A DGS mantém-se atenta e a acompanhar a situação, em articulação permanente com instituições/organizações nacionais e internacionais para adoção de medidas a nível nacional e em consonância com as recomendações que forem sendo emitidas” pela Organização Mundial de Saúde e pelo Centro Europeu de Controlo de Doenças (ECDC, na sigla em inglês), segundo o comunicado hoje divulgado.
A entidade dirigida por Graça Freitas afirma ainda que “já foi publicada no ‘site’ da DGS uma orientação sobre o novo Coronavírus (2019-nCoV), com os procedimentos a adotar pelos profissionais em caso de suspeita ou confirmação de caso de infeção”.

56 mortos na China

O número de mortos na China causado pelo novo coronovírus detetado em Wuhan, cidade de 11 milhões de habitantes e capital da província de Hubei, no centro do país, aumentou para 56, anunciou hoje a Comissão Nacional de Saúde chinesa. O balanço de infetados na China passou para 1.975 pessoas, das quais 324 estão em estado grave.
Além da China continental, há quase meia centena de infeções confirmadas em Macau, Hong Kong, Taiwan, Tailândia, Japão, Coreia do Sul, Estados Unidos, Singapura, Vietname, Nepal, Malásia, França, Austrália e Canadá.
O Centro Europeu de Controlo de Doenças (ECDC, na sigla em inglês) admitiu que a possibilidade de transmissão secundária no espaço da União Europeia é baixa, “desde que sejam cumpridas as práticas de prevenção e controlo de infeção relacionadas com um eventual caso importado”.
As autoridades chinesas alertaram que o país está no ponto “mais crítico” no que toca à prevenção e controlo do vírus, cancelaram as celebrações do Ano Lunar do Rato e colocaram em quarentena 13 cidades.
Os sintomas associados à infeção causada pelo coronavírus com o nome provisório de 2019-nCoV são mais intensos do que uma gripe e incluem febre, dor, mal-estar geral e dificuldades respiratórias, como falta de ar.
A DGS recomenda a quem viaje para a China medidas como “seguir as recomendações das autoridades de saúde do país”, “evitar contacto próximo com pessoas que apresentem sinais ou sintomas de infeções respiratórias graves”, “lavar frequentemente as mãos, especialmente após contacto com pessoas doentes”, “evitar contacto com animais” ou “adotar medidas de etiqueta respiratória”.

Apoios a portugueses em Wuhan

Uma fonte do gabinete da secretária de Estado das Comunidades Portuguesas, Berta Nunes, disse no sábado à Lusa que as autoridades portuguesas estão a cooperar com outros países europeus para reforçar o apoio aos cidadãos nacionais que se encontram em Wuhan e admitiu a possibilidade de serem retirados daquela cidade.
Um dos cenários, adiantou a mesma fonte, é o de retirar os portugueses daquela cidade, “se isso for viável à luz das regras de saúde pública”.
Duas dezenas de portugueses tinham sido referenciados na sexta-feira, pelo Governo, como residentes ou em visita a Wuhan, sendo que “14 pessoas estavam já registadas como residentes em Wuhan junto da embaixada de Portugal em Pequim”.
A embaixada tem remetido “para as recomendações formuladas no Portal das Comunidades Portuguesas”, cujo alerta recomenda aos viajantes que “reconsiderem a realização de deslocações não essenciais à China”.

26 Jan 2020

China começa a desenvolver vacina contra o novo coronavírus

[dropcap]A[/dropcap] China começou a desenvolver uma vacina contra o novo coronavírus, que já provocou a morte a 56 pessoas e infectou 1.975 pessoas no país, informou hoje o jornal oficial do Partido Comunista Chinês (PCC).

De acordo com o jornal Diário do Povo, o cientista Xu Wenbo, do Centro de Prevenção e Controlo de Doenças, disse que este centro já se encontra desenvolver uma vacina contra o novo coronavírus “depois de isolar com sucesso a primeira estripe do vírus”.

A notícia chega numa altura em que a China está a expandir as de prevenção para a disseminação do vírus, como o encerramento do acesso à cidade de Shantou, no sudeste, ou a suspensão dos serviços de autocarro interprovinciais em Pequim, Tianjin, Xian e na província de shandong.

Além disso, Xangai, no leste do país e que ontem registou a sua primeira morte devido ao novo coronavírus, anunciou a suspensão da linha de comboio que liga o centro da cidade ao bairro de Anting, na fronteira com a província de Jiangsu.

A Comissão Nacional de Saúde da China tinha anunciado esta manhã (madrugada em Lisboa) que o número de mortos causado pelo coronavírus aumentou para 56, tendo sido registados 1.975 casos da doença no país. A comissão acrescentou que 324 pacientes estão em estado considerado grave.

As autoridades chinesas alertaram que o país está no ponto “mais crítico” no que toca à prevenção e controlo do vírus. Pelo menos 13 cidades chinesas foram colocadas em quarentena.

Os sintomas associados à infeção causada pelo novo coronavírus (denominado provisoriamente 2019-nCoV) são mais intensos do que uma gripe e incluem febre, dor, mal-estar geral e dificuldades respiratórias, incluindo falta de ar.

Além da China continental, foram confirmados três dezenas de casos de infeção em Macau, Hong Kong, Taiwan, Tailândia, Japão, Coreia do Sul, Estados Unidos, Singapura, Vietname, Nepal, Malásia, França, Austrália e Canadá.

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde reportou o primeiro caso suspeito de infeção de um homem que regressou de Wuhan no sábado, e que foi internado no Hospital Curry Cabral, em Lisboa, em situação estável.

O Centro Europeu de Controlo de Doenças (ECDC, na sigla em inglês) considerou baixa a possibilidade de transmissão secundária no espaço da União Europeia, “desde que sejam cumpridas as práticas de prevenção e controlo de infeção relacionadas com um eventual caso importado”.

26 Jan 2020

Lista de farmácias com máscaras para o Ano Novo Chinês

[dropcap]O[/dropcap] Governo criou um sistema alternativo de abastecimento de máscaras. Cada residente e TNR pode comprar 10 por cada 10 dias, com a apresentação do BIR e Blue Card. A lista de farmácias abertas durante os dias do Ano Novo Chinês é a seguinte:

 

1 – POPULAR (FONTE) – Largo do Senado n.º16-A, r/c e 1º Andar e Travessa da Misericórdia n.º3, r/c

Horário: 25/01-26/01 11:00~19:00

2 – NOVA CIDADE -Avenida de Artur Tamagnini Barbosa, Centro Comercial Jardim Nova Cidade, r/c, Loja IM1

Horário: 26/01-27/01 11:00~19:00

3 – FERNANDES – Rua Seis do Bairro Iao Hon, n.º 65, Edifício Kat Cheong, Bloco I, r/c

Horário: 26/01-27/01 11:00~19:00

4 – POPULAR (NAM SAN) – Estrada Governador Albano de Oliveira, Nam San, Bloco III n.ºs.300, 306, 308B e 308C, Lojas R, S, T e U, ambos r/c

Horário: 25/01-27/01 11:00~19:00

5 – POPULAR (BRILHANTISMO) – Rua Cidade de Coimbra n.º474,“J”e n.º478,“K”, Jardim Brilhantismo, ambos r/c com 1.ºandar

Horário: 25/01-27/01 10:00~18:00

6 – POPULAR (PORTAS DO CERCO) – Rua da Serenidade n.º120, Nam Fai (Bloco 1, Bloco 2),“X”, r/c com Sobreloja

Horário: 25/01 – 27/01 10:00~18:00

7 – WAN TUNG (PRIMEIRO SUCURSAL) – Istmo de Ferreira do Amaral n.º92, Choi Hong Un (Bloco I, II), r/c “I”e“PP”

Horário: 25/01-27/01 12:00-23:00

24 Jan 2020

Porto Interior | Ho Iat Seng apela ao Interior para não aconselhar viagens  

O terminal marítimo do Porto Interior voltou ontem a abrir portas numa altura em que Macau está em alerta máximo devido à epidemia oriunda de Wuhan. O Chefe do Executivo pediu às autoridades chinesas para não aconselhar viagens a pessoas que já possam exibir com sinais de doença

 
[dropcap]I[/dropcap]niciou-se ontem um novo capítulo na história das viagens transfronteiriças entre Macau e a China com a reabertura do terminal marítimo do Porto Interior, que vai fazer ligações de barco entre o Porto Interior e a Ilha da Lapa, em Zhuhai. Ontem, em conferência de imprensa, o Chefe do Executivo, Ho Iat Seng, pediu às autoridades chinesas para não aconselharem viagens para fora da China a quem já esteja com sinais de febre ou gripe.
“A China tem de sensibilizar a população para não sair em viagens longas ou mesmo curtas quando estiverem doentes”, começou por dizer. “Tenho a certeza que no novo posto fronteiriço temos equipamentos suficientes para a medição de temperatura e de controlo sanitário.”
Ho Iat Seng disse ainda que existe a possibilidade de serem colocados mais trabalhadores nos postos fronteiriços para efectuarem a medição de temperatura dos visitantes.
O Chefe do Executivo assegurou também que o Governo tem estado em estreita comunicação com as autoridades de Zhuhai. “Falei com as autoridades de Zhuhai no que respeita à prevenção e controlo desta doença para evitar um eventual surto. Zhuhai vai fazer a inspecção e medição de temperaturas nas saídas e entradas. Antes tínhamos medidas só de entrada, ou seja, era feita a medição de temperatura das pessoas que entram em Macau. Mas vamos começar a tomar as medidas necessárias medidas para a saída. Qualquer pessoa que saia de Macau também vai ter de sujeitar a medidas de controlo e prevenção.”

À espera de 50 mil

Ho Iat Seng deixou claro que é importante a abertura de um novo posto fronteiriço nesta altura para dividir as multidões por vários pontos de entrada no território.
“A abertura deste novo posto fronteiriço não era uma ideia de hoje, há vários meses que estava a ser preparada. O que se pretende é aliviar a pressão das Portas do Cerco em termos de circulação de pessoas.”
“As pessoas que querem vir a Macau vêm de qualquer forma, independentemente de abrirmos este posto fronteiriço ou não. Na verdade, quando há concentração de multidões, há mais possibilidade de transmitir doença, mas quando conseguimos descentralizar a multidão minimizamos os danos”, acrescentou o Chefe do Executivo.
Segundo noticiou ontem o canal chinês da TDM Rádio Macau, espera-se que pelo novo posto fronteiriço passem cerca de 50 mil pessoas durante os feriados do Ano Novo Chinês. As autoridades disseram ontem que qualquer caso que indicie a epidemia de Wuhan será enviado de imediato para a zona de quarentena.
Está também a ser pensada uma melhoria nas infra-estruturas para peões e ligações de transporte público, adiantou a mesma fonte. Com João Luz e Pedro Arede

24 Jan 2020

Porto Interior | Ho Iat Seng apela ao Interior para não aconselhar viagens  

O terminal marítimo do Porto Interior voltou ontem a abrir portas numa altura em que Macau está em alerta máximo devido à epidemia oriunda de Wuhan. O Chefe do Executivo pediu às autoridades chinesas para não aconselhar viagens a pessoas que já possam exibir com sinais de doença

 

[dropcap]I[/dropcap]niciou-se ontem um novo capítulo na história das viagens transfronteiriças entre Macau e a China com a reabertura do terminal marítimo do Porto Interior, que vai fazer ligações de barco entre o Porto Interior e a Ilha da Lapa, em Zhuhai. Ontem, em conferência de imprensa, o Chefe do Executivo, Ho Iat Seng, pediu às autoridades chinesas para não aconselharem viagens para fora da China a quem já esteja com sinais de febre ou gripe.

“A China tem de sensibilizar a população para não sair em viagens longas ou mesmo curtas quando estiverem doentes”, começou por dizer. “Tenho a certeza que no novo posto fronteiriço temos equipamentos suficientes para a medição de temperatura e de controlo sanitário.”

Ho Iat Seng disse ainda que existe a possibilidade de serem colocados mais trabalhadores nos postos fronteiriços para efectuarem a medição de temperatura dos visitantes.

O Chefe do Executivo assegurou também que o Governo tem estado em estreita comunicação com as autoridades de Zhuhai. “Falei com as autoridades de Zhuhai no que respeita à prevenção e controlo desta doença para evitar um eventual surto. Zhuhai vai fazer a inspecção e medição de temperaturas nas saídas e entradas. Antes tínhamos medidas só de entrada, ou seja, era feita a medição de temperatura das pessoas que entram em Macau. Mas vamos começar a tomar as medidas necessárias medidas para a saída. Qualquer pessoa que saia de Macau também vai ter de sujeitar a medidas de controlo e prevenção.”

À espera de 50 mil

Ho Iat Seng deixou claro que é importante a abertura de um novo posto fronteiriço nesta altura para dividir as multidões por vários pontos de entrada no território.

“A abertura deste novo posto fronteiriço não era uma ideia de hoje, há vários meses que estava a ser preparada. O que se pretende é aliviar a pressão das Portas do Cerco em termos de circulação de pessoas.”

“As pessoas que querem vir a Macau vêm de qualquer forma, independentemente de abrirmos este posto fronteiriço ou não. Na verdade, quando há concentração de multidões, há mais possibilidade de transmitir doença, mas quando conseguimos descentralizar a multidão minimizamos os danos”, acrescentou o Chefe do Executivo.

Segundo noticiou ontem o canal chinês da TDM Rádio Macau, espera-se que pelo novo posto fronteiriço passem cerca de 50 mil pessoas durante os feriados do Ano Novo Chinês. As autoridades disseram ontem que qualquer caso que indicie a epidemia de Wuhan será enviado de imediato para a zona de quarentena.

Está também a ser pensada uma melhoria nas infra-estruturas para peões e ligações de transporte público, adiantou a mesma fonte. Com João Luz e Pedro Arede

24 Jan 2020

Wuhan | Epidemia obrigam autoridades a isolar temporariamente a cidade

Wuhan está isolada, sem transportes públicos, ligações aéreas, ferries e outros meios de transportes. Autoridades esperam conter a propagação da pneumonia que nasceu na metrópole, um esforço que é aplaudido pela Organização Mundial de Saúde

 
[dropcap]I[/dropcap]magine o que seria fechar Londres ao exterior durante o Natal. A analogia assenta perfeitamente na dimensão do esforço que as autoridades chinesas estão a fazer ao tentar “encerrar” temporariamente Wuhan, uma cidade com mais de 11 milhões de pessoas e do tamanho de Londres, em plena época de Ano Novo Chinês.
Desde ontem, todos os voos e serviços ferroviários para e de Wuhan foram interrompidos. O mesmo aconteceu com os transportes públicos da cidade, autocarros, metropolitano e ferries encerraram às 10h de ontem.
A falta de meias de circulação transformou a capital de Hubei numa cidade fantasma, com tendas e hospitais de campanha armados num cenário apocalíptico.
O centro de comando especial que está a gerir a resposta à epidemia em Wuhan afirmou em comunicado que as medidas de fechar a cidade temporariamente têm como objectivo “conter com resolução a dinâmica de propagação da epidemia”.
Os residentes de Wuhan foram aconselhados a evitar multidões e encontros em locais públicos.
De acordo com a agência oficial Xinhua, as atracções turísticas e os hotéis da cidade foram instruídas no sentido de suspender todas as actividades de larga-escala, enquanto foi exigido a bibliotecas, museus e teatros o cancelamento de exposições e espectáculos. Como tal, a cerimónia de bênção do Ano Novo Lunar no Templo de Guiyuan, que no ano passado atraiu 700 mil pessoas, foi cancelado este ano.
A realidade no terreno levou a outro tipo de actividade viral: a partilha em massa do hashtag “Wuhan isolada” no Weibo. Um dos internautas, citado pela BBC, referiu estar preocupado quanto ao acesso a comida e desinfectante, algo que o fez sentir “como se estivesse a testemunhar o fim do mundo”. Outro internauta citado pela BBC confessou ter ficado “à beira das lágrimas” quando as autoridades chinesas anunciaram o encerramento da cidade.
As autoridades chinesas referiram ontem que estavam no “momento mais crítico” em termos de prevenção e controlo. “Basicamente, não vão para Wuhan. Quanto aos que estão em Wuhan, por favor, não saiam da cidade”, avisou Li Bin, vice-ministro da Comissão Nacional de Saúde.

Exotismo perigoso

Uma equipa de cientistas descobriu um emparelhamento quase perfeito entre o código genético e o padrão genético encontrado em duas espécies de cobras, ambas comuns no sul da China. Pode ter sido esse o salto entre espécies que levou ao surto do coronavírus.
Um estudo publicado no Journal of Medical Virology, na passada quarta-feira, de autoria de uma equipa de investigadores de Pequim, Nanning, Ningbo e Wuhan reconstruiu a estrutura física do vírus. A partir dessa informação, uma coincidência faltou à vista: um misterioso pico de uma proteína que é habitualmente usada por vírus para reconhecer e agarrar a superfície de uma célula anfitriã, mas o seu padrão no coronavírus nunca havia sido visto antes.
Entretanto, um professor chinês radicado na Alemanha estimou que o pico das mortes deverá acontecer em Março, tendo como base o ritmo de propagação da SARS.
 

Três cidades bloqueadas

As autoridades chinesas proibiram ontem entradas e saídas de uma segunda cidade chinesa, visando conter a epidemia de um novo tipo de coronavírus. As ligações ferroviárias a Huanggang, cidade com 7,5 milhões de pessoas, e situada a 70 quilómetros a leste de Wuhan, ficam interrompidas por período indeterminado, informaram as autoridades locais. O Governo chinês tinha já ontem anunciado a suspensão de todos os voos e viagens de comboio de e para Wuhan, onde o vírus foi inicialmente reportado, no mês passado. Entretanto, foram também proibidas as entradas e saídas da cidade de Ezhou, perto de Wuhan. As ligações ferroviárias a Ezhou, cidade com cerca de um milhão de pessoas, ficam interrompidas durante período indeterminado.

24 Jan 2020

Wuhan | Epidemia obrigam autoridades a isolar temporariamente a cidade

Wuhan está isolada, sem transportes públicos, ligações aéreas, ferries e outros meios de transportes. Autoridades esperam conter a propagação da pneumonia que nasceu na metrópole, um esforço que é aplaudido pela Organização Mundial de Saúde

 

[dropcap]I[/dropcap]magine o que seria fechar Londres ao exterior durante o Natal. A analogia assenta perfeitamente na dimensão do esforço que as autoridades chinesas estão a fazer ao tentar “encerrar” temporariamente Wuhan, uma cidade com mais de 11 milhões de pessoas e do tamanho de Londres, em plena época de Ano Novo Chinês.

Desde ontem, todos os voos e serviços ferroviários para e de Wuhan foram interrompidos. O mesmo aconteceu com os transportes públicos da cidade, autocarros, metropolitano e ferries encerraram às 10h de ontem.

A falta de meias de circulação transformou a capital de Hubei numa cidade fantasma, com tendas e hospitais de campanha armados num cenário apocalíptico.

O centro de comando especial que está a gerir a resposta à epidemia em Wuhan afirmou em comunicado que as medidas de fechar a cidade temporariamente têm como objectivo “conter com resolução a dinâmica de propagação da epidemia”.

Os residentes de Wuhan foram aconselhados a evitar multidões e encontros em locais públicos.
De acordo com a agência oficial Xinhua, as atracções turísticas e os hotéis da cidade foram instruídas no sentido de suspender todas as actividades de larga-escala, enquanto foi exigido a bibliotecas, museus e teatros o cancelamento de exposições e espectáculos. Como tal, a cerimónia de bênção do Ano Novo Lunar no Templo de Guiyuan, que no ano passado atraiu 700 mil pessoas, foi cancelado este ano.

A realidade no terreno levou a outro tipo de actividade viral: a partilha em massa do hashtag “Wuhan isolada” no Weibo. Um dos internautas, citado pela BBC, referiu estar preocupado quanto ao acesso a comida e desinfectante, algo que o fez sentir “como se estivesse a testemunhar o fim do mundo”. Outro internauta citado pela BBC confessou ter ficado “à beira das lágrimas” quando as autoridades chinesas anunciaram o encerramento da cidade.

As autoridades chinesas referiram ontem que estavam no “momento mais crítico” em termos de prevenção e controlo. “Basicamente, não vão para Wuhan. Quanto aos que estão em Wuhan, por favor, não saiam da cidade”, avisou Li Bin, vice-ministro da Comissão Nacional de Saúde.

Exotismo perigoso

Uma equipa de cientistas descobriu um emparelhamento quase perfeito entre o código genético e o padrão genético encontrado em duas espécies de cobras, ambas comuns no sul da China. Pode ter sido esse o salto entre espécies que levou ao surto do coronavírus.

Um estudo publicado no Journal of Medical Virology, na passada quarta-feira, de autoria de uma equipa de investigadores de Pequim, Nanning, Ningbo e Wuhan reconstruiu a estrutura física do vírus. A partir dessa informação, uma coincidência faltou à vista: um misterioso pico de uma proteína que é habitualmente usada por vírus para reconhecer e agarrar a superfície de uma célula anfitriã, mas o seu padrão no coronavírus nunca havia sido visto antes.

Entretanto, um professor chinês radicado na Alemanha estimou que o pico das mortes deverá acontecer em Março, tendo como base o ritmo de propagação da SARS.

 

Três cidades bloqueadas

As autoridades chinesas proibiram ontem entradas e saídas de uma segunda cidade chinesa, visando conter a epidemia de um novo tipo de coronavírus. As ligações ferroviárias a Huanggang, cidade com 7,5 milhões de pessoas, e situada a 70 quilómetros a leste de Wuhan, ficam interrompidas por período indeterminado, informaram as autoridades locais. O Governo chinês tinha já ontem anunciado a suspensão de todos os voos e viagens de comboio de e para Wuhan, onde o vírus foi inicialmente reportado, no mês passado. Entretanto, foram também proibidas as entradas e saídas da cidade de Ezhou, perto de Wuhan. As ligações ferroviárias a Ezhou, cidade com cerca de um milhão de pessoas, ficam interrompidas durante período indeterminado.

24 Jan 2020

Epidemia | Governo recua e disponibiliza máscaras para trabalhadores não residentes

[dropcap]A[/dropcap]s máscaras encomendadas pelo Governo estão à venda nas farmácias seleccionadas desde ontem à tarde e podem ser adquiridas pelo preço de oito patacas por cada caixa de 10 unidades. Ao contrário do que tinha sido anunciado na quarta-feira, houve um recuo do Executivo e além dos residentes vai ser igualmente permitido aos trabalhadores não-residentes ter acesso a estes produtos fora do mercado convencional.
“Após anunciarmos a medida fizemos uma análise e considerámos que os trabalhadores não-residentes também trabalham em Macau e devem ter acesso às máscaras nestas farmácias convencionais. É uma medida para garantir que podem comprar máscaras ao preço do custo”, afirmou Leong Iek Hou, Núcleo de Prevenção de Doenças Infecciosas e Vigilância de Doença.
Para adquirirem máscaras nas farmácias seleccionadas, cujos produtos são fornecidos pelo Governo e vendidos ao preço do custo, os residentes têm de apresentar Bilhete de Identidade de Residente (BIR) e podem comprar uma caixa com 10 máscara a cada dez dias. Os TNR têm o mesmo limite na compra de máscaras e têm de apresentar o cartão de TNR, conhecido como ‘Blue Card’.

Importadas do estrangeiro

Durante o dia de ontem, terão chegado a Macau cerca de 3 milhões de máscaras e nos próximos dias vão chegar as restantes até atingirem os 20 milhões. Ho Iat Seng revelou que os produtos foram importados do estrangeiro, uma vez que as máscaras individuais estão esgotadas nas fábricas do Interior. O líder do Governo prometeu também que as autoridades estão prontas para comprar as máscaras no exterior, independentemente dos preços praticados serem mais elevados.
Contudo, Ho Iat Seng negou que a situação e o esgotamento do produto na China seja um problema: “Não há qualquer problema de fornecimento de máscaras”, sublinhou.
Também ao longo do dia de ontem, o Executivo focou-se em desmentir várias informações que circulavam online. Um dos rumores em causa garantia que os cidadãos não precisariam de comprar as máscaras, porque seriam distribuídas pelo Executivo de forma gratuita. “O Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus vem desmentir os rumores, que circulam na sociedade local, de que os Serviços de Saúde (SSM) irão distribuir gratuitamente máscaras aos residentes”, foi clarificado, num comunicado emitido ainda durante a manhã de ontem.
Na mensagem foi ainda deixado o apelo para os cidadãos não entrarem em pânico: “Os SSM acreditam que o lançamento do referido plano [de venda de máscara], irá permitir aliviar, de forma efectiva, a situação de compra de máscaras no mercado e, por isso, os residentes de Macau não precisam de entrar em pânico ou iniciar uma corrida às farmácias”, consta no documento.

24 Jan 2020

Epidemia | Governo recua e disponibiliza máscaras para trabalhadores não residentes

[dropcap]A[/dropcap]s máscaras encomendadas pelo Governo estão à venda nas farmácias seleccionadas desde ontem à tarde e podem ser adquiridas pelo preço de oito patacas por cada caixa de 10 unidades. Ao contrário do que tinha sido anunciado na quarta-feira, houve um recuo do Executivo e além dos residentes vai ser igualmente permitido aos trabalhadores não-residentes ter acesso a estes produtos fora do mercado convencional.

“Após anunciarmos a medida fizemos uma análise e considerámos que os trabalhadores não-residentes também trabalham em Macau e devem ter acesso às máscaras nestas farmácias convencionais. É uma medida para garantir que podem comprar máscaras ao preço do custo”, afirmou Leong Iek Hou, Núcleo de Prevenção de Doenças Infecciosas e Vigilância de Doença.

Para adquirirem máscaras nas farmácias seleccionadas, cujos produtos são fornecidos pelo Governo e vendidos ao preço do custo, os residentes têm de apresentar Bilhete de Identidade de Residente (BIR) e podem comprar uma caixa com 10 máscara a cada dez dias. Os TNR têm o mesmo limite na compra de máscaras e têm de apresentar o cartão de TNR, conhecido como ‘Blue Card’.

Importadas do estrangeiro

Durante o dia de ontem, terão chegado a Macau cerca de 3 milhões de máscaras e nos próximos dias vão chegar as restantes até atingirem os 20 milhões. Ho Iat Seng revelou que os produtos foram importados do estrangeiro, uma vez que as máscaras individuais estão esgotadas nas fábricas do Interior. O líder do Governo prometeu também que as autoridades estão prontas para comprar as máscaras no exterior, independentemente dos preços praticados serem mais elevados.

Contudo, Ho Iat Seng negou que a situação e o esgotamento do produto na China seja um problema: “Não há qualquer problema de fornecimento de máscaras”, sublinhou.

Também ao longo do dia de ontem, o Executivo focou-se em desmentir várias informações que circulavam online. Um dos rumores em causa garantia que os cidadãos não precisariam de comprar as máscaras, porque seriam distribuídas pelo Executivo de forma gratuita. “O Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus vem desmentir os rumores, que circulam na sociedade local, de que os Serviços de Saúde (SSM) irão distribuir gratuitamente máscaras aos residentes”, foi clarificado, num comunicado emitido ainda durante a manhã de ontem.

Na mensagem foi ainda deixado o apelo para os cidadãos não entrarem em pânico: “Os SSM acreditam que o lançamento do referido plano [de venda de máscara], irá permitir aliviar, de forma efectiva, a situação de compra de máscaras no mercado e, por isso, os residentes de Macau não precisam de entrar em pânico ou iniciar uma corrida às farmácias”, consta no documento.

24 Jan 2020

Epidemia de Wuhan | Casinos podem fechar

[dropcap]H[/dropcap]o Iat Seng admitiu ontem que os casinos podem ser obrigados a fechar caso a situação de contágio se agrave em Macau, devido ao coronavírus de Wuhan.

“Se a situação se agravar não afastamos a possibilidade de encerrar a actividade nos casinos, pois nesse caso nem deve haver pessoas [para jogar]”, explicou o Chefe do Executivo por ocasião de uma conferência de imprensa que teve lugar ontem na Sede do Governo.

Recorde-se que na passada quarta-feira, dia em que foi diagnosticado o primeiro caso em Macau, foi determinado o uso obrigatório de máscara de protecção respiratória por todos os trabalhadores dos casinos durante o horário de trabalho.

24 Jan 2020

Epidemia de Wuhan | Casinos podem fechar

[dropcap]H[/dropcap]o Iat Seng admitiu ontem que os casinos podem ser obrigados a fechar caso a situação de contágio se agrave em Macau, devido ao coronavírus de Wuhan.
“Se a situação se agravar não afastamos a possibilidade de encerrar a actividade nos casinos, pois nesse caso nem deve haver pessoas [para jogar]”, explicou o Chefe do Executivo por ocasião de uma conferência de imprensa que teve lugar ontem na Sede do Governo.
Recorde-se que na passada quarta-feira, dia em que foi diagnosticado o primeiro caso em Macau, foi determinado o uso obrigatório de máscara de protecção respiratória por todos os trabalhadores dos casinos durante o horário de trabalho.

24 Jan 2020

Wuhan | OMS decide adiar decisão de declarar epidemia mundial

O Comité de Emergência da Organização Mundial de Saúde decidiu adiar a decisão de declarar a epidemia oriunda de Wuhan como sendo de emergência de saúde pública internacional. UE equaciona medidas de prevenção

Com Lusa 

 

[dropcap]A[/dropcap] Organização Mundial de Saúde (OMS) decidiu adiar a decisão de declarar o surto de um novo coronavírus oriundo de Wuhan como emergência de saúde pública internacional. De acordo com o South China Morning Post, o adiamento deve-se ao facto da Organização das Nações Unidas (ONU) estar ainda a aguardar mais informações por parte das autoridades chinesas sobre uma epidemia que já matou 17 pessoas na China e se propagou a outros países asiáticos, incluindo Macau.

“A decisão de declarar ou não emergência de saúde pública internacional é algo que faço de forma extremamente séria e só estou preparado para fazer essa consideração com o acesso a todas as provas”, adiantou o director-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, depois da reunião do Comité de Emergência em Genebra.

“A nossa equipa está no terreno, na China, a trabalhar e a comunicar com especialistas e autoridades locais para investigar o caso e para termos acesso a mais informações”, adiantou.

UE equaciona medidas

A Comissão Europeia disse ontem estar a acompanhar, “de forma bastante próxima”, a evolução do coronavírus chinês, garantindo estar pronta para adoptar medidas preventivas para evitar o contágio na União Europeia (UE).

“A Comissão está a acompanhar a situação de forma bastante próxima e continuamos a coordenar as medidas que podem ser necessárias a nível da UE”, declarou o porta-voz do executivo comunitário Stefan de Keersmaecker em Bruxelas.

De acordo com o responsável, “a Comissão está pronta para tomar as precauções que se verificarem necessárias para cumprir as recomendações da OMS adoptadas na reunião [de ontem]” daquela entidade.

Stefan de Keersmaecker precisou que, ontem de manhã, a comissária europeia para a Saúde, Stella Kyriakides, conversou com o director-geral da OMS e com os com os ministros da Saúde de França e de Itália sobre este vírus. Acresce que, segundo este porta-voz, estão a ser realizadas reuniões internas sobre o assunto na Comissão Europeia.

“Ontem [quarta-feira], a Comissão promoveu uma segunda reunião do comité de saúde pública, que discutiu o nível de risco e as potenciais consequências para a UE”, exemplificou Stefan de Keersmaecker.

O vírus está ainda a ser monitorizado pelo Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças, organismo europeu que identifica ameaças para a saúde e que já “aumentou o risco de este vírus entrar na UE de baixo para moderado”, adiantou o porta-voz, explicando que isso se deveu ao risco de contágio de pessoa para pessoa.

23 Jan 2020

Wuhan | OMS decide adiar decisão de declarar epidemia mundial

O Comité de Emergência da Organização Mundial de Saúde decidiu adiar a decisão de declarar a epidemia oriunda de Wuhan como sendo de emergência de saúde pública internacional. UE equaciona medidas de prevenção

Com Lusa 
 
[dropcap]A[/dropcap] Organização Mundial de Saúde (OMS) decidiu adiar a decisão de declarar o surto de um novo coronavírus oriundo de Wuhan como emergência de saúde pública internacional. De acordo com o South China Morning Post, o adiamento deve-se ao facto da Organização das Nações Unidas (ONU) estar ainda a aguardar mais informações por parte das autoridades chinesas sobre uma epidemia que já matou 17 pessoas na China e se propagou a outros países asiáticos, incluindo Macau.
“A decisão de declarar ou não emergência de saúde pública internacional é algo que faço de forma extremamente séria e só estou preparado para fazer essa consideração com o acesso a todas as provas”, adiantou o director-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, depois da reunião do Comité de Emergência em Genebra.
“A nossa equipa está no terreno, na China, a trabalhar e a comunicar com especialistas e autoridades locais para investigar o caso e para termos acesso a mais informações”, adiantou.

UE equaciona medidas

A Comissão Europeia disse ontem estar a acompanhar, “de forma bastante próxima”, a evolução do coronavírus chinês, garantindo estar pronta para adoptar medidas preventivas para evitar o contágio na União Europeia (UE).
“A Comissão está a acompanhar a situação de forma bastante próxima e continuamos a coordenar as medidas que podem ser necessárias a nível da UE”, declarou o porta-voz do executivo comunitário Stefan de Keersmaecker em Bruxelas.
De acordo com o responsável, “a Comissão está pronta para tomar as precauções que se verificarem necessárias para cumprir as recomendações da OMS adoptadas na reunião [de ontem]” daquela entidade.
Stefan de Keersmaecker precisou que, ontem de manhã, a comissária europeia para a Saúde, Stella Kyriakides, conversou com o director-geral da OMS e com os com os ministros da Saúde de França e de Itália sobre este vírus. Acresce que, segundo este porta-voz, estão a ser realizadas reuniões internas sobre o assunto na Comissão Europeia.
“Ontem [quarta-feira], a Comissão promoveu uma segunda reunião do comité de saúde pública, que discutiu o nível de risco e as potenciais consequências para a UE”, exemplificou Stefan de Keersmaecker.
O vírus está ainda a ser monitorizado pelo Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças, organismo europeu que identifica ameaças para a saúde e que já “aumentou o risco de este vírus entrar na UE de baixo para moderado”, adiantou o porta-voz, explicando que isso se deveu ao risco de contágio de pessoa para pessoa.

23 Jan 2020

Epidemia de Wuhan | China bloqueia entradas e saídas numa segunda cidade para conter propagação

[dropcap]A[/dropcap]s autoridades chinesas proibiram hoje entradas e saídas de uma segunda cidade chinesa, visando conter a epidemia de um novo tipo de coronavírus originário na cidade vizinha de Wuhan, no centro do país. As ligações ferroviárias a Huanggang, cidade com 7,5 milhões de pessoas, e situada a 70 quilómetros a leste de Wuhan, ficam interrompidas por período indeterminado, informaram as autoridades locais.

O Governo chinês tinha já hoje anunciado a suspensão de todos os voos e viagens de comboio de e para Wuhan, onde o vírus foi inicialmente reportado, no mês passado.

As autoridades consideram que o país está no ponto “mais crítico” no que toca à prevenção e controlo do vírus. Há 571 pessoas infectadas só no território continental chinês e foram já detetados casos no Japão, Tailândia, Taiwan, Hong Kong, Coreia do Sul, Estados Unidos e Macau. Ficou ainda comprovado que o vírus se transmite sobretudo através das vias respiratórias.

“Já há casos de transmissão e infeção entre seres humanos e funcionários de saúde infectados”, disse Li Bin, vice-director da Comissão Nacional de Saúde da China, em conferência de imprensa.

“As evidências demonstram que a doença foi transmitida por via respiratória e existe a possibilidade de uma mutação do vírus”, detalhou.

Há pelo menos 15 médicos em Wuhan infectados depois de terem estado em contacto com pacientes. Os serviços de saúde chineses estão a acompanhar 5.897 pessoas que mantiveram contacto próximo com os pacientes infectados.

O Comité de Emergência da Organização Mundial de Saúde (OMS) esteve reunida em Genebra, na Suíça, para analisar a hipótese de se declarar emergência de saúde pública internacional e determinar que recomendações serão feitas para controlar o coronavírus. Mas decidiu não fazer essa declaração e esperar para observar a evolução do vírus.

Os casos alimentam receios sobre uma potencial epidemia, semelhante à da pneumonia atípica, ou Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), que entre 2002 e 2003 matou 650 pessoas na China continental e em Hong Kong.

As autoridades disseram que ainda é cedo para comparar o novo vírus com o SARS ou o MERS, ou síndrome respiratória do Médio Oriente, em termos da sua capacidade letal.

23 Jan 2020

Epidemia de Wuhan | China bloqueia entradas e saídas numa segunda cidade para conter propagação

[dropcap]A[/dropcap]s autoridades chinesas proibiram hoje entradas e saídas de uma segunda cidade chinesa, visando conter a epidemia de um novo tipo de coronavírus originário na cidade vizinha de Wuhan, no centro do país. As ligações ferroviárias a Huanggang, cidade com 7,5 milhões de pessoas, e situada a 70 quilómetros a leste de Wuhan, ficam interrompidas por período indeterminado, informaram as autoridades locais.
O Governo chinês tinha já hoje anunciado a suspensão de todos os voos e viagens de comboio de e para Wuhan, onde o vírus foi inicialmente reportado, no mês passado.
As autoridades consideram que o país está no ponto “mais crítico” no que toca à prevenção e controlo do vírus. Há 571 pessoas infectadas só no território continental chinês e foram já detetados casos no Japão, Tailândia, Taiwan, Hong Kong, Coreia do Sul, Estados Unidos e Macau. Ficou ainda comprovado que o vírus se transmite sobretudo através das vias respiratórias.
“Já há casos de transmissão e infeção entre seres humanos e funcionários de saúde infectados”, disse Li Bin, vice-director da Comissão Nacional de Saúde da China, em conferência de imprensa.
“As evidências demonstram que a doença foi transmitida por via respiratória e existe a possibilidade de uma mutação do vírus”, detalhou.
Há pelo menos 15 médicos em Wuhan infectados depois de terem estado em contacto com pacientes. Os serviços de saúde chineses estão a acompanhar 5.897 pessoas que mantiveram contacto próximo com os pacientes infectados.
O Comité de Emergência da Organização Mundial de Saúde (OMS) esteve reunida em Genebra, na Suíça, para analisar a hipótese de se declarar emergência de saúde pública internacional e determinar que recomendações serão feitas para controlar o coronavírus. Mas decidiu não fazer essa declaração e esperar para observar a evolução do vírus.
Os casos alimentam receios sobre uma potencial epidemia, semelhante à da pneumonia atípica, ou Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), que entre 2002 e 2003 matou 650 pessoas na China continental e em Hong Kong.
As autoridades disseram que ainda é cedo para comparar o novo vírus com o SARS ou o MERS, ou síndrome respiratória do Médio Oriente, em termos da sua capacidade letal.

23 Jan 2020

Epidemia | Número de mortes na China sobe para 17, e de infectados para 541

O número de mortes causadas pelo novo tipo de pneumonia na China subiu ontem para 17, enquanto o número total de infectados é já superior a 550. A Comissão Nacional de Saúde apelou à população para evitar multidões e encontros em espaços públicos, em plena época do Ano Novo Chinês

 

[dropcap]O[/dropcap] número de casos aumentou rapidamente desde que a nova pneumonia foi detectada no mês passado em Wuhan, no centro da China. Ao fim da manhã de ontem, o total de casos confirmados era de 471, em 13 jurisdições do país, anunciados pelo vice-director da Comissão Nacional de Saúde, Li Bin.

Nove pessoas tinham falecido, todas na província de Hubei, cuja capital é Wuhan. No total, com o registo de infectados fora da China continental, o número ascendia a 481. No entanto, à hora do fecho da edição, os números já tinham disparado para 17 mortos e 541 infectados no Interior da China, num total de 552 infectados.

“Já há casos de transmissão e infecção entre seres humanos e funcionários de saúde infectados”, disse Li, em conferência de imprensa. “As evidências demonstram que a doença foi transmitida por via respiratória e existe a possibilidade de uma mutação do vírus”, detalhou.

As autoridades disseram que ainda é cedo para comparar o novo vírus com o SARS ou o MERS, ou síndrome respiratória do Médio Oriente, em termos da sua capacidade letal. “Ainda estamos no processo de aprender mais sobre esta doença”, disse Gao Fu, um académico da Academia Chinesa de Ciências e chefe do Centro Chinês de Controle de Doenças, na mesma conferência de imprensa. Os casos alimentaram receios sobre uma potencial epidemia, semelhante à da pneumonia atípica, ou Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), que entre 2002 e 2003 matou 650 pessoas na China continental e em Hong Kong.

Gao disse que as autoridades estão a trabalhar no pressuposto de que o surto resultou da exposição humana a animais selvagens que eram comercializados ilegalmente no mercado de alimentos em Wuhan. Importa referir que Wuhan é uma megametrópole, com mais de 11 milhões de habitantes, e um importante centro de transporte doméstico e internacional.

Não se sabe o quão contagioso é o vírus, mas a transmissão de pessoa para pessoa pode permitir que se espalhe rapidamente.

A Comissão Nacional de Saúde da China alertou que o novo tipo de coronavírus, uma espécie de vírus que causa infecções respiratórias em seres humanos e animais, “pode espalhar-se mais facilmente”.

Foram ainda anunciadas medidas para conter a doença, incluindo desinfecção dos sistemas de ventilação de aeroportos, estações e centros comerciais. “Se for necessário, serão também realizados controlos de temperatura em áreas-chave e locais movimentados”, esclareceu a Comissão, em comunicado.

Dentro e fora

As autoridades de Hong Kong confirmaram ontem o primeiro infectado na região. O doente é um turista chinês residente em Wuhan, que entrou em Hong Kong através do comboio de alta velocidade na noite de terça-feira. À chegada ao terminal ferroviário de West Kowloon o turista acusou febre. De seguida, foi transferido para o Hospital Queen Elizabeth onde o teste ao vírus deu positivo.

De acordo com o South China Morning Post, a MTR confirmou que o mesmo comboio já tinha partido de regresso à China com passageiros, antes de ser notificada pelas autoridades de saúde de Hong Kong.

Segundo a empresa de transportes, as autoridades relevantes na China foram notificadas para limpar e desinfectar o lugar e a carruagem onde o paciente seguiu, assim como espaços adjacentes.

Fora da China continental, foram confirmados casos do novo coronavírus entre viajantes chineses na Coreia do Sul, Japão, Tailândia, Taiwan e Estados Unidos todos também oriundos de Wuhan. Vários países com ligações aéreas directas ou indirectas a Wuhan estão a efectuar verificações sistemáticas de passageiros de voos oriundos de áreas consideradas de risco.

A um doente no Estado de Washington foi diagnosticado o primeiro caso confirmado nos Estados Unidos da doença. A pessoa afectada foi hospitalizada na semana passada e permanece “muito doente” numa unidade de Seattle, a capital deste Estado do nordeste dos EUA, após ter viajado recentemente à cidade chinesa de Wuhan onde teve origem o surto epidémico, referiram os ‘media’ locais.

À procura de espaço

O Centro Europeu de Controlo de Doenças afirmou ontem que está confirmada a transmissão pessoa a pessoa da pneumonia de Wuhan. O organismo europeu (ECDC, na sigla inglesa) acrescenta que ainda é necessária informação adicional para avaliar de modo completo as formas de transmissão deste novo coronavírus, numa publicação no seu ‘site’.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que “a fonte primária mais provável” de transmissão é animal, tendo os primeiros casos surgido em pessoas que contactaram com um mercado de pescado na cidade chinesa de Wuhan. Contudo, o vírus assume “transmissão limitada entre seres humanos através de contacto próximo”.

Quinze funcionários hospitalares também apresentaram teste positivo para o vírus, anunciou a Comissão Municipal de Saúde de Wuhan. A comissão tinha dito, na semana passada, que nenhum dos funcionários que teve contacto próximo com os pacientes tinha sido infectado.

As autoridades chinesas apelaram ontem à população para que evite multidões e encontros em espaços públicos, alertando que uma nova doença viral se pode alastrar ainda mais. O surto surge numa altura em que milhões de chineses viajam, por ocasião do Ano Novo Lunar, a principal festa das famílias chinesas, equivalente ao natal nos países ocidentais. Segundo o ministério chinês dos Transportes, a China deve registar um total de três mil milhões de viagens internas durante os próximos 40 dias.

Política viral

A Presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, pediu às autoridades chinesas que divulguem toda a informação sobre o surto de uma nova pneumonia viral e que trabalhem com Taipé para conter a propagação.

“Quero especialmente pedir à China, como país membro da comunidade internacional, que cumpra as suas responsabilidades e seja transparente sobre os desenvolvimentos do surto, e que compartilhe informações precisas com Taiwan”, afirmou Tsai, em conferência de imprensa.

No entanto, por insistência de Pequim, Taiwan não é membro da Organização Mundial da Saúde e não pode participar de nenhuma das reuniões daquela organização. O Centro de Controlo de Doenças de Taiwan revelou anteriormente que foi notificado, no dia 15 de Janeiro, pela sua contraparte chinesa, sobre o surto. O órgão também enviou dois especialistas a Wuhan para visitar unidades de saúde, visando compreender melhor a doença.

A ilha confirmou já um caso de infecção com o vírus. Trata-se de uma empresária, que reside em Taiwan, mas que voltou recentemente de uma viagem a Wuhan.

“Partilhar informação também é importante para a saúde da população chinesa e Pequim não deve colocar questões políticas acima da protecção do seu próprio povo”, apontou Tsai.

“Quero reiterar que Taiwan é membro da sociedade internacional. Os seus 23 milhões de habitantes, como as pessoas de todos os cantos do mundo, estão a enfrentar uma ameaça à sua saúde”, afirmou.

Em Pequim, o porta-voz do ministério chinês dos Negócios Estrangeiros Geng Shuang disse que os especialistas de Taiwan visitaram Wuhan a pedido de Taipé, entre os dias 13 e 14 de Janeiro, e mantiveram trocas com os colegas locais. “Ninguém se preocupa mais com o bem-estar dos compatriotas de Taiwan do que o Governo central chinês”, defendeu Geng.

Cisne negro

Há um ano, Xi Jinping deixou o alerta para a necessidade de Pequim se preparar para “rinocerontes cinzentos”, referindo-se a riscos económicos, e “cisnes negros”, que serão situações inesperadas. Ao longo do ano passado, a guerra comercial com os Estados Unidos e a turbulência em Hong Kong foram rotuladas por académicos como os “cisnes negros” de 2019.

“Um cisne negro surge sempre sem ser convidado”, escreveu no Weibo Guan Qingyou, um economista citado pelo South China Morning Post, com os seus seguidores a discutiram o nível de impacto que a pneumonia de Wuhan pode representar para a economia chinesa. Houve mesmo quem sugerisse que a epidemia poderia ter um efeito maior do que a guerra comercial.

Por exemplo, as reservas de viagens para Wuhan são grátis em plataformas como a Trip.com, Fliggy, Meituan Dianping e Qunar.com. Além disso, vão ser disponibilizados reembolsos a pessoas que foram sujeitas a quarentena ou a quem tenha sido diagnosticado o vírus.

Também o gasto dos consumidores em entretenimento e turismo durante o Ano Novo Lunar, que começa amanhã, deve sofrer uma quebra à medida que as preocupações do público aumentarem.

Os principais focos de abrandamento de consumo devem sentir-se com maior intensidade nas principais cidades onde já foram confirmados casos de infecção, como Pequim, Xangai e Shenzhen. Com Lusa 

23 Jan 2020

Epidemia | Número de mortes na China sobe para 17, e de infectados para 541

O número de mortes causadas pelo novo tipo de pneumonia na China subiu ontem para 17, enquanto o número total de infectados é já superior a 550. A Comissão Nacional de Saúde apelou à população para evitar multidões e encontros em espaços públicos, em plena época do Ano Novo Chinês

 
[dropcap]O[/dropcap] número de casos aumentou rapidamente desde que a nova pneumonia foi detectada no mês passado em Wuhan, no centro da China. Ao fim da manhã de ontem, o total de casos confirmados era de 471, em 13 jurisdições do país, anunciados pelo vice-director da Comissão Nacional de Saúde, Li Bin.
Nove pessoas tinham falecido, todas na província de Hubei, cuja capital é Wuhan. No total, com o registo de infectados fora da China continental, o número ascendia a 481. No entanto, à hora do fecho da edição, os números já tinham disparado para 17 mortos e 541 infectados no Interior da China, num total de 552 infectados.
“Já há casos de transmissão e infecção entre seres humanos e funcionários de saúde infectados”, disse Li, em conferência de imprensa. “As evidências demonstram que a doença foi transmitida por via respiratória e existe a possibilidade de uma mutação do vírus”, detalhou.
As autoridades disseram que ainda é cedo para comparar o novo vírus com o SARS ou o MERS, ou síndrome respiratória do Médio Oriente, em termos da sua capacidade letal. “Ainda estamos no processo de aprender mais sobre esta doença”, disse Gao Fu, um académico da Academia Chinesa de Ciências e chefe do Centro Chinês de Controle de Doenças, na mesma conferência de imprensa. Os casos alimentaram receios sobre uma potencial epidemia, semelhante à da pneumonia atípica, ou Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), que entre 2002 e 2003 matou 650 pessoas na China continental e em Hong Kong.
Gao disse que as autoridades estão a trabalhar no pressuposto de que o surto resultou da exposição humana a animais selvagens que eram comercializados ilegalmente no mercado de alimentos em Wuhan. Importa referir que Wuhan é uma megametrópole, com mais de 11 milhões de habitantes, e um importante centro de transporte doméstico e internacional.
Não se sabe o quão contagioso é o vírus, mas a transmissão de pessoa para pessoa pode permitir que se espalhe rapidamente.
A Comissão Nacional de Saúde da China alertou que o novo tipo de coronavírus, uma espécie de vírus que causa infecções respiratórias em seres humanos e animais, “pode espalhar-se mais facilmente”.
Foram ainda anunciadas medidas para conter a doença, incluindo desinfecção dos sistemas de ventilação de aeroportos, estações e centros comerciais. “Se for necessário, serão também realizados controlos de temperatura em áreas-chave e locais movimentados”, esclareceu a Comissão, em comunicado.

Dentro e fora

As autoridades de Hong Kong confirmaram ontem o primeiro infectado na região. O doente é um turista chinês residente em Wuhan, que entrou em Hong Kong através do comboio de alta velocidade na noite de terça-feira. À chegada ao terminal ferroviário de West Kowloon o turista acusou febre. De seguida, foi transferido para o Hospital Queen Elizabeth onde o teste ao vírus deu positivo.
De acordo com o South China Morning Post, a MTR confirmou que o mesmo comboio já tinha partido de regresso à China com passageiros, antes de ser notificada pelas autoridades de saúde de Hong Kong.
Segundo a empresa de transportes, as autoridades relevantes na China foram notificadas para limpar e desinfectar o lugar e a carruagem onde o paciente seguiu, assim como espaços adjacentes.
Fora da China continental, foram confirmados casos do novo coronavírus entre viajantes chineses na Coreia do Sul, Japão, Tailândia, Taiwan e Estados Unidos todos também oriundos de Wuhan. Vários países com ligações aéreas directas ou indirectas a Wuhan estão a efectuar verificações sistemáticas de passageiros de voos oriundos de áreas consideradas de risco.
A um doente no Estado de Washington foi diagnosticado o primeiro caso confirmado nos Estados Unidos da doença. A pessoa afectada foi hospitalizada na semana passada e permanece “muito doente” numa unidade de Seattle, a capital deste Estado do nordeste dos EUA, após ter viajado recentemente à cidade chinesa de Wuhan onde teve origem o surto epidémico, referiram os ‘media’ locais.

À procura de espaço

O Centro Europeu de Controlo de Doenças afirmou ontem que está confirmada a transmissão pessoa a pessoa da pneumonia de Wuhan. O organismo europeu (ECDC, na sigla inglesa) acrescenta que ainda é necessária informação adicional para avaliar de modo completo as formas de transmissão deste novo coronavírus, numa publicação no seu ‘site’.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que “a fonte primária mais provável” de transmissão é animal, tendo os primeiros casos surgido em pessoas que contactaram com um mercado de pescado na cidade chinesa de Wuhan. Contudo, o vírus assume “transmissão limitada entre seres humanos através de contacto próximo”.
Quinze funcionários hospitalares também apresentaram teste positivo para o vírus, anunciou a Comissão Municipal de Saúde de Wuhan. A comissão tinha dito, na semana passada, que nenhum dos funcionários que teve contacto próximo com os pacientes tinha sido infectado.
As autoridades chinesas apelaram ontem à população para que evite multidões e encontros em espaços públicos, alertando que uma nova doença viral se pode alastrar ainda mais. O surto surge numa altura em que milhões de chineses viajam, por ocasião do Ano Novo Lunar, a principal festa das famílias chinesas, equivalente ao natal nos países ocidentais. Segundo o ministério chinês dos Transportes, a China deve registar um total de três mil milhões de viagens internas durante os próximos 40 dias.

Política viral

A Presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, pediu às autoridades chinesas que divulguem toda a informação sobre o surto de uma nova pneumonia viral e que trabalhem com Taipé para conter a propagação.
“Quero especialmente pedir à China, como país membro da comunidade internacional, que cumpra as suas responsabilidades e seja transparente sobre os desenvolvimentos do surto, e que compartilhe informações precisas com Taiwan”, afirmou Tsai, em conferência de imprensa.
No entanto, por insistência de Pequim, Taiwan não é membro da Organização Mundial da Saúde e não pode participar de nenhuma das reuniões daquela organização. O Centro de Controlo de Doenças de Taiwan revelou anteriormente que foi notificado, no dia 15 de Janeiro, pela sua contraparte chinesa, sobre o surto. O órgão também enviou dois especialistas a Wuhan para visitar unidades de saúde, visando compreender melhor a doença.
A ilha confirmou já um caso de infecção com o vírus. Trata-se de uma empresária, que reside em Taiwan, mas que voltou recentemente de uma viagem a Wuhan.
“Partilhar informação também é importante para a saúde da população chinesa e Pequim não deve colocar questões políticas acima da protecção do seu próprio povo”, apontou Tsai.
“Quero reiterar que Taiwan é membro da sociedade internacional. Os seus 23 milhões de habitantes, como as pessoas de todos os cantos do mundo, estão a enfrentar uma ameaça à sua saúde”, afirmou.
Em Pequim, o porta-voz do ministério chinês dos Negócios Estrangeiros Geng Shuang disse que os especialistas de Taiwan visitaram Wuhan a pedido de Taipé, entre os dias 13 e 14 de Janeiro, e mantiveram trocas com os colegas locais. “Ninguém se preocupa mais com o bem-estar dos compatriotas de Taiwan do que o Governo central chinês”, defendeu Geng.

Cisne negro

Há um ano, Xi Jinping deixou o alerta para a necessidade de Pequim se preparar para “rinocerontes cinzentos”, referindo-se a riscos económicos, e “cisnes negros”, que serão situações inesperadas. Ao longo do ano passado, a guerra comercial com os Estados Unidos e a turbulência em Hong Kong foram rotuladas por académicos como os “cisnes negros” de 2019.
“Um cisne negro surge sempre sem ser convidado”, escreveu no Weibo Guan Qingyou, um economista citado pelo South China Morning Post, com os seus seguidores a discutiram o nível de impacto que a pneumonia de Wuhan pode representar para a economia chinesa. Houve mesmo quem sugerisse que a epidemia poderia ter um efeito maior do que a guerra comercial.
Por exemplo, as reservas de viagens para Wuhan são grátis em plataformas como a Trip.com, Fliggy, Meituan Dianping e Qunar.com. Além disso, vão ser disponibilizados reembolsos a pessoas que foram sujeitas a quarentena ou a quem tenha sido diagnosticado o vírus.
Também o gasto dos consumidores em entretenimento e turismo durante o Ano Novo Lunar, que começa amanhã, deve sofrer uma quebra à medida que as preocupações do público aumentarem.
Os principais focos de abrandamento de consumo devem sentir-se com maior intensidade nas principais cidades onde já foram confirmados casos de infecção, como Pequim, Xangai e Shenzhen. Com Lusa 

23 Jan 2020

Epidemia | Governo afasta “bloqueio” a Wuhan

[dropcap]A[/dropcap]pesar do epicentro da epidemia, assim como o caso importado para Macau, terem origem em Wuhan, o Governo afasta a hipótese, por enquanto, de proibir a entrada de pessoas naturais da província de Hubei no território. Ontem, a emissão de um alerta de viagem para que se evitem, ou proíbam, deslocações a essa província foi totalmente recusada.

De acordo com a lei de prevenção, controlo e tratamento de doenças transmissíveis, o Chefe do Executivo pode evocar medidas especiais e decretar “restrições ou proibição de entrada ou saída da RAEM a pessoas não residentes provenientes de países ou regiões com ocorrência, surto ou prevalência de doenças transmissíveis”.

No entanto, por enquanto, a hipótese não é admitida pelos membros do Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus. “Sabemos que a cidade de Wuhan já não autoriza a saída de excursões e que as viagens de excursões vindas de Hubei estão suspensas. Assumo que já estejam mesmo paradas”, afirmou Maria Helena de Senna Fernandes, directora os Serviços de Turismo (DST), sobre a situação. “No entanto, se houver necessidade de outros grupos de Wuhan virem a Macau vamos manter-nos em comunicação com as autoridades competentes para garantir a segurança nessas situações”, acrescentou.

Maria Helena de Senna Fernandes sublinhou ainda que neste momento não há qualquer proibição de ida a Wuhan, mas que a viagem é “desaconselhada”. O nível de alerta de turismo para a zona também não foi accionado.

Em relação à proibição dos residentes se deslocarem a Wuhan, o representante do Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP) reconheceu que as autoridades têm esse poder, mas que a proibição “ainda” não está a ser equacionada.

Voto de confiança

Na conferência de imprensa dos Serviços de Saúde, o tema do bloqueio voltou a ser abordado, porém, Lam Cheong, chefe do Centro de Prevenção e Controlo da Doença, negou a hipótese.

A justificação para a recusa prendeu-se com as medidas tomadas pelas autoridades centrais: “Neste momento as pessoas que vivem em Wuhan já estão proibidas de sair da cidade e da província. Estão submetidos a medidas que já não lhes permitem deslocaram-se a outros territórios”, defendeu.

Contudo, Lam Cheong acabou por explicar de forma indirecta que bloquear apenas a cidade de Wuhan ou a província de Hubei seria inútil. “Neste momento há mais cidades infectadas, até Zhuhai já teve casos. Sabemos que a zona mais afectada, que foi o epicentro foi Wuhan, mas já há casos em mais sítios”, complementou.

Além de Hubei que ontem tinha 375 casos confirmados, Guangdong, às portas de Macau, é a segunda província mais afectada com 26 ocorrências, seguida por Pequim, com 10 casos e Xangai com nove ocorrências. Fora da China houve casos confirmados nos Estados Unidos, Coreia do Sul, Japão e Tailândia.

23 Jan 2020

Epidemia | Governo afasta "bloqueio" a Wuhan

[dropcap]A[/dropcap]pesar do epicentro da epidemia, assim como o caso importado para Macau, terem origem em Wuhan, o Governo afasta a hipótese, por enquanto, de proibir a entrada de pessoas naturais da província de Hubei no território. Ontem, a emissão de um alerta de viagem para que se evitem, ou proíbam, deslocações a essa província foi totalmente recusada.
De acordo com a lei de prevenção, controlo e tratamento de doenças transmissíveis, o Chefe do Executivo pode evocar medidas especiais e decretar “restrições ou proibição de entrada ou saída da RAEM a pessoas não residentes provenientes de países ou regiões com ocorrência, surto ou prevalência de doenças transmissíveis”.
No entanto, por enquanto, a hipótese não é admitida pelos membros do Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus. “Sabemos que a cidade de Wuhan já não autoriza a saída de excursões e que as viagens de excursões vindas de Hubei estão suspensas. Assumo que já estejam mesmo paradas”, afirmou Maria Helena de Senna Fernandes, directora os Serviços de Turismo (DST), sobre a situação. “No entanto, se houver necessidade de outros grupos de Wuhan virem a Macau vamos manter-nos em comunicação com as autoridades competentes para garantir a segurança nessas situações”, acrescentou.
Maria Helena de Senna Fernandes sublinhou ainda que neste momento não há qualquer proibição de ida a Wuhan, mas que a viagem é “desaconselhada”. O nível de alerta de turismo para a zona também não foi accionado.
Em relação à proibição dos residentes se deslocarem a Wuhan, o representante do Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP) reconheceu que as autoridades têm esse poder, mas que a proibição “ainda” não está a ser equacionada.

Voto de confiança

Na conferência de imprensa dos Serviços de Saúde, o tema do bloqueio voltou a ser abordado, porém, Lam Cheong, chefe do Centro de Prevenção e Controlo da Doença, negou a hipótese.
A justificação para a recusa prendeu-se com as medidas tomadas pelas autoridades centrais: “Neste momento as pessoas que vivem em Wuhan já estão proibidas de sair da cidade e da província. Estão submetidos a medidas que já não lhes permitem deslocaram-se a outros territórios”, defendeu.
Contudo, Lam Cheong acabou por explicar de forma indirecta que bloquear apenas a cidade de Wuhan ou a província de Hubei seria inútil. “Neste momento há mais cidades infectadas, até Zhuhai já teve casos. Sabemos que a zona mais afectada, que foi o epicentro foi Wuhan, mas já há casos em mais sítios”, complementou.
Além de Hubei que ontem tinha 375 casos confirmados, Guangdong, às portas de Macau, é a segunda província mais afectada com 26 ocorrências, seguida por Pequim, com 10 casos e Xangai com nove ocorrências. Fora da China houve casos confirmados nos Estados Unidos, Coreia do Sul, Japão e Tailândia.

23 Jan 2020

Epidemia de Wuhan | Governo vai importar 20 milhões de máscaras só para residentes

[dropcap]A[/dropcap]pós o Governo ter confirmado o primeiro caso de Pneumonia de Wuhan houve uma corrida às farmácias e supermercados que fez com que numa questão de horas as máscaras ficassem esgotadas. Um pouco por toda a cidade começaram igualmente a surgir notícias de pessoas que já estavam a especular e, de acordo com o portal Macau Concealers, a polícia prendeu mesmo duas pessoas na Zona Norte.

Segundo a versão relatada ao HM por uma residente na zona de Seac Pai Van, apesar de ter corrido a oito farmácias e três supermercados não conseguiu encontrar uma única máscara. Frequentemente deparou-se com um aviso para o facto de os produtos estarem esgotados.

Também uma moradora da Taipa traçou um cenário semelhante. Nas três farmácias em que entrou, na Península, foi sempre informada que já não havia máscaras para venda. Face a este cenário desistiu da compra, depois de um amigo lhe ter prometido uma máscara.

De acordo com os dados revelados pelos SSM, ontem à tarde apenas um dos oito fornecedores de máscaras em Macau tinha produtos em stock, nomeadamente numa quantidade de 150 mil.

Quem dá mais?

Já no mercado negro, de acordo com o Macau Concealers, uma caixa estava a ser vendida por 85 patacas, quando normalmente seis caixas do mesmo produto custam 19 patacas.

Por este motivo, as autoridades prometeram importar ainda antes do Ano Novo Chinês vinte milhões de máscaras, que vão estar disponíveis só para residentes. Os produtos vão ser colocados em 53 das 249 farmácias do território e o objectivo é garantirem aos residentes o acesso às mesmas. Os preços são estipulados pelo Governo e cada residente apenas pode comprar 10 máscaras por cada 10 dias.

“Houve turistas e pessoas que compraram 50 caixas de máscaras de uma vez. Por isso encomendámos 20 milhões de máscaras que vão chegar ainda antes do Ano Novo Chinês e que só estão disponíveis para residentes”, revelou Lei Chin Ion.

O director dos Serviços de Saúde desvalorizou igualmente o facto de os trabalhadores não-residentes não poderem ter acesso às máscaras: “Não vai haver nenhuma limitação, os não-residentes vão poder comprar os outros produtos, que estão no mercado normal”, frisou.

Ainda sobre este aspecto, Lam Chong, Chefe do Centro de Prevenção e Controlo de Doença, foi questionado sobre o perigo de vários trabalhadores não-residentes lidarem directamente com crianças e idosos poderem ficar afastados da compra de máscaras: “O nosso objectivo é garantir que os residentes têm o acesso às máscaras”, limitou-se a responder.

23 Jan 2020

Epidemia de Wuhan | Governo vai importar 20 milhões de máscaras só para residentes

[dropcap]A[/dropcap]pós o Governo ter confirmado o primeiro caso de Pneumonia de Wuhan houve uma corrida às farmácias e supermercados que fez com que numa questão de horas as máscaras ficassem esgotadas. Um pouco por toda a cidade começaram igualmente a surgir notícias de pessoas que já estavam a especular e, de acordo com o portal Macau Concealers, a polícia prendeu mesmo duas pessoas na Zona Norte.
Segundo a versão relatada ao HM por uma residente na zona de Seac Pai Van, apesar de ter corrido a oito farmácias e três supermercados não conseguiu encontrar uma única máscara. Frequentemente deparou-se com um aviso para o facto de os produtos estarem esgotados.
Também uma moradora da Taipa traçou um cenário semelhante. Nas três farmácias em que entrou, na Península, foi sempre informada que já não havia máscaras para venda. Face a este cenário desistiu da compra, depois de um amigo lhe ter prometido uma máscara.
De acordo com os dados revelados pelos SSM, ontem à tarde apenas um dos oito fornecedores de máscaras em Macau tinha produtos em stock, nomeadamente numa quantidade de 150 mil.

Quem dá mais?

Já no mercado negro, de acordo com o Macau Concealers, uma caixa estava a ser vendida por 85 patacas, quando normalmente seis caixas do mesmo produto custam 19 patacas.
Por este motivo, as autoridades prometeram importar ainda antes do Ano Novo Chinês vinte milhões de máscaras, que vão estar disponíveis só para residentes. Os produtos vão ser colocados em 53 das 249 farmácias do território e o objectivo é garantirem aos residentes o acesso às mesmas. Os preços são estipulados pelo Governo e cada residente apenas pode comprar 10 máscaras por cada 10 dias.
“Houve turistas e pessoas que compraram 50 caixas de máscaras de uma vez. Por isso encomendámos 20 milhões de máscaras que vão chegar ainda antes do Ano Novo Chinês e que só estão disponíveis para residentes”, revelou Lei Chin Ion.
O director dos Serviços de Saúde desvalorizou igualmente o facto de os trabalhadores não-residentes não poderem ter acesso às máscaras: “Não vai haver nenhuma limitação, os não-residentes vão poder comprar os outros produtos, que estão no mercado normal”, frisou.
Ainda sobre este aspecto, Lam Chong, Chefe do Centro de Prevenção e Controlo de Doença, foi questionado sobre o perigo de vários trabalhadores não-residentes lidarem directamente com crianças e idosos poderem ficar afastados da compra de máscaras: “O nosso objectivo é garantir que os residentes têm o acesso às máscaras”, limitou-se a responder.

23 Jan 2020

AL | Pedidas explicações à Macau Investimento e Desenvolvimento S.A.

A análise à execução orçamental de 2018 levou a 2.ª Comissão da Assembleia Legislativa a pedir mais explicações à empresa que faz investimentos no Interior da China, bem como a outros Fundos com capitais públicos

 

[dropcap]N[/dropcap]uma altura em que são cada vez mais os deputados eleitos pela via directa que alertam o Governo para a necessidade de legislar a obrigação das empresas com capitais públicos adoptarem práticas de transparência, a Macau Investimento e Desenvolvimento S.A. vai ser chamada às reuniões da 2.ª Comissão da Assembleia Legislativa para explicar a execução orçamental de 2018. A revelação foi feita ontem pelo deputado Chan Chak Mo, no final de um encontro dos deputados da comissão.

O presidente da comissão explicou que todo o orçamento de 2018 foi auditado pelo Comissariado de Auditoria (CA), sem que houvesse qualquer reservas. Contudo, os legisladores querem pormenores sobre os gastos dos serviços, principalmente quando estes ficam muito abaixo do orçamento.

No que diz respeito à Macau Investimento e Desenvolvimento S.A., o objectivo dos deputados é ficaram melhor informados a respeito dos investimentos sobre esta empresa com capitais públicos: “A Macau Investimento e Desenvolvimento S.A. tem grandes investimentos no Parque de Medicina Tradicional Chinesa”, sustentou Chan Chak Mo.

Fundos na gaveta

Além da Macau Investimento e Desenvolvimento S.A., os deputados querem ouvir igualmente os dirigentes do Fundo de Desenvolvimento de Apoio à Pesca, Fundo de Desenvolvimento Industrial e de Comercialização, o Fundo de Reparação Predial, Fundo para a Protecção Ambiental e Conservação Energética e o Fundo de Pensões.

O Fundo de Pensões é chamado depois de ter gerado prejuízos de 1,2 mil milhões de patacas, entre os quais 400 milhões se terão ficado a dever a investimentos. “Em 2018 houve 1,2 mil milhões de patacas em prejuízos. É o que está indicado nos documentos. Houve prejuízos nos investimentos de 400 milhões.

Queremos que os representantes façam uma apresentação sobre a situação do Fundo de Pensões. Os montantes são avultados”, indicou o presidente da 2.ª Comissão Permanente.

Contudo, a baixa execução orçamental é a principal causa para a chamada dos restantes fundos: “Queremos saber a razão da taxa de execução orçamental ser baixa. Estamos a falar de fundos que têm um grande orçamento para resolver problemas, mas se não gastam também não resolvem as situações. Queremos perceber esse aspecto. Se a taxa de execução for muito baixa, vamos procurar as razões”, explicou.

Antes das reuniões com os respectivos departamentos, os deputados vão esperar por informação extra como demonstrações financeiras, registo dos fluxos de capitais e o balanço dos resultados das empresas com capitais públicos. Só depois de recebida esta informação, o que deverá acontecer já depois do Ano Novo Chinês, é que terá lugar o encontro com os dirigentes dos respectivos departamentos.

22 Jan 2020