Código amarelo | Patrões devem ajustar trabalho de funcionários

O director dos Serviços de Saúde apontou que os empregadores devem adaptar o trabalho dos funcionários do privado que tenham código de saúde amarelo e não os impedir de trabalhar sem justificação. Alvis Lo vincou ainda que, segundo a lei, a decisão sobre férias não remuneradas não pode ser definida “unilateralmente” pelos patrões

 

Os trabalhadores do sector privado que tenham o código de saúde de cor amarela não podem ser impedidos pelos patrões de exercer as suas funções. Em resposta a interpelação escrita do deputado Leong Sun Iok, o director dos Serviços de Saúde, Alvis Lo Iek Long referiu que a parte patronal deve adaptar “de boa fé” a programação do trabalho do respectivos funcionários que estão a cumprir o período de autogestão de saúde e que, segundo a lei das relações de trabalho, o empregador está “proibido” de impedir a prestação de trabalho, sem justificação.

“Para o trabalhador que tenha o código de saúde convertido para a cor amarela e necessite de se submeter à autogestão da saúde, o empregador deve adaptar a programação do seu trabalho de modo a cumprir as medidas e directrizes de prevenção epidémica emitidas pelas autoridades de saúde”, pode ler-se na resposta.

Citando a lei das relações de trabalho, Alvis Lo sublinha que “é proibido ao empregador (…) obstar injustificadamente a prestação efectiva do trabalho”, sendo que, na ausência de justa causa, a decisão sobre a não prestação de trabalho dos colaboradores “está a infringir tal disposição legal”.

Recorde-se que na interpelação enviada, Leong Sun Iok mostrou-se preocupado com a perda de rendimentos durante o período de autogestão de saúde que impede os trabalhadores de participar em actividades e de aceder a determinados locais, ficando “numa situação passiva”.

Por isso mesmo, na réplica, é também apontado que o empregador não pode determinar as férias remuneradas dos funcionários de forma unilateral. “As partes patronal e laboral podem negociar sobre o gozo do descanso semanal e das férias consoante as próprias circunstâncias e, no caso das férias não remuneradas, estas devem ser acordadas entre as partes, não podendo o empregador determiná-las unilateralmente”, é acrescentado.

Alvis Lo lembrou ainda que a Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL) tem apelado a patrões e trabalhadores que reconheçam as suas “necessidades mútuas” e que combinem, com antecedência e por mútuo entendimento e respeito, “a programação do trabalho e as regras salariais no contexto epidémico”.

Repor a verdade

Em resposta à preocupação levantada por Leong Sun Iok relativamente às pessoas a quem foi atribuída de forma errada o código amarelo, os Serviços de Saúde revelaram que é possível fazer um pedido de correcção de informações através Sistema de Marcação de Teste de Ácido Nucleico.

“Os cidadãos cujos códigos de saúde foram convertidos para a cor amarela, devido a introdução de dados errados ou outros motivos, podem aceder ao Sistema de Marcação de Teste de Ácido Nucleico para fazer uma declaração na coluna “correção de declaração errada no Código de Saúde” e fornecer os elementos necessários, sendo que os Serviços de Saúde farão o acompanhamento em tempo útil”, explicou por escrito Alvis Lo.

3 Mar 2022

Covid-19 | Detectados dois casos oriundos de Hong Kong

Um menino de seis anos, residente de Macau, testou positivo à covid-19 esta terça-feira, tendo sido classificado pelas autoridades como um caso importado de infecção assintomática de Hong Kong. Segundo um comunicado, esta criança não está vacinada e estava acompanhada pela sua mãe e pela empregada doméstica da família. Os três viajavam de carro, sendo que a criança possuía um certificado de resultado negativo do teste de ácido nucleico realizado nas últimas 24 horas.

Chegado ao território, o menino efectuou um novo teste, com resultado negativo, tendo sido reencaminhado para a Pousada Marina Infante, onde começou a cumprir a quarentena obrigatória. Os resultados dos testes realizados posteriormente, nos dias 20, 21, 22, 23, 26, 27 e 28 de Fevereiro deram negativo, mas o resultado do teste realizado esta terça-feira foi positivo. O menino encontra-se neste momento em isolamento no Centro Clínico de Saúde Pública de Coloane.

Entretanto, um outro residente, também vindo de Hong Kong, testou positivo à covid-19 na terça-feira, depois de sucessivos resultados negativos em testes feitos nos dias 21, 22, 23, 24, 27 e 28 de Fevereiro. De acordo com o centro de coordenação de contingência, o sujeito de 63 anos de idade entrou em Macau no dia 20 de Fevereiro com um certificado de teste de ácido nucleico com resultado negativo e não apresenta sintomas, facto pelo qual foi classificado como caso importado de infecção assintomática.

As autoridades de saúde adiantaram ainda que o indivíduo tomou duas doses da vacina da Sinopharm em Dezembro do ano passado e Janeiro deste ano. Depois de testar positivo, o residente foi transferido para o Centro Clínico de Saúde Pública de Coloane para isolamento.

2 Mar 2022

EUA desaconselham viagens para Hong Kong e alertam para risco de separação familiar

Os Estados Unidos aconselharam hoje os seus cidadãos a evitarem viajar para Hong Kong devido às rigorosas medidas de controlo contra a covid-19, alertando que as crianças podem ser separadas à força dos pais.

“Em alguns casos, as crianças que tiveram resultados positivos em Hong Kong foram separadas dos pais e mantidas em isolamento até cumprirem os requisitos do hospital local para a alta”, disse, em comunicado, o Departamento de Estado.

Hong Kong está atualmente a enfrentar um surto sem precedentes que sobrecarregou completamente o sistema de saúde.

A política de Hong Kong, tal como a da China continental, passa por isolar todos os pacientes, incluindo os assintomáticos, em instalações designadas para o efeito. No entanto, a capacidade destas instalações está atualmente saturada.

Vários casos de crianças, incluindo bebés, separadas dos pais após teste positivo à covid-19 foram noticiados nos últimos dias. As autoridades apontaram a insuficiente capacidade de alojamento como motivo para as separações quando os pais testam negativo.

Na semana passada, o consulado do Reino Unido em Hong Kong “protestou veementemente” contra a prática, mas os EUA são o primeiro país a mencioná-la explicitamente num aviso de viagem.

Hong Kong registou cerca de 12.000 casos e 200 mortes durante os dois primeiros anos da pandemia.

Mas, com a chegada da variante altamente contagiosa Ómicron, foram contabilizados mais de 220.000 casos desde o início de janeiro, enquanto as mortes, principalmente entre idosos não vacinados, são contabilizadas às dezenas todos os dias.

Os especialistas disseram acreditar que o número de infeções será provavelmente muito mais elevado, com muitas pessoas a temer que sejam isoladas à força se informarem as autoridades de um resultado positivo depois de autodiagnóstico.

Os hospitais e mortuárias estão sobrelotados, falta pessoal médico e ambulâncias e os supermercados estão a ser invadidos por residentes em pânico.

Na esperança de derrotar a pandemia, as autoridades tencionam testar toda a população de Hong Kong (7,4 milhões de pessoas) três vezes seguidas em março e isolar todos os casos positivos, determinadas em proibir os pacientes com poucos ou nenhuns sintomas de se isolarem em casa, suscitando receios de mais separações familiares.

Foram requisitadas dezenas de milhares de quartos de hotel e unidades de alojamento público desocupados, e estão a ser construídos vários campos pré-fabricados, com a ajuda da China, para isolar todas as pessoas infetadas.

Cerca de 70.000 vagas para isolamento deverão estar disponíveis nas próximas semanas. Ao ritmo atual, mal cobre o número de novas infeções verificadas nos últimos dois dias.

2 Mar 2022

Covid-19 | China vai submeter todo o correio internacional a testes de PCR

A empresa estatal de correios China Post vai submeter todas as cartas e encomendas que chegam à China oriundas do estrangeiro a testes de PCR, para reduzir o risco de infeções por covid-19. A medida surge depois de as autoridades de saúde terem atribuído surtos recentes ao contacto com correio internacional.

Em comunicado nas redes sociais, o China Post descreveu a medida como uma “barreira adicional”, para impedir a transmissão do novo coronavírus através do contacto com objetos contaminados.

Um funcionário do China Post na Mongólia Interior, no norte do país, disse à televisão estatal CCTV que o correio seria entregue 14 a 20 horas após a obtenção de um resultado negativo no teste de PCR.

“Após desinfeção e isolamento durante 24 horas, vamos abrir as embalagens e testar o seu conteúdo, com o consentimento do destinatário (do correio)”, explicou o responsável.

A China, que mantém uma política severa de “tolerância zero” à covid-19, atribuiu alguns dos surtos das últimas semanas ao contacto com encomendas oriundas do exterior.

O primeiro caso detetado da variante Ómicron em Pequim deveu-se, segundo as autoridades sanitárias do país, ao contacto com encomenda proveniente do Canadá e desencadeou cautela em relação ao correio internacional.

Houve casos de pessoas cuja aplicação usada na China para identificar o risco de contágio do usuário, e permitir o seu acesso a locais públicos, mudou de verde, para laranja – cor que identifica como contacto de risco -, após receberem correio oriundo do estrangeiro.

A tese chinesa de que o contágio é possível através do contacto com correio contaminado ou através de produtos congelados foi refutada por grande parte da comunidade científica internacional, que considera que o vírus não consegue sobreviver tanto tempo em superfícies.

Segundo dados da Comissão Nacional de Saúde da China, o país somou 109.526 positivos desde o início da pandemia e 4.636 mortes.

2 Mar 2022

IAM | Destruídos 720 quilos de leite vindos de Hong Kong

As autoridades de Macau destruíram “720 quilogramas de leite de Hong Kong”, depois de encontrarem vestígios do novo coronavírus no invólucro de plástico da embalagem, anunciaram ontem as autoridades.

A testagem foi realizada na noite de segunda-feira, durante uma inspecção regular de importação de alimentos, acrescentou o Instituto de Assuntos Municipais (IAM) em comunicado. O IAM sublinhou que “vai reforçar a limpeza e desinfecção das embalagens exteriores de frutas e alimentos da cadeia de frio importados do exterior, e aumentar o número de amostras recolhidas para testes”.

Actualmente, uma média de 100 mil caixas de alimentos congelados são desinfectadas semanalmente e 65 mil amostras de alimentos e frutas ambientais importados da cadeia de frio foram submetidas a testes de ácido nucleico para detecção do novo coronavírus, em 2021. Os trabalhadores do sector alimentar da cadeia de frio são obrigados a submeterem-se a testes de ácido nucleico a cada 48 horas, indicou o IAM.

2 Mar 2022

Zhuhai | Mulher que acusou positivo impedida de entrar em Macau

A mulher que testou positivo à covid-19 em Zhongshan está impedida de entrar em Macau durante um ano. Segundo Wong Sio Chak, a mulher usou o visto de visita familiar para fazer contrabando. Quanto à lei de segurança nacional, o secretário reiterou que o projecto de revisão estará concluído até ao final do ano

 

A mulher que acusou positivo para a covid-19 na vila de Tanzhou (Zhongshan) e que se cruzou várias vezes a fronteira entre Macau e Zhuhai entre 22 e 27 de Fevereiro, foi interdita de entrar na RAEM durante um ano.

A decisão do Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP) foi conhecida ontem pela voz do secretário para a Segurança Wong Sio Chak. Isto, depois de a detecção do novo caso positivo na segunda-feira ter levado à testagem de cerca de oito mil pessoas que moram e trabalham na zona das Portas do Cerco e à suspensão das aulas em 46 escolas. Em causa, está o facto de a mulher ter aproveitado o visto de entrada em Macau para visitar família, para contrabandear produtos provenientes do Interior da China no território.

“A pessoa em questão, está qualificada para entrar em Macau para visitar a sua família (…) o que permite ir e vir a Macau várias vezes. Essas pessoas devem permanecer em Macau e não sair logo. O CPSP vai interditá-la de entrar em Macau durante um ano. Para situações semelhantes iremos tomar a mesma medida”, apontou ontem Wong Sio Chak à margem de uma reunião da 1ª Comissão Permanente da Assembleia Legislativa.

O secretário acrescentou ainda que, segundo a lei, é esta a penalidade prevista para estes casos e que, apesar de ser possível detectar facilmente movimentos suspeitos nas fronteiras, “cada pessoa tem as suas razões” e pode fazê-lo legalmente, quer seja por razões de trabalho ou para levar os filhos à escola. “Não podemos saber o que todas as pessoas estão a fazer”, acrescentou.

Em progresso

Questionado sobre o andamento dos diplomas complementares relativos à lei da segurança nacional, Wong Sio Chak reiterou a intenção de fazer uma consulta pública sobre a matéria após a sua conclusão, que deverá acontecer ao longo de 2022. No entanto, a calendarização está também dependente da situação epidémica, acrescentou o secretário.

Sobre a nova lei do jogo, Wong Sio Chak afirmou “não conhecer muito bem o seu conteúdo”, mas que pode haver alguns riscos para a segurança nacional. “A meu ver, o risco não é muito grande relativamente à segurança nacional, mas não podemos dizer que não existe risco”, apontou.

Em relação à possibilidade de abrir as fronteiras de Macau a estrangeiros, o secretário diz que essa é a vontade de todos, mas que a actual situação pandémica, agravada pelo aumento de casos em Hong Kong, não permite, para já, “ter essa ponderação”.

“Toda a gente pretende a abertura de fronteiras para que os estrangeiros possam entrar em Macau, mas se a situação epidémica não estiver atenuada não vamos ter essa ponderação. Muitas regiões têm visto o número de casos aumentar, principalmente em Hong Kong, onde o sistema hospitalar já não aguenta. Portanto, não é fácil abrir fronteiras. Isto apesar de a economia de Macau estar dependente do turismo”, explicou Wong Sio Chak.

2 Mar 2022

Covid-19 | Caso em Tanzhou obriga a oito mil testes e aulas online 

Cerca de oito mil pessoas que moram e trabalham junto às Portas do Cerco terão de fazer testes de despistagem à covid-19 na sequência de um caso positivo detectado em Zhongshan, ao lado de Zhuhai. As aulas presenciais foram suspensas em 46 escolas e instituições do ensino superior com docentes, alunos e funcionários que tenham passado na zona

 

Um novo caso positivo de covid-19 registado no domingo na vila de Tanzhou, na cidade de Zhongshan, ao lado de Zhuhai, vai obrigar à realização de nova uma ronda de testes para quem vive e trabalha na zona das Portas do Cerco. Os testes começaram ontem às 17h e terminam hoje às 12h, e cerca de oito mil pessoas, incluindo moradores do edifício Kong Nam (blocos 1, 2 e 3), edifício Arco-Íris (blocos 1 e 2), edifícios San Nam, Ling Nan, Wa On, Wa Hong, Wa Keong, Wa Fu e Jardim do Mar do Sul (blocos 1 e 2). Quem trabalha junto às Portas do Cerco também tem de submeter-se ao teste de ácido nucleico.

Segundo adiantou Leong Iek Hou, coordenadora do Centro de coordenação e de contingência do novo tipo de coronavírus, haverá dois modelos de teste. O teste gratuito pode realizar-se no primeiro andar do Campo dos Operários, mas serve apenas para rastreio e não para passar a fronteira.

O segundo modelo de teste é pago e o resultado será integrado no código de saúde, o que permite atravessar os postos fronteiriços. “As pessoas que já fizeram o teste hoje em Macau ou Guangdong, ou que fazem esta terça-feira [hoje], não serão sujeitos a esta ronda de testes obrigatórios”, adiantou a responsável.

Além de moradores e empregados em negócios da zona das Portas do Cerco, também deve realizar teste de ácido nucleico quem esteve nos arredores do edifício do posto fronteiriço entre 22 e 27 de Fevereiro, altura em que a pessoa infectada circulou na área.

A mulher que testou positivo é natural do Interior da China e entre os dias 22 e 27 de Fevereiro “deslocou-se várias vezes entre Macau e Zhuhai pelo posto das Portas do Cerco”, tendo realizado vários testes com resultado negativo. As autoridades classificam este como um caso “leve”, sendo a situação “estável”, apesar das medidas preventivas adoptadas.

Até à altura da conferência de imprensa de ontem tinham sido contactadas 28 pessoas, sendo que duas delas são consideradas de contacto próximo. A maior parte das pessoas teve apenas um percurso comum com a pessoa que testou positivo, além de que cinco estiveram nos mesmos locais.

“Ainda não dominamos muitos dados sobre esta senhora. Sabemos que ela esteve em Macau, Zhuhai e Zhongshan. Para já, só vamos fazer testes obrigatórios a pessoas destas zonas. Foi feito um percurso simples em Macau, mais nos arredores da praça das Portas do Cerco, e com um tempo de permanência muito curto. Vamos acrescentar mais sítios ao código de saúde local para ajudar as pessoas a fazer o registo do itinerário”, explicou Leong Iek Hou.

Aulas online

Outra das medidas preventivas é a suspensão das aulas presenciais, a partir de hoje, em 46 escolas e instituições do ensino superior que têm alunos, docentes ou funcionários que tenham passado na vila de Tanzhou nos últimos dias.

“Os alunos passam a estudar em casa e a avaliação será flexível. Caso a situação se mantenha estável, a data das aulas será divulgada posteriormente”, disse Luís Gomes, Chefe do Departamento do Ensino Não Superior dos Serviços de Educação e Desenvolvimento da Juventude (DSEDJ).

Em causa estão cerca de 300 pessoas. “A medida envolve 46 escolas e cada uma tem uma situação diferente. Não temos números concretos de alunos e professores de cada escola que estiveram em Tanzhou. Ainda precisamos de contactar as escolas para conhecer a situação concreta”, adiantou o mesmo responsável. Não há, para já, alterações das regras na passagem da fronteira na zona das Portas do Cerco. Também não está prevista nova ronda de testes a toda a população, mas caso tal venha a ser necessário as autoridades adiantaram estarem preparadas para fazer 340 mil testes diários.

Bloqueio a Gongbei

Um vídeo divulgado ontem à tarde no grupo de Facebook “Golden Macau”, mostra um grupo das seguranças bloquearam a estrada em frente da Plaza Fronteiriça de Gongbei, o acesso principal para entrar em Zhuhai vindo do posto fronteiriço das Portas do Cerco. Das imagens recolhidas pelo internauta consegue-se ler a informação “não é permitido entradas ou saídas”.

À procura de hotel

Um responsável da Direcção dos Serviços de Turismo adiantou ontem que continuam os contactos com unidades hoteleiras do território para receber pessoas em quarentena. “Estamos a contactar com o número máximo possível de hotéis para entrarem no plano de observação médica. Neste momento, as pessoas vindas de Hong Kong e Singapura têm de fazer quarentena no Hotel Tesouro, enquanto que as pessoas vindas de Taiwan têm à sua disposição três hotéis.” As autoridades frisam que o mais importante para travar eventuais surtos comunitários é “controlar as fronteiras”, além de ser feito “um controlo bastante exigente das mercadorias vindas de zonas de médio e alto risco”. Existe ainda “uma capacidade rápida de identificação dos possíveis meios de transmissão” do novo coronavírus.

Hong Kong | Novo recorde diário com 34 mil novos casos

As autoridades de Hong Kong registaram ontem um novo recorde diário de infecções de covid-19 com o registo de 34 mil casos. Além disso, foram reportadas 124 mortes devido à doença.

Segundo o canal de rádio e televisão de Hong Kong RTHK, Albert Au, responsável pelo Centro para a Protecção de Saúde, disse ser “preocupante a crescente tendência de infecções, uma vez que o número de casos continua a duplicar a cada dois ou três dias”.

Até ontem foram diagnosticadas com covid-19 um total de 190 mil pessoas, só neste último surto, sendo que as autoridades vão abrir mais cinco clínicas apenas para tratar este tipo de doentes.

Nesta altura operam na região vizinha 14 clínicas privadas que ajudam a aliviar a pressão que se vive nos hospitais. De frisar que, na última sexta-feira, a região já tinha atingido a fasquia inédita de dez mil novos casos, depois de superar seis mil ao longo da semana.

O número de mortos fixou-se na última semana numa média de cerca de 50 por dia, sendo que muitos deles são idosos não vacinados. O Executivo de Carrie Lam anunciou planos para testar todos os 7,4 milhões de habitantes, no próximo mês.

1 Mar 2022

Governo prepara planos de emergência para eventual surto pandémico 

Numa sessão de intercâmbio para o balanço e apresentação de perspectivas da acção governativa”, que decorreu no sábado no edifício do Fórum Macau, a secretaria para os Assuntos Sociais e Cultura, Elsie Ao Ieong U, referiu que “tendo em conta a situação epidémica grave em Hong Kong e, o facto de Macau e Hong Kong estarem muito próximos, é preciso estar em alerta permanente sobre a evolução da situação”. Como tal, “o Governo da RAEM encontra-se a elaborar planos de emergência”.

Por sua vez, o Chefe do Executivo, Ho Iat Seng, adiantou que as autoridades prometem “empenhar-se na elevação da taxa de vacinação dos residentes, no sentido de construir imunidade comunitária e reforçar o sistema de prevenção e controlo da epidemia”. Pretende-se ainda “consolidar o mecanismo de prevenção e controlo conjunto a nível inter-regional”.

Planos para 2022

O secretário para a Segurança, Wong Sio Chak, frisou que este ano “serão desencadeadas trabalhos nos âmbitos de defesa da segurança nacional, de implementação e aplicação da lei”. O secretário para os Transportes e Obras Públicas, Raimundo do Rosário, acrescentou que irá avançar o projecto de concepção e execução das obras dos edifícios destinados aos tribunais de Última Instância, Segunda Instância e Judicial de Base e da estação do Posto Fronteiriço da Flor de Lótus.

Além disso, serão iniciados os trabalhos de elaboração do “Planeamento Geral do Trânsito e Transportes Terrestres de Macau (2021-2030)”, para construir “uma rede de transportes em conjugação com o sistema pedonal de lazer, o Metro Ligeiro, os autocarros públicos, entre outros meios de transporte”.

Ho Iat Seng acrescentou que 2022 será um ano “crucial para o Governo aproveitar as oportunidades resultantes da estratégia de desenvolvimento nacional”.

Destacando a revisão da lei do jogo e a aposta na diversificação económica através de sectores como finanças e turismo de saúde, o governante referiu também a importância de realizar uma “promoção pragmática” da construção da Zona de Cooperação Aprofundada com Hengqin.

Neste sentido, Ho Iat Seng considera necessário “acelerar os trabalhos de articulação dos sistemas financeiros e jurídicos em matéria civil e comercial”.

28 Fev 2022

Hong Kong | Dois novos casos assintomáticos

Um residente de Macau de 30 anos outro de Hong Kong com 63 anos, provenientes do território vizinho, testaram positivo para a covid-19 na quarta-feira. Os dois casos, ambos importados, foram classificados como “casos de infecção assintomática”.

Os dois homens chegaram a Macau no autocarro de ligação dos postos fronteiriços da Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau (Autocarro Dourado), depois de apresentarem um resultado negativo de teste de ácido nucleico realizado nas 24 horas anteriores.

No entanto, ao entrar no território na quarta-feira, o residente de Macau acusou positivo no primeiro teste efectuado, tendo sido encaminhado para o Centro Clínico de Saúde Pública de Coloane. Já o residente de Hong Kong, acusou negativo ao entrar em Macau na terça-feira, mas testou positivo para a doença apenas no dia seguinte, quando já se encontrava em quarentena no Regency Art Hotel.

Os dois pacientes estão vacinados contra a covid-19 e não apresentam qualquer sintoma. Até ao momento, foram registados em Macau 80 casos confirmados de covid-19 e 31 casos de infecção assintomática.

25 Fev 2022

Covid-19 | Redução do tempo de quarentena ponderada para voos do exterior

O Governo está a analisar “um ajuste” da quarentena exigida a quem chega a Macau via Singapura. Ontem, o Executivo reconheceu ser incapaz de encontrar solução para a falta de vagas no Hotel Tesouro

 

Leong Iek Hou, chefe da Divisão de Prevenção e Controlo de Doenças, afirmou que as autoridades estão a analisar um “ajuste” das quarentenas para os voos vindos do exterior. A opção está “a ser analisada”, num dia em que Hong Kong já regista, em percentagem, um número de casos positivos superior aos contabilizados em Portugal.

“De acordo com um anúncio da semana passada, as pessoas vindas de Hong Kong ficam sujeitas a 14 dias de isolamento e mais sete de autogestão. Quanto ao ajustamento do prazo de quarentena para as pessoas vindo do exterior, estamos em fase de análise e vamos ver se há possibilidade de ajuste”, afirmou Leong Iek Hou. “Temos de considerar a situação com muitos elementos e factores, antes de poder levantar as medidas mais rigorosas”, acrescentou. “Mas, não digo que vamos alterar o período [de quarentena]”, realçou ainda.

A conferência de imprensa de ontem dos Serviços de Saúde foi marcada pela falta de quartos para quem tenta entrar em Macau vindo de Hong Kong. Como têm de cumprir quarentena no Hotel Tesouro, todas as reservas anteriormente feitas e para outros hotéis foram canceladas pelo Governo. Como consequência, não há vagas para a entrada de pessoas.

Sobre a diferença de critérios entre Portugal e Hong Kong, Leong Iek Hou disse que estão “sempre a acompanhar a evolução da situação”. Questionada sobre os fundamentos científicos da decisão, a médica foi incapaz de avançar com uma explicação.

Telefones congestionados

Além disso, os serviços do Hotel Tesouro não conseguem responder aos contactos e reservas feitas por contacto telefónico. A grande procura levou mesmo a que seja impossível telefonar para o hotel.

“Recebemos muitos pedidos de esclarecimento das pessoas afectadas pela impossibilidade de fazerem reservas e pela decisão do cancelamento dos quartos nos hotéis”, reconheceu Lau Fong Chi, chefe do Departamento de Comunicação e Relações Externas da Direcção dos Serviços de Turismo. “O que podemos dizer é que os hotéis receberam mais de 2 mil emails com pedidos de esclarecimentos sobre cancelamentos de quartos. Por isso, e como a linha de telefone está sempre ocupada, sugerimos que os pedidos de informações e as marcações sejam feitas por email”, aconselhou.

Lau Fong Chi explicou também que as exigências dos Serviços de Saúde para que os hotéis sejam definidos como de quarentena para quem vem de regiões de médio e risco elevado, fazem com que seja difícil encontrar outros espaços para o propósito. “Além do Hotel do Tesouro é muito difícil encontrar hotéis mais adequados”, desabafou Lau.

Face à situação, o Governo ainda prometeu ajudar os residentes, mas não se comprometeu com uma data, nem adiantou se a ajuda chega antes do final da pandemia.

Reservas falsas

Um movimento online tentou impedir quem vem de Hong Kong para Macau consiga fazer reservas no Hotel Tesouro, através de telefonemas intencionais para congestionarem a linha. O caso foi relatado, ao Exmoo, por uma residente com o apelido Lau, presa em Hong Kong. Segundo a moradora, há suspeitas que a acção tenha sido despoletada pelo medo da covid-19. Com a denúncia, a residente partilhou ainda imagens de um grupo, onde o utilizador mostrou o registo das 500 chamadas telefónicas feitas para o hotel.

25 Fev 2022

Covid-19 | Hong Kong autoriza equipas da China a prestar apoio médico de emergência

Hong Kong autorizou hoje médicos e enfermeiros da China a prestar “apoio de emergência necessário” para reforçar um sistema de saúde local sobrecarregado pelo “enorme aumento de novos casos de covid-19″ diário.

As autoridades de Hong Kong disse ter adotado “um quadro jurídico” para que o Governo chinês “preste o apoio de emergência necessário (…) de forma mais eficiente e rápida”, de acordo com um comunicado.

O documento prevê que todas as pessoas envolvidas no combate à pandemia, incluindo na construção de hospitais e instalações de isolamento de doentes, estejam isentas dos requerimentos habituais para trabalhar em Hong Kong.

Atualmente, os médicos da China não podem praticar em Hong Kong sem realizar exames locais e obter um reconhecimento. Macau já tinha enviado, esta semana, uma equipa de especialistas para Hong Kong.

Com cerca de sete milhões de habitantes, a cidade enfrenta uma quinta vaga de infeções pelo coronavírus, a pior desde o início da pandemia, com milhares de casos todos os dias. Os hospitais estão sobrecarregados e as autoridades decidiram que todos os pacientes, mesmo assintomáticos, devem estar isolados, em locais designados para o efeito.

Equipas chinesas estão a construir dois novos centros de isolamento temporário que poderão acomodar 9.500 pessoas infetadas, e o governo também requisitou 20 mil quartos de hotel.

Na terça-feira, a chefe do governo de Hong Kong, Carrie Lam, anunciou a realização, em março, de três testes à covid-19 para toda a população da região, que conta 835 mortos e 32.538 casos da doença desde o início da pandemia.

“O rápido agravamento da epidemia excedeu em muito a capacidade do governo de Hong Kong para enfrentar esta situação. O apoio do Governo central é, portanto, essencial para combater o vírus”, disse Lam.

A governante confirmou também que Hong Kong se vai manter fiel a uma política de isolamento de pessoas com resultados positivos em testes à covid-19.

24 Fev 2022

Hong Kong lança “passe de vacinação” para acesso a espaços públicos

O Governo de Hong Kong introduziu hoje um “passe de vacinação”, que define o acesso a espaços públicos, a mais recente medida das autoridades para encorajar os residentes a serem imunizados contra a covid-19.

A introdução do “passe de vacinação” surge no momento em que a cidade luta contra a quinta vaga de infeções, que está a pressionar até ao limite o sistema de saúde da região administrativa especial chinesa, com impacto na capacidade de resposta nos hospitais e centros de isolamento.

A aplicação LeaveHomeSafe, utilizada para rastreio de contactos e obrigatória para entrada em restaurantes e locais públicos, começou a ‘marcar’ os utilizadores que não carregaram os registos de vacinação, algo a que alguns residentes tinham resistido até agora, devido a preocupações de privacidade.

Todas as pessoas com mais de 12 anos de idade devem ter sido vacinadas pelo menos uma vez contra a covid-19 para poderem entrar em vários espaços, tais como restaurantes, supermercados, centros comerciais e locais de entretenimento, onde as autoridades vão efetuar controlos aleatórios.

Os requisitos estendem-se também a outros locais, tais como escolas, universidades, hospitais e serviços públicos, bem como lares para idosos.

O não cumprimento dos regulamentos é uma infração e qualquer pessoa que entre ou permaneça em tais instalações sem ser vacinada está sujeita a uma multa até 10.000 dólares de Hong Kong.

Estão isentas as pessoas inelegíveis para vacinação por motivos de saúde, os titulares de um certificado médico de isenção específico e aqueles que entram nas instalações listadas com o único objetivo de encomendar alimentos ou bebidas para levar, entregar ou recolher um item, entre outros.

A quinta vaga causada pela variante Ómicron está a ter um impacto sério no sistema de saúde do território, que registou mais infeções nos últimos dois dias do que nos dois anos anteriores.

A China continental enviou pessoal médico e material, enquanto o Presidente do país, Xi Jinping, exortou o governo de Hong Kong a controlar a situação.

No último mês, os casos acumulados em Hong Kong subiram de 13.000 para 70.000, algo sem precedentes na antiga colónia britânica, que durante meses conseguiu manter as infeções diárias abaixo dos 100 e agora chegou a ultrapassar os 6.000. Na quarta-feira contabilizou 8.674 e espera-se um número de infetados a rondar os 10.000 nos próximos dias.

Até este surto, Hong Kong tinha conseguido manter a pandemia sob controlo, embora a um preço elevado: com algumas das restrições de viagem mais rigorosas do mundo, o isolamento do centro empresarial asiático provocou o êxodo de numerosas empresas estrangeiras, pondo em risco o seu estatuto de centro financeiro internacional.

Ainda assim, o Governo local anunciou esta semana medidas ainda mais duras, que incluem a antecipação das férias de verão nas escolas para março e abril, o encerramento obrigatório de certas instalações públicas tais como ginásios, locais de entretenimento e bares, prolongado até 20 de abril, assim como a proibição de comer nos estabelecimentos de restauração depois das 18:00.

24 Fev 2022

Hong Kong | Dois novos casos assintomáticos

Uma residente de Hong Kong de 30 anos e outra de Macau com 50 anos, provenientes do território vizinho, testaram positivo para a covid-19 na terça-feira. Os dois casos, ambos importados, foram classificados “casos de infecção assintomática”.

As duas mulheres chegaram a Macau na segunda-feira, através do autocarro de ligação dos postos fronteiriços da Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau (Autocarro Dourado), e ambas testaram negativo no primeiro teste. No entanto, já instaladas no Regency Art Hotel para cumprir quarentena, o resultado dos testes realizados no dia seguinte foi positivo, tendo as pacientes sido encaminhada para o Centro Clínico de Saúde Pública de Coloane para isolamento e tratamento.

Inoculadas respectivamente com uma e duas doses da vacina da BioNTech, as duas mulheres não apresentam sintomas, não entrando para a contabilização de casos confirmados. Até ao momento, foram registados em Macau 80 casos confirmados de covid-19 e 29 casos de infecção assintomática.

24 Fev 2022

Covid-19 | Governo equaciona quarentenas em casa e testes rápidos

Os Serviços de Saúde garantem ter um plano para lidar com surtos de covid-19, que passa por construir um local para acolher pacientes. Segundo Leong Iek Hou, se a situação piorar, testes rápidos e quarentenas domiciliárias podem também ser uma realidade. Os comprimidos para infectados vão estar disponíveis no final de Março

 

A coordenadora do Núcleo de Prevenção de Doenças Infecciosas dos Serviços de Saúde, Leong Iek Hou, revelou ontem que o Governo já definiu um plano para lidar com um novo surto de covid-19 em Macau. Numa altura em que a situação epidémica em Hong Kong é grave e a contabilização de casos importados em Macau é uma realidade diária, a responsável disse que será construído um local dedicado a acolher pacientes, se o número de casos aumentar.

“Se o número de doentes não for muito elevado, vamos continuar com a actual política. Mas, se os casos aumentarem vamos implementar outras políticas e ponderar construir uma estrutura para concentrar doentes num único local. Ainda temos capacidade de tratar os doentes mesmo que o número aumente”, disse à TDM – Rádio Macau após participar no programa “Fórum Macau” da emissora em língua chinesa.

Nesse cenário, Leong Iek Hou admitiu a possibilidade de integrar na estratégia de combate à covid-19, a realização de testes rápidos e quarentenas domiciliárias para pacientes com sintomas ligeiros. No entanto, a médica frisou que essa será uma alternativa pouco desejável, accionada apenas se a situação “piorar muito”.

“Os resultados deste tipo de testes não é muito preciso e há uma probabilidade maior de haver falsos negativos (…) e se a situação da pandemia piorar muito [em Macau] os pacientes com sintomas ligeiros talvez possam ficar em casa. Mas essa é uma situação que não queremos”, reiterou.

Toma o comprimido

Em declarações à imprensa, Leong Iek Hou revelou ainda que os comprimidos da Pfizer para tratamento de doentes com covid-19 vão chegar a Macau até ao final de Março.

Questionada sobre a chegada à RAEM da vacina da BioNTech para crianças dos 3 aos 11 anos, a médica apontou “não haver data” para a sua importação devido à escassez de oferta no mercado, mas garantiu que as autoridades estão em conversações com o fabricante e que a vacina da Sinopharm disponível em Macau é “muito eficaz”.

“Em países estrangeiros foram disponibilizadas vacinas mRNA para crianças e os Serviços de Saúde encomendaram imediatamente este tipo de vacina. No entanto, devido à escassez de oferta, ainda não temos calendário para a sua importação para Macau, mas já falámos com o fabricante. As nossas crianças entre os 3 e os 11 anos só podem receber as vacinas da Sinopharm, essa vacina é muito eficaz”, vincou Leong Iek Hou.

Obra das Mães | Caso colectivo de gripe detectado em creche

Os Serviços de Saúde revelaram a existência de um caso de infecção colectiva de gripe, diagnosticado na turma E na Creche S. João da Obra das Mães, na Avenida da Universidade de Macau. De acordo com as autoridades, o surto afectou três meninos e três meninas, todos com três anos de idade.

Segundo o relato da ocorrência, no “dia 22 de Fevereiro, os alunos começaram a manifestar sintomas de infecção do trato respiratório superior como febre, tosse e corrimento nasal”. Os sintomas fizeram com que as crianças fossem levadas para cuidados médicos, que levaram à detecção do caso. No entanto, não houve necessidade de internamentos.

24 Fev 2022

Hong Kong vai distribuir até 10 mil dólares de HK a residentes para estimular consumo

Hong Kong anunciou hoje que vai distribuir vales eletrónicos até 10 mil dólares de Hong Kong à população para estimular o consumo, quando atravessa a pior vaga da covid-19 desde o início da pandemia.

O programa, no valor de 66,4 mil milhões de dólares de Hong Kong, faz parte do orçamento da região para 2022, apresentado pelo secretário das Finanças do governo local, Paul Chan.

O orçamento inclui ainda um “fundo antipandemia” de 64 mil milhões de dólares de Hong Kong e uma verba de 20 mil milhões de dólares para apoiar pessoas e empresas mais afetadas pelos surtos.

Com cerca de sete milhões de habitantes, a região enfrenta uma quinta vaga de infeções pelo novo coronavírus, a pior desde o início da pandemia, com milhares de casos todos os dias.

Chan garantiu que Hong Kong vai “controlar gradualmente” a propagação da covid-19, algo que permitirá também o reinício das viagens sem quarentena de e para a China e região vizinha de Macau, suspensas desde março de 2020.

O secretário das Finanças expressou confiança na recuperação do consumo e do investimento e previu que as medidas de estímulo fiscal agora anunciadas vão permitir à economia acelerar na segunda metade do ano.

Num discurso sobre os orçamentos da cidade para 2022 e 2023, Chan previu que a economia deverá crescer entre 2% e 3,5%, uma desaceleração significativa, justificada com uma base comparativa mais forte.

O produto interno bruto (PIB) da região chinesa cresceu 6,4% em 2021, após ter contraído 6,1% em 2020, devido ao impacto da pandemia.

Macau anunciou, em abril de 2021, uma segunda ronda de apoios ao consumo no valor total de 5,88 mil milhões de patacas, dando aos residentes subsídio de cinco mil patacas e a um montante de três mil patacas em descontos imediatos, através de pagamento móvel ou de um cartão eletrónico.

23 Fev 2022

Covid-19 | Hong Kong impõe três testes obrigatórios a todos os residentes

Toda a população de Hong Kong deve submeter-se a três testes de despistagem à covid-19 em março, anunciou ontem a líder do executivo da região administrativa especial chinesa, que atravessa a pior vaga desde o início da pandemia.

“Aqueles que não se submeterem ao teste serão responsabilizados”, disse Carrie Lam, ao mesmo tempo que comunicava que os funcionários da China continental estavam agora a coordenar a política de luta contra a doença covid-19 no território.

A cidade de Hong Kong, uma das mais densamente povoadas do mundo, enfrenta uma quinta vaga de infeções pelo novo coronavírus, a pior desde o início da pandemia, com milhares de casos todos os dias.

“O rápido agravamento da epidemia excedeu em muito a capacidade do governo de Hong Kong para enfrentar esta situação. O apoio do governo central é, portanto, essencial para combater o vírus”, afirmou Carrie Lam aos jornalistas, acrescentando que o chefe do gabinete de ligação de Pequim, Xi Baolong, será o responsável pela política de saúde do território.

Segundo as novas regras, os 7,4 milhões de residentes terão de se submeter a três rondas de testes obrigatórios em março.

Os testes vão ser repartidos por vários dias e os residentes terão também de se submeter diariamente a testes rápidos de antigénios em casa.

As escolas e muitas atividades comerciais, tais como ginásios, bares e salões de beleza, vão permanecer fechados até ao final de abril, enquanto os estabelecimentos de ensino vão ser transformados em centros de testes.

Os voos de nove países, incluindo Reino Unido, Estados Unidos e França, continuam interditos.

Carrie Lam confirmou também que Hong Kong se vai manter fiel a uma política de isolamento de pessoas que apresentem testes positivos à covid-19, mesmo as assintomáticas, em centros de quarentena construídos com a ajuda das autoridades chinesas.

23 Fev 2022

Covid-19 | Dois novos casos importados de Hong Kong

Dois residentes de Macau provenientes de Hong Kong, testaram positivo para a covid-19 na segunda-feira. Os dois casos, ambos importados, foram classificados como o 80.º caso confirmado em Macau e o outro como um caso de infecção assintomática.

O 80.º caso confirmado, trata-se de um residente de 58 anos de idade inoculado com três doses da vacina da Sinopharm que chegou a Macau no sábado, através do autocarro de ligação dos postos fronteiriços da Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau (Autocarro Dourado). Após ter sido encaminhado para a Pousada Marina Infante para fazer quarentena, o paciente testou positivo no primeiro exame de ácido nucleico realizado no domingo.

Contudo, no dia seguinte, testou positivo para a covid-19, tendo sido encaminhado para o Centro Clínico de Saúde Pública em Coloane para isolamento e tratamento, apresentando “sintomas de tosse ligeira e perda do paladar”.

O segundo caso diz respeito a uma residente de Macau de 49 anos, inoculada com duas doses da vacina da Sinopharm, que entrou em Macau na segunda-feira, depois de apanhar também o Autocarro Dourado. Apesar de não ter sintomas, a residente testou positivo para a covid-19 ao entrar em Macau, tendo sido encaminhada para o Centro Clínico de Saúde Pública em Coloane.

23 Fev 2022

Covid-19 | Governo pode impor medidas a não vacinados em caso de surto iminente

Numa altura em que dois residentes de Hong Kong em quarentena testaram positivo à covid-19, o Governo admitiu vir a tomar medidas mais rigorosas e dificultar a vida à população não vacinada, caso o risco de surto em Macau aumente. Suspensão do autocarro dourado dificulta regresso de residentes. Governo faz apelo urgente à vacinação

 

Perante o agravamento da situação epidémica em Hong Kong que, só ontem, registou mais de 6.000 novos casos, o Centro de Coordenação admitiu vir a tomar medidas de prevenção mais rigorosas, que podem vir a dificultar a vida à população que ainda não está vacinada contra a covid-19.

“Caso o risco de infecção comunitária de Macau aumente, vamos adoptar medidas da prevenção da pandemia mais rigorosas e será inevitável que, a partir desse momento, isso possa causar constrangimentos a quem ainda não está vacinado”, pode ler-se num comunicado divulgado ontem pelo Centro de Coordenação.

Paralelamente, foi emitido um apelo urgente para que a população se vacine “o mais rapidamente possível”, nomeadamente as crianças e os idosos.

“Actualmente existe uma transmissão comunitária em grande escala do novo coronavírus nas áreas vizinhas e já foram registados vários casos importados de infecção em Macau, daí o risco de infecção comunitária continuar a aumentar”, pode ler-se numa outra nota oficial.

Com o aumento de “casos mortais e casos graves envolvendo crianças e idosos”, e com uma taxa de vacinação ainda longe da “ideal”, é acrescentado que as pessoas vacinadas, só alcançam “imunidade suficiente”, pelo menos duas semanas depois da inoculação.

A taxa de vacinação na faixa etária entre os 3 e os 11 anos é 6,7 por cento, entre os 70 e os 79 anos é de 45,7 por cento e com mais de 80 anos é de 17,9 por cento.

Sempre a somar

Entretanto, mais dois residentes de Hong Kong testaram positivo à covid-19 no sábado, após terem entrado em Macau no dia 13 de Fevereiro através do autocarro da Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau (autocarro dourado), que partiu de Hong Kong às 18h00 desse mesmo dia.

Em comunicado, o Centro de Coordenação revela tratar-se de uma mulher de 52 anos, com duas doses da vacina da Sinovac, e de uma criança de 10 anos, que não tomou qualquer dose da vacina contra a covid-19. Os dois novos casos encontravam-se em isolamento no Centro Clínico de Saúde Pública de Coloane, após uma mulher de 41 anos, que viajou e ficou no mesmo quarto, ter testado positivo para a doença na quarta-feira.

Entre quarta e sexta-feira da semana passada, os testes diários realizados foram sempre negativos. Tanto a mulher de 52 anos, como a criança de 10 anos não apresentam sintomas, pelo que foram classificados como “casos importados de infecção assintomática”, não entrando, por isso, na contabilização de casos confirmados de Macau.

Enquanto isso, alguns residentes de Macau contaram ao canal em língua inglesa da TDM, terem ficado impedidos de vir para o território após algumas viagens do serviço do autocarro dourado terem sido canceladas desde o dia 17 de Fevereiro.

De malas feitas, um desses estudantes revelou à emissora pública que a viagem que tinha adquirido foi suspensa três dias antes da data de regresso a Macau, acrescentando ser agora impossível marcar nova viagem, dado que os bilhetes para os próximos dias já se encontram esgotados.

“Quando contactei os serviços do autocarro dourado, disseram-me que os horários e a frequência dos autocarros são controlados pelo Governo e que não tinham sido notificados para aumentar ou mudar a frequência das viagens. Senti-me desiludido e chocado com este arranjo e também porque o Governo anunciou que aqueles que já tinham adquirido bilhete, deixaram, de repente, de o ter”, disse Ng, que se encontra a viver e a trabalhar em Hong Kong.

Para maiores de 50

A população não vacinada contra a covid-19 com mais de 50 anos vai receber uma mensagem de telemóvel nos próximos dias para que seja inoculada “o mais rápido possível”.

Na iminência de que os surtos comunitários nas regiões vizinhas possam chegar a Macau, o Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus, reitera em comunicado, que a vacinação contra a covid-19 pode reduzir a ocorrência de “doenças graves e até mortais” e que, actualmente, Macau dispõe de mais de 10.000 vagas diárias.

21 Fev 2022

Hong Kong | Situação pandémica obriga a reforço de medidas em Macau

A partir de segunda-feira, quem vier de Hong Kong e Taiwan terá de cumprir um período de auto-gestão de saúde de sete dias, que se soma aos 14 dias de quarentena, não podendo viajar para o Interior da China. Funcionários públicos devem vacinar-se com as duas doses até segunda-feira

 

O Centro de Coordenação e de Contingência do novo tipo de coronavírus decidiu reforçar algumas medidas de combate à covid-19, tendo em conta a situação epidémica em Hong Kong, que ontem registou mais de seis mil novos casos de contágio.

Desta forma, a partir da próxima segunda-feira, dia 21, será obrigatória a realização de uma auto-gestão de saúde de sete dias para quem viaja de Hong Kong e Taiwan para Macau, somando-se a quarentena obrigatória de 14 dias.

Segundo Leong Iek Hou, médica e coordenadora do Centro, “neste período [de auto-gestão de saúde] não é permitida a deslocação para o Interior da China via Macau, devendo estas pessoas submeterem-se a testes de ácido nucleico”. “Se estes testes não forem efectuados nas datas indicadas o código de saúde destas pessoas fica amarelo até se obter um resultado negativo”, acrescentou.

Desde as seis da manhã de ontem, quem viaja de Hong Kong deve ainda esperar pelo resultado do seu teste de ácido nucleico no posto fronteiriço, sendo que este período de espera pode ser de seis horas.

As autoridades pedem ainda à população para ter cuidado ao manusear encomendas, jornais e revistas vindas de Hong Kong. “Apelamos às empresas de diferentes níveis de comércio e à população para adoptar medidas preventivas, prestando atenção aos jornais e revistas provenientes de Hong Kong. Embora o risco seja relativamente baixo, estes jornais não devem ser deixados em qualquer lado e devem lavar as mãos.”

Sim à vacinação

Outra das medidas anunciadas ontem pelo Centro de Coordenação prende-se com a obrigatoriedade de os funcionários públicos terem de se vacinar até segunda-feira.

“Exigimos que todos os trabalhadores completem as duas doses da vacina até ao dia 21. A taxa de vacinação dos funcionários públicos, com duas ou três doses da vacina, é de 83,6 por cento. Há ainda espaço para um aumento. Quanto aos testes, temos a capacidade para realizar 72 mil”, disse Leong Iek Hou.

Quanto aos estudantes de Macau que se encontram retidos em Hong Kong por não conseguirem encontrar um quarto para a quarentena, as autoridades adiantaram que entre ontem e hoje vão chegar 50 alunos, que ficarão alojados no hotel Tesouro.

Lau Fong Chi, chefe do departamento de comunicação e relações externas da Direcção dos Serviços de Turismo, disse que têm sido estabelecidos contactos para encontrar mais quartos de hotéis para quarentena, mas que nesta fase existem dificuldades no processo. Desta forma, foi aconselhado a que os estudantes contactem directamente as unidades hoteleiras e aguardem por um quarto em lista de espera.

18 Fev 2022

Covid-19 | HK com mais de seis mil casos. Sete hospitais públicos acima da capacidade

A quinta vaga da pandemia parece não dar tréguas em Hong Kong. Hoje a região atingiu a fasquia dos 6.116 novos casos, numa altura em que sete hospitais públicos já atingiram ou excederam a sua capacidade. Nesta fase há 20 doentes para cada profissional de saúde, quando a média habitual é de quatro para um

 

As autoridades de Hong Kong registaram hoje 6.116 novos casos diários de covid-19, uma situação que levou a que sete hospitais públicos do território tenham atingido ou mesmo ultrapassado a sua capacidade de resposta.

Segundo o jornal South China Morning Post, David Chan Kwok-shing, presidente do sindicato Hospital Authority Employees Alliance, descreveu que o rácio actual é de 20 doentes para cada profissional de saúde, quando a média normal é de quatro doentes para um. O mesmo responsável frisou que alguns profissionais médicos “nunca enfrentaram uma situação tão má”, sendo que o Corpo de Bombeiros também enfrenta uma “severa falta de recursos humanos”. Neste sentido, David Chan Kwok-shing apela ao Governo para dar resposta face à enorme falta de profissionais para dar resposta ao aumento de doentes com covid-19.

Dados da Autoridade Hospitalar, citados pelo canal de rádio e televisão RTHK, revelam que esta quarta-feira um total de 4.142 pessoas foram às urgências, sendo que 17 por cento desses pacientes foram admitidos. Os 17 hospitais públicos do território têm habitualmente uma taxa de ocupação na ordem dos 95 por cento, mas ontem unidades como o Hospital Príncipe de Gales, Tin Shui Wai e Tseung Kwan O excederam a sua capacidade, com taxas de ocupação de 108, 107 e 106 por cento, respectivamente. Outras unidades de saúde também operaram com todas as vagas ocupadas.

A agência Xinhua noticiou ontem que as autoridades de Guangdong vão enviar para Hong Kong epidemiologistas e equipamentos de testagem da covid-19, mediante instruções do director da Comissão Nacional de Saúde da China, Wang Hesheng.

E as eleições?

Carrie Lam, Chefe do Executivo de Hong Kong, garantiu esta semana que não vai decretar um confinamento geral no território, mas já há quem defenda que as eleições para este cargo, que estão marcadas para o dia 27 de Março, devem ser adiadas.

É o caso de Tam Yiu-chung, único delegado de Hong Kong à Assembleia Popular Nacional, que apontou, a um programa de rádio, que outras matérias deveriam ser adiadas para que o foco político seja apenas a luta contra a pandemia.

“É muito importante controlar os surtos o mais cedo possível, porque é uma questão de vida ou morte. O Presidente Xi Jinping disse que esta deveria ser a nossa prioridade. Tudo o que nos possa distrair, devemos colocar em suspenso”, disse, segundo o canal RTHK.

No entanto, o conselheiro do Executivo Ronny Tong disse que é preciso olhar para o que consta na Lei Básica do território, que determina mandatos de cinco anos para o cargo do Chefe do Executivo.

“Segundo a nossa lei eleitoral, podemos adiar as eleições até um máximo de 42 dias. Mas penso que temos de ser muito cuidados, porque adiar a eleição significa que estamos a restringir o período disponível para que a próxima Administração forme um novo Governo”, explicou.

17 Fev 2022

Pandemia | LegCo de Hong Kong aprova nova ronda de apoios financeiros

Os deputados do Conselho Legislativo de Hong Kong (LegCo) aprovaram esta terça-feira a sexta ronda de apoios para o Fundo Anti-Epidémico no valor de 27 mil milhões de dólares de Hong Kong.

Numa nota divulgada na terça-feira à noite, citada pela Xinhua, Carrie Lam disse que os departamentos públicos do seu Governo devem implementar plenamente as medidas de apoio. Esta nova ronda de apoio inclui 48 medidas que vão beneficiar 67 mil negócios e operadores, sem esquecer cerca de 750 mil residentes mais carenciados. Algumas das propostas prevêem o pagamento de dez mil dólares de Hong Kong a quem perdeu o emprego nesta quinta vaga da pandemia ou para os que estiveram desempregados no último mês.

Segundo o portal HK Free Press, a discussão no LegCo não esteve isenta de críticas, com alguns deputados a questionarem até que ponto estas propostas são suficientes para ajudar a população desempregada ou em regime de licença sem vencimento.

Carrie Lam adiantou que, com o pleno apoio das autoridades de Pequim, e em cooperação com a comunidade local, o Governo vai continuar o desafio de lidar com a pandemia no território. A governante apelou a que os residentes se mantenham confiantes neste período difícil, tendo apelado novamente à vacinação.

16 Fev 2022

Covid-19 | Xi Jinping pede ao Governo de HK para assumir responsabilidades

O Presidente chinês defende que as autoridades da região vizinha devem assumir “a principal responsabilidade” quanto à explosão de casos de covid-19 no território. Xi Jinping assume estar muito preocupado com a situação e diz que o Executivo deve fazer do combate à pandemia a sua máxima prioridade

 

Numa altura em que os casos locais de covid-19 em Hong Kong não dão sinais de abrandar, os sinais de alerta voltam a chegar de Pequim. Segundo o canal de rádio e televisão RTHK e jornal South China Morning Post, que citam os jornais chineses Ta Kung Pai e Wen Wei Po, o Presidente Xi Jinping está muito preocupado sobre a situação da pandemia em Hong Kong e pede que o combate aos contágios seja a máxima prioridade das autoridades locais para que a normalidade regresse à região vizinha.

Segundo a imprensa chinesa, o Presidente chinês frisou que “as autoridades devem mobilizar todas as forças e recursos que podem ser mobilizados, adoptar todas as medidas necessárias e proteger a vida e a saúde das pessoas de Hong Kong”.

Xi Jinping terá mesmo pedido a Han Zheng, vice-primeiro-ministro e responsável pelos assuntos de Hong Kong, para falar com Carrie Lam, Chefe do Executivo de Hong Kong, para lhe transmitir “a preocupação sobre a situação pandémica na cidade e o seu cuidado para com os residentes de Hong Kong”. A ideia é que o Governo Central, juntamente com as autoridades da província de Guangdong, possam trabalhar em conjunto com Hong Kong para travar a escalada de casos.

Carrie Lam agradece

Numa nota difundida ontem, a Chefe do Executivo de Hong Kong, Carrie Lam, disse estar determinada a recorrer ao apoio de Pequim e unir vários sectores da sociedade para travar a quinta vaga da pandemia, numa altura em que a variante Ómicron do novo coronavírus domina a maior parte dos casos.

“O Governo Central sempre disponibilizou o seu maior apoio a Hong Kong. O Governo da RAEHK vai suportar a grande responsabilidade de gerir os surtos de acordo com as instruções do Presidente Xi Jinping”, lê-se no comunicado citado pelo canal RTHK.

A governante adiantou que o Governo local irá “mobilizar todos os recursos e adoptar todas as medidas necessárias para garantir a saúde pública e a estabilidade social”.

A ideia é trabalhar de perto com as autoridades chinesas, reforçar locais de testagem e de vacinação e criar mais locais para o isolamento de doentes ou de pessoas com contacto próximo.

Uma das primeiras medidas prende-se com a abertura, ontem, de sete clínicas públicas que irão apenas tratar doentes covid-19, dada a sobrecarga que já se faz sentir nos hospitais da cidade.

O deputado Peter Koon defendeu mesmo que deveria ser dada a oportunidade de tratamento de doentes na China. “Sugiro enviar os doentes de covid-19, com sintomas ligeiros, para serem tratados na China de uma forma voluntário. Os hospitais temporários podem ser construídos rapidamente em Shenzhen ou em outras zonas de Guangdong, a fim de aliviar a pressão das quarentenas em Hong Kong.”

16 Fev 2022

Covid-19 | Duas residentes vindas dos EUA testam positivo

Duas residentes de Macau, provenientes dos Estados Unidos da América (EUA) testaram positivo à covid-19, após chegarem ao território na segunda-feira via Singapura. Em comunicado divulgado ontem pelo Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus, ambas foram classificadas como “casos importados de infecção assintomática”, após os testes de ácido nucleico realizados à chegada e no dia seguinte terem sido positivos.

A primeira residente, com 57 anos de idade, administrou nos EUA três doses da Vacina de mRNA da Moderna e nos dias 9, 10 e 11 de Fevereiro efectuou três testes de ácido nucleico na cidade de São Francisco, que revelaram estar todos negativos. No dia 12 de Fevereiro, a paciente apanhou o voo n.º SQ33 de EUA para Singapura (assento n.º 36E), e na segunda-feira viajou no avião n.º TR904 de Singapura para Macau (assento n.º 27C).

A outra residente, com 25 anos de idade, também administrou nos EUA três doses da Vacina de mRNA da Moderna, tendo testado negativo à covid-19 em exames realizados nos dias 7, 9 e 11 de Fevereiro. No dia 12 de Fevereiro de 2022, apanhou o voo n.º SQ37 dos EUA para Singapura (assento n.º 51A), e na segunda-feira, viajou no avião n.º TR904 de Singapura para Macau (assento n.º 8A).

As duas residentes não apresentam qualquer sintoma relacionado com a doença e foram encaminhadas para o Centro Clínico de Saúde Pública para isolamento. Por serem consideradas “casos importados de infecção assintomática”, as infecções não contam para as estatísticas de casos confirmados de Macau.

16 Fev 2022

Pandemia | Novo caso assintomático e 50 estudantes regressam este mês

Um trabalhador não residente em quarentena acusou positivo para a covid-19 ao fim de três dias em Macau. Ao todo, a DSEDJ revelou ter recebido 106 pedidos de ajuda de estudantes em Hong Kong que querem regressar ao território. Destes, 50 devem voltar ainda em Fevereiro, já que as autoridades dizem ter encontrado os quartos necessários para a realização da observação médica

 

Com parte do trabalho de prevenção epidémica focado na situação de Hong Kong, cuja quinta vaga levou ao registo de mais de 2.000 casos diários na segunda-feira, as autoridades anunciaram a detecção de um novo caso importado de um trabalhador não residente proveniente da região vizinha.

Quanto aos residentes de Macau que estão a estudar em Hong Kong e manifestaram intenção de regressar ao território devido ao agravamento da situação epidémica, a Direcção dos Serviços de Educação e Desenvolvimento da Juventude (DSEDJ), apontou, segundo o jornal Ou Mun, ter recebido 106 pedidos de ajuda, entre os quais, 50 de estudantes que desejam voltar até ao final de Fevereiro.

Sobre o novo caso de covid-19, o Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus aponta trata-se de um residente de Hong Kong de 51 anos que entrou em Macau na passada sexta-feira e que apenas acusou positivo para a doença ao fim de três dias de observação médica no Regency Art Hotel. Antes de acusar positivo, os testes de ácido nucleico realizados nos dias 11 e 13 de Fevereiro foram negativos.

Como medida de precaução, foi encaminhado para o Centro Clínico de Saúde Pública, onde vai cumprir isolamento. O paciente, inoculado com três doses da vacina Sinopharm não apresenta qualquer sintoma nem histórico de infecção por covid-19, tendo sido classificado como “caso importado de infecção assintomática” e não como caso confirmado. Isto, depois de as autoridades terem alterado os critérios de classificação de casos por covid-19 no início de Dezembro.

Solução à vista

Depois de vários alunos de Macau em Hong Kong terem relatado a impossibilidade de voltar ao território devido à falta de quartos para quarentenas, a DSEDJ revelou que, em coordenação com a Direcção dos Serviços de Turismo (DST), obteve entretanto por parte dos hotéis de observação médica a disponibilização dos quartos necessários para concretizar o regresso de cerca de 50 alunos durante o mês de Fevereiro.

Segundo um comunicado da DSEDJ, citado pelo jornal Ou Mun, os serviços de educação dizem ter recebido, no total, 106 pedidos de ajuda provenientes de estudantes de Macau em Hong Kong que desejam voltar ao território.

“A DSEDJ concluiu o seu trabalho de recolha. Um total de 106 estudantes do ensino superior que estão em Hong Kong manifestaram vontade de regressar a Macau, entre os quais, cerca de 50 pretendem voltar em Fevereiro. Após a coordenação entre a DST e os hotéis de observação médica, e de acordo com as exigências dos Serviços de Saúde (…) os estabelecimentos estão em condições de providenciar quartos aos estudantes que desejam regressar a Macau em Fevereiro”, pode ler-se no comunicado.

Na mesma nota, a DSEDJ sublinha ainda que irá manter uma comunicação próxima com todos os alunos que se encontram em Hong Kong e responder às solicitações em coordenação com a DST, a Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT) e os Serviços de Saúde.

16 Fev 2022