Hoje Macau SociedadeJardim da Flora | Pista de gelo concluída este mês O Instituto para os Assuntos Municipais (IAM) revelou que as obras de construção de uma pista de gelo para crianças no Jardim da Flora vão ser concluídas neste mês. A revelação foi feita durante um colóquio sobre assuntos comunitários da Freguesia de São Lázaro, na quarta-feira. Segundo o jornal Ou Mun, os representantes do IAM explicaram que antes de ser uma pista de gelo, o local era um labirinto com plantas. Como este espaço foi danificado pelo sol e chuvas intensas, ao mesmo tempo que outras construções impediram a construção de abrigos para a vegetação, o IAM decidiu instalar ali uma pista de gelo com 450 metros quadrados. Os representantes do IAM explicaram também que na fase actual ainda estão a corrigir alguns defeitos nas obras e que numa fase posterior, quando estiver garantida a segurança, a pista vai estar aberta ao público.
Hoje Macau SociedadeGás | Mais de dois terços de casas inspeccionadas com risco de fuga Entre Julho de 2019 e o mês passado, o Corpo de Bombeiros inspeccionou 1.742 apartamentos para detectar potenciais riscos de fuga de gás, e verificou que menos de um terço das habitações, 30,4 por cento, passou no teste. A informação foi revelada ontem pelo segundo comandante do Corpo de Bombeiros, Lam Chon Sang, aos microfones do programa Fórum Macau, do canal chinês da Rádio Macau. Entre as mais de 1.200 fracções onde foram encontrados problemas, o responsável adiantou que os riscos mais frequentes eram ligações defeituosas entre botijas de gás a fogões e esquentadores, falta de ventilação ou instalação em locais inapropriados, e mangueiras danificadas ou fora do prazo de validade. “Começámos as inspecções em habitações desde Julho de 2019, porque havia imensos casos de intoxicação por monóxido de carbono não só em Macau, mas também nas zonas vizinhas. Até Fevereiro deste ano, fizemos 1.742 inspecções e apenas cerca de 530 tinham condições perfeitas”, revelou Lam Chon Sang. O segundo comandante do CB colocou água na fervura e relativizou o que “parece ser o grande número de casas” com perigo de fuga de gás, destacando que os moradores ou proprietários não marcam inspecções com os fornecedores de gás ou manutenção. Lam Chon Sang aproveitou a oportunidade para apelar aos residentes a utilização da linha aberta, ou o contacto na página oficial dos bombeiros, para marcar inspecções às instalações de gás.
João Santos Filipe Manchete SociedadeMedicamentos | Detectada loja envolvida em distribuição ilegal A acção das autoridades decorreu na quarta-feira, e resultou na apreensão de mais de 500 caixas de medicamentos antivirais para a hepatite B e injecções hipoglicemiantes. Os visados arriscam uma multa que pode chegar às 700 mil patacas As autoridades anunciaram ter detectado uma loja, nas Portas do Cerco, que se dedicava à distribuição de medicamentos importados para o território sem autorização legal. O caso foi revelado na noite de quarta-feira, através de um comunicado do Instituto para a Supervisão e Administração Farmacêutica (ISAF) e dos Serviços de Alfândega (SA). De acordo com a informação divulgadas, as autoridades “realizaram uma acção conjunta e apreenderam mais de 500 caixas de medicamentos antivirais para a hepatite B e injecções hipoglicemiantes que não tinham sido registados e aprovados para importação pelo ISAF”. As injecções hipoglicemiantes são utilizadas por pessoas com diabetes, uma condição que se caracteriza por níveis muito elevados de açúcar no sangue. A hepatite B é uma doença viral, que tende a afectar o fígado e que pode evoluir para outras doenças como cirrose ou até cancro do fígado. Pode ser transmitida através da partilha de seringas, relações sexuais e outros contactos sanguíneos. A loja, identificada como uma “agência comercial na zona das Portas do Cerco”, estava “envolvida no fornecimento de medicamentos sem licença e na importação ilegal de medicamentos”. Após a operação, o ISAF abriu um processo para investigação deste caso, enquanto os SA “procederam à acusação contra o responsável da loja em relação à violação das disposições da importação de produtos”. Multa até 700 mil patacas Após a divulgação do caso, o ISAF e os SA fizeram um comunicado a garantir que “combatem em conjunto as actividades ilegais através da partilha de informações, comunicação e colaboração interdepartamentais”. Além disso, foi deixado um alerta aos infractores que podem se obrigados a pagar multas, e até assumir responsabilidade criminal. “Segundo a legislação em vigor relativa às actividades farmacêuticas, só podem fornecer medicamentos os estabelecimentos com licença concedida pelo ISAF”, foi explicado. “Além disso, a importação de medicamentos também está sujeita à autorização prévia e licença de importação concedidas pelo ISAF. O infractor poderá ser punido com multa de até 700 mil patacas e para circunstâncias graves, o infractor poderá assumir responsabilidade penal”, foi acrescentado. O ISAF pediu também aos residentes que tenham conhecimento da existência de locais de venda não autorizados de medicamentos, ou de quando estes são vendidos sem a licença de importação, que denunciem as situações às autoridades.
João Santos Filipe SociedadeEx-terreno de Stanley Ho no mercado por 88 milhões de dólares de Hong Kong Um terreno em Hong Kong, que faz parte do património deixado aos familiares por Stanley Ho, foi colocado à venda por 88 milhões de dólares de Hong Kong, de acordo com o portal HK01. O terreno fica localizado na Rua Kimberley, em Tsim Sha Tsui, Kowloon, e os administradores da herança do magnata pretendem receber cerca de 55.800 dólares de Hong Kong, por cada um dos cerca de 1.572 metros de construção permitidos no local. A venda foi decidida pela empresa de serviços financeiros KPMG, nomeada gestora do património deixado pelo magnata. A escolha desta companhia foi feita por Pansy Ho, filha de Stanley com a segunda mulher, Lucina Laam. Contudo, a decisão esteve longe de ser pacífica, e acabou contestada nos tribunais por Angela Ho, filha de Stanley Ho com Clementina Leitão, a primeira mulher, que pretendia ser igualmente nomeada como uma das administradoras do património. No entanto, os tribunais de Hong Kong acabaram por recusar a intenção de Angela Ho, com a justificação de que a gestão por parte da empresa KPMG, e sugerida por Pansy Ho, contava com o apoio da maioria dos beneficiários do património de Stanley. Controlo em 1970 Quanto à venda, está a cargo da agência de imobiliário CBRE, e vai decorrer de forma privada, sem que o terreno, actualmente sem construção, vá ser alvo de qualquer intervenção. A localização é tida como atractiva, uma vez que fica perto da saída B2 da Estação de Metro Tsim Sha Tsui, uma zona com várias opções de comércio, entretenimento e de refeições, além de atrair vários residentes de Hong Kong e turistas. De acordo com a informação do portal HK01, o terreno que agora vai ser vendido era controlado, inicialmente, por Stanley em parceria com Rogério Lobo, empresário e ex-deputado de Hong Kong, nascido em Macau. No entanto, em 1970, Ho comprou a totalidade da propriedade por 82.500 dólares de Hong Kong. Mais recentemente, em Março de 2023, o terreno foi entregue à KPMG para tratar da venda.
João Luz Manchete SociedadeCentros comerciais | Galaxy e Sands com quebras de receitas em 2024 A Galaxy e a Sands China tiveram quebras nas receitas líquidas nos centros comerciais tanto no quatro trimestre de 2024, como em todo o ano passado. No caso da Galaxy, as receitas líquidas do ano passado caíram 10,8 por cento, enquanto a Sands China registou quebras de quase 4 por cento Os últimos resultados financeiros das concessionárias Galaxy Entertainment Group e Sands China revelam diminuições nas receitas líquidas dos seus centros comerciais no Cotai no ano passado. Os resultados financeiros de 2024 mostram que as grandes superfícies do Cotai não escaparam ao clima de contracção que assola o sector do comércio e retalho em todo o território. No caso do principal resort integrado da concessionária que tem Francis Lui ao leme, o Galaxy Macau, o seu centro comercial registou no último trimestre de 2024 receitas líquidas superiores a 348 milhões de dólares de Hong Kong, um desempenho semelhante aos três meses anteriores. Porém, em termos anuais as receitas líquidas do centro comercial do Galaxy Macau no quatro trimestre de 2024 caíram 4,4 por cento face ao mesmo período de 2023. Tendo em conta os resultados anuais, em 2024, o shopping do Galaxy Macau facturou 1,39 mil milhões dólares de Hong Kong, total que representou uma descida de 10,8 por cento das receitas líquidas. Porém, as receitas do ano passado foram 13,1 por cento superiores ao registo de 2019, quando o centro comercial do Galaxy Macau apurou 1,23 mil milhões de dólares de Hong Kong em receitas líquidas, de acordo com o portal GGRAsia. Frutos ímpares Em relação aos cinco centros comerciais que a Sands China tem no Cotai, a empresa registou resultados financeiros díspares no ano passado. No cômputo das cinco propriedades, as receitas líquidas no último trimestre de 2024 totalizaram 136 milhões de dólares norte-americanos, um aumento de 8,8 por cento face aos três meses anteriores, mas uma quebra de 12,8 por cento em relação ao mesmo trimestre de 2023. Já quanto ao resultado do ano inteiro, as receitas líquidas dos centros comerciais da Sands China foram de 492 milhões de dólares, menos 3,9 por cento em relação aos 512 milhões apurados em 2023, e também menos cerca de 7 por cento do registo de 2019. Recorde-se que no último ano antes da pandemia, 2019, a operadora ainda não tinha inaugurado o shopping The Londoner Macao. Entre o portfolio de centros da Sands China, o The Venetian e o centro combinado do The Plaza e Four Seasons foram os que facturaram mais receitas, com 230 milhões de dólares e 158 milhões de dólares, respectivamente. Porém, se as receitas líquidas do The Venetian tiveram um aumento anual de 1,3 por cento em 2024, enquanto o centro comercial combinado registou uma quebra anual significativa de 15,5 por cento face a 2023. A performance das grandes superfícies comerciais do Cotai não destoa dos dados estatísticos globais tanto no volume de negócio do comércio no território, como nos gastos per capita dos turistas relativos ao ano passado. No que diz respeito aos gastos dos visitantes, no ano passado cada um gastou em média 2.387 patacas em Macau, menos 7,3 por cento face a 2023 e menos 1,2 por cento em comparação com o registo de 2019. Por outro lado, o volume de negócios dos estabelecimentos do comércio a retalho registou em 2024 uma redução de 14,9 por cento face ao ano anterior, de acordo com os dados da Direcção dos Serviços de Estatística e Censos, com as quebras a estenderem-se aos supermercados, que normalmente escapavam às tendências negativas. Os negócios das lojas de relógios e joalharia foram os que mais sofreram no ano passado, com quebras anuais de 25,3 por cento.
Hoje Macau SociedadeEnvelhecimento | Alvis Lo promete mais recursos O director dos Serviços de Saúde, Alvis Lo, prometeu um aumento do investimento nos cuidados de saúde, de forma a lidar com o envelhecimento da população. A promessa foi deixada durante uma reunião do Conselho para os Assuntos Médicos, em que Alvis Lo participou na condição de presidente. De acordo com o comunicado oficial, o presidente do conselho indicou que “os Serviços de Saúde continuam a investir mais recursos, começando pela cadeia de serviços de prevenção, tratamento e reabilitação, através da prestação de serviços médicos especializados, de cuidados de saúde comunitários e de serviços médicos de proximidade”. Desta forma, Alvis Lo acredita que será possível disponibilizar serviços mais “abrangentes e adequados aos idosos”. Por outro lado, Alvis Lo indicou que os SS estão apostados em “promover activamente a implementação do Plano de Acção para Macau Saudável”, para “apoiar os idosos na formação de um estilo de vida saudável, elevando a sua qualidade de vida e o seu nível geral de saúde”. O responsável acrescentou ainda que é necessário “reforçar a cooperação interdepartamental do Governo e de incentivar a participação das associações”, para melhorar a qualidade dos serviços de saúde prestados.
João Santos Filipe Manchete SociedadeAmbiente | Qualidade do ar em Macau piorou no ano passado Entre os países ou regiões analisadas, Macau é o 52.º com pior qualidade do ar, um registo pior do que em 2023, quando estava na 64.ª posição do ranking mundial No ano passado, o ar em Macau ficou mais poluído, e o nível médio da concentração das partículas 2,5 ultrapassou em três vezes os valores recomendados. A informação consta do ranking mundial da qualidade do ar, elaborado pela da empresa suíça IQAir. Em termos da poluição do ar, as partículas PM2,5, também conhecidas como partículas finas, são altamente perigosas, porque podem entrar no sistema respiratório e alojar-se nos alvéolos dos pulmões, contribuindo para o desenvolvimento de várias doenças, inclusive algumas mortais. Segundo a empresa IQAir, no ano passado a média anual de concentração das partículas 2,5 foi de 17,7 microgramas por metro cúbico. O valor excede em mais de três vezes as recomendações da Organização Mundial de Saúde. Em comparação, a avaliação de 2023 mostrava que a concentração média das partículas 2,5 tinha sido de 16,2 microgramas por metro cúbico, o que prova a deterioração da qualidade do ar. Os dados detalhados mostram que os meses mais perigosos para a saúde da população ocorreram em Dezembro do ano passado, quando a média da concentração de partículas foi de 39 microgramas por metro cúbico, um valor que excede em pelo menos sete vezes os valores considerados seguros para a saúde. Janeiro de 2024 foi outro mês preocupantes, com a concentração média a ser de 30,2 microgramas por metro cúbico, valor que excede em cinco vezes os valores saudáveis. No pólo oposto, Junho, Julho e Agosto foram os meses com o ar mais saudável, com concentrações de a variar entre 5,1 microgramas por metro cúbico e 9,8 microgramas por metro cúbico, valores que excedem uma a duas vezes os valores seguros. A subir no ranking Com a qualidade do ar em Macau a ficar pior entre 2023 e 2024, a RAEM conseguiu subir 12 lugares no ranking da 64.ª posição para a 52.ª posição. No entanto, quanto mais alto se está no ranking pior é a qualidade do ar. Por sua vez, a China surge no 21.º lugar, com uma concentração de 31.0 microgramas por metro cúbico. Enquanto o Chade é o país com a pior qualidade do ar, com uma concentração de 91,8 microgramas por metro cúbico. A região de Hong Kong surge no 63º lugar, com uma concentração de 16,3 microgramas por metro cúbico. Quando a comparação é feita apenas tendo em conta a Ásia Oriental, a China domina em toda a linha, ocupando os 15 primeiros lugares do ranking das cidades com o ar menos saudável. Hotan, no sudeste de Xinjiang, alcançou o pior registo e apresentou uma concentração de 84,5 microgramas por metro cúbico, o que excede em mais de 10 vezes os valores saudáveis. No pólo oposto, o Japão ocupou os 15 lugares das cidades com o ar mais puro, com Suzu, cidade na Península de Noto, a ser a mais saudável com uma concentração de 5,1 microgramas por metro cúbico. Nenhuma cidade da Ásia Oriental cumpriu os padrões recomendados.
Hoje Macau SociedadeRetalho | Número de trabalhadores com subida ligeira No fim último trimestre do ano passado, o número de trabalhadores no sector do comércio a retalho totalizava 68.554 profissionais, total que representou uma ligeira subida de 0,3 por cento face ao mesmo período de 2023, revelou ontem a Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC). Já o número de pessoas ao serviço do ramo dos “transportes, armazenagem e comunicações” cresceu 4,1 por cento para um total de 15.110 trabalhadores. O sector do tratamento de resíduos sólidos e líquidos públicos empregava 933 trabalhadores no final do quarto trimestre de 2024, mais 1,5 por cento do que nos últimos três meses de 2023. No ramo das “actividades de segurança”, trabalhavam no período em análise 12.920 pessoas, mais 1,3 por cento em termos anuais. Em relação a salários no último mês de 2024, todos os ramos de actividade abrangidos por este inquérito da DSEC registaram aumento, excepto o sector que mais pessoas emprega, o comércio a retalho, onde as remunerações caíram 0,1 por cento para uma média de 14.730 patacas mensais. Nas actividades analisadas pela DSEC, destaque para as “actividade de segurança” que tiveram um aumento anual de salário em Dezembro de 6,7 por cento para uma média de 14.090 patacas, seguido dos trabalhadores dos “transportes, armazenagem e comunicações” que registaram um aumento de 2,6 por cento para uma média de 22.440 patacas.
Hoje Macau Manchete SociedadeSarampo | Macau aconselha vacina a quem viaje para os EUA O Governo aconselhou os residentes que não são imunes ao sarampo que se vacinem antes de viajarem para os Estados Unidos, onde um surto já infectou mais de 200 pessoas Os Serviços de Saúde (SS) apelaram a todos os habitantes de Macau a vacinarem-se “antes de viajaram para áreas onde o sarampo é endémico” nos Estados Unidos da América, de acordo com um comunicado divulgado na noite de segunda-feira. “Recentemente, houve muitos surtos de sarampo nos Estados Unidos e países como as Filipinas e o Vietname também estão a ser afectados pela baixa taxa de vacinação contra o sarampo, resultando em casos”, sublinharam os SS. Os residentes que nasceram a partir de 1970 são apontados como grupo prioritário para a vacinação, gratuita através de marcação nos centros de saúde públicos. Isto porque, embora a vacina contra o sarampo tenha sido introduzida pela então administração portuguesa em Macau no final da década de 1960, a taxa de vacinação permaneceu baixa até ao início dos anos 80. Segundo o mais recente relatório dos Centros de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, o país já registou quase 230 casos de sarampo durante o actual surto. A esmagadora maioria dos casos (94 por cento) atingiu pessoas não vacinadas ou que não completaram a vacinação e 80 por cento dos doentes são crianças ou adolescentes, revelaram os CDC na sexta-feira. Uma criança em idade escolar morreu no final de Janeiro numa região do oeste do estado do Texas onde já foram identificados 159 casos de sarampo. Inimigo invisível Os SS alertam para o facto de o sarampo ser “uma doença altamente contagiosa que pode ser transmitida através do ar, de gotículas ou do contacto directo com secreções nasofaríngeas de uma pessoa infectada. O período de incubação é geralmente de 7 a 18 dias, mas pode chegar aos 21 dias”. A entidade liderada por Alvis Lo acrescenta que o sarampo é contagioso quatro dias antes e depois do aparecimento das erupções na pele, e tem como sintomas “febre alta (superior a 38°), manchas na mucosa oral, erupção maculopapular sistémica, conjuntivite, tosse e corrimento nasal”. Uma vez infectadas, as crianças podem desenvolver complicações como otite média, encefalite e pneumonia. Em casos graves, pode levar à deficiência auditiva, à deficiência intelectual e até à morte. A vacina contra o sarampo, papeira e rubéola é segura e altamente eficaz na prevenção de infecções e casos graves. A primeira dose é recomendada para crianças dos 12 aos 15 meses, e a segunda para crianças dos 4 aos 6 anos. Lusa / João Luz
Hoje Macau SociedadeMICEF | Número de participantes internacionais a crescer O Fórum e Exposição Internacional de Cooperação Ambiental de Macau (MIECF, em inglês) garante que a edição deste ano vai ter um aumento de 15 por cento no número de participantes internacionais face ao ano passado. O evento está agendado para decorrer entre 27 a 29 de Março, e a participação de expositores, comerciantes e delegações provenientes de “quase 40 países e regiões”, segundo os organizadores, apresenta “um aumento significativo” o que torna o evento ainda mais internacional. Segundo os organizadores, as cinco zonas de exposição do 2025MIECF vão “acolher mais de 60 empresas estrangeiras com os mais recentes projectos de protecção ambiental” destas empresas. “A presença de mais de 100 empresas internacionais da Ásia-Pacífico, da Europa e dos países e regiões de língua portuguesa nas actividades programadas reflecte a profundidade e a amplitude da internacionalização desta edição do evento”, foi destacado. Durante a exposição, vai decorrer uma mesa redonda sobre a transformação urbana com representantes da Bélgica, Brasil, Vietname, Malásia, Filipinas, Coreia do Sul, Japão, Tailândia, Uzbequistão, cujo objectivo passa por “incentivar o intercâmbio entre cidades e a cooperação empresarial”. Vão também ser “organizadas cinco sessões de bolsas de contactos temáticas para compradores e visitantes profissionais nacionais e estrangeiros, com vista a criar oportunidades de encontro e cooperação”.
João Santos Filipe Manchete SociedadeGP Consumo | Ngan Iek Hang pede ajustes no programa O deputado dos Moradores pede uma maior flexibilização do programa que visa reter os consumidores em Macau e tentar salvar o comércio dos bairros comunitários face à concorrência do Interior Com o arranque de uma nova fase do Grande Prémio do Consumo marcado para 24 de Março, o deputado Ngan Iek Hang apelou ao Governo para resolver os problemas das duas edições anteriores, e facilitar a atribuição dos descontos. O Grande Prémio do Consumo é um evento de distribuição de cupões de descontos, para os residentes que consomem no comércio local, e que procura responder à fuga dos consumidores para o Interior. “Queremos que o Governo ajuste de forma dinâmica o Grande Prémio do Consumo. Por exemplo, recebemos opiniões de alguns residentes que é melhor haver mais flexibilidade a nível dos sorteios dos cupões de desconto e dos períodos em que podem ser utilizados”, afirmou Ngan Iek Hang, que participou numa palestra do Centro da Política da Sabedoria Colectiva, subordinado à Associação dos Moradores. Nos moldes anteriores, os residentes precisavam de consumir de segunda-feira a sexta-feira para se habilitarem a receber os cupões de desconto, que tinham de ser gastos no fim-de-semana seguinte. Caso esse não fosse o caso, os descontos passavam da validade. Este formato é considerado problemático: “Os residentes explicaram-nos que precisam de trabalhar entre segunda-feira a sexta-feira, ou que têm de trabalhar por turnos [o que impede o consumo nos dias indicados]”, apontou o deputado. “O período de habilitação para participar nos sorteios dos cupões de desconto tem de ser mais amplo e flexível”, frisou. Elogios da praxe Apesar de apontar a necessidade de melhorar o programa de apoio ao comércio local, Ngan Iek Hang destacou que a iniciativa merece ser elogiada, uma vez que também permite apoiar os mais idosos e os grupos mais desfavorecidos. Além disso, Ngan Iek Hang citou comerciantes das pequenas e médias empresas (PME) dos bairros comunitários que confessaram ter falta de liquidez e dificuldades para sobreviver no actual contexto económico, quando têm de fazer frente aos empréstimos contraídos durante a pandemia. Face a este assunto, Ngan pede o prolongamento temporal das ajudas em vigor: “Esperamos que o Governo prorrogue as medidas que ajudam as PME, tal como o apoio financeiro sem juros e o plano de garantia de créditos”, defendeu. O deputado dos Moradores sugeriu também ao Governo que faça um estudo sobre o consumo nos diferentes bairros comunitários de Macau, com base nos dados recolhidos através dos meios de pagamentos electrónicos, e que com base nesses dados ajuste as políticas de apoios às empresas. Por outro lado, Ngan Iek Hang considerou que as PME têm que rever as suas estratégias operacionais e diversificar os produtos segundo a tendência dos residentes e turistas. O deputado recordou ainda que nos últimos anos, o Governo lançou medidas positivas para a digitalização das PME.
Hoje Macau SociedadeRua do Almirante Sérgio | Residentes preocupados com obras Arrancaram ontem as obras de repavimentação e reparação do sistema de drenagem na Rua do Almirante Sérgio. A esperança dos residentes é que cheguem depressa ao fim e que tenham pouco impacto na zona. A zona no Porto Interior é uma das artérias mais movimentadas da cidade, e as obras têm como objectivo “melhorar a rede de drenagem e o pavimento rodoviário”. Contudo, um residente de apelido Chio lamentou que as zonas na Rua do Almirante Sérgio e na Rua da Praia do Manduco estejam sempre em obras, sem qualquer descanso para os moradores. Em declarações ao canal chinês da Rádio Macau, Chio afirmou ainda que as obras são mais um incómodo para os moradores e condutores, pelo que a esperança é que os problemas sejam resolvidos rapidamente e que haja poucos congestionamentos. Outro morador de apelido Lei, também se mostrou incomodado com os trabalhos, e apelou às autoridades para começarem a coordenar a realização dos trabalhos, para que não estejam sempre a fazer obras nos mesmos troços. Já a presidente da Associação de Mútuo Auxílio do Bairro, abrangendo a Rua da Praia do Manduco, Cheong Lai Chan, mostrou-se mais comedido nos comentários, mas não deixou de pedir às autoridades para terem cuidados especiais e fazerem tudo para evitar congestionamentos nas horas de ponta. Por isso, a responsável espera que as autoridades se coordenem para que os trabalhos sejam concluídos o mais rapidamente possível.
João Santos Filipe Manchete SociedadeJogo | Jefferies reduz em 2% estimativas de crescimento O início do ano levou o banco de investimento a moderar as perspectivas de crescimento do mercado do jogo, mas ainda assim é adoptada uma previsão mais optimista do que a da generalidade dos analistas O banco de investimento Jefferies reduziu em 2 por cento as estimativas de crescimento do jogo, para 240 mil milhões de patacas. Antes desta revisão em baixa, as estimativas apontavam para que as receitas rondassem os 245 mil milhões de patacas, previsões semelhantes às do Governo. “Após os resultados do quarto trimestre de 2024, e com base na tendência de Janeiro/Fevereiro, revimos as estimativas das receitas do jogo”, pode ler-se no relatório mais recente sobre o mercado de Macau, citado pelos portais Inside Asian Gaming e GGR Asia. O número revisto em baixa, significa ainda assim um crescimento de 5,8 por cento em comparação com 2024. No relatório para os investidores é indicado que este número representa, no entanto, uma estimativa mais elevada em 2 por cento, do que as expectativas consensuais entre os diferentes analistas. Segundo a Jefferies, a diferença explica-se com o facto de esperarem de o mercado de massas apresentar um crescimento de 6,9 por cento ao longo deste ano, enquanto a maioria das análises é mais conservadora, apontando para um crescimento de 4,8 por cento. As maiores facilidades ao nível de vistos para turistas do Interior são utilizadas para explicar o optimismo: “Esperamos que o visto de entradas múltiplas para os residentes de Zhuhai, que entrou em vigor em Janeiro de 2025, juntamente com o visto de entradas múltiplas para grupos de turismo, que passou a vigorar em Maio de 2024, continue a impulsionar as visitas a Macau e as receitas do jogo em massa”, foi justificado. Em comparação com o ano passado, o volume das receitas entre Janeiro e Fevereiro foi semelhante, com um crescimento de 0,5 por cento para 38 mil milhões de patacas. No entanto, os analistas esperam uma aceleração das receitas entre Março e Dezembro. Mudanças no mercado Além da revisão das estimativas em baixa, os analistas avançaram com diferentes estimativas face às quotas do mercado local. No que diz respeito a este ano e ao próximo, os analistas acreditam que as concessionárias Sands China, responsável por casinos como o The Venetian ou Sands, e a Galaxy, que gere o casino com o mesmo nome, vão aumentar a proporção de receitas, face à competição. Todavia, a velocidade do aumento vai ser mais reduzida do que a inicialmente esperada: “No entanto, como a tendência dos visitantes nos dois meses do ano não foi tão elevada como previsto, abrandámos o ritmo do aumento da quota de mercado da Sands China e Galaxy”, observou a instituição. “Com o número de visitantes em 2025 a regressar a 94 por cento do nível de 2019, deve ser um bom presságio para os operadores com grande capacidade hoteleira, como a Sands China e a Galaxy”, indicou a Jefferies. Em termos do mercado bolsista, o banco de investimento considera que é uma boa altura para investir em acções de todas as concessionárias à excepção da SJM, que ainda necessita de “mais tempo para reforçar a sua margem de lucro no Grande Lisboa Palace” e também devido à incerteza ligada aos casinos satélites. Os casinos satélites são casinos explorados por empresas independentes das concessionárias, mas com os meios destas, como mesas de jogo, empregados e mesas de jogo. O Governo quer encerrar estes casinos até ao final do ano, ou, pelo menos, que a gestão seja assumida na totalidade pelas concessionárias.
Hoje Macau SociedadeMahjong | CPSP deteve 19 pessoas em sala de jogo ilegal O Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP) anunciou a detenção de 19 pessoas num salão de jogo ilegal de mahjong, situado no 7º andar de um edifício industrial na Rua Quatro do Bairro de Iao Hon. O caso foi divulgado na tarde de ontem, depois da operação das autoridades ter acontecido por volta das 14h de domingo. Segundo o CPSP, citado pelo jornal Ou Mun, a investigação do caso começou depois de uma denúncia sobre a existência de jogo ilegal num dos andares do edifício industrial. A polícia decidiu investigar a situação e quando entrou no espaço encontrou 18 jogadores, entre os quais 11 homens e 7 mulheres, com idades entre os 32 e 75 anos. Além disso, foi detido um outro homem, de 60 anos, que as autoridades suspeitam ser o gerente do espaço. No interior do apartamento industrial foram ainda apreendidas cinco mesas de jogo, 4.900 patacas em dinheiro e outro material de jogo. Questionado pelas autoridades, o alegado gestor confessou que tinha arrendado o espaço em Setembro do ano passado e que pagava cerca de 19 mil patacas de renda. Pela utilização de cada casa mesa de jogo eram cobradas 100 patacas por hora, e o espaço estava aberto das 13h às 19h, todos os dias, em interrupções. O detido confessou também ter apurado lucros de 120 mil patacas desde a abertura no espaço e que no dia da detenção estava com um lucro de 330 patacas. Por sua vez, os jogadores afirmaram terem ficado a conhecer o espaço através da conversa com amigos. O caso foi encaminhado para o Ministério Público.
Nunu Wu Manchete SociedadeSeac Pai Van | Incêndio resulta na hospitalização de duas idosas As chamas voltaram a deflagrar no Edifício Lok Kuan, naquele que foi o quarto incêndio em edifícios de habitação em cerca de três semanas. Duas idosas foram transportadas ao hospital, devido à inalação de fumo e problemas de coração Um incêndio na noite de domingo causou duas feridas, e obrigou mais 24 pessoas a saírem de casa. As chamas deflagraram em Seac Pai Van, no Edifício Lok Kuan, no quarto incêndio em edifícios habitacionais em cerca de três semanas. Segundo as informações citadas ontem pelo canal chinês da Rádio Macau, o Corpo de Bombeiros (CB), após as investigações preliminares, identificou como possível causa das chamas um curto-circuito nos fios eléctricos de uma máquina de lavar roupa. As chamas deflagraram por volta das 22h, numa das varadas, onde estava a máquina. Os bombeiros terão demorado pouco tempo a receber o alerta e a extinguir o fogo, embora se tivessem deparado com bastante fumo vindo da varada. Apesar da rapidez da operação para extinguir as chamas, 24 pessoas tiveram de abandonar as suas habitações, principalmente devido à propagação do fumo. Como consequência das chamas, parte das instalações eléctricas da máquina de lavar ficou derretida, assim como o cano para escoar a água da varada. Também grande parte da parede onde estava a máquina de lavar ficou negra. De acordo com o jornal Ou Mun, os bombeiros tiveram de transportar uma mulher local de 70 anos para o hospital devido à inalação de fumos, assim como uma outra residente, com 90 anos de idade, por sentir sintomas cardíacos. Na manhã de ontem a condição das duas mulheres era considerada “estável”. Casos que se sucedem Nas últimas três semanas foram registados quatro incêndios, a contar com este, um deles de maior dimensão, que obrigou a que duas crianças com queimaduras em pelo menos 20 por cento do corpo e uma mulher tivessem de ser hospitalizadas. Esta também não é a primeira vez nestas semanas que o edifício Lok Kuan é afectado, dado que no dia 26 de Fevereiro um homem morreu vítima de um incêndio, que, de acordo com as autoridades, terá sido iniciado pelo próprio. O homem, que sofria de problemas psíquicos, foi encontrado em casa sentado numa cadeira com os pés atados. Como consequência da vaga recente de fogos em edifícios habitacionais, alguns deputados, como Lo Choi In e Si Ka Lon, pediram às autoridades que adoptem novas medidas de segurança. Lo Choi In, deputada ligada à comunidade de Jiangmen, mostrou-se preocupada com o facto de no incêndio no Edifício do Lago o alarme de incêndio não ter funcionado. Por sua vez, Si Ka Lon apelou ao Governo para ponderar a hipótese de financiar a utilização de gás natural, ao apoiar a instalação nos edifícios locais dos canos de distribuição. Também nos últimos dias, o Corpo de Bombeiros anunciou a intensificação de actividades de promoção das medidas de segurança e de inspecção dos edifícios, inclusive com a realização de um simulacro em Seac Pai Van.
Hoje Macau SociedadeSaúde | Denunciada falta de perspectiva de jovens médicos O médico e deputado Chan Iek Lap entende que há um fosso nas políticas de contratação de médicos entre a formação e a procura efectiva por esses profissionais localmente. Em declarações ao jornal Ou Mun, o legislador denunciou a falta de estudos e de sensibilização de jovens alunos, desde o ensino secundário, para os profissões e sectores mais necessitados de mão-de-obra, de forma a planearem melhor o futuro. Há cerca de duas semanas, o director dos Serviços de Saúde, Alvis Lo, estimou que nos próximos três anos haverá mais de 1.800 licenciados em cursos da área da saúde, 450 destes licenciados em medicina, e que o sector não terá capacidade para absorver a entrada dos recém-licenciados no mercado. Face a esta situação, o Governo recomendou aos jovens a entrada no sector de Big Health, solução criticada por Chan Iek Lap. Apesar do grande potencial da indústria de Big Health, o médico argumentou que o sector ainda está na sua infância, inclusivamente em Hengqin. Além disso, a procura de trabalho noutras áreas da saúde, como a geriatria e apoio a idosos, implicaria uma situação laboral com salários mais baixos depois de seis anos de estudo de medicina. Apesar dos salários mais baixos, Chan Iek Lap aconselhou os jovens licenciados em medicina a procurarem emprego em hospitais de Zhuhai ou Hengqin, para ganharem experiência profissional e, mais tarde, voltarem a Macau para exercer. O deputado alertou para a dificuldade que os jovens podem atravessar se estiverem vários anos sem exercer e sem acumular experiência.
Hoje Macau SociedadeHabitação | Preços descem ligeiramente Entre Novembro de 2024 e Janeiro de 2025, o índice global de preços da habitação apresentou uma redução de 1,3 por cento, face ao período entre Outubro e Dezembro, para 204,2. Os dados foram revelados na sexta-feira pelos Direcção de Serviços de Estatística e Censos (DSEC). O índice de preços de habitações da Taipa e Coloane (212,7) caiu 7,2 por cento, contudo, o índice da Península de Macau (202,1) subiu 0,4 por cento. O índice de preços de habitações construídas (223,6) ascendeu 0,1 por cento, em relação ao período anterior. No entanto, o índice de habitações em construção (222,2) desceu 16,8 por cento, informam os Serviços de Estatística e Censos. Quanto ao índice de preços de habitações construídas, o da Península de Macau (210,3) subiu 0,3 por cento, relativamente ao período precedente, porém, o da Taipa e Coloane (276,4) caiu 0,4 por cento. No período em análise, o índice global de preços da habitação decresceu 11,8 por cento, em comparação com o período de Novembro de 2023 a Janeiro de 2024.
João Luz Manchete SociedadeStanley Ho / Património | Administradores processam descendentes Pansy Ho e Mario Ho estão entre os 18 descendentes de Stanley Ho processados pelos administradores do património do magnata. A acção intentada em Hong Kong tem como objectivo pagar custas e despesas de representação num processo judicial contra o executor do património de Winnie Ho, irmã falecida de Stanley Ho Quase cinco anos após o falecimento de Stanley Ho, multiplicam-se os processos judiciais que chegam aos tribunais de Hong Kong e Macau resultantes de disputas familiares envolvendo o património do magnata. Segundo a agência Bloomberg, o mais recente episódio judicial diz respeito ao processo movido pelos administradores do património de Stanley Ho contra 18 descendentes do magnata para garantir o pagamento de custas e despesas decorrentes da representação de Ho num outro processo judicial que envolve o testamenteiro da sua falecida irmã Winnie Ho. Entre os indivíduos processados, que incluem os seus filhos, destaque para a presidente MGM China Holdings Ltd Pansy Ho e o fundador do NIP Group Inc Mario Ho, assim como vários netos do fundador da SJM, Holdings. Esta última acção foi intentada em Hong Kong por Patrick Cowley e Lui Yee Man da KPMG Advisory (Hong Kong) Ltd, os administradores do património de Stanley Ho. A dupla de representantes está a pedir ao tribunal que lhes conceda o direito de defender o património de Stanley Ho num processo judicial contra o executor do património de Winnie Ho, que morreu em 2018. Além disso, é pedido uma indemnização para cobrir despesas e outros custos. Rivalidade fraternal Em 2019, o executor da propriedade de Winnie Ho processou Stanley Ho, a sua irmã mais velha Nanette Ho e a Sociedade de Turismo e Diversões de Macau (STDM) que controla o negócio de casino da família. O processo que correu nos tribunais de Macau teve por base o não pagamento de dividendos durante mais de uma década relativos a acções da STDM, que foi gerida vários anos por Stanley e Winnie. Os dividendos ascendem a, pelo menos, mil milhões de dólares de Hong Kong, segundo cálculos da Bloomberg News baseados em registos. Na viragem do século, com o fim do monopólio do jogo em Macau e a criação do sistema de concessões para explorar a indústria no território, os dois irmãos envolveram-se numa luta sem precedentes. Desde 2006, Winnie Ho instaurou mais de 30 processos em tribunais de Macau e Hong Kong contra Stanley Ho, relacionados com dívidas, casos de difamação ou disputas sobre a propriedade de participações sociais em empresas. Stanley Ho tinha 98 anos quando morreu em 2020. Foi pai de 17 filhos com diferentes mulheres, o que deu origem a uma árvore genealógica extensa e complexa que culminou uma série de disputas judiciais. Faleceu sem deixar testamento e, face à impossibilidade de a família chegar a um acordo, um tribunal acabou por nomear administradores do património do magnata, que agora processaram os herdeiros.
João Santos Filipe Manchete SociedadeGás natural | Pedido financiamento para aumentar segurança Os incêndios recentes levaram o deputado Si Ka Lon a sugerir uma maior implementação do abastecimento de gás natural, por motivos de segurança e também como parte das políticas ambientais O deputado Si Ka Lon defende o alargamento dos subsídios do Fundo de Reparação Predial à instalação de canalizações para o uso de gás natural nos edifícios de habitação. A posição foi tomada numa interpelação escrita, divulgada na sexta-feira. Após a ocorrência de dois incêndios nas últimas duas semanas, que causaram sete feridos, o deputado veio defender a necessidade de serem adoptadas mais medidas de segurança para evitar nova ocorrências. E uma das medidas sugeridas passa por financiar a instalação de canalizações de distribuição de gás natural nos edifícios: “Tendo em conta os recentes incêndios no Toi San e na Taipa, em que se suspeita que pelo menos um dos casos está relacionado com uma fuga de gás, o que mostra os riscos existentes, as autoridades têm a intenção de acelerar o estudo para lançar mais medidas de segurança, como o alargamento do financiamento Fundo de Reparação Predial?”, questionou Si Ka Lon. Outra das questões do deputado ligado à comunidade de Fujian, indica a necessidade de “aumentar o nível do conhecimento da população sobre o gás natural” e promover uma maior utilização, dado os benefícios ao nível da segurança. “Será que o Governo vai apostar mais no gás natural […] e na maior utilização em Macau?”, perguntou. O deputado aponta que actualmente o sistema de distribuição de gás natural está disponível no território, mas que “está principalmente concentrado nos novos edifícios de habitação pública ou hotéis das concessionárias”. Por isso, Si pede uma actualização dos números sobre a utilização de gás natural. Falta de vontade Como parte das explicações para a pouca implementação do gás natural, que até 2022 tinha 10 mil utilizadores, o legislador indica que os proprietários tendem a não querer pagar pelas obras de instalação: “Os pequenos proprietários geralmente não se mostram disponíveis a fazer as obras de instalação do gás natural, devido aos elevados custos iniciais e ao retorno pouco evidente”, explicou. “São urgentes as medidas necessárias de incentivo para que mais residentes beneficiem da segurança do gás natural”, frisou. Ao argumento da segurança, Si Ka Lon junta também a importância da redução das emissões de carbono, de acordo com os planos ambientais da RAEM. Neste sentido, o deputado pergunta se há planos para que a proporção da energia adquirida a Zhuhai seja proveniente de fontes não fósseis. “Actualmente, a proporção de energia não fóssil na electricidade adquirida por Macau é superior a 40 por cento. As autoridades declararam que antes do contrato terminar, em 2026, que vai haver discussões para ‘aumentar gradualmente a percentagem’. Quando vai ser feita a negociação?”, questionou. Si Ka Lon quer também saber se há metas definidas a cinco ou 10 anos, sobre a redução da proporção da energia importada gerada por combustíveis fósseis.
João Santos Filipe Manchete SociedadeJogo | Mais apostadores estrangeiros aumentam isenção de imposto Sem revelar o valor do crescimento da isenção do imposto de jogo, Helena de Senna Fernandes indica que há uma nova tendência, que resulta dos esforços das concessionárias e do Governo para internacionalizar o mercado O Governo afirmou que o aumento do número de jogadores estrangeiros em Macau levou à aprovação de mais pedidos de isenção de pagamento do imposto do jogo. A revelação foi feita pela directora dos Serviços de Turismo, Helena de Senna Fernandes, em resposta a uma interpelação do deputado Lei Chan U. “O montante aprovado em relação aos requerimentos de redução ou isenção de contribuições apresentados pelas concessionarias de jogos de fortuna ou azar no ano passado, em virtude da expansão dos mercados de clientes de países estrangeiros, registou um aumento face a 2023”, pode ler-se na resposta divulgada no final do mês passado. “De acordo com os dados da Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC), em 2024, o número de visitantes internacionais aumentou 66 por cento em termos anuais”, foi acrescentado. Apesar de mencionar o aumento da isenção de impostos, a resposta assinada por Helena de Senna Fernandes não indica qualquer dado sobre a dimensão do incremento, além da subida percentual de visitantes internacionais. As alterações mais recentes à lei do jogo vieram permitir às concessionárias obter uma isenção até 5 por cento sobre o imposto do jogo, nas receitas geradas por jogadores internacionais. Actualmente, as receitas do jogo pagam um imposto de 40 por cento. Maior promoção A ausência de dados não impediu a representante do Governo de indicar que a evolução tem sido impulsionada pelas concessionárias por “proporcionarem serviços diversificados e de qualidade” para turistas internacionais, como a segregação destes jogadores, a expansão de delegações no estrangeiro para promover Macau como destino turístico, as ofertas preferenciais para visitantes internacionais e o lançamento de mais voos privados. Helena de Senna Fernandes explica igualmente que estes esforços têm sido conciliados com os do Governo para a promoção mais activa da RAEM como destino turístico. No documento, a directora dos Serviços de Turismo revela ainda que em 2025 o objectivo da promoção do turismo de Macau passa pelo mercado do Nordeste Asiático, em países como a Coreia do Sul ou Japão. Além disso, a promoção vai recomeçar na Europa, Estados Unidos, Índia e o Médio Oriente. A estes mercados junta-se a Grande China e o Sudeste Asiático, onde os esforços têm sido intensificados nos últimos anos. A promoção de Macau como destino turístico passa também por participar em feiras internacionais de turismo em locais como o Japão, Indonésia, Malásia, Tailândia e Coreia do Sul.
João Luz SociedadeGoverno realça sensibilização para burlas no estrangeiro Continua a campanha de prevenção lançada pelo Governo para alertar a população para os perigos da criminalidade organizada no estrangeiro e dos centros de burlas no Sudeste Asiático. A directora dos Serviços de Turismo (DST), Helena de Senna Fernandes, fez uma compilação do trabalho de vários departamentos da Administração, e das forças policiais, na sensibilização para o perigo das redes de crime organizado que se dedicam a burlas telefónicas e cibernéticas. Em resposta a uma interpelação do deputado Leong Hong Sai, Helena de Senna Fernandes afirma que, “para sensibilizar os residentes de Macau para os aspectos a ter em conta quando se deslocam ao exterior”, a DST distribuiu, através das associações de agências de viagem, folhetos informativos e produziu um vídeo com dicas de segurança para viagens ao exterior. Estes materiais recomendam aos residentes o planeamento prévio de itinerários, contrair seguro de viagem, preparação para os vários tipos de pagamento usados no local, guardar os passaportes em lugares seguros e manter o contacto com familiares e amigos durante a viagem. A responsável realça também a importância de os residentes tomarem consciência dos riscos que podem encontrar. Além disso, é salientado que o Governo tem uma página de internet que lança alertas de viagem e informações, “incluindo as fornecidas pela Embaixada da República Popular da China na Tailândia, alertando os cidadãos chineses” para a importância dos cuidados a ter em conta antes de viajar para o exterior. Combate informativo Helena de Senna Fernandes menciona uma rede alargada de entidades administrativas, além da DST, como as direcções de serviços de Assuntos da Justiça e Educação e Desenvolvimento da Juventude e a Polícia Judiciária (PJ), que tem alertado para o perigo destas redes de crime organizado. A responsável salienta uma conferência de imprensa da organizada pela PJ em Dezembro do ano passado que teve como objectivo difundir informações sobre o assunto, assim como “o envio de mensagens anti-burlas através das contas oficiais de redes sociais dos serviços policiais” apelando à vigilância do público. Foi também lançada uma campanha de sensibilização na rede escolar para sensibilizar pais e estudantes para o perigo dos esquemas fraudulentos.
João Santos Filipe Manchete SociedadeObras rodoviárias | Pedido pavimento de melhor qualidade O deputado dos Operários, Leong Sun Iok, pede multas para os empreiteiros que se atrasem nas obras, melhor qualidade nos trabalhos e adopção de pavimentos mais resistentes, como acontece em Hong Kong Leong Sun Iok defende que o Governo deve seguir o exemplo de Hong Kong e adoptar um pavimento nas estradas com mais qualidade e capacidade de resistência. O assunto faz parte de uma interpelação escrita em que o deputado dos Operários se mostra preocupado com a qualidade das estradas e das obras. De acordo com o membro da Assembleia Legislativa, os veículos pesados em circulação do território exercem uma grande pressão sobre as estradas locais, o que aliado ao fluxo de trânsito, contribui para um desgaste mais rápido da pavimentação. Por este motivo, Leong indica que o “pavimento de asfalto convencional dificilmente consegue fazer face à pressão do tráfego actual”, o que leva ao surgimento de “buracos e irregularidades”. Ao mesmo tempo, Leong indica aponta o exemplo de Hong Kong, onde começou a ser utilizado um novo pavimento a “título experimental”, com resultados “favoráveis” e que mostram uma maior capacidade de resistência ao desgaste. Por isso, o deputado quer saber se o Executivo vai seguir o exemplo: “No futuro, o Governo tem algum plano para introduzir materiais e tecnologias mais inovadores e aumentar os padrões e requisitos técnicos para o controlo da qualidade das estradas, de modo a melhorar a qualidade e a durabilidade das estradas?”, questiona. Qualidade das obras Por outro lado, o legislador mostra-se preocupado com a qualidade de algumas obras realizadas, principalmente quando projectos de maior dimensão são executados por fases. Segundo Leong, muitas vezes o asfalto acaba por apresentar irregularidades, o que se torna perigoso, principalmente para as motos. “A fim de minimizar o impacto para os residentes, nos últimos anos, as grandes obras em Macau foram geralmente realizadas por fases. No entanto, as superfícies das estradas repavimentadas não estavam bem ligadas, o que resultou em desníveis e mesmo em buracos de várias dimensões”, atirou. “Posso perguntar aos serviços competentes como irão melhorar o processo de trabalho para garantir que os pavimentos rodoviários em várias fases possam convergir suavemente e resolver eficazmente o problema existente de pavimentos rodoviários irregulares?”, questiona. Ainda em relação às obras rodoviárias, o deputado pretende saber que medidas estão a ser adoptadas pelo Executivo para penalizar os empreiteiros que se atrasam nos trabalhos, apesar de prometerem prazos mais curtos. “A escavação de estradas é por vezes inevitável, mas é também precisamente devido à persistência das obras rodoviárias que se verificam congestionamentos de tráfego, poluição atmosférica, etc., que afectam o comportamento dos residentes em termos de deslocações e da sua qualidade de vida”, vincou. “Que sanções foram aplicadas quando houve atrasos nas obras?”
Andreia Sofia Silva SociedadeGoverno lança novo alerta sobre covid-19 Os Serviços de Saúde de Macau (SS) indicam uma diminuição dos casos de gripe, com a situação actual “abaixo do nível de alerta”. Porém, no caso das infecções covid-19, “o vírus SARS-Cov-2 está a tornar-se activo”, pelo que se faz um apelo à vacinação, sobretudo para doentes crónicos e idosos. Os SS adiantam, no entanto, que ainda não se registou qualquer morte causada por covid-19 desde o início do ano. Segundo uma nota ontem divulgada, que cita dados laboratoriais da nona semana do ano, ou seja, do final de Fevereiro, “a taxa de positividade de detecção da covid-19 foi de 13,7 por cento”, sendo que este valor “representa um aumento significativo face à semana anterior, de 3.8 por cento”. Em termos gerais, os SS acreditam que “a actividade gripal irá manter-se activa nas próximas semanas”, chamando-se a atenção, porém, para uma certa estabilidade. O número de doentes atendidos no serviço de urgência na nona semana de 2025, ou seja, fins de Fevereiro, “diminuiu em relação à semana anterior”, tendo sido atendida uma média diária de 1.190 pessoas, 282 delas crianças. Verifica-se, assim, que “a tendência de descida da taxa de positividade de detecção do vírus influenza, passando de 10.5 por cento na oitava semana do ano (abaixo do nível de alerta de 13,1 por cento), para cinco por cento na nona semana”. Subida na média diária Porém, os SS alertam que não é ainda tempo para afastar as atenções em relação à gripe, pois verifica-se “uma média de cerca de 83 pessoas [doentes], por dia, o que representa uma subida em comparação com dados anteriores”. Dessas 83 pessoas, 31 são adultos e 52 crianças. Assim, os SS entendem que “a propagação do vírus do tracto respiratório em Macau ainda está activa”. No tocante a casos colectivos de gripe, desde Janeiro que ocorreram 46 no território, bem como 25 casos causados pelo vírus influenza A e cinco pelo vírus influenza B.
Hoje Macau SociedadeIPOR | Grupo Bai Li é o novo accionista O Instituto Português do Oriente (IPOR) tem um novo accionista por decisão tomada a 24 de Janeiro deste ano na 74.ª assembleia-geral da instituição de ensino do português como língua estrangeira. Trata-se da Companhia Bai Li Grupo Lda. que se junta assim à estrutura associativa já composta pela Fundação Oriente, na qualidade de associado fundador, o Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, I.P., o Banco Nacional Ultramarino, a Quinta da Marmeleira e a Sociedade de Turismo e Diversões de Macau (STDM). Segundo um comunicado do IPOR, o grupo Bai Li é reconhecido “pela excelência na área do comércio internacional, especialmente no sector de distribuição de vinhos”, tendo “procurado posicionar-se como plataforma comercial sino-portuguesa em Macau, investindo ao longo dos anos numa série de projectos e actividades na plataforma de serviços de cooperação comercial sino- portuguesa”. O objectivo destas acções, segundo o IPOR, é ajudar a tornar Macau “um veículo de ligação para a colocação de produtos portugueses na República Popular da China, estratégia complementada com acções de promoção do turismo, da cultura e da língua portuguesa, alinhando-se assim com os princípios e objectivos do IPOR”. Ainda segundo a mesma nota, a entrada do novo accionista “demonstra não só o reconhecimento do trabalho desenvolvido pelo IPOR na preservação e difusão da língua e cultura portuguesas na região Ásia-Pacífico, mas também a identificação e compromisso da companhia no reforço da missão que o instituto encerra”. Assim, “esta cooperação é mais um passo para a afirmação do papel do IPOR não só como agente disseminador do valor económico e global da língua portuguesa, mas também da cooperação cultural e promotor da interculturalidade”.