Orquestra de Macau | Perdas operacionais atingem 54,2 milhões

A Orquestra de Macau registou perdas operacionais de 54,2 milhões de patacas no ano passado. Os resultados foram apresentados ontem pela empresa e representam um agravamento das contas de 16,7 milhões de patacas no espaço de um ano, dado que em 2023 as perdas operacionais tinham sido de 37,5 milhões de patacas.
Em termos das receitas, os dados oficiais mostram que no ano passado houve uma subida para 67,7 milhões de patacas, face aos 49,6 milhões em receitas de 2023. No entanto, a Orquestra de Macau até fez menos dinheiro com a organização de concertos e espectáculos, dado que neste capítulo as receitas foram de 34,4 milhões de patacas, quando no ano anterior tinham sido de quase 34,9 milhões de patacas.
No pólo oposto, as receitas com os patrocínios da temporada, que inclui serviços prestados às concessionárias de jogo, cresceram para os 30 milhões de patacas, quando no ano anterior tinham sido de apenas 10 milhões de patacas, uma diferença de 20 milhões de patacas.
Ainda no capítulo das receitas, os ganhos com os juros do dinheiro depositado nos bancos locais geraram 2 milhões de patacas, um crescimento, enquanto as “outras receitas” foram de 516 mil patacas. Em ambos os casos foi registado um aumento face ao ano anterior, em que as receitas tinham sido de 672 mil patacas e 40 mil patacas.

Custos do negócio
Em termos das despesas, os custos mais elevados deveram-se aos pagamentos aos músicos, com os gastos a serem de 54,2 milhões de patacas, um crescimento de cerca de 10,2 milhões de patacas, no espaço de um ano. A estes, juntaram-se ainda 9,6 milhões de patacas, para convidados, o que também representou um aumento em comparação com os 7,3 milhões de patacas do ano anterior.
Além destes pagamentos, a segunda maior despesa visou os custos de organização dos concertos da orquestra que foram de 31,2 milhões de patacas, mais 14,5 milhões do que no ano anterior.
A terceira grande fatia das despesas, deveu-se aos ordenados dos funcionários da empresa, no valor de 12,4 milhões de patacas, um crescimento de 3,4 milhões face a 2023.
Apesar das despesas terem sido superiores às receitas, a empresa não apresentou prejuízo devido aos subsídios do Governo. No ano passado, o valor total foi de 54,2 milhões de patacas, um aumento face aos 37,5 milhões de patacas do ano anterior.

Mais concertos e visitantes
Ao longo do ano passado, o relatório de actividades da Orquestra de Macau mostra um aumento do número de concertos e também de público. Em 2024, a Orquestra de Macau organizou 113 concertos, mais 25 do que no ano anterior, que atraíram 63,5 mil visitantes, um crescimento de 17 mil pessoas. Já a Orquestra Chinesa de Macau, organizou 117 concertos, mais quatro do que no ano anterior, com a audiência a ser de 31,2 mil pessoas, um crescimento de cerca de 4,4 mil pessoas.

11 Abr 2025

Infertilidade | Recebidos 340 pedidos de subsídio

Entre Dezembro, e até Março, as autoridades receberam 340 pedidos de financiamento de tratamento de procriação medicamente assistida. Os dados foram divulgados pelos Serviços de Saúde (SS), no âmbito das estatísticas do programa de comparticipação no tratamento de procriação medicamente assistida.
Segundo o canal chinês da Rádio Macau, Chio Weng, a chefe do Departamento de Administração do Centro Hospitalar Conde de São Januário indicou que 240 candidatos passaram na avaliação clínica preliminar. Vão ser agora encaminhados para o Hospital Macau Union para a segunda fase de avaliações.
Os SS estimam que haja cerca de 200 casos de infertilidade e esterilidade por ano. Actualmente, apenas o Hospital Kiang Wu oferece serviço de fertilização in vitro, mas está previsto que o Hospital Macau Union ofereça também o serviço já na segunda metade deste ano.
No âmbito do subsídio deste programa, cada casal pode receber serviços de procriação medicamente assistida por um período máximo de dois ciclos, limitando-se às técnicas de fertilização “in vitro” – transplante de embriões (IVF) de primeira geração ou de injecção intracitoplasmática de espermatozoide de segunda geração (ICSI). O âmbito da isenção de taxas abrange a avaliação da infertilidade na consulta externa de infertilidade, o ciclo IVF / ICSI e o diagnóstico e tratamento das respectivas complicações.

11 Abr 2025

Sarampo | Apelo à vacinação antes de deslocações ao exterior

Os Serviços de Saúde (SS) apelaram à população para se vacinar contra o sarampo antes de se deslocar ao exterior, e indicaram que este ano já morreram duas crianças nos Estados Unidos. O alerta foi deixado ontem de manhã, num comunicado em língua portuguesa.
“Com a aproximação das férias da Páscoa, prevê-se um aumento de residentes de Macau, em viagem no exterior, pelo que os Serviços de Saúde apelam mais uma vez aos residentes que pretendem deslocar-se às zonas epidémicas para reforçarem a prevenção”, pode ler-se no comunicado.
De acordo com o aviso, “os indivíduos que ainda não possuem imunidade contra o sarampo, devem concluir a vacinação com a antecedência mínima de duas semanas” antes da viagem. Em relação às “crianças que ainda não completaram as duas doses da vacina contra o sarampo” e as “grávidas sem imunidade” pede-se que evitem viajar para o exterior “a fim de reduzir o risco de infecção”.
O comunicado aponta os Estados Unidos como um exemplo de um país onde existe um risco elevado de infecção: “Nos Estados Unidos da América, por exemplo, registou-se recentemente o 2.º caso de morte por sarampo infantil, uma criança que não foi vacinada contra o sarampo”, foi indicado. “Além disso, nos Estados Unidos da América foram registados mais de 600 casos confirmados de sarampo, o dobro dos 285 casos registados no ano passado. É de salientar que a grande maioria dos doentes não foi vacinada ou o seu registo de vacinação é desconhecido, dos quais cerca de 70 por cento são crianças ou adolescentes”, foi acrescentado. 

Outros perigos
Os avisos não se ficam pelo país liderado por Donald Trump, e estendem-se à região do Pacífico Ocidental. “De acordo com os dados da Organização Mundial de Saúde, entre Janeiro e Fevereiro do corrente ano, foram registados cerca de 1.500 casos de sarampo na Região do Pacífico Ocidental, um aumento de quase o dobro em comparação com os 900 casos registados no período homólogo do ano passado”, é apontado.
Porém, os alertas também chegam à Europa: “Registaram-se, recentemente, surtos de sarampo no Camboja, nas Filipinas, no Vietname e na Malásia, e vários casos de sarampo em diversos países europeus, nomeadamente, na Roménia, na França, na Espanha, na Itália e na Alemanha”, foi vincado.
O alerta é também estendido às pessoas que vivem em Macau, dado o fluxo de turistas que visitam a RAEM: “Actualmente, embora Macau não seja uma região afectado por uma epidemia de sarampo, enquanto cidade turística, persiste o risco de importação e propagação do sarampo”, foi justificado. “Os Serviços de Saúde salientam que a vacinação contra o sarampo constitui o método mais eficaz para prevenir a infecção e reduzir a transmissão do sarampo”, foi destacado.

11 Abr 2025

Mantida prisão efectiva para homem alcoolizado que agrediu ex-namorada

O Tribunal de Última Instância (TUI) decidiu manter a pena de prisão efectiva de três anos e três meses, por cúmulo jurídico, bem como inibição de condução durante um ano e seis meses a um homem que agrediu a ex-namorada dentro do carro desta quando estava sob efeito de álcool, tendo também conduzido quando se encontrava alcoolizado. O TUI manteve também a decisão do pagamento de uma indemnização de 1.867 milhões de patacas, sendo que a seguradora deverá suportar 288 mil patacas.

O caso passou-se a 13 de Setembro de 2020, por volta das 21h34, quando o homem conduziu até à Avenida Comercial de Macau, tendo estacionado à porta do edifício FIT Centre Macau, aguardando que a ex-namorada voltasse para casa. Por volta das 23h30, a mulher, ao conduzir o carro, viu que o ex-namorado a esperava no local e estacionou na faixa de rodagem oposta.

A mulher tinha sido vítima de agressões por parte do homem durante o relacionamento, pelo que parou o carro e ligou a um amigo a pedir ajuda. Foi nesse momento que o agressor saiu do carro, aproximou-se da viatura da ex-namorada e bateu-lhe depois de fazer uma inversão de marcha, “causando-lhe o bloqueio da porta frontal direita, que não pôde ser aberta”.

De seguida, o homem “saiu do seu veículo e, com a chave na mão, bateu violentamente na janela de vidro do lado do lugar do condutor do veículo” da ex-companheira, tendo depois recuado o carro e batido na viatura da mulher. Foi aí que entrou no carro dela e a agrediu, nomeadamente pressionando o seu corpo, batendo-lhe no rosto com a chave, além de lhe ter dado socos na cabeça e no corpo.

O acórdão do TUI descreve que o homem “mordeu subitamente o antebraço esquerdo e os dedos da mão esquerda [da mulher], movendo-se depois para o banco traseiro, onde puxou os seus cabelos para impedir a fuga, causando-lhe a queda de parte dos cabelos”. Algumas pessoas que passaram no local ajudaram a mulher a escapar e a imobilizar o homem.

Stress pós-traumático

No momento do incidente e agressão o homem tinha uma taxa de álcool no sangue de 1,33 gramas por litro, valor acima do limite legal. No tocante à mulher, foi sujeita a tratamento hospitalar. “Após o exame pericial, constatou-se que sofrera contusões e escoriações no couro cabeludo, várias contusões e escoriações no rosto, concussão cerebral, contusão no olho direito, cataratas traumáticas no olho direito, hemorragia na parte inferior da pálpebra direita, concussão na retina do olho direito, deficiência auditiva grave no ouvido direito”, descreve o acórdão.

Além disso, as agressões causaram “a redução da visão e a assimetria entre o olho direito e o esquerdo, afectando obviamente a sua aparência e, ao mesmo tempo, fez com que sofresse de síndrome de stress pós-traumático, que poderia necessitar de tratamento a longo prazo”. Entende-se ainda que o homem “causou danos graves ao veículo e danificou o pavimento de pedra da berma da estrada”.

9 Abr 2025

Tarifas | Fornecedores recorrem a mercados alternativos

Macau estabeleceu acordos comerciais com Canadá, Austrália, Japão, e países europeus e do sudeste asiático que permitem minimizar o efeito das tarifas impostas pela Casa Branca, que entraram ontem em vigor. O presidente Associação da União dos Fornecedores de Macau refere que a partir do fim de Maio os efeitos serão imprevisíveis

 

Entrou ontem em vigor a tarifa adicional a produtos chineses, elevando para 104 por cento a taxa total, implementada pela Administração de Donald Trump, e à qual Pequim respondeu também elevando a parada na guerra comercial que a Casa Branca declarou a um vasto leque de países e regiões.

Para já, a curto-prazo, o presidente da Associação da União dos Fornecedores de Macau, Ip Sio Man, considera que as tarifas impostas pelo Governo dos Estados Unidos da América (EUA) não terão impacto no fornecimento de produtos e nos preços praticados em Macau.

Em declarações ao jornal Ou Mun, o dirigente associativo referiu que nos últimos anos, Macau assinou protocolos comerciais com vários países que garantem a diversificação das fontes de produtos importados, que resultaram na substituição de muitos produtos importados dos EUA. Ip Sio Man revela que, por exemplo, parte da carne oriunda dos EUA foi substituída por carne do Canadá, Austrália e Nova Zelândia, além da fornecida pelo Japão e países europeus.

Em relação a frutas, o representante aponta que a larga maioria é comprada a fornecedores do Interior da China.

Para já, os contentores que foram carregados antes de 5 de Abril e os que já se encontram em rota para Hong Kong foram apenas sujeitos a uma taxa de 10 por cento. Porém, Ip Sio Man confessou ser difícil de prever o que acontecerá às ligações comerciais com os EUA e aos preços quando começarem a chegar navios de carga já com produtos tarifados, algo que deve acontecer no fim do próximo mês.

Problemas de rotas

O presidente da associação de fornecedores tem uma visão optimista do panorama comercial, argumentando que os países e regiões vizinhos, sobretudo do sudeste asiático, podem procurar mercados com impostos baixos, como Hong Kong e Macau, para exportar os seus produtos e que essa concorrência pode levar à descida dos preços.

Além das tarifas de Trump, Ip Sio Man salientou a instabilidade que tem cortado severamente o transporte marítimo no Mar Vermelho, devido às ofensivas de Israel e EUA no Iémen e os ataques dos rebeldes hutis, que têm atacado navios de carga. Esta situação afectou o comércio de bens oriundos de Portugal, com a venda de produtos como o azeite, que passaram a demorar dois meses, o dobro do tempo, a contornar a zona de conflito. O principal impacto foi sentido ao nível dos produtos frescos, de curta validade, como queijos, produtos lácteos e carnes premium, que ficaram mais caros.

O HM falou com um empresário português que importa produtos portugueses e que, devido aos atrasos no transporte marítimo, passou a optar pela via aérea. Apesar do aumento dos custos do transporte, a gestão de stock obrigou à procura de alternativas à rota marítima, que chega a demorar três meses a ligar Portugal a Macau.

9 Abr 2025

SPU | Abertas inscrições de residentes para simulacro de emergência

Os Serviços de Polícia Unitários (SPU) recebem, até ao dia 22 deste mês, inscrições para a realização do simulacro “Peixe de Cristal 2025”, que visa “reforçar a capacidade de acção conjunta para resposta a emergências e elevar a consciência sobre a prevenção de desastres do público em geral”.

A estrutura da protecção civil irá testar modos de funcionamento e equipas simulando um “Plano de evacuação das zonas baixas em situações de ‘storm surge’ durante a passagem de tufão”. A operação irá contar com a participação de residentes, pelo que os interessados poderão inscrever-se.

“Durante o exercício serão simulados diversos incidentes, a fim de testar a capacidade de resposta conjunta dos membros da estrutura de protecção civil”, contando-se com o apoio dos membros do Mecanismo de Ligação Comunitária de Protecção Civil e dos voluntários de protecção civil.

As inscrições podem ser feitas através do website do Instituto de Acção Social ou várias entidades, como o Centro Comunitário de Mong-Há da União Geral das Associações dos Moradores de Macau, entre outros.

9 Abr 2025

Casinos-satélites | PME admitem agonia com encerramentos

Vários empresários de Pequenas e Médias Empresas admitiram que com o encerramento dos casinos-satélite vão ter de fechar os negócios ou avançar para despedimentos em massa

 

As empresas dependentes ou com grandes receitas geradas pelos casinos-satélite reconhecem que estão muito preocupadas com as perspectivas de uma onda de encerramentos, no final do ano. A posição de vários empresários foi tomada em declarações ao jornal Ou Mun.

Os casinos-satélite resultam de acordos entre algumas concessionárias e empresas independentes, que exploram vários espaços de jogo, como acontece com os casinos Kam Pek ou Ponte 16, num total de 11 casinos. Neste modelo, as empresas independentes exploram os casinos, mas com trabalhadores, mesas de jogo e fichas das concessionárias, com quem têm um acordo e a quem efectuam pagamentos.

A última revisão à lei do jogo estabeleceu um período de três anos para acabar com este modelo, que termina no final deste ano. Como resultado, as concessionárias podem optar por assumir, por si, a exploração destes casinos ou fechar os espaços.

Em declarações ao jornal Ou Mun, um residente com o apelido Lam, que é responsável de uma empresa de software, afirmou que metade das receitas da companhia derivam de um dos casinos-satélite. Sem estas receitas, o dirigente admite que a empresa vai começar a perder dinheiro e que nesse cenário só tem duas hipóteses: pagar as perdas com dinheiro do seu bolso, até a situação se tornar insustentável, ou fazer o que apelidou de “cortar um braço”, o despedimento de cerca de 30 a 40 por cento dos trabalhadores.

Lam disse igualmente que os casinos-satélite distribuem muito dinheiro às Pequenas e Médias Empresas, através da contratação de serviços. Porém, se apenas sobreviverem as concessionárias, a economia local vai sentir um impacto que classificou como profundo.

Outro empresário, com o apelido Sin, responsável por uma empresa de limpeza, traçou um cenário semelhante, e reconheceu que com o encerramento dos casinos-satélite vai despedir um quinto do total do pessoal, o que indicou representar cerca de 100 trabalhadores, por falta de trabalho.

Menos transportes

A necessidade de avançar com o despedimento de trabalhadores é igualmente o cenário antevisto por Choi, de acordo com o Jornal Ou Mun. O empresário de uma empresa de transporte privado de pessoas afirmou que actualmente sobrevive no mercado local devido aos serviços prestados aos casinos-satélite.

Choi reconheceu que 80 por cento das receitas provém destes espaços e que em caso de encerramento este volume de negócio não vai ser substituído. O empresário indicou que apesar de Macau receber mais turistas estes têm um perfil muito diferente. Entre as diferenças, apontou que são mais jovens e que não se deslocam através deste tipo de transporte, recorrendo antes aos transportes públicos.

O jornal Ou Mun falou também com um outro empresário Ip, responsável por uma empresa de produtos de iluminação de publicidades. Esta emprega entre 20 e 30 trabalhadores e grande parte dos serviços são prestados aos casinos-satélite. Se estes encerrarem, Ip indica que não só a sua empresa vai encerrar, assim como várias outras lojas nas imediações dos casinos e que dependem destes.

9 Abr 2025

Incêndios | Menos 15 por cento de ocorrências

Nos primeiros três meses do ano registou-se uma diminuição geral das ocorrências que implicaram a intervenção do Corpo de Bombeiros. Ainda assim, as autoridades foram chamadas a intervir em 13.207 casos

 

Nos primeiros três meses do ano o número de incêndios registados pelo Corpo de Bombeiros (CB) apresentou uma redução de 15,35 por cento com 215 ocorrências, em comparação com o período homólogo. Os números do primeiro trimestre do ano foram apresentados ontem, em conferência de imprensa.

De acordo com os dados oficiais, entre Janeiro e Março deste ano houve menos 39 incêndios em comparação com o período homólogo, quando o número de incêndios tinha sido de 254 ocorrências. Entre os 215 fogos, 155 foram extintos sem necessidade de recorrer à utilização de mangueiras. No ano passado, o número de incêndio extintos sem necessidade de ligar as mangueiras tinha sido de 204.

Em relação aos incêndios dos primeiros meses deste ano, 35 fogos ficaram a dever-se a situações de comida queimada. No ano passado, este tipo de ocorrências tinha contribuído para 61 casos.

Entre as outras causas de ocorrências de incêndios, constam o esquecimento de fogões ligados, chamas que não ficam totalmente extintas, a queima de incensos, velas e papéis votivos, curtos-circuitos em instalações eléctricas e falhas mecânicas.

Apesar da redução dos incêndios, no primeiro semestre registaram-se várias ocorrências em prédios residenciais que causaram pelo menos cinco feridos. Os números mostram que o total geral de ocorrências em que o Corpo de Bombeiros teve de intervir apresentou uma redução de 6,32 por cento, de 14.098 casos para 13.207 casos.

Menos ambulâncias

Em relação aos dados sobre as saídas de ambulâncias houve uma redução dos casos de 3,1 por cento para 11.406 ocorrências, que exigiram a utilização de 12.221 veículos, uma redução de 3,43 por cento. No período homólogo, registaram-se 11.774 ocorrências que exigiram a saída de 12.655 veículos de emergência. Sobre esta diferença, o Corpo de Bombeiros indicou que se deveu “principalmente à redução dos casos de leve indisposição da febre e dificuldades de respiração”. “Os casos gerais de socorro lidaram essencialmente com tonturas, dores abdominais, dificuldades de respiração, vómitos, febres e vários tipos de ferimentos”, foi acrescentado.

Também nas operações de salvamento houve uma redução, de 3,3 por cento, de 454 casos para 439 casos.
Finalmente, no que diz respeito aos serviços especiais, apurou-se uma redução de 29,01 por cento, de 1.616 casos para 1.144 casos, uma diferença de 29,21 por cento.

9 Abr 2025

AMCM | Central de Depósito e Liquidação de Valores Mobiliários perde 7,18 milhões

A Central de Depósito e Liquidação de Valores Mobiliários de Macau, controlada a 100 por cento pela RAEM, continua a registar prejuízos sucessivos. Desde 2022, a empresa criada para diversificar a economia de Macau nunca apresentou lucros

 

A empresa Central de Depósito e Liquidação de Valores Mobiliários de Macau (MCSD, na sigla em inglês) registou prejuízos de 7,18 milhões de patacas no ano passado. Este é o segundo ano consecutivo com perdas da empresa controlada a 100 por cento pela Autoridade Monetária de Macau (AMCM), que tinha apresentado perdas de 6,7 milhões de patacas no ano anterior.

Criada em 2021, a MCSD surgiu no âmbito da política do Governo de Ho Iat Seng para diversificar a economia na área das finanças e tem como funções a exploração das infra-estruturas financeiras, de serviços de registo central, compensação, liquidação e de depósito de valores mobiliários. No âmbito destas funções, a MCSD tem prestado apoio ao mercado de empréstimos obrigacionistas.

No entanto, os números da empresa teimam em continuar a apresentar prejuízos. No primeiro ano completo de operações, em 2022, a empresa que tem um capital social de 50 milhões de patacas, apresentou prejuízos de 3,9 milhões de patacas. No ano seguinte, os prejuízos subiram para 6,7 milhões de patacas e os dados mais recentes mostram um novo recorde negativo de 7,18 milhões de patacas.

Mais receitas e despesas

Apesar do cenário negativo, as receitas originadas por contratos com participantes no mercado financeiro de Macau até registaram um aumento. Actualmente, no portal da MCSD, surgem registadas como “participantes” cerca de 90 entidades. Em 2024, as receitas derivadas dos contratos de participação subiram para 2,9 milhões de patacas, quando no ano anterior tinham sido de cerca de 966 mil patacas.

Em termos das restantes receitas do ano passado, foi apurado um 1 milhão de patacas em juros, com os outros serviços a geraram 11.300 patacas e os ganhos com câmbios a gerarem 721 patacas.

Em termos das despesas houve igualmente um aumento para 11,2 milhões de patacas em 2024, face aos 9,2 milhões de patacas de 2023.

O custo mais elevado foi para as remunerações dos trabalhadores que subiram de 3,1 milhões de patacas para 4,6 milhões de patacas. Para este aumento contribuiu o recrutamento de cinco funcionários, totalizando 13 trabalhadores no fim de 2024. A outra grande despesa deveu-se ao pagamento dos serviços de correio telecomunicações que foi de 3,2 milhões de patacas, abaixo do custo de 3,3 milhões do ano anterior.

9 Abr 2025

Comércio | Fornecedores pedem autonomia face a produtos americanos

Para evitar o impacto das tarifas dos Estados Unidos da América, a Associação da União dos Fornecedores de Macau defende uma maior autonomia gradual face aos produtos importados da América. A ideia veio do presidente da associação, Ip Sio Man, segundo o canal chinês da Rádio Macau.

De acordo com Ip, a dependência dos EUA é negativa porque as políticas tarifárias são imprevisíveis e estão constantemente a mudar. O responsável indicou que no ano passado, o valor de produtos que Macau exportou para os EUA foi de 300 milhões de patacas, enquanto o valor dos produtos importados dos EUA foi de 70 mil milhões de patacas. Por outro lado, Ip Sio Man antecipou que o Governo de Macau não está em condições de seguir o Interior na adopção de políticas de retaliação contra os EUA, pelo que deverá seguir um caminho alternativo.

Mas mesmo que Macau siga a política de retaliações, Ip desvalorizou o caso, ao considerar que não vai ter grande impacto, porque, nos últimos anos, Macau tem explorado activamente novos mercados e pode importar produtos de outras regiões para substituir os dos EUA.

9 Abr 2025

Consumo | Índice de confiança com resultados ambíguos

O índice de confiança dos consumidores subiu ligeiramente durante o terceiro trimestre, mantendo-se ainda assim perto de terreno negativo. Um inquérito, elaborado pela MUST, demonstra o aumento da confiança na compra de casa e investimentos financeiros, mas uma quebra da confiança na economia local, emprego, preços e evolução do nível de vida

 

A Universidade de Ciências e Tecnologia de Macau (MUST, na siga inglesa) publicou na segunda-feira o mais recente índice de confiança dos consumidores relativo aos primeiros três meses deste ano, revelando uma ligeira subida da crença da população em relação ao panorama económico de Macau.

O inquérito realizado pelo Instituto de Desenvolvimento Sustentável da MUST tem por base a análise a seis categorias: “nível de preços”, “compra de habitação”, “nível de vida”, “emprego”, “investimentos” e “economia local”. Das seis categorias, duas registaram subidas e quatro descidas.

De acordo com um comunicado emitido pela equipa que realizou o inquérito, o índice geral aumentou 0,85 por cento face ao trimestre anterior, situando-se, numa escala entre 0 e 200, em 103,82 pontos, atingindo o quarto trimestre seguido de subida do índice geral.

Tendo em conta os resultados gerais, os académicos consideram que a confiança geral dos consumidores de Macau está numa fase de estabilidade. Refira-se que nos últimos três meses de 2024, o índice geral subiu 2,54 por cento face ao trimestre anterior.

Ponto por ponto

Entre as seis áreas analisadas, duas registaram subidas de confiança no primeiro trimestre de 2025. A confiança no mercado accionista e em investimentos financeiros subiu 16,7 por cento, para 112,37 pontos, registando a maior flutuação. Também a confiança na compra de habitação subiu 2,4 por cento, entrando em terreno positivo (100,22 pontos), depois de já ter aumentado 6,5 por cento nos últimos três meses do ano passado, acompanhando a descidas dos preços da habitação.

No campo negativo, a maior descida aconteceu no capítulo da confiança na economia local, que caiu 3,14 por cento para a fronteira da falta de confiança, com 100,61 pontos, quase repetindo a queda registada nos últimos três meses de 2024 (3,13 por cento) e somando o terceiro trimestre consecutivo em quebra.

Também a confiança em relação preços caiu 2,32 por cento para terreno negativo (98 pontos), depois de no último trimestre de 2024 ter subido 6,38 por cento para a neutralidade (100.35).

A confiança no nível de vida passou a ocupar o segundo lugar do pódio, apesar da descida trimestral de 0,2 por cento para 108,3 pontos. Também a confiança no mercado de trabalho desceu 0,76 por cento para 103,39 pontos.

A equipa da MUST destacou o facto de a confiança na economia local estar a cair há três trimestre seguidos, o que considera ser um sinal de alerta para factores riscos no ambiente económico. Os académicos destacam também o fraco crescimento da economia global enquanto influência nos resultados do inquérito, que foi realizado antes da imposição à escala global de tarifas comerciais pela Administração de Donald Trump.

9 Abr 2025

Turismo | Quase 409 mil visitantes em três dias

Entre sexta-feira e domingo, 408.778 visitantes entraram em Macau, segundo dados divulgados pelo Corpo de Polícia de Segurança Pública.

O fim-de-semana prolongado pelo feriado Cheng Ming (dia dos finados) registou um número de entradas de visitantes progressivamente menor, ou seja, depois dos mais de 173 mil turistas que chegaram a Macau na sexta-feira, o número foi diminuindo até domingo.

Como manda a tradição, o posto fronteiriço das Portas do Cerco registou o maior fluxo de travessias, com 185.152 entradas de visitantes nos três dias, seguido pelo posto da Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau, com 81.464 entradas e o posto de Hengqin com 62.854. Com o registo durante o fim-de-semana prolongado, o número de entradas em Macau desde o início do ano ultrapassou os 10 milhões de visitantes.

7 Abr 2025

Jogo | Acções das concessionárias com quebras acentuadas

As acções da SJM registaram a maior desvalorização, com uma perda de valor de 17,62 por cento. Contabilizado o dia de ontem, desde o início do ano que as empresas cotadas na Bolsa de Hong Kong estão a perder valor

 

As acções das concessionárias do jogo na Bolsa de Hong Kong registaram fortes quebras, seguindo a tendência dos mercados mundiais, depois do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter decidido impor novas tarifas aos produtos importados pelo país americano.

No dia de ontem, o índice Hang Seng, o principal da Bolsa de Hong Kong, apresentou uma quebra de 13,62 por cento, e as concessionárias de Macau seguiram a tendência, com perdas semelhantes.

Em termos relativos, a SJM foi a empresa com a maior desvalorização, com o preço das acções a cair 17,62 por cento. Na altura da abertura do mercado, cada acção estava avaliada em 2,44 dólares de Hong Kong, mas à hora do fecho o valor tinha caído para 2,01 dólares de Hong Kong por acção.

A Melco International Development apresentou a segunda maior diminuição, com uma queda de 16,07 por cento para 3,29 dólares de Hong Kong por acção. Na abertura do mercado os títulos estavam avaliados em 3,65 dólares de Hong Kong por acção.

O pódio da desvalorização foi completado pela Sands China, que explora o casino The Venetian. As acções da empresa desvalorizaram 14,63 por cento de 14,5 dólares de Hong Kong para 13,4 dólares de Hong Kong.

Quanto à Galaxy, a redução de valor foi de 13,27 por cento, de 27,9 dólares de Hong Kong para 26,15 dólares de Hong Kong por acção. A concessionária Wynn Macau teve uma redução de valor de 13,02 por cento, de 5,13 dólares para 4,81 dólares. Por último, naquela que foi a desvalorização menos acentuada, as acções da MGM China caíram 12,18 por cento, de 9,5 dólares de Hong Kong para 4,81 dólares.

Tendência negativa

Apesar de em ritmo mais acelerado no dia de ontem, desde o início do ano que as acções das concessionárias estão em queda, no que tem sido uma tendência contrária à do índice Hang Seng, que apesar do descalabro de ontem está a valorizar 1,04 por cento desde o início do ano.

A concessionária mais afectada pela perda de valor é a Sands China, que desde o início do ano desvalorizou 28,5 por cento, de 18,6 dólares de Hong Kong por acção para 13,3 dólares. A nível das perdas segue-se a Melco com uma desvalorização de 23,3 por cento, de 4,3 dólares para 3,3 dólares de Hong Kong por acção. A Galaxy, com uma quebra de 18,6 por cento de 32,2 dólares para 26,2 dólares também está no pódio.

Por sua vez, a MGM China viu, desde o início do ano, o valor das acções cair 17,4 por cento, de 10,9 dólares para 9,0 dólares de Hong Kong, enquanto a SJM Holdings teve uma quebra de 16,7 por cento de 2,4 dólares por acção para 2,0 dólares de Hong Kong., A Wynn Macau teve uma redução de 15,8 por cento, de 5,7 dólares para 4,8 dólares de Hong Kong.

7 Abr 2025

Habitação | Centaline avisa que preços vão cair até 20 por cento

A agência imobiliária traça um cenário negativo do mercado imobiliário, que afecta o preço das habitações, mas também as rendas das lojas. Segundo a empresa, após anos em negação, os senhorios de lojas começam a perceber que vão perder dinheiro

 

A agência imobiliária Centaline prevê que os preços da habitação apresentem quebrad de 10 a 20 por cento ao longo do ano. A previsão consta do mais recente relatório da agência sobre o mercado do imobiliário local, publicado no final da semana passada, e que aponta que o sector atravessa uma “idade do gelo”.

“O mercado imobiliário de Macau está a atravessar uma fase de desenvolvimento em forma de ‘U’, pelo que se espera que a pressão para reduzir os preços da habitação se prolongue”, é referido. “Os preços da habitação vão atravessar uma nova vaga de quebras entre 10 e 20 por cento”, foi acrescentado.

Ao referir a forma de “U”, a Centaline prevê que a queda seja seguida de um período de crescimento, após uma fase de estagnação. No entanto, é necessário atingir o fundo. E esse momento é difícil de prever: “A dimensão da queda vai depender de vários factores, incluindo o ritmo da redução dos juros nos Estados Unidos, assim como das políticas de auxílio ao mercado”, foi explicado.

Com base nesta tendência, a agência admite que se vive uma “idade do gelo”: “O mercado imobiliário entrou na idade do gelo, com os preços da habitação e o volume de transacções a caírem”, foi escrito. “No segundo trimestre, as nossas estimativas apontam para que o volume das transacções seja de cerca de 200 transacções por mês”, foi previsto.

Acordar para a realidade

Em relação ao mercado de arrendamento de lojas, a situação não é muito diferente, e a Centaline indica que os proprietários das lojas vão ter de aceitar a nova realidade, e possivelmente desfazer-se das lojas. “No ano passado, muitos dos investidores ainda acreditavam que a queda do preço das rendas se devia à pandemia ou ao aumento das taxas de juro. Acreditavam que tudo ia voltar à ‘normalidade’, pelo que preferiam pagar os juros [das hipotecas] e manter a aposta nos seus investimentos”, foi explicado.
“Recentemente, começaram a aperceber-se que os dias dos bons de investimentos nas lojas chegaram ao fim, o sector da venda a retalho sofreu uma transformação e a dependência das lojas físicas diminuiu consideravelmente. Por isso, o valor das lojas está a diminuir gradualmente. No caso de segurarem os seus investimentos, muito dificilmente vão obter bons resultados”, foi acrescentado.

A Centaline traça assim um cenário a duas velocidades. Nas zonas mais centrais para o turismo, admite que houve perto de 20 arrendamentos em que o valor da renda ficou acima das 100 mil patacas. No entanto, nos bairros comunitários a situação é muito diferente, principalmente ao nível das lojas no NAPE ou Horta e Costa.

7 Abr 2025

Exportações lusófonas para a China caem mais de 30% até Fevereiro

As exportações dos países de língua portuguesa para a China caíram 30,7 por cento nos primeiros dois meses de 2025, em comparação com igual período do ano passado.

De acordo com informação do Serviços de Alfândega da China, em Janeiro e Fevereiro o bloco lusófono vendeu mercadorias no valor de 17 mil milhões de dólares para o mercado chinês. Segundo os dados, reunidos pelo Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa (Fórum de Macau), este é o valor mais baixo para os dois primeiros meses de um ano desde 2021, em plena pandemia de covid–19.

A descida deveu-se sobretudo ao maior fornecedor lusófono do mercado chinês, o Brasil, cujas vendas caíram um terço (33,4 por cento) para 13,7 mil milhões de dólares. Além disso, também o segundo maior parceiro comercial chinês no bloco lusófono, Angola, viu as exportações decrescerem 16,4 por cento para 2,37 mil milhões de dólares. Também as vendas de mercadorias de Portugal para a China diminuíram 13 por cento para 444,4 milhões de dólares.

Pelo contrário, as exportações de Moçambique subiram mais de um terço (34,4 por cento) para 332,2 milhões de dólares. Já as exportações da Guiné Equatorial para o mercado chinês desceram 71,2 por cento, para 85,6 milhões de dólares, enquanto as vendas de Timor-Leste encolheram 98 por cento. As exportações de São Tomé e Príncipe também caíram 53,3 por cento, embora o país não tenha vendido mais de mil dólares em mercadorias.

Já Cabo Verde e a Guiné-Bissau não venderam qualquer mercadoria para a China nos primeiros dois meses de 2025.

Por outro lado

Na direcção oposta, as exportações chinesas para os países de língua portuguesa também diminuíram 9 por cento, para 12,2 mil milhões de dólares.

Os dados revelam que o Brasil foi o maior comprador no bloco lusófono, com importações vindas da China a atingirem 10,3 mil milhões de dólares, uma queda de 7,8 por cento em termos anuais. Em segundo na lista vem Portugal, que comprou à China mercadorias no valor de 932,4 milhões de dólares, menos 10,5 por cento do que no mesmo período de 2024.

A China registou um défice comercial de 4,78 mil milhões de dólares com o bloco lusófono nos primeiros dois meses de 2025. Ao todo, as trocas comerciais entre os países de língua portuguesa e a China atingiram 29,2 mil milhões de dólares, menos 23,1 por cento do que no mesmo período do ano passado.

7 Abr 2025

Grande Prémio Consumo | Mais de 130 residentes desqualificados

Até ao dia 30 de Março, o Grande Prémio do Consumo gerou cerca 115 milhões de patacas em negócios. Segundo dados do Governo, até sábado tinham sido detectados 131 residentes envolvidos em transacções anormais, que acabaram por ser desqualificados da iniciativa destinada a estimular o consumo

 

Durante a primeira semana do Grande Prémio do Consumo, ou seja, até 30 de Março, “foram utilizados benefícios electrónicos no valor de mais de 23,6 milhões de patacas e desconto imediato para idosos no valor de cerca de 6,15 milhões de patacas”. Segundo dados divulgados ontem pela Direcção dos Serviços de Economia e Desenvolvimento Tecnológico (DSEDT), na primeira semana da iniciativa, que arrancou a 24 de Março, foi gerado consumo no valor de cerca de 115 milhões de patacas.

Apesar do crescimento do volume de negócios, uma das prováveis falhas no sistema previstas pelas autoridades veio a confirmar-se. Até ao passado sábado, foram identificados 131 utentes de instituições de pagamento e plataformas online de takeaway envolvidos em transacções anormais, que acabaram por ser “imediatamente desqualificados de participar nesta actividade”, não podendo participar nos sorteios de cupões de desconto ou de os usar, descreve a DSEDT.

As situações anómalas verificam-se quando os residentes obtêm oportunidades de sorteio com meios irregulares, depois de comprarem produtos num valor superior a 50 patacas na “plataforma de takeaway”.

As irregularidades foram descobertas através de um mecanismo de supervisão estabelecido em conjunto pela DSEDT e as instituições de pagamento e plataformas de takeaway, de forma a “garantir a justiça”.

Pontaria certeira

Mais de 20 mil estabelecimentos comerciais aderiram a esta edição do Grande Prémio do Consumo, aceitando os benefícios electrónicos e descontos imediatos para os idosos. A DSEDT acrescenta que mais de 120 destas lojas e restaurantes lançaram “em simultâneo, ofertas adicionais de consumo”.

Como a iniciativa tem o objectivo de estimular os negócios do pequeno comércio e restauração dos bairros comunitários, os descontos não podem ser utilizados para pagar contas de água, electricidade, gás natural, combustíveis, serviços de telecomunicações, transportes transfronteiriços, serviços médicos, serviços prestados por instituições públicas. Também não podem ser usados em casinos, bancos, seguradoras e outras instituições financeiras, casas de penhores, supermercados de grande escala, administração de propriedades, instituições de ensino, parques de estacionamento, táxis, parquímetros, e em produtos de máquinas de venda automática. A iniciativa irá decorrer até ao dia 1 de Junho.

7 Abr 2025

Crime | Jovem transferiu 600 mil patacas para burlões

Um jovem local foi burlado em 600 mil patacas, em mais uma burla em que os criminosos se fizeram passar pela polícia do Interior. O caso aconteceu a 30 de Março, quando o jovem foi contactado por telefone. Do outro lado da linha, disseram-lhe que o seu número de telefone estava associado a vários crimes, pelo que tinha de ser investigado.

Para garantir uma investigação e provar a inocência as alegadas autoridades pediram ao jovem que indicasse as suas informações pessoais, entre as quais os dados bancários.

O residente fez o que lhe foi pedido, através de uma aplicação. No entanto, dias depois, foi contactado pelo seu banco, sobre uma transferência de 600 mil patacas. Foi nessa altura que o jovem percebeu que tinha sido burlado e apresentou queixa junto das autoridades.

Burla | Idoso perde 78 mil patacas

Um homem de idade avançada foi burlado em cerca de 78 mil patacas depois de acreditar que ia receber uma comissão de 12 mil patacas para ajudar uma alegada escola a comprar produtos de limpeza.

De acordo com o jornal Ou Mun, o caso aconteceu a 31 de Março, quando um homem foi adicionado por um contacto desconhecido na aplicação WeChat. Esse contacto apresentou-se como um director de uma escola, que precisava de comprar produtos de limpeza para a instituição.

Contudo, o alegado director contou ao idoso que tinha discutido com o fornecedor, pelo que para ter acesso aos descontos habituais precisava que a transacção fosse feita por outra pessoa.

Ao idoso foi assim prometida uma comissão de 12 mil patacas, que seria paga depois de a escola receber os produtos de limpeza. Sem desconfiar de nada, o homem fez o pagamento online, no valor de 78 mil patacas. Como acabou por não receber a comissão prometida, percebeu que tinha sido burlado e apresentou queixa junto da Polícia Judiciária.

7 Abr 2025

Aeroporto | Arrancou transporte de carga para Madrid

A primeira rota de carga de longo curso entre Macau e Madrid está a ser operada pela companhia Ethiopian Airlines, da Etiópia. O director para a China da empresa defende que Macau é “uma plataforma importante” para a cooperação económica e comercial entre a China e os países de língua portuguesa

 

A primeira rota de carga de longo curso entre Macau e Madrid arrancou na quinta-feira, com um Boeing 777F operado pela Ethiopian Airlines, que levantou voo do Aeroporto Internacional de Macau (MIA).

A companhia aérea etíope efectuará duas viagens de ida e volta por semana, e os Boeing 777F transportarão principalmente mercadorias de comércio electrónico transfronteiriço, de acordo com uma nota da empresa gestora do MIA, a que a Lusa teve acesso.

“A nova rota irá melhorar ainda mais a rede de carga aérea entre a Ásia e a Europa, fornecendo um apoio logístico mais eficiente às exportações da Área da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau (GBA), e impulsionando a competitividade logística” desta região, acrescenta-se na nota.

Segundo a gestora do MIA, Madrid é um dos principais centros logísticos da Europa, pelo que “a abertura desta nova rota irá satisfazer a crescente procura de carga aérea, ao mesmo tempo que reforça a conectividade entre a GBA e os mercados europeus”, esperando-se que os volumes de carga sejam “cada vez maiores”.

O director nacional para a China da Ethiopian Airlines, Aman Wole Gurmu, citado na nota, afirmou que Macau é “uma plataforma importante” para a cooperação económica e comercial entre a China e os países de língua portuguesa, pelo que o lançamento da nova rota irá reforçar esse papel, constituindo-se como um corredor logístico aéreo que ligará a Europa e a Ásia.

Preencher lacunas

“Esta nova rota não só preenche a lacuna no transporte de carga entre Macau e Espanha, mas também aproveita a rede local em Espanha para ligar Macau aos mercados em África e na América do Sul, formando uma rede logística triangular ‘Ásia-África-Europa’”, segundo Aman Wole Gurmu, ainda que a rede perseguida pareça ser “quadrangular”, atendendo à inclusão do continente americano na equação.

“Isto ajudará Macau a tornar-se um centro-chave para as exportações transfronteiriças de comércio electrónico e transporte de carga na área da Grande Baía”, acrescentou.

De acordo com a empresa gestora do MIA, assiste-se a um crescimento constante do negócio de carga nos últimos anos, com a procura de logística aérea a ser impulsionada pelo rápido aumento do comércio electrónico transfronteiriço, tendo o aeroporto de Macau estado envolvido num volume de transporte de carga na ordem das 108.000 toneladas em 2024.

7 Abr 2025

Turismo | Mais de 320 mil visitantes entraram em Macau em dois dias

Na sexta-feira, em que se assinalou o feriado do Cheng Ming, e no sábado, entraram em Macau 321.961 visitantes. A afluência de turistas nos dois dias obrigou as autoridades a implementar medidas, que incluíram o controlo do fluxo de pessoas nas imediações das Ruínas de São Paulo na sexta-feira. Além disso, o Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP) interrompeu temporariamente o trânsito na Rua da Nossa Senhora do Amparo, desviando o tráfego para a Rua das Estalagens.

O dia em que se registaram mais entradas de visitantes foi na sexta-feira, quando entraram em Macau 173.256 turistas, com o posto fronteiriço das Portas do Cerco a chegar quase às 78 mil travessias. Nos dois dias, entraram na RAEM pelas Portas do Cerco 148.874 visitantes.

O posto fronteiriço da Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau registou o segundo maior fluxo de travessias, com a entrada de mais de 61.100 visitantes no total dos dois dias, seguido do posto de Hengqin, por onde entraram 51.100 visitantes.

Em relação a ontem, até ao fecho desta edição, os últimos dados do CPSP apontavam para a entrada em Macau de 27.671 visitantes até às 11h.

7 Abr 2025

Águas pluviais | Obras de estação elevatória vão arrancar

Vai ser construída na zona do Cotai, mais concretamente no cruzamento da Avenida dos Jogos da Ásia Oriental com a Rua Marginal dos Jogos da Ásia Oriental, uma nova estação elevatória de águas pluviais, para aumentar a capacidade de drenagem das mesmas.

Segundo informações do Instituto para os Assuntos Municipais (IAM), a nova estação e box-culvert de águas pluviais vai ocupar uma área de 500 metros quadrados, dispondo a estação de oito bombas de água e uma capacidade de bombar a água de 37,6 metros cúbicos por segundo.

Tal equivale à possibilidade de aspirar, em cerca de 50 segundos, o volume de água de uma piscina padrão, “ajudando, assim, a melhorar a eficiência de drenagem de águas pluviais da box-culvert da Baía de Nossa Senhora da Esperança e do bairro antigo da Taipa durante marés altas e chuvas intensas”, descreve o IAM.

O plano de drenagem foi recentemente apresentado ao Conselho Consultivo para os Assuntos Municipais e ao Conselho Consultivo de Serviços Comunitários, tendo sido já lançado o concurso. Prevê-se um baixo impacto no trânsito, uma vez que “a área da estação elevatória não envolve nem abrange vias rodoviárias e ciclovias existentes”.

A próxima fase do projecto “será a construção de uma pequena estação de bomba de reforço de águas pluviais numa esquina do Estádio da Taipa, para aliviar a pressão da estação elevatória de águas pluviais existente no Pai Kok e acelerar a drenagem de águas pluviais”. Neste sentido, “prevê-se também que o processo de concurso seja lançado ainda este ano”.

2 Abr 2025

Jogo / Receitas | JP Morgan e Seaport Partners com visões distintas

As receitas de 19,66 mil milhões de patacas em Março ficaram dentro das expectativas do mercado, mas a correctora Seaport Research Partners avisa que as recentes campanhas contra as trocas ilegais de dinheiro podem fazer cair o volume das apostas

 

“Não foram más de todo”, foi desta forma que o relatório mais recente do banco de investimento JP Morgan Securities (Asia Pacific) classificou as receitas brutas do jogo de Março, que atingiram os 19,66 mil milhões de patacas. A reacção do banco de investimento foi citada, na quarta-feira, pelo portal GGR Asia.

As receitas neste mês de Março representaram um aumento de 0,8 por cento face ao período homólogo, mas uma redução de 0,4 por cento em comparação com Fevereiro.

Todavia, o relatório assinado por DS Kim, Selina Li e Shi Mufan, aponta que o montante total ficou “um por cento acima das estimativas da JP Morgan [e do mercado] e do consenso [entre os analistas] que previam que não houvesse crescimento”.

O documento indica ainda que a média diária das receitas nos casinos foi de 634 milhões de patacas, o que foi apontado como um volume das receitas diárias semelhante aos dos meses de Janeiro e Fevereiro deste ano. Por isso, os analistas apontaram que as receitas em Março atingiram valores “muito respeitáveis”.

No mesmo sentido, a JP Morgan considerou que os sinais do mercado são animadores para a segunda metade do ano. “Isso é um bom presságio para o crescimento melhorar no segundo semestre de 2025”. “Mantemos a nossa previsão do crescimento das receitas do jogo em 2025 de 3 por cento, com o primeiro semestre a apresentar um crescimento de 0 a 1 por cento, e o segundo semestre com um crescimento entre 5 e 6 por cento”, foi acrescentado.

Abaixo das expectativas

Por sua vez, a correctora Seaport Research Partners teve uma reacção diferente face às receitas, citada pelo portal GGR Asia, dado que tinha previsto um crescimento maior do que o registado.

Segundo o relatório de ontem, assinado por Vitaly Umansky, as receitas “foram mais fracas do que as previsões feitas no início do mês, mas que mesmo assim não deixaram de ultrapassar ligeiramente as estimativas da Bloomberg, que indicava que não haveria qualquer crescimento”.

Por outro lado, a Seaport Research Partners indica que as receitas do final de Março ainda reflectem o possível impacto da campanha das autoridades contra dois grupos de troca ilegal de dinheiro, que actuavam nos casinos, e que envolviam pelo menos 43 pessoas.

Por isso, em Abril a Seaport Research Partners espera que as receitas apresentem uma redução de 0,1 por cento face ao período homólogo e de 5,8 por cento, em comparação com Maio. “A nossa estimativa para Abril é ligeiramente afectada pelos efeitos adversos potenciais de curto prazo ligados à repressão dos cambistas [ilegais]”, foi justificado.

2 Abr 2025

Matadouro | Prejuízos crescem 460 mil patacas num ano

O consumo de carne de vaca, a mais cara, está em contracção no território, com o número de abates de bovinos a cair para o valor mais baixo desde que há registos. A empresa Matadouro de Macau justifica a mudança com novos hábitos de consumo

 

A empresa Matadouro de Macau registou no ano passado um prejuízo de 4,17 milhões de patacas no ano passado, um crescimento de 12,38 por cento das perdas, ou de 460 mil patacas, em comparação com 2023, quando o resultado negativo foi de 3,71 milhões de patacas. A empresa alerta que o território está a registar novos hábitos de consumo, com o abate de gado bovino a atingir o valor mais baixo desde que há registos, excluindo o período da pandemia.

Em 2024, as receitas da empresa registaram um aumento inferior a 1 milhão de patacas, devido às receitas com o abate de animais, que subiram para 10,98 milhões de patacas, face aos 9,98 milhões de patacas de 2023.

Contudo, a subida foi contrariada por um aumento de despesas como os custos com a água e electricidade, que subiram para 1,19 milhões de patacas, face aos 1,07 milhões anteriores, ou gastos com serviços de limpeza e outros fornecimentos, que atingiram 1,97 milhões de patacas, quando no ano anterior não tinham ido além dos 1,37 milhões e patacas.

Também a nível dos salários dos 81 trabalhadores houve um aumento de despesa, de aproximadamente 278 mil patacas.

Diferentes hábitos

O relatório de 2024 do Matadouro mostra também uma empresa a funcionar a duas velocidades, com o abate de suínos a atingir o valor mais elevado desde 2019, enquanto o abate de bovinos caiu para o valor mais baixo desde que há registos.

A gestão da empresa explica o aumento no abate de porcos de 10,86 por cento, para um total de 108.660 animais, com o facto de no último trimestre de 2023 o preço do porco ter registado uma diminuição “de quase 20 por cento”, o que serviu para estimular o mercado em 2024. “A procura pela população da carne fresca de porco aumentou, levou a um aumento do volume do abate a crescer mais de 10 por cento”, foi indicado.

No entanto, o abate de bovinos teve uma quebra de 7,88 por cento, com um total de 1.333 abates, o valor mais baixo pelo menos desde 2015, excluindo 2022, quando o número de abates tinha sido de 1.301, porque o funcionamento do Matadouro foi suspenso. “O volume do abate de gado bovino em 2024 voltou a estabelecer um novo recorde negativo nos registos da empresa, e a principal razão é a alteração dos hábitos de consumo”, foi indicado. “A direcção da companhia espera que esta tendência se continue a verificar nos próximos anos, com a diminuição a ser relativamente gradual”, foi acrescentado.

Nos últimos anos, a economia tem enfrentado uma situação em que é cada vez mais frequente sair para o Interior da China para consumir, ao mesmo tempo que os turistas vindos do outro lado da fronteira têm menos poder de compra.

Novos investimentos

O ano de 2024 ficou ainda marcado pela renovação da concessão para o abate de animais que se vai prolongar até 2029. Além disso, o Governo da RAEM financiou as obras de renovação das cadeias de abate, que estavam em funcionamento, de acordo com o relatório da administração, desde 1987.

Com as obras, o matadouro ficou com uma cadeia de abates só para suínos e outra só para bovinos. No entanto, em caso de necessidade, estas podem ser alteradas para outros animais.

A empresa tem como accionistas o Instituto para os Assuntos Sociais, com uma participação social de 61 por cento, a Companhia de Engenharia e de Construção da China (Macau), com 27,5 por cento, a Teixeira Duarte-Engenharia e Construção (Maca), com 5,8 por cento, e ainda Ngan Yuen Ming, 3,125 por cento, e Ma Iau Lai, com 2,5 por cento.

2 Abr 2025

Hospital das Ilhas | Centro Médico com consultas de 52 especialidades

Os Serviços de Saúde (SS) apontam que o Centro Médico de Macau do Peking Union Medical College Hospital, no Hospital das Ilhas, disponibiliza consultas médicas de 52 especialidades desde a sua abertura, a 16 de Setembro de 2024, em áreas como a nefrologia, ginecologia, tratamento de varizes ou da osteoporose, entre outras patologias.

Além disso, “as vagas diárias para marcações dos serviços de especialidade médica aumentaram 50 por cento face ao período inicial da sua inauguração, de modo a atender à crescente procura dos serviços de cuidados de saúde por parte dos residentes de Macau”, descreve a mesma nota. Desde o dia 17 de Março que o Centro Médico passou a disponibilizar consultas externas aos não residentes, titulares do visto de estudante, portadores do Título Especial de Permanência e outros indivíduos de longa permanência em Macau.

Inquérito | 170 residentes realizam análises

Os Serviços de Saúde realizaram recentemente quatro sessões do inquérito-piloto do “Inquérito sobre a Saúde de Macau 2026”, que contaram com a participação de 170 residentes, entre 200 inscritos, que além de responderem a questões foram submetidos a um check-up de saúde. Para tal, fizeram análise ao sangue e urina, procederam à medição da pressão arterial, altura, peso e circunferência da cintura, da força de preensão manual e da audição.

Duas semanas após a conclusão do exame, os residentes podem consultar ou receber o relatório através da “Minha Saúde 2.0” na “Conta Única de Macau”, ou por correio registado ou e-mail. Especialistas e académicos da Peking Union Medical College vieram a Macau para fazer o controlo de qualidade e orientação dos chamados inquéritos-piloto.

2 Abr 2025

Saúde | Alerta para aumento da obesidade e hipertensão

Apesar do aumento da esperança de vida nas últimas duas décadas e meia, o Governo está preocupado com a subida gradual da obesidade, hipertensão, e elevados níveis de colesterol e açúcar no sangue. Em 2024, cerca de 80 por cento das mortes registadas em Macau estiveram relacionadas com doenças crónicas

 

Dados do Inquérito sobre a Saúde de Macau divulgado em 2016 já mostravam que mais de metade da população adulta tinha peso a mais. No entanto, a situação actual deve ser pior, indicou ontem a chefe da Divisão de Promoção da Saúde do Centro de Prevenção e Controlo de Doenças dos Serviços de Saúde (SS), Wong Weng Man, no programa Fórum Macau do canal chinês da Rádio Macau.

Tendo em conta que será lançado no próximo ano um novo inquérito à saúde da população, a responsável prevê que a proporção dos casos de obesidade irá aumentar e que a tendência crescente do excesso de peso é um dos desafios dos SS para os próximos anos.

“O risco de excesso de peso, obesidade, hipertensão arterial, colesterol e açúcar elevados no sangue aumenta gradualmente,” explicou Wong Weng Man, ressalvando que os indicadores de excesso de peso e obesidade em Macau são mais rigorosos do que noutras regiões. Uma das estratégias das autoridades passa por alertar os residentes para a importância de monitorizar o peso e mais cedo possível.

Seguindo tendências

Para inverter a tendência, o Governo pretende cooperar com grupos comunitários e informar a população sobre a gestão de peso e formas seguras de combater a obesidade. Além disso, os SS querem alargar a especialidade de medicina através da formação de médicos e criar uma plataforma online para os residentes acederem a médicos, enfermeiros, médicos de medicina tradicional chinesa, dentistas, nutricionistas, psicoterapeutas e fisioterapeutas. Serão também instalados vários postos de controlo de pressão arterial no território.

Wong Weng Man salientou o perigo da obesidade enquanto causa de doenças crónicas, que foram a principal causa de morte, em cerca de 80 por cento dos casos, durante o ano passado.

A representante dos SS destacou ainda o aumento da esperança de vida média em Macau, que subiu cinco anos desde 1999, e se fixou em 83,3 anos em 2024. Importa referir que, segundo dados da Organização Mundial de Saúde, a esperança de vida média a nível global também subiu cinco anos entre os anos 2000 e 2015.

2 Abr 2025