Ponte Nobre de Carvalho | Encerramento prolongado até Maio

As medidas provisórias de encerramento e proibição da circulação de peões nos dois lados da Ponte Governador Nobre de Carvalho foram prolongadas até 10 de Maio, de acordo com um comunicado da Direcção de Serviços de Obras Públicas (DSOP).

“As obras de reparação da estrutura inferior da Ponte Governador Nobre de Carvalho tiveram início em Outubro do ano passado e, até ao momento, foram reparados 40 locais”, começou por explicar a DSOP, em comunicado. “Recentemente, o Laboratório de Engenharia Civil de Macau efectuou de novo uma inspecção visual em relação à estrutura inferior da respectiva ponte, tendo verificadas 25 novas partes que necessitam de tratamento […] ”, foi acrescentado.

A DSOP garante ainda que face ao prolongamento da proibição, que serão afixados avisos no local, para que as pessoas saibam que podem ser multadas num valor próximo de 600 patacas, caso ignorem a proibição. “Durante a execução da obra, o empreiteiro irá instalar, conforme as exigências, as placas de alerta sobre a execução da obra na zona de execução, bem como proceder-se-á aos trabalhos de vedação provisória e a instalação de placas de sinalização de trânsito nas duas extremidades dos passeios da ponte”, foi indicado.

8 Abr 2024

Inflação | Macau e HK cada vez mais caros, diz economista

Henry Lei, economista e docente na Universidade de Macau (UM), considera que tanto Macau como Hong Kong estão a ficar cada vez mais caros para os residentes. “Macau está a ficar cada vez mais caro, especialmente quando comparamos o custo de vida com Zhuhai e outras cidades na China. O nível de preços, até certo ponto, é muito próximo de Hong Kong”, disse, alertando para a crescente subida de preços nos últimos dez anos.

“Se sairmos para um almoço simples num café ou restaurante local, já pagamos cerca de 80 por cento do preço de Hong Kong. Ou seja, Macau vai ficando cada vez mais caro, especialmente na última década”, afirmou à TDM – Rádio Macau.

O especialista disse ainda concordar com as recentes declarações de Allan Zeman, presidente do grupo Lan Kwai Fong, que, ao canal RTHK de Hong Kong, disse que a indexação do dólar de Hong Kong ao americano é uma das grandes causas para o aumento dos preços.

“O dólar de Hong Kong não está a reflectir as condições económicas locais, mas sim as dos Estados Unidos, tornando Hong Kong uma cidade demasiado cara”, disse Zeman. Henry Lei entende que a indexação, que também acontece com a pataca de Macau, “afecta a competitividade e capacidade de atracção”.

8 Abr 2024

São Januário | Curto-circuito originou incêndio na madrugada de sábado

Na madrugada de sábado, um incêndio no Centro Hospitalar Conde de São Januário obrigou à evacuação de uma enfermaria, sem que se tivessem registado consequências graves. A direcção do hospital exigiu um relatório sobre o sucedido à empresa que gere o sistema de reserva de energia

 

Deflagrou na madrugada de sábado, por volta das 05h, um incêndio numa das enfermarias do Centro Hospitalar Conde de São Januário (CHCSJ). O incidente não resultou em mortos ou feridos, mas obrigou à retirada de 26 pessoas, incluindo 24 pacientes que se encontravam internados e dois familiares, que foram transferidos para outra ala do hospital, segundo informação divulgada no sábado pelos Serviços de Saúde.

Um curto-circuito terá estado na origem do incidente, o que obrigou à actuação dos bombeiros que, rapidamente, conseguiram resolver a situação. Depois da limpeza do local, os pacientes e familiares voltaram à enfermaria, tendo o funcionamento do hospital regressado à normalidade. De frisar que esta ala de internamento é da especialidade de medicina interna.

Pedido relatório

As primeiras declarações sobre o ocorrido decorreram no sábado pouco tempo depois de ter sido reposta a normalidade do serviço. Ao canal chinês da Rádio Macau, Kuok Cheong U, director do hospital, disse que foi pedido um relatório detalhado à empresa responsável pela gestão do sistema de reserva de energia para obter respostas detalhadas sobre o ocorrido. Ainda assim, o responsável apontou que a causa para o curto-circuito poderá estar num dos componentes do referido sistema.

O também sub-director dos Serviços de Saúde destacou ainda a rapidez com que foi extinto o incêndio, resultado da “eficácia” dos simulacros que regularmente são organizados no hospital para garantir a segurança de todos.

Aos jornalistas o director do hospital falou ainda da afluência de pessoas ao serviço de urgência por causa da gripe ou covid-19, afirmando que não houve um aumento significativo.

8 Abr 2024

Jockey Clube | IAM recusa ficar com cavalos de cerimónia

O Instituto para os Assuntos Municipais anunciou que não pode ficar com os três cavalos cerimoniais do Jockey Clube de Macau, e recusou que o cenário do abate em Macau dos animais esteja em cima da mesa. A posição foi tomada através de um comunicado, depois de um grupo online ter começado a recolher assinaturas para salvar os animais, por receio de abate.

“De acordo com a resposta dada pelo Jockey Clube de Macau ao Instituto para os Assuntos Municipais (IAM), os referidos cavalos são cavalos cerimoniais da propriedade do Jockey Clube de Macau, encontrando-se em curso a sua transferência para o exterior para continuarem a receber cuidados”, foi comunicado, depois do caso ter gerado controvérsia.

O IAM apontou também estar a acompanhar a situação dos cavalos, indicando que os três animais estão numa cavalariça própria para animais reformados. “O IAM mantém-se atento à situação dos animais no recinto do Jockey Clube e enviou, há dias, médicos veterinários ao local para fiscalizar o estado de todos os cavalos, sendo o seu estado geral satisfatório. Actualmente, os três cavalos cerimoniais encontram-se na cavalariça dos cavalos aposentados”, indicou o IAM.

8 Abr 2024

Ambiente | Informação sobre cetáceo morto causa polémica

Quando se discute o impacto ambiental do aterro-lixeira à frente das praias de Macau, o Governo mantêm-se em silêncio sobre descoberta de um cadáver de um boto-do-índico em Cheoc Van, após a informação ter sido divulgada por um grupo ecológico no Facebook

 

No dia 31 de Março, um cadáver de um boto-do-índico foi encontrado na Praia de Cheoc Van. Contudo, a descoberta só foi tornada pública cinco dias depois por uma página de Facebook, o que está a gerar suspeitas de sonegação da informação por parte do Governo, devido ao projecto de construção do aterro-lixeira, que ameaça o habitat dos golfinhos brancos, partilhado com os botos-do-índico. O boto-do-índico é um cetáceo de cabeça arredondada e sem barbatana dorsal, “parente” afastado dos golfinhos.

Os procedimentos foram questionados pela página de Facebook “Chief of Macau Ecology”, que surge apresentada como o trabalho de dois ecologistas locais, não identificados. De acordo com o relato, um dos dois responsáveis da página esteve em Cheoc Van no dia 31 de Março, pelas 09h30, quando o cadáver do boto-do-índico foi descoberto e removido uma hora depois por funcionários do Governo. O responsável conseguiu tirar fotografias do corpo do animal que é considerado uma espécie ameaçada.

Apesar de terem a informação disponível, os ecologistas esperaram que o Governo comunicasse o acontecido, como sucede em outras ocasiões. Porém, desta vez, a informação nunca foi tornada pública, mesmo depois de a página ter partilhado o caso, a 4 de Abril, quase cinco dias depois da ocorrência.

O procedimento mereceu críticas ao Governo: “A razão que nos levou a não publicar informação mais cedo, deveu-se ao facto de querermos dar a oportunidade ao Instituto para os Assuntos Municipais, porque tínhamos esperança que teriam a iniciativa de informar a população sobre o sucedido”, foi explicado.

“Mas, sem que possamos dizer que é verdadeiramente uma surpresa, como podem ver, não existe nem uma palavra sobre o assunto. Tudo isto nos leva a acreditar que se não fosse a nossa página a ter um registo deste incidente, a população seria mantida no escuro e ninguém saberia da morte do boto-do-índico”, foi acrescentado.

Tudo escondido

A página levantou ainda dúvidas sobre o facto de este ano não haver qualquer tipo de notícias do Governo sobre a descoberta de carcaças de golfinhos brancos ou de botos-do-índico nas costas de Macau. Segundo a página, embora o facto possa corresponder a boas notícias, é pouco credível que corresponda à realidade, dadas as várias obras no território, que ameaçam os habitats destes animais, como a construção da Ponte Macau, ou circulação de várias embarcações pesadas no local.

A página “Chief of Macau Ecology” lamenta também que em Macau não haja um registo público sobre os corpos de golfinhos brancos e botos-do-índico descobertos na zona costeira do território, ao contrário da prática de Hong Kong. Além disso, os ecologistas ligaram os procedimentos do Governo ao receios de que a divulgação deste tipo de informação aumente ainda mais a oposição contra o aterro-lixeira, que o Governo chamou de “Ilha Ecológica”.

Segundo a Chief of Macau Ecology, é difícil evitar a ligação entre a sonegação da informação sobre o corpo do boto-do-índico e o comportamento assumido face aos resultados de um estudo da Universidade de Sun Yat-seng. Em 2016, esta instituição fez um estudo em que indica que o local onde vai ser construído o aterro-lixeira devia ser protegido e que a construção ameaça o habitat dos golfinhos brancos. O estudo foi mantido confidencial, até os seus resultados terem sido publicados na comunicação social.

8 Abr 2024

DSAT | Mais de 12 mil não pagaram imposto de circulação

Mais de 12 mil proprietários de veículos deixaram o imposto de circulação por pagar até à data limite, de acordo com um comunicado em língua chinesa da Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT). O prazo para fazer o pagamento do imposto terminou a 2 de Abril, e a DSAT enviou um lembrete para os proprietários dos veículos que não efectuaram os pagamentos necessários.

No nota de imprensa divulgada na sexta-feira, foi recordado aos proprietários que o Governo está a recorrer ao sistema de reconhecimento automático de veículos nos auto-silos públicos para identificar as viaturas a circular sem o pagamento de impostos e proceder às respectivas apreensões.

“A DSAT apela aos proprietários dos veículos que não pagaram os respectivos impostos que não utilizem as viaturas ou estacionem nas ruas ou nos parques públicos. Aqueles que violarem estas normas vão ter os veículos apreendidos e vão ser multados”, foi alertado.

Como resultado deste mecanismo, foram inspeccionados mais de 63 mil veículos, com pelo 88 a serem removidos dos parques de estacionamento. Além disso, as autoridades também estão a fazer campanhas nas ruas da cidade. A DSAT apelou igualmente aos proprietários que pretendam desfazer-se de viaturas que sigam os procedimentos legais recomendados, em vez de optarem pelo abandono.

8 Abr 2024

AMCM | Depósitos dos residentes sobem 1 por cento

No passado mês de Fevereiro, os depósitos de residentes cresceram 1 por cento, em comparação com Janeiro, e chegaram a 724,1 mil milhões de patacas, de acordo com a informação divulgada pela Autoridade Monetária de Macau (AMCM).

Por sua vez os depósitos de não-residentes decresceram 0,5 por cento, para 322,1 mil milhões de patacas, ao mesmo tempo que os depósitos do sector público na actividade bancária decresceram para 188,1 mil milhões de patacas, uma redução de 0,9 por cento em termos mensais.

Como resultado, o total dos depósitos da actividade bancária registou um crescimento de 0,3 por cento quando comparado com o mês anterior, atingindo 1.234,4 mil milhões de patacas. A maior parte dos depósitos dizia respeito a dólares de Hong Kong, com uma proporção de 43,9 por cento. A segunda moeda mais popular para os depósitos são os dólares americanos, com uma proporção de 25,5 por cento, seguida pela pataca com 20,4 por cento. Apenas 8,2 por cento dos depósitos foram realizados em yuan.

8 Abr 2024

DSMG | Macau deve ser afectado por quatro a sete tufões este ano

Segundo as estimativas dos Serviços Meteorológicos e Geofísicos espera-se que “alguns” tufões cheguem ao nível de “tufão severo”, o segundo mais elevado da escala. Quanto às chuva, estimam-se níveis normais, mas podem ocorrer fenómenos extremos

 

Deverão passar por Macau entre quatro a sete tufões ao longo deste ano, de acordo com a previsão da Direcção dos Serviços Meteorológicos e Geofísicos (DSMG), divulgada na sexta-feira. As estimativas apontam para que a época de tufões comece na segunda quinzena de Junho.

“Com base nas previsões da Direcção dos Serviços Meteorológicos e Geofísicos, a época de tufões do corrente ano terá início na segunda quinzena de Junho ou depois desta, sendo ambas mais tardias do que o estado médio do clima”, foi revelado em comunicado. “Macau poderá ser afectado por cerca de 4 a 7 tempestades tropicais, sendo um número normal, e alguma delas podem atingir o nível de tufão severo ou superior”, foi acrescentado.

O nível de “tufão severo” é o segundo mais elevado da escala, sendo que acima deste apenas existe a classificação de “super tufão”.
Face ao aquecimento global, a DSMG espera que a temperatura ao longo do Verão seja “relativamente alta”, o que foi considerado “normal”, assim com os níveis de precipitação, que devem ficar dentro da expectativa da época. “Ao mesmo tempo, sob a grande tendência do aquecimento global, prevê-se que a temperatura média da época das chuvas (Abril a Setembro) deste ano seja de normal a relativamente alta. A precipitação acumulada será normal, ainda assim podem ocorrer processo de precipitação extremamente forte”, foi indicado.

Impacto do aquecimento

Apesar das previsões se enquadrarem nos padrões considerados normais, a nível das chuvas e temperaturas, os DSMG não deixam de reconhecer que o aquecimento global se está a fazer sentir.

A afirmação é sustentada com base no número de vezes, nos anos mais recentes, em que foi içado o sinal número 10 em Macau, o mais elevado da escala de alerta para tempestades tropicais. “Nos últimos anos, o impacto das alterações climáticas em Macau tornou-se mais significativo. Se fizermos uma retrospectiva, em 2023, o número de tempestades tropicais formadas no Pacífico Noroeste foi apenas de 17, sendo um número relativamente menor que os valores médios (média climática é de 25,1), no entanto, houve 5 tempestades tropicais que afectaram Macau, sendo um número normal”, foi explicado. “No entanto, foi necessário emitir o sinal n.º 8 ou o sinal n.º superior, por 3 vezes, sendo este número muito superior ao valor médio climático de 1,4 vezes. O super tufão Saola foi a quarta tempestade tropical a obrigar à emissão do sinal 10 nos últimos sete anos”, foi argumentado.

Face ao cenário traçado, as autoridades pedem à população que se prepare o mais depressa possível: “Tendo em conta que Macau vai entrar em breve na época de chuvas e tufões, a Direcção dos Serviços Meteorológicos e Geofísicos apela à população que tome medidas de prevenção contra tempestades tropicais e inundações o mais rápido possível.”

8 Abr 2024

Turismo | Gastos aquém das expectativas deixam comerciantes em apuros

Muitos turistas, poucas compras. É este o cenário traçado por Lei Cheok Kuan, presidente da Federação da Indústria e Comércio de Macau, que avisa que muitos negócios só não fecham portas na zona norte da cidade, porque não têm dinheiro para pagar os empréstimos contraídos

 

Durante o período da Páscoa, o território atraiu mais de 400 mil turistas. Porém, para os comerciantes a situação pouco mudou, e as vendas estão cada vez mais fracas, em comparação com o passado. O cenário sobre as dificuldades do comércio local foi traçado por Lei Cheok Kuan, presidente da Federação da Indústria e Comércio de Macau Centro e Sul Distritos, em declarações ao Jornal Exmoo.

Segundo o dirigente associativo, o período da Páscoa foi positivo, porque “houve muito movimento de pessoas”, mas lamentou a situação actual porque “em termos de dinheiro não foi uma fase próspera”.

Lei Cheok Kuan elogiou ainda o trabalho das autoridades, que considerou estarem a fazer os “melhores esforços” para atraírem mais visitantes para Macau. Contudo, quando fez um balanço do período de Páscoa, não deixou de lamentar que o dinheiro não esteja a chegar aos comerciantes.

Na perspectiva do dirigente associativo, as dificuldades prendem-se com o facto de os turistas que entram no território terem menor poder de compra e estarem menos dispostos a consumir, face ao que acontece no passado.

Lei descreveu também que actualmente entre 10 turistas, apenas um ou dois gastam ao ponto de deixarem a cidade carregados com sacos. No passado, indicou o dirigente, o número de turistas carregados com sacos chegava aos sete ou oito.

Apesar deste cenário, o presidente da Federação da Indústria e Comércio de Macau Centro e Sul Distritos mostrou compreensão face aos novos hábitos de consumo, e reconheceu que para os turistas a situação económica é cada vez mais difícil, e que é lógico que poupem mais. “Como as pessoas estão pessimistas e não sabem o dia de amanhã, é natural que poupem mais”, vincou.

A duas velocidades

Fora das áreas turísticas a situação é ainda mais dramática. Segundo Lei Cheok Kuan, se por um lado, nas zonas turísticas o consumo é cada vez mais reduzido, por outro, nos bairros residências, o comércio local “passa dias sem ver qualquer cliente”.

Lei Cheok Kuan confessou ainda que desde o Ano Novo Lunar vários negócios desistiram e fecharam portas. E mais só não fecham, indicou o responsável, porque nesse caso têm de pagar os empréstimos bancários de uma só vez, e não têm dinheiro.

A situação gerou mesmo a criação de um grupo no Facebook que acompanha os negócios mais recentes a fecharem as portas. A juntar às perdas do comércio local, Lei Cheok Kuan indica que a situação no mercado imobiliário é insustentável. De acordo com o presidente da associação, os senhorios mostram-se irredutíveis com as rendas, e mesmo com crise querem aumentar os valores cobrados.

Por outro lado, o dirigente apelou ao Governo para disponibilizar formação para as Pequenas e Médias Empresas sobre o consumo electrónico e novas estratégias, dado que o ambiente comercial está a sofrer uma revolução e nem todos têm capacidade para se adaptar.

5 Abr 2024

Saúde | Detectado caso importado de Legionella

Os Serviços de Saúde (SS) anunciaram o diagnóstico de um caso importado de infecção por Legionella, detectado num residente com 37 anos. A informação foi divulgada na quarta-feira, e é o segundo caso diagnosticado no território este ano. Antes de ser diagnosticado, o homem esteve em Zhongshan, em Guangzhou e Hong Kong. As autoridades suspeitam que a infecção tenha acontecido quando esteve fora de Macau.

“No dia 24 de Março, este homem manifestou sintomas, tais como, febre, tosse e recorreu ao tratamento médico no Hospital Kiang Wu no dia 26 de Março. Devido a insistência da doença, recorreu, de novo, ao Hospital Kiang Wu onde foi internado no dia 28 de Março”, foi indicado.

“A radiografia ao tórax relevou pneumonia no pulmão direito inferior e as análises efectuadas à urina revelaram anticorpos positivos de legionella pneumophila, permitindo o diagnóstico de Legionella. Actualmente, o paciente está submetido ao tratamento e encontra-se em estado estável”, foi acrescentado.

A doença dos legionários é uma infecção provocada pela legionella, uma bactéria que vive em ambientes aquáticos naturais, como a superfície de lagos, rios, riachos e águas termais, bem como, solo, mistura de terra para vasos e que pode proliferar rapidamente em água morna e em lugares mais húmidos.

A legionella pode ser também encontrada em sistemas aquáticos artificiais, nomeadamente, torres de arrefecimento do sistema de ar condicionado central, jacuzzis, fontes e aparelhos médicos de uso domiciliário, especialmente na presença de biofilme e sedimentos.

5 Abr 2024

No final do ano passado, mercados tinham 275 bancas desocupadas

No final de 2023, um total de 275 bancas dos nove mercados públicos estavam desocupadas, anunciou José Tavares, presidente do Instituto para os Assuntos Municipais (IAM), em resposta a uma interpelação escrita do deputado Ngan Iek Hang.

“Até ao ano de 2023, ficaram desocupadas um total de 275 bancas em nove mercados públicos de Macau, das quais 40 por cento são bancas de legumes, sendo a sua maioria localizada no Mercado Municipal do Bairro Iao Hon”, respondeu José Tavares. “As restantes são bancas de peixe, carne, vestuário e artigos de uso, distribuídas em diferentes mercados”, foi acrescentado.

Os dados apresentados permitirem calcular que existe uma média de quase 31 bancas livres por cada mercado no território.
Sobre as obras recentes de melhoria de bancas de venda, a resposta de José Tavares indica que “abrangem cinco bancas do Mercado Municipal da Horta e Mitra e 10 bancas do Centro de Comidas do Patane”.

O deputado “inteligente”

Ngan Iek Hang, deputado ligado aos Moradores de Macau, referiu na interpelação escrita que assinou que o território entrou na “era digital”, em que é cada vez mais presente a ligação a tecnologias digitais. Nesse sentido, o legislador perguntou se foram tomadas medidas que permitam aos vendedores acesso a dados sobre o número de visitantes, principais horas de visitas, entre outras informações, registados por aquilo que designa como “meios inteligentes”.

O IAM garante que estes dados estão disponíveis. “Com vista a elevar a eficácia da gestão e a qualidade de serviço dos mercados públicos, o IAM instalou gradualmente, nos anos mais recentes, o sistema de detecção da circulação de pessoas nos mercados municipais com maior fluxo para registar o número de pessoas que entram nos mercados”, foi indicado. “O IAM irá continuar a introduzir técnicas inteligentes adequadas”, foi indicado pelo organismo liderado por José Tavares.

Com o objectivo de aumentar o comércio, as autoridades prometem também decorar os mercados de acordo com as diferentes festividades.

5 Abr 2024

Comércio | Mercado Vermelho pode abrir com bancas vazias

Com novas instalações e de cara lavada, a reabertura do Mercado Vermelho pode ficar marcada pelo número de bancas vazias, alerta O Cheng Wong, presidente da Associação de Auxílio Mútuo de Vendilhões de Macau

 

Após dois anos em obras, o Mercado Vermelho pode reabrir em finais de Maio ou em Junho. A informação foi avançada pelo jornal Ou Mun, depois do local das obras ter sido visitado por membros e conselheiros do Instituto para os Assuntos Municipais.

No entanto, é possível que a reabertura seja marcada pela quantidade de bancas vazias. Este cenário foi reconhecido à publicação em língua chinesa por O Cheng Wong, presidente da Associação de Auxílio Mútuo de Vendilhões de Macau e membro do Conselho Consultivo para os Assuntos Municipais. De acordo com o dirigente associativo, nos últimos meses muitos vendedores de peixe, vegetais e talhantes abandonaram o negócio, devido às condições cada vez mais difíceis para o comércio local.

O Cheng Wong explicou que na melhor altura para o comércio, o produto mais popular era a venda de peixe, com mais de 100 bancas. Contudo, com as alterações mais recentes o número sofreu uma quebra de, pelo menos, 20 por cento, com o número a não ir além das 80 bancas.

Face ao cenário, o responsável antecipou que quando o Mercado Vermelho voltar a operar os residentes vão defrontar-se com várias bancas vazias. Ao mesmo tempo, apelou às autoridades para que comecem os procedimentos normais para atribuir as bancas que estão vazias a potenciais interessados.

Tempo de mudanças

Com as obras a visarem o melhoramento dos acessos dentro do mercado, principalmente para pessoas com problemas de mobilidade, espera-se que os vendedores encontrem um espaço com alterações significativas.

Diante desta expectativa, O Cheng Wong considerou que é necessário que os comerciantes tenham tempo para se preparar e adaptar à nova realidade. Na próxima semana, os vendedores vão ser convidados para uma visita ao mercado.

Inaugurado em 1936, o Mercado Vermelho vinha evidenciando sinais de degradação. As actuais obras tiveram como objectivo “preservar o edifício” e substituir as 28 colunas de tijolo por 10 colunas de betão armado, devido à “degradação” causada pela humidade.

Também junto à Avenida de Horta e Costa, vai ser instalado um elevador e serão construídas duas plataformas para descarga de mercadorias. A nível das bancas, as obras contemplaram a instalação de separadores de vidro, para evitar que a água utilizada para manter o pescado vivo seja derramada nos corredores de circulação, assim como nas tomadas eléctricas.

5 Abr 2024

PJ | Descoberta burla associada à rede de lojas “Mannings”

A Polícia Judiciária (PJ) anunciou na quarta-feira a existência de um esquema de burla associado à rede de lojas “Mannings”, que vende produtos de beleza, cosméticos e electrodomésticos.

Segundo uma nota de imprensa da PJ, os burlões enviam SMS que informam que o prazo de validade do bónus da conta de cliente da loja está a terminar, convidando os clientes a carregarem num link, onde, supostamente, podem trocar pontos por produtos a preços baixos. Aí, ao terem acesso a um falso website da “Mannings”, acabam por dar os dados do cartão de crédito.

A PJ descreve que “para mais facilmente enganar as vítimas, os burlões recorrem ao phishing para alterar o nome do remetente da SMS, para que se pense que tais mensagens são verdadeiras e enviadas pela ‘Mannings'”. Na terça-feira as autoridades policiais receberam dez queixas de pessoas burladas e que perderem até dezenas de milhares de patacas.

A “Mannings” já esclareceu o ocorrido, informando que “nunca envia mensagens de texto com links solicitando dados bancários”.

5 Abr 2024

Taiwan | Residentes e estudantes da RAEM estão em segurança

O terramoto que abalou Taiwan na quarta-feira, o maior dos últimos 25 anos, foi sentido por residentes de Macau, que estão a salvo. As duas dezenas que estudantes locais que frequentam universidades de Taiwan também estão em segurança. O sismo causou, pelo menos, 10 mortos e 1.070 feridos

 

Taiwan foi atingida esta quarta-feira pelo maior sismo dos últimos 25 anos. Registando 7,4 na escala de Ritcher, foram contabilizados, até ao fecho desta edição, 10 mortos e 1.070 feridos, mas muitas pessoas continuam desaparecidas nas zonas mais montanhosas da ilha. O sismo foi registado a cerca de 838 quilómetros a leste-nordeste de Macau, e os Serviços Meteorológicos e Geofísicos afirmaram ter recebido o relato de um residente que sentiu o abalo sísmico.

Vários residentes de Macau encontravam-se na ilha e sentiram de perto a tragédia, mas não há registo de mortos ou ferimentos. Tanto a Direcção dos Serviços de Turismo (DST) como a Direcção dos Serviços de Educação e Desenvolvimento da Juventude (DSEDJ) disseram, em comunicado, que contactaram os 20 estudantes de Macau que residem e estudam em Hualien, a zona de Taiwan onde mais se sentiu o sismo, mas que não foi recebido qualquer pedido de assistência. A DST promete “acompanhar de perto a situação e manter-se em contacto com os estudantes de Macau e organizações relacionadas para prestar assistência adequada”.

Relativamente a turistas locais, a DST indicou não ter recebido pedidos de ajuda e sugeriu aos residentes que estão na ilha para “estarem atentos aos últimos comunicados, prestarem atenção à sua segurança e permanecerem em local seguro”.

Relatos de residentes

Apesar do epicentro do sismo ter sido na região de Hualien, o terramoto foi sentido noutras zonas da ilha. Na rede social Facebook, o arquitecto Carlos Couto, residente de Macau, descreveu o abalo como “assustador, talvez o maior [sismo] que senti em toda a minha vida”.

“Não foi muito longo. Estava a caminho do aeroporto, o meu prédio parecia um bambu a vibrar e o viaduto à minha frente saltava. A caminho de Taoyuan houve uma réplica do sismo e sentiu-se dentro do carro. Sei por outros portugueses que há prédios com estragos menores”, descreveu.

O jornalista Paulo Barbosa descreveu à TDM o que sentiu na zona de Taichung. “Por volta das 08h fomos acordados por um enorme abalo. Estávamos no sexto andar do hotel e todo o edifício abanou. Escondemo-nos debaixo de uma mesa. Durou cerca de 30 segundos.”

O último balanço oficial indica que o sismo provocou nove mortos, sendo que, pelo menos, quatro pessoas morreram no Parque Nacional de Taroko, uma atracção turística de Hualien. Segundo as autoridades, 690 pessoas ainda estão isoladas. Mais de 600 encontram-se retidas no hotel Silks Place Taroko. A ilha foi abalada por mais de 300 réplicas desde o primeiro sismo e as autoridades alertaram a população para o perigo de deslizamentos de terra e queda de rochas.

5 Abr 2024

Saúde mental é tema do quarto festival “Letras & Companhia” de Macau

A saúde mental vai ser, entre 15 de Abril e 7 de Maio, o tema da quarta edição do festival Letras & Companhia, uma iniciativa do Instituto Português do Oriente (IPOR) para pais e filhos, foi ontem anunciado. Música, artes performativas, oficinas para pais e filhos, sessões de leitura e lançamento de livros são as actividades em destaque nos dois programas que o Festival volta a incorporar, um para o público e outro para as escolas, para “promover a importância da saúde mental, não só nas crianças e jovens, mas também nos adultos”, indicou o IPOR, em comunicado.

A autora e ilustradora portuguesa Marina Palácio vai apresentar dois livros da sua autoria e promover um conjunto de oficinas nas escolas e uma aberta ao público, assim como uma formação para professores.

A apresentação de “Uma Menina Chamada Nuvem”, de Mário Lúcio, integra o programa geral. Editado pelo IPOR em português e chinês, com ilustrações do próprio autor, este é o segundo volume da colecção Contos do País do Arco-Íris, iniciada em 2015. Com base na história daquele conto, a companhia de dança Raiz di Polon, também de Cabo Verde, apresenta um espectáculo em estreia em Macau e vai realizar, no programa dirigido a escolas e universidades, um conjunto de oficinas de dança e expressão cultural.

Além de uma visita à Escola Portuguesa de Macau, Mário Lúcio vai realizar também um concerto com as suas composições mais conhecidas, a retratar o percurso de vida do artista.
O programa inclui ainda a apresentação de dois livros de autores locais: a versão em português do livro de Christopher Chu e Maggie Hoi intitulado “Macau’s Historical Witnesses” e a edição de autor infantojuvenil Mikel Ko “I Wantto be Happy” de Mikel Ko.

Bibliotecas em ponto pequeno

A edição deste ano do festival conta ainda com a participação do Hong Kong Children’s Choir, que actuará em Macau no âmbito da comemoração do 55.º aniversário. Os cerca de 200 elementos do grupo coral com idades compreendidas entre os 11 e os 16 anos, vão cantar músicas em chinês, inglês e, pela primeira vez, algumas músicas em português, especialmente preparadas para este concerto.

No encerramento do festival, organizado pela primeira vez em 2021, o IPOR vai entregar “minibibliotecas às escolas públicas e privadas de Macau onde se ensina língua portuguesa”.

O “Letras & Companhia” é organizado em parceria com o Consulado-Geral de Portugal em Macau e Hong Kong e com o apoio do Galaxy Entertainment Group Foundation, contando ainda com a colaboração da Fundação Oriente, do Camões–Instituto da Cooperação e da Língua, da Livraria Portuguesa e da Escola Portuguesa de Macau, entre outros. As actividades são de entrada livre, devendo a participação em alguns programas ser feita através de inscrição.

3 Abr 2024

MPay | Uso no Japão cresceu mais de 200% no primeiro trimestre

A utilização da plataforma digital de pagamentos MPay no Japão registou um aumento superior a 200 por cento no primeiro trimestre deste ano face ao último trimestre de 2023.

Os dados que constam num comunicado da Macau Pass, empresa responsável pela plataforma, esclarece que “este crescimento deve-se ao forte apoio do Governo chinês à economia digital e aos pagamentos transfronteiriços”.

O Japão foi um dos primeiros países onde o sistema MPay passou a ser usado, de uma lista de 50 países, além de ser “um dos destinos de viagem favoritos dos residentes de Macau”. A internacionalização do MPay deu-se progressivamente a partir de Agosto do ano passado.

3 Abr 2024

Covid-19 | Estudo indica que Governo ignorou preocupações da população

Durante a pandemia, a campanha do Executivo sobre vacinação no Facebook focou riscos da infecção, eficácia da inoculação e facilidade de acesso. Contudo, os utilizadores de Macau estavam mais preocupados com a segurança da vacina e os riscos da distribuição

 

A campanha do Governo de promoção da vacinação contra a covid-19 no Facebook esteve desalinhada das principais preocupações dos utilizadores locais da rede social. A conclusão sobre a falta de eficácia das mensagens das autoridades consta de um estudo elaborado por académicos das universidades de Zhaoqing e Macau, com o título “Colaboração entre o Governo e as Organizações Não Governamentais (ONG) na promoção da vacina contra a COVID-19 em Macau: Estudo de caso nas redes sociais”.

Através da análise a 24.089 publicações na rede social Facebook, publicadas entre Janeiro de 2020 e Agosto de 2022, os académicos Xian Xuechang, Rostam Neuwirth e Angela Chang tentaram perceber quais os principais assuntos ligados às vacinas comentados pelos utilizadores, e se havia uma correspondência com a campanha de divulgação promovida pelo Governo.

Segundo as conclusões, na maior parte do tempo a mensagem do Executivo esteve desalinhada das preocupações e receios da população. “As prioridades da agenda diferiram entre o Governo e os utilizadores regulares. O governo concentrou-se principalmente nos riscos da COVID-19 e na eficácia das vacinas, enquanto os utilizadores regulares estavam mais preocupados com a segurança e a distribuição das vacinas”, foi indicado. “O Governo de Macau desempenhou um papel ao promover a importância das vacinas, a confiança nos peritos e a acessibilidade económica das vacinas, mas o seu impacto ao contribuir para os temas mais comentados pelos utilizadores regulares na rede social permaneceu insignificante”, foi acrescentado.

Mudar de atitude

Face a esta conclusão, os investigadores consideraram que é “crucial” que o Governo ultrapasse o fosso entre a sua mensagem e as preocupações da população, para responder a futuras crises de segurança pública, de forma mais eficaz. “Os decisores políticos devem esforçar-se por alinhar as mensagens do Governo com as preocupações do público, abordando questões que são proeminentes no discurso público”, foi indicado.

“A possibilidade de ouvir as redes sociais é uma ferramenta valiosa para compreender as preocupações de saúde pública. Ao monitorizar o discurso público através da observação dos meios de comunicação social, os decisores políticos podem desenvolver mensagens direccionadas e estratégias de comunicação que respondam eficazmente às preocupações do público e forneçam informações precisas para dissipar ideias erradas”, foi frisado.

Nas conclusões do trabalho académico é também recomendado ao Executivo que reforce parecerias com organizações civis e que inclusive recorra a influencers e outras ferramentas de comunicação alternativas.

“A colaboração com meios de comunicação influentes, incluindo os meios de comunicação profissionais e também alternativos, oferece um meio poderoso para facilitar a política de vacinação e melhorar a saúde pública”, foi indicado. “Os governos podem utilizar o vasto alcance e o poder de persuasão dos meios de comunicação social para envolver activamente e informar o público sobre questões específicas que devem receber atenção prioritária”, foi acrescentado.

3 Abr 2024

Zona Norte | Comerciantes imploram por consumo local

Face ao aumento do consumo de residentes no Interior da China, devido ao programa que permite a circulação de viaturas de Macau em Guangdong, a Associação Industrial e Comercial da Zona Norte veio implorar ao residentes para consumirem no território. O apelo foi deixado por Lei Choi Hong, vice-presidente da associação, em declarações ao Jornal do Cidadão.

Lei Choi Hong pediu aos residentes para apoiarem as pequenas e médias empresas de Macau nesta fase que definiu como “muito difícil”, e apelou para que abdiquem de consumir no Interior, durante os fins-de-semana, e optem por permanecer no território, para ajudar o comércio local.

O pedido de Lei Choi Hong faz eco das declarações do secretário para a Economia e Finanças, Lei Wai Nong, que confrontado com a grande perda de volume de negócio para o Interior, pediu, na Assembleia Legislativa, aos residentes para gastarem mais na RAEM.

A resposta do Governo à crise na zona tem sido praticamente inexistente, mas nas últimas semana foi lançado o “Grande Prémio de Consumo na Zona Norte”, um programa de sorteio de descontos. Os residentes que gastarem mais de 50 patacas numa das lojas seleccionadas habilitam-se a um sorteio imediato, em que podem receber vales de consumo de 10, 20, 50 ou 100 patacas. Por cada semana, realizam-se três sorteios.

Os vales de consumo só podem ser gastos em algumas lojas, mas a Associação Industrial e Comercial da Zona Norte, uma das co-organizadoras da iniciativa, espera que no futuro sejam aceites em mais lojas no programa que decorre até Agosto.

3 Abr 2024

IFT | Primeira presidente felicita passagem a universidade

Virgínia Trigo, primeira presidente do Instituto de Formação Turística, diz que a passagem da instituição a universidade é “uma decisão esperada e que se justifica”, potenciando “o reconhecimento que tem dentro e fora de Macau”

 

“Uma decisão esperada e que se justifica”. É desta forma que Virgínia Trigo, primeira presidente do Instituto de Formação Turística (IFT) entre 1995 e 2001, classifica a passagem da instituição de ensino superior a universidade, medida consagrada esta segunda-feira com a entrada em vigor do Regime Jurídico da Universidade de Turismo de Macau (UTM).

“O IFT é uma instituição importante no ambiente do ensino superior em Macau. Possui uma cultura organizacional muito forte centrada no valor da qualidade, de que nunca abdicou, e sempre construiu a sua identidade em torno do ensino da hospitalidade e turismo, que são as principais indústrias de Macau. É por isso uma instituição que está especialmente ao serviço do território desenvolvendo conhecimento, preparando alunos para carreiras profissionais e para a aprendizagem ao longo da vida”, afirmou ao HM.

Na visão da académica, actualmente ligada ao Instituto Superior das Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE), o IFT “tem grande reconhecimento dentro e fora de Macau e o estatuto de universidade vai contribuir para potenciar ainda mais esse reconhecimento”.

Esta segunda-feira, e segundo um comunicado de imprensa emitido pela instituição, a UTM anunciou a criação de novos cursos a pensar na nova fase: uma licenciatura em Ciências de Negócios Internacionais e Comunicação, bem como um curso revisto de Licenciatura em Marketing e Gestão de Marca. Estão ainda planeados dois programas de mestrado em Ciências de Gestão de Convenções, Exposições e Eventos Internacionais, bem como um programa de doutoramento em Gestão de Empresas.

Relativamente às instalações, a UTM prevê terminar as obras de construção do edifício Jubileu de Prata e o novo Edifício Residencial no Campus da Taipa. Esses projectos “visam criar um novo edifício académico e um local para formação prática em hotelaria”.

Presente e futuro

Ao longo da sua história, o IFT tem apostado na cooperação com instituições de ensino de outros países, nomeadamente Portugal. Exemplo disso foi a parceria, assinada em Julho de 2019, com a Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril, para a criação da Academia Internacional de Turismo no Estoril. O projecto teve um orçamento de 24 milhões de euros.

Para os próximos tempos, a recém-criada UTM pretende apostar na entrada na Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin, por ser um local “que está a desenvolver-se rapidamente, trazendo também novas oportunidades para o desenvolvimento do ensino superior” na RAEM.

Desta forma, a UTM “planeia criar [em Hengqin] um ambiente mais amplo de investigação, ensino e actividades para docentes e estudantes”, envidando “todos os esforços para formar quadros qualificados para a Grande Baía e até para o país”.

3 Abr 2024

Macau Legend retorna a “terreno positivo” com receitas de 2023

A Macau Legend Development anunciou lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA, em inglês) de 185,9 milhões de dólares de Hong Kong (HKD) em 2023. O resultado apresentado à bolsa de valores de Hong Kong representa uma melhoria de cerca de 404,7 milhões de HKD face ao registo de 2022, quando o grupo registou perdas EBITDA de 218,8 milhões de HKD.

A Macau Legend opera actualmente o Macau Fisherman’s Wharf, o casino Legend Palace sob a licença da SJM. A empresa cessou as operações no Babylon 21 Casino e Landmark Casino em 2022, e vendeu o seu resort de casino Savan Legend no Laos no ano seguinte.
De acordo com a declaração enviada à bolsa de valores de Hong Kong, o grupo obteve receitas no valor de 901,6 milhões de HKD, o que representa um aumento de 26,7 por cento em relação aos 711,6 milhões de HKD registados em 2022.

As receitas geradas pelas operações de jogo diminuíram ligeiramente em cerca de 5 por cento em 2023, em comparação com o ano anterior. A cessação dos serviços no Babylon 21 Casino e no Landmark Casino resultou numa queda de 356,2 milhões de HKD nas receitas totais do jogo. Entretanto, a melhoria das mesas do mercado de massas no Legend Palace Casino e a operação global de jogo no Savan Legend Casino resultaram numa recuperação de 331,3 milhões de HKD nas receitas totais do casino.

Vida além do jogo

No que respeita ao segmento não-jogo, a Macau Legend registou um aumento anual de 112 por cento de receitas totais, atingindo 408,5 milhões de HKD.
A empresa atribuiu o crescimento principalmente ao aumento das receitas geradas pelos quartos de hotel, impulsionado pela crescente afluência de turistas depois do fim das restrições de viagem relacionadas com a covid-19.

Em relação ao futuro, a Macau Legend disse que iria intensificar os esforços para rentabilizar os espaços de gere na costa da península de Macau e oferecer “experiências exclusivas em restaurantes e eventos desportivos”.

O grupo garante também que vai apostar em desenvolver o conceito de “local de casamento de sonho” e potenciar as suas propriedades para acolher eventos de grande escala, como o desfile anual de carros alegóricos do Ano Novo Lunar, o festival gastronómico e concertos.

2 Abr 2024

Taxa de desemprego continua em 2,2%

Entre Dezembro e Fevereiro, a taxa de desemprego foi de 2,2 por cento, de acordo com os dados mais recentes da Direcção de Serviços de Estatística e Censos (DSEC). Em relação a residentes, a taxa de desemprego foi de 2,8 por cento, proporções que continuam inalteradas face ao período entre Novembro e Janeiro. No intervalo temporal analisado, a taxa de subemprego foi de 1,3 por cento, descendo 0,2 pontos percentuais, face ao período entre Novembro e Janeiro. O subemprego inclui as pessoas que pretendiam trabalhar mais dias ou horas do que actualmente fazem.

Entre Dezembro e Fevereiro, o número de desempregados foi de cerca 8.200, total que representou uma redução de 200 face ao período anterior. De acordo com a DSEC, a maior parte das pessoas nesta situação tinha trabalhado anteriormente “no ramo de actividade económica do comércio a retalho, no ramo da construção e no ramo das lotarias, outros jogos de aposta e actividade de promoção de jogos”. O número de desempregados à procura do primeiro emprego representou 6,4 por cento do total, menos 2,8 pontos percentuais, face ao período precedente.

Entre Dezembro e Fevereiro, a população activa de Macau era de cerca de 379 mil pessoas e a taxa de actividade de 67,7 por cento. O número de empregados subiu em cerca de 100 pessoas, para 370,8 mil, em comparação com o período anterior.

2 Abr 2024

Jockey Club | Tradição com mais de 40 anos chegou ao fim no sábado

No último dia de corridas, residentes e turistas deslocaram-se à Taipa para assistir a mais um dia que vai ficar na história. Entre lamentos e críticas à empresa, o encerramento promete dar que falar e poderá acabar nos tribunais

 

O Macau Jockey Club recebeu no sábado as últimas corridas de cavalos, pondo fim a uma tradição com mais de 40 anos. No último dia, foram vários os residentes e turistas que se deslocaram à Taipa para se despedirem de uma actividade que raramente se mostrou lucrativa para a Companhia de Corridas de Cavalos de Macau.

Helena Chong, residente, decidiu visitar o hipódromo pela primeira e última vez no sábado. E em declarações à agência de notícias AFP lamentou o encerramento da pista da Taipa: “É uma pena ver o fim deste jogo e entretenimento”, afirmou Chong. Também Mai Wan-zun, turista do Interior, considerou negativo o encerramento, dado que as corridas de cavalos não são comuns no outro lado da fronteira. “Podíamos ver corridas de cavalos aqui em Macau, mas não no Interior da China”, afirmou Mai Wan-zun, que destacou ainda gostar do ambiente do Jockey Club da Taipa.

À TDM, um residente não identificado, mostrou-se igualmente triste com o fim do Jockey Club, que admitiu frequentar com regularidade. “É uma pena. Já vinha aqui desde que se realizavam corridas de cavalos a trote [nos anos 80]”, começou por afirmar. O residente reconheceu deslocar-se actualmente menos vezes ao Jockey Club do que no passado, mas indicou que tal se deveu à falta de oferta da empresa. “Nos últimos anos, não vinha ao Macau Jockey Club com tanta frequência porque houve uma redução na oferta”, vincou.

Quando foi anunciado o encerramento, a empresa tinha 570 trabalhadores, entre os quais 254 trabalhadores residentes e 316 não-residentes. Muitos vão perder os postos de trabalho, mas a Companhia de Corridas de Cavalos de Macau prometeu ao Governo cumprir as leis laborais.

Encerramento polémico

Com o encerramento do Macau Jockey Club, devem agora surgir vários problemas relacionados com o futuro dos cavalos e o pagamento de indemnizações pela Companhia de Corridas de Cavalos de Macau. Os proprietários queixam-se que foram apanhados de surpresa pela decisão da empresa e do Governo, que até ao anúncio do encerramento negaram sempre os vários rumores que circularam sobre o desfecho verificado. A decisão do Executivo poupou à empresa ligada à deputada Ângela Leong um investimento de 1,25 mil milhões de patacas.

Todavia, desde essa altura, os donos dos animais começaram a pedir indemnizações, por considerarem que fizeram investimentos recentes com novos cavalos, a pedido da empresa, que nunca vão conseguir rentabilizar. A empresa considera as perdas “riscos do negócio”.

Também as indemnizações a pagar pela Companhia de Corridas de Cavalos de Macau não são vistas como suficientes. A empresa anunciou que vai subsidiar com um montante de 200 mil patacas o envio dos cavalos para o estrangeiro, com excepção do envio para a Austrália e Nova Zelândia. No caso do envio para o Interior, o pagamento será de 30 mil patacas.

Por sua vez, os donos dos animais pretendem uma compensação em moldes diferentes aos anunciados, dado que muitos desistiram de enviar os cavalos para fora do território. Em cima da mesa está igualmente a possibilidade de o caso acabar na barra dos tribunais.

2 Abr 2024

Violência doméstica | Registados 40 casos em 2023

No ano passado foram registados 40 casos suspeitos de violência doméstica, de acordo com os dados do Sistema Central de Registo de Casos de Violência Doméstica. Os números foram divulgados na semana passado pelo Instituto de Acção Social (IAS), e estão em linha com a tendência de 2022.

Entre os 40 caso de violência de doméstica, 33 foram perpetuados por suspeitos do sexo feminino e sete por suspeitos do sexo masculino. No que diz respeito às vítimas, 26 das ocorrências tiveram como alvo da violência o cônjuge, e entre estes 24 eram do sexo feminino e dois do masculino. A segunda situação mais comum a nível dos casos de violência doméstica foram as agressões a crianças, com 11 ocorrências. A maioria das vítimas era do sexo feminino, com oito casos, e três do sexo masculino.

Ao longo do ano passado foram ainda registados três casos de violência contra membros da família, com duas vítimas do sexo masculino e uma do sexo feminino. Em relação aos tipos de actos de violência doméstica, os dados do IAS indicam que 23 casos foram actos de violência física, oito casos de ofensa psíquica, cinco casos de abuso sexual e quatro casos relacionados com violências e/ou ofensas múltiplas.

Em relação a 2022, houve mais um caso de violência doméstica, dado que nesse ano as ocorrências registadas pelo IAS totalizaram 39. O número de ocorrências está longe dos valores de 2021, quando foram registados 81 casos.

2 Abr 2024

Guias ilegais | Aliança do Povo pede supervisão

Xu Zhiwei, vice-presidente da associação Aliança do Povo de Instituição de Macau, defende que é necessária a aplicação de medidas mais eficientes e uma maior supervisão contra os guias turísticos ilegais. A ideia surge na sequência de várias queixas recebidas pela associação da existência de muitas pessoas em Macau que prestam este serviço, mas que não estão devidamente credenciados pelas autoridades locais.

Segundo declarações de Xu Zhiwei ao jornal Exmoo News, estes guias acompanham grupos de turistas de baixo segmento que visitam Macau apenas por um dia, começando as excursões no posto fronteiriço das Portas do Cerco. O responsável alerta que é difícil denunciar estes casos pois os percursos turísticos variam bastante, podendo passar pelos casinos, autocarros ou autocarros dos casinos, sendo que os visitantes permanecem muito pouco tempo em cada local.

O dirigente diz que cabe ao Governo reforçar a cooperação com o sector do turismo a fim de combater esta ilegalidade, além de ser necessário estabelecer uma plataforma de denúncias.

2 Abr 2024