ATFPM | CNE envia queixa para o Ministério Público contra Rita Santos

O Ministério Público português vai analisar as queixas do Partido Socialista que acusa Rita Santos e a Associação de Trabalhadores da Função Pública de Macau de irregularidades nas eleições. Segundo os socialistas, Rita Santos foi vista à frente dos correios a pedir aos eleitores que lhe dessem os boletins de votos

 

A queixa do Partido Socialista contra Rita Santos e contra a Associação dos Trabalhadores da Função Pública de Macau (ATFPM) por irregularidades nas eleições legislativas foi enviada pela Comissão Nacional de Eleições (CNE) para o Ministério Público (MP). A notícia foi avançada na quarta-feira pela CNN Portugal. José Pereira Coutinho, presidente da ATFPM, recusou fazer comentários sobre o assunto, enquanto Rita Santos se mostrou incontactável.

Segundo o canal de televisão português, a queixa dos socialistas visa pessoalmente Rita Santos, conselheira das Comunidades Portuguesas, e a ATFPM, onde a líder associativa é presidente da Assembleia-Geral.

Na perspectiva do PS, a actuação tanto de Rita Santos como da ATFPM “poderá pôr em causa a confidencialidade e pessoalidade do voto”.

O PS relatou também que várias pessoas “disseram ter recebido chamadas” telefónicas, com os interlocutores a apresentarem-se como membros da ATFPM, e a dizerem aos eleitores “que podiam trazer as cartas com os boletins de voto à sede da ATFPM, que eles tratavam de tudo”.

Os socialistas denunciaram que algumas das chamadas “terão sido realizadas em língua chinesa, o que indiciará uma tentativa de se aproveitar da boa-fé dos que, sendo portadores da cidadania portuguesa, já perderam, porém, o vínculo linguístico com Portugal”.

Quanto à conselheira Rita Santos, o PS alega que foi vista “à porta dos correios, a abordar os eleitores para que estes lhe entregassem o seu voto”.

Em silêncio

Após a informação ter circulado em Portugal, o HM contactou José Pereira Coutinho, presidente da direcção da ATFPM sobre o encaminhamento da queixa para o MP. “Não tenho qualquer comentário a fazer”, limitou-se a responder o também deputado da Assembleia Legislativa de Macau, que indicou estar ocupado a receber um cidadão.

Por sua vez, Rita Santos foi contactada pelo HM, através de telefonemas e envio de mensagens, mas até ao fecho da edição mostrou-se incontactável.

A queixa surgiu depois de em Fevereiro, ainda antes das eleições, a secção local do Partido Socialista se ter queixado publicamente da actuação da ATFPM. Na altura, a secção acusou a associação de fazer apelos ao voto numa lista que não identificou, mas que mais tarde se veio a saber tratar-se da Aliança Democrática, até pelo conteúdo de vídeos que circularam online.

Também em 2019, a Secção de Macau do PS apresentou uma queixa à Comissão Nacional de Eleições a acusar a ATFPM de alegadas “situações anómalas” relacionadas com o envio dos votos por correspondência para as legislativas. Na altura, o mandatário pelo círculo eleitoral Fora da Europa, Paulo Pisco, pediu à CNE a abertura de um inquérito para apurar os factos.

Efeitos limitados

Apesar de o processo ter sido encaminhado para o Ministério Público, no que respeito à ATFPM os efeitos deverão ser praticamente nulos.

Em Outubro do ano passado, quando se preparavam as eleições para o Conselho das Comunidades Portuguesas, a ATFPM aprovou uma resolução interna a declarar apoio à então candidata Rita Santos. A decisão contrariou os regulamentos das eleições, porém, a CNE reconheceu não ter jurisdição em Macau. “Não há previsão de pena para quem infrinja esta disposição e, mesmo que houvesse, o Estado português não tem jurisdição sobre a pessoa coletiva em causa e no território em que está sediada e onde terão ocorrido os factos”, foi considerado.

22 Mar 2024

Turistas | Quase 3,3 milhões em Fevereiro, apenas 5,3% de estrangeiros

No mês passado, entraram em Macau 3.293.564 turistas, total que representou quase o dobro em relação a Fevereiro de 2023, com uma subida de 106,7 por cento. Face ao período pré-pandemia, a Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) aponta que o registo do mês passado ficou a 92,9 por cento do volume de entradas de turistas em Fevereiro de 2019, e mais 15,1 por cento face a Janeiro deste ano.

A maior diferença sentiu-se ao nível dos excursionistas (1.867.660), que registaram um aumento anual de 148,9 por cento, enquanto os turistas aumentaram 69,1 por cento para um total de 1.425.904.

Apesar do crescimento do volume de turistas, o período médio de permanência diminuiu 0,2 dias para 1,1 dias, face a Fevereiro de 2023, diferença que a DSEC atribuiu ao decréscimo da proporção de excursionistas em relação ao total de visitantes ter subido ligeiramente. Os excursionistas ficam em Macau, em média, 0,3 dias.

Em termos de origem, entraram em Macau em Fevereiro 176.192 turistas internacionais, volume que a DSEC assinala como “uma recuperação de 71,6 por cento do número registado em Fevereiro de 2019”. Porém, no plano global, os turistas internacionais foram apenas 5,3 por cento de todos os visitantes. Destes, os países de origem com mais entradas ao nível do Sudeste Asiático foram as Filipinas (39.837) e Indonésia (12.471), duas das maiores comunidades que residem e trabalham na RAEM.

Em relação ao Nordeste Asiático, os países mais representativos foram a Coreia do Sul (41.844 turistas) e o Japão (11.442 turistas), seguido dos Estados Unidos (9.903 turistas).

21 Mar 2024

Guizhou | Residentes com entrada grátis em atracções turísticas

Os residentes de Macau, Hong Kong e Taiwan estão isentos até ao fim deste ano de pagar entrada nas principais atracções turísticas da província de Guizhou. O Departamento Provincial de Cultura e Turismo de Guizhou anunciou a medida como reforço do intercâmbio e cooperação. Residentes estrangeiros de Macau e Hong Kong ficam de fora da isenção

 

“A fim de reforçar ainda mais os intercâmbios de turismo cultural e a cooperação entre Guizhou e Hong Kong, Macau e Taiwan, de 19 de Março a 31 de Dezembro, os residentes de Hong Kong, Macau e Taiwan que se desloquem a Guizhou podem beneficiar de bilhetes gratuitos para desfrutar do turismo estatal de nível A de Guizhou”, noticiou ontem o Diário de Guiyang, o jornal oficial do Comité Provincial do Partido Comunista Chinês de Guizhou.

A publicação cita o Departamento Provincial de Cultura e Turismo de Guizhou, que estipula que os residentes de Macau e Hong Kong que queiram beneficiar de entradas grátis precisam de apresentar o Salvo-Conduto para Deslocação ao Interior da China, apenas acessível a quem tem nacionalidade chinesa. O que faz com que, na prática, portadores de BIR das regiões administrativas especiais, permanentes ou não, fiquem de fora da medida.

As autoridades provinciais acrescentam que a medida tem como finalidade “permitir que os turistas de todo o país partilhem os dividendos do desenvolvimento turístico de Guizhou e demonstrem plenamente os recursos turísticos culturais característicos de Guizhou”.

A medida surge depois da visita de Ho Iat Seng e Lei Wai Nong à capital da província, em Julho do ano passado, onde terão sido acertados pontos de cooperação em áreas como turismo, comércio, agricultura, ciência e educação, entre outras.

Recorde-se que o Governo de Macau, associações e empresas da RAEM assinaram um total de 27 acordos de redução de pobreza, com particular incidência no distrito de Congjiang. Entre 2018 e 2021, os apoios de Macau ascenderam a cerca de 110 milhões de renminbis (perto de 138 milhões de patacas).

O que ver

Não faltam motivos para visitar a província de Guizhou, desde pequenas vilas ancestrais perdidas nas montanhas, a quedas de água e parques naturais, e zonas para explorar na capital Guiyang. A província do sudoeste da China, fica a norte de Guangxi, oeste de Hunan e sul de Sichuan.

Entre os pontos mais populares, contam-se o Parque Nacional e Mangal de Huaxi e a Torre Jiaxiu, em Guiyang e as “cidades ancestrais” de Qingyan e Xijiang Miao. Esta última, apesar de ser um local muito popular, com enorme afluência de turistas, é uma das muitas réplicas de cidades, reconstruída em cima da verdadeira cidade antiga, roubando a autenticidade do passado. Porém, os arrozais montados em vários níveis de terraços são uma alternativa para escapar à balburdia de lojas de lembranças e restaurantes que enchem a ancestral, mas nova, Xijiang Miao. Para quem procura maior autenticidade, a vila de Bapa, localizada em Congjiang, é um local a não perder. Em termos de recursos naturais, destaque para as quedas de água de Huangguoshu, no condado de Zhenning e o Monte Fanjing.

21 Mar 2024

UPM | Assinado protocolo com a Universidade de Lisboa

Uma delegação da Universidade Politécnica de Macau (UPM) esteve em Portugal onde assinou um protocolo de cooperação com a Universidade de Lisboa (UL). Segundo um comunicado, a cooperação nasce do “consenso [obtido pelas duas instituições] em vários aspectos, nomeadamente no reforço do intercâmbio de docentes e alunos nas áreas de línguas, ciência e tecnologia, saúde”, o “desenvolvimento de projectos de investigação científica, a realização conjunta de conferências e palestras académicas e a troca de publicações académicas”. O objectivo passa sempre por “elevar a cooperação académica entre a China e os Países de Língua Portuguesa a um novo patamar”.

Espera-se ainda, com este protocolo, “que as duas partes possam reforçar e promover o intercâmbio e a cooperação nas áreas do ensino superior e da ciência e tecnologia, formando quadros de alta qualidade para o desenvolvimento da estratégia ‘1+4’ na diversificação adequada da economia de Macau”.

Luís Ferreira, reitor da UL, disse ainda que é dada “grande importância à cooperação com as instituições de ensino superior de Macau e as de outras regiões da China”. Recorde-se que a UL mantém também vários acordos de cooperação assinados com a Universidade de Macau.

Nesta visita, foi também prometido o reforço da cooperação na área das línguas após um encontro da delegação da UPM com a subdirectora da Faculdade de Letras da UL, Filipa Afonso, sobretudo “nos assuntos relacionados com a investigação científica e tecnológica entre docentes e alunos dos cursos de mestrado e doutoramento”, bem como ao nível do LAPE (Local para Aplicação e Promoção de Exames) para o exame das competências em português.

21 Mar 2024

Hengqin | Defendido uso de vales de saúde no Interior

A fiscalização e investigação de fraudes no Interior é um obstáculo, mas Si Ka Lon pede ao Executivo soluções para que os residentes possam utilizar os vales de 600 patacas em clínicas privadas no outro lado da fronteira, como acontece em Macau

 

O deputado Si Ka Lon defende que os residentes devem poder utilizar os vales de saúde de 600 patacas em clínicas privadas de Hengqin. A ideia foi defendida pelo deputado ligado à comunidade de Fujian através de uma interpelação escrita.

De acordo com Si, o Programa de Comparticipação nos Cuidados de Saúde é um subsídio importante na vida quotidiana dos residentes permanentes, e assegura que estes podem ter acesso a consultas e tratamentos em clínicas privadas. Por isso, o deputado quer que o programa seja estendido à Ilha da Montanha.

A ideia não é nova, mas no passado foi afastada pelo Executivo devido a razões ligadas à privacidade dos residentes, uma vez que implica a transferência de dados pessoais. Outro dos motivos que levaram o Governo a afastar a aplicação do programa em Hengqin, é o facto de as autoridades não terem competências para conduzir investigações ou fazerem fiscalizações às clínicas no outro lado da fronteira, o que impede qualquer tipo de actuação, no caso de haver burlas ou fraudes com o montante do subsídio.

Na interpelação, Si Ka Lon recorda a justificação, mas pergunta se as condições mudaram e se o Governo passou a considerar avançar com a medida.

“Será que o Governo vai estudar uma forma de avançar com o programa, contornando os obstáculos identificados, de forma a utilizar a Zona de Cooperação Aprofundada como um programa-piloto, e mais tarde estender a medida a toda a Grande Baía?”, questiona o deputado. Segundo o legislador, com o programa a ser implementado no Interior, os residentes de Macau podem satisfazer as suas necessidades médicas no âmbito das cidades da Grande Baía.

Mais cooperação

O deputado argumenta igualmente que nos últimos anos os residentes estão cada vez mais integrados no Interior, devido aos laços estreitos entre Guangdong e Macau. Contudo, Si considera que é necessário aumentar as garantias sobre a possibilidade de os residentes receberem cuidados médicos das instituições no Interior.

Si Ka Lon completou a sua argumentação ao indicar que Hong Kong lançou esquema-piloto de assistência médica para idosos na Grande Baía este ano, o que no seu entender significa que os vales de saúde podem ser utilizados sem problemas no outro lado da fronteira.

No sentido de integrar Macau no Interior, o legislador questiona o Governo sobre os trabalhos desenvolvidos para que os Serviços de Saúde de Macau estejam presentes no outro lado da fronteira. “Será que as autoridades podem expandir os serviços de saúde gratuitos para Hengqin e cooperar com as instituições médicas na Zona de Cooperação Aprofundada, para oferecerem aos residentes melhores serviços médicos naquela zona?”.

21 Mar 2024

MIECF | Fórum Verde de 28 a 30 de Março no Venetian

A edição deste ano do Fórum e Exposição Internacional de Cooperação Ambiental de Macau (MIECF) realiza-se entre 28 e 30 de Março na Cotai Expo do Venetian Macau com o tema “Alcançar a Dupla Meta de Carbono através da Transformação Ecológica”.

Segundo a Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental (DSPA), este ano o foco vai estar no “desenvolvimento social verde e de baixo carbono”, com destaque para a sessão que se realiza a 29 de Março intitulada “Criação de um Plano para uma Cidade Neutra em Carbono para Combater as Alterações Climáticas”.

Um dos convidados de maior relevo é Tu Ruihe, representante do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNEP) na China e co-director do Grupo da Protecção do Planeta do Quadro de Cooperação das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável (UNSDCF) na China, que será o orador principal da sessão.

Segundo a organização do evento, o representante “irá fazer uma retrospectiva sobre os últimos 50 anos da protecção ambiental a nível mundial, explicar a situação e os desafios actuais e abordar as principais áreas de acção para os próximos anos, por forma a ajudar a indústria da protecção ambiental a planear antecipadamente o seu desenvolvimento”.

20 Mar 2024

Bibliotecas | Ella Lei preocupada com descida de visitantes

Entre 2019 e 2023, as bibliotecas de Macau perderam um quarto dos leitores. A deputada Ella Lei pede ao Governo que se mantenha atento, apesar de reconhecer o sinal positivo do aumento do número de livros emprestados

 

Ella Lei está preocupada com a redução do número de visitantes nas bibliotecas de Macau registada no ano passado. Num artigo de opinião publicado no jornal Exmoo, a deputada afirmou que houve uma redução de 25 por cento em comparação com o ano de 2019, o último antes da pandemia.

A deputada ligada à Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM) reconhece que nem todos os indicadores tiveram uma evolução negativa e sublinha que o número de livros emprestados registou um aumento “muito positivo” ao longo dos últimos cinco anos.

No entanto, entre 2019 e 2023, uma em cada quatro visitas que frequentavam bibliotecas públicas deixaram de o fazer, o que representa uma redução de 25 por cento para um total de 2,54 milhões de visitantes.

Face a este número, a legisladora considera que é preciso reagir, para a inverter a tendência. “A situação merece atenção. Esperamos que no futuro o Governo possa promover de forma mais activa as bibliotecas de Macau, reforçar o desenvolvimento dos equipamentos disponíveis e planear melhor o ambiente de leitura, para criar uma ‘cidade de leitura’”, escreve Ella Lei. A legisladora pede também que o Executivo “atraia mais cidadãos às bibliotecas e que para esse efeito utilize vários métodos como diferentes livros, ou outros meios audiovisuais, que também permitam a leitura”.

No mesmo sentido, Ella Lei pediu ao Governo para continuar a apostar nas medidas de incentivo à leitura entre todos os escalões da população, dos jovens aos idosos.

As novas tecnologias

A deputada alertou ainda para a necessidade de criar hábitos de leitura desde a mais tenra idade, porque o desenvolvimento das novas tecnologias levam a que cada vez mais as crianças se foquem noutras alternativas.

“Embora os alunos de Macau tenham um bom desempenho na leitura, à medida que os produtos electrónicos e as plataformas sociais se desenvolvem e ficam mais comuns, há uma grande probabilidade de a leitura ser mais ignorada”, alerta. “A fim de melhorar a literacia e a cultura humanística, o Governo tem de continuar a promover uma cultura de leitura para todos os grupos etários”, apelou.

Nos resultados de 2022 do teste PISA, que avalia o desenvolvimento das capacidades de vários alunos a nível mundial, Macau alcançou um sétimo lugar a nível da leitura. Ainda assim, este foi o pior resultado dos alunos locais, que ficaram em segundo na Matemática e terceiro nas ciências.

20 Mar 2024

Pátio da Claridade | Comida de rua gera oposição

A urbanista Lei Hoi Ian não concorda com a iniciativa de instalar barracas com comida de rua no Pátio da Claridade. Em declarações ao jornal Cheng Pou, a urbanista criticou o projecto do Grupo Lek Hang, que pretende atrair mais turistas para o local, na zona da Praia do Manduco.

Ouvida pelo jornal Cheng Pou, a urbanista argumentou que o Pátio da Claridade é um dos espaços mais originais ligados ao Porto Interior, com uma dimensão cada vez rara no território. “Entre todo o património cultural do Porto Interior, quer sejam edifícios com arcadas, prédios individuais, ou pátios e becos, o Pátio da Claridade é aquele que está preservado de acordo com a forma mais original. Não foi tão desenvolvido,” argumentou.

A urbanista entende que é necessária ponderação na decisão de desenvolver os edifícios daquela zona, porque há o risco de destruição irreversível e descaracterizar o Porto Interior.

20 Mar 2024

Biblioteca Central | Demolição e primeira fase pode custar quase 90 milhões

Foram recebidas sete propostas para a primeira fase de construção da nova Biblioteca Central. O prazo de execução é de 450 dias e o preço das propostas varia entre 69,78 milhões e 89,98 milhões de patacas

 

A primeira fase de construção da Biblioteca Central pode custar quase 90 milhões de patacas, de acordo com as propostas recebidas pela Direcção de Serviços de Obras Públicas (DSOP). O prazo para a elaboração desta fase da obra é de 450 dias.

De acordo com a informação divulgada pela DSOP, espera-se que a empresa escolhida proceda à demolição do Edifício Hotel Estoril e avance com a construção das fundações e caves da futura Biblioteca Central. No total foram realizados sete convites a empresas de construção e todas apresentaram propostas consideradas válidas.

Ao contrário do que acontece com os concursos públicos abertos a todas as empresas interessadas, neste caso não foram revelados ao público os critérios que vão ser seguidos para seleccionar a empresa vencedora.

A proposta com o preço mais alto partiu da Companhia de Engenharia e Construção Sun Fook Kong-Kun Fai, que exige 89,98 milhões de patacas para elaborar os trabalhos. A empresa está ligada ao empresário Chum Pak Tak, um dos membros da Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau.

As propostas seguintes com o preço mais alto partiram da Companhia de Construção Cheong Kong, (84,52 milhões de patacas), Companhia de Construção e Engenharia Kin Sun (78,38 milhões de patacas) e ainda Companhia de Construção & Engenharia Shing Lung (75,48 milhões de patacas).

As restantes propostas foram apresentadas pela Companhia de Decoração San Kei Ip (72,83 milhões de patacas), Top Builders Internacional (71,70 milhões de patacas) e Companhia de Construção e Investimento Predial Ming Shun (69,78 milhões de patacas).

Projecto da Mecanoo

O projecto de Construção da Biblioteca Central começou a ser elaborado em 2022 pela empresa Mecanoo, escolhida através de concurso público.

O local seleccionado para a construção da nova Biblioteca Central foi o lote de terreno do antigo Hotel Estoril e pode atingir uma área bruta de construção com mais de 12.710 metros quadrados. Findos os trabalhos de construção, a Biblioteca Central de Macau será a maior biblioteca pública do território.

O Instituto Cultural espera que o novo edifício seja uma das “grandes instalações culturais emblemáticas de Macau”, incluindo o espaço principal da biblioteca, salas de reuniões, zonas de estudo e áreas comuns de leitura.

Segundo as explicações do projecto, o design da grelha da fachada inspira-se na estética das estantes, servindo como “elemento de sombreamento e filtrando a luz para o edifício”. O painel de mosaicos do antigo Hotel Estoril será reintegrado no novo edifício, permitindo, acordo com o IC, “ligar o passado ao futuro”.

20 Mar 2024

Economia | Restaurantes chineses com quebras de mais de 20%

Em Janeiro, o sector da restauração registou uma redução de receitas de 10,2 por cento e o comércio a retalho de 29,3 por cento. Para o Governo, as quebras explicam-se com o Ano Novo Lunar, sem que haja qualquer menção aos residentes que preferem consumir no outro lado da fronteira

 

Em Janeiro, os restaurantes de comida chinesa registaram uma quebra no volume de negócios superior a 20 por cento, de acordo com o “inquérito de conjuntura à restauração e ao comércio a retalho referente a Janeiro de 2024”, publicado ontem pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC).

Quando a análise tem em conta a indústria da restauração, a quebra do volume de negócios foi de 10,2 por cento, em comparação com Janeiro de 2023. A DSEC explica a redução com o facto de em 2023 o Ano Novo Lunar se ter celebrado em Janeiro, enquanto este ano teve lugar no mês de Fevereiro.

“Em Janeiro de 2024 os proprietários da restauração e os retalhistas entrevistados tiveram decréscimos homólogos no volume de negócios, devido à base de comparação ter sido maior em Janeiro de 2023, mês em que ocorreu o Ano Novo Lunar e no qual o volume de negócios dos comerciantes é normalmente mais elevado”, foi explicado pela DSEC.

No que diz respeito aos restaurantes de comida chinesa, a DSEC indica que houve uma redução no volume de negócios de 21,7 por cento. Os restaurantes com comida japonesa e coreana tiveram quebras superiores, que chegaram aos 30,6 por cento. Por sua vez, o volume de negócios dos restaurantes de sopas de fitas e canjas subiram 12,9 por cento.

Quando a comparação é feita entre Janeiro deste ano e Dezembro do ano passado, também se regista uma quebra no volume de negócios. Segundo a DSEC, a redução foi de 2,7 por cento para a indústria da restauração, e os que servem comida ocidental foram os mais afectados, com um decréscimo de 14,4 por cento.

Comércio a sofrer

A DSEC justifica as quebras com o Ano Novo Lunar. No entanto, deputados e empresários têm vindo a alertar para a quebra nas vendas há meses. Com cada vez mais residentes a preferirem deslocar-se ao Interior para consumir, devido à medida que permite que os carros de Macau atravessem a fronteira, os negócios locais enfrentam desafios cada vez maiores.

As rendas, salários e os preços dos bens mais elevados na RAEM face ao Interior fazem com que o comércio local não consiga apresentar os preços praticados no outro lado da fronteira.

Estas dificuldades levaram a que no início deste mês, Kevin Ho, empresário e presidente da Associação Industrial e Comercial de Macau, apelasse ao Governo para lançar uma nova ronda do cartão de consumo, para que os residentes recorram mais ao comércio local.

Contudo, os avisos são mais antigos. Em Setembro do ano passado, os deputados Lo Choi In e Zheng Anting tinham alertado para esta situação e pedido apoios do Governo à economia local. A restauração não foi o único sector com quebras nas vendas. O mesmo aconteceu com o comércio a retalho. De acordo com a DSEC, houve uma redução de 29,3 por cento face a Janeiro de 2023.

“O volume de negócios do vestuário para adultos, o dos relógios e joalharia e o das mercadorias de armazéns e quinquilharias caíram 36,8 por cento, 34,2 por cento e 30,6 por cento”, indicam os números oficiais. No polo oposto, o volume de negócios na venda de automóveis subiu 37,3 por cento.

20 Mar 2024

Valor das apostas premium subiu ligeiramente face ao ano passado

Nos primeiros dias de Março, o valor médio por aposta no segmento premium dos casinos aumentou ligeiramente, de acordo com analistas do banco de investimento Citigroup, citado pelo portal GGRAsia. A média das apostas no segmento premium, um sector intermédio, entre o jogo de massas e o jogo dos grandes apostadores, subiu para 20.817 dólares de Hong Kong por aposta. Em comparação, em Março do ano passado, o valor era de 20.539 dólares de Hong Kong por aposta, o que mostra a subida ligeira.

O banco de investimento também indicou que com base nas verificações feitas nos casinos, conseguiu contar 482 jogadores do segmento premium, um aumento de 71 por cento face ao período homólogo. A nível do mercado em geral, o relatório do Citigroup indicou que as apostas observadas durante as visitas totalizaram cerca de 10 mil milhões de dólares de Hong Kong, o que reflectiu um aumento de 73 por cento face ao ano passado.

No jogo de massas de Macau, com base nas apostas, o relatório considera que a “qualidade dos jogadores”, medida pelos montantes das apostas, se manteve em comparação com os meses anteriores. “Isto implica que a qualidade dos jogadores que vimos permanece praticamente inalterada em relação ao ano anterior”, escreveram os analistas George Choi e Ryan Cheung.

Wynn na liderança

Em termos da quota de mercado, o Citigroup sugere que a Wynn Macau está a alcançar a maior fatia, ao conseguir 25 por cento dos montantes das apostas observados pelos analistas.

Contudo, os analistas do banco de investimento também relevaram surpresa com os valores alcançados pela MGM China, que com uma quota do mercado de 21 por cento alcançou o terceiro lugar. “Os volumes de jogo que vimos na MGM Cotai […] eram comparáveis aos do Ano Novo Chinês de 2024″, apontaram Choi e Cheung.

Os analistas do grupo revelaram também que durante o período em análise, o montante mais elevado apostado foi 400 mil dólares de Hong Kong numa só mão. Esta aposta foi feita na sala “Supreme” no casino MGM Macau.

19 Mar 2024

Economia | Associação prevê descida do consumo interno

A Associação Económica de Macau prevê que nos próximos meses a RAEM continue no caminho da retoma. Porém, o relatório assinado pelo ex-deputado Joey Lao destaca assimetrias que penalizam negócios fora do turismo. O consumo interno pode continuar a descer, com os residentes a não resistirem aos preços competitivos do outro lado da fronteira

 

O Índice de Prosperidade da Associação Económica de Macau aponta, pelo menos até ao final de Maio, indicadores que perspectivam estabilidade e a continuação do crescimento. Porém, a economia local poderá arrefecer ligeiramente depois da “grande farra” do primeiro trimestre, indica o último Índice de Prosperidade divulgado na sexta-feira pela Associação Económica de Macau.

Nesse sentido, o relatório assinado pelo vice-presidente da associação e ex-deputado Joey Lao conclui que a massa monetária vai continuar a aumentar, reflectindo as perspectivas optimistas da economia e do mercado de investimento, o que favorece o desenvolvimento económico local.

Apesar de os dados macro-económicos reflectirem uma recuperação económica estável, a associação realça as assimetrias de desempenho entre zonas turísticas e bairros comunitários, assim como entre diferentes indústrias, com a prosperidade a não chegar a todos os sectores.

“Com a optimização contínua do modelo de desalfandegamento e da abertura proporcionada pela política de circulação de veículos de Macau em Guangdong, Hong Kong e Hengqin, a integração continuará a intensificar-se, aumentando o movimento de pessoas entre regiões. A conveniência e a proximidade são factores determinantes que ditam tendências irreversíveis. Isto significa que cada vez mais residentes de Macau viajam entre o Interior da China e Hong Kong, com impacto no consumo local de produtos do dia-a-dia que poderá diminuir ainda mais. Estas tendências merecem uma atenção e adaptação constante”, é indicado no relatório.

Depois da grande feira

O ano começou em grande, com os indicadores macro-económicos a mostrarem melhorias em toda a ordem, conduzidos pelo ressurgimento do turismo e o volume de visitantes a bater recordes que fizeram lembrar outros tempos. Joey Lao destaca a recuperação dos números do desemprego, com a taxa a cair no primeiro trimestre de 2024, assim como a confiança dos consumidores como indicadores de uma retoma robusta e estável.

Porém, a sazonalidade pode arrefecer a euforia inicia. “Após análise e cálculo exaustivos, o índice global de prosperidade económica de Macau atingiu 6,5 pontos em Janeiro e Fevereiro deste ano, o que constitui um nível ‘estável’. Embora o ‘calor’ do boom económico tenha abrandado após os feriados do Festival do Ano Novo Lunar, este ano coincide com o 75.º aniversário da fundação da República Popular da China e do regresso de Macau à pátria”, aponta a associação.

Joey Lao usa uma expressão popular para ilustrar o panorama, que numa tradução livre será algo como “um festival congela as três feiras seguintes”. É neste cenário que o economista sublinha a série de festividades que vão animar a cidade na celebração dos dois aniversários na segunda metade do ano. Nesse sentido, é indicado que as duas celebrações podem atrair turistas de todo o mundo para Macau e Hengqin.

19 Mar 2024

Trânsito | Nick Lei contesta inércia na facilitação de estacionamento

O deputado ligado à comunidade de Fujian contesta o aumento dos preços do estacionamento e recusa que a medida contribua para controlar o número de veículos em circulação

 

O deputado Nick Lei Leong Wong criticou o Governo pela recusa em facilitar o acesso a parques de estacionamento públicos, principalmente a condutores de motociclos e ciclomotores. As críticas foram deixadas através de declarações prestadas ao Jornal do Cidadão.

Segundo o deputado, o estacionamento é uma das questões mais importante para os residentes e tem impacto directo na percepção da população sobre a qualidade de vida. No entanto, Nick Lei lamenta a situação porque, apesar de ter apresentado o assunto várias vezes a diferentes departamentos públicos, as autoridades “continuam a olhar para o lado”.

O legislador contestou também a justificação oficial que se o Governo facilitar o acesso dos veículos aos parques de estacionamento públicos, com preços mais baratos, a principal consequência seria o aumento do número de veículos em circulação.

Nick Lei defende que não há ligação provada com o controlo do número de veículos, pelo menos no que diz respeito a motas. Para sustentar este ponto de vista, o deputado recorda que actualmente há mais de 130 mil motociclos matriculados em Macau, enquanto os lugares de estacionamento públicos, em parques ou nas ruas, não são mais de 51 mil lugares. A estes ainda se podem juntar os cerca de 25 mil lugares em edifícios comerciais e industriais.

Com as contas feitas, Lei considera que a política não está a dar os resultados pretendidos, porque o número de veículos não deixa de ser superior ao número de lugares de estacionamento. Além disso, acusa as autoridades de desperdiçarem recursos de espaço, uma vez que só 8 dos 65 parques de estacionamento públicos apresentam taxas de utilização superior a 50 por cento para os lugares destinados a motociclos.

Outras alternativas

O deputado considera igualmente que a atitude dos departamentos confrontados com o problema mostra que entre os governantes os maus hábitos de “preguiça” e “negligência” “continuam a ser um problema sério”. “É uma política contrária ao prometido pelo Governo, de governar para as pessoas”, afirma Nick Lei.

O deputado contesta assim a política defendida, ao indicar que “não há um conflito” entre facilitar o estacionamento para motociclos nos parques de estacionamento públicos e o controlo de número de veículos.

Por isso, acredita que se deve baixar os preços nos parques de estacionamento e torná-los mais acessíveis, ao mesmo tempo que se deve promover que as pessoas andem mais a pé, com a melhoria das passagens pedonais, e a maior utilização dos transportes públicos.

19 Mar 2024

App anti-burla para WeChat da PJ deve ser lançada no próximo mês

Até ao final do próximo mês o Governo vai lançar uma mini-aplicação para instalar no WeChat, que tem como objectivo alertar os residentes para a possibilidade de estarem a ser vítimas de burla. O anúncio foi feito através do portal do secretário para a Segurança, Wong Sio Chak, na sexta-feira.

“A Polícia Judiciária desenvolveu oportunamente um miniprograma anti-burla adequado à situação real de Macau, e está continuadamente a fazer testes e melhoramentos, prevendo-se que o programa seja oficialmente lançado em Abril deste ano”, foi comunicado.

Nos últimos anos, a PJ tem realizado várias acções de consciencialização dos residentes para as burlas cometidas através da Internet, quer seja através da promessa de investimentos falsos com lucros avultados, ou com os burlões a fazerem-se passar pelas polícias do Interior, convencendo as vítimas a transferirem grandes quantias de dinheiro para as suas contas.

Apesar dos esforços, o número de casos registados não pára de subir, como acontece a nível mundial. Segundo a DW, a tendência global deve-se à actuação de várias redes criminosas instaladas no Myanmar, com ligações a tríades chinesas e em Macau.

Sempre a subir

Segundo os números oficiais, em Janeiro deste ano foram registados 42 casos de burla telefónica, 77 casos de burla cibernética e 35 casos de burla informática relacionada com cartões de crédito. “Estes números são todos superiores à média mensal do ano transacto”, foi explicado. “Denota-se, portanto, que a tendência de proliferação deste crime continua, o que demonstra que o sentido de prevenção de burlas de uma parte do público continua a ser insuficiente”, concluíram as autoridades.

No comunicado, a PJ defendeu igualmente que a luta contra este tipo de criminalidade depende de uma maior informação da população, sendo esse um dos objectivos da aplicação para o WeChat. “A prevenção é, desde sempre, a chave do combate à burla. Se as pessoas conseguirem identificar oportunamente as contas fantoche dos burlões, ou puderem obter e partilhar com facilidade as informações anti-burla mais recentes, podem certamente contribuir para evitar a ocorrência de burlas.”

18 Mar 2024

Turismo | Japão é o destino de eleição de residentes durante a Páscoa

Japão, Coreia do Sul e Taiwan são os destinos mais procurados pelos residentes para passar as férias da Páscoa. A atracção pela época das flores de cerejeira, sakura em japonês, e a diferença cambial são factores que explicam a popularidade dos destinos nipónicos

 

Japão, Coreia do Sul e Taiwan são os destinos turísticos de eleição dos residentes de Macau durante a época da Páscoa. As tendências mais recentes foram reveladas pelo jornal Ou Mun, que ouviu várias agências de viagem.

Segundo as declarações da gestora da agência New Sintra Tours, Cheong, a grande popularidade do Japão nesta altura deve-se ao facto de ser a época em que as flores de cerejeira, conhecidas como sakura, desabrocham. À atracção natural do Japão junta-se ainda o facto da diferença cambial entre iene e pataca ajudar a mitigar os custos da deslocação.

Face a estas condições, Cheong admitiu que a venda de pacotes de viagens aumentou entre de 20 a 30 por cento em termos anuais. Apesar do aumento, a gestora afirmou sentir que os residentes têm menos vontade de viajar, em comparação com o ano passado, quando as pessoas procuravam sair do território, depois de anos de restrições fronteiriças.

Os dados da agência apontam também para a tendência de aumento das viagens em família. No caso das viagens individuais, a gestora explicou que os clientes tendem a escolher outras alturas do ano, quando os bilhetes de avião e os preços dos hotéis são mais baratos. Cheong reconheceu ainda que a venda de excursões para Coreia do Sul e Taiwan também aumentaram entre 20 a 30 por cento.

Por seu turno, a gestora da EGL Tours em Macau, Iong Ut Iong, apontou que a venda de viagens está num nível “ideal”, apesar de ainda não ter recuperado para níveis anteriores à pandemia. A agência de viagens registou igualmente uma subida das vendas de 20 e 30 por cento em termos anuais.

Aproveitar as oportunidades

Ao jornal Ou Mun, também houve residentes a admitirem que uma das grandes vantagens de ir ao Japão ou Coreia do Sul nesta altura é a diferença cambial, apesar de os preços serem caros.

Uma residente, de apelido Chan, indicou que planeia viajar à Coreia do Sul na Páscoa, cerca de meio mês. Como principais dificuldades apontou os preços dos voos com partida de Macau, assim como a hotelaria. Chan exemplificou que os voos para a Coreia do Sul estão a 3.500 patacas, e que as dormidas ficam a cerca de 1.000 patacas por noite.

Outra residente, de apelido Wu, revelou ao jornal Ou Mun que planeava visitar Taiwan. No entanto, lamentou o facto de os preços serem mais caros do que no Interior. Segundo as contas apresentadas, os bilhetes de avião custam a cerca de 4.000 patacas, com dormida e comida a viagem não fica a menos de 8.000 patacas. Para Wu, este preço é excessivo, uma vez que se escolher viajar durante a época baixa para o Japão ou Coreia do Norte paga o mesmo.

18 Mar 2024

IAS | Aumentado apoio para pessoal de instituições sociais

O Instituto de Acção Social (IAS) anunciou o aumento de três por cento do apoio para despesas com o pessoal dos equipamentos sociais subsidiados. A medida que foi divulgada na sexta-feira, produz efeitos desde Janeiro deste ano, tem custo acrescido de 40 milhões de patacas e potencial para abranger cerca de 4.800 trabalhadores.

“O IAS espera que os equipamentos sociais possam utilizar o apoio financeiro para aumentar a remuneração dos seus trabalhadores para melhor consolidar as equipas, com vista a proporcionar serviços sociais estáveis e de alta eficácia”, foi indicado. “O IAS irá continuar a prestar atenção à situação de funcionamento dos equipamentos sociais subsidiados para assegurar o desenvolvimento estável dos serviços sociais”, acrescentado.

Após o anúncio, Paul Pun, secretário-geral da Cáritas Macau, destacou a importância da medida, numa altura em que o ambiente económico no território é difícil. Pun considerou igualmente que o aumento é o reconhecimento do trabalho feito por estas pessoas ao longo dos anos, em que o apoio esteve congelado.

Por sua vez, Leong Sun Iok, deputado ligado à Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM), elogiou o aumento, mas defendeu ser necessário que os funcionários não subsidiados também gozem do aumento de salário.

18 Mar 2024

Trabalho | Integração de doentes mentais enfrenta preconceitos

A necessidade de descanso e de cumprir a medicação leva a que as portas no mercado de trabalho não se abram a portadores de deficiência mental e doentes psiquiátricos, mesmo que as autoridades ofereçam benefícios a quem contrata

Reportagem da jornalista Catarina Domingues, da agência Lusa 

 

A líder de uma associação de reabilitação de Macau, que abriu um restaurante vocacional de comida portuguesa, disse à Lusa que a integração no mercado laboral de doentes mentais em recuperação ainda enfrenta oposição dos empregadores. Quando o “Cantinho Luso” abriu portas em 2020 no Fai Chi Kei, não havia neste bairro outros restaurantes a oferecer cozinha portuguesa ou macaense, culinária de fusão com base na gastronomia portuguesa.

O projecto da Associação de Reabilitação Fu Hong veio acabar com esse vazio, numa área onde a comunidade estrangeira é uma minoria, com apenas 22 imigrantes portugueses entre os mais de 28 mil residentes, de acordo com os censos de 2021. “Eu sou macaense, portuguesa, e nesta zona não existe nenhum restaurante com essa especialidade”, diz à Lusa a presidente da associação, Fátima dos Santos Ferreira.

O trabalho de pessoas com doença mental neste restaurante, integrado num centro de formação profissional, é uma das etapas no processo de recuperação. Para alguns, a ideia é transitarem para o mercado de trabalho.

Foi atrás do balcão do “Cantinho Luso” que Ma Ka Ian se iniciou nas lides de barista. Fala à Lusa de máscara, porque é assim que se sente mais à vontade. “Tenho um horário organizado (…) aprendemos novas competências e podemos descansar quando nos sentimos cansados, não somos forçados a trabalhar”, refere.

A necessidade de descanso e de cumprir a medicação leva a que as portas do mundo lá fora se mantenham muitas vezes fechadas. Fátima dos Santos Ferreira admite que a integração noutros restaurantes de Macau ainda não se concretizou.

“Estão ainda sujeitos a medicação e há alturas que precisam de descansar, parar, porque a medicação dá um certo sono, e os patrões lá fora não compreendem porquê, dizem que são preguiçosos”, lamenta, notando que em outras áreas de formação deste centro, como na lavandaria, já houve casos de sucesso.

Muito para cortar

Tiago Lei, cliente, aplaude o conceito, que classifica de “uma raridade”, e a decoração, “com um estilo português”, que alia elementos de Macau a galos de Barcelos, azulejos e caravelas.

“Aqui ajudam-se pessoas que estão numa situação de limite a criarem produtos, para que possam adquirir competências e juntar-se à comunidade para trabalhar”, diz, referindo-se a outras vertentes do centro, que, além do restaurante e da lavandaria, inclui ainda um negócio de impressão e outro de produtos alimentares.

Da cozinha sai, entretanto, uma travessa de pastéis de bacalhau e dois pratos macaenses, a capela, uma espécie de bolo de carne assada, e a galinha portuguesa, um guisado com caril e coco.

Ju Man Cheng, acompanhado pela Fu Hong há uma década com diagnóstico de esquizofrenia, é um dos cozinheiros. Nunca pensou trabalhar com sabores portugueses: “Foi muito difícil no início, não estava habituado. Nunca tinha trabalhado numa cozinha antes, pensei em desistir, mas com o tempo fui melhorando”. Com “muitas coisas para cortar”, diz, “não sobra tempo para pensar muito”.

Para a formação nesta cozinha, Fátima dos Santos Ferreira conta com ajuda de amigos e profissionais, nomeadamente do Instituto de Formação Turística. O bacalhau assado foi ensinado por Andy Lam, responsável pela cozinha ocidental do Hotel Grand Lisboa. As sobremesas são receita de um especialista de outra empresa ligada aos casinos, a MGM.

“Vêm cá ensinar, e não vem só uma vez, vêm depois ver, porque a sobremesa é deles e querem que se mantenha com qualidade”, conta a responsável. Uma das exigências do Governo local feita às operadoras de jogo na atribuição das concessões é que tenham uma intervenção social no território.

Fundada em 2003, a Fu Hong presta serviços a pessoas com deficiência intelectual e doença mental em reabilitação, servindo cerca de mil utentes através de 12 unidades. “Entre Abril e Maio” prevê-se a abertura de um centro para pessoas autistas, de acordo com a presidente.

18 Mar 2024

Violência doméstica | Mulher esfaqueada pelo marido

Uma mulher foi esfaqueada pelo marido esta terça-feira após ter exigido o divórcio. Segundo o jornal Ou Mun, o caso aconteceu depois de sucessivos pedidos de divórcio feitos ao homem nos últimos cinco anos, tendo a mãe da mulher impedido a continuação dos ataques.

A vítima conseguiu escapar de casa e dirigir-se ao hospital para tratamento médico, onde denunciou o episódio. A Polícia Judiciária (PJ) deteve o suspeito na quarta-feira em casa de outro familiar, na zona norte da península. A PJ indicou ainda que esta foi a primeira vez que o marido agrediu a esposa. O caso já foi encaminhado para o Ministério Público, sendo o homem suspeito da prática dos crimes de ofensa qualificada à integridade física, coacção grave e uso de arma proibida.

15 Mar 2024

Gastronomia | Macau perdeu uma estrela Michelin na lista deste ano

Foi ontem divulgada a lista de restaurantes de Macau e Hong Kong distinguidos com estrelas Michelin. No total, Macau inscreveu este ano 16 restaurantes no prestigiado lote, menos uma distinção em relação a 2023. O The 8 caiu da categoria máxima de três estrelas para duas, ficando apenas o Jade Dragon e o Robuchon au Dôme

 

“Em Macau, Cidade Criativa da UNESCO em Gastronomia, dois restaurantes excepcionais demonstraram a sua dedicação à excelência culinária ao receberem este ano a distinção de três estrelas Michelin: Jade Dragon e Robuchon au Dôme”, foi ontem anunciado no prestigiado Guia Michelin que todos os anos distingue restaurantes de excepção pelo mundo fora.

O Jade Dragon, no City of Dreams e o Robuchon au Dôme, no Grand Lisboa, passam a ser os únicos restaurantes do território com três estrelas, depois da “despromoção” do The 8 que passou este ano para a categoria de duas estrelas. No total, foram ontem premiados 16 restaurantes de Macau, menos um do que em 2023, numa cerimónia que decorreu no Grand Lisboa Palace.

Na categoria das duas estrelas, o guia destacou além do The 8, no Grand Lisboa, os restaurantes Alain Ducasse at Morpheus, o Feng Wei Ju, no Starworld, os restaurantes Mizumi e Wing Lei no Wynn Macau e Huaiyang Garden no Londoner, este último a “subir de divisão” depois de no ano passado ter sido distinguido com uma estrela Michelin.

Na lista dos restaurantes com uma estrela, Macau inscreveu este ano Otto e Mezzo Bombana, no Galaxy, Five Foot Road, no MGM Cotai, Lai Heen no Ritz Carlton, Pearl Dragon no Studio City, Zi Yat Heen no Four Seasons, Ying no Altira. A lista é completa por duas novas entradas, o restaurante Sushi Kinetsu situado no City of Dreams e o Chef Tam’s Seasons no Wynn Palace.

A selecção natural

Na lista de restaurantes da categoria Bib Gourmand, revelada na semana passada, O Castiço continua a ser distinguido, assim como o restaurante do IFTM (também premiado enquanto restaurante apostado na sustentabilidade e ambiente), e Restaurante Litoral na Taipa, que entrou pela primeira vez na lista.

Na lista de restaurantes recomendados, o Guia Michelin incluiu este ano vários restaurantes, como o Chiado, Don Alfonso 1890, Portugália e Saffron, permanecendo em relação a 2023 os restaurantes A Lorcha, Manuel Cozinha Portuguesa e SW Steakhouse.

O director internacional do Guia Michelin, Gwendal Poullennec, destacou a retoma de Macau, que se sente no prato. “Macau está a experimentar um ressurgimento, com recém-chegados a serem reconhecidos pela sua cozinha de qualidade. Apesar de alguns desafios económicos, e como reflectido pela promoção de dois restaurantes a duas estrelas Michelin, a cena culinária de ambas as cidades (Macau e Hong Kong) está a progredir positivamente, promovendo uma indústria saudável e vibrante”, afirmou o responsável.

15 Mar 2024

Trabalho | Menos seguranças empregados no ano passado

No quarto trimestre do ano passado houve uma redução do número de pessoas empregadas nas actividades de segurança e de tratamento de resíduos sólidos e líquidos públicos, de acordo com os dados revelados ontem pela Direcção de Serviços de Estatística e Censos (DSEC).

Segundo os resultados do inquérito às necessidades de mão-de-obra e às remunerações do último trimestre do ano passado, o número de seguranças sofreu uma quebra de 1,7 por cento face ao período homólogo, para 12.755 trabalhadores, e os trabalhadores do sector dos resíduos sólidos e líquidos públicos diminuíram 3,9 por cento para 919 trabalhadores.

No pólo oposto, no fim do quarto trimestre de 2023 o número de pessoas ao serviço no comércio por grosso e a retalho cresceu 4,7 por cento, face ao período homólogo, para um total de 68.551 empregados. Ao mesmo tempo, os trabalhadores nos transportes, armazenagem e comunicações também aumentaram em termos anuais, para 14.513, um crescimento de 3,9 por cento.

No comunicado em que actualizou os números, a DSEC explicou que a remuneração média dos trabalhadores a tempo inteiro em todos os sectores teve um crescimento. No entanto, a alteração foi justificada com o facto de em 2022, o último ano da pandemia, ter havido um número muito elevado de trabalhadores forçados a tirar licenças sem vencimento.

A remuneração média no ramo do comércio por grosso e a retalho cifrou-se em 14.740 patacas, crescendo 7,3 por cento, em termos anuais. As remunerações médias nos ramos dos transportes, armazenagem e comunicações (21.870 patacas), das actividades de tratamento de resíduos sólidos e líquidos públicos (19.610 atacas) e das actividades de segurança (13.210 patacas) também cresceram 9,6 por cento, 6,5 por cento e 2,6 por cento respectivamente.

15 Mar 2024

Hengqin | Deputado pede explicações claras sobre políticas

A falta de informação em questões laborais ou quanto a exigências feitas a empresas pode deixar os residentes sem mecanismos de defesa na Zona de Cooperação Aprofundada. Ngan Iek Hang pede ao Governo para emitir guias de informação focados nos residentes

 

Após receber várias queixas de cidadãos que não percebem as políticas de integração de Macau na Ilha de Montanha, o deputado Ngan Iek Hang considera que o Governo tem de melhorar a comunicação na apresentação das políticas referentes a Hengqin. O assunto faz parte de uma interpelação escrita, em que o legislador ligado aos Moradores indica que os cidadãos não percebem as políticas de circulação nem têm informações sobre o mercado laboral no outro lado da fronteira.

Segundo a interpelação, um dos pontos mais difíceis são as medidas de circulação de pessoas e bens, porque as pessoas não percebem a política de “liberalização na primeira linha e controlo na segunda”. Esta é uma medida que supostamente facilita a circulação entre Macau e Hengqin, mas que aplica um controlo mais apertado para circular de Hengqin para o resto de Guangdong, de acordo com as práticas mais comuns do Interior.

Ngan Iek Hang indicou que actualmente é muito difícil para as empresas de Macau compreenderem o mercado de trabalho na Zona de Cooperação Aprofundada entre Macau e Guangdong em Hengqin, assim como as diferentes práticas comerciais. “Apesar de o gabinete de Macau em Hengqin e dos websites dos serviços de Guangdong terem instruções sobre o empreendedorismo e a situação do emprego, os procedimentos para o registo comercial, exploração das empresas e regime fiscal em Hengqin são muito diferentes dos de Macau”, justificou.

Sem defesa

Ngan Iek Hang mostrou-se também preocupado com as dificuldades em aceder a informação, porque considera que podem gerar situações em que os residentes não conseguem proteger os seus direitos laborais.

“Os residentes de Macau também enfrentam problemas devido à falta de informação sobre as regras laborais, por exemplo, não conhecem a lei laboral em Hengqin e os respectivos direitos, assim como não sabem como fazer valer os seus direitos laborais”, indicou. Há pouca informação disponível sobre estes assuntos online e é necessário ligar para os serviços”, apontou.

Com estas condições, Ngan Iek Hang deseja o aprofundamento das relações entre as autoridades do Interior e de Macau para facilitar o acesso à informação. “Dado que actualmente há demasiada informação sobre a Zona de Cooperação Aprofundada, como o Governo pode cooperar com as autoridades do Interior para elaborar guias de fácil compreensão e acesso em áreas como o emprego, empreendedorismo e vida quotidiana?”, pergunta.

Quanto ao desenvolvimento da zona de cooperação aprofundada, o deputado perguntou ao Governo como pode acelerar o desenvolvimento das indústrias em Hengqin. Ngan Iek Hang recordou que durante as “Duas Sessões”, o Primeiro-Ministro Li Qiang indicou a necessidade de avançar com novas forças produtivas e acelerar o desenvolvimento industrial. Por isso, o deputado defende que a RAEM tem de contribuir para este esforço, e que Hengqin é condição essencial para a concretização destas políticas.

15 Mar 2024

Imobiliário | Hotel The 13 à venda por quase 2,5 mil milhões

O hotel The 13 foi posto à venda por 2,47 mil milhões de patacas, depois da avaliação do preço de mercado realizado pela agência imobiliária Jones Lang LaSalle (JLL).

Os proprietários vão aceitar propostas para alienar o edifício de 22 andares até ao início de Abril deste ano, avançou a Macau News Agency, isto numa altura em que a empresa que gere a unidade hoteleira estará a tentar voltar à actividade.

O portal Inside Asian Gaming noticiou que o operador do hotel terá procurado renovar a licença para exploração hoteleira, depois deste ter expirado no final do ano passado. A empresa que operava o hotel em Coloane abriu o procedimento de insolvência em Outubro de 2021 após ver-se na situação de não conseguir pagar créditos contraídos em mais de 3 mil milhões de dólares de Hong Kong.

14 Mar 2024

Burla | Esteticista engana duas mulheres com falsos tratamentos

Duas mulheres foram burladas por uma esteticista que trabalhava num salão de beleza depois de terem sido persuadidas a pagar de forma antecipada montantes elevados por serviços e tratamentos de estética que nunca chegaram a ser realizados. Segundo o jornal Ou Mun, sob o pretexto de conceder descontos nos serviços, uma das mulheres pagou antecipadamente 45.608 mil patacas, enquanto a outra vítima pagou 20.265 patacas.

Recorrendo a várias justificações, a esteticista nunca realizou os prometidos tratamentos, até que entre os meses de Setembro e Outubro do ano passado as vítimas foram informadas pela gerência do salão de beleza de que a esteticista tinha sido despedida do local em Maio.

A mesma gerência confirmou então que na conta bancária da empresa não constava qualquer pagamento das mulheres, pelo que estas denunciaram o caso à Polícia Judiciária, que deteve ontem a esteticista em causa. A mulher acabou por confessar que o dinheiro extorquido às vítimas serviu para saldar dívidas que tinha contraído. O caso foi encaminhado para o Ministério Público, sendo a esteticista suspeita da prática do crime de burla de valor elevado.

14 Mar 2024

Comida Portuguesa | Fernando Marques abre loja de takeaway na Taipa

Com o nome “Lazy Bear”, a Taipa conta com uma nova loja de takeaway e espaço de lazer que serve comida portuguesa a residentes e turistas. O bolo de caco, a bifana e o bitoque são alguns dos pratos que fazem parte do menu

 

Desde a semana passada que o território conta com uma nova loja de takeaway com comida portuguesa. O espaço intitulado “Lazy Bear” fica situado na Taipa Velha, na Travessa dos Mercadores, e é um projecto do chef e empresário Fernando Marques.

“É um espaço de takeaway, que também permite às pessoas comerem no interior, e onde temos disponíveis produtos como o bolo do caco, bifana e alguma gastronomia portuguesa”, disse Fernando Marques, em declarações ao HM. “Além do takeaway, é um espaço de lazer, para mostrar, mais uma vez, a gastronomia portuguesa. Por isso, também temos salas de exposição para os produtos portugueses e no futuro planeamos com produtos dos países de língua portuguesa”, acrescentou.

No menu do “Lazy Bear”, os residentes e turistas podem ainda encontrar pratos como a francesinha, entrecosto ou bebidas tradicionais portuguesas como a ginjinha, inclusive em copo de chocolate.

Aposta na imagem

Faz parte da cultura local, à refeição, principalmente quando se experimentam novos pratos, dizer, em cantonês, que a máquina fotográfica come primeiro. E o aspecto visual não foi descurado por Fernando Marques, como o próprio reconheceu.

“O edifício tem um design muito europeu, pensado por mim. É um espaço em que a pessoa tem acesso à imagem mais europeia de Portugal, decorado a pensar nos residentes e turistas, para que possam desfrutar da comida e tirar as suas fotografias”, contou Fernando Marques.

O empresário e cozinheiro revelou também que na altura das decorações o espaço conseguiu atrair a atenção do Chefe do Executivo, Ho Iat Seng, e do secretário para Economia e Finanças, Lei Wai Nong, que visitaram a zona, durante o Ano Novo Chinês.

“Ainda antes de abrirmos as portas, durante o Ano Novo Chinês, o Chefe do Executivo passou nesta zona e ficou a olhar para o edifício”, confidenciou Fernando Marques. “E no dia seguinte, veio o secretário para a Economia e Finanças, Lei Wai Nong, que até me disse: ‘Fernando, o espaço vai ficar muito bonito’”, acrescentou.

Em Macau há vários anos, Fernando Marques tem uma vasta experiência na restauração local, com ligação a projectos como os restaurantes Ou Mun, Toca e mais recentemente o Macau Gourmet Café&Bistro.

14 Mar 2024