Hoje Macau SociedadeJogo | Melco Resorts anuncia prejuízos de 1,26 mil milhões de dólares A operadora de jogo Melco Resorts & Entertainment, com quatro casinos em Macau, anunciou hoje prejuízos em 2020 de 1,26 mil milhões de dólares. Uma queda significativa, se comparado com o lucro de 373,2 milhões de dólares em 2019, quando registara uma subida de 9,7% em relação a 2018. O presidente da empresa, Lawrence Ho, justificou o resultado negativo com o impacto da pandemia de covid-19 e consequentes restrições nas viagens, que afastaram os turistas da capital mundial do jogo. Ho garantiu que o grupo, que detém ainda casinos nas Filipinas e no Chipre, iria continuar a investir em Macau e Europa, bem como num possível posicionamento no Japão, que procura desenvolver o mercado do jogo. No último trimestre de 2020, a Melco registou um prejuízo de 199,7 milhões de dólares, quando em 2019 contabilizara um lucro de 68,1 milhões de dólares. Ainda assim, a operadora subiu 66% em relação ao terceiro trimestre, quando apresentou um prejuízo de 331,6 milhões de dólares. Os casinos em Macau terminaram 2020 com receitas de 60,4 mil milhões de patacas, uma quebra de 79,3% em relação ao ano anterior, em que registaram 292,4 mil milhões de patacas.
Hoje Macau SociedadeUniversidade Cidade de Macau | Jun Liu é o novo reitor Jun Liu toma posse como reitor da Universidade Cidade de Macau na segunda-feira, de acordo com um comunicado da instituição de ensino superior. O novo líder da universidade tem mais de quatro décadas de experiência em educação linguística, doutorou-se na Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Ohio, nos Estados Unidos em 1996. No currículo tem cargos como vice-presidente e vice-reitor para os assuntos globais, reitor de programas e serviços académicos internacionais, director do China Center. Foi também professor de linguística na Universidade Stony Brook, em Nova Iorque, antes de vir para Macau. Jun Liu tem publicado extensivamente na área da metodologia de ensino de línguas, sociolinguística, desenvolvimento curricular e comunicação intercultural.
João Luz Manchete SociedadeSegurança | Criminalidade em 2020 influenciada pela pandemia No ano passado, a criminalidade associada ao jogo, como o sequestro e agiotagem, sofreram uma redução drástica na sequência da paralisação imposta pela pandemia ao sector. Porém, crimes como abuso sexual de menores e burlas online dispararam em 2020, de acordo com as estatísticas da criminalidade A pandemia da covid-19 alterou profundamente a forma como as pessoas vivem, alteração de paradigmas que se estende ao crime. As estatísticas da criminalidade, divulgadas ontem pelo gabinete do secretário para a Segurança dão conta disso mesmo. As restrições fronteiriças para controlar a propagação do novo tipo de coronavírus alteraram no ano passado padrões e métodos criminais, nomeadamente no tráfico de drogas, burlas na internet e nos crimes associados ao jogo. Assim sendo, as estatísticas divulgadas pelo gabinete de Wong Sio Chak referem que em 2020 foram registados “37 casos de sequestro, vulgarmente conhecido por crime de ‘cárcere privado’, representando uma descida de 316 casos comparativamente com o ano de 2019, uma descida significativa de 89,5 por cento”. Outro dos delitos mais comuns de Macau, também associado à indústria que domina a economia local, é a usura, também conhecida por agiotagem. Em 2020, as autoridades dão conta de 78 casos, o que representa uma quebra abrupta em relação aos 527 casos registados em 2019, mais de 87 por cento. Destaque também para a queda significativa dos casos reportados de violação no ano passado, de 29 para 15, o que representa menos 32,6 por cento. O número de homicídios repetiu-se em relação a 2019, com dois casos. Ainda na categoria de crimes contra pessoas regista-se um dos registos mais negros nas estatísticas da criminalidade de 2020, quando as autoridades trataram “24 casos de abusos sexuais de crianças, um aumento de 13 casos, representando uma subida de 118,2 por cento comparativamente ao ano de 2019”. Neste domínio, Wong Sio Chak realça que os dados das autoridades indicam que “a maioria dos casos de abuso sexual de crianças ocorrem nas escolas ou no ambiente familiar, cerca de 70 por cento dos autores são familiares, colegas ou professores da vítima”. Para contornar situações em que as vítimas tiveram medo ou não compreenderam a gravidade do que lhes aconteceu e que, por isso, não reportaram os crimes às autoridades, a comunicação sobre este tipo de criminalidade foi reforçada. A polícia publicou cerca de 150 informações de combate ao abuso de menores em plataformas como o Wechat, Facebook e Youtube, apelando aos menores para pedirem “ajuda oportuna à Polícia ou à geração mais velha”. Além disso, foram organizadas mais de meia centena de palestras, que contara com a participação de cerca de 12.000 estudantes, pais e docentes. Perigo na rede Com as movimentações no exterior condicionadas, no ano passado alguns fenómenos de criminalidade passaram a surgir na internet. Um dos crimes que passou a estar no radar das autoridades, e que não tinha registado nenhum caso em 2019, foi a divulgação de pornografia infantil. No ano passado as autoridades instauraram 129 casos, que resultaram na apresentação a órgãos judiciais de 34 arguidos. O secretário para a Segurança aponta a dificuldade em investigar e apanhar quem comete este tipo de crimes, porque “a maioria das plataformas de redes e os ip address utilizados por arguidos estão localizados fora de Macau”. Assim sendo, a polícia da RAEM estabeleceu um mecanismo de cooperação com a Interpol e, como a maioria dos arguidos é de oriunda do sudeste asiático, foram emitidas comunicações a informar sobre as consequências da conduta criminosa. Outros crimes que surgiram no ano passado, foi a burla com vendas de materiais médicos, como máscaras, com o total de 42 casos e o uso ilegal de documento de identificação de outrem para adquirir material médico para revenda, ilícito que se verificou 53 vezes no ano passado. Com a evolução da pandemia, este tipo de crimes desapareceu já no último trimestre de 2020. Com a vida exterior reduzida aos mínimos, o tempo que se passa online e as compras pela internet aumentaram significativamente. No ano passado, “foram registados 531 crimes informáticos, uma subida de 96,7 por cento em comparação com o ano de 2019, entre os quais houve uma subida significativa de casos relacionados com compras online com cartão de crédito, dos quais foram registados no total 411 casos, uma subida de 294 casos, em comparação com o ano de 2019, representando um aumento de 251,3 por cento” Puxar pela cabeça As redes de distribuição de droga foram fortemente afectadas no ano passado, com as restrições fronteiriças que surgiram por todo o mundo. Macau não foi excepção. Por cá, o crime de tráfico caiu mais de 40 por cento durante 2020. Wong Sio Chak mencionou as formas inovadoras como os traficantes fizeram chegar estupefacientes a Macau. No ano passado foi apreendida droga em máscaras hidrantes, em forma líquida disfarçada de vinho tinto a através de empresas de compras online. No cômputo geral, registaram-se menos 673 crimes no ano passado, em comparação com 2019, o que correspondeu a uma descida de 63,9 por cento da criminalidade.
Hoje Macau SociedadeTaiwan recusa residência a junket Charles Leung O Governo de Taiwan recusou o pedido de imigração de Charles Leung, junket em Macau e realizador de filmes em Hong Kong, nos quais participaram actores como Jet Li, Chow Yun Fatm Andy Lau ou Stephen Chow. O fundador da China Star foi ligado em 1992, por uma subcomissão do Senado dos Estados Unidos, a actividades da tríade Sun Yee On. Na decisão anunciada publicamente pela Agência Nacional de Imigração de Taiwan não consta a justificação que levou a que o pedido de Charles Leung fosse negado. Porém, a lei que permite a imigração de residentes de Hong Kong e Macau para Taiwan inclui vários motivos para recusar os pedidos, que vão da documentação incompleta até à “ameaça aos interesses nacionais”. A notícia do pedido de imigração tinha sido revelada em Dezembro do ano passado, e tinha sido feita com base nas ligações familiares, uma vez que a mulher de Charles Leung, Tiffany Chen, nasceu em Taiwan. No entanto, o pedido gerou controvérsia entre a população da Formosa, uma vez que Leung expressou publicamente o apoio à Lei da Segurança de Hong Kong. Também o filho de Leung, Jacky, viu um pedido semelhante recusado e, segundo o jornal Taiwan News, tal poderá dever-se ao facto de integrar uma associações que faz parte da Liga da Juventude Comunista da China. Quando o pedido foi noticiado pela primeira, o porta-voz dos Conselho para os Assuntos do Interior do Governo de Taiwan, Chiu Chui Cheng, confirmou que Charles Leung se encontrava na Formosa desde Dezembro, com um visto turístico. A autorização de permanência tinha um prazo de três meses e poderia ser renovada mais uma vez por igual período.
Andreia Sofia Silva Manchete SociedadeVacina da Sinopharm deixa de estar disponível para maiores de 60 anos É oficial: as pessoas com mais de 60 anos não vão poder ser vacinadas contra a covid-19 com a vacina da Sinopharm. A informação consta num comunicado emitido ontem pelo Centro de Coordenação e Contingência do Novo Tipo de Coronavírus. “De acordo com os regulamentos da Administração de Medicamentos da China, a vacina Sinopharm deve ser administrada a pessoas na faixa etária compreendida entre os 18 e os 59 anos. Os indivíduos com idade igual ou superior a 60 anos só podem ser vacinados após avaliação das suas necessidades, devem estar em bom estado de saúde e em alto risco de exposição.” O Centro acrescentou ainda que, “nos últimos dias, verificou-se que alguns idosos não cumpriam as duas condições para a administração da vacina, e após avaliação pelos profissionais de saúde, não conseguiram ser vacinados”. Desta forma, as autoridades vão deixar de “aceitar a marcação da vacina inactivada da Sinopharm a indivíduos que tenham idade igual ou superior a 60 anos”. Apesar desta decisão, o Chefe do Executivo, Ho Iat Seng, que tem 63 anos de idade, foi vacinado, no passado dia 9, com a vacina da Sinopharm. Na ocasião, o governante declarou que “a Sinopharm anunciou que a sua vacina contra a covid-19 não tem limite de idade”. mRNA é solução Como alternativa, as pessoas com mais de 60 anos poderão inscrever-se para tomar a vacina mRNA, produzida pela BioNtech com a cooperação da Fosun, na Alemanha, que chegam a Macau nos próximos dias via Hong Kong. As autoridades planeiam que estas vacinas possam começar a ser administradas no início da próxima semana”. “De acordo com as recomendações da Agência de Medicamentos da União Europeia, a vacina de mRNA pode ser administrada a pessoas com idade igual ou superior a de 16 anos e é adequada para pessoas com idade igual ou superior a 60 anos. Aqueles que estão nesta faixa etária que têm interesse em ser vacinados, é recomendado que optem pela administração da vacina de mRNA”, aponta o Centro de Coordenação. Até às 21h de quarta-feira um total de 25.462 pessoas agendaram a administração da vacina, das quais 9.284 administraram a primeira dose da vacina contra a covid-19, “o que corresponde às expectativas iniciais”, conclui o mesmo comunicado.
João Santos Filipe SociedadeJogo | Galaxy registou prejuízos de 3,97 mil milhões Apesar das perdas, o presidente do grupo vê sinais de esperança nos ganhos, antes de impostos, de mil milhões de dólares de Hong Kong durante o último trimestre de 2020. Operadora já antecipa consulta pública sobre concessões A concessionária Galaxy, que gere o casino com o mesmo nome no Cotai, apresentou ontem um prejuízo de 3,97 mil milhões de dólares de Hong Kong, relativo a 2020. Os resultados negativos contrastam com o lucro de 13,04 mil milhões que a empresa de Lui Che Woo tinha apresentado em 2019. O prejuízo das Galaxy prende-se principalmente com a redução das receitas brutas do jogo nas mesas de Macau, que devido às restrições da pandemia passaram de 52,21 mil milhões de dólares de Hong Kong para 11,02 mil milhões. Face ao cenário de perdas, a direcção da empresa optou por não distribuir dividendos. Apesar dos números, Lui Che Woo destacou em comunicado o facto de ter havido um lucro antes de impostos de 1,01 mil milhões no quarto trimestre do ano. O montante é visto como um sinal positivo, até porque no terceiro trimestre do ano tinham sido assinaladas perdas de 0,94 mil milhões. “Esta melhoria foi largamente causada por um aumento do número de visitantes, que se traduziu num crescimento das receitas e também no controlo dos custos”, afirmou Lui. Na mesma mensagem é ainda deixado um sinal de esperança para o mercado do jogo na RAEM, a médio prazo, apesar de haver alguma cautela. “Temos muita confiança no futuro de Macau. Vimos sinais de uma recuperação prematura após ter sido retomado o programa de vistos individuais de viagem, em Setembro de 2020, mas ainda pode levar alguns trimestres até que o volume de negócio volte a aumentar significativamente”, é admitido. Também por este motivo, a empresa justifica que não haverá dividendos. Com os olhos na concessão Anteriormente, o Governo afirmou que a consulta pública sobre as concessões do jogo, que expira em 2022, vai começar na segunda metade deste ano. Esta é uma fase dos trabalhos que vão lançar as bases para o futuro da indústria do jogo que a Galaxy diz “aguardar com expectativa”. Além disso, Lui Che Woo aproveita para deixar elogios ao Executivo liderado por Ho Iat Seng, por estar a trabalhar na promoção da economia. “Voltamos a aplaudir o Governo de Macau por assumir de forma pró-activa a liderança do combate à crise pandémica. O foco do Governo não se limita a garantir a saúde e segurança da comunidade, mas também a colocar Macau numa posição para atrair visitantes, de apoio à recuperação económica e manter a estabilidade social”, é frisado.
Hoje Macau SociedadeComércio | Importações de países lusófonos subiu 451,5 por cento O valor de mercadorias importadas pelos países lusófonos a Macau subiu 451,5 por cento em Janeiro, em relação ao mês homólogo do ano anterior, enquanto o das exportações caiu 9,5 por cento, foi ontem anunciado. Segundo os dados da Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC), divulgados ontem, as importações de mercadorias aos países de língua portuguesa atingiram o valor de 62 milhões de patacas, menos 9,5 por cento que em Janeiro de 2020. Já as exportações para países lusófonos representaram 160 mil patacas, um crescimento ainda assim de 451,5 por cento, em termos anuais. Em Janeiro, o valor total de mercadorias exportado por Macau atingiu 1,42 mil milhões de patacas, um aumento de 29,9 por cento, face ao mesmo mês de 2020. Em relação à importação de mercadorias, a DSEC indicou que Macau importou em Janeiro 10,69 mil milhões de patacas, que representam uma subida de 28,5 por cento, em termos anuais. Em 2020, o défice da balança comercial de Macau atingiu os 81,75 mil milhões de patacas, crescendo 4,42 mil milhões de patacas em relação a 2019.
João Santos Filipe Manchete SociedadeAeroporto | Em tempos de pandemia reafirmada aposta na Grande Baía Ma Iao Hang, presidente do Conselho de Administração, reconheceu os tempos difíceis mas considera que a gestão cuidadosa permite ter dinheiro para enfrentar o ano de “todos os desafios” Em mais um ano marcado que se antevê marcado pelos efeitos da pandemia, o Aeroporto Internacional de Macau aposta em afirmar-se como uma “porta internacional” para a Grande Baía. O objectivo, que passa pela abertura do Segundo Terminal, foi reafirmado ontem pelo presidente do Conselho de Administração da direcção da CAM – Sociedade do Aeroporto Internacional de Macau, Mao Iao Hang, durante um almoço de celebrado do Ano Novo Lunar. “O projecto da infra-estrutura do Segundo Terminal foi desenhada e construída para melhorar o espaço e serviços do Aeroporto Internacional de Macau. Também o terminal do Pac On vai ser construído como centro de integração de transportes terrestres, marítimos e aéreos para prestar melhores serviços aos residentes de Macau e da Grande Baía”, afirmou Ma Iao Hang. “Vamos cooperar com o plano nacional do desenvolvimento de Macau e para consolidar a posição de Macau como uma porta internacional”, acrescentou. Apesar do contexto difícil, até ao final do corrente ano o aeroporto vai ter capacidade para receber cerca de 10 milhões de passageiros por ano, o que se deve à expansão da Zona Sul do Aeroporto. Só em 2019, ainda sem as infra-estruturas mais recentes, houve um total de 9,6 milhões de passageiros a utilizar o aeroporto de Macau. “A construção da estrutura principal da expansão Sul do aeroporto já chegou ao topo e prevemos que esteja completa no final do ano. Vai permitir receber 10 milhões de passageiros por ano”, indicou o presidente do Conselho de Administração. Impacto “enorme” Em 2020, o número de passageiros do Aeroporto Internacional de Macau sofreu uma quebra de 88 por cento de 9,1 milhões para 1,2 milhões. Já o número de partidas e chegadas foi de 16.962, o que é uma quebra de 78 por cento. Por isso, a companhia reconheceu ontem que o caminho no futuro vai continuar a ser difícil. “A pandemia da Covid-19 atingiu enormemente e de uma forma global a indústria da aviação. Ao olhar para este último ano, o Aeroporto Internacional de Macau implementou as medidas de prevenção da pandemia […] e enfrenta uma nova dinâmica […] e todos os tipos de dificuldades e desafios”, foi reconhecido. Apesar disso, a empresa gestora do aeroporto diz que está preparada. “O Aeroporto Internacional de Macau sofreu meses consecutivos com perdas de receitas […] Porém, os princípios de gestão da tesouraria fazem com que haja fundos para responder às necessidades das operações”, foi vincado. Na mensagem de Ma Iao Hang foi ainda sublinhado que entre 2015 e 2020 a empresa pagou aos accionistas, entre empréstimos e distribuição de dividendos, cerca de 1,3 mil milhões de patacas. A CAM é detida em 55,2 por cento pelo Governo da RAEM e 34,5 por cento pela Sociedade de Turismo e Diversões da Macau. O restante capital e detido por outras empresas e investidores individuais, como os herdeiros de Winnie Ho, irmã falecida de Stanley Ho.
Hoje Macau SociedadeNovos aterros | CPU aprova mais cinco projectos para a Zona A O Conselho do Planeamento Urbanístico (CPU) concluiu a discussão de cinco plantas de projectos para a zona A dos novos aterros, relacionados com a construção de parques de estacionamento, instalações públicas e sociais. Segundo o canal chinês da Rádio Macau, foram recolhidas apenas cinco opiniões no período de consulta pública. Os projectos serão desenvolvidos em cinco terrenos e terão uma área compreendida entre 11 mil e 18 mil metros quadrados. O edifício mais alto terá a altura máxima de 115 metros. Os membros do CPU debateram também uma planta de condições urbanísticas na zona do Pátio do Mungo, situado perto do centro histórico. O terreno tem 489 metros quadrados e, segundo parecer do Instituto Cultural, sugere-se a preservação da fachada do edifício e do telhado. Leong Wai Man, vice-presidente do IC, adiantou que, apesar do Pátio do Mungo não estar incluído numa zona de protecção do património, é necessária uma preservação dado o seu valor histórico, por ser um lugar de casas chinesas centenárias. A responsável adiantou que a preservação completa do local será difícil, tendo em conta o regulamento contra incêndios em vigor.
Hoje Macau SociedadeGalaxy Macau | Centro de convenções pode abrir na segunda metade do ano O Centro Internacional de Convenções do Galaxy Macau pode abrir faseadamente a partir da segunda metade deste ano, de acordo com o director da Galaxy Entertainment Group Joey Pather, responsável pelo sector MICE, de conferências e exposições. Num evento da Câmara de Comércio França – Macau, Pather adiantou que a abertura será gradual e que o processo vai depender da resposta do mercado, num contexto de recuperação do mercado de turismo da crise provocada pela pandemia. “Temos recebido solicitações, mas ainda não decidimos qual o sector que vai abrir primeiro. Ainda estamos na fase de licenciamento e de testes”, referiu Pather, citado pelo portal GGRAsia. O centro de convenções vai ter uma área de 40 mil metros quadrados.
João Santos Filipe SociedadeÚltima Instância obriga a novo julgamento no caso Surf Hong O Tribunal de Última Instância (TUI) obrigou o Tribunal de Segunda Instância (TSI) a fazer um novo julgamento do caso que opõe o Governo e a Surf Hong, no que diz respeito ao pagamento de um multa de 4,1 milhões de patacas relacionada com 2018, quando os nadadores-salvadores da empresa entraram em greve e levaram ao encerramento das piscinas do Instituto do Desporto (ID). A decisão foi tomada pelo Tribunal de Última Instância (TUI), e contraria o entendimento do Tribunal de Segunda Instância (TSI), que anteriormente, tinha considerado a greve um motivo de força maior, e decidiu que não devia ser aplicada uma multa. A Surf Hong era a empresa responsável pelo contrato de fornecimento de nadadores salvadores para as piscinas do ID no Verão de 2018, quando os trabalhadores entraram em greve e fizeram com que houvesse o encerramento temporário das piscinas de Cheoc Van e Dr.Sun Yat Sen. Na origem da greve estiveram motivos de ordem laboral, nomeadamente o facto dos nadadores terem sido obrigados a assinar declarações em que abdicavam do pagamento das horas extra. O caso foi encarado pelo Executivo como uma falha contratual e por esse motivo foram aplicadas duas multas. Uma sanção no valor de 4,1 milhões de patacas e uma outra de 7,6 milhões de patacas. As multas correspondem a casos diferentes nos tribunais e o TSI considerou nos dois processos que a empresa Surf Hong não tinha de fazer qualquer pagamento ao Executivo por não ter prestado o serviço. Os juízes da Segunda Instância entenderam que a greve é um motivo de força maior, o que ilibava a empresa de responsabilidades. Pagamento feito O TUI veio ontem anular a primeira decisão do TSI, e obrigar à realização de um novo julgamento por considerar que o TSI errou ao definir a greve como um motivo de força maior. “Assim sendo, entende o Tribunal Colectivo que não eram imprevisíveis nem inevitáveis as ausências e as faltas ao serviço (ou dito de outra forma, greve) dos trabalhadores da recorrida, razão pela qual não constituem casos de força maior, sendo assim insusceptíveis de exonerar o empregador da responsabilidade contratual por incumprimento do contrato”, consta na decisão tomada na quarta à noite. A deliberação adoptada ontem pelos tribunais deixa igualmente antever que o TUI pode voltar a decidir a favor do Governo no que diz respeito à multa de 7,6 milhões de patacas. A sanção está relacionada com a mesma ocorrência, mas o desfecho sobre esta penalização está mais atrasado. Foi só no final de Janeiro deste ano que o TSI tomou a decisão de anular a multa de 7,6 milhões de patacas imposta à empresa Surf Hong. Também em relação a este processo Executivo optou por recorrer, como admitiu o ID ao HM, numa resposta datada de 9 de Fevereiro. O pagamento dos 7,6 milhões também já foi efectuado.
Hoje Macau SociedadeFronteiras | Residentes estrangeiros poderão pedir visto para a China Os residentes estrangeiros em Macau vão poder, a partir da próxima segunda-feira, obter vistos para entrar na China continental, anunciou o gabinete do Comissário do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China. “Tendo em conta a última situação de prevenção e controlo da pandemia da covid-19 na RAEM e as necessidades de intercâmbio cultural e desenvolvimento económico, em 1 de Março de 2021 o gabinete do Comissário do Ministério dos Negócios Estrangeiros da República Popular da China na RAEM começará gradualmente a aceitar os pedidos de visto da China continental para residentes estrangeiros” naquele território, de acordo com um comunicado publicado no ‘site’ da entidade, na terça-feira. Na nota, é ainda indicado que a decisão abrange residentes estrangeiros permanentes e não permanentes no território. Os pedidos passaram a ser admitidos desde ontem, através do formulário electrónico disponível no site reservado aos requerimentos de visto para a China (COVA, na sigla em inglês) do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês. O Governo Central suspendeu em 28 de Março de 2020 a entrada de cidadãos estrangeiros na China, incluindo com visto ou autorização de residência, tal como a política de isenção de visto de 144 horas adoptada pela província chinesa de Guangdong para grupos de turistas estrangeiros oriundos de Hong Kong e de Macau, como medida de prevenção contra a propagação do novo coronavírus.
Andreia Sofia Silva Manchete SociedadeMyanmar | PSP diz que TNR não têm direito a manifestar-se O CPSP considera que os trabalhadores não residentes não têm o direito a manifestar-se, depois de um não residente ter ido a uma esquadra informar-se sobre o procedimento a adoptar para uma actividade contra o golpe de estado no Myanmar. Um residente, natural do país, chegou a fazer um pedido prévio para uma iniciativa semelhante, mais tarde retirado por sua iniciativa O Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP) defende que os trabalhadores não residentes (TNR) não estão abrangidos pela lei de reunião e manifestação. Segundo a TDM Rádio Macau, o porta-voz da CPSP, Kim Ka Kit, disse que “como são não residentes, quando fazem assembleias e reuniões, podem não estar protegidos por esta lei”. “De acordo com a lei, os direitos dos não residentes não estão protegidos por este diploma mas eles podem ter outras formas de expressar as suas opiniões através de meios legais”, acrescentou. Estas declarações surgem depois de um TNR ter ido a uma esquadra pedir informações sobre a realização de uma actividade contra o golpe de estado que aconteceu a 1 de Fevereiro no Myanmar, tendo-lhe sido explicado que não goza desse direito. “Os nossos agentes explicaram-lhe que as provisões da Lei 2/93/M sobre a reunião e manifestação apenas mencionam os direitos dos residentes de Macau – não é para os não residentes. Explicámos-lhe o que está na lei”, indicou Kim Ka Kit, porta-voz do CPSP. O mesmo responsável disse ainda que os TNR podem expressar-se por outros meios. “Talvez se estes não residentes de Macau tiverem algum pedido podem contactar os consulados dos seus países para expressarem as suas opiniões”. O HM tentou obter uma reacção do consulado do Myanmar em Macau e Hong Kong, mas até ao fecho desta edição não foi obtida uma resposta. Esta semana o portal Macau Concelears noticiou a alegada detenção, no passado dia 14, de quatro TNR do Myanmar na zona dos três candeeiros. Segundo a notícia, as autoridades terão confiscado os documentos destes cidadãos, além de que estes seriam sujeitos a repatriamento assim que os voos comerciais voltassem à normalidade. No entanto, uma resposta do CPSP aos media afastou este cenário. “Depois de analisar as informações, [o CPSP] não deteve cidadãos do Myanmar na zona dos Três Candeeiros no dia 14 de Fevereiro”, lê-se. O porta-voz do CPSP disse à TDM Rádio Macau que um residente, de origem birmanesa, chegou a apresentar um pedido de aviso prévio de reunião para esta zona, pedido esse retirado mais tarde por sua iniciativa. Esse pedido seria para uma iniciativa a acontecer a 14 de Fevereiro, dia em que, segundo o CPSP, ocorreu apenas um encontro habitual de pessoas naturais do Myanmar. O CPSP voltou a frisar que ninguém foi detido nesse dia e que não havia cartazes no local. “A PSP não definiu o encontro que eles estavam a ter como uma reunião ou manifestação, por isso, só levámos a cabo uma acção regular de verificação do cartão de identificação”, afirmou Kim Ka Kit. Além deste pedido prévio feito por um residente, a 8 de Fevereiro, não houve mais pedidos formais de reunião ou manifestação feitos às autoridades. O que diz a Lei Básica A posição do CPSP parece divergir daquilo que a Lei Básica defende no que diz respeito ao direito de reunião e manifestação. No seu artigo 27, a mini-constituição da RAEM diz que os “residentes de Macau gozam da liberdade de expressão, de imprensa, de edição, de associação, de reunião, de desfile e de manifestação, bem como do direito e liberdade de organizar e participar em associações sindicais e em greves.” Logo a seguir, no artigo 43, é reiterado que “as pessoas que não sejam residentes de Macau, mas se encontrem na Região Administrativa Especial de Macau, gozam, em conformidade com a lei, dos direitos e liberdades dos residentes de Macau, previstos neste capítulo”. O golpe de estado no Myanmar, a 1 de Fevereiro, levou à detenção de Aung Sang Suu Kyi e outros dirigentes do partido que venceu as eleições de Novembro de 2020.
João Santos Filipe Manchete SociedadeCosta Nunes | Fundação Macau antecipa cortes e 15 empregos ficam em risco A instituição liderada por Wu Zhiliang disse aos deputados que há “falta de razoabilidade e justiça” nos subsídios atribuídos ao jardim de infância. Os possíveis cortes ameaçam empregos e Miguel de Senna Fernandes pede sensibilidade A Fundação Macau considera que como o Jardim de Infância D. José da Costa Nunes passou a integrar a rede de ensino gratuito que a atribuição de subsídios é uma “falta de razoabilidade e justiça”. A posição ameaça 15 postos de trabalho, segundo Miguel de Senna Fernandes, mas foi declarada pelo presidente da fundação, Wu Zhiliang, numa reunião com os deputados da Comissão de Acompanhamento para os Assuntos de Finanças Públicas. De acordo com o relatório de trabalhos da comissão liderada por Mak Soi Kun, revelado ontem, a questão sobre a legitimidade dos subsídios partiu dos deputados. E na resposta, a fundação afirmou que situação é injusta e abriu a porta para parar o financiamento. “Segundo os representantes da Fundação Macau, como esta nunca concedeu qualquer apoio financeiro às escola integradas na rede de ensino gratuito e, neste momento, o Jardim Infância D. José da Costa Nunes já faz parte das escolas integradas na rede, se continuar a ser subsidiado pela Fundação Macau, haverá falta de razoabilidade”, foi explicado, segundo a versão que da Assembleia Legislativa, sobre a reunião. O documento não nomeia os deputados que questionaram o financiamento ao Costa Nunes. A comissão conta com pelo menos três deputados apoiados por associações que têm escolas integradas na rede de ensino gratuito. Por exemplo, Wong Kit Cheng está ligada à Associação das Mulheres, assim como Chan Hong, cuja associação gere a Escola da Associação Geral das Mulheres de Macau. No caso de Chan, além da ligação à associação, a deputada é ainda vice-directora da Escola Secundária Hou Kong, também esta integrada da rede. Da comissão faz ainda parte Leong Sun Iok, apoiado pela Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM), responsável pela Escola Secundária Técnico-Profissional da Federação da FAOM. Empregos em risco No último ano, segundo o boletim oficial e com diferentes justificações, a Fundação Macau entregou 1,52 milhões de patacas em subsídios ao D. José da Costa Nunes ou à Associação Promotora da Instrução dos Macaenses (APIM) para despesas relacionadas com o jardim de infância, gerido pela instituição. Ao HM, o presidente da APIM, Miguel de Senna Fernandes, garantiu que ainda não houve nenhuma comunicação oficial sobre o corte dos subsídios. No entanto, o presidente da APIM apelou a que haja sensibilidade para a situação da escola, uma vez que os subsídios da Fundação Macau garante o emprego de cerca de 15 auxiliares e serventes. “Como o jardim de infância entrou na rede já estávamos à espera que não houvesse apoios no que respeita aos vencimentos das educadores, porque o dinheiro passa a vir dos Serviços de Educação”, admitiu Miguel de Senna Fernandes. “Mas a estrutura do jardim de infância, e quando temos em conta o pessoal ao serviço da instituição, ainda são necessários apoios para garantir os salários de auxiliares e serventes. Há um determinados número de pessoas que não está abrangido pelos apoios da rede, para o qual o financiamento dos Serviços de Educação não dá resposta, mas que é essencial para o funcionamento e para a qualidade do ensino”, indicou. “Para que estas pessoas continuem a trabalhar no jardim de infância é necessário que haja um apoio neste sentido, ou então vamos enfrentar várias dificuldades se a Fundação Macau decidir cortar”, frisou. Questão de sensibilidade Face ao cenário apresentado aos deputados, e que ainda não foi confirmado oficialmente, o presidente da associação admite que não está em posição de fazer exigências, mas apela à compreensão a bem da qualidade da educação na instituição. “Se tivermos de despedir pessoal, toda a escola vai se afectada. Espero bem que a Fundação Macau não vá proceder, ou pelo menos, que não prejudique esta gente de um apoio para os seus vencimentos”, apelou. “Este pessoal é fundamental para o que tem sido feito no Costa Nunes e tem sido feito sempre assim. São duas categorias profissionais que foram sempre respeitadas no Costa Nunes”, acrescentou. O presidente da APIM recordou também que a escola tem tido um modelo de funcionamento e que este seria gravemente prejudicado, no caso de cortes cegos. “Só espero que a Fundação Macau ao debruçar-se sobre os apoios financeiros na parte do funcionamento das instituições não vá cortar cerce como tem sido feito em relação a outras entidades. Espero que tenham em conta a particularidade destas categorias profissionais”, desabafou.
Salomé Fernandes SociedadeConsultora sugere a empresas para reavaliarem relação com junkets de Macau No seguimento do inquérito australiano à empresa Crown Resorts Limited, a consultora Steve Vickers and Associates (SVA) recomenda que as empresas reexaminem as suas relações com junkets. “Muitas empresas de jogo têm até agora contado com os junkets de Macau para encontrar jogadores VIP e, nalguns casos, têm minimizado os riscos de lidar indirectamente com as tríades ao fazê-lo”, diz a SVA em comunicado, acrescentando que as empresas “devem mudar de rumo e que devem actualizar as avaliações de devida diligência junto dos parceiros de junkets”. A consultora entende que a Crown Resorts interpretou mal a determinação do Governo chinês em agir contra a promoção do jogo, e que falhou por não dar resposta a “sinais claros”, nomeadamente uma vontade de Pequim em reduzir preocupações sobre a integridade do capital da China. As sugestões para as empresas também incluem o fortalecimento de mecanismos contra lavagem de dinheiro e controlo de conformidade, e uma análise à exposição dos negócios e mudanças abruptas no mercado. Além casinos No entanto, a SVA defende que as mensagens retiradas da situação não se aplicam apenas a casinos. “Os casinos de Macau há muito que funcionam como a peça central de um ecossistema financeiro alargado”, observou, acrescentando que são também vulneráveis outras áreas comerciais e financeiras. Como exemplo deu o imobiliário, hotéis e negócios de lazer, em que muitas empresas beneficiaram com o crescimento do jogo em Macau, apesar de estarem a sofrer com o impacto da pandemia. E também “outras empresas ligadas aos interesses dos maiores junkets, sejam elas em corridas, iates ou entretenimento”. O aumento dos riscos políticos nos últimos anos foi outro ponto de foco no comunicado. A análise da SVA aponta mais tensões geopolíticas, quebras de receitas do jogo em Macau, considerando que a situação actual pode colocar desafios às concessionárias de jogo estrangeiras. Com a aproximação do fim das concessões, é apontado que as operadoras de jogo americanos que não têm ligações próximas à administração do novo presidente dos EUA estão particularmente expostas.
Andreia Sofia Silva SociedadeTurismo | Janeiro com quebra de 15,6% de visitantes face a Dezembro Macau recebeu menos visitantes em Janeiro por comparação ao mês de Dezembro, apontam dados da Direcção dos Serviços de Estatística e Censos ontem divulgados. No mês passado entraram em Macau 556.765 visitantes, menos 15,6 por cento face a Dezembro e menos 80,5 por cento em termos anuais. Do total de visitantes que entraram no território em Janeiro, os números de excursionistas e de turistas foram de 287.818 e 268.947, respectivamente. Os visitantes oriundos do interior da China foram 496.157, menos 76,7 por cento em termos anuais, sendo que destes 174.554 tinham vistos individuais. O número de visitantes oriundos das nove cidades do Delta do Rio das Pérolas da Grande Baía totalizou 304.584, dos quais 153.345 (50,3 por cento do total) eram originários de Zhuhai. Os números de visitantes de Hong Kong e de Taiwan corresponderam a 50.379 e 10.212, respectivamente. Quanto à via de entrada em Macau, chegaram por via terrestre 518.916 visitantes, menos 76,1 por cento em termos anuais no mês de Janeiro, dos quais 432.496 entraram pelas Portas do Cerco. Quanto à via aérea e à via marítima, chegaram 23.930 e 13.919 visitantes, respectivamente.
Hoje Macau SociedadeJogo | Receitas de 2020 da SJM sofreram queda de 78% A Sociedade de Jogos de Macau (SJM) fechou o ano passado com perdas de três mil milhões de dólares de Hong Kong. A empresa teve uma receita líquida dos jogos de 7,3 mil milhões de dólares de Hong Kong, o que representa uma descida de 78 por cento face a 2019. No comunicado com os resultados anuais, a SJM Holdings explica que o Grupo sofreu de forma “severa” com o impacto da pandemia de covid-19, que levou ao fecho dos casinos em Macau por 15 dias em Fevereiro, e que levou a medidas de prevenção que ainda se mantêm, como restrições fronteiriças e nos canais de transporte, bem como requerimentos de quarentena. O EBITDA ajustado do grupo, que se refere aos resultados antes de impostos, juros, depreciações e amortizações, foi negativo em mais de dois milhões de dólares de Hong Kong, representando uma descida de 149,6 por cento comparativamente ao ano anterior. O documento aponta que os resultados da SJM representaram 14,1 por cento da receita bruta do jogo de Macau, incluindo 19,7 por cento do mercado de massas e oito por cento das receitas do jogo VIP. “Apesar de os resultados da SJM para todo o ano de 2020 reflectirem a redução severa das viagens e turismo causada pela pandemia de covid-19, estamos encorajados por ver o início da recuperação a partir do quarto trimestre”, disse Ambrose So, CEO da SJM Holdings Limited citado em comunicado. Na mesma nota, a SJM refere que a taxa de ocupação do Grand Lisboa Hotel desceu 76 por cento para 17,9 por cento. É indicado que a construção do Grand Lisboa Palace, cuja abertura foi adiada para a primeira metade deste ano, foi concluída e o projecto está a passar pelas inspecções finais das autoridades.
João Luz SociedadeJogo | Acções das operadoras valorizam com levantamento de quarentenas A maioria das acções das operadoras de jogo de Macau registaram ontem subidas na casa dos dois dígitos, depois de revogada a obrigação de cumprir quarentena para quem vem do interior da China. Também as receitas brutas dos últimos dias do Ano Novo Chinês motivam optimismo no sector “Todos os indivíduos que nos 14 dias anteriores à entrada em Macau tenham estado no Interior da China não necessitam de ser submetidos a observação médica ou a autogestão de saúde.” A declaração do Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus, emitida na noite de segunda-feira, pôs termo às últimas quarentenas obrigatórias, uma notícia muito bem recebida pela indústria do jogo, em particular no mercado bolsista. A agência Bloomberg avançou ontem que os títulos da Sands China valorizaram 10 por cento, registo que não se verificava desde Dezembro de 2018. Entra as concessionárias do sector, a Galaxy Entertainment Group foi a que teve ontem os melhores resultados, com as acções do grupo a subirem 12 por cento. Os títulos da Wynn Macau, Melco International Development e MGM China Holdings valorizaram 9 por cento. Com o plano de vacinação em curso e o levantamento das imposições de quarentena para quem chega da China, o sector começa a mostrar alguns sinais de optimismo. “O desanuviamento das quarentenas entre Macau e o interior da China transmite confiança à indústria do jogo e é um sinal de que as operações vão melhorar. Agora, temos de ver como as autoridades chinesas vão actuar em relação ao jogo no exterior e se isso vai afectar Macau”, comentou a analista da Bloomberg Intelligence Angela Hanlee. Sprint na recta da meta Um dos bons indicadores da retoma do sector foi dado nos últimos dias da semana do Ano Novo Chinês. As consultoras Sanford C. Bernstein e JP Morgan emitiram notas no início da semana a referir que receitas brutas registaram sinais positivos. “A procura no final do Ano Novo Chinês foi muito boa. Com base nas nossas análises, estimamos que as receitas brutas nos primeiros 21 dias de Fevereiro sejam na ordem dos 5,8 mil milhões de patacas, cerca de 276 milhões por dia, contra montantes diários entre 250 e 260 milhões de patacas nos meses anteriores”, apontam DS Kim e Derek Choi da JP Morgan, citados pelo portal GGRAsia. Os analistas acrescentam que a melhoria dos resultados se deve, particularmente, à terceira semana de Fevereiro, quando se estima que as receitas brutas tenham crescido para 466 milhões de patacas por dia, resultados que são quase o dobro das receitas brutas das duas primeiras semanas.
João Santos Filipe Manchete SociedadeInvestigador ligado a Macau associado a fraude em artigos científicos Daming Li, investigador associado da Universidade Cidade de Macau, é co-autor de dois artigos científicos que foram “assinados” com David Cox. Contudo, o investigador do MIT afirma que o nome foi utilizado de forma indevida Um investigador associado da Universidade Cidade de Macau, Daming Li, está a ser envolvido num caso de fraude académica, em que o nome de um professor do Massachusetts Institute of Technology (MIT) foi utilizado de forma indevida. A situação foi relatada ontem pelo jornal Macau Daily Times, com base num artigo da revista americana Wired. Em causa estão pelo menos dois artigos científicos intitulados A FCM Cluster: cloud networking model for intelligent transportation in the city of Macau, de Outubro de 2017, e Mobile network intrusion detection for IoT system based on transfer learning algorithm, de Janeiro de 2018, em que David Cox surge como co-autor. Além de Cox, os trabalhos eram igualmente assinados por outros autores como Li e Xiang Yao, apresentado como representante da empresa Zhuhai Da Hengqin Science and Technology Development. Segundo a Wired, Cox só descobriu que o seu nome estava ser utilizado de forma indevida através de uma aplicação online que permite pesquisar todos os trabalhos assinados por um autor de forma automática. Mas não era só o nome, também a fotografia de Cox surgia com os artigos. “Acabei de descobrir que o meu nome surge como autor em dois artigos científicos (publicados na revista Springer Nature), mas tenho a certeza que não contribui para os trabalhos. Os restantes autores identificados são pessoas chinesas que não conheço de lado nenhum”, escreveu Cox, num twitter publicado em Dezembro de 2020. “Sinto-me quase violado… É uma destas revistas científicas que apresenta fotografias dos autores no final, onde eu apareço… Tudo isto é nojento”, acrescentou. Apesar das queixas de Cox, que é o dirigente do laboratório especializado em inteligência artificial MIT-IBM, os artigos só foram removidos após a ameaça que o caso ia para os tribunais. Esta postura da Springer Nature fez com que o académica se sentisse desiludido. Ideias partilhadas Segundo as explicações da revista Springer Nature, para que uma pessoa seja identificada como autora de um trabalho é necessário e enviar um email com os seus dados pessoais. A publicação diz que recebeu o email de um domínio Hotmail, que Cox nega utilizar. Após ter sido tornado público o caso, o blog RetractionWach, especializado no mundo académico, entrou em contactou com Daming Li. O académico com ligações a Macau recusou ter tido responsabilidade no facto do nome de Cox surgir nos artigos e explicou que tal se tinha ficado a dever a Xiang Yao. Segundo Li, o homem ligado à empresa de Zhuhai disse-lhe que tinha trocado ideias com Cox sobre os temas dos artigos e que por isso tinha decidido que era justo que o académico do MIT fosse identificado como autor. Li disse ainda que Xiang já tinha sido despedido dos institutos de pesquisa em que estava envolvido. Segundo o portal ScienceDirect, Daming Li doutorou-se em 2014 na Universidade Cidade de Macau e além de ser investigador associado da instituição de Macau é também investigador no Centro de Pesquisa da China (Hengqin) Zona de Comércio Livre e Centro de Informação da Noa Área de Hengqin.
João Santos Filipe Manchete SociedadeTufões | Académicos apontam para novos desafios devido a alterações no clima Um estudo que contou com académicos da Cidade Universidade de Macau e do Instituto de Formação Turística defende a aposta em ferramentas de simulação virtual de tufões face à crescente intensidade deste fenómeno natural Face ao aumento da intensidade dos tufões nos últimos 10 anos é necessário apostar em sistemas de simulação de cheias e promover uma maior educação para os perigos do aumento da intensidade. São estas as conclusões do estudo “Pesquisa na Ásia de Ciclones Tropicais: Hong Kong e Macau”, que abordou a intensidade crescente dos tufões e que contou com a participação de académicos da Cidade Universidade de Macau e do Instituto de Formação Turística, Gavin Chau e Guan Jieqi, respectivamente. Publicado no Journal of Physics, o documento aponta que nos últimos 20 anos, o clima extremo tem levado a que haja um aumento da intensidade dos tufões e dos danos causados em Macau e Hong Kong. As alterações resultaram em 12 mortes em Macau e 10 mil milhões de dólares americanos em prejuízos nas duas regiões administrativas especiais, como é exemplificado através dos tufões Hato e Mangkhut, de 2017 e 2018, respectivamente. Os académicos notam igualmente que com base nos dados dos últimos anos, as pequenas tempestades tropicais são cada vez mais fortes: “A pesquisa mostra que uma das consequências das mudanças extremas do clima passa pela transformação no século XXI dos ciclones tropicais mais fracos em super tufões. Os impactos e os riscos da subida do nível das águas, erosão e das cheias ficaram assim mais óbvios”, é indicado. “Além do mais, os tufões que ocorreram depois de 2000 causaram um número significante de mortes e resultaram num aumento substancial dos danos. Porém, estas mortes e os danos também podem ser explicados com o crescimento rápido da população e da riqueza nas áreas costeiras”, é ressalvado. Novos padrões No que diz respeito às mudanças promovidas pelo clima, o estudo indica que os caminhos percorridos pelos tufões tem sofrido alterações face ao passado, que há uma intensidade maior e que as chuvas violentas são cada vez mais as norma, após a passagem de um tufão. Os académicos apontam também que os pontos de passagem e aterragem dos tufões são propícios aos maiores danos e prejuízos. É neste cenário “novo” que os autores do estudos defendem a necessidade não só de educar a população para os perigos dos tufões, mas também de apostar em sistemas de simulação para compreender melhor e prever as potenciais consequências. “O enriquecimento da compreensão humana sobre as cheias é fundamental, uma vez que se este conhecimento seria impossível gerir de forma adequada os danos extremos negativos gerados pelas grandes cheias”, é sublinhado. “Este estudo recomenda que sejam desenvolvidas tecnologias inovadoras (como por exemplo ferramentas para simular a realidade de forma virtual) e ainda programas educação, de forma a aumentar o conhecimento da população sobre as alterações climáticas, mas também para haver uma maior compreensão e capacidade de previsão sobre as potenciais consequências dos tufões”, é concluído.
Hoje Macau SociedadePelo menos 1,6 milhões de oriundos de Macau e luso-asiáticos espalhados pelo mundo A diáspora oriunda de Macau e luso-asiática, que mantém viva “uma cultura única”, é composta por 1,6 milhões de pessoas, disse à Lusa Roy Eric Xavier, director do Projecto de Estudos Portugueses e Macaenses na Universidade de Berkeley. “Fiz estudos e pesquisas populacionais e colaborei com vários genealogistas e demógrafos e determinámos que há pelo menos 1,6 milhões de macaenses e luso-asiáticos espalhados pelo mundo, que olham para Macau como a pátria cultural”, afirmou o investigador. “É uma cultura única, com elementos específicos”, caracterizou Xavier, indicando que um dos motivos pelos quais a diáspora macaense se mantém activa é não só a acção das Casas de Macau, mas também a dinâmica dos fóruns, websites e páginas nas redes sociais. O luso-asiático, que publicou recentemente o livro “The Macanese Chronicles: A History of Luso-Asians in a Global Economy”, referiu que “as organizações tendem a incubar e proteger a cultura”. No entanto, Roy Eric Xavier avisou para a necessidade de uma acção concertada mais activa para cativar os jovens. “As associações que é suposto atraírem a diáspora macaense não estão a fazer o seu trabalho”, considerou. “Têm um acordo com a China para cativar as novas gerações e manter as ligações culturais e potencialmente trabalhar em mais conexões de negócio, mas não têm ido atrás dos membros mais jovens, que são muito mais experientes em tecnologia”. “Não tem havido incentivos para irem atrás de novos mercados”, considerou, sublinhando que algumas organizações “têm sido mais bem-sucedidas que outras”. Mudança de pele Segundo o investigador, que nasceu na comunidade oriunda de Macau em Hong Kong e depois se mudou para os Estados Unidos, começa a haver um desligamento das novas gerações. “Não acho que seja permanente, mas penso que há uma ruptura entre a velha guarda e a nova guarda que está a surgir”, apontou. “Entre a velha guarda, há uma suspeita de que as gerações mais novas não têm a afiliação nem o sentido de história que deviam ter”. Essa é uma das razões pelas quais publicou o livro que abarca oito anos de investigação e muitas entrevistas e faz um retrato da história de Macau, com destaque para o seu papel económico. “É para que as pessoas compreendam a sua história, dentro e fora de Macau”, afirmou. “Não é apenas para macaenses, mas para muita gente que quer compreender como esta região se desenvolveu e que oportunidades potenciais lá existem”.
Salomé Fernandes Manchete SociedadeCovid-19 | Residentes vacinados destacaram segurança como motivação Decorreu sem acidentes o primeiro dia da vacinação geral contra a covid-19 para residentes da RAEM. Alguns dos cidadãos frisaram que se inscreveram por motivos de segurança. O coordenador do plano de vacinação indicou que há cerca de mil novas marcações por dia Não havia fila quando ontem de manhã o Centro de Saúde da Areia Preta iniciou a vacinação contra a covid-19 para residentes. Chan, de 59 anos, foi um dos residentes que se inscreveu para receber a vacina ontem. Quis ser vacinado para se sentir protegido. “É uma segurança para mim. Os meus filhos apoiam a vacinação e pedi ao meu filho para me ajudar com a marcação”, descreveu na zona de observação do centro de saúde. Pouco depois de ter levado a primeira dose da vacina e assegurando que não teve reacções adversas, tinha já pedido ao filho para marcar a segunda, que deverá tomar dentro de um mês. “A vacinação foi como uma injecção normal e as enfermeiras explicaram bem [o processo] e perguntaram se tinha febre ou outros reacções alérgicas. O processo foi rápido e não ultrapassou cinco minutos. Quem não estiver atento nem repara que a injecção já terminou”, descreveu Chan. Lou, funcionária num casino, olha para a vacinação como uma forma de cuidar de si e dos outros. “É por segurança. Não só sou responsável por mim, mas também pela sociedade. Como a vacina foi feita pela China, quando as vacinas ficaram disponíveis, fiz de imediato marcação”, descreveu aos jornalistas. Tai Wa Ho, coordenador do plano de vacinação contra a covid-19, disse que 15 mil residentes tinham feito marcação para a vacinação, tendo já sido vacinadas 3.700 que integram o grupo prioritário. O responsável estimava que seriam vacinadas nos próximos dias mais de três mil pessoas. Para hoje, recordava-se de existirem cerca de 1.000 marcações. “O volume aumenta por segundo, diariamente há mais de mil marcações”, descreveu. Actualmente, está apenas disponível a vacina da farmacêutica Sinopharm. Avaliação à chegada O coordenador indicou que a vacina da Sinopharm é sugerida para pessoas com idades entre 18 anos a 60 anos, mas quem tem idade superior também pode ser vacinado, se for saudável, não tiver doenças agudas e após avaliação de saúde. “Para já, vários indivíduos com mais de 60 anos marcaram a vacinação, incluindo funcionários da linha frente e residentes. Fazerem a marcação com sucesso na internet não significa que serão vacinados, é precisa uma avaliação de saúde quando chegam ao posto”, observou Tai Wai Ho. Os residentes com mais de 60 anos são sujeitos a uma avaliação mais pormenorizada. “Se tiverem febre ou hipertensão no dia de vacinação, não recomendamos a injecção naquele momento e pedimos para regressarem ao posto mais tarde”, notou o coordenador da vacinação. Outra residente que se deslocou ontem ao centro de saúde para ser vacinada foi Au. A mulher de quase 60 anos não se mostrou receosa. “A vacinação é necessária, porque sou funcionária da linha frente, sou zeladora de uma escola e contacto com muitos alunos”, disse. Au acrescentou que não teve dores e que não tinha muitas pessoas à frente porque chegou cedo, tendo contado com a ajuda dos colegas para fazer marcação online para as oito e meia da manhã. Tai Wa Ho indicou que a maioria das pessoas escolheu ser vacinada no Centro de Saúde da Areia Preta, porque ser a zona de maior densidade populacional, mas garantiu que os Serviços de Saúde oferecem vagas suficientes e que se houver necessidade no futuro serão aumentadas. Como forma de prevenção, os utentes ficam sob observação na meia hora seguinte à vacinação. “Para já não recebemos denúncias dos governadores e do Chefe do Executivo sobre reacções adversas”, disse. Sem efeitos secundários severos Durante a manhã de ontem foram vacinadas mais de mil pessoas, nos diversos postos da cidade, de entre um total de 2.600 marcações feitas para o dia de arranque da vacinação para residentes em geral. “Até ao meio dia, já 1.200 [pessoas] receberam vacina sem qualquer problema. Claro que um ou outro efeito secundário, como fadiga ou dores no local de injecção, mas não há nenhum caso severo que precise de acompanhamento”, referiu Alvis Lo Iek Long, da direcção do Centro Hospitalar Conde de São Januário, em conferência de imprensa. As autoridades de saúde indicaram que mediante necessidade da população, quando o processo de vacinação “amadurecer”, poderão ser acrescentados postos. Ainda não há data para a 3ª fase de vacinação, dirigida a trabalhadores não residentes e estudantes de fora. Alvis Lo Iek Long disse que é preciso ponderar “a situação da vacinação dos residentes locais” antes de avançar para a próxima fase. Actualmente não há indicações no sentido de que a vacinação possa substituir algumas medidas de passagem fronteiriça. “Estamos em discussão com as autoridades do Interior da China, estamos atentos à situação dessas regiões. Vamos discutir se há esta possibilidade, mas até este momento ainda não há um plano concreto, depende da viabilidade dos pontos de vista entre as partes”, descreveu o médico.
Hoje Macau SociedadeTurismo | Despesa de visitantes com queda de mais de 80% A despesa total dos visitantes, em 2020, sofreu uma quebra de 81,4 por cento, tendo-se cifrado nas 11,94 mil milhões de patacas, apontam dados da Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) ontem divulgados. Os números anuais devem-se ao facto de o número de visitantes ter sofrido também uma queda de 85 por cento. A DSEC adianta ainda que a despesa total dos turistas foi de 9,79 mil milhões de patacas, enquanto que a despesa dos excursionistas correspondeu a 2,15 mil milhões de patacas, menos 80,4 e 84,8 por cento. O ano passado a despesa per capita dos visitantes foi de 2.025 patacas, mais 24,5 por cento face a 2019. A despesa per capita dos visitantes do Interior da China (2.252 patacas), a dos visitantes de Hong Kong (995 patacas) e a dos visitantes de Taiwan (1.378 patacas) cresceram 22,8, 4,3 e 0,1 por cento, respectivamente, em termos anuais. Já a despesa per capita dos turistas (3.468 Patacas) e a dos excursionistas (700 patacas) ascenderam 29,3 e 3 por cento respectivamente, em relação às do ano 2019. A despesa per capita dos visitantes em compras foi de 1.122 Patacas, subindo 51,1 por cento. Analisando por principal motivo da visita a Macau, a despesa per capita dos visitantes que vieram passar férias (3.376 patacas) subiu 48,8 por cento, em termos anuais. No entanto, a despesa per capita dos que vieram participar em convenções/exposições (3.117 patacas) diminuiu 17,6 por cento.
Andreia Sofia Silva SociedadeJogo | Galaxy faz acordo com China State Construction para quarta fase no Cotai A concessionária Galaxy adjudicou à China Construction Engineering (Macau) Co Ltd, uma subsidiária da China State Construction, a quarta fase da construção do empreendimento no Cotai. O acordo tem o valor de 13.01 mil milhões de patacas e está previsto que as obras terminem dentro de três anos A Galaxy anunciou este domingo, em comunicado à bolsa de valores de Hong Kong, um acordo com a subsidiária em Macau da China State Construction, a China Construction Engineering (Macau) Co Ltd, para a construção da quarta fase do empreendimento Galaxy Macau, no Cotai. Segundo o portal GGRAsia, o acordo tem o valor de 13.01 mil milhões de patacas, sendo que a obra deverá ter a duração de 1,053 dias, ou três anos, até estar concluída. A Galaxy não informou a data precisa do arranque das obras, tendo adiantado apenas que estas deverão começar “nos sete dias do calendário depois da emissão do projecto de arquitectura”. O acordo prevê ainda um bónus no valor de 245 milhões de patacas para “garantir o devido desempenho da China Construction nos serviços relevantes no contrato”, adiantou a Galaxy. A construção das fases três e quatro do resort Galaxy, no Cotai, foi anunciada em 2017 por Francis Lui Yiu Tong, vice-presidente da concessionária. A empresa mostrava-se disposta a investir qualquer coisa como 43 mil milhões de dólares de Hong Kong nas duas fases do empreendimento. Prevê-se que a fase 4 do Galaxy no Cotai tenha como público-alvo as famílias e os clientes de classe média. Investir antes da mudança O acordo selado para a fase 4 do empreendimento no Cotai surge numa altura em que a renovação das licenças de jogo está prestes a ser uma realidade. A licença de jogo atribuída à Galaxy Entertainment Macau expira em Junho de 2022, juntamente com as restantes cinco licenças. Até ao momento o Executivo ainda não deu certezas do que pretende fazer sobre este dossier, havendo a possibilidade de realizar um novo concurso público ou prolongar as actuais licenças até um prazo máximo de cinco anos. Num outro comunicado enviado à bolsa de valores de Hong Kong, a 10 de Novembro, a operadora de jogo admitiu que a pandemia da covid-19 poderia trazer um impacto negativo à construção das fases 3 e 4 do Cotai. Para já, espera-se que a fase 3 do projecto esteja concluída no segundo semestre deste ano, prevendo-se a oferta de 1500 quartos de hotel, alguns espaços de jogo, uma arena de espectáculos com 16 mil lugares e ainda uma extensa área destinada a exposições e convenções. No terceiro trimestre do ano passado, as receitas da Galaxy registaram um crescimento de 30 por cento face ao trimestre anterior, tendo, no entanto, apresentado prejuízos de 943 milhões de dólares de Hong Kong. Nessa altura, a empresa disse estar disposta a continuar a investir não apenas em Macau mas também no Japão.