Pedro Arede SociedadeCovid-19 | Estudante oriunda do Reino Unido é o 56.º caso Uma residente de 21 anos de idade que chegou a Macau vinda do Reino Unido na quarta-feira, foi diagnosticada com covid-19 tendo sido classificado como o 56º caso confirmado no território (caso importado). Segundo uma nota divulgada ontem pelo Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus, a paciente encontrava-se a estudar no Reino Unido, onde tinha sido entretanto inoculada com a primeira dose da vacina contra a covid-19 produzida pela farmacêutica Moderna. O Centro de Coordenação dá ainda nota para o facto de o teste de ácido nucleico realizado no dia 18 de Julho no Reino Unido ter sido negativo. No dia seguinte, a residente de Macau seguiu viagem para Singapura no vôo da Singapore Airlines SQ319, tendo ocupado o assento 42A. Após efectuar escala em Singapura, a estudante rumou por fim a Macau através do vôo da Scoot TR904, onde viajou no assento 23F. Também ontem, tendo em conta a evolução epidemiológica da Cidade de Nanjing da Província de Jiangsu, o Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus anunciou que todos os indivíduos que nos 14 dias anteriores à entrada em Macau que tenham estado no Subdistrito de Lukou passam a estar sujeitos a quarentena obrigatória em locais a designar, aquando da sua chegada a Macau. A medida entrou em vigor às 9h00 de ontem.
Hoje Macau SociedadeSands China com prejuízo de 166 milhões de dólares no 2.º trimestre A operadora de jogo Sands China em Macau anunciou ontem um prejuízo de 166 milhões de dólares no segundo trimestre deste ano. Em comunicado, a Sands China indicou que as receitas aumentaram, em termos anuais, para 849 milhões de dólares comparativamente aos 40 milhões de dólares registados no segundo trimestre do ano passado, quando o impacto da pandemia da covid-19 foi mais sentido em Macau. O EBITDA (lucros antes de impostos, juros, amortizações e depreciações) foi, no segundo trimestre, de 132 milhões de dólares. No segundo trimestre de 2020, o EBITDA registou perdas de 312 milhões de dólares, referiu o grupo na mesma nota. O impacto da pandemia da covid-19 continua “a prejudicar o desempenho financeiro” do grupo, que “continua confiante na eventual recuperação em termos de viagens e de turismo”, sobretudo em Macau e em Singapura, afirmou o presidente e director-executivo da Las Vegas Sands, a empresa norte-americana que detém a maioria do capital da Sands China, Robert G. Goldstein. No início de Março, a operadora de jogo Las Vegas Sands anunciou a venda de propriedades no valor de cerca de 5,19 mil milhões de euros, incluído o icónico The Venetian Resort Las Vegas, para se focar em Macau. Casinos solidários As operadoras do jogo em Macau anunciaram ontem a doação de 10 milhões de patacas, cada uma, para Zhengzhou, capital da província Henan, onde as inundações causaram já 33 mortos. A Sands China, MGM China, Wynn, Galaxy, Melco e, na quarta-feira, a Sociedade de Jogos de Macau (SJM), indicaram que o objectivo destas doações é apoiar os esforços de reconstrução das zonas afectadas pelas inundações. As seis operadoras lamentaram as vítimas registadas e disseram que as doações foram feitas em “coordenação com o Gabinete de Ligação do Governo Central” da China em Macau. As inundações no centro da China fizeram pelo menos 33 mortos e oito desaparecidos, de acordo com os dados mais recentes difundidos pela televisão estatal chinesa CCTV. As chuvas mais intensas dos últimos 60 anos na cidade de Zhengzhou deixaram parte do sistema de metropolitano submerso e transformaram estradas em canais, com rápido fluxo de água.
Andreia Sofia Silva Manchete SociedadeEPM | Manuel Machado toma hoje posse como director até 2024 Manuel Machado, director da Escola Portuguesa de Macau desde 2013, toma hoje posse para um novo mandato de quatro anos. José Sales Marques destaca os bons resultados nos rankings escolares, mas a associação de pais gostaria de ver uma mudança Presidente da direcção da Escola Portuguesa de Macau (EPM) desde 2013, ano em que substituiu Edith Silva, Manuel Machado toma hoje posse para um novo mandato como director até 2024. A tomada de posse acontece na biblioteca da escola às 18h30, tendo sido enviados convites para alguns membros da comunidade escolar por parte do conselho de administração da Fundação da EPM (FEPM). Em declarações ao HM, José Sales Marques, administrador e porta-voz da FEPM, destaca os bons resultados escolares que a instituição de ensino de matriz portuguesa tem tido nos últimos anos. “O Dr. Machado e a sua equipa procurou sempre fazer o melhor possível para garantir que a EPM continuasse a oferecer um ensino de qualidade, mesmo em circunstâncias difíceis, o que tem conseguido e com muito mérito”, apontou. Sales Marques dá como exemplo o “ranking anual da EPM, no contexto das escolas portuguesas no estrangeiro, mantendo-se nos lugares cimeiros, ou ocupando até o primeiro lugar”. “O mesmo se pode dizer quanto ao bom desempenho nos resultados do PISA para Macau, que como se sabe são avaliações conduzidas pela OCDE”, acrescentou ainda. Desta forma, José Sales Marques considera que “a nomeação do Dr. Manuel Machado para director da EPM é uma consequência natural dos resultados acima indicados e da sua vontade, que muito apreciamos, de continuar a servir a EPM e o ensino em Macau”. Mudança, precisa-se Esta opinião não é partilhada pela Associação de Pais da EPM. Filipe Regêncio Figueiredo, presidente, defende uma mudança, uma vez que é “a favor da limitação de mandatos no exercício de quaisquer cargos”, algo que “promove a transparência e força a mudança, independentemente das qualidades e competências de quem ocupa os cargos”. “É uma grande tentação pretender enfrentar os desafios do futuro com as respostas do passado, por muito boas que elas tenham sido. A EPM, graças ao seu corpo docente, é uma boa escola, mas quem a dirige e lidera o corpo docente não se pode eternizar, sob o risco de a escola ficar parada no tempo, principalmente quando as mudanças na comunidade educativa saltam à vista”, frisou ainda. À luz do novo estatuto das escolas particulares do ensino não superior, que entra em vigor a 1 de Setembro, Filipe Regêncio Figueiredo lamenta que a FEPM “não se tenha adiantado e aproveitado para fazer uma nomeação ou recondução de acordo com as novas regras”, apesar de as propostas de gestão já terem sido entregues junto da Direcção dos Serviços de Educação e Desenvolvimento da Juventude (DSEDJ). O diploma estabelece que pais e docentes passam a fazer parte do conselho de administração da escola, que tem como competências nomear o director. Tal iria permitir “uma discussão mais alargada” mas, no entanto, “manteve-se a direcção nomeada em funções após o início do funcionamento dos novos órgãos”. Filipe Regêncio Figueiredo apontou ainda que a FEPM “não pode pôr-se à margem, demarcar-se e alegar desconhecer o que se passa na EPM, como o fez diversas vezes em reuniões com a APEP, uma vez que apoia o status quo existente”.
Hoje Macau SociedadeAutocarros | Novos horários e carreiras em Agosto A Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT) anunciou ontem que os horários de algumas carreiras de autocarros serão ajustados já a partir do próximo mês, a fim de “elevar a qualidade dos serviços e responder às necessidades de deslocação da população”. A proposta de ajustamento foi feita pelas duas empresas, a Transmac e a TCM, tendo em conta “os termos dos novos contratos”. Desta forma, a primeira fase de ajustamento arranca já a 7 de Agosto, e diz respeito à zona periférica do posto fronteiriço de Qingmao, uma vez que haverá “um aumento do volume de passageiros” após a sua entrada em funcionamento. Segundo um comunicado, “os percursos de várias carreiras de autocarros serão ajustados ou estendidos para abranger cinco paragens” nesta zona, pelo que passam a ser 16 o número de carreiras a circular. A segunda fase de ajustamento terá início dia 14 e engloba “ajustamentos sobre percursos e modelos de algumas carreiras de autocarros e o aumento do número de paragens, bem como a optimização da localização das mesmas”, sem esquecer “a alteração à disposição de algumas carreiras especiais com o prolongamento do horário de serviço”. A 18 de Agosto será acrescentada uma carreira especial, a 71S, que circulará entre a Universidade de Macau e a Praça de Ponte e Horta nas horas de ponta, de segunda a sexta-feira (excepto feriados). O objectivo é “dar resposta às necessidades de deslocação entre a zona da Praia do Manduco e o campus universitário”, explica a DSAT.
João Luz SociedadeTurismo | Retorno da média diária de 30 mil visitantes A Direcção dos Serviços de Turismo (DST) anunciou ontem que Macau voltou a receber uma média diária de 30 mil visitantes, algo que não acontecia desde desde 28 de Maio. Nos dias 16 e 17 de Julho (sexta-feira e sábado) entraram em Macau mais 33 mil e 32 mil visitantes, respectivamente. O Governo refere também que nos primeiros cinco meses do ano, o número de visitantes seguiu uma tendência de subida, fenómeno que se verificou igualmente na taxa de ocupação hoteleira, com particular destaque para a primeira metade do mês corrente. Entre 1 e 15 de Julho, a taxa de ocupação hoteleira atingiu 52,1 por cento, o que representou uma subida de 8,4 por cento em relação a Junho. Para esta estatística, a DST realça o contributo das excursões locais “Passeios, gastronomia e estadia para residentes de Macau”, que representou cerca de 38 mil hóspedes em hotéis. “O número de residentes que participam nas excursões durante as férias de Verão continua a subir, o que permite apoiar a recuperação da indústria turística e da economia local”, refere a DST.
João Luz SociedadeSSM | Anomalias informáticas levam a cancelamento de consultas e vacinas Falhas no sistema de marcação levaram ao cancelamento de consultas externas ontem de manhã no Centro Hospitalar Conde de São Januário (CHCSJ) e em todos os centros de saúde de Macau, segundo informação veiculada pelos Serviços de Saúde (SSM) e relatos de utentes ouvidos pelo HM. As filas de utentes generalizaram-se no hospital público e afectaram inclusive os serviços de vacinação. Segundo um comunicado dos SSM, “a avaria foi causada por uma anormalidade desenvolvida na pesquisa dos dados de marcação de consultas externas, que tornou muito lento o processo de consulta dos dados no sistema. Após a intervenção técnica o sistema voltou ao funcionamento normal por volta da 13h”. Os serviços liderados por Alvis Lo Iek Long garantem que durante o incidente não houve perda de dados e que foi activado “um plano de contingência para lidar com os diversos serviços afectados”. O caso foi relatado ao HM por um utente, que preferiu não se identificar, que acorreu ao Hospital São Januário antes das 11h, onde encontrou uma atmosfera de confusão. Face ao panorama, dirigiu-se para o piso onde em condições normais se daria a consulta. Pelo caminho, até à zona dos elevadores, formavam-se filas “com cerca de 30 pessoas, amontoadas, sem distanciamento social. “Disseram-me que o sistema tinha caído, que não há hipóteses de hoje [ontem] haver consultas e que iria receber uma mensagem no telefone com a marcação para outro dia”, contou. Até ao fecho da edição, a fonte do HM ainda não tinha recebido qualquer mensagem. Remediar as falhas Ainda segundo as autoridades de saúde, quem teve a vacinação contra a covid-19 cancelada pode dirigir-se ao local da marcação original nos próximos quatro dias, com o talão de marcação original, para ser inoculado sem necessidade de nova marcação. Quanto ao serviço de consultas externas no CHCSJ, os SSM garantem que os utentes afectados serão informados das novas marcações nos próximos quatro dias úteis através de telefone ou mensagem. O mesmo esquema será utilizado para os centros e postos de saúde. Até ao fecho da edição, às autoridades de saúde não revelaram ao HM quantas consultas foram canceladas na sequência da falha informática.
Pedro Arede Manchete SociedadeProstituição | Nova detenção por lenocínio de menores Dias depois, a Polícia Judiciária reportou um novo caso de prostituição envolvendo menores do Interior da China. Desta feita, apenas foi detido um homem por suspeitas de “lenocínio de menor”, dado que os clientes já não se encontram em Macau. Menor com 17 anos envolvida no caso admitiu receber 1.200 dólares de Hong Kong por cada serviço A Polícia Judiciária (PJ) deteve na passada terça-feira, num hotel do Cotai, um homem de 43 anos oriundo do Interior da China por suspeitas de explorar um negócio de prostituição em Macau, que envolveu a entrada de duas mulheres no território, entre elas uma menor com 17 anos. De acordo com informações reveladas ontem em conferência de imprensa, a PJ iniciou a investigação na sequência de um requerimento avançado pelo Ministério Público (MP) sobre uma denúncia apresentada por um hotel do Cotai. No decurso da operação, foi apurado que uma menor com 17 anos do Interior da China que tinha estado anteriormente em Macau, voltou a entrar no território pelo posto fronteiriço das Portas do Cerco no passado sábado, desta feita acompanhada pelo proxeneta, que viria mais tarde a ser detido, e por uma mulher de 35 anos. Nessa mesma noite os três dirigiram-se a um hotel do Cotai, onde ficaram alojados num quarto. Nos dois dias seguintes, apurou também a PJ, as duas mulheres “passearam-se no interior das instalações de vários hotéis do Cotai”, tendo ido ao quarto de vários clientes para ter relações sexuais em troca de dinheiro. Na passada terça-feira, dando início a uma operação no terreno, a PJ dirigiu-se ao quarto onde, tanto o proxeneta como as duas mulheres estavam alojados, tendo avançado para a detenção do homem. No quarto foram ainda apreendidos 123 preservativos, 307 folhetos publicitários alusivos à venda dos serviços sexuais e ainda 3.500 dólares de Hong Kong (HKD) e 4.500 renminbis (RMB) em dinheiro. As duas mulheres, classificadas como testemunhas pela polícia, confessaram a prática de prostituição. A menor admitiu mesmo receber 1.200 dólares de Hong Kong por cada serviço, tendo atendido entre sábado e terça-feira, um total de cinco clientes. Do lucro total de 6.000 HKD, a menor pagou ao proxeneta uma comissão de 1.200 HKD. Por seu turno, a mulher de 35 anos cobrava 1.500 dólares de Hong Kong a cada cliente, tendo lucrado, no total, 4.500 HKD e 1.800 RMB por cinco serviços. Ao suspeito pagou uma comissão de 1.000 dólares de Hong Kong. Quanto aos clientes que, pelo pagamento de dinheiro em troca de sexo com menores de idade, podem ser acusados do crime de “recurso à prostituição de menor”, a PJ revelou não ter sido capaz de avançar com as detenções por estes já não se encontrarem em Macau. Durante a investigação, ficou ainda excluída a possibilidade de as mulheres terem sido trazidas para Macau como resultado de um esquema de tráfico humano. E vão dois Recorde-se que, em pouco mais de dois dias, esta é a segunda detenção envolvendo a prática de prostituição com menores. Isto, quando no passado domingo, a PJ deteve também um homem de 35 anos oriundo do Interior da China suspeito de ter tido relações sexuais com uma prostituta com 17 anos e um homem de 27 anos, responsável por explorar o negócio. O caso revelado ontem pela PJ seguiu para o MP, sendo que o proxeneta irá responder pelos crimes de “lenocínio” e “lenocínio de menor”, pelos quais pode vir a ser punido com pena de prisão entre 1 a 5 anos por cada um dos crimes de que é suspeito.
João Luz Manchete SociedadeHabitação para idosos | Rendas não andarão longe do preço de mercado Ainda não existem valores para as rendas da habitação para idosos, mas o presidente do IAS dá a entender que vão ser próximas dos valores de mercado. Por outro lado, dos mais de 80 mil idosos residentes em Macau, cerca de 12 mil estão no mercado de trabalho. Destes 2.400 ocupam cargos de gestão As vagas para a habitação para idosos só começam a ser preenchidas em 2024, mas, para já, os responsáveis do Instituto de Acção Social indicam que os candidatos devem ter alguma base financeira para gozarem do benefício, o que aponta no sentido contrário ao de uma renda baixa. Porém, o processo está longe de decisões finais. O ponto de situação foi dado ontem por Hon Wai, director do Instituto de Acção Social (IAS), no programa Fórum Macau do canal chinês da Rádio Macau, que afirmou que o valor das rendas poderá ir a reboque das flutuações do mercado imobiliário. Em Janeiro deste ano, Hon Wai afirmava, em resposta a interpelação de Song Pek Kei, que as rendas cobradas nos edifícios residenciais para idosos serão abaixo dos valores praticados no mercado, “para que possam suportar as despesas.” No entanto, o responsável do IAS indicou ontem que o conceito habitacional em questão ficará entre a habitação para a classe sanduiche e o mercado privado, ou seja, o segmento mais elevado de residências disponibilizadas com o apoio do Governo. Neste tipo de apartamentos, a prioridade será a saúde dos moradores, os cuidados e assistência, a prevenção de quedas e a oferta de instalações recreativas para os idosos. Vida activa Importa recordar que os lotes onde serão construídos os edifícios para residências de idosos são no antigo local destinado ao empreendimento Pearl Horizon, na Areia Preta. A empreitada para conceber o projecto foi adjudicada em Novembro à Companhia de Engenharia e de Construção da China (Macau), pelo preço de 2,1 mil milhões de patacas. O prazo para concluir a obra é 860 dias. Outro dado destacado pelo presidente do IAS, foi a vivacidade como a terceira idade de Macau participa na vida activa da cidade. O responsável adiantou que os mais de 80 mil residentes acima dos 65 anos, cerca de 12 mil estão inseridos no mercado de trabalho. Entre o universo de trabalhadores “seniores”, perto de 20 por cento, ou seja 2.400, ocupa cargos de gestão, supervisão, em indústrias tão variadas como o turismo, restauração e gestão imobiliária. Hon Wai considera que a tendência de presença no mercado de trabalho deste tipo altamente experiente de mão-de-obra deverá manter níveis estáveis, enquanto o seu papel social deverá ganhar cada vez maior importância. Outro facto destacado pelo responsável, é a motivação demonstrada pelos idosos na participação de acções de formação do IAS em alta tecnologia e uso de aplicações de telemóvel.
Andreia Sofia Silva Manchete SociedadeTransmac diz que morte de condutores não se deve ao turno “4+4” Kent Li, vice-director geral da Transmac, disse ontem, à margem de uma reunião do Conselho Consultivo do Trânsito, que a morte dos dois condutores da empresa, um com cerca de 30 anos e outro de meia idade, não se deve ao turno “4+4”. “Não tem nada a ver com o turno, não há um nexo de causalidade. Estamos muito tristes pelo falecimento dos condutores”, frisou, garantindo que já foram entregues dois relatórios ao Governo sobre a ocorrência. O responsável disse ainda que tem sido mantida a comunicação com as famílias dos falecidos. “O turno 4+4 existe há 30 anos e não é uma novidade. Um trabalhador que faça um horário das 7h até ao meio dia, e que depois recomece por volta das 15h, tem quatro horas de descanso. Isso é suficiente, podem descansar, almoçar e na parte da tarde também fazem um turno de três ou quatro horas.” Neste momento há apenas seis condutores da Transmac que querem deixar de fazer este horário de trabalho “por razões pessoais, por quererem estar com a sua família”. Kent Li informou ainda que decorrem as negociações com a seguradora para o pagamento das compensações das pessoas afectadas pelo acidente na Taipa, em que um autocarro da Transmac bateu na parte da frente de um restaurante. Vinte por cento no turno 4+4 Lam Hin San, director dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT), garantiu que os condutores podem escolher o seu horário de trabalho. “Temos cerca de 1400 condutores e cerca de 20 por cento fazem este turno. Esta não é uma exigência por parte das empresas de autocarros. Um condutor que não queira fazer este turno pode fazer o seu pedido. Não tivemos condutores a dizer que este turno é inaceitável.” Garantindo que a DSAT está a acompanhar a situação de descanso dos motoristas e em comunicação com a família, Lam Hin San referiu que o número de acidentes baixou cerca de 20 por cento entre 2019 e 2020, incluindo os que se deveram ao cansaço dos condutores. Lam Hin San falou ainda do ajustamento das carreiras de autocarros a propósito da abertura do posto fronteiriço de Qingmao. “Podemos ter ainda mais seis carreiras nesse posto fronteiriço, que vão fazer a ligação ao bairro da Ilha Verde”, disse. Incluem-se ainda quatro carreiras nocturnas, por se tratar de um posto que vai funcionar 24 horas por dia.
João Luz Manchete SociedadeReceitas do jogo subiram 6% na segunda semana de Julho O aumento de visitantes de Guangdong voltou a trazer sinais positivos à indústria do jogo. Durante a segunda semana de Julho, os cofres dos casinos amealharam mais 6 por cento de receitas, em comparação com a primeira semana, enquanto as receitas diárias subiram um terço em relação ao apurado no mesmo período de Junho Causa e efeito. Assim que foram aliviadas as restrições fronteiriças com a província vizinha de Guangdong, origem do maior volume de jogadores, a indústria do jogo de Macau voltou a mostrar sinais de recuperação. Foi o que indicou a corretora Sanford C. Bernstein Ltd, ao estimar que na segunda semana deste mês as receitas brutas aumentaram 6 por cento (consecutivamente no período de sete dias que terminou a 18 de Julho), em comparação com os primeiros 11 dias do mês. O impacto torna-se mais visível analisando a média diária de receitas brutas desde o início de Julho até dia 18 que revelam uma subida de um terço em relação ao mesmo período no mês anterior. A Sanford Bernstein aponta que as suas fontes no mercado do jogo deram conta de receitas brutas entre 1 e 8 de Julho na ordem das 5,2 mil milhões de patacas, correspondentes a médias diárias de 288 milhões de patacas. Face aos resultados antes da pandemia (Julho de 2019), quando as receitas brutas diárias foram de 789 milhões de patacas, a primeira semana deste mês mostra uma diminuição de 63 por cento. Numa nota prévia, a corretora já havia anunciado o aumento sequencial de 16 por cento nos primeiros 11 dias deste mês, em comparação com o mesmo período em Junho. Além disso, foi estimado que as receitas brutas do mês de Julho irão registar quebra de cerca de 60 por cento em comparação com Julho de 2019, mas um crescimento de 40 por cento face ao mês anterior. Bons vizinhos A equipa de analistas da Sanford Bernstein atribuiu as melhores receitas à remoção dos “requisitos adicionais de quarentena para os visitantes vindos da província de Guangdong”, “que não tem registado novos casos locais desde 22 de Junho”. O alívio das restrições fronteiriças entrou em vigor a 10 de Julho e teve reflexo imediato nos cofres dos casinos, com particular destaque para a necessidade de mostrar o certificado de resultado negativo do teste de ácido nucleico à covid-19 nos últimos 7 dias, quando antes o prazo de validade do teste era apenas 48 horas.
Andreia Sofia Silva SociedadeHaitong Bank | “Referência” nas transacções com a China já em Macau O Haitong Bank Lisboa está desde segunda-feira oficialmente autorizado a operar em Macau. O último relatório e contas diz que a entidade está “bem posicionada” para ser uma referência nas “transacções Cross border” com a China. O país trouxe bons resultados ao banco, que fez assessoria em negócios da China Communications Construction Company e China Three Gorges Europe No último relatório e contas anual do Haitong Bank, relativo a 2020, a operação da sucursal em Macau carece de autorização da Autoridade Monetária e Cambial de Macau (AMCM), mas desde segunda-feira esse passo foi ultrapassado. O mercado local vai, assim, receber uma nova entidade bancária que nasceu das cinzas do Banco Espírito Santo de Investimento (BESI) e opera gestão de activos e investimentos. No documento, o banco assume-se “bem posicionado” para ser “uma referência nas transacções transfronteiriças com a China”. Neste sentido, destaca-se a “participação nos últimos três anos em operações denominadas em euro para emitentes chineses”, além de que o banco tem beneficiado “do acesso privilegiado do Grupo a pools de liquidez na Ásia”. A China é, aliás, uma referência positiva em várias áreas nas quais o banco opera, mesmo com os efeitos negativos da pandemia. Na área de instrumentos de financiamento estruturado, por exemplo, o Haitong Bank diz que a sua estratégia assenta “no potencial de originação de novos negócios relacionados com a China”, sem esquecer “o posicionamento local do banco nas suas capacidades de execução na Europa e na América Latina”. Mesmo em ano de pandemia, “a actividade relacionada com a China manteve igualmente um elevado dinamismo”. Destacam-se “várias possíveis transacções de crédito no Reino Unido a empresas chinesas de primeira linha no sector do desenvolvimento imobiliário”. O banco diz ter tido uma “recuperação recorde” no ano passado, quando mais que duplicou o produto bancário do primeiro semestre. A entidade bancária atribui a recuperação ao impulso de negócios relacionados com a China, “juntamente com outras actividades de crédito, e também pela recuperação dos mercados de capitais”. Assessoria em negócios Em termos gerais, o Haitong Bank terminou 2020 em “boa forma” com um “resultado líquido positivo”, “mantendo um resultado operacional sólido”. Houve também “um reforço do franchise doméstico de clientes na Europa e América Latina, aliado ao fluxo de negócio recorrente com a China”. No ano passado, o banco fez também assessoria financeira à gigante estatal China Communications Construction Company (CCCC) relativamente ao investimento na Mota-Engil, empresa portuguesa do sector da construção civil. A aquisição de uma participação accionista minoritária está ainda “pendente de conclusão”. Outro projecto no qual o Haitong Bank fez assessoria foi com a empresa estatal China Three Gorges Europe (CTG Europe) na aquisição de um portfolio solar-fotovoltaico à X-Elio. A transacção ficou concluída em Janeiro deste ano. O volume de emissões de dívida na China, no ano passado, cifrou-se em 207,1 mil milhões de dólares, ligeiramente abaixo do máximo histórico de 214,9 mil milhões de dólares registado em 2019 e do “segundo maior valor de que há registo”, de 208,3 mil milhões de dólares, em 2017. Houve apenas uma “pequena descida” no sector corporate, com o volume de emissões de empresas chinesas atingido 121,0 mil milhões de dólares no ano passado por comparação aos 132,9 mil milhões de dólares em 2019. Para o futuro, “o Haitong Bank continuará a apoiar os seus clientes corporativos na Europa e na América Latina, a par da sua crescente base de clientes chineses”, projecta a entidade no relatório e contas.
Hoje Macau SociedadeGuiné Equatorial recomendada para aderir ao Fórum de Macau A Guiné Equatorial foi recomendada para aderir ao Fórum de Macau, uma organização de cooperação económica e comercial entre a China e os países de língua portuguesa, anunciou esta terça-feira o embaixador de Portugal na China. A recomendação surge “com base na candidatura e no facto de ser já membro da CPLP [Comunidade dos Países de Língua Portuguesa]”, explicou aos jornalistas José Augusto Duarte, à margem da 16.ª Reunião Ordinária do Secretariado Permanente do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa (Fórum de Macau). A decisão caberá agora aos ministros dos países de língua oficial portuguesa e será tomada na Conferência Ministerial que deverá decorrer na última semana de outubro, “uma reunião virtual, com os ministros nas respetivas capitais e os embaixadores que estão na China aqui em Macau”, detalhou. Em relação à questão dos direitos humanos no país africano agora recomendado para esta organização, o embaixador de Portugal na China disse que essa questão não foi discutida porque não era o contexto, apesar de ser uma “questão pertinente”. “Mas a partir do momento que é membro da CPLP, não há contexto para aqui criar um contexto que não há na CPLP”, frisou. Esta recomendação feita e aprovada pelos membros desta organização de cooperação económica e comercial entre a China e os países de língua portuguesa surge poucos dias depois da realização, em Angola, da XIII Conferência de Chefes de Estado e de Governo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que decorreu em 17 de julho. Em relação à Guiné Equatorial, que aderiu em 2014 e se comprometeu em abolir a pena de morte, os países voltaram a insistir no cumprimento desse compromisso. Além do fim da pena de morte, o Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, fez referência “ao Estado de Direito, à democracia, aos direitos humanos, aos valores e princípios fundamentais”. Sobre este assunto, o primeiro-ministro português, António Costa, referiu que se trata de “um problema que ninguém ignora” e recordou que a Guiné Equatorial tem a obrigação de cumprir os compromissos que assumiu. Caso não o faça, “não pode fazer parte” da comunidade, advertiu. Na declaração final da XIII cimeira da CPLP, os chefes de Estado e de Governo “encorajaram as autoridades equato-guineenses a prosseguir ações que visam a plena integração na comunidade”. Entre essas ações, estão “a abolição da pena de morte, a integração da língua portuguesa no sistema de ensino público nacional, a preservação do património cultural, o incremento da cooperação económica e empresarial com os restantes Estados-membros da CPLP, a promoção dos direitos humanos e a capacitação da sociedade civil”. Em declarações à Lusa na sexta-feira, à margem do Conselho de Ministros da CPLP, o chefe da diplomacia da Guiné Equatorial, Simeón Oyono Esono Angue, disse que “já não se mata ninguém” naquele país, reagindo às críticas de analistas e observadores da CPLP. “É uma questão que não tem debate, um processo irreversível. O país assumiu esse processo e vai honrar sem problemas. Mas não há pena de morte na Guiné Equatorial, não se está a matar ninguém”, disse o ministro. Na declaração final, os chefes de Estado e de Governo da CPLP voltaram a manifestar o compromisso com o Programa de Apoio à Integração da Guiné Equatorial (2021-2022), que cobre áreas como a língua portuguesa, o acervo histórico-cultural, o desenvolvimento económico e os direitos humanos, nomeadamente através de apoio financeiro para a sua execução. A Guiné Equatorial aderiu à CPLP em 2014, na cimeira de Díli, mas esta foi uma decisão controversa, uma vez que o regime do Presidente Teodoro Obiang Nguema, que está no poder desde 1979, é acusado por organizações internacionais de violação dos direitos humanos e de perseguição à oposição. Obiang não participou na cimeira de Luanda e fez-se representar pelo chefe da diplomacia. Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe são os nove estados-membros da CPLP, que celebrou, no sábado, 25 anos.
Hoje Macau SociedadeTurismo | Macau perde 39% dos visitantes em Junho Macau recebeu 528.519 visitantes em Junho, menos 39% relativamente a Maio, e mais 2.243,1% em termos anuais, anunciaram hoje as autoridades. A diminuição do número de visitantes relativamente ao mês de Maio deveu-se ao reforço das medidas de prevenção da pandemia de covid-19, no início de Junho, na província chinesa de Guangdong e no território, de acordo com um comunicado da Direção dos Serviços de Estatísticas e Censos (DSEC). No mês passado, chegaram a Macau 313.441 excursionistas e 215.078 turistas, o que representa uma descida de 20,1% e 54,6%, respectivamente, em termos mensais. O período médio de permanência dos visitantes situou-se em 1,2 dias, menos 0,2 dias, em termos anuais, indicou a DSEC. O número de visitantes do interior da China fixou-se em 471.935, uma subida de 2.140,2%, em termos anuais. Das nove cidades do Delta do Rio das Pérolas da Grande Baía entraram no território 246.673 visitantes, dos quais 70% eram oriundos da cidade vizinha de Zhuhai. De Hong Kong chegaram 52.296 visitantes e de Taiwan 4.213, acrescentou. No primeiro semestre deste ano chegaram a Macau 3.927.829 visitantes, mais 20,2%, em comparação com o semestre homólogo do ano anterior, tendo os números de turistas (2.058.657) e de excursionistas (1.869.172) aumentado 33,2% e 8,5%, respetivamente.
Hoje Macau Sociedade“Cempaka” | Sinal 3 de tempestade içado. “Baixa” possibilidade de içar sinal 8 Os Serviços Meteorológicos e Geofisicos (SMG) baixaram o sinal de tempestade de 8 para 3, uma vez que se verifica “um afastamento gradual” do ciclone tropical “Cempaka”, com uma “possibilidade reduzida” de Macau vir a ser afectada por ventos fortes. Neste momento, e segundo a última nota dos SMG, o tufão “continua a mover-se lentamente para a costa Yangjiang”, sendo que, “sob a influência da banda de chuva externa deste sistema, o vento na região vai soprar ocasionalmente forte havendo chuva por vezes forte”. Os SMG poderão considerar baixar o sinal de tempestade de 3 para 1. “Contudo, nos próximos dias, o ‘Cempaka’ continuará a circular na costa oeste de Guangdong e existem incertezas na previsão da sua trajectória”, aponta a mesma nota. Desta forma, “recomenda-se à população que continue a prestar atenção às informações mais recentes sobre a tempestade tropical”.
Hoje Macau Sociedade“Cempaka” | “Poucas hipóteses” de emitir sinal 8 na manhã esta madrugada Os Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG) emitiram às 2h05 de hoje uma nota informativa onde afirmam que “há poucas hipóteses de emitir o sinal 8 [de tempestade tropical] antes do início da manhã” desta terça-feira. No entanto, o ciclone tropical “poderá intensificar-se” e pode “atingir o ponto mais próximo da região durante o dia”. Desta forma, “a possibilidade de emitir o sinal 8 entre o amanhecer e a manhã do dia 20 é moderada a relativamente alta”. Os SMG explicam também que, nas últimas horas, o tufão “continuou a intensificar-se e tomou um rumo mais para oeste”, sendo que “a dimensão deste sistema é relativamente pequena”. Mantém-se a previsão de ocorrência de inundações nas zonas baixas do Porto Interior, com um máximo de 0,5 metros de altura, mantendo-se em vigor o aviso de “storm surge” azul. Na mesma nota, os SMG denotam que “a previsão apresentada é uma situação que pode ocorrer nos próximos um ou dois dias”, pelo que “a população pode compreender a possibilidade e influência da tempestade tropical num determinado tempo”, devendo “preparar medidas preventivas necessárias atempadamente”.
Hoje Macau SociedadeBanca | Haitong Bank de Lisboa abre sucursal em Macau O Haitong Bank S.A., antigo Banco Espírito Santo de Investimento (BESI), foi autorizado a abrir uma sucursal em Macau, de acordo com um despacho publicado ontem no Boletim Oficial. Segundo o documento, a sucursal de Macau do Haitong vai ter poderes para efectuar as seguintes actividades: “transacções, efectuadas por conta própria ou por conta de clientes, sobre instrumentos dos mercados monetário e cambial, instrumentos financeiros a prazo e opções e operações sobre divisas ou sobre taxas de juro e valores mobiliários”, “participação em emissões e colocações de valores mobiliários e prestação de serviços correlativos”, “actuação nos mercados interbancários”, “consultoria financeira” e ainda “prestação de informações comerciais”. Criado em 1993, como Espírito Santo – Sociedade de Investimentos, e com sede em Lisboa, o BESI expandiu-se para várias praças financeiras internacionais, como Londres, Nova Iorque, São Paulo ou Mumbai. Com a dissolução do Grupo Espírito Santo, o BESI foi vendido à correctora estatal chinesa, Haitong Securities Company Limited, em 2015, por 379 milhões de euros, o equivalente a aproximadamente a 3,58 mil milhões de patacas. Actualmente, o Haitong Bank S.A. tem sede é Lisboa e é liderado por Wu Min, presidente da Comissão Executiva, e Lin Yong, presidente do Conselho de Administração. O Haitong é a instituição responsável pela colocação no mercado do empréstimo obrigacionista da Benfica SAD, que pretende financiar as águias com 35 milhões de euros.
Pedro Arede Manchete SociedadeCotai | Detido em hotel pela prática de prostituição com menor Um homem de 35 anos foi detido num hotel do Cotai, após ter pago por sexo a uma menor com 17 anos. O responsável por explorar o negócio foi também detido. Num dos quartos alugados, que servia de centro de operações, foram ainda apreendidos 96 preservativos e mais de 10.000 dólares de Hong Kong em dinheiro A Polícia Judiciária (PJ) deteve no passado domingo, no Cotai, um homem de 35 anos oriundo do Interior da China suspeito de ter tido relações sexuais com uma prostituta com 17 anos, ou seja, menor de idade. Na mesma ocasião, foi também detido um homem de 27 anos, responsável por explorar o negócio de prostituição, tendo trazido para Macau uma segunda mulher envolvida no caso. Um outro cliente, que se encontrava no local no momento das detenções, foi classificado como testemunha. De acordo com as informações reveladas ontem em conferência de imprensa, a PJ iniciou investigação no seguimento de uma solicitação enviada pelo Ministério Público (MP), que avançou haver indícios da prática de prostituição por uma menor com 17 anos. Segundo a PJ, na tarde da passada quinta-feira, o proxeneta entrou em Macau pelo posto fronteiriço das Portas do Cerco, fazendo-se acompanhar por duas mulheres. Os três seguiram para um hotel no Cotai, onde ficaram alojados, tendo, de imediato, dado início à actividade através da angariação de clientes. “Nesse mesmo dia, as duas mulheres do Interior da China passearam-se pelas áreas comuns e corredores do complexo hoteleiro, tendo abordado dois homens, que acabaram por levar para os seus quartos”, referiu o porta-voz da PJ. Três dias depois, no domingo, a PJ iniciou uma operação no referido hotel, tendo interceptado no interior de um quarto, as duas mulheres e o proxeneta. Num outro quarto, os agentes destacados para o caso depararam-se ainda com dois homens que admitiram ter tido relações sexuais com as mulheres do primeiro quarto, momentos antes. Durante a operação foram ainda apreendidas 96 embalagens de preservativos, juntamente com mais de 10.000 dólares de Hong Kong em dinheiro. Apesar de os dois homens terem inicialmente sido classificados como testemunhas, um deles acabaria por ser detido por ter relações com a menor de 17 anos, em troca de dinheiro. Durante a investigação, revelou a PJ, ficou ainda excluída a possibilidade de as mulheres terem sido trazidas para Macau como resultado de um esquema de tráfico humano. Uma questão de idade Contas feitas, tanto o proxeneta como o cliente de 35 anos foram detidos pela PJ. As duas mulheres, incluindo a menor, e o segundo cliente interceptado durante a operação estão em liberdade, tendo os três sido classificados pelas autoridades como testemunhas. O caso seguiu ontem para o MP, sendo que o homem de 35 anos irá responder pelo crime de “recurso à prostituição de menor”. A confirmar-se, o suspeito pode ser punido com pena de prisão até três anos. Por seu turno, o proxeneta irá responder pelos crimes de “lenocínio” e “lenocínio de menor”, pelos quais pode vir a ser punido com pena de prisão entre 1 a 5 anos por cada um dos crimes de que é suspeito.
Andreia Sofia Silva SociedadeSJM | Lisboeta poderá vir a ter casino, diz Ambrose So Ambrose So, vice-presidente e director-executivo da Sociedade de Jogos de Macau (SJM), disse ao jornal Ming Pao, de Hong Kong, que o empreendimento Lisboeta Macau poderá vir a ter um casino. Em declarações, citadas pelo portal GGRAsia, o empresário adiantou que os casinos no Lisboeta Macau e no Grande Lisboa Palace vão procurar chegar a “diferentes segmentos de clientes”, não tendo sido adiantados mais detalhes sobre a operação destes espaços de jogo. Ambrose So acrescentou também que a SJM não chegou ainda a nenhum acordo com o proprietário do Lisboeta, a Macau Theme Park and Resort Ltd, de Arnaldo Ho, filho de Angela Leong. Além deste acordo, a SJM também necessita de aprovação do regulador para operar um casino no Lisboeta Macau. Ao Hong Kong Economic Journal, Ambrose So disse ainda que não vai esperar pela reabertura de fronteiras com Hong Kong para abrir o Grand Lisboa Palace, no Cotai, uma vez que este empreendimento será inaugurado por fases. Sobre o casino Diamond, um satélite da SJM, Ambrose So confirmou que as suas operações terminam a 1 de Agosto. A SJM opera actualmente 13 casinos satélite no território, bem como cinco casinos directamente ligados à operadora. O Casino Taipa, no Regency Art Hotel, está temporariamente fechado, uma vez que o empreendimento está a ser usado para a realização de quarentenas.
Andreia Sofia Silva Manchete SociedadeJogo | Defendido adiamento de concurso público para novas licenças Num artigo publicado na revista International Masters in Gaming Law, o jurista António Lobo Vilela defende que o Governo “enfrenta dois sérios obstáculos” para a realização do concurso público no próximo ano para a renovação das licenças de jogo, que passam pelo não controlo dos prazos do hemiciclo e pela falta de regulação para a realização do próprio concurso Mesmo que a situação da pandemia fique resolvida já no próximo ano, “o Governo de Macau estará inclinado a estender as actuais concessões e subconcessões” de jogo. A ideia é deixada pelo jurista e especialista em jogo António Lobo Vilela, num artigo recentemente publicado na revista International Masters on Gaming Law (IMGL). “A pandemia poderia ser a desculpa perfeita para adiar o concurso público, dando a oportunidade de prepará-lo de forma apropriada e com detalhe suficiente (…). Um adiamento parece ser o caminho correcto, se levar a um concurso bem-sucedido no futuro”, aponta ainda. Vilela fala também de “dois grandes obstáculos” para o Governo para a realização do referido concurso público, independentemente da covid-19. Um deles prende-se com os prazos da Assembleia Legislativa e com o facto de não existir “uma base legal e administrativa criada em primeiro lugar para um concurso público constituir um erro sério quando o futuro das empresas que operam na indústria de dominante de Macau, que emprega centenas de pessoas, está em risco”. O especialista denota que “a regulação do concurso público está omitida da lista de leis e regulamentos que o Governo pretende alterar durante o ano de 2021”. “Essa regulação necessita de ser revista, pelo menos no que diz respeito aos critérios para a obtenção de uma concessão”, aponta António Lobo Vilela, sobretudo no que diz respeito “ao prémio anual, à proposta de contribuição para uma fundação pública e o desenvolvimento urbanístico, a promoção do turismo e a segurança social, a experiência operacional na gestão e operação de jogos de fortuna e azar, ou outro tipo de jogos, e o investimento nas prioridades da RAEM”. Para Vilela, os novos critérios deveriam passar pela “diversificação económica e a responsabilidade social corporativa”. O jurista dá conta que, além destes dois obstáculos, o Governo “tem ainda algumas questões pendentes por resolver”, sendo que uma delas passa “pela reversão dos casinos”, uma vez que há propriedades que ainda não estão registadas “apesar de estarem operacionais há anos”. O mesmo artigo refere também que a proposta do Executivo sobre esta matéria só faz sentido “se o Governo de Macau tiver planos para reduzir ou aumentar o actual número de operadoras de jogo”. “Caso contrário, apenas necessita de rever a lei do jogo e estender o prazo das actuais concessões sem a necessidade de abrir um concurso público”, pode ler-se. António Lobo Vilela explica que, segundo a lei do jogo em vigor, “é inevitável” a realização de um concurso público, que é estabelecido como princípio no diploma, sem que haja possibilidade de ajustes directos. O poder às PPP O especialista em jogo aponta ainda que, nos últimos anos, não houve “um necessário planeamento e desenvolvimento da cidade”, existindo “falta de infra-estruturas e da provisão de serviços básicos”. Uma vez que “os governos são pobres e ineficientes na construção de infra-estruturas, especialmente quando o dinheiro não é uma questão”, e tendo em conta a “burocracia e os procedimentos legais rígidos com os contratos públicos”, o autor do artigo denota que “em algumas situações, as parcerias público-privadas (PPP) são preferidas”. As PPP poderiam “também prevenir erros de planeamento, como a perversa desarticulação entre as estações do metro ligeiro no Cotai e os casinos, hotéis e resorts que servem”. Além disso, “a coordenação com as operadoras de jogo poderia trazer grandes eficiência ao projecto de expansão do aeroporto”, que “poderia ser desenhado para tirar pleno partido da posição privilegiada de Macau no sudeste asiático”.
Andreia Sofia Silva Manchete SociedadeEPM | Pandemia e fecho de fronteiras leva à saída de oito professores Um total de oito professores vai deixar a Escola Portuguesa de Macau por questões pessoais. Fecho das fronteiras e a ausência prolongada da família são alguns dos motivos adiantados para a partida. O presidente da direcção da escola, Manuel Machado, pensa que mais docentes poderão sair caso a situação se prolongue O encerramento das fronteiras de Macau com o resto do mundo, devido à pandemia da covid-19, está a levar docentes da Escola Portuguesa de Macau (EPM) a deixarem a instituição e o território. A notícia foi avançada pelo semanário Expresso e confirmada ao HM pelo presidente da direcção da escola, Manuel Machado. “Saem oito professores da EPM e as razões prendem-se fundamentalmente com a situação que se atravessa e com a vontade de reencontrarem a família. Felizmente conseguimos assegurar a sua substituição.” Manuel Machado adiantou que saíram também alguns alunos pelo facto de as suas famílias terem decidido sair do território por motivos semelhantes, mas não soube precisar números. Caso as fronteiras continuem fechadas, o responsável admite que mais docentes ou estudantes possam sair. “É uma coisa muito pessoal, mas admito que sim, [que mais] possam sair no final do próximo ano lectivo. Vamos ver, tudo depende do número de pessoas que se forem embora, a que grupos disciplinares pertencem, há várias variáveis.” Filipe Regêncio Figueiredo, presidente da Associação de Pais da EPM, referiu apenas esperar que “as substituições [de docentes] sejam asseguradas por pessoas competentes”. A contragosto Um dos docentes de saída, e que falou ao Expresso, foi João Basto da Silva, que dá aulas de educação física. “Esta terra também é minha. Não será fácil a adaptação a Portugal. Mas pronto, o regresso teria de ser um dia.” “Não tem ajudado estarmos aqui fechados sem perspectivas de conseguirmos sair. Já não vou a Portugal há dois anos”, disse o professor, que será integrado nos quadros de uma escola no país. “Esta saída traz-me alegria, porque vou reencontrar a minha família, mas também me custa porque vou deixar a terra.” Maria João Pires, professora de educação musical, também está de partida. “A pandemia está a restringir a nossa liberdade de circulação. Estamos bem, temos de ver o lado positivo, não há covid, mas sinto-me mais fechada e sozinha e está a ser complicado de gerir. Tenho emprego em Portugal e por isso estou mais à vontade. Se não fosse a pandemia, sem dúvida que ficaria mais tempo”, frisou. Ao semanário, Manuel Machado explicou que o número de saídas “ultrapassa os valores registados em anos anteriores, em que a média rondava os dois docentes”. “A grande maioria acelerou o regresso a Portugal devido à pandemia e à vontade de se reencontrar com a família”, rematou. Novas propinas em vigor Apesar da contestação da Associação de Pais da EPM, os novos valores de propinas já estão em vigor. A informação foi confirmada ao HM por José Sales Marques, administrador e porta-voz da Fundação da EPM, que não prestou mais esclarecimentos. Recorde-se que os pais foram informados em Junho de que as propinas iriam sofrer um aumento que, segundo Filipe Regêncio Figueiredo, “tem um peso real no bolso dos pais que varia entre 34,05 e 46,19 por cento, dependendo do ciclo de ensino”. O Governo, através da Direcção dos Serviços de Educação e Desenvolvimento da Juventude, financia parte destes valores, mas apenas para os portadores de BIR.
Hoje Macau Manchete Sociedade“Cempaka” | Sinal 8 deverá ser içado a partir desta madrugada Os Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG) estimam que o sinal 8 de tempestade tropical, relativo à passagem do ciclone tropical “Cempaka”, deverá ser içado entre esta madrugada e a manhã de terça-feira, sendo essa possibilidade “moderada a relativamente alta”. Tal deve-se ao facto de o “Cempaka” ter ficado “mais forte do que o esperado”, sendo que “a sua trajectória mudou mais para norte”. O “Cempaka” deverá atingir, nas próximas horas, “o ponto mais próximo da região”, a cerca de 100 quilómetros de Macau, deslocando-se “para a área compreendida entre a Ilha Xiachuan e Yangjiang”. Espera-se que, nas próximas 24 horas, o ciclone tropical continue a mover-se para o quadrante norte. Em relação às condições meteorológicas, os SMG falam na ocorrência de “períodos dispersos de aguaceiros fortes”, com rajadas de vento fortes ocasionais. Prevê-se ainda a ocorrência de inundações, com um máximo de 0,5 metros de altura, nas zonas baixas do Porto Interior. O sinal 3 de tempestade foi hoje içado e, ao início da tarde, o “Cempaka” “intensificou-se significativamente”, explicam os SMG.
Hoje Macau SociedadeARTM/Obras | Fraca construção motiva angariação de fundos A Associação de Reabilitação de Toxicodependentes de Macau (ARTM) lançou uma campanha de angariação de fundos para apoiar as obras de reparação da sala de reuniões do seu centro de reabilitação localizado em Ká-Hó. Em causa, segundo uma publicação feita através da rede social Facebook, está a fraca qualidade de construção da estrutura, que não impediu a humidade e as infiltrações de danificarem a divisão. O custo total da obra é de 174 mil patacas, sendo que aqueles que contribuírem com o mínimo de 1.000 patacas verão o seu nome adicionado ao “Thank You Hall” da ARTM.
João Santos Filipe Manchete SociedadeJogo | Receitas de massas representaram dois terços do total Em tempos adversos, as receitas do sector de massas constituíram dois terços do total arrecadado no segundo trimestre do ano. Os casinos satélite e as salas VIP são quem mais sofre com as dificuldades, que já levaram a SJM a assumir a gerência do Casino Diamond No segundo trimestre do ano o sector de massas foi responsável por dois terços de todas as receitas da indústria, o que se traduziu em 16,88 mil milhões de patacas, ou seja 66,5 por cento do total. Entre Abril e Junho, as receitas da principal indústria da RAEM foram de 25,38 mil milhões de patacas, com um crescimento de 7,4 por cento face ao período de Janeiro até Março. Segundo a informação do portal GGR Asia, as receitas do mercado de massas incluem não só as receitas das mesas, mas também das máquinas de apostas. Os 16,88 mil milhões de patacas no mercado de massas representam um aumento de 16,3 por cento face ao primeiro trimestre do ano. Por sua vez, o sector dos grandes apostadores, medido pelas apostas nas mesas VIP do jogo bacará, foi responsável por receitas de 8,50 mil milhões de patacas, ou seja, 33,5 por cento. Em relação ao primeiro trimestre, as receitas do sector dos grandes apostadores registaram uma quebra de 6,8 por cento. A quebra no sector do jogo VIP não está a decorrer sem efeitos para Macau e na semana passada surgiram rumores de que o Casino Diamond, no ZAPE, estaria em vias de fechar. No entanto, o espaço vai continuar aberto, mas com uma nova gestão, assumida directamente pela SJM Resorts. A novidade foi avançada por Ambrose So, director-executivo da empresa, em declarações ao jornal Ming Pao. Sobre a mudança de gestão no casino que vai deixar de ser satélite, Ambrose So afirmou que se ficou a dever às dificuldades atravessadas pelo sector nesta fase, mas que tal não ia levar a SJM Resorts a desistir do casino. Caso isolado Ao jornal Ou Mun, Song Wai Kit, presidente da Associação de Jogos com Responsabilidade de Macau, apontou a situação do Casino Diamond como um caso isolado. Song explicou também que não crê que haja uma tendência para novos encerramentos, apesar de acreditar que alguns investidores nos casinos locais podem começar a vender as suas participações. Sobre o panorama, o presidente da associação definiu a velocidade da recuperação do sector do jogo como “mais lenta do que o esperado”, o que faz com que os casinos satélites e as salas VIP enfrentem condições muito duras. Sobre as salas VIP, Song explicou que as dificuldades têm sido criadas pelas políticas do Interior, que cada vez mais dificultam as saídas para jogar, mesmo em Macau. O líder da Associação de Jogos com Responsabilidade de Macau considerou ainda que as previsões do Governo sobre as receitas de 130 mil milhões de patacas no jogo estão cada vez mais longe, até porque nos primeiros seis meses o arrecadado não foi além dos 50 mil milhões de patacas.
João Santos Filipe Manchete SociedadeÁfrica do Sul | Residente pede ajuda para regressar à RAEM Alexandre Torrão vive há 10 anos no país sul-africano e pretende regressar à RAEM. No entanto, está dependente da autorização do Governo, uma vez que a mulher e as filhas não são residentes Um residente de Macau na África do Sul pediu ajuda ao Governo para poder regressar ao território acompanhado da mulher e de duas filhas, que não têm residência. A notícia foi avançada na sexta-feira à noite pelo Canal Macau, que entrevistou Alexandre Torrão. “Estou na África do Sul com a família, a minha mulher e as minhas duas filhas. A situação aqui não está muito boa”, começou por explicar o residente. “Precisamos de ajuda para poder sair daqui e a ajuda é para nos permitir entrar em Macau. Tenho BIR, as minhas filhas são sul-africanas e portuguesas, têm dupla nacionalidade, e a minha mulher apenas tem a nacionalidade sul-africana. Por isso, temos de pedir autorização ao Governo de Macau, para nos permitir a entrada e ir para um lugar seguro”, acrescentou. Nas últimas semanas, o ex-presidente Jacob Zuma foi detido por desrespeito ao tribunal. O ex-líder sul-africano recusou comparecer numa audiência do tribunal, em que ia ser ouvido devido a acusações de corrupção. Contudo, a prisão daquele que é um dos mais populares presidentes da ex-colónia britânica levou a vários tumultos. Como consequência destas acções, que envolveram pilhagens marcadas pela violência, já morreram mais de 200 pessoas. “Já estou farto da África do Sul, para mim, para a minha família é a altura de sair daqui. E precisamos toda a ajudar que conseguirmos do nosso Governo de Macau. Se puderem, ajudem-nos a regressar a casa”, disse igualmente sobre a situação. Devido à situação da covid-19, Macau implementou medidas que impedem os estrangeiros não-residentes de entrar na RAEM, mesmo nos casos em que são detentores de licença de trabalho, o conhecido Blue Card. Porém, há excepções por “motivos familiares”. Como sobreviver? Sobre o impacto dos tumultos, Alexandre Torrão reconheceu que a zona de Joanesburgo onde vive não é das mais afectadas. Contudo, aponta que é impossível fazer uma vida normal devido às pilhagens e à destruição das cadeias de abastecimento de alimentos. “Vemos o exército nas zonas mais críticas. Não estamos numa zona crítica, mas também afecta o nosso negócio de forma maciça”, relatou. “Não acredito que nenhum dos negócios nesta altura consiga gerar algum lucro, porque não há poder de compra. Não há pessoas para servir porque estão a sofrer. É muito triste para todos nós. Está a afectar os meus rendimentos e a nossa segurança”, considerou. Alexandre Torrão vive há mais de 10 anos na África do Sul, e está envolvido em negócios de restauração e catering.