Hoje Macau SociedadePSP | Duas pessoas detidas por conduzirem com álcool A Polícia de Segurança Pública (PSP) anunciou a detenção de duas pessoas por conduzirem embriagadas. Segundo a informação citada pelo jornal Ou Mun, o primeiro caso aconteceu na madrugada do último sábado. Uma mulher com cerca de 30 anos, desempregada, circulava na Taipa, por volta das 4 da manhã, quando a sua viatura se envolveu numa colisão com outro veículo. Do acidente, não resultaram feridos, mas chamadas ao local, as autoridades fizeram o teste do álcool à mulher e o resultado mostrou 2,61 gramas de álcool no sangue. Após ser questionada pelas autoridades, a condutora reconheceu que tinha estado a jantar e a beber com amigos durante a noite, antes de pegar no carro para ir para casa. O segundo caso foi registado na segunda-feira, às três da manhã, quando um homem com cerca de 30 anos foi parado numa operação stop, na Avenida do Nordeste. Após soprar o balão, o condutor acusou 2,8 gramas de álcool no sangue. Às autoridades, reconheceu que tinha estado a jantar e a beber com os amigos. Em ambos os casos, as pessoas iam ser apresentadas a um juiz, mas segundo o artigo do Ou Mun, na segunda-feira ainda não se conhecia a decisão do tribunal.
João Santos Filipe Manchete SociedadeJogo | Receitas de Janeiro podem atingir um terço do registo de 2019 Os casinos de Macau podem começar 2023 a facturar quase 8 mil milhões de patacas de receitas brutas em Janeiro, mais de 30 por cento do registo de 2019, indica a estimativa da Morgan Stanley baseada nos primeiros 15 dias de operação. O valor representa um aumento superior a 22 por cento em relação a Janeiro de 2022 Depois da divulgação dos dados da Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ) que revelaram a quebra de 51,4 por cento das receitas brutas em 2022, para um total de 42,1 mil milhões de patacas, em relação ao ano anterior, o presente mês de Janeiro pode significar uma mudança de paradigma. Com base nas previsões dos analistas da Morgan Stanley face aos primeiros 15 dias do mês, Janeiro pode terminar com um volume de receitas brutas a chegar aos 7,75 mil milhões de patacas, mais 22,2 por cento em relação a Janeiro de 2022, quando os casinos de Macau apuraram 6,34 mil milhões de patacas. Os especialistas sublinham que as receitas brutas perspectivadas para este mês representam, pelo menos, 31 por cento das receitas de Janeiro de 2019, quando as receitas brutas atingiram quase 25 mil milhões de patacas. Importa ressalvar que em 2019, os feriados do Ano Novo Chinês calharam no início de Fevereiro, ao contrário deste ano em que irão ajudar às operações do mês de Janeiro. “Aumentámos as nossas estimativas para Janeiro de 200 milhões de patacas por dia para 250 milhões de patacas de receitas brutas diárias (mais 123 por cento em termos mensais e 31 por cento do valor registado em Janeiro de 2019). Destas receitas brutas, prevemos que cerca de 85 por cento virá do segmento de massas”, perspectivam os analistas citados pelo GGRAsia. Matar saudades O comunicado da Morgan Stanley seguiu-se à primeira visita dos seus analistas a Macau nos últimos três anos. Do que apuraram, foi estimado que “as apostas mínimas nas mesas de casinos da península de Macau sejam de cerca de 500 patacas, enquanto no Cotai foram de 2.000 patacas”, o que “superou as expectativas”. Na segunda-feira, a JP Morgan divulgou também um comunicado a dar conta do crescimento semanal ao nível das receitas dos casinos de Macau. “Com base nas informações que recolhemos, estimamos que as receitas brutas dos primeiros 15 dias de Janeiro sejam de cerca de 4,3 mil milhões de patacas, ou seja, uma taxa diária de receitas entre 285 milhões e 290 milhões de patacas”, foi estimado. Tendo em conta que este período ainda não compreende os feriados do Ano Novo Chinês, os analistas da JP Morgan são mais optimistas que os seus colegas da Morgan Stanley, apontando para receitas brutas entre 35 e 40 cento das apuradas em 2019, com as estimativas a subir para o período dos feriados do Ano Novo Chinês.
Andreia Sofia Silva SociedadeGIF | Transacções suspeitas do jogo caem 11,5% O número de transacções suspeitas reportadas pelo sector do jogo ao Gabinete de Informação Financeira (GIF) registou uma quebra de 11,5 por cento entre 2021 e 2022. Segundo dados divulgados ontem, os casinos reportaram no ano passado um total de 1,177 transacções, que representaram 53.5 por cento do total, enquanto em 2021 foram reportadas 1,330, que representaram 54.6 por cento do total. Por sua vez, as companhias de seguro e demais instituições financeiras reportaram no ano passado 765 transacções suspeitas face às 793 de 2021. As demais instituições a operar no território reportaram, em 2022, 257, número inferior às 312 transacções reportadas ao GIF em 2021. Em termos gerais, o GIF aponta que recebeu um total de 2,199 transacções tidas como suspeitas, “o que significa uma diminuição de 9.7 por cento em relação a 2021”, sendo que a mudança “se deveu principalmente à diminuição do número de STR [transacções suspeitas] reportadas pelo sector do jogo a outras instituições”. Por sua vez, o GIF remeteu 162 casos para o Ministério Público no ano passado para posterior investigação.
Hoje Macau SociedadeUPM | Inscrições para licenciaturas terminam hoje Chega hoje ao fim o prazo de inscrições para os cursos de licenciatura da Universidade Politécnica de Macau (UPM) para o ano lectivo de 2023/2024, que começa em Setembro deste ano. Segundo uma nota de imprensa, os cursos da UPM acompanham “as principais tendências internacionais de desenvolvimento social, económico e cultural” a fim de “permitir um leque de possibilidades aos graduados da UPM na futura carreira”. O objectivo é que os futuros licenciados trabalhem em empresas e nas áreas consideradas prioritárias para o desenvolvimento de Macau ou na Zona de Cooperação Aprofundada Macau-Hengqin. A UPM destaca ainda o facto de tanto os cursos de licenciatura como mestrados ou doutoramentos terem obtido, nos últimos anos, “o reconhecimento unânime, nacional e internacional, sobre a qualidade do ensino e de investigação”, com “resultados notáveis”. Além disso, é referido que a UPM foi a primeira instituição de ensino superior de Macau a ter ganho o Prémio Nacional de Mérito do Ensino e a única instituição da China a conseguir por três vezes o Prémio de Qualidade da APQN. A UPM consta no ranking 2022 das Universidades Mundiais mais influentes do Times Higher Education do Reino Unido, nomeadamente nas áreas de “Cidades e Comunidades Sustentáveis” e “Trabalho Digno e Crescimento Económico”, estando posicionada entre os 201 e 300 melhores lugares.
João Santos Filipe Manchete SociedadeImobiliário | Compra de habitação caiu para nível mais baixo desde 1984 As transacções estão em quebra há quatro anos, e no ano passado chegou-se ao valor mais baixo das últimas quatro décadas. Julho e Agosto foram os piores meses para o mercado No ano passado foi registado o valor mais baixo de transacções de habitação no território desde 1984. Segundo os dados disponibilizados pela Direcção de Serviços de Finanças (DSF) em 2022 foram transiccionados 2.950 imóveis. Em comparação com 1984, o ano com o pior registo das estatísticas oficiais da Direcção de Serviços de Estatística e Censos (DSEC), no ano passado houve menos 540 transacções de habitação, face ao total de 3.490 transacções de 1984. O ano de 2022 é assim inscrito nos registos históricos como o pior desde que começaram a ser publicadas estatísticas de transacções imobiliárias, o que aconteceu em 1983. Nesse ano, quando ainda nem estava prevista a transição da soberania de Macau de Portugal para a China, tinham sido registadas 3.699 transacções de habitação. 2022 foi também o quarto ano consecutivo a acumular recordes de compras baixas de casas em Macau. A compra de habitação está em quebra desde 2018, quando tinham sido comercializadas 10.822 habitações. Esta tendência só encontra paralelo entre os anos de 2011 e 2015, o recorde negativo. Nesses anos, afectados pela crise mundial e a campanha contra o jogo VIP em Macau, as transacções diminuíram de 17.989 trocas para 5.976. Período negro No ano passado, o mercado foi afectado pelas várias medidas de controlo da pandemia, não só em Macau, mas também no Interior, como confinamentos e proibições de circulação. Além disso, sentiu-se o efeito da crise no jogo, que culminou com uma contracção das receitas brutas dos casinos de 51,4 por cento, para 42,2 mil milhões de patacas. A queda é mais significativa quando a comparação é feita com 2019, o último ano sem qualquer efeito da pandemia, quando as receitas foram de 292,5 mil milhões de patacas. No ano passado, o mês com menos transacções foi registado em Julho, com 127 compras de casa, e Agosto, quando o número foi de 157 transacções. Estes meses coincidiram com o principal pico da pandemia em Macau e o surto de Julho, que levou à imposição de um confinamento parcial. Por outro lado, o mês com mais transacções foi Outubro, com 417 transacções.
Hoje Macau Manchete SociedadeCasinos | Jogo VIP em Macau cai 64 por cento no ano passado As receitas provenientes das grandes apostas em Macau foram de 10,1 mil milhões de patacas em 2022, menos 64% em relação a 2021, e 92,5% em relação a 2019 (ano pré-pandemia), foi ontem divulgado. No último trimestre do ano, as operadoras arrecadaram 2,1 mil milhões de patacas no último trimestre do ano, no chamado jogo VIP, contra 1,1 mil milhões de patacas nos três meses anteriores, de acordo com dados divulgados pela Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ). As operações dos casinos têm sido muito afetadas pela pandemia com fortes reduções de receitas. Os números dos grandes apostadores em 2022 são menos de 7,5% das receitas do mesmo setor em Macau em 2019, que atingiram 135,2 mil milhões de patacas, o momento em que o jogo VIP perdeu o estatuto de segmento mais preponderante nas receitas globais. Este ano terminou com os casinos de Macau a registarem uma quebra de 51,4% na receita bruta acumulada, de 42,1 mil milhões de patacas contra 86,8 mil milhões de patacas em 2021. Desde 2020, as seis operadores do jogo em Macau, MGM, Galaxy, Venetian, Melco, Wynn e SJM, acumularam prejuízos sem precedentes e o Governo tem sido obrigado a recorrer à reserva extraordinária para responder à crise, até porque cerca de 80% das receitas governamentais provêm dos impostos sobre o jogo. As operadoras de jogo renovaram, a 16 de dezembro, o contrato de concessão para os próximos dez anos, entrando em vigor a 01 de janeiro em Macau, único local na China onde o jogo em casino é legal. As autoridades exigiram no concurso público a aposta em elementos não jogo e visitantes estrangeiros, na expectativa de diversificar a economia do território. O jogo representa 55,5% do produto interno bruto (PIB) de Macau, indústria onde trabalham mais de 80 mil pessoas, ou seja, 17,2% da população empregada. Macau, que à semelhança da China seguia a política ‘zero covid’, anunciou este mês o cancelamento da maioria das medidas de prevenção e contenção, depois de quase três anos das rigorosas restrições.
Hoje Macau SociedadeDST | Delegação de turismo de Hong Kong em Macau Um grupo de 40 representantes do sector do turismo de Hong Kong estão em Macau desde ontem para uma visita de dois dias a convite da Direcção dos Serviços de Turismo (DST). Segundo um comunicado, a delegação é composta por líderes do Conselho da Indústria do Turismo de Hong Kong, operadores de serviços de transporte e agências de viagem, entre outros. O grupo inclui ainda um grupo de 14 jornalistas com o objectivo de reportar os diversos elementos turísticos de Macau, tal como o património e os resorts integrados, defendeu a DST. No território, a delegação reuniu com o secretário para a Economia e Finanças, Lei Wai Nong, e a directora da DST, Helena de Senna Fernandes, tendo ontem participado num seminário de estabelecimento de contactos empresariais entre as duas regiões. Desde que as ligações de ferry entre Macau e Hong Kong foram restabelecidas, no passado dia 8, que as autoridades locais têm tentado atrair visitantes do território vizinho, como é o caso do pacote turístico “Compre Um, Leve um Grátis” destinado aos turistas de Hong Kong, que está disponível desde sexta-feira. Com esta iniciativa os visitantes têm direito a um bilhete de regresso de autocarro ou ferry gratuito por cada viagem comprada. A DST pretende atrair diariamente cerca de dez mil turistas da região vizinha.
João Luz SociedadeJogo | Alerta para horas extra para compensar falta de trabalhadores Os funcionários que trabalham na linha da frente em alguns casinos de Macau foram alertados para a hipótese de terem de fazer horas extra durante os feriados do Ano Novo Chinês. Devido ao aumento brusco da procura depois de três anos em que muitos trabalhadores foram transferidos para outros departamentos, os casinos procuram colmatar a escassez de recursos humanos. “Daquilo que nos foi dado a conhecer, já foi pedido a trabalhadores da área do jogo de alguns resorts do Cotai, como o Galaxy Macau e o Venetian Macao, para se prepararem para trabalhares turnos de trabalho extra” durante o período do Ano Novo Chinês, revelou Lei Iok Po, director da associação laboral Power of Macau Gaming, em declarações ao portal GGRAsia. O responsável indicou que alguns funcionários foram notificados da possibilidade de terem de cancelar ou adiar folgas que estavam anteriormente previstas para o Ano Novo Chinês. “As boas notícias é que, pelo menos, estão aliviados por já não lhes ser aplicada licença sem vencimento”, afirmou Lei Iok Po. Por sua vez, Cloee Chao da Associação Novo Macau para os Direitos dos Trabalhadores do Jogo acrescentou que, nos últimos dois anos e tal, se verificaram muitos casos de funcionários da área de jogo que foram deslocados para outros departamentos quando as operações nas mesas passaram a registar menos movimentação. “Agora, estes trabalhadores são necessários de novo na área de jogo, mas a transferência de volta aos cargos originais pode demorar algum tempo, já para não mencionar aqueles que não estão interessados em regressar aos postos anteriores. Os recursos humanos parecem estar muito escassos nas mesas de jogo durante o Ano Novo Chinês”, afirmou Cloee Chao à mesma fonte.
João Luz Manchete SociedadeEstudo | Retoma de Macau pode não ser afectada por cenário global A Associação Económica de Macau prevê que a retoma da economia local se sinta já no primeiro trimestre do ano. Depois do boom turístico do Ano Novo Chinês, a associação estima que os investimentos programados pelas concessionárias protejam Macau do cenário global de recessão e mesmo da quebra do consumo no Interior da China Os primeiros três meses de 2023 podem marcar o virar de página depois de três anos de paralisia económica em Macau e de restrições e isolamento ditado pelo combate à pandemia. Pelo menos, é a previsão da Associação Económica de Macau, apontada pelo mais recente Índice de Prosperidade publicado ontem, que perspectiva a continuação do crescimento do fluxo de turistas e os efeitos positivos no comércio, restauração e na indústria do turismo. O relatório indica também que o panorama económico de Macau a curto-prazo irá beneficiar do efeito de expansão produzido pelas receitas do turismo durante Ano Novo Chinês. Enquanto que a longo-prazo, os investimentos com que as concessionárias de jogo se comprometeram aquando da renovação das licenças, em particular nos segmentos não-jogo, podem ser determinantes para atrair turistas estrangeiros. A instituição presidida pelo ex-deputado Joey Lao indicou ainda que, desde que se mantenha o fluxo de visitantes, a economia de Macau pode passar ao lado da recessão global. Mundo vs Macau A associação refere que “o Fundo Monetário Internacional, o Banco Mundial e outras instituições internacionais não estão muito optimistas em relação às perspectivas de crescimento global para este ano e 2024”, continuando um cenário de incerteza e complexidade. Além disso, é indicado no relatório que passados três anos de combate pandémico e repercussões económicas, as perspectivas de salários menores e diminuta confiança dos consumidores do Interior da China são também cenários a ter em conta. Porém, é argumentado que apesar de a recuperação económica no Interior ainda ter um longo caminho pela frente, a recuperação do turismo está relativamente a salvo. O relatório da associação local cita os cálculos do Ministério da Cultura e Turismo da China que projectam o aumento das viagens domésticas em 0,44 por cento ao ano, para um total de 52,71 milhões de viagens, um nível que fica a 43 por cento do registado em 2019. Face a estes cenários, “Macau tem uma economia muito pequena, maioritariamente dependente das exportações do sector turístico e das indústrias de entretenimento. É uma situação muito especial, atractiva e competitiva. Desde que os turistas regressem, a economia pode recuperar a sua vitalidade.” Porém, o Índice de Prosperidade e os sentimentos económicos só devem regressar ao um nível “estável” no segundo ou terceiro trimestre do ano.
João Santos Filipe Manchete SociedadeAutocarros | Registo do nome de passageiros termina em Fevereiro O programa que possibilitou registar a identidade dos passageiros de autocarros públicos, para controlo pandémico, será suspenso a 10 de Fevereiro e os dados pessoais colectados serão destruídos. Os portadores de Macau Pass sem identificação vão voltar a usufruir da tarifa de três patacas À medida que o Governo desmantela o aparato de controlo e prevenção da pandemia, a Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT) anunciou ontem que “irá suspender o plano de ‘Registo do nome dos passageiros de autocarros’ a partir de 10 de Fevereiro”. Na sequência de questões enviadas pelo HM, a direcção liderada por Lam Hin San respondeu com um comunicado público justificando a medida com o facto de a “política de prevenção da epidemia entrou numa nova fase”. Recorde-se que no final de Novembro de 2021, a DSAT “para facilitar o rastreamento dos passageiros que partilhem os percursos de autocarros com os casos confirmados do novo tipo de coronavírus”, implementou o plano de registo do nome dos passageiros de autocarros.” A medida teve como objectivo o registo de todos os cartões da Macau Pass, utilizados nos autocarros públicos, com o nome do seu proprietário. Os portadores de cartões que não fizeram o registo deixaram de usufruir dos benefícios de tarifas e, em vez de três patacas, o custo de cada viagem passou para seis patacas. O programa que regista a identidade dos passageiros só será suspenso a 10 de Fevereiro devido à “necessidade de mais tempo para a realização de modificação, teste e actualização gradual dos equipamentos de pagamento electrónico”, altura em que os cartões Macau Pass sem registo de identificação vão voltar a pagar três patacas por viagem. Dados lançados Em relação ao uso dos dados pessoais recolhidos durante o período em que o programa, a DSAT refere que a informação armazenada no plano “de ‘registo do nome dos passageiros de autocarros’ será destruída no prazo de 3 meses após o seu termo, ou seja, no dia 10 de Maio”. Porém, a direcção de serviços salienta que a recolha de dados pessoais de identificação é utilizada para comunicar o extravio de cartões e que os titulares dos cartões podem registar, por sua iniciativa, os dados pessoais junto da “Macau Pass S.A. durante o período transitório, para continuar a usar a função de extravio de cartão”. Durante o período em que tem estado activo, “o plano registou dados de mais de 590 mil cartões da Macau Pass e foram activados mais de 600 mil cartões da Macau Pass.”
Andreia Sofia Silva SociedadeDSPA | Reciclados 11,38 milhões de envelopes “lai si” em seis anos Dados da Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental (DSPA) mostram que, em seis anos, foram reciclados 11,38 milhões de envelopes “lai si”, sendo que há quase 3,15 milhões de envelopes “lai si”, habitualmente distribuídos na altura do Ano Novo Chinês. No processo de reciclagem, têm colaborado entidades como a Associação de Bancos de Macau, a Associação de Educação de Macau, a Associação das Escolas Católicas de Macau, a Associação de Administração de Propriedades de Macau, a Associação dos Merceeiros e Quinquilheiros de Macau, a Associação dos Hoteleiros de Macau e a Associação de Hotéis de Macau. De frisar que a DSPA tem vindo a realizar a actividade “É Muito Fácil Recolher Envelopes ‘Lai Si'” a fim de “estimular a redução de resíduos a partir da fonte”. Entre amanhã e 12 de Fevereiro será possível depositar os velhos dos envelopes de “lai si” para reciclagem, uma actividade levada a cabo pela DSPA em colaboração com serviços públicos, associações, hotéis, bancos, escolas, estabelecimentos comerciais e edifícios habitacionais, entre outros.
Hoje Macau SociedadeUM | Dia aberto mostra universidade apenas online A Universidade de Macau (UM) realizou ontem o tradicional dia aberto, destinado a mostrar a estudantes e às suas famílias as instalações e valências da instituição de ensino superior. Apesar da designação que dá a subentender abertura, a iniciativa decorreu apenas online, com a transmissão em directo de vários eventos e actividades com o objectivo de atrair o interesse dos estudantes. O Dia Aberto propôs-se fornecer informação actual relativa a admissões, valências pedagógicas e resultados de investigação académica. No discurso de abertura, o reitor da UM Yonghua Song indicou que a instituição tem procurado optimizar a organização de disciplinas e programas académicos nos últimos anos, assim como a promoção de investigação académica e do espírito inovador. Em termos curriculares, o responsável destacou o lançamento de programas a ciência dos dados, neurociência cognitiva, inteligência artificial, internet das coisas, ciências biomédicas e saúde pública, com o objectivo de promover a diversificação económica de Macau e apoiar o desenvolvimento de indústrias emergentes.
João Luz Manchete SociedadeHong Kong | Combate ao contrabando de medicamentos para Macau As autoridades de Hong Kong apertaram o controlo ao contrabando de medicamentos para combater sintomas de covid-19. Nos últimos tempos, mais de 10 milhões de dólares de Hong Kong em fármacos “ocidentais”, como Molnupiravir, Paxlovid e Primovir foram apreendidos. Os destinos do contrabando são Macau e o Interior da China A explosão de casos de covid-19 em Macau e no Interior da China criou uma vaga de contrabando de medicamentos relacionados com o novo coronavírus das farmácias de Hong Kong. De acordo com as autoridades alfandegárias da região vizinha, nas últimas seis semanas foram apreendidos nos postos fronteiriços mais de 10 milhões de dólares de Hong Kong (HKD) em medicamentos, com particular incidência nos fármacos Molnupiravir, Paxlovid e Primovir (a versão genérica do Paxlovid, produzido na Índia), com destino a Macau e Interior da China. Citada pelo South China Morning Post, uma fonte das autoridades alfandegárias, com jurisdição sobre a zona costeira de Hong Kong, revelou que parte do contrabando é feito através de lanchas rápidas, mas que medicamentos entram e saem da região disfarçados encomendas. O jornal da região vizinha acrescenta que nas últimas semanas foram apreendidas mais de uma dúzia de encomendas vindas de países europeus, como França e Alemanha, onde foram encontradas embalagens de Paxlovid, apontou a comissária assistente do departamento, Ida Ng Kit-ching. “Nas declarações, os conteúdos eram identificados como chocolates, produtos de madeira e calçado, mas cada encomenda tinha entre algumas centenas a um milhar de comprimidos”. Entre segunda-feira e quarta-feira da semana passada, foram apreendidas duas encomendas vindas da Alemanha e Índia contendo quase 9.000 comprimidos de Paxlovid e Primovir, no valor de 480 mil HKD. Mar, terra e ar Segundo o South China Morning Post, entre 1 de Dezembro e 12 de Janeiro, foram apreendidos nos postos fronteiriços 56 pessoas transportando fármacos avaliados em mais de 660 mil HKD, e 9,5 milhões de HDK escondidos em encomendas. Além dos medicamentos das farmacêuticas Merck e Pfizer, foram também encontradas embalagens de Lianhua Qingwen, o produto de medicina tradicional chinesa usado para tratar sintomas de febre e garganta dorida. Para combater a tendência crescente de contrabando de fármacos, as autoridades de Hong Kong apertaram a fiscalização de pessoas e encomendas. A principal via de saída de medicamentos é pelas fronteiras terrestres. Só nos dias entre 27 de Dezembro e 1 de Janeiro, as autoridades de Hong Kong identificaram cinco camiões que transportavam fármacos para sintomas de covid-19 no valor de 940 mil HKD. Os cinco condutores foram presos. Quem for apanhado a transportar bens não declarados pode ser multado até 2 milhões de HKD e sete anos de prisão, se forem fármacos sem respectiva receita ou documentação que autorize importação, as penalizações podem chegar a mais 100 mil HKD de multa e até 2 anos de prisão.
João Santos Filipe Manchete SociedadeCovid-19 | Alvis Lo nega perda de cadáveres no hospital público O director dos Serviços de Saúde negou o rumor de que teria sido perdido um cadáver no Hospital São Januário e garantiu que as agências funerárias têm capacidade para lidar com o crescente número de mortes registadas no território. No entanto, reconhece que houve desafios para organizar tantos funerais Apesar da vaga de mortes gerada pela coexistência com a covid-19, o director dos Serviços de Saúde recusa a perda de cadáveres no hospital público. As declarações foram prestadas na sexta-feira, em resposta às várias informações que circulam sobre a desorganização no Centro Hospitalar Conde de São Januário face à falta de capacidade para lidar com o crescente número de mortos. “Posso garantir que não houve qualquer perda de corpo, porque temos um sistema de armazenamento adequado para cada falecido, de acordo com as regras de higiene”, afirmou Alvis Lo, à margem da Cerimónia de Entrega de Medalhas e Títulos Honoríficos, citado pela TDM. “Não houve qualquer caso de perda do corpo”, sublinhou. O director dos SSM, garantiu também que há capacidade para lidar o aumento a mortalidade e apelou à população para não se sentir preocupada. “De acordo com o nosso plano de contingência, os corpos são armazenados de forma adequada, nas diferentes instalações de saúde e agências funerárias”, justificou. “Vamos empenhar-nos ao máximo no tratamento adequado dos corpos. Os residentes não precisam de ficar muito preocupados”, vincou. Limites reconhecidos Confirmado foi o desafio causado pelo aumento das mortes nas últimas semanas, que coincidem com a estratégia de convivência com a covid-19. Alvis Lo admitiu que as funerárias enfrentaram problemas para lidar o elevado fluxo de trabalho, mas que a situação deve estar ultrapassada. “Existia uma grande sobrecarga para o tratamento dos corpos. Comunicámos com as agências funerárias e, após um certo esforço dos funcionários do sector, sabemos que, neste momento, o processo de tratamento dos corpos foi melhorado e consegue responder às necessidades dos residentes”, indicou. O director dos SSM considerou igualmente que os problemas foram causados pelo facto de as pessoas quererem realizar funerais de familiares antes do Ano Novo Lunar. “Podemos ver também que antes do Ano Novo Chinês a procura mantém-se elevada, porque muitos familiares querem tratar dos velórios dos falecidos antes deste período”, indicou. Além disso, no início da coexistência, Alvis Lo indicou que vários trabalhadores do sector foram infectados com covid-19, pelo que não puderam trabalhar, e limitaram a capacidade de resposta. Porém, esta fase está ultrapassada. Oito mortes no fim-de-semana Entre sexta-feira e domingo houve mais oito mortes por covid-19, de acordo com os critérios dos Serviços de Saúde. Além disso, neste período, as autoridades admitiram que foram internadas nos hospitais locais mais 30 pessoas devido a covid-19. Segundo a estatística oficial, desde o surgimento da pandemia houve 3.425 casos de covid-19 em Macau.
Hoje Macau Manchete SociedadeSão Januário | Mães e recém-nascidos já podem estar juntos Os Serviços de Saúde de Macau (SSM) voltaram atrás e decretaram que as mães e os filhos recém-nascidos já podem ficar juntos no mesmo quarto, isto depois de ter sido denunciada a situação dos bebés estarem separados das mães no Centro Hospitalar Conde de São Januário (CHCSJ). Numa nota de imprensa, é dito que a mudança surge porque “face ao alívio da situação epidemiológica a pressão causada pela falta de camas no CHCSJ também foi aliviada”. Desta forma, “com vista a poder ser retomada a organização da amamentação, com as mães amamentarem os recém-nascidos no quarto conjunto, com a maior brevidade possível, através da mobilização das camas”, começou a ser retomada, desde ontem, “a área de internamento das enfermarias de cuidados pós-parto”. Desta forma, as “puérperas podem amamentar o seu recém-nascido no quarto conjunto, à semelhança do que sucedia no passado”, apontam os SSM. Sobre as críticas feitas e a “inconveniência causada pela gestão temporária das enfermarias”, o organismo pede “compreensão, tolerância e cooperação dos doentes e seus familiares”. Cai o registo Horas antes de decidirem juntar as mães e os seus filhos, os SSM anunciaram que as mulheres que quisessem amamentar no hospital público poderiam fazê-lo dez horas após o parto e mediante registo. Macau cancelou recentemente as medidas de prevenção e controlo da covid-19 e está a viver o maior surto desde o início da pandemia. “A fim de responder eficazmente à situação epidémica”, as mães, que eram mantidas separadas dos filhos, tiravam leite e o “recém-nascido era alimentado por uma enfermeira especializada”, explicaram os SSM num outro comunicado. A permissão da amamentação directa surgiu depois de Ana Jael Tavares, portuguesa a viver em Macau, denunciar ter sido impedida de ver a filha nas primeiras 30 horas após o parto. Associação preocupada Na sequência deste caso, a Associação Promotora de Aleitamento e Cuidados Infantis de Macau (APACIM) expressou preocupação com a separação à nascença de mães e bebés no único hospital público do território. “É difícil de acreditar”, reagiu à Lusa a presidente da APACIM, que se mostrou “bastante surpreendida com a notícia”. Virginia Tam realçou que, mesmo que a mãe tenha covid-19 – o que não era o caso de Ana Jael Tavares – a medida “não está em conformidade com as directrizes da Organização Mundial de Saúde [OMS]” no que diz respeito à amamentação. “Desde o início [da pandemia], o requisito é que as mães fiquem com o bebé e cumpram os requisitos de higiene, como o uso de máscara, a lavagem frequente de mãos, mas a preferência é que a mãe e o bebé sejam mantidos juntos”, realçou a responsável, notando ainda “os benefícios do contacto pele com pele” entre mãe e filhos logo após o nascimento para, entre outros, facilitar a amamentação.
João Luz SociedadeCotai | Hotéis lotados na semana de Ano Novo Lunar A grande maioria dos hotéis de cinco estrelas situados no Cotai já estão completamente esgotados para a semana do Ano Novo Chinês. Recorde-se que o Conselho de Estado da China decretou férias durante o período entre 21 e 27 de Janeiro, enquanto que em Hong Kong os feriados públicos decorrem entre 23 e 25 de Janeiro. Desde quarta-feira, as unidades hoteleiras de resorts como o City of Dreams, Galaxy Macau e Londoner Macau já não tinham quartos disponíveis para nenhuma das noites da semana de feriados, de acordo com uma pesquisa feita pela GGR Asia às plataformas oficiais de reservas dos hotéis. Segundo o portal, as unidades hoteleiras esgotadas são as torres Nüwa, Morpheus Hotel, e Grand Hyatt Macau no City of Dreams Macau, Galaxy Hotel, Banyan Tree Macau, Hotel Okura Macau, JW Marriott Hotel Macau e o The Ritz-Carlton no complexo do Galaxy. Quanto aos hotéis em resorts da Sands China, estão esgotados o St Regis Macao, The Londoner Hotel, Londoner Court, Conrad Macao, Sheraton Grand Macao e The Londoner Macao, The Venetian Macao, The Parisian Macao e Four Seasons Hotel Macao. Hotéis como o Wynn Palace e o MGM Cotai estão também esgotados na maioria dos dias do Ano Novo Chinês.
Hoje Macau SociedadeDST | Falta de transportes limita número de visitantes As autoridades de Macau disseram ontem esperar um máximo de 50 mil visitantes diários no Ano Novo Lunar, menos 70 por cento do que antes da pandemia, devido à situação ainda irregular dos transportes marítimos e aéreos. “Ainda há o problema dos transportes, não vamos conseguir ter todas as carreiras de ‘ferries’ a funcionar como antes da pandemia. É impossível a retoma total dos voos e, por isso, é mais uma questão dos transportes que trazem os turistas”, justificou o director substituto da Direcção dos Serviços de Turismo (DST), Cheng Wai Tong. Durante o Ano Novo Lunar de 2019, visitaram Macau 170 mil turistas por dia, sublinhou o responsável, que prevê para este ano “entre 40 e 50 mil visitantes diariamente”. “Não vamos conseguir de um momento para o outro registar o mesmo número de visitantes” que em 2019, notou. Relativamente às reservas hoteleiras para a época festiva, o representante da DST sublinhou que, neste momento, a taxa situa-se entre os 30 a 50 por cento. O sector hoteleiro, severamente afectado pela pandemia, ainda “não consegue dispor de todos os quartos”, constatou Cheng. E enfatizou que a causa é a falta de mão-de-obra: “Neste momento, estão a ser feitos ajustamentos, [os hotéis] precisam de tempo para recrutar trabalhadores”.
Hoje Macau Manchete SociedadeTurismo | Portas abertas aos turistas do Interior Após três anos com apertadas restrições de circulação, os turistas do Interior podem finalmente viajar para Macau e aproveitar a gastronomia local. E os restaurantes e lojas locais não têm mãos a medir para a nova procura As ruas de Macau voltaram a encher-se de turistas do interior da China que, pela primeira vez desde o início da pandemia, podem entrar no território sem qualquer restrição. “A última vez que vim foi há um ano e as políticas de entrada eram bem mais rígidas nessa altura. A 8 de Janeiro, as restrições foram relaxadas e, desta vez, o processo correu sem percalços”, disse à Lusa Xue Yu Huan, que está em Macau pela terceira vez. De máscara na rua, junto a uma fila perto de um Starbucks, Xue, que chegou há pouco de Changzhou, na província de Jiangsu, no leste chinês, realçou que o “turismo particularmente bem desenvolvido” é o “maior atractivo” de Macau. Na Taipa velha, centro de uma das ilhas de Macau, são evidentes os sinais de movimento, com muitos turistas apressados, cheios de sacos de compras, um cenário que contraria o deserto que eram as ruas do território há poucos meses. O governo local, seguindo as directivas de Pequim, diminuiu as restrições e o resultado foi o regresso dos turistas. “Vim a Macau sobretudo pelo turismo e pela gastronomia, que é particularmente apelativa, como tripas de vaca, que gosto muito”, completou Xue, que falou à Lusa na rua do Cunha, uma das zonas mais movimentadas da Taipa velha. Nesse mesmo local, à espera numa longa fila para comer tripas de vaca no estabelecimento Lao Day está Wong Yucheng, jovem de Nanjing, cidade da província de Jiangsu, no centro-leste do país. Falando à Lusa ao lado de duas jovens que conversavam animadamente enquanto comiam uma sandes, Wong insistiu que a gastronomia de Macau é um dos motivos da viagem. “Gosto da comida característica”, salientou Wong, nomeando “barbatana de tubarão e bolos” como as iguarias locais mais tradicionais. Sem mãos a medir A poucos metros do Lao Day, Lo Jun Keng, proprietária da Casa de Bolos Man Kei não tem mãos a medir: “Há muito fluxo de pessoas, o negócio está a operar a 70 por cento ou 80 por cento do ano de 2019 durante o período de férias”. Do outro lado do rio das Pérolas, no coração de Macau, Jing Liang, da cidade de Shenzhen, disse que esperou três anos para poder regressar a Macau e mostrar a cidade ao filho. À Lusa, Jing notou que em Macau espera comer a tradicional costeleta no pão, que se encontra um pouco por toda a cidade, e visitar as Ruínas de São Paulo, ex-líbris do território, ou a Torre de Macau. “Sinto que não há pandemia, já passou. Já deve ter voltado tudo ao normal, já passaram três anos”, disse.Neste sentido, Jason Zeng, que se encontrava na base da escadaria das Ruínas de São Paulo, admitiu concordar com a política de ‘zero covid’, porque “cada país tem um sistema diferente” e a China, “claro, preocupa-se com a população”. O lugar de eleição em Macau deste natural de Chengdu, capital da província de Sichuan, é o Cotai, área onde estão localizados vários casinos do território. “Especialmente à noite, como a vista nocturna do Venetian, do Londoner, etc”.
João Luz SociedadeSão Januário | Teste deixa ser exigido à entrada A partir de hoje, deixa de ser exigido a quem entrar no Centro Hospitalar Conde de São Januário (CHCSJ) e nos Centros/Postos de Saúde a exibição do código se saúde, medição de temperatura corporal e a realização de teste rápido de antigénio, indicaram ontem os Serviços de Saúde. As autoridades ressalvam, porém, que “utentes com febre e/ou sintomas respiratórios devem fazer teste de antigénio antes de se deslocarem ao CHCSJ e apresentar o resultado do dia em que recorreram à consulta médica. A exigência de uso de máscara cirúrgica normal ou de padrão superior durante a permanência no hospital continua a vigorar, não se aplicando a crianças com menos de 3 anos de idade. No que diz respeito a visitas a doentes internados, as autoridades indicam que nas enfermarias gerais os horários disponíveis são entre 13h e as 16h e entre 18h e 20h. Quanto às enfermarias de urgência e de isolamento, e no Centro de Tratamento Comunitário, as visitas estão limitadas a dois familiares entre as 18h e as 20h. No Centro Clínico de Saúde Pública do Alto de Coloane as visitas são também reservadas a dois familiares entre as 14h e as 16h.
João Luz Manchete SociedadeJustiça | AL veta testemunhos de Chui Sai Cheong, Chui Sai Peng e Vong Hin Fai Depois do afastamento da possibilidade de Chui Sai On testemunhar no caso que julga os ex-directores das Obras Públicas e empresários de construção, foi a vez de Vong Hin Fai, Chui Sai Cheong e Chui Sai Peng não terem sido autorizados pela Assembleia Legislativa a contar o que sabem em tribunal O trio de deputados Vong Hin Fai, Chui Sai Cheong e Chui Sai Peng não foram autorizados a testemunhar em tribunal no julgamento dos ex-directores das Obras Públicas Jaime Carion e Li Canfeng, assim como os empresários Sio Tak Hong, William Kuan e Ng Lap Seng. Os legisladores foram chamados a depor perante o colectivo de juízes, porém, a Assembleia Legislativa não deu autorização para comparecerem em tribunal, segundo indicou ontem a TDM – Rádio Macau, que acrescenta que Vong Hin Fai teria sido arrolado para testemunhar na sessão de julgamento que decorreu ontem no Tribunal Judicial de Base. Não é a primeira vez que elementos de órgãos de soberania da RAEM são afastados de testemunhar no caso que julga as ligações entre empresários de construção e altos cargos da Administração. No mês passado foi noticiado que Ho Iat Seng não autorizou que o seu antecessor, Chui Sai On, fosse arrolado como testemunha no julgamento, onde tem sido referência constante por parte de testemunhas enquanto elemento chave na aprovação de um dos projectos de construção que estão no cerne da acusação. Recorde-se que também o secretário para os Transportes e Obras Públicas, Raimundo do Rosário, e o seu antecessor Lao Si Io foram chamados a testemunhar em tribunal, mas Ho Iat Seng rejeitou igualmente os pedidos. Conceito de normal Durante a sessão de ontem, o colectivo de juízes ouviu o testemunho de funcionários das Obras Públicas. Uma das testemunhas que trabalhou na Administração enquanto Jaime Carion era director afirmou que a empresa de Sio Tak Hong apresentou duas propostas para o polémico projecto do Alto de Coloane e que, normalmente, estes projectos eram avaliados de acordo a razoabilidade da candidatura, no efeito que tem no ambiente da área onde está localizado. Segundo o canal chinês da Rádio Macau, a testemunha adiantou que normalmente é dada prioridade ao interesse público e são tidas em consideração os pareceres da Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental e do Instituto Cultural. Porém, em Dezembro de 2009, Jaime Carion ordenou que a altura de construção do projecto fosse aumentada, algo que a testemunha afirmou não ser prática comum. Esta semana foi indicado no tribunal que para o mega-projecto Windsor Arch, promovido por William Kwan Wai Lam e Ng Lap Seng, havia uma lista com várias personalidades políticas de Macau que teriam acesso a preços especiais mais baratos para adquirir apartamentos.
Hoje Macau SociedadeJuiz do caso Tak Chun acusado de forçar respostas de testemunha A sessão de ontem do processo do grupo Tak Chun ficou marcada por uma intensa troca de palavras entre o advogado de defesa e o juiz Lam Peng Fai. Segundo o portal Macau News Agency (MNA), o advogado Ai Linzhi, representante da arguida Cherie Wong Pui Keng, acusou o juiz de forçar uma testemunha a prestar declarações. O juiz negou a acusação, mas o advogado exigiu o acesso à gravação da sessão em tribunal para rever o que foi dito. Tudo aconteceu quando uma antiga funcionária do grupo Tak Chun com funções de chefia, Sandra Chan Hoi Ian, prestou declarações. Quando o procurador Lai U Hou a questionou, por diversas vezes, sobre o verdadeiro papel de Cherie Wong nas alegadas apostas ilegais, Sandra Chan Hoi Ian não terá dado nenhuma resposta afirmativa. Foi então que o juiz Lam Peng Fai declarou que as respostas desta testemunha estavam a ser “vagas” e “absurdas”. “Sinto que está a esconder algo… Quer proteger alguém. A lógica que persiste em todas as suas respostas é que os empregados de base [da Tak Chun] automaticamente fizeram tudo autonomamente e instruíram os outros para atingir os objectivos… e os executivos séniores não tinham nada a ver. Esta explicação é simplesmente ridícula”, acusou ainda. O juiz continuou apontando que o testemunho de Sandra Chan Hoi Ian “levou 23 minutos a ouvir”. “Se a situação continuar assim nos próximos 30 minutos… Vou ter de pedir ao procurador para a acusar de perjúrio”, adiantou. Mais do mesmo Segundo o portal MNA, esta não é a primeira vez que o juiz Lam reage à forma como as testemunhas falam em tribunal. O advogado, Ai Linzhi, ripostou, frisando que um juiz “não pode obrigar uma testemunha a falar”. O juiz Lam disse que não exigiu à testemunha “para dar determinadas respostas”. “Apenas lembrei a testemunha de que… o tribunal não tolera mentiras. Pensa que é razoável ser enganado [por uma testemunha]? Não posso fazer nada se decide interpretar as coisas dessa forma”, respondeu o juiz. Recorde-se que o julgamento do caso Tak Chun, antiga empresa de junkets, decorre no Tribunal Judicial de Base (TJB), estando Levo Chan, ex-CEO e mais sete indíviduos acusados de organização criminosa, gestão de operações de jogo ilegal, fraude e lavagem de dinheiro. O Governo exige o pagamento de 575.2 milhões de dólares de Hong Kong por compensação devido ao jogo ilegal, sobre o qual não foram obtidos impostos para a Administração. As seis operadoras, à excepção da Melco, pedem cerca de 134 milhões de dólares de Hong Kong.
João Luz Manchete SociedadeTurismo | DST espera atrair 10 mil visitantes de Hong Kong por dia Em três dias, Macau recebeu quase 110 mil visitantes, um aumento súbito que terá de ser acompanhado pela readaptação do sector que perdeu grande parte da mão-de-obra nos últimos três anos. O Governo espera atrair 10 mil turistas de Hong Kong diariamente Entre domingo e terça-feira, entraram em Macau 109.386 visitantes, números a que o território já se vinha desabituando, apesar de contemplarem dois dias de semana. De acordo com dados divulgados ontem pelo Corpo de Polícia de Segurança Pública, atravessaram a fronteira para o território, numa média diária, cerca de 36.500 visitantes durante o período mencionado. Prevendo que o fluxo de turistas continue a aumentar, Governo e representantes do sector dão sinais de necessidade de ajustes para dar resposta ao retorno do elevado número de visitantes. Grande parte das agências de viagens do território estão reduzidas a metade dos recursos humanos existentes antes da pandemia, mão-de-obra que não é suficiente para responder ao aumento do volume de trabalho, indicou ontem o presidente da Associação de Indústria Turística de Macau, Andy Wu. Em declarações ao programa Fórum Macau, do canal chinês da Rádio Macau, Andy Wu acrescentou que para responder ao aumento súbito da procura, as agências turísticas terão de contratar a curto-prazo profissionais, em especial funcionários a tempo parcial. O responsável salientou também a necessidade de adaptação das próprias autoridades, dando como exemplo as dificuldades sentidas por algumas empresas de excursões cujos autocarros foram impedidos de estacionar no parque do Posto Fronteiriço de Hengqin. Isco da pataca Também algumas unidades hoteleiras necessitam de trabalhadores, não só devido a infecções de covid-19, mas devido a cortes no pessoal verificados nos últimos três anos, afirmou Cheng Wai Tong, vice-director dos Serviços de Turismo (DST). O responsável adiantou que poderá ser difícil recuperar a curto-prazo o volume de mão-de-obra suficiente. Uma das críticas partilhadas por ouvintes do programa é a forma como o Governo procura atrair turistas, com ofertas de viagens e descontos, tendo sido pedido prudência no uso do erário público e desvio do foco para o enriquecimento da qualidade dos eventos, em vez de “dar dinheiro às cegas”. O vice-director da DST negou que o Governo esteja a gastar fundos irracionalmente e argumentou que a crise trazida pela pandemia reduziu a vontade dos turistas em gastar dinheiro. Além disso, Cheng Wai Tong revelou que o sector turístico de Hong Kong também irá promover campanhas de descontos e ofertas semelhantes para atrair turistas de Macau. O representante do Governo apontou como objectivo a meta de 10 mil turistas por dia vindos de Hong Kong, lembrando que antes da pandemia o número de visitantes diários oriundos da região vizinha rondava os 20 mil.
Hoje Macau SociedadeProtecção de dados | Empresa multada por violação de lei A empresa Hong Kong Zhufin Information Technology Co., Limited foi multada 40 mil patacas pelo Gabinete para a Protecção de Dados Pessoais (GPDP), devido a acções de telemarketing sem o consentimento do visado. A informação foi revelada ontem, através da publicação pelo GPDP de um anúncio de “censura pública”, em Boletim Oficial. A empresa é administrada por Liu Yuan. Segundo a informação publicada na censura pública, entre as 40 mil patacas de multa, 30 mil foram justificadas pelo facto de a empresa ter realizado telemarketing sem consentimento do titular dos dados, de quem alegadamente terá partido a queixa para este processo. Como ao telefonar ao visado, a empresa também “não forneceu as respectivas informações do tratamento, nem assegurou o seu conhecimento por parte do titular dos dados” foi alvo de outra multa de 5 mil patacas. A esta juntou-se ainda outra multa de mais 5 mil patacas, pelo facto de não ter parado com as campanhas de publicidade, mesmo depois de ter recebido um pedido para tal do visado. Além das multas que totalizam 40 mil patacas, foi aplicada à Hong Kong Zhufin Information Technology Co., Limited a pena acessória de “proibição temporária ou definitiva do tratamento, o bloqueio, o apagamento ou a destruição total ou parcial dos dados”.
João Santos Filipe Manchete SociedadeSegurança | Polícia apanhado a verificar entradas e saídas sem autorização Ao contrário do que acontece com outros crimes, o Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP) omitiu vários factos na mensagem enviada aos média, como a utilização dada aos registos acedidos de forma ilegal Um agente a Polícia de Segurança Pública foi apanhado a verificar vários registos de entradas e saídas sem autorização. O caso foi revelado pelo Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP), na terça-feira. Ao contrário do que acontece na maior parte dos casos e com as informações divulgadas sobre os crimes praticados, o CPSP omitiu vários dados na comunicação normalmente disponibilizada à imprensa, como o apelido do suspeito e a sua idade. Através da pouca informação divulgada, também não é possível saber como eram utilizados os dados recolhidos pelo agente, uma vez que o CPSP se limita a dizer que o agente “teve um comportamento impróprio”. “Através de mecanismos de supervisão interno, o CPSP descobriu que uma pessoa do Departamento de Controlo de Migração acedeu aos registos de entradas e saídas várias vezes”, foi revelado. “Suspeita-se que essa pessoa utilizou a sua posição de forma indevida e que teve um comportamento impróprio”, foi acrescentado. Abuso de poder Quando interrogado sobre o acesso indevido aos dados das entradas e saídas do território, o agente terá confessado ter consultado os mesmos, sem qualquer autorização. De acordo com a mensagem do CPSP, o caso foi enviado para o Ministério Público, e o indivíduo está indicado pela prática do crimes de abuso de poder, que acarreta uma pena que pode chegar a três anos de prisão. “O CPSP reitera que tem sempre exigido aos agentes policiais que cumpram rigorosamente as regras de conduta disciplinar e os agentes que violarem a lei e a disciplinas serão indubitavelmente tratados com a maior seriedade nos termos da lei, efectivando-se as respectivas responsabilidades”, foi expresso no comunicado onde se foi revelou o alegado crime. Além disso, o CPSP afirma ter instaurado ontem um processo disciplinar ao agente, com “suspensão preventiva de funções” enquanto se aguarda pelo desfecho deste procedimento. Esta não é a primeira vez que crimes do género são registados dentro das polícias de Macau, tendo havido pelo menos mais duas ocorrências que foram tornadas públicas, em 2021 e 2019.