Cibercrime | Pedidas mais explicações sobre buscas transfronteiriças

Numa reunião que contou com membros do Executivo, a 1ª Comissão Permanente da Assembleia Legislativa (AL) defendeu a importância de alterar a lei do combate à criminalidade informática, de forma a permitir o acesso a dados informáticos fora de Macau

 

[dropcap]O[/dropcap]s membros da 1ª Comissão Permanente da Assembleia Legislativa reuniram ontem para discutir, pela segunda vez, as alterações à lei da criminalidade informática. Numa reunião que serviu para abordar apenas “alterações pontuais da lei vigente”, o presidente da Comissão Ho Ion Sang frisou que um dos temas que carece de análise e que é da maior importância para o caso, diz respeito à possibilidade de admitir o acesso a dados informáticos situados fora da RAEM.

“Da resposta dada hoje [ontem] (…) pelo Governo, neste momento a lei restringe a recolha de provas meramente ao território de Macau e, por isso, esperamos que no futuro com esta alteração, seja possível proceder à recolha de provas de dados existentes fora da RAEM, tendo em conta o desenvolvimento social (…), os crimes praticados na internet ou até as situações criminosas verificadas nas estações ilegais simuladas”, explicou Ho Ion Sang.

A actualização diz respeito à eliminação da expressão “situado na RAEM”, que consta no artigo dedicado às medidas especiais da actual lei, permitindo assim que as autoridades judiciais avaliem em cada caso concreto, havendo razões para isso, se existem condições de legitimidade para recolher cópias de dados informáticos guardados noutras jurisdições, ou seja, fora de Macau. “Ainda não tivemos tempo para abordar aprofundadamente esta questão com o Governo, mas nas futuras reuniões vamos discuti-la”, acrescentou o presidente da Comissão.

De acordo com a proposta de alteração de lei, a preocupação está também relacionada com a proliferação das chamadas “estações ilegais simuladas”, que se fazem passar por estações de telecomunicações legítimas e que podem facilmente operar além-fronteiras. Localizadas geralmente em postos fronteiriços ou zonas de grande afluência de pessoas, estas estações enviam mensagens com conteúdo relacionado com actividades ilegais, podendo interferir com a privacidade dos receptores.

De acordo com Ho Ion Sang, o Governo esclareceu ontem também quais os dados informáticos susceptíveis de ser extraídos em caso de ocorrência de um crime informático. Segundo a proposta de alteração da lei, podem ser consultados dados de navegação, informações acerca do software e hardware, documentação digital e informações constantes de aplicações ou redes sociais, excepto informações de comunicações.

Quanto à forma de actuar para a obtenção destes dados, o presidente da 1ª Comissão Permanente da AL referiu que o Governo esclareceu que o “acesso aos dados não é feito arbitrariemente”.

“Quando se procede à investigação de um crime informático para recolher provas (…) é sempre preciso uma ordem judicial. Numa situação urgente, a polícia pode aceder ao computador ou ao sistema informático, mas tem de requerer a ordem do juiz dentro de 72 horas”, esclareceu Ho Ion Sang.

Advogados de fora

Após a reunião, Ho Ion Sang revelou ainda que a comissão apresentou ao Governo um parecer da Associação dos Advogados sobre o diploma. No entanto, segundo o Presidente da Comissão, “o Governo não ouviu a associação dos advogados” por “não se tratar de uma alteração do regime criminal”.

“Como as alterações desta vez são (…) pontuais, se calhar os advogados pretendem, no futuro, em relação ao combate de criminalidade, que o Governo possa proceder a uma alteração geral da lei ou uma revisão geral da lei, porque a lei foi aplicada há mais de dez anos”, explicou Ho Ion Sang aos jornalistas.

23 Jan 2020

Cibercrime | Pedidas mais explicações sobre buscas transfronteiriças

Numa reunião que contou com membros do Executivo, a 1ª Comissão Permanente da Assembleia Legislativa (AL) defendeu a importância de alterar a lei do combate à criminalidade informática, de forma a permitir o acesso a dados informáticos fora de Macau

 
[dropcap]O[/dropcap]s membros da 1ª Comissão Permanente da Assembleia Legislativa reuniram ontem para discutir, pela segunda vez, as alterações à lei da criminalidade informática. Numa reunião que serviu para abordar apenas “alterações pontuais da lei vigente”, o presidente da Comissão Ho Ion Sang frisou que um dos temas que carece de análise e que é da maior importância para o caso, diz respeito à possibilidade de admitir o acesso a dados informáticos situados fora da RAEM.
“Da resposta dada hoje [ontem] (…) pelo Governo, neste momento a lei restringe a recolha de provas meramente ao território de Macau e, por isso, esperamos que no futuro com esta alteração, seja possível proceder à recolha de provas de dados existentes fora da RAEM, tendo em conta o desenvolvimento social (…), os crimes praticados na internet ou até as situações criminosas verificadas nas estações ilegais simuladas”, explicou Ho Ion Sang.
A actualização diz respeito à eliminação da expressão “situado na RAEM”, que consta no artigo dedicado às medidas especiais da actual lei, permitindo assim que as autoridades judiciais avaliem em cada caso concreto, havendo razões para isso, se existem condições de legitimidade para recolher cópias de dados informáticos guardados noutras jurisdições, ou seja, fora de Macau. “Ainda não tivemos tempo para abordar aprofundadamente esta questão com o Governo, mas nas futuras reuniões vamos discuti-la”, acrescentou o presidente da Comissão.
De acordo com a proposta de alteração de lei, a preocupação está também relacionada com a proliferação das chamadas “estações ilegais simuladas”, que se fazem passar por estações de telecomunicações legítimas e que podem facilmente operar além-fronteiras. Localizadas geralmente em postos fronteiriços ou zonas de grande afluência de pessoas, estas estações enviam mensagens com conteúdo relacionado com actividades ilegais, podendo interferir com a privacidade dos receptores.
De acordo com Ho Ion Sang, o Governo esclareceu ontem também quais os dados informáticos susceptíveis de ser extraídos em caso de ocorrência de um crime informático. Segundo a proposta de alteração da lei, podem ser consultados dados de navegação, informações acerca do software e hardware, documentação digital e informações constantes de aplicações ou redes sociais, excepto informações de comunicações.
Quanto à forma de actuar para a obtenção destes dados, o presidente da 1ª Comissão Permanente da AL referiu que o Governo esclareceu que o “acesso aos dados não é feito arbitrariemente”.
“Quando se procede à investigação de um crime informático para recolher provas (…) é sempre preciso uma ordem judicial. Numa situação urgente, a polícia pode aceder ao computador ou ao sistema informático, mas tem de requerer a ordem do juiz dentro de 72 horas”, esclareceu Ho Ion Sang.

Advogados de fora

Após a reunião, Ho Ion Sang revelou ainda que a comissão apresentou ao Governo um parecer da Associação dos Advogados sobre o diploma. No entanto, segundo o Presidente da Comissão, “o Governo não ouviu a associação dos advogados” por “não se tratar de uma alteração do regime criminal”.
“Como as alterações desta vez são (…) pontuais, se calhar os advogados pretendem, no futuro, em relação ao combate de criminalidade, que o Governo possa proceder a uma alteração geral da lei ou uma revisão geral da lei, porque a lei foi aplicada há mais de dez anos”, explicou Ho Ion Sang aos jornalistas.

23 Jan 2020

Diplomatas e especialistas analisam avaliação externa do Fórum Macau

[dropcap]O[/dropcap] relatório relativo à avaliação externa efectuada ao Fórum Macau foi analisado nos passados dias 16 e 17, mas só ontem foi emitido um comunicado sobre a reunião que juntou “especialistas de nove países e dez partes do Fórum Macau”, que “apresentaram várias opiniões e propostas pertinentes, melhorando o relatório de avaliação”. De frisar que o documento não foi tornado público.

A avaliação externa ao Fórum Macau, que já conta com 15 anos de existência, contou com profissionais do corpo diplomático dos países de língua portuguesa em Pequim e da equipa de avaliação da Academia de Ciências Sociais da China, num total de 30 pessoas.

Xu Yingzhen, secretária-geral do Fórum Macau, disse esperar que “o relatório de avaliação permita que mais pessoas adquiram conhecimento sobre a história de evolução do Fórum de Macau e das relações económicas e comerciais entre a China e os Países de Língua Portuguesa”, além de disponibilizar “mais experiência e sugestões de referência para o futuro desenvolvimento do Fórum de Macau”.

Das opiniões

Malam Sambú Interviu, embaixador da Guiné-Bissau em Pequim, disse que o relatório em causa “permite apresentar os resultados obtidos nos últimos 15 anos do estabelecimento do Fórum de Macau e os desafios a enfrentar, facilitando o planeamento da orientação de trabalho para curto e médio prazo e elevando a eficiência de funcionamento do Fórum de Macau”. Isto “com vista a promover a optimização das cooperações, bem como fomentar o desenvolvimento económico dos países envolvidos”.

Para este responsável, é necessário “enriquecer o mecanismo de cooperação nos âmbitos de economia, comércio e finanças e desempenhar o papel do Fundo de Cooperação e Investimento entre a China e os Países de Língua Portuguesa para financiar as pequenas e médias empresas”.

A reunião incluiu ainda uma visita ao Centro de Exposição dos Produtos Alimentares dos Países de Língua Portuguesa e o Complexo da Plataforma de Serviços para a Cooperação Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa, “com o objectivo de conhecerem a evolução das obras das instalações da plataforma de Macau”.

22 Jan 2020

AL | Pedidas explicações à Macau Investimento e Desenvolvimento S.A.

A análise à execução orçamental de 2018 levou a 2.ª Comissão da Assembleia Legislativa a pedir mais explicações à empresa que faz investimentos no Interior da China, bem como a outros Fundos com capitais públicos

 

[dropcap]N[/dropcap]uma altura em que são cada vez mais os deputados eleitos pela via directa que alertam o Governo para a necessidade de legislar a obrigação das empresas com capitais públicos adoptarem práticas de transparência, a Macau Investimento e Desenvolvimento S.A. vai ser chamada às reuniões da 2.ª Comissão da Assembleia Legislativa para explicar a execução orçamental de 2018. A revelação foi feita ontem pelo deputado Chan Chak Mo, no final de um encontro dos deputados da comissão.

O presidente da comissão explicou que todo o orçamento de 2018 foi auditado pelo Comissariado de Auditoria (CA), sem que houvesse qualquer reservas. Contudo, os legisladores querem pormenores sobre os gastos dos serviços, principalmente quando estes ficam muito abaixo do orçamento.

No que diz respeito à Macau Investimento e Desenvolvimento S.A., o objectivo dos deputados é ficaram melhor informados a respeito dos investimentos sobre esta empresa com capitais públicos: “A Macau Investimento e Desenvolvimento S.A. tem grandes investimentos no Parque de Medicina Tradicional Chinesa”, sustentou Chan Chak Mo.

Fundos na gaveta

Além da Macau Investimento e Desenvolvimento S.A., os deputados querem ouvir igualmente os dirigentes do Fundo de Desenvolvimento de Apoio à Pesca, Fundo de Desenvolvimento Industrial e de Comercialização, o Fundo de Reparação Predial, Fundo para a Protecção Ambiental e Conservação Energética e o Fundo de Pensões.

O Fundo de Pensões é chamado depois de ter gerado prejuízos de 1,2 mil milhões de patacas, entre os quais 400 milhões se terão ficado a dever a investimentos. “Em 2018 houve 1,2 mil milhões de patacas em prejuízos. É o que está indicado nos documentos. Houve prejuízos nos investimentos de 400 milhões.

Queremos que os representantes façam uma apresentação sobre a situação do Fundo de Pensões. Os montantes são avultados”, indicou o presidente da 2.ª Comissão Permanente.

Contudo, a baixa execução orçamental é a principal causa para a chamada dos restantes fundos: “Queremos saber a razão da taxa de execução orçamental ser baixa. Estamos a falar de fundos que têm um grande orçamento para resolver problemas, mas se não gastam também não resolvem as situações. Queremos perceber esse aspecto. Se a taxa de execução for muito baixa, vamos procurar as razões”, explicou.

Antes das reuniões com os respectivos departamentos, os deputados vão esperar por informação extra como demonstrações financeiras, registo dos fluxos de capitais e o balanço dos resultados das empresas com capitais públicos. Só depois de recebida esta informação, o que deverá acontecer já depois do Ano Novo Chinês, é que terá lugar o encontro com os dirigentes dos respectivos departamentos.

22 Jan 2020

AL | Pedidas explicações à Macau Investimento e Desenvolvimento S.A.

A análise à execução orçamental de 2018 levou a 2.ª Comissão da Assembleia Legislativa a pedir mais explicações à empresa que faz investimentos no Interior da China, bem como a outros Fundos com capitais públicos

 
[dropcap]N[/dropcap]uma altura em que são cada vez mais os deputados eleitos pela via directa que alertam o Governo para a necessidade de legislar a obrigação das empresas com capitais públicos adoptarem práticas de transparência, a Macau Investimento e Desenvolvimento S.A. vai ser chamada às reuniões da 2.ª Comissão da Assembleia Legislativa para explicar a execução orçamental de 2018. A revelação foi feita ontem pelo deputado Chan Chak Mo, no final de um encontro dos deputados da comissão.
O presidente da comissão explicou que todo o orçamento de 2018 foi auditado pelo Comissariado de Auditoria (CA), sem que houvesse qualquer reservas. Contudo, os legisladores querem pormenores sobre os gastos dos serviços, principalmente quando estes ficam muito abaixo do orçamento.
No que diz respeito à Macau Investimento e Desenvolvimento S.A., o objectivo dos deputados é ficaram melhor informados a respeito dos investimentos sobre esta empresa com capitais públicos: “A Macau Investimento e Desenvolvimento S.A. tem grandes investimentos no Parque de Medicina Tradicional Chinesa”, sustentou Chan Chak Mo.

Fundos na gaveta

Além da Macau Investimento e Desenvolvimento S.A., os deputados querem ouvir igualmente os dirigentes do Fundo de Desenvolvimento de Apoio à Pesca, Fundo de Desenvolvimento Industrial e de Comercialização, o Fundo de Reparação Predial, Fundo para a Protecção Ambiental e Conservação Energética e o Fundo de Pensões.
O Fundo de Pensões é chamado depois de ter gerado prejuízos de 1,2 mil milhões de patacas, entre os quais 400 milhões se terão ficado a dever a investimentos. “Em 2018 houve 1,2 mil milhões de patacas em prejuízos. É o que está indicado nos documentos. Houve prejuízos nos investimentos de 400 milhões.
Queremos que os representantes façam uma apresentação sobre a situação do Fundo de Pensões. Os montantes são avultados”, indicou o presidente da 2.ª Comissão Permanente.
Contudo, a baixa execução orçamental é a principal causa para a chamada dos restantes fundos: “Queremos saber a razão da taxa de execução orçamental ser baixa. Estamos a falar de fundos que têm um grande orçamento para resolver problemas, mas se não gastam também não resolvem as situações. Queremos perceber esse aspecto. Se a taxa de execução for muito baixa, vamos procurar as razões”, explicou.
Antes das reuniões com os respectivos departamentos, os deputados vão esperar por informação extra como demonstrações financeiras, registo dos fluxos de capitais e o balanço dos resultados das empresas com capitais públicos. Só depois de recebida esta informação, o que deverá acontecer já depois do Ano Novo Chinês, é que terá lugar o encontro com os dirigentes dos respectivos departamentos.

22 Jan 2020

Chefe do Executivo quer que comunidade macaense participe “nos projectos da nova era”

[dropcap]O[/dropcap] Chefe do Executivo, Ho Iat Seng, almoçou ontem com membros da comunidade macaense por ocasião da chegada do Ano Novo Chinês e frisou a importância da sua participação nos projectos políticos e económicos do país, tal como a Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau e “Uma Faixa, Uma Rota”. Projectos que, para Ho Iat Seng, são um símbolo da “nova era”.

“A nova era não só traz novas oportunidades para o desenvolvimento da RAEM, como também cria um espaço mais amplo para os macaenses desenvolverem as suas capacidades e realizarem as suas aspirações. Espero que a comunidade macaense participe activamente nos projectos da nova era e desenvolva as suas próprias vantagens”, declarou Ho Iat Seng citado por um comunicado oficial.

Para o Chefe do Executivo, as vantagens da comunidade passam pelo facto de existir “uma diáspora espalhada pelo mundo e a partilha de uma mesma língua com os países de língua portuguesa”. Estes factores contribuem “para a criação de uma rede de contactos de excelência que potencia o seu papel de ponte entre a China e os países de língua portuguesa”.

Ho Iat Seng destacou também no seu discurso a realização, o ano passado, de mais uma edição do Encontro das Comunidades Macaenses. Trata-se de um “importante evento para a comunidade macaense, que acontece a cada três anos”, sendo que, no ano passado, “cerca de 1000 macaenses, aqui residentes e vindos da diáspora, juntaram-se em Macau, o que contribuiu para fortalecer contactos e amizade e, também, para aprofundar o seu conhecimento sobre o mais recente desenvolvimento da RAEM”, frisou.

“Contributos” macaenses

No seu discurso, Ho Iat Seng lembrou a visita que o Presidente Xi Jinping realizou a Macau em Dezembro último, por ocasião do 20º aniversário da RAEM. Neste sentido, o Chefe do Executivo destacou os contributos feitos pela comunidade macaense ao longo dos anos.

“A economia tem-se desenvolvido prosperamente e a sociedade mantém-se estável e harmoniosa. São factos que estão associados ao trabalho árduo, à participação activa e ao forte apoio dos macaenses e dos portugueses que aqui vivem. A todos vós, gostaria de manifestar o meu sincero agradecimento pelos vossos contributos.”

Para Ho Iat Seng, os valores da comunidade macaense devem ser respeitados. “Macau é uma sociedade multicultural, onde convivem em harmonia povos de diversas origens. O Governo da RAEM respeita as diferentes línguas, culturas, costumes e religiões e, valorizando a boa tradição da harmonia entre os povos, continuará a apoiar empenhadamente a comunidade macaense na RAEM.”

22 Jan 2020

Cibersegurança | Ho Iat Seng dá dois meses à comissão para se organizar 

Decorreu esta segunda-feira a primeira reunião da Comissão para a Cibersegurança. Ho Iat Seng, Chefe do Executivo, estabeleceu o prazo de dois meses para a clarificação de competências e gestão do trabalho. Além disso, as entidades que supervisionam a implementação da lei da cibersegurança devem submeter um relatório de trabalho a cada seis meses

 

[dropcap]O[/dropcap] Chefe do Executivo, Ho Iat Seng, deu esta segunda-feira ordens expressas para se acelerar o processo de supervisão da lei da cibersegurança após a sua entrada em vigor. As linhas orientadoras foram expressas esta segunda-feira na primeira reunião da Comissão para a Cibersegurança (CPC) e, de acordo com um comunicado, esta tem dois meses para arrumar a casa a fim de poder iniciar a devida supervisão do diploma.

“O Chefe do Executivo orientou as entidades de supervisão para, no espaço de dois meses, concluir os planos de actividades da gestão da cibersegurança deste ano, e clarificar as suas competências e responsabilidades, de forma a iniciar o trabalho de gestão o mais rápido possível.”

Ho Iat Seng sugeriu ainda que o Centro de Alerta e Resposta a Incidentes de Cibersegurança (CARIC), bem como as demais entidades de supervisão, “necessitam de submeter relatórios de andamento do trabalho na reunião ordinária da CPC que se realizará após seis meses [depois da sua criação]”. O CARIC deve também “fazer um bom trabalho no âmbito da consciência situacional, da divulgação de informações e da comunicação com a CPC e as entidades de supervisão”.

Para Ho Iat Seng, a lei da cibersegurança “deve ser implementada de forma sólida e efectiva, sendo necessário levar os operadores das infra-estruturas críticas a dar importância e garantir dinamicamente a cibersegurança”. Para o governante, a entrada em vigor da nova lei “implica, acima de tudo, uma tomada de responsabilidade acerca da cibersegurança por parte do Governo”.

A bem do rigor

Dentro da linha de transparência e eficiência da máquina administrativa, Ho Iat Seng “exigiu ainda aos membros da CPC o cumprimento rigoroso das suas atribuições, assim como ajudar o Governo da RAEM para elaborar, de forma científica e presciente, medidas e políticas na vertente da cibersegurança”.

Na mesma reunião, Wong Sio Chak, secretário para a Segurança e vice-presidente da CPC, apresentou “a situação dos progressos na concretização da lei da cibersegurança” desde que esta entrou em vigor. Chan Si Cheng, representante efectivo da unidade responsável pela coordenação do funcionamento do CARIC e chefe do Departamento de Coordenação de Informática e Telecomunicações da Polícia Judiciária, “fez uma apresentação sobre a designação dos operadores de infra-estruturas críticas, as normas técnicas universais de gestão da cibersegurança e os mecanismos de alerta, comunicação e resposta dos incidentes de cibersegurança”, apontou o mesmo comunicado.

22 Jan 2020

Cibersegurança | Ho Iat Seng dá dois meses à comissão para se organizar 

Decorreu esta segunda-feira a primeira reunião da Comissão para a Cibersegurança. Ho Iat Seng, Chefe do Executivo, estabeleceu o prazo de dois meses para a clarificação de competências e gestão do trabalho. Além disso, as entidades que supervisionam a implementação da lei da cibersegurança devem submeter um relatório de trabalho a cada seis meses

 
[dropcap]O[/dropcap] Chefe do Executivo, Ho Iat Seng, deu esta segunda-feira ordens expressas para se acelerar o processo de supervisão da lei da cibersegurança após a sua entrada em vigor. As linhas orientadoras foram expressas esta segunda-feira na primeira reunião da Comissão para a Cibersegurança (CPC) e, de acordo com um comunicado, esta tem dois meses para arrumar a casa a fim de poder iniciar a devida supervisão do diploma.
“O Chefe do Executivo orientou as entidades de supervisão para, no espaço de dois meses, concluir os planos de actividades da gestão da cibersegurança deste ano, e clarificar as suas competências e responsabilidades, de forma a iniciar o trabalho de gestão o mais rápido possível.”
Ho Iat Seng sugeriu ainda que o Centro de Alerta e Resposta a Incidentes de Cibersegurança (CARIC), bem como as demais entidades de supervisão, “necessitam de submeter relatórios de andamento do trabalho na reunião ordinária da CPC que se realizará após seis meses [depois da sua criação]”. O CARIC deve também “fazer um bom trabalho no âmbito da consciência situacional, da divulgação de informações e da comunicação com a CPC e as entidades de supervisão”.
Para Ho Iat Seng, a lei da cibersegurança “deve ser implementada de forma sólida e efectiva, sendo necessário levar os operadores das infra-estruturas críticas a dar importância e garantir dinamicamente a cibersegurança”. Para o governante, a entrada em vigor da nova lei “implica, acima de tudo, uma tomada de responsabilidade acerca da cibersegurança por parte do Governo”.

A bem do rigor

Dentro da linha de transparência e eficiência da máquina administrativa, Ho Iat Seng “exigiu ainda aos membros da CPC o cumprimento rigoroso das suas atribuições, assim como ajudar o Governo da RAEM para elaborar, de forma científica e presciente, medidas e políticas na vertente da cibersegurança”.
Na mesma reunião, Wong Sio Chak, secretário para a Segurança e vice-presidente da CPC, apresentou “a situação dos progressos na concretização da lei da cibersegurança” desde que esta entrou em vigor. Chan Si Cheng, representante efectivo da unidade responsável pela coordenação do funcionamento do CARIC e chefe do Departamento de Coordenação de Informática e Telecomunicações da Polícia Judiciária, “fez uma apresentação sobre a designação dos operadores de infra-estruturas críticas, as normas técnicas universais de gestão da cibersegurança e os mecanismos de alerta, comunicação e resposta dos incidentes de cibersegurança”, apontou o mesmo comunicado.

22 Jan 2020

Gabinete de Dados Pessoais diz “não estar pronto” para revisão da lei 

[dropcap]O[/dropcap] Gabinete de Protecção de Dados Pessoais (GPDP) emitiu ontem uma nota explicativa sobre a garantia do cumprimento da lei no que diz respeito à instalação do reconhecimento facial no sistema de videovigilância. No mesmo comunicado, é referido que o GPDP não está, para já, preparado para rever a lei de protecção dos dados pessoais com base na entrada em vigor, em 2018, na União Europeia (UE), do Regulamento Geral sobre a Protecção de Dados.

“Não se sabe se Macau vai adoptar esse método, isso necessita do consenso social. Actualmente, o GPDP está atento à tendência internacional [e] não está preparado para a revisão da LPDP [lei de protecção de dados pessoais], por isso a realização de tratamento de dados pessoais pela entidade da execução de lei ainda está sujeita rigorosamente à LPDP”, adianta o organismo.

O GPDP recorda ainda que a lei em causa é afecta às normais que vigoram na UE, não existindo violação da lei no que diz respeito ao uso do sistema de reconhecimento facial nas câmaras de videovigilância.

“Na verdade, essa aplicação da tecnologia de reconhecimento facial tem de estar sujeita ao Regime Jurídico da Videovigilância em espaços públicos e à Lei da Protecção de Dados Pessoais. As câmaras seleccionadas podem ser instaladas depois de se ouvir a opinião vinculativa do GPDP e de se obter de novo uma autorização adequada.”

Nesse sentido, o organismo “entende que a aplicação adicional referida no plano experimental (o termo dos Serviços de Segurança é ‘modo background’) não está envolvida no assunto alusivo à instalação do equipamento que se estipula no segundo capítulo da “lei de Olhos no Céu”, não é necessário pedir uma autorização para tal efeito nos termos dessa lei, pelo que não é preciso ouvir a opinião vinculativa do GPDP”, acrescenta o mesmo comunicado.

Contradições que não existem

O GPDP responde também, na mesma nota, às alegadas diferenças de actuação entre o organismo e a tutela para a Segurança. “Relativamente ao facto de que há quem considere que os termos ou a forma de explicação do GPDP não são idênticos aos dos Serviços de Segurança, e que os termos ou a forma de explicação poderão contradizer-se, o GPDP reitera que não existe a questão de contradição, visto que o papel de ambas as partes é totalmente diferente.”

Isto porque o GPDP é autónomo em relação à tutela do Chefe do Executivo e pode apenas emitir pareceres não vinculativos sobre estas matérias, “não participando activamente no planeamento, organização e implementação do plano relevante em concreto, não podendo [também] dar explicações em nome do responsável”. A mesma entidade explica que, “quanto à matéria em causa já utiliza um meio de supervisão que é frequentemente utilizado pelas autoridades supervisoras de dados pessoais dos diversos países”.

21 Jan 2020

Vírus de Wuhan | Wong Kit Cheng apela a reforço de medidas

No dia em que se registou a terceira vítima mortal no Interior da China, a deputada ligada à Associação das Mulheres admitiu temer o agravamento da epidemia e apelou a que se reforce a supervisão nas fronteiras. Pede ainda ao Executivo que “lide” com os rumores que podem gerar “pânico social”

 

[dropcap]N[/dropcap]o dia em que as autoridades do Interior da China revelaram mais uma morte relacionada com a pneumonia de Wuhan, que aumenta o número de vítimas fatais para três, a deputada Wong Kit Cheng apelou ao Governo para que se prepare para o Ano Novo Chinês. Entre as 22 intervenções antes da ordem do dia, a legisladora ligada à Associação Geral das Mulheres foi a única que fez da epidemia o assunto principal. Ontem, ficou igualmente a saber-se que o número de infectados subiu para 190 no Interior do país.

“Neste momento, não se registou em Macau nenhum caso confirmado de pneumonia de Wuhan, e todos os 13 casos suspeitos são infecções por vírus de gripe ou constipação. A pneumonia de Wuhan e a gripe são doenças respiratórias transmissíveis com características semelhantes, que não podem ser subestimadas”, alertou. Por isso, Wong avisa que numa altura em que se espera que mais de um milhão de turistas visite Macau, devido às celebrações do Ano Novo Chinês que “os trabalhos de prevenção e tratamento de doenças transmissíveis do Governo e dos cidadãos não podem ser relaxados”.

Neste contexto, a deputada, que é enfermeira de formação, deixou várias sugestões ao Governo que espera ver cumpridas. Para evitar a importação do vírus, Wong sugere um “reforço da monitorização da temperatura corporal e da divulgação sobre a prevenção da epidemia nos postos fronteiriços”, porém vai mais longe.

Segundo a legisladora é igualmente necessário, caso haja um agravar da situação, tomar medidas mais drásticas como o reforço da “monitorização”, “o preenchimento de impressos de saúde pelos visitantes”, a “divulgação de informações sobre a prevenção nos postos fronteiriços de Macau”, “a elaboração de orientações de saúde para os turistas” e ainda a disponibilização de máscaras.

Caça ao rumor

Situada no espectro político mais tradicional, Wong Kit Cheng mostra-se ainda preocupada com os rumores que podem conduzir ao “pânico social”. Neste sentido, apelou ao Governo para “reforçar a divulgação imediata de informações” de forma a “prevenir rumores que podem provocar pânico”. A deputada recorda também ao Executivo que deve lidar “com os rumores falsos que circulam na sociedade”.

Além da deputada, apenas Mak Soi Kun mencionou o assunto com duas frases na sua intervenção. Segundo o deputado ligado à comunidade de Jiangmen, “os cidadãos estão preocupados”, mas a “responsável pelos Assuntos Sociais e Cultura tomou a iniciativa de enfrentar a situação, realizando várias reuniões e lançando medidas detalhadas de protecção, o que merece elogio!”. Porém, Mak Soi Kun avisou que o problema sanitário de acumulação do lixo nas ruas pode contribuir negativamente, no caso da situação se agravar.

A Pneumonia de Wuhan surgiu em Dezembro e suspeita-se que a origem tenha estado num mercado de marisco. Segundo os dados revelados pelas autoridades, há três vítimas mortais entre os 190 casos identificados no Interior da China, um número que cresceu em 136 ocorrências só no dia de ontem. Segundo o South China Morning Post, há inclusive casos em Xangai e Shenzhen, além de no Japão, Tailândia e na Coreia do Sul.

21 Jan 2020

Vírus de Wuhan | Wong Kit Cheng apela a reforço de medidas

No dia em que se registou a terceira vítima mortal no Interior da China, a deputada ligada à Associação das Mulheres admitiu temer o agravamento da epidemia e apelou a que se reforce a supervisão nas fronteiras. Pede ainda ao Executivo que “lide” com os rumores que podem gerar “pânico social”

 
[dropcap]N[/dropcap]o dia em que as autoridades do Interior da China revelaram mais uma morte relacionada com a pneumonia de Wuhan, que aumenta o número de vítimas fatais para três, a deputada Wong Kit Cheng apelou ao Governo para que se prepare para o Ano Novo Chinês. Entre as 22 intervenções antes da ordem do dia, a legisladora ligada à Associação Geral das Mulheres foi a única que fez da epidemia o assunto principal. Ontem, ficou igualmente a saber-se que o número de infectados subiu para 190 no Interior do país.
“Neste momento, não se registou em Macau nenhum caso confirmado de pneumonia de Wuhan, e todos os 13 casos suspeitos são infecções por vírus de gripe ou constipação. A pneumonia de Wuhan e a gripe são doenças respiratórias transmissíveis com características semelhantes, que não podem ser subestimadas”, alertou. Por isso, Wong avisa que numa altura em que se espera que mais de um milhão de turistas visite Macau, devido às celebrações do Ano Novo Chinês que “os trabalhos de prevenção e tratamento de doenças transmissíveis do Governo e dos cidadãos não podem ser relaxados”.
Neste contexto, a deputada, que é enfermeira de formação, deixou várias sugestões ao Governo que espera ver cumpridas. Para evitar a importação do vírus, Wong sugere um “reforço da monitorização da temperatura corporal e da divulgação sobre a prevenção da epidemia nos postos fronteiriços”, porém vai mais longe.
Segundo a legisladora é igualmente necessário, caso haja um agravar da situação, tomar medidas mais drásticas como o reforço da “monitorização”, “o preenchimento de impressos de saúde pelos visitantes”, a “divulgação de informações sobre a prevenção nos postos fronteiriços de Macau”, “a elaboração de orientações de saúde para os turistas” e ainda a disponibilização de máscaras.

Caça ao rumor

Situada no espectro político mais tradicional, Wong Kit Cheng mostra-se ainda preocupada com os rumores que podem conduzir ao “pânico social”. Neste sentido, apelou ao Governo para “reforçar a divulgação imediata de informações” de forma a “prevenir rumores que podem provocar pânico”. A deputada recorda também ao Executivo que deve lidar “com os rumores falsos que circulam na sociedade”.
Além da deputada, apenas Mak Soi Kun mencionou o assunto com duas frases na sua intervenção. Segundo o deputado ligado à comunidade de Jiangmen, “os cidadãos estão preocupados”, mas a “responsável pelos Assuntos Sociais e Cultura tomou a iniciativa de enfrentar a situação, realizando várias reuniões e lançando medidas detalhadas de protecção, o que merece elogio!”. Porém, Mak Soi Kun avisou que o problema sanitário de acumulação do lixo nas ruas pode contribuir negativamente, no caso da situação se agravar.
A Pneumonia de Wuhan surgiu em Dezembro e suspeita-se que a origem tenha estado num mercado de marisco. Segundo os dados revelados pelas autoridades, há três vítimas mortais entre os 190 casos identificados no Interior da China, um número que cresceu em 136 ocorrências só no dia de ontem. Segundo o South China Morning Post, há inclusive casos em Xangai e Shenzhen, além de no Japão, Tailândia e na Coreia do Sul.

21 Jan 2020

Cantão | Explosão leva a pedidos de mais segurança em Macau

[dropcap]O[/dropcap]s deputados Ho Ion Sang, ligado aos Moradores de Macau, e Si Ka Lon, da comunidade de Fujian, apelaram ao Governo para legislar rapidamente a lei do armazenamento das substâncias perigosas, tal como o secretário da Segurança, Wong Sio Chak, havia feito na semana passada.

Ambos os legisladores recordaram a explosão na fábrica de Gaolan, em Zhuhai, e apelaram ao Executivo para que trate rapidamente o assunto, para evitar sustos, numa cidade com um elevado nível de concentração populacional.

21 Jan 2020

Cantão | Explosão leva a pedidos de mais segurança em Macau

[dropcap]O[/dropcap]s deputados Ho Ion Sang, ligado aos Moradores de Macau, e Si Ka Lon, da comunidade de Fujian, apelaram ao Governo para legislar rapidamente a lei do armazenamento das substâncias perigosas, tal como o secretário da Segurança, Wong Sio Chak, havia feito na semana passada.
Ambos os legisladores recordaram a explosão na fábrica de Gaolan, em Zhuhai, e apelaram ao Executivo para que trate rapidamente o assunto, para evitar sustos, numa cidade com um elevado nível de concentração populacional.

21 Jan 2020

Educação | Chan Hong defende ensino da “História correcta”

[dropcap]É[/dropcap] preciso seguir os ensinamentos do Presidente Xi Jinping e ensinar aos alunos a versão correcta da História do País de forma a promover o Amor pela Pátria. A tese foi defendida ontem pela deputada Chan Hong, na Assembleia Legislativa, que é vice-directora da Escola Secundária Hou Kong e presidente da Associação de Educação de Macau.

“O Presidente salientou que o patriotismo é a base sólida política e social para a concretização com sucesso do princípio “Um País, Dois Sistemas”, sendo necessário conhecer bem a história… para aprender conhecimentos históricos exactos e completos, estabelecendo uma visão correcta da História”, sublinhou.

“Esta é a responsabilidade que tem de ser assumida pelos nossos serviços de educação e pelas escolas. […] Em pleno cumprimento das orientações do Presidente, terá de haver empenho no ensino da história, na transmissão da herança e na divulgação da excelente cultura tradicional chinesa, para o espírito de amor pela Pátria e por Macau passar de geração em geração”, acrescentou.

21 Jan 2020

Educação | Chan Hong defende ensino da “História correcta”

[dropcap]É[/dropcap] preciso seguir os ensinamentos do Presidente Xi Jinping e ensinar aos alunos a versão correcta da História do País de forma a promover o Amor pela Pátria. A tese foi defendida ontem pela deputada Chan Hong, na Assembleia Legislativa, que é vice-directora da Escola Secundária Hou Kong e presidente da Associação de Educação de Macau.
“O Presidente salientou que o patriotismo é a base sólida política e social para a concretização com sucesso do princípio “Um País, Dois Sistemas”, sendo necessário conhecer bem a história… para aprender conhecimentos históricos exactos e completos, estabelecendo uma visão correcta da História”, sublinhou.
“Esta é a responsabilidade que tem de ser assumida pelos nossos serviços de educação e pelas escolas. […] Em pleno cumprimento das orientações do Presidente, terá de haver empenho no ensino da história, na transmissão da herança e na divulgação da excelente cultura tradicional chinesa, para o espírito de amor pela Pátria e por Macau passar de geração em geração”, acrescentou.

21 Jan 2020

Despesa | Leong Sun Iok aponta gastos sem controlo de 15 mil milhões

[dropcap]S[/dropcap]egundo as contas do deputado Leong Sun Iok, ligado aos Operáios de Macau, a RAEM transferiu até 2020 quase 15 mil milhões de patacas para empresas com capitais públicos, que não estão sujeitas a medidas de transparência e supervisão.

“Existem em Macau 23 empresas de capitais públicos, e cada uma delas tem sucursais e filiais. Até 2020, o valor envolvido nas injecções de capital e nos orçamentos soma quase 15 mil milhões de patacas”, apontou.

“O público nada sabe sobre a exploração e funcionamento dessas empresas e fundos, nem se os mesmos conseguem alcançar os benefícios socio-económicos previstos”, frisou. Por este motivo, Leong Sun Iok apelou ao Governo de Ho Iat Seng para que legisle o mais depressa possível as leis para que estas empresas sejam obrigadas a apresentar dados que permitam à população perceber os gastos públicos.

21 Jan 2020

Despesa | Leong Sun Iok aponta gastos sem controlo de 15 mil milhões

[dropcap]S[/dropcap]egundo as contas do deputado Leong Sun Iok, ligado aos Operáios de Macau, a RAEM transferiu até 2020 quase 15 mil milhões de patacas para empresas com capitais públicos, que não estão sujeitas a medidas de transparência e supervisão.
“Existem em Macau 23 empresas de capitais públicos, e cada uma delas tem sucursais e filiais. Até 2020, o valor envolvido nas injecções de capital e nos orçamentos soma quase 15 mil milhões de patacas”, apontou.
“O público nada sabe sobre a exploração e funcionamento dessas empresas e fundos, nem se os mesmos conseguem alcançar os benefícios socio-económicos previstos”, frisou. Por este motivo, Leong Sun Iok apelou ao Governo de Ho Iat Seng para que legisle o mais depressa possível as leis para que estas empresas sejam obrigadas a apresentar dados que permitam à população perceber os gastos públicos.

21 Jan 2020

Iluminação | Mak Soi Kun critica orçamento de 7,7 milhões

[dropcap]O[/dropcap] legislador Mak Soi Kun atacou ontem o aumento de 24 por cento no preço na iluminação de Ano Novo Chinês, que vai custar aos cofres da RAEM 7,7 milhões de patacas.

Apesar de o deputado ter elogiado a iluminação, não deixou de criticar o planeamento tardio do processo que terá feito disparar os preços e defendeu ainda que o dinheiro seria melhor gasto se fosse focado na recolha do lixo que se acumula nas ruas e no tratamrnto das águas residuais que se acumulam, principalmente na área do Iao Hon.

21 Jan 2020

Iluminação | Mak Soi Kun critica orçamento de 7,7 milhões

[dropcap]O[/dropcap] legislador Mak Soi Kun atacou ontem o aumento de 24 por cento no preço na iluminação de Ano Novo Chinês, que vai custar aos cofres da RAEM 7,7 milhões de patacas.
Apesar de o deputado ter elogiado a iluminação, não deixou de criticar o planeamento tardio do processo que terá feito disparar os preços e defendeu ainda que o dinheiro seria melhor gasto se fosse focado na recolha do lixo que se acumula nas ruas e no tratamrnto das águas residuais que se acumulam, principalmente na área do Iao Hon.

21 Jan 2020

Deputados aprovam arrendamento de espaço em Hengqin sem saberem valor da renda

[dropcap]O[/dropcap]s deputados aprovaram ontem na generalidade a lei que vai permitir que Macau arrende mais um espaço na Ilha da Montanha, onde vai construir uma ponte, uma nova fronteira, assim como ligações ferroviárias ao Interior. No entanto, e apesar de a lei ainda ter de ser votada mais uma última vez na especialidade, os membros da Assembleia Legislativa não sabem quanto é que a RAEM vai ter de pagar pelo arrendamento, nem o espaço que vai ser ocupado.

A questão do montante que terá de ser pago pelos cofres da RAEM foi levantada pela deputada Song Pek Kei, eleita com o apoio do empresário Chan Meng Kam. A legisladora recordou que no caso da “cedência” do Campus da Universidade de Macau há um pagamento anual de 100 milhões de patacas e quis saber como seria agora.

No entanto, o secretário para a Administração e Justiça, André Cheong, admitiu que o valor ainda não está definido e que muitas das respostas às perguntas dos deputados só vão ser respondidas ao longo do período da construção. Cheong fez também o contraste com o caso da UMAC, uma vez que, quando se fez a lei para a ocupação do espaço na Ilha da Montanha todas as condições de arrendamento, área ocupada e data do início do pagamento estavam definidas. Contudo, no caso da nova fronteira e da nova ponte o cenário é diferente.

“O local que Macau vai arrendar está definido, é uma área de 16 mil metros e é o local que o Chefe do Executivo já visitou. Mas o projecto envolve uma ponte que vai ser construída por fases, não é como a Universidade de Macau em que tudo estava construído”, reconhece o secretário. “Ainda estamos à espera que os pormenores sejam revelados pelos serviços competentes. Após termos a divulgação da informação vamos proceder à publicação no Boletim Oficial”, acrescentou.

Por partes

André Cheong explicou depois que a ponte vai ser construída por fases e que o início do pagamento e o valor da renda vão depender do andamento dos trabalhos e da conclusão das diferentes fases.

Apesar da ausência de informação, proposta que surge após uma deliberação da Assembleia Popular Nacional, o arrendamento foi aprovado por unanimidade, com 30 votos a favor.

21 Jan 2020

Armas são “bagatela”, diz deputado Vitor Cheung

[dropcap]O[/dropcap] deputado e presidente do Hotel Pousada Marina Infante considerou que as armas em Macau são uma “bagatela” e admitiu ter tido uma, que posteriormente entregou às autoridades.

Foi quando se falava no facto dos agentes que investigam tríades serem obrigados a entregar as armas que Vitor Cheung fez a revelação, para desvalorizar o assunto: “Mas estamos a falar de armas? São uma bagatela. Eu também tinha uma que depois entreguei à polícia”, confessou. Na mesma intervenção Vitor Cheung disse ainda estar cansado do debate sobre as alterações à Lei da Polícia Judiciária.

21 Jan 2020

Armas são "bagatela", diz deputado Vitor Cheung

[dropcap]O[/dropcap] deputado e presidente do Hotel Pousada Marina Infante considerou que as armas em Macau são uma “bagatela” e admitiu ter tido uma, que posteriormente entregou às autoridades.
Foi quando se falava no facto dos agentes que investigam tríades serem obrigados a entregar as armas que Vitor Cheung fez a revelação, para desvalorizar o assunto: “Mas estamos a falar de armas? São uma bagatela. Eu também tinha uma que depois entreguei à polícia”, confessou. Na mesma intervenção Vitor Cheung disse ainda estar cansado do debate sobre as alterações à Lei da Polícia Judiciária.

21 Jan 2020

Segurança | Lei dos “Agentes Secretos” foi aprovada, mas Wong Sio Chak “picou-se” com Sulu Sou

Wong Sio Chak viu aprovada as alterações à lei da PJ, mas antes teve de olhar para as imagens da Gestapo, KGB e PIDE e foi acusado de voltar a argumentar com leis que já não estavam em vigor em outros países. O secretário recusou as críticas e acusou Sulu Sou de possuir “demónios”

 

[dropcap]A[/dropcap] Assembleia Legislativa (AL) aprovou ontem as alterações à Lei da Polícia Judiciária (PJ), que vai permitir a contratação de agentes sem revelar a identidade dos mesmos. O secretário da Segurança somou uma vitória, mas contou com votos contra de Sulu Sou, Ng Kuok Cheong e Au Kam San e ainda foi confrontado com fotografias de polícias políticas de regimes repressivos, nomeadamente da Gestapo, KGB e da Polícia Internacional de Defesa do Estado (PIDE).

A questão que levantou mais polémica foi a contratação de agentes sem a obrigatoriedade de divulgar os resultados dos concursos públicos. A medida depende de autorização do Chefe do Executivo: “Em relação aos agentes secretos… Tenho aqui fotos. Sabe que unidade é esta? É a polícia política Nazi, a Gestapo. As pessoas também não sabiam a identidade destes agentes. […] Tenho outra foto, na União Soviética. É o KGB e também não precisava de publicar a identidade dos agentes. E em Portugal, mais uma fotografia, Salazar também criou uma polícia política […] que perseguia políticos. Foi extinta após a revolução”, afirmou Sulu Sou, para Wong Sio Chak, enquanto ia mostrando as fotografias.

Mas o democrata foi mais longe. Na intervenção acusou ainda o secretário de, à imagem do que tinha acontecido com a Lei de Protecção Civil, fazer a comparação dos documentos que propõe com leis de outros países que já não estão em vigor. O exemplo dado foi a lei Portuguesa de 2018 de contratação de agentes para a Polícia Judiciária e para as “secretas” portuguesas.

A resposta às perguntas de Sulu Sou só vieram depois de um intervalo e da intervenção de outros deputados. No regresso, o democrata chegou atrasado e o secretário para a Segurança não perdoou: “Vejo que houve deputados que fizeram perguntas e que saíram. Dizem coisas que parecem que são como dizem, mas não é assim”, começou por disparar.

Enquanto Sulu Sou não regressava, Wong Sio Chak respondeu a questões de outros deputados. Foi já com o democrata no hemiciclo que voltou à carga: “Somos comparáveis ao KGB? Não, estamos a trabalhar tudo de acordo com a lei. Não estamos a fazer nenhuma coisa fora da Lei. A situação do KGB da União Soviética era em tudo diferente”, sublinhou. “Tudo o que fazemos tem fiscalização do Ministério Público, não decidimos tudo. Se não cumprirmos a lei, não podemos utilizar as provas, não podem ser apresentadas em tribunal. Comparar a PJ com o KGB é injusto”, acrescentou.

O secretário queixou-se também de Sulu Sou o ter acusado de utilizar uma lei de Portugal que foi revogada, sem ter dito que havia uma nova “mais rigorosa”. “Falou que a lei foi revogada, mas não disse que foi substituída pelo decreto-lei 138/2019, que entrou em vigor em Setembro. Quando esta proposta de lei foi apresentada ao Conselho Executivo a lei portuguesa ainda não tinha sido revogada. Porque é que o deputado não disse isso?”, questionou, Wong. “A nova lei de Portugal até é mais rigorosa”, vincou.

Apesar das intervenções de Wong Sio Chak terem sido muito focaas nas críticas de Sulu Sou, houve outros deputados a mostrarem-se preocupados com o assunto, como os democratas Au Kam San, Ng Kuok Cheong, Ella Lei, dos Operários, Mak Soi Kun, ligado à comunidade de Jiangmen, e Agnes Lam.

Artigo 23…

Um dos documentos mais mencionados ontem foi a Lei de Salvaguarda do Estado, ou seja, o documento que concretizou o Artigo 23 da Lei Básica, da protecção nacional. Há cerca de duas semanas surgiram relatos online de que agentes da polícia tinham evocado esta lei para impedir que residentes tirassem fotografias, mesmo a partir da rua, das instalações da DSAMA.

Embora não tenha mencionado directamente o caso, Sulu Sou apontou que é cada vez mais frequente o medo desta lei. O deputado revelou mesmo que foi abordado por um homem, numa acção de campanha, que lhe pediu cuidado para evitar acusações contra a segurança nacional. “Parece que esta lei já ultrapassou os limites da sua aplicação e que se está a criar um clima de Terror Branco”, atirou.

Na resposta, Wong Sio Chak falou de “demónios” e disse a Sulu Sou para ir ler a Lei da Salvaguarda do Estado, para conseguir perceber a aplicação da mesma. “Porque é que liga sempre os seus actos com a segurança do Estado? Acho que é o demónio dentro de uma pessoa”, apontou. “Mas pode ler novamente o documento, até porque não tem muitas normas, e vai poder entender o conteúdo”, convidou.

Outra das perguntas prendeu-se com eventuais abusos das autoridades. A deputada Agnes Lam focou este assunto numa das suas intervenções, mas também Au Kam San e Ng Kuok Cheong. No entanto, Wong Sio Chak considerou que as polícias já “têm supervisão suficiente”.

Vários deputados questionaram igualmente a necessidade de se criar departamentos para a recolha de informação sobre a Segurança Nacional, quando nunca houve uma única acusação na RAEM. A esta pergunta, a resposta veio de Iau Teng Pio, deputado nomeado pelo Chefe do Executivo, que defendeu que a prevenção é essencial para garantir a segurança, ainda antes de serem cometidos os crimes. A resposta de Iau teve a concordância de Wong Sio Chak.

Ainda em relação à PJ, foi aprovado na generalidade, o novo estatuto de carreira, com votos contra de Sulu Sou e uma abstenção de José Pereira Coutinho.

21 Jan 2020

Segurança | Lei dos “Agentes Secretos” foi aprovada, mas Wong Sio Chak “picou-se” com Sulu Sou

Wong Sio Chak viu aprovada as alterações à lei da PJ, mas antes teve de olhar para as imagens da Gestapo, KGB e PIDE e foi acusado de voltar a argumentar com leis que já não estavam em vigor em outros países. O secretário recusou as críticas e acusou Sulu Sou de possuir “demónios”

 
[dropcap]A[/dropcap] Assembleia Legislativa (AL) aprovou ontem as alterações à Lei da Polícia Judiciária (PJ), que vai permitir a contratação de agentes sem revelar a identidade dos mesmos. O secretário da Segurança somou uma vitória, mas contou com votos contra de Sulu Sou, Ng Kuok Cheong e Au Kam San e ainda foi confrontado com fotografias de polícias políticas de regimes repressivos, nomeadamente da Gestapo, KGB e da Polícia Internacional de Defesa do Estado (PIDE).
A questão que levantou mais polémica foi a contratação de agentes sem a obrigatoriedade de divulgar os resultados dos concursos públicos. A medida depende de autorização do Chefe do Executivo: “Em relação aos agentes secretos… Tenho aqui fotos. Sabe que unidade é esta? É a polícia política Nazi, a Gestapo. As pessoas também não sabiam a identidade destes agentes. […] Tenho outra foto, na União Soviética. É o KGB e também não precisava de publicar a identidade dos agentes. E em Portugal, mais uma fotografia, Salazar também criou uma polícia política […] que perseguia políticos. Foi extinta após a revolução”, afirmou Sulu Sou, para Wong Sio Chak, enquanto ia mostrando as fotografias.
Mas o democrata foi mais longe. Na intervenção acusou ainda o secretário de, à imagem do que tinha acontecido com a Lei de Protecção Civil, fazer a comparação dos documentos que propõe com leis de outros países que já não estão em vigor. O exemplo dado foi a lei Portuguesa de 2018 de contratação de agentes para a Polícia Judiciária e para as “secretas” portuguesas.
A resposta às perguntas de Sulu Sou só vieram depois de um intervalo e da intervenção de outros deputados. No regresso, o democrata chegou atrasado e o secretário para a Segurança não perdoou: “Vejo que houve deputados que fizeram perguntas e que saíram. Dizem coisas que parecem que são como dizem, mas não é assim”, começou por disparar.
Enquanto Sulu Sou não regressava, Wong Sio Chak respondeu a questões de outros deputados. Foi já com o democrata no hemiciclo que voltou à carga: “Somos comparáveis ao KGB? Não, estamos a trabalhar tudo de acordo com a lei. Não estamos a fazer nenhuma coisa fora da Lei. A situação do KGB da União Soviética era em tudo diferente”, sublinhou. “Tudo o que fazemos tem fiscalização do Ministério Público, não decidimos tudo. Se não cumprirmos a lei, não podemos utilizar as provas, não podem ser apresentadas em tribunal. Comparar a PJ com o KGB é injusto”, acrescentou.
O secretário queixou-se também de Sulu Sou o ter acusado de utilizar uma lei de Portugal que foi revogada, sem ter dito que havia uma nova “mais rigorosa”. “Falou que a lei foi revogada, mas não disse que foi substituída pelo decreto-lei 138/2019, que entrou em vigor em Setembro. Quando esta proposta de lei foi apresentada ao Conselho Executivo a lei portuguesa ainda não tinha sido revogada. Porque é que o deputado não disse isso?”, questionou, Wong. “A nova lei de Portugal até é mais rigorosa”, vincou.
Apesar das intervenções de Wong Sio Chak terem sido muito focaas nas críticas de Sulu Sou, houve outros deputados a mostrarem-se preocupados com o assunto, como os democratas Au Kam San, Ng Kuok Cheong, Ella Lei, dos Operários, Mak Soi Kun, ligado à comunidade de Jiangmen, e Agnes Lam.

Artigo 23…

Um dos documentos mais mencionados ontem foi a Lei de Salvaguarda do Estado, ou seja, o documento que concretizou o Artigo 23 da Lei Básica, da protecção nacional. Há cerca de duas semanas surgiram relatos online de que agentes da polícia tinham evocado esta lei para impedir que residentes tirassem fotografias, mesmo a partir da rua, das instalações da DSAMA.
Embora não tenha mencionado directamente o caso, Sulu Sou apontou que é cada vez mais frequente o medo desta lei. O deputado revelou mesmo que foi abordado por um homem, numa acção de campanha, que lhe pediu cuidado para evitar acusações contra a segurança nacional. “Parece que esta lei já ultrapassou os limites da sua aplicação e que se está a criar um clima de Terror Branco”, atirou.
Na resposta, Wong Sio Chak falou de “demónios” e disse a Sulu Sou para ir ler a Lei da Salvaguarda do Estado, para conseguir perceber a aplicação da mesma. “Porque é que liga sempre os seus actos com a segurança do Estado? Acho que é o demónio dentro de uma pessoa”, apontou. “Mas pode ler novamente o documento, até porque não tem muitas normas, e vai poder entender o conteúdo”, convidou.
Outra das perguntas prendeu-se com eventuais abusos das autoridades. A deputada Agnes Lam focou este assunto numa das suas intervenções, mas também Au Kam San e Ng Kuok Cheong. No entanto, Wong Sio Chak considerou que as polícias já “têm supervisão suficiente”.
Vários deputados questionaram igualmente a necessidade de se criar departamentos para a recolha de informação sobre a Segurança Nacional, quando nunca houve uma única acusação na RAEM. A esta pergunta, a resposta veio de Iau Teng Pio, deputado nomeado pelo Chefe do Executivo, que defendeu que a prevenção é essencial para garantir a segurança, ainda antes de serem cometidos os crimes. A resposta de Iau teve a concordância de Wong Sio Chak.
Ainda em relação à PJ, foi aprovado na generalidade, o novo estatuto de carreira, com votos contra de Sulu Sou e uma abstenção de José Pereira Coutinho.

21 Jan 2020