João Luz Manchete SociedadeCrime | Ex-aluno esfaqueia rapariga no Colégio Mateus Ricci O Colégio Mateus Ricci, perto das Ruínas de S. Paulo, foi ontem ao final da manhã palco de um ataque à faca, quando um ex-aluno entrou nas instalações e desferiu uma facada no abdómen da uma aluna de 16 anos. Após o alerta de um professor, o alegado atacante foi detido e a estudante foi levada para as urgências do Centro Hospitalar Conde de São Januário para receber tratamento. A jovem manteve a consciência o tempo todo, com um quadro clínico estável. As autoridades acrescentaram que as lesões que sofreu não foram graves e que a arma branca teria entre 10 a 12,5 centímetros. Segundo uma nota do Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP), o incidente ocorreu às 11h34 e o suspeito, que terá sido transferido recentemente para outra instituição de ensino e terá ido ao Colégio Mateus Ricci para recolher objectos pessoais que ainda estariam na escola. Após o ataque, um professor accionou de imediato os procedimentos de emergência para proteger os restantes estudantes e dirigiu-se ao jovem suspeito tentando acalmá-lo. Outros docentes acorreram ao local para ajudar a controlar o ex-aluno, enquanto aguardaram a chegada da polícia. O jovem foi detido e levado pelas autoridades para ser interrogado, indicou em comunicado a Direcção dos Serviços de Educação e de Desenvolvimento da Juventude (DSEDJ), e as autoridades adiantaram que o ataque poderá ter resultado de uma disputa anterior entre os dois jovens. Reunião de emergência Depois de dado alerta, a DSEDJ accionou o sistema de gestão de emergência, reuniu com a direcção do Colégio Mateus Ricci e “providenciou imediatamente apoio a mais de uma dezena de estudantes que testemunharam o incidente” e para a vítima, quando esta ainda se encontrava no hospital, e para os seus familiares. O director da DSEDJ, Kong Chi Meng, dirigiu-se ao Colégio Mateus Ricci, onde revelou que o suspeito há muito que sofria de problemas emocionais e que estaria a ser acompanhado por um assistente social. Kong Chi Meng acrescentou ainda que o jovem teria sido transferido para o Colégio Mateus Ricci há cerca de meio ano, e que recentemente terá pedido para ser transferido para outra escola. Face ao incidente e respondendo à questão se teria havido alguma falha de segurança, o responsável máximo da DSEDJ afirmou que este caso ocupa uma zona cinzenta em relação às disposições previstas nas regras para quem visita recintos escolares, nomeadamente na apresentação de identificação. A DSEDJ e o próprio director sublinharam a importância de pais e professores estarem atentos a problemas emocionais de jovens e a mudanças de humor, procurando a ajuda de profissionais que providenciem apoio psicológico.
Nunu Wu Manchete SociedadeFukushima | Associação apela a boicote a bens e viagens ao Japão A Associação Geral dos Chineses Ultramarinos de Macau juntou-se ao coro crítico em relação à decisão do governo japonês de despejar para o mar de água usada na refrigeração da central nuclear de Fukushima. Num comunicado divulgado pelo jornal Ou Mun, a associação apela ao boicote de produtos japoneses e a sugere que cidadãos chineses, que residam na China ou no estrangeiro, e residentes das regiões administrativas especiais abdiquem de passar férias no Japão. Além disso, a organização de cariz patriótico vincou o total apoio às eventuais medidas de respostas impostas pelo Governo da RAEM, nomeadamente a suspensão de importação de produtos japoneses caso se verifique o despejo das águas que serviram para refrigerar os reactores da central nuclear. “A associação tem como lema central o amor à pátria e a Macau e apoia incondicionalmente a suspensão de importação de produtos japoneses. Vamos usar as nossas ligações dentro e fora da China para convencer todos os chineses a não consumir produtos japoneses”, é referido. A entidade salientou que a Administração Geral das Alfândegas da China proibiu desde sexta-feira a importação de alimentos de Tóquio e outros nove distritos, incluindo Fukushima, considerados como locais de risco elevado, medida que a associação descreve como “acto de justiça para garantir a segurança alimentar do povo”. Milhões pelos ares Não só os produtos japoneses, alimentação e cosméticos em particular, são muito consumidos em Macau, Hong Kong e no Interior da China, como o Japão é um dos destinos de férias preferenciais. A associação realçou que a indústria turística nipónica é altamente dependente dos turistas chineses e que nos dois anos antes da pandemia mais de 8 milhões chineses visitaram o Japão. Caso o Japão avance com o despejo para o mar de água usada na refrigeração da central nuclear de Fukushima, os consumidores chineses vão ficar ressentidos e a economia japonesa irá sofrer um “impacto crítico”. A associação apontou ainda que o despejo de águas no oceano viola a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar e o princípio de manter a paz e a segurança internacional regulado pelas Nações Unidas. Porém, não menciona a conclusão do relatório apresentado pela Agência Internacional da Energia Atómica (AIEA), que faz parte das Nações Unidas, que concluiu que a medida terá um impacto “negligenciável” no ambiente e não representa perigo para as populações.
João Santos Filipe Manchete PolíticaSegurança | “Abordagem multifacetada” contra mercado negro de bilhetes O gabinete do secretário para a Segurança garante empenho na luta contra a especulação na venda de bilhetes e defende que a via criminal só por si não é suficiente. A posição foi tomada na resposta a uma interpelação do deputado Lam Lon Wai, que se mostrou preocupado com a especulação de bilhetes nos grandes espectáculos. “Para lidar com práticas como a revenda de bilhetes a preços elevados, ataques piratas a sistemas informáticos de venda online, e outras formas de obtenção de bilhetes de forma ilegal, existem diplomas legais como o ‘regime jurídico das infracções contra a saúde pública e contra a economia’, ‘lei de combate à criminalidade informática’ e o ‘código criminal’ e as sanções podem ser adoptadas de acordo com as molduras penais definidas”, começou por explicar Cheong Ioc Ieng, chefe de gabinete do secretário para a Segurança. “No entanto, para acabar com a venda de bilhetes ilegais deve ser adoptada uma abordagem multifacetada. As sanções criminais, que são o método mais caro, não podem ser utilizadas isoladamente”, foi acrescentado. Entre os métodos que podem ser adoptados para evitar a especulação, a pasta da segurança sugere a venda de bilhetes com o registo do nome dos compradores, e o respectivo documento de identificação, a implementação de melhorias nas plataformas de venda e um maior controlo sobre a transferência para o exterior dos bilhetes. Outra das alternativas, passa por aumentar a venda física dos bilhetes, em diferentes postos de venda no território. Contudo, no caso de o Governo decidir aumentar as molduras penais para estes crimes, a tutela promete que vai fazer todos os esforços para aplicar a lei. Relação de cooperação Por outro lado, foi adiantado que o Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP) mantém uma grande “cooperação” com os organizadores dos eventos e os grandes hotéis, para poder actuar sempre que se verificam negócios do mercado negro. Segundo as revelações, os agentes entram em acção em dias de concerto ou de venda de bilhetes, quando solicitados pelas equipas de segurança dos espaços. Além disso, são enviados para os hotéis e áreas adjacentes equipas com agentes à paisana, que podem actuar no caso de se verificarem ilegalidades. Desde o início do ano até Maio, foram registados 61 casos de fraudes online relacionadas com a venda de bilhetes para espectáculos, 9 casos de bilhetes falsificados e quatro casos da venda de bilhetes com preços ilegais. Além destas medidas, as autoridades apelaram ainda à realização de mais acções de combate ao fenómeno.
Hoje Macau Manchete SociedadePolitécnicos | Portugueses em Macau para reforçar ensino, investigação e ciência Os institutos politécnicos portugueses estão em Macau para reforçar a cooperação na área do ensino superior, investigação e ciência, prevendo-se novos acordos que permitirão maior mobilidade de estudantes e o início da mobilidade de docentes. Uma delegação do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP) está desde ontem e até quarta-feira em Macau a desenvolver “uma nova missão de reforço da colaboração” do ensino superior, ciência e investigação, anunciou o CCISP em comunicado. O objectivo é retomar a cooperação que existia entre Portugal e Macau antes da pandemia de covid-19, prevendo-se para isso reuniões com responsáveis governamentais e instituições de ensino superior de Macau. A agenda de quarta-feira revela um encontro para formalizar um acordo de cooperação na área dos Estudos e do Ensino em Língua Portuguesa, entre a Direção dos Serviços de Educação e de Desenvolvimento da Juventude do Governo da Região Administrativa Especial de Macau do Governo da Região Administrativa Especial de Macau e o CCISP. O CCISP pretende também ver reforçada a mobilidade de estudantes, através de programas de estágios de áreas como Enfermagem, Análises Clínicas e de Saúde Pública, e, também, Farmácia. O arranque de programas de mobilidade de docentes é outro dos focos do CCISP, que recorda que, com as alterações recentes no enquadramento politécnico nacional e a futura outorga de doutoramentos, o CCISP tenciona aproveitar a visita a Macau para “estudar eventuais novas oportunidades que possam ser trabalhadas em conjunto”, com o intuito de desenvolver novas formas de cooperação com a Universidade Politécnica de Macau.
João Santos Filipe Manchete PolíticaEleições | Filha de Ho Iat Seng na comissão que elege o Chefe do Executivo Ho Hoi Kei, filha de Ho Iat Seng, foi escolhida para integrar a Comissão Eleitoral do Chefe do Executivo, de acordo com um despacho publicado ontem no Boletim Oficial, e assinado pelo próprio pai. No entanto, a decisão não terá partido do Chefe do Executivo, uma vez que o despacho indica que os membros foram “eleitos pelos novos representantes dos membros de Macau no Comité Nacional da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês, mediante sufrágio interno”. Ho Hoi Kei não tem historial conhecido de actividade empresarial, mas em Janeiro deste ano foi eleita por Macau para o Comité Nacional da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês. É através deste cargo que passa a fazer parte da Comissão Eleitoral. A nível político, a filha de Ho Iat Seng tem uma participação cada vez maior em associações de elite ligadas ao Governo Central, como a Federação de Juventude de Macau, onde é vice-presidente. Além de Ho Hoi Kei, foram ainda escolhidos mais 13 membros da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês para a Comissão Eleitoral do Chefe do Executivo. Entre estes, destacam-se Edmundo Ho, primeiro Chefe do Executivo da RAEM, Lawrence Ho, filho de Stanley Ho, o empresário Chan Meng Kam, ou o ex-deputado e advogado Chan Wa Keong. Os restantes membros são Wong Cheng Wai, Ho Fu Keong, Li Amber Jiaming, Li Pengbin, Zhang Zongzhen, Cheong Meng Seng, Chen Ji Min, Lao Nga Wong e Choy Meng Vai. Coutinho vai a jogo Também ontem, foi revelado que a Assembleia Legislativa de Macau indicou José Pereira Coutinho como membro da Comissão Eleitoral do Chefe do Executivo. A escolha teve como objectivo substituir Vong Hin Fai, que foi “eleito como deputado de Macau à Assembleia Popular Nacional e passou a ser membro por inerência da Comissão Eleitoral”. Em 2021, o deputado ligado à Associação de Trabalhadores da Função Pública de Macau (ATFPM) tinha ficado de fora da lista dos deputados escolhidos para o hemiciclo. Nesse processo eleitoral interno, o legislador ficou inclusive atrás de Che Sai Wang, número dois da sua lista. No final da votação de 2021, Pereira Coutinho desvalorizou o resultado. “Para mim é igual, as minhas funções são as de deputado e é por isso que a população votou em mim”, afirmou. “Não estou desiludido, não era a minha função primordial. Fui eleito para defender os interesses da população de Macau”, sustentou, na altura. Com a publicação da nova lista da Comissão Eleitoral do Chefe do Executivo, ficou a saber-se que vários empresários locais deixaram de fazer parte deste órgão. É o caso de David Chow, Tina Ho (irmã do actual Chefe do Executivo), Sio Tak Hong (condenado a 24 anos de prisão no âmbito do caso das Obras Públicas), Liu CHak Wan e Alexandre Ma Iao Lai. Também o antigo secretário dos Assuntos Sociais e Cultural, Cheong U, e Chan Kam Meng, ex-presidente da Federação das Associações dos Operários de Macau deixaram as posições que ocupavam desde 2019. Ip Sio Cheong, membro da Comissão Eleitoral do Chefe do Executivo pelo sector industrial, comercial e financeiro, e Chan Kwan Fai, membro da comissão pelo subsector desportivo, ficam ainda de fora do órgão eleitoral. A exclusão foi justificada através de um despacho no Boletim Oficial com a morte das duas pessoas. Em relação a estas modificações do órgão eleitoral, o Boletim Oficial não aponta qualquer substituição, o que poderá ser indicado mais tarde.
Hoje Macau China / Ásia MancheteTecnologia | EUA vão ouvir queixas de Pequim sobre restrições à exportação A visita da secretária do Tesouro norte-americana, Janet Yellen, à China, onde manteve encontros de alto nível com as autoridades chinesas, visou diminuir as tensões e promover um diálogo mais harmonioso entre as duas nações. Os Estados Unidos vão ouvir as queixas chinesas sobre restrições nas exportações de tecnologia e podem “responder a consequências não intencionais” das decisões norte-americanas, afirmou ontem a secretária do Tesouro, Janet Yellen, após uma visita a Pequim. “Abriremos canais para que possam expressar as suas preocupações sobre as nossas acções, e poderemos explicar e possivelmente, em algumas situações, responder às consequências não intencionais das nossas acções”, disse Yellen em conferência de imprensa, no encerramento de uma visita a Pequim com o objectivo de estabilizar as relações tensas entre os dois países. As relações entre as duas maiores economias mundiais estão no seu nível mais baixo das últimas décadas devido a disputas sobre tecnologia e segurança, entre outros assuntos. Uma importante reclamação chinesa é a limitação de acesso a ‘chips’ para processadores e outras tecnologias norte-americanas, por motivos de segurança, que ameaçam impedir o desenvolvimento por empresas chinesas de smartphones, inteligência artificial e outras indústrias. Yellen não anunciou ontem qualquer acordo sobre os grandes debates ou planos para actividades futuras, mas disse que o seu departamento e as autoridades chinesas teriam uma comunicação “mais frequente e regular”. Durante a visita, Yellen conversou com o primeiro-ministro chinês, Li Qiang, e outras autoridades, em 10 horas de reuniões. No sábado, a secretária norte-americana teve uma reunião de cinco horas com o vice-primeiro-ministro He Lifeng. O crescimento económico da China recuperou para 4,5 por cento no primeiro trimestre de 2023, em relação aos 3 por cento do mesmo período do ano passado, mas a actividade fabril e o consumo abrandaram no trimestre encerrado em Junho. O Presidente chinês, Xi Jinping – com quem Yellen não se encontrou durante esta visita -, acusou Washington, em Março, de tentar conter o desenvolvimento industrial da China. Pequim tem demorado a retaliar as restrições de tecnologia dos EUA, mas três dias antes da chegada de Yellen, o governo chinês anunciou controlos não especificados sobre exportações de gálio e germânio, metais usados no fabrico de semicondutores e painéis solares, dos quais a China é o maior produtor. Yellen disse que tentou tranquilizar as autoridades chinesas de que Washington não pretende dissociar a economia norte-americana da China, enquanto tenta “reduzir o risco” do comércio. Luta tecnológica O Governo de Joe Biden está a pressionar os fabricantes de semicondutores para transferirem a produção para os Estados Unidos, de forma a reduzir a dependência de Taiwan e de outros fornecedores asiáticos, que veem como um risco à segurança. Washington quer desenvolver alternativas ao fornecimento pela China de metais raros usados no fabrico de smartphones, turbinas eólicas e outros produtos. Yellen afirmou que os responsáveis chineses “expressaram alguma preocupação” por estas acções norte-americanas e, pelo seu lado, expressou preocupação às autoridades chinesas sobre “actividades coercivas” contra empresas americanas. No sábado, Yellen apelou ainda a He para uma cooperação nas alterações climáticas, no peso da dívida dos países em desenvolvimento e noutros desafios globais. A secretária norte-americana defendeu que os dois governos não devem permitir que divergências sobre o comércio e a segurança prejudiquem as relações económicas e financeiras.
João Luz Eventos MancheteMúsica | Jin Zhiwen e Momo Wu ao vivo no sábado no Wynn Grand Ballroom No próximo sábado, o Wynn Macau Grand Ballroom será palco para um concerto de duas estrelas saídas do “The Voice of China”. Com o espectáculo dividido entre performances a solo e em dueto, Jin Zhiwen e Momo Wu (considerada a Lady Gaga chinesa) apresentam-se pela primeira vez em Macau Os dois músicos que ganharam notoriedade no Interior através do programa de talentos “The Voice on China”, Jin Zhiwen e Momo Wu, vão no próximo sábado estrear-se em Macau num concerto conjunto. O espectáculo marcado para as 20h, no Wynn Macau Grand Ballroom, promete ser electrizante, de acordo com a perspectiva da Wynn Macau. O concerto será dividido entre actuações a solo de cada um dos artistas e um momento de dueto. Num cartaz que coloca em evidência músicos saídos de um programa de televisão, a Wynn frisa que Jin Zhiwen foi o vencedor do Final Four do “The Voice of China” 2012, momento que serviu de rampa de lançamento para a sua carreira como músico e compositor. A organização do concerto refere que o artista chinês alia a grande capacidade vocal à mestria de composição, qualidades que se foram tornando evidentes com a popularização de várias músicas escritas para novelas e programas de televisão no Interior da China. Entre as músicas mais populares de Jin Zhiwen, destaque para “And Run Away”, “Crazy For Love” e “Riding Wind and Waves”. Jin Zhiwen fez também algumas aparições em filmes, entre os quais “Miss Forever”, uma história de amor que estreou em 2018, e “Spicy Hat in Love” uma comédia romântica de 2016. Aliando música e cinema, o artista oriundo da província de Jilin participou em várias bandas sonoras de filmes chineses, incluindo “The Blue Whisper” e “Kingdom Craft”. Nascida assim A outra estrela da série Wynn Music Live é Momo Wu, também conhecida como a Lady Gaga chinesa. A artista oriunda da longínqua província de Heilongjiang também foi concorrente no The Voice of China” 2012, quando arrebatou o segundo lugar a nível nacional, exposição mediática que a catapultou para um lugar de destaque na indústria do entretenimento nacional. A Wynn Macau refere que a “sua voz única, aparência original e presença forte tornaram Momo Wu num líder da sua geração e ícone de tendências e modas”. Além disso, a cantora tem uma personalidade que a destaca no panorama musical, uma voz carregada de soul e atitude rockeira “muitas vezes observada entre artistas europeus e norte-americanos”, descreve a Wynn Macau. Entre o naipe de músicas mais conhecidas, o público de Macau poderá ouvir “I Believe” e “Live For Now”, assim como uma versão da “Price Tag” da cantora britânica Jessie J. Momo Wu teve uma subida meteórica ao estrelato nacional e ganhou logo em 2012 o prémio de Cantora do Ano nos prémios “China Charm Awards”, organizados pela Southern People Weekly. A partir daí, Momo Wu arrebatou outras distinções e foi contratada pela Pepsi e lançou um single, “Live For Now Momo” que bateu recordes de visualizações. Os bilhetes para o concerto estão à venda e custam entre 380 e 1080 patacas e podem ser comprados na bilheteira online da Wynn Macau, e presencialmente na zona de Concierge da Wynn Tower e do lobby do átrio sul do Wynn Palace.
Nunu Wu Manchete SociedadeTrânsito | Conselheiro pede cautela nas novas licenças de táxis Depois de terem expirado cerca de 400 alvarás desde 2019, vários conselheiros de trânsito próximos dos taxistas vieram opor-se a um crescimento significativo da oferta Ku Heng Cheong, vogal do Conselho Consultivo do Trânsito, considera que o Governo deve decidir “de forma prudente” o aumento do número de táxis a circular no território. A posição foi tomada depois da Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT) ter indicado que pretende aumentar o número de táxis a “curto prazo”, depois de terem expirado cerca de 400 licenças. Segundo Ku, antes de avançar para o aumento do número de táxis, o Governo deve pensar em melhorar o serviço, com base nas estatísticas existentes, para optimizar a distribuição dos veículos pelas zonas mais populares, mas também criar penalizações para quem chama um táxi e depois desiste do mesmo. Quanto à falta de táxis comuns, ou seja, os táxis de cor preta, Ku Heng Cheong defendeu que a solução para aumentar a oferta passa por obrigar os veículos a disponibilizar meios de pagamento electrónico, com este tipo de regras a serem definidas nos concursos públicos de atribuição dos alvarás. Actualmente, os táxis comuns podem não aceitar os pagamentos electrónicos, por não terem vontade de pagar comissões extra, que normalmente são cobradas por estas plataformas. Em declarações à Rádio Macau, Ku Heng Cheong indicou ainda que o aumento no número de rádio táxis – os que podem ser chamados por telefone –, deve ser decidido com muita cautela. Vigiar a concorrência Por sua vez, o secretário-geral da Associação Choi In Tong Sam e também ex-vogal do Conselho Consultivo do Trânsito, Kou Ngon Fong, defende que não é boa altura para disponibilizar demasiados alvarás, para evitar o aumento da concorrência. “Não é oportuno nesta fase que o Governo disponibilize demasiados táxis no mercado. O Governo pode, por exemplo, atribuir entre 200 a 300 alvarás nesta fase e, caso as reacções sejam positivas e o mercado absorva a oferta, voltar a atribuir mais alvarás daqui a um ou dois anos”, sustentou Kou Ngon Fong. O dirigente associativo apontou ainda que a população espera mais esclarecimentos do Governo sobre as queixas e opiniões sobre a nova lei de táxis, que entrou em vigor em 2019. Um dos problemas crónicos da nova lei é a instalação do terminal inteligente, que permite controlar os veículos e o montante cobrado. Desde o início que os taxistas defendem que deve ser o Governo a pagar a instalação e manutenção do terminal. De acordo com a estatística citada pela deputada Lo Choi In, no final de 2022 circulavam em Macau 1.397 táxis normais, ou seja, aqueles que não são chamados por telefone. Este número era inferior ao de 2019, quando estavam registados 1.800 táxis.
João Santos Filipe Manchete SociedadeHospital das Ilhas | Primeira fase de funcionamento em Dezembro O Complexo de Cuidados de Saúde das Ilhas deverá começar a funcionar numa primeira fase em Dezembro, com o funcionamento pleno estimado num prazo entre cinco a 10 anos. O Governo já recrutou cerca de meio milhar de profissionais para o novo hospital. Em curso, está a contratação de 10 médicos portugueses O Complexo de Cuidados de Saúde das Ilhas poderá abrir ao público numa primeira fase já no próximo mês de Dezembro. A data foi avançada pela secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, Elsie Ao Ieong, no final de uma reunião da Comissão Permanente da Assembleia Legislativa que está a analisar na especialidade a proposta de lei de gestão do Hospital das Ilhas. A governante acrescentou que “os trabalhos de recrutamento decorrem de forma ordenada”, e que, além dos além dos 50 funcionários designados pelo Peking Union Medical College Hospital, cujas funções serão de gestão, o Governo da RAEM procedeu também ao recrutamento de pessoal médico, mais de 400 pessoas”. Neste aspecto, Elsie Ao Ieong sublinhou a prioridade das autoridades em recrutar profissionais locais e que só “em caso de escassez de recursos humanos” serão contratados quadros no Interior da China e no exterior. A secretária com o pelouro da saúde mencionou ainda que o recrutamento de médicos portugueses é um processo que está em curso, seguindo as entrevistas feitas em Portugal, aquando da visita à Europa. “Segundo entendi, foram entrevistados cerca de 10 médicos portugueses e os procedimentos sequentes estão em andamento”, afirmou Elsie Ao Ieong, citada pela TDM – Rádio Macau. A secretária adiantou que estão a ser consultados currículos de jovens recém-graduados em Portugal, alguns especializados em medicina de família. Preços e prazos Quanto à questão do preço e acesso a cuidados de saúde, Elsie Ao Ieong sublinhou que “a tarifa adoptada para a prestação dos serviços médicos pelo Complexo será em diferentes classificações, mas que os residentes de Macau que usufruem actualmente de cuidados médicos gratuitos, poderão continuar a usufruir de serviços gratuitos, quando transferidos pelos Serviços de Saúde”. Além dos cuidados grátis, existem outros dois níveis. Um que se destina a residentes transferidos pelo Serviços de Saúde, que não usufruem de cuidados médicos gratuitos, mas que o Governo garante terem “tarifas cobradas de forma razoável”. Finalmente, será aplicado o nível destinado à “prestação de serviços médicos privados de alta qualidade, em que a tarifa terá como referência o preço do mercado”. No final da reunião da comissão legislativa que está a ultimar os detalhes da lei de gestão do Hospital das Ilhas, Vong Hin Vai, o deputado que preside à comissão, citou os representantes do Governo afirmando que o funcionamento plano do complexo de saúde só acontecerá num prazo entre cinco e 10 anos. Além disso, na primeira fase de funcionamento, os serviços de urgência do hospital da MUST serão transferidos para o novo complexo.
João Santos Filipe Manchete PolíticaComunidades | Rita Santos contra limitação de mandatos dos conselheiros Com as alterações aprovadas pelo PS e pelo PAN, os conselheiros ficam impedidos de cumprir mais de três mandatos seguidos, o que significa um limite de 12 anos no cargo Os conselheiros das Comunidades Portuguesas do Círculo China, Macau e Hong Kong atacaram a decisão da Assembleia da República que aprovou uma limitação de mandatos para os conselheiros. As alterações à lei que regulam o Conselho das Comunidades Portuguesas foram aprovadas na sexta-feira, com votos a favor do grupo parlamentar do Partido Socialista e da deputada do Pessoas-Animais-Natureza. Horas depois da decisão, Rita Santos, que se encontra actualmente em Lisboa, reagiu à votação, considerando que se trata de uma “oportunidade perdida” e um “revés”. “Hoje [sexta-feira], após meses em espera, finalmente a Assembleia da República aprovou, com os votos do grupo parlamentar do PS e da deputada do PAN o texto com alterações para a Lei 66-A, que regulamenta o CCP”, foi publicado na página Conselho das Comunidades Portuguesas da China, Macau e HK. “Infelizmente deixaram de avançar com diversos temas e acabaram por aprovar outros que jamais foram objecto de diálogo prévio com o CCP como, por exemplo, a limitação de mandatos aos conselheiros; o que não se exige dos deputados”, foi acrescentado. Com as alterações, os conselheiros ficam limitados a cumprir um máximo de três mandatos, cada um de quatro anos, o que significa um limite de 12 anos. A posição dos conselheiros está em linha com a posição do Partido Social-Democrata (PSD), que também era contra a limitação. O diploma tem agora de passar por Marcelo Rebelo de Sousa, presidente de Portugal, que tem poder de veto. “Ratificadas as alterações, o texto, em breve, irá à apreciação do Presidente da República. Vamos continuar a acompanhar atentamente, relembrando que a oportunidade perdida, expressão repetida por quase todas as intervenções, continuará a ser objecto de radical crítica do actual CCP”, recordaram os conselheiros. “Tivemos um revés, mas não desanimaremos. Que a responsabilidade seja de quem efectivamente deixou passar essa oportunidade”, foi completado. Órgão de pareceres Uma das principais alterações da nova lei é a obrigatoriedade de o CCP, como órgão de consulta do Governo, ser ouvido em iniciativas do executivo que digam respeito à diáspora. As opiniões do conselho não são vinculativas. Os conselheiros passam também a assistir aos trabalhos da Assembleia da República, incluindo comissões parlamentares, sobre matérias das comunidades portuguesas, especialmente quando sujeitas a consulta obrigatória. Por outro lado, também passam a ser membros por inerência dos conselhos consultivos dos postos consulares da área geográfica do círculo eleitoral por onde são eleitos, além terem um cartão oficial de identificação. De acordo com a nova legislação, o CCP passa ser composto por um máximo de 90 membros, eleitos pelos portugueses residentes no estrangeiro que sejam eleitores para a Assembleia da República. Antes desta proposta, o órgão estava limitado a 80 membros. A proposta contou com os votos contra do Partido Social-Democrata, Chega, e Iniciativa Liberal. O Partido Comunista Português, o Bloco de Esquerda e o Livre abstiveram-se. Com a nova lei passa também a haver condições para que se realizem eleições para o Conselho das Comunidades Portuguesas, que não acontecem desde 2015.
João Luz Eventos MancheteExposição | Pintura de Celia Si no Café Voyage a partir de 15 de Julho A partir do dia 15 de Julho, sábado, o Café Voyage voltará a transformar-se numa galeria de arte para acolher a mostra “Poetry of Water Tune”, uma colecção de pinturas a óleo da autoria de Celia Si. A mostra estará patente ao público, gratuitamente, até 13 de Agosto. Organizada pela Ark-Association of Macau Art, a exposição é a terceira de uma série dedicada aos cinco elementos, formando um quinteto artístico que entre Maio e Setembro deste ano apresenta trabalhos de artistas locais inspirados no conceito teórico ancestral da filosófica chinesa que considerava a madeira, fogo, terra, metal e água como os cinco elementos constituintes de tudo o que existia e interagia no universo. Durante a Dinastia Han, cerca de dois séculos a.c., esta classificação elementar serviu de base aos mais variados ramos do conhecimento, da ciência política, passando pela astrologia, medicina tradicional, feng shui, artes marciais e estratégia militar. A Ark-Association of Macau Art descreve a exposição de Celia Si como um ensaio artístico que capta a riqueza e diversidade conceptual de usar a água como inspiração. “A água é um elemento indispensável, e uma fonte de vida e um pilar da civilização humana que tem inspirado incontáveis artistas”, refere a organização da série de mostras num comunicado. Segundo a Ark, esta exposição pretende apresentar várias interpretações do elemento fundamental através da arte, permitindo ao público sentir as várias facetas e riqueza da água enquanto veículo artístico, evocando beleza, mistério, temperatura e vitalidade. Elementar, caro apreciador Com um bacharelato em design gráfico, Celia Si está neste momento a trabalhar num mestrado em artes interdisciplinares. O percurso académico não é único meio de exploração das fronteiras da estética e das formas, uma vez que a artista tem acumulado anos de experimentação em artes visuais e educação visual. Ao longo dos anos, Celia Si participou em mais de uma dezena de exposições colectivas e duas mostras individuais em Macau, Hong Kong, Taiwan, Singapura e Interior da China. De um modo geral, o traço da artista local é caracterizado pela combinação de cores radiantes e padrões geométricos, na busca da aproximação criativa ao que é verdadeiro, bom e belo, refere a organização da mostra. Alargando o escopo, a Ark descreve o ciclo de exposições dedicados os cinco elementos fundamentais como uma oportunidade para mostrar a criatividade diversa dos artistas locais que, através de uma vasta gama de tipos de expressão artística e interpretações, comunicam com o público através da arte. A mostra “Poetry of Water Tune” – Art Oil Painting Exhibition by Celia Si, concebida com o apoio criativo do Graceart Design Studio, estará patente no Café Voyage, situado na Rua Do Padre António Roliz No.31-A, quase na esquina com a Avenida do Ouvidor Arriaga. A exposição pode ser apreciada todos os dias da semana, das 12h às 21h e tem entrada livre.
Nunu Wu Manchete SociedadeAssociação Económica | Taxa de desemprego de 2% é irrealista Será necessária paciência para a recuperação total do mercado de trabalho de Macau ainda na ressaca da crise dos tempos de pandemia. Esta é a opinião de Lei Chun Kwok, vice-presidente da Associação Económica de Macau, entidade liderada pelo ex-deputado Joey Lao. No espaço de um ano, depois do pico de crise económica e social que fez explodir a taxa de desemprego de residentes para 5,5 por cento, a mesma taxa desceu para 3,6 por cento, valor que se tem mantido estável até às últimas estatísticas divulgadas pelo Governo, referentes ao trimestre entre Março e Maio. O dirigente da Associação Económica de Macau explicou que apesar da descida rápida da taxa de desemprego de residentes de 5,5 por cento em Outubro para 3,6 por cento no primeiro trimestre de 2023, a queda de mais dois pontos percentuais irá demorar. Contrariando as estimativas mais optimistas de outros analistas, Lei Chun Kwok acha que será precisar esperar para lá do final de 2023 para se registar uma taxa de desemprego de residentes abaixo de 2 por cento. Aliás, o dirigente associativo considera irrealistas as estimativas que apontam para a estabilização do mercado de trabalho no ano corrente. Em declarações ao jornal Ou Mun, Lei Chun Kwok realça que a meta de 2 por cento não será atingida mesmo com a abundância de actividades na segunda metade do ano, nomeadamente o Grande Prémio de Macau, o Concurso Internacional de Fogo-de-Artifício, o Festival de Gastronomia e os múltiplos concertos que vão agitar a agenda cultural do território e potencial as indústrias ligadas ao turismo. Mesmo com estas actividades a levarem ao aumento da procura de mão-de-obra e à descida do desemprego. Viver neste planeta Lei Chun Kwok justificou o seu cepticismo com o facto de entre 2019 e 2023, a economia só ter recuperado 60 por cento e que a estrutura do mercado laboral sofreu alterações que dificultam a reentrada de trabalhadores de meia-idade na vida activa, com as empresas cada vez mais a procurarem jovens. Nesse aspecto, o responsável salienta o esforço do Governo na mudança do foco dos cursos de formação profissional que procura transformar as habilitações de residentes de meia-idade. Além disso, Lei Chun Kwok elenca o número recorde de recém-licenciados que procura o primeiro emprego no recente cenário pós-pandémico como um dos factores que trava a descida mais rápida da taxa de desemprego.
João Luz Manchete SociedadeCrime | PJ e AMCM no combate à troca ilegal de dinheiro Nos primeiros três meses deste ano, as autoridades policiais de Macau “interceptaram 3.655 indivíduos envolvidos em burlas de troca de dinheiro, o que correspondeu a um aumento de 78,4 por cento” em comparação com o mesmo período de 2022. Em resposta a uma interpelação de Ella Lei, a chefe do gabinete de Wong Sio Chak justificou o “aumento notável” com o “abrandamento da epidemia, ao levantamento das restrições nas fronteiras e à recuperação do sector do jogo”. Cheong Ioc Ieng indicou à deputada dos Operários que “para prevenir e reprimir as actividades de troca ilegal de dinheiro o Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP), entre Janeiro e Abril de 2023, desencadeou 186 operações de combate nas zonas periféricas dos casinos”. Além disso, o CPSP aumentou os “grupos de rusgas” de quatro para seis. Respondendo à sugestão de Ella Lei de reforço da cooperação interdepartamental para combater estes fenómenos criminais, Cheong Ioc Ieng afirmou que a Polícia Judiciária (PJ) e a Autoridade Monetária de Macau (AMCM) estabeleceram um mecanismo de cooperação integral para colaborar no “combate às entidades envolvidas simultaneamente em crimes e actividades financeiras ilegais”. A representante governamental acrescentou que sempre que se verifique que alguém está envolvido na prática destas actividades, “a AMCM desencadeia a investigação e quando reunir provas suficientes é instaurado o processo contra a entidade que violou a lei, de modo a proteger a ordem do sistema financeiro de Macau”. Além disso, o Governo vai reformular o Regime Jurídico do Sistema Financeiro, para aumentar as sanções aplicáveis aos responsáveis pela prática de actividades financeiras ilegais. Ficar em demasia No final de Maio, as autoridades policiais reuniram com a AMCM e acordaram no aumento dos custos operacionais para combater a troca ilegal de dinheiro ocorridas dentro e fora dos casinos e as influências nocivas para a segurança. Ella Lei apontou também a relação entre a permanência ilegal no território e indivíduos ligados à troca de dinheiro, matéria para a qual também pediu um combate mais eficaz. A representante do gabinete de Wong Sio Chak afirmou que as autoridades policiais, através de patrulhas rotineiras, operações de policiamento comunitário e colaboração com o sector hoteleiro “tem intensificado continuadamente o combate à entrada ilegal de pessoas e ao excesso de permanência na RAEM”. Cheong Ioc Ieng referiu que durante o primeiro trimestre do ano o CPSP deteve 18 indivíduos que entraram ilegalmente em Macau e detectou 4.713 em excesso de permanência.
João Santos Filipe Manchete PolíticaInternet | Ma Io Fong pede mais actividades para evitar vício Com o aproximar das férias de Verão, o deputado Ma Io Fong veio a público mostrar-se preocupado com os perigos de os adolescentes navegarem na Internet, sem controlo. Neste sentido, o legislador apoiado pela Associação das Mulheres apela ao Governo que lance mais vagas para as actividades de Verão, para haver um melhor controlo sobre os mais jovens. “As férias de Verão estão a chegar e os adolescentes têm muito tempo para fazerem actividades fora das escolas”, pode ler-se no comunicado emitido em nome do deputado. “Com muitos planos para este período de férias, os adolescentes ficam expostos a muitos perigos. Por isso, é recomendado que utilizem a Internet de forma cuidadosa, de forma racional, filtrem a informação e se protejam, para evitarem serem alvos de criminosos”, acrescentou. No entanto, Ma Io Fong considera que o Governo deve ter um papel mais activo, de forma a ocupar e controlar os jovens. “Recomenda-se ao Governo que abra mais vagas para estágios e visitas de estudo, para ajudar os estudantes a estabelecerem valores correctos e positivos e fazerem mais amigos”, frisou. Ma Io Fong afirma ainda que a “utilização prolongada da Internet durante as férias” é “uma forma de relaxar para muitos alunos”, mas que pode levar a outros problemas, como o vício ou fazer com que sejam alvo de crimes, como burlas ou extorsão. Tempo da família Por outro lado, o deputado apelou às famílias para que aproveitem as férias para passarem mais tempo com os filhos e não se limitarem a deixarem as crianças nos centros de estudos. Segundo as palavras de Ma, “as férias de Verão são uma oportunidade de ouro para promover a interacção entre pais e filhos e construir um ambiente de confiança e intimidade”. Para promover uma relação familiar saudável, o legislador sugeriu assim que os pais “estabeleçam com bom canal de comunicação com as crianças, sobre uma premissa do respeito mútuo”, de forma a construir “um ambiente harmonioso e bonito em casa”. Finalmente, Ma Io Fong recordou que as férias de Verão são utilizadas por muitos jovens para adquirirem experiência de trabalho e obterem rendimentos extra, com trabalhos temporários. Sobre este aspecto, o deputado apelou aos pais para ajudarem as crianças, de forma a que possam evitar os perigos de burlas na escolha de um emprego temporário.
João Santos Filipe Manchete PolíticaAssociativismo | Nova associação promove colaboração com Pequim Uma associação para reforçar os laços entre Pequim e Macau. Foi desta forma que Pansy Ho, presidente da recém-criada União Geral das Associações de Pequim (Macau), a par de Jason Ho, filho do Chefe do Executivo, apresentou a criada União Geral das Associações de Pequim (Macau). A cerimónia de lançamento decorreu em finais do mês passado e contou com os representantes de altos quadros do Partido Comunista Chinês como Yang Jinbai, hefe do Departamento da Frente Unida do comité municipal de Pequim, Qiu Yu, subdirectora do Departamento de Coordenação do Gabinete de Ligação do Governo Popular Central na RAEM, mas também Edmundo Ho, vice-presidente do Conferência Consultiva Política do Povo Chinês (CCPPC) e de André Cheong, secretário para a Administração e Justiça. Diante da elite de Pequim, Pansy Ho prometeu uma associação focada no reforço da cooperação entre Pequim e Macau, que pode aproveitar as vantagens de cada região e contribuir para “a construção nacional”. A filha de Stanley Ho apontou também que a associação tem como objectivo “promover a integração de Macau no desenvolvimento nacional” e tornar-se numa “plataforma para a implementação da estratégia de desenvolvimento exterior” do país. Nos órgãos da sociais da associação, que foi promovida pelos órgãos de comunicação do Governo da RAEM, constam várias figuras ligadas a famílias e empresários protegidos pelo regime. Clube dos filhos Além da presidência bipartida pelas famílias Ho, de Stanley, e a família Ho, ligada ao Chefe do Executivo, também o clã iniciado por Ho Yin, pai de Edmundo Ho, está representado pelo sobrinho Eric Ho King Fung, vice-presidente permanente da associação. Por sua vez, Ngan Iek Chan, filha do empresário Ngan In Leng, que chegou a ser um dos cinco representantes de Macau no comité permanente da CCPPC, é a presidente do Conselho Fiscal. Além do reforço da ligação com a capital, a associação garante ainda ser uma força patriota, que promete total apoio às políticas do Chefe do Executivo, que vai realizar vários eventos em áreas como “a cultura, gastronomia, turismo, desporto comércio e cuidados médicos”. No discurso de lançamento da associação, Pansy Ho apontou ainda, de acordo com o jornal Ou Mun, que “a compatibilidade cultural entre as populações dos dois lugares vai fazer com que se sintam mais próximas e que possam beneficiar da cooperação com benefícios mútuos, com um melhor desenvolvimento económico e social”.
Hoje Macau Eventos MancheteBienal de Arte | Vila Nova de Cerveira vai ter pavilhão e exposição em Macau Com a Arte Macau à porta, cuja exposição principal é inaugurada no final deste mês, o Governo anunciou a colaboração com a Fundação Bienal de Arte de Cerveira. O resultado será um pavilhão da responsabilidade da entidade portuguesa na Bienal Internacional de Arte de Macau e uma exposição na galeria do Antigo Estábulo Municipal A Fundação Bienal de Arte de Cerveira vai ter, a partir de 1 de Agosto, um pavilhão na Bienal Internacional de Arte de Macau 2023 (Arte Macau), anunciou ontem a organização. O Instituto Cultural (IC) indicou, em conferência de imprensa, que a exposição de Vila Nova de Cerveira, intitulada “A Metafísica da Sorte e a Ciência do Azar”, vai exibir uma selecção de 27 obras de “artistas de diferentes países e gerações”. O pavilhão, comissariado pela Fundação Bienal de Arte de Cerveira, vai mostrar “diferentes visões do mundo e reflectir as consonâncias e contradições entre as tradições religiosas, superstições e ciências”, disse o IC, em comunicado. A exposição de Vila Nova de Cerveira, apresentada pelo Consulado-Geral de Portugal em Macau e Hong Kong, vai estar patente no Antigo Estábulo Municipal de Gado Bovino de Macau. A directora do IC, Deland Leong Wai Man, disse à Lusa que a escolha surgiu de “uma negociação mútua” com o consulado de Portugal e sublinhou que a Bienal de Arte de Cerveira, realizada pela primeira vez em 1978, “é muito significativa”. Numa mensagem de vídeo divulgada na conferência de imprensa, o curador chefe do Arte Macau 2023, Qiu Zhijie, destacou a obra Estatística Milagrosa, do macaense Carlos Marreiros, “inspirada no catolicismo português”, incluindo nos milagres de Santo António. Qiu Zhijie, também vice-director da Academia Central de Belas Artes chinesa, avançou que o mexicano Pablo Helguera vai trazer à Arte Macau o espectáculo ‘The Memory Palace of Matteo Ricci’ (O Palácio da Memória de Matteo Ricci). O espectáculo é baseado num livro do historiador norte-americano Jonathan Spence sobre a vida do italiano Matteo Ricci (1552-1610), um dos primeiros jesuítas a viver na China e co-autor do primeiro dicionário português-chinês. O grande plano A exposição principal da Arte Macau 2023 vai ser inaugurada a 28 de Julho e a bienal irá decorrer até Outubro, com obras de mais de 200 artistas de 20 países e territórios, em 30 mostras espalhadas pela cidade. Deland Leong Wai Man disse que, com o fim das restrições sanitárias devido à pandemia da covid-19, haverá “um aumento significativo de obras estrangeiras” e um maior “intercâmbio entre artistas locais e internacionais”. A directora dos Serviços de Turismo de Macau, Maria Helena de Senna Fernandes, disse à Lusa acreditar que o “megaevento de nível internacional possa servir para atrair mais turistas” à região. “Os artistas internacionais vão poder vir para Macau”, destacou Senna Fernandes, o que não aconteceu na anterior edição da bienal, em 2021. “Sem a presença do próprio artista, não é a mesma coisa; vai poder haver intercâmbio”, acrescentou. O orçamento total do Arte Macau 2023, suportado pelo Governo, é de 12 milhões de patacas, valor que não inclui os eventos organizados pelas seis operadoras de casinos, indicou à Lusa a presidente do IC.
Nunu Wu Manchete PolíticaTurismo | Associação das Mulheres exige caça aos uniformes escolares A estética dos uniformes escolares de Hong Kong e Macau está a fascinar os turistas do Interior que se querem fotografar vestidos de alunos. No entanto, a Associação das Mulheres implementou uma campanha contra o fenómeno que considera “perturba os alunos” A Associação Geral das Mulheres apelou ao Governo para lutar contra uma das tendências mais recentes dos turistas do Interior: fotografias com os uniformes das escolas de Macau. À boleia do que acontece em Hong Kong, os turistas do Interior mostram cada vez mais um fascínio com os uniformes escolares de Macau. Assim sendo, tornou-se mais frequente a compra destes uniformes para sessões de fotografias nas ruas do território. No entanto, a Associação Geral das Mulheres está contra o fenómeno e pede ao Governo que dê início imediatamente uma campanha contra estes turistas. Em declarações ao jornal Ou Mun, a vice-presidente da associação, Loi I Weng, defende que o Governo deve regular a venda de uniformes escolares, para evitar “influências negativas” na imagem das escolas e para evitar “perturbar os alunos e os encarregados de educação”. A responsável não explicou como é que a utilização dos uniformes por turistas vai perturbar os alunos ou encarregados de educação, ainda assim apontou que actualmente a compra dos uniformes escolares é demasiado conveniente. Loi afirmou ainda ter recebido queixas de “alguns residentes” e que o Governo até pressionou os fornecedores para que identifiquem os compradores, de forma a evitar abusos com os uniformes. No entanto, as autoridades não indicaram critérios para forçar os fornecedores a identificarem os compradores, o que coloca em causa qualquer esforço para contrariar esta prática. Problemas no trânsito A reboque das opiniões partilhadas por outros deputados recentemente, Loi I Weng alertou também as autoridades para o problema das fotografias que os turistas tiram no meio das ruas de Macau. Apesar de considerar que as imagens podem promover Macau como um destino turístico, Loi I Weng apontou os perigos das fotografias tiradas no meio das estradas ou nas passadeiras, por constituírem um risco acrescido para os próprios e para transeuntes e condutores. Como forma de combater a prática de fotografias no meio da estrada, a dirigente associativa sugeriu que a Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego coloque sinais de trânsito nos pontos mais afectados, além de promover uma melhor divulgação contra a infracção na Internet. Loi I Weng recordou ainda que alguns turistas foram punidos por violarem a lei do trânsito e que até partilharam este facto nas redes sociais, alertando os outros para que evitem a prática. Contudo, a dirigente pede ao Governo que faça mais.
João Santos Filipe Manchete SociedadeTáxis | Governo promete aumentar frota “a curto prazo” Segundo a DSAT, desde 2019 até Maio deste ano foram canceladas licenças de cinco taxistas, que cometeram quatro infracções graves num período de cinco anos O Governo promete aumentar o número de táxis a circular na cidade face às crescentes queixas sobre a dificuldade cada vez maior em conseguir aceder a este meio de transporte. A promessa foi deixada por Lei Veng Hong, subdirector dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DST), em resposta a uma interpelação da deputada Lo Choi In. De acordo com a interpelação da legisladora ligada à Associação de Jiangmen, no final de 2022 circulavam em Macau 1.397 táxis normais, ou seja, aqueles que não são chamados por telefone. Este número era inferior ao de 2019, quando estavam registados 1.800 táxis. “Esta grande diferença deve-se ao facto de o alvará com prazo de oito anos de mais de 400 táxis ter terminado, sucessivamente, e, no próximo ano, vai haver também cerca de 100 táxis na mesma situação, o que causará dificuldades aos taxistas que aluguem o veículo”, explicou e alertou a deputada. Em resposta a estes avisos, o Governo promete resolver a situação a curto prazo. “Esta Direcção de Serviços irá aumentar, a curto prazo, o número adequado de táxis em conformidade com a realidade de Macau, as condições objectivas de operação e a procura por serviços de táxis pelo público em geral”, prometeu Lei Veng Hong. O representante do Governo não adianta, no entanto, um calendário para lançar no mercado mais alvarás nem aponta o número previsto a emitir. Nos últimos tempos, também a empresa Rádio Táxis, que gere os táxis que podem ser chamados através do telefone ou aplicação móvel, admitiu que para fazer face a toda a procura aceitaria mais alvarás. Sete castigados Na resposta à deputada, o subdirector da DSAT revelou também que desde que entrou em vigor a lei mais recente dos táxis, em 2019, foi reprimida “a maioria das infracções e elevada a qualidade dos serviços de táxis”, com recurso ao “sistema de terminal inteligente nos veículos”. Este é um equipamento que além de guardar as gravações áudio e de imagem do que se passa no interior do táxi também inclui um sistema GPS, que permite saber os percursos feitos pelos taxistas e se houve intenção de enganar os clientes. Desde essa data até Maio deste ano, sete condutores de táxis viram a licença para conduzir este meio de transporte cancelada por terem cometido várias infracções administrativas graves. A lei impõe um máximo de quatro infracções graves num espaço de cinco anos, antes da licença ser suspensa.
João Luz Manchete SociedadeHabitação | Apartamentos alagados no Bairro Social de Tamagnini Barbosa Os moradores dos edifícios do Bairro Social de Tamagnini Barbosa queixam-se de que sempre que chove as janelas deixam entrar água, danificando mobílias e levantando preocupações à medida que a época dos tufões se aproxima. Apesar das reparações do final do ano passado, os edifícios de habitação social acumulam estragos No final do ano passado, as paredes exteriores dos três edifícios de habitação social do Bairro Social de Tamagnini Barbosa foram pintadas e todas as janelas de alumínio foram substituídas. Porém, de acordo com queixas de moradores, mais de três dezenas de apartamentos continuam a revelar debilidades face aos elementos, realidade reforçada pelas chuvadas que recentemente têm assolado Macau. Sempre que chove com um pouco mais de intensidade, as janelas deixam entrar água, ensopando carpetes, danificando mobiliário e deixando os moradores em alerta permanente para a necessidade de limpar rapidamente e apanhar a água quando chove. Em declarações ao jornal Ou Mun, uma moradora do complexo de habitação social mostrou-se resignada e afirmou que as várias queixas apresentadas não tiveram qualquer resultado. A residente afirmou que antes das reparações do final de 2022, as janelas não deixavam entrar água e que o problema afecta muitos outros moradores. Além das janelas que metem água, os halls de entrada e escadas exteriores que acumulam grandes poças de água tornaram-se também alvo de queixas recorrentes dos moradores à administração do condomínio e ao Instituto de Habitação. A juntar às queixas registaram-se também vários acidentes de pessoas com quedas nas escadas devido ao chão molhado. Melhor a emenda O deputado e presidente da Aliança de Instituição de Povo de Macau, Nick Lei, dirigiu-se ao bloco de edifícios de habitação social, situado no coração do bairro do Toi San, e deu eco às queixas dos moradores, muitos deles idosos que vivem sozinhos e pessoas portadoras de deficiência. O deputado ligado à comunidade de Fujian sublinhou, em declarações ao jornal Ou Mun, que apesar das repetidas queixas às autoridades, a falta de condições de habitabilidade persiste e que os moradores vivem num constante estado de preocupação, em particular quando chega a época dos tufões. Nick Lei refere que, de acordo com a avaliação que fez, o problema das infiltrações de água piorou a partir de Janeiro deste ano. Depois de várias reparações, o problema foi atenuado em alguns apartamentos. Porém, a entrada de água através das janelas afecta cerca de 30 fracções, situação que o deputado estima agravar-se no futuro. Concluído em 1985, o Bairro Social de Tamagnini Barbosa apresenta sinais evidentes de degradação. Nick Lei destaca as escadas exteriores como um dos maiores perigos, com rachas no cimento e os materiais antiderrapante nos degraus completamente danificados.
João Luz Manchete SociedadeCCAC | Aluno da UM acusado de corrupção por tentativa de suborno Um estudante da Universidade de Macau é suspeito da prática do crime de corrupção activa por ter tentado subornar um professor. O doutorando já tinha tentado oferecer prendas ao docente, mas um envelope de lai si com um maço de notas foi a gota de água que levou à investigação do CCAC Um aluno de doutoramento da Universidade de Macau (UM) foi acusado da prática do crime de corrupção activa por ter tentado subornado o professor orientador. Segundo a investigação do Comissariado contra a Corrupção (CCAC), o aluno terá tentado aliciar o docente a facilitar a aprovação da proposta de dissertação, que tinha de entregar antes de elaborar a tese, “procurando garantir assim a conclusão do curso com sucesso”. Segundo um comunicado emitido ontem pelo CCAC, “o doutorando em causa, vindo do Interior da China, depois de ser admitido pela Faculdade de Direito da Universidade de Macau, não conseguiu apresentar a tempo uma proposta de dissertação que satisfizesse as exigências académicas do professor orientador”. De acordo com as regras da UM, se os estudantes não concluírem a proposta de dissertação antes do termo do terceiro ano de frequência do curso, serão expulsos pela faculdade. Numa altura em que o prazo para a entrega da proposta se aproximava do fim, “o professor orientador descobriu, na sua caixa de correio pessoal, que o livro que tinha oferecido ao doutorando continha um envelope vermelho com um maço de dinheiro”. Face à descoberta, o docente contactou imediatamente o pessoal administrativo da Universidade para se reunir com o doutorando, “tendo este admitido que se tratava do dinheiro que pretendia dar ao professor orientador”. Mãos largas Segundo o CCAC conseguiu apurar, o doutorando em causa, depois de ser admitido na Universidade de Macau, tinha já tentado oferecer ao mesmo professor “alguns milhares de patacas em cupões de compras”. Após a primeira tentativa de suborno, o aluno foi “severamente advertido e a oferta rejeitada”, indicou ontem o CCAC. Na sequência da investigação, o caso foi encaminhado para o Ministério Público com o doutorando suspeito da prática do crime de corrupção activa. O crime previsto no Código Penal estabelece uma moldura penal até três anos de prisão ou punição com pena de multa.
João Santos Filipe Manchete SociedadeJogo | Concessionárias com margem de EBITDA “mais alta de sempre” Os analistas do banco de investimento JP Morgan Securities (Asia Pacific) acreditam que a margem de lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização vai continuar a bater recordes até 2025 No segundo trimestre do ano, as concessionárias de jogo atingiram a margem de lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA, em inglês) “mais alta de sempre”. A opinião sobre o indicador de rentabilidade foi divulgada pelo banco de investimento JP Morgan Securities (Asia Pacific), num relatório, citado pelo portal GGR Asia. De acordo com a informação disponível, o sector do jogo em geral atingiu uma margem de EBITDA de 26 por cento durante o segundo trimestre, o que significou um montante a rondar os 1,7 mil milhões de dólares norte-americanos. A margem de EBITDA do segundo trimestre mostra também um aumento face à taxa registada durante os primeiros três meses do ano. Em comparação com o período antes da pandemia, o montante dos lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização no segundo trimestre de 2023 representou 73 por cento dos níveis do segundo trimestre de 2019. “O trimestre não se vai limitar a continuar a tendência de ultrapassar as expectativas [dos analistas], mas também a satisfazer os investidores com as margens mais altas de sempre – de 26 por cento, contra um recorde histórico de 24 por cento – graças às melhorias dos ganhos e à redução dos custos”, foi explicado pelos analistas DS Kim e Shi Mufan. O mesmo relatório indica ainda que até 2025 as margens do EBITDA podem continuar a bater recordes até chegarem a um nível de 30 por cento. “O ciclo de melhoria está longe de ter terminado”, é acrescentado. Trimestre de viragem A JP Morgan Securities (Asia Pacific) adiantou também que o período entre Abril e Junho foi “o primeiro trimestre em mais de três anos que todas as operadoras – incluindo a SJM Holdings Ltd – geraram belos fluxos de caixa gratuitos”. Em Junho, as receitas do jogo em Macau atingiram 15,21 mil milhões de patacas, o segundo valor mais alto do ano, de acordo com as estatísticas da Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ). Apesar de inferiores a Maio, as receitas do jogo em Macau aumentaram em Junho 513,9 por cento em relação ao mesmo mês de 2022. Entre Janeiro e Junho, as receitas da indústria do jogo cresceram 205,1 por cento, em comparação com igual período de 2022. Nos primeiros seis meses do ano, os casinos registaram receitas de 80,1 mil milhões de patacas.
Nunu Wu Manchete SociedadeInquérito | Metade dos idosos enfrenta problemas psicológicos Falta de rendimentos e de saúde são os factores que mais afectam os idosos do território. Entre os desempregados, mais de 20 por cento tem o desejo de voltar a trabalhar Metade dos idosos de Macau tem problemas psicológicos. A conclusão faz parte de um inquérito realizado pela Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM), sobre a situação laboral e de vida. Os resultados apresentados ontem indicam que 50 por cento dos idosos têm problemas psicológicos, sendo que 35 por cento de todos os inquiridos tinham “um sofrimento psicológico moderado ou grave”. As situações mais graves foram identificadas principalmente entre os idosos que vivem sozinhos. Os dados apontam também para que cerca de 15 por cento dos inquiridos apresentassem problemas ligeiros. De acordo com os investigadores, o sofrimento psicológico tem dois factores principais: a situação financeira e a saúde física. Em relação ao último factor, foi exemplificado que há idosos que “têm mais de três doenças” e se sentem sozinhos. Sobre o sentimento de solidão, foi revelado que cerca de 40 por cento dos idosos inquiridos moram sozinhos e mais de 30 por cento não teve acesso à internet nos últimos três meses. No que diz respeito às fontes de rendimento pessoais, concluiu-se que 80 por cento dos inquiridos tinham a pensão do Fundo de Segurança Social ou as poupanças como as principais fontes de rendimento. Ao mesmo tempo, 25 por cento dos inquiridos admitiram não ter poupanças suficientes para cobrir as despesas da sua vida nos próximos três a seis meses. Dos desempregados Entre os idosos desempregados, foi concluído que cerca de 20 por cento tinham vontade de regressar ao mercado do trabalho, por dois motivos fundamentais: vontade de ter rendimentos pessoais e por sentirem que ainda têm capacidades para exercer uma profissão. O inquérito recolheu 749 inquiridos válidos junto de residentes de Macau com mais de 55 anos. Um total de 80 por cento dos inquiridos tinha 65 anos ou mais. Face aos resultados, a FAOM sugeriu ao Governo que lance medidas concretas para criar um ambiente favorável no mercado laboral para o regresso dos idosos. A equipa da FAOM que realizou o inquérito defendeu também a necessidade de o Governo incentivar as empresas a contribuírem para uma maior inclusão social, com a contratação de idosos ou indivíduos com idade mais avançada. “As regiões vizinhas, tal como Hong Kong e Taiwan lançaram programas de emprego e leis para incentivar o emprego de pessoas com idade média-alta nos últimos anos. Espera-se que as autoridades se refiram activamente a estes exemplos,” afirmou a deputada Ella Lei, na apresentação dos resultados. A FAOM destacou ainda que é preciso prestar atenção à saúde mental dos idosos, sobretudo dos que moram sozinhos, através das redes comunitárias.
Hoje Macau China / Ásia MancheteClima | Onze províncias em alerta devido à chuva. Retiradas 10 mil pessoas As condições climáticas extremas já provocaram inundações que levaram à evacuação de mais de 10 mil pessoas em Hunan. Por outro lado, em Pequim prevê-se a chegada de mais uma invulgar onda de calor. Os serviços de meteorologia chineses alertaram ontem que 11 províncias, ou cerca de metade da área terrestre do país, devem ser afectadas por chuva forte nos próximos dias. As autoridades da província de Hunan, no centro da China, indicaram, no domingo, que mais de 10 mil pessoas tiveram de abandonar as suas casas e foram transferidas com urgência para um local seguro devido a inundações. Em Hunan, cerca de 70 casas desabaram, 2.283 ficaram danificadas e campos agrícolas ficaram inundados. As perdas foram até agora estimadas em 575 milhões de yuan, indicou o Departamento de Gestão de Emergências da região de Xiang’xi. Na região de Zhenba, na província de Shaanxi, as autoridades relataram que as piores inundações em 50 anos devastaram estradas e danificaram casas. Nenhuma morte foi registada até ao momento. De um extremo ao outro A Agência Meteorológica chinesa disse acreditar que a falta de chuva pode estar a contribuir para o calor extremo, uma vez que Pequim, cidade já habitualmente seca, está a registar menos precipitação do que o normal este ano. As inundações na China seguem-se a uma invulgar vaga de calor, durante a qual Pequim registou dez dias em que a temperatura ultrapassou 35 graus Celsius, indicou o Centro do Clima chinês, sob a tutela da agência meteorológica chinesa. A última vez que Pequim sentiu uma vaga de calor semelhante foi em 1961, décadas antes de a maioria dos residentes da capital chinesa ter acesso a ar condicionado ou mesmo a ventoinhas. Embora as temperaturas na capital tenham acalmado para os 33 graus Celsius ontem ao meio-dia, os meteorologistas avisaram que devem subir novamente esta semana para até 39,6 graus Celsius em Pequim e em outras partes da China. Em 2021, mais de 300 pessoas morreram na província central de Henan, com chuvas torrenciais a inundar a capital provincial de Zhengzhou em 20 de Julho, transformando ruas em rios e cobrindo parte de uma linha de metropolitano. As piores inundações da história recente da China ocorreram em 1998, quando 4.150 pessoas morreram, a maioria delas ao longo do Yangtze, o terceiro maior rio do mundo.
João Santos Filipe Manchete SociedadeJustiça | Bens de Alvin Chau em venda judicial Segundo os portais da RAEM, os direitos à venda dos bens avaliados em quase 600 milhões de patacas incidem sobre espaços comerciais e lugares de estacionamento no edifício César Fortune, situado na Taipa, junto às instalações da Hovione Macau Os direitos sobre vários imóveis ligados ao empresário Alvin Chau, proprietário da Suncity, e ao Grupo Tai Tak Lei encontram-se em venda judicial. De acordo com a informação disponibilizada nos tribunais da RAEM, os bens estão avaliados em mais de 592 milhões de patacas. A dívida relaciona-se com um exequente identificado como U Lai Wan, mas os “direitos” em causa não são especificados nos anúncios. Os direitos de várias lojas e parques de estacionamento dizem respeito ao edifício César Fortune, situado na Taipa, junto às instalações da Hovione Macau. O direito sobre os espaços identificado como AC/V1 está a ser vendido por um preço mínimo 55,5 milhões de patacas, sendo que neste momento estão a ser aceites propostas em carta fechada. O espaço AC/V2 tem um preço mínimo de 73,7 milhões de patacas, enquanto os espaços AC/V3, AC/V4 e AC/V5 têm como preço mínimo 176,6 milhões, 124,0 milhões e 126,7 milhões, respectivamente. Entre 2006 e 2009, as fracções comerciais AC/V1, AC/V2 e AC/V3 estiveram arrendadas ao Governo da RAEM, para utilização do Instituto Politécnico de Macau (IPM). Foi neste local que funcionou o extinto Centro de Formação Técnica nas Áreas do Turismo e do Jogo de Macau. Segundo o Boletim Oficial, pela utilização do espaço foram pagos cerca de 54,2 milhões e patacas. Além disso, no âmbito da mesma venda judicial encontram-se ainda em venda 30 partes do parque de estacionamento do mesmo edifício, cada uma com um preço mínimo de venda de cerca de 1,2 milhões de patacas. Mais dívidas Também ontem, foi tornado público que o Banco Industrial e Comercial da China (Macau) pretende penhorar uma fracção habitacional de Alvin Chau, no prédio do Aterra da Concórdia, na Estrada de Seac Pai Vai. O montante da dívida do empresário ao banco não foi revelado. O empresário e ex-CEO da empresa Suncity está actualmente em Coloane, depois de ter sido condenado a uma pena de 18 anos de prisão pela prática dos crimes de exploração ilícita de jogo, sociedade secreta, participação em associação criminosa e chefia de associação criminosa. A decisão da primeira instância foi alvo de recurso, mas ainda não foi tomada uma decisão. Recentemente, o empresário escreveu uma carta, que foi tornada pública através das redes sociais, a prometer que iria fazer todos os esforços para pagar as dívidas aos ex-trabalhadores. Além disso, Alvin Chau afirmou ainda estar feliz e a adoptar um estilo de vida mais saudável.