Economia | Agência portuguesa procura tecnológica chinesa

A agência de promoção de investimento de Oeiras veio a Macau atrair tecnológicas chinesas para um parque empresarial cuja construção deverá começar este ano. Na deslocação à RAEM, a agência foi representada pelo seu presidente António Martins da Cruz, ex-ministro do Governo de Durão Barroso

 

O presidente da Oeiras Valley Investment Agency (OVIA), António Martins da Cruz, disse que o concelho do distrito de Lisboa “está interessado em captar mais investimento, sobretudo da área tecnológica e da área da construção”.

O antigo ministro dos Negócios Estrangeiros do Governo liderado por Durão Barroso recordou que Oeiras já tem “o maior investimento chinês para 2025” em Portugal, um parque empresarial e habitacional, com 18 edifícios, cuja construção das infra-estruturas deverá arrancar “provavelmente já este ano”.

Este projecto é uma parceria entre a subsidiária em Macau da maior construtora do mundo, a estatal China State Construction Engineering Corporation (CSCEC) e o grupo português Teixeira Duarte. “Mas há oportunidade de mais investimentos aproveitando a capacidade que têm as empresas chinesas desta área da Grande Baía”, defendeu Martins da Cruz.

Uma cidade rotunda

No sábado, a delegação de Oeiras teve a agenda preenchida com reuniões com várias empresas na vizinha Hengqin (ilha de Montanha), que “estão interessadas em ir para Portugal, quer investir, quer encontrar parcerias”, disse o presidente da OVIA. “Macau é obviamente a plataforma obrigatória para os portugueses, é uma janela de oportunidade que nós queremos aproveitar”, sublinhou Martins da Cruz.

Recorde-se que a China estabeleceu a Região Administrativa Especial de Macau como plataforma para o reforço da cooperação económica e comercial com os países de língua portuguesa em 2003 e, nesse mesmo ano, criou o Fórum de Macau. Este mecanismo multilateral integra, além da China, nove países de língua portuguesa: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.

Martins da Cruz disse que, quando o parque empresarial em Oeiras estiver terminado, o que deverá demorar até três anos, deverá sobretudo acolher empresas chinesas, mas sublinhou que o projecto “está obviamente aberto a todas as empresas”. “A nossa mensagem é clara: Querem investir na União Europeia? Venham para Portugal e venham para Oeiras”, disse o presidente da OVIA.

Martins da Cruz falou aos jornalistas à margem de um workshop sobre a OVIA realizado na Universidade Cidade de Macau. A delegação de Oeiras visitou também, na semana passada, a Feira Internacional de Macau, cuja 29.ª edição terminou no sábado.

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