Ho Iat Seng diz que 2020 será ano de oportunidades e desafios

Na primeira mensagem de Ano Novo como líder do Governo, Ho Iat Seng comprometeu-se a potenciar o desenvolvimento de Macau seguindo à risca as orientações do Presidente Xi Jinping

 

[dropcap]N[/dropcap]um ano que promete ser de “grandes oportunidades de desenvolvimento”, mas também de “todo o tipo de desafios”, o Chefe do Executivo Ho Iat Seng assumiu que 2020 será enfrentado com confiança e coragem. Para isso, defendeu ser preciso prosseguir com a aplicação do princípio “Um País, Dois Sistemas” e cumprir a Constituição e a Lei Básica.

“Novo ano, nova jornada, novas realizações e novos cenários. Macau conta com toda a sua população para a construção de um futuro promissor e para a composição de um capítulo esplêndido da grande prática do princípio ‘Um País, Dois Sistemas’. Continuaremos a prosseguir de forma plena e correcta a política orientadora ‘Um País, Dois Sistemas’, a cumprir estritamente a Constituição e a Lei Básica, a salvaguardar com firmeza o poder pleno de governação do Governo Central e a defender com perseverança a soberania, a segurança e os interesses de desenvolvimento do País”, sublinhou no discurso.

De forma a seguir o caminho traçado, o Chefe do Executivo reiterou ainda a vontade de elevar o desenvolvimento do território para “um novo patamar”, sempre seguindo à risca as palavras e orientações do presidente Xi Jinping.
 Na mensagem de Ano Novo, Ho Iat Seng reafirmou assim a intenção de reforçar “o poder pleno de governação do Governo Central” e defender com “perseverança a soberania, a segurança e os interesses de desenvolvimento do país”.

“Iremos pautar as nossas acções pelo espírito das palavras do Presidente Xi Jinping e implementar as suas orientações, nomeadamente as «quatro iniciativas de forma empenhada», as «quatro “sempre”» e as «quatro expectativas». Com uma visão projectada para o futuro, preparados para as adversidades e com um espírito íntegro, inovador e pragmático, iremos impulsionar, em todas as vertentes, a construção da RAEM, mas focados no seu posicionamento enquanto «Um Centro», «Uma Plataforma» e «Uma Base», referiu.

Desenvolvimento “irresistível”

“Quando a maré sobe e o vasto mar se une ao céu é o momento perfeito para se fazer à vela”, afirmou também Ho Iat Seng a propósito das oportunidades que devem ser agarradas em 2020 que Macau continue na senda da prosperidade e da diversificação.

“O nosso País apresenta uma tendência de desenvolvimento vigorosa e irresistível. Devemos trabalhar em conjugação de esforços, agarrar as oportunidades proporcionadas pelas grandes estratégias de desenvolvimento e políticas de apoio implementadas pelo País, integrar-nos de forma mais activa na conjuntura do desenvolvimento nacional e empenharmo-nos na construção de uma Macau próspera e diversificada”, vincou Ho Iat Seng.

O Chefe do Executivo refere também que será dada prioridade “às grandes aspirações da população”, onde se incluem a reforma da Administração Pública, a diversificação económica, a construção de um Governo que age segundo a Lei e que é imparcial e ainda dar continuidade à tradição do Amor a Macau e à pátria.

3 Jan 2020

Conselho de Estado diz que “forças externas” estão a tentar infiltrar-se em Macau

[dropcap]Z[/dropcap]hang Xiaoming, director do Gabinete dos Assuntos de Hong Kong e Macau junto do Conselho de Estado, em Pequim, publicou ontem um artigo numa publicação do Partido Comunista Chinês, intitulada Qiushi, onde escreve que existem “forças externas” a tentar penetrar na sociedade de Macau, tal como ocorreu em Hong Kong, sem especificar que tipo de forças externas estão em causa. De frisar que este artigo foi publicado após a visita do Presidente Xi Jinping a Macau, em Dezembro último.

De acordo com o South China Morning Post (SCMP), Zhang Xiaoming citou as palavras de Xi Jinping, que defendeu que “a segurança nacional, a segurança e os interesses da população” eram objectivos firmes da China e que o país nunca iria tolerar interferências estrangeiras nas duas regiões administrativas especiais.

Escreveu Zhang Xiaoming que “estes comentários feitos pelo secretário-geral Xi Jinping constituíram um golpe para eles e pretendem servir de encorajamento para nós na nossa legítima luta e contra-reacções quando as forças externas estão profundamente envolvidas nos tumultos relacionados com a lei da extradição, tomando parte da questão e manobrando o caos em Hong Kong, e também estão a tentar infiltrar-se em Macau”, escreveu, citado pelo SCMP.

O responsável adiantou ainda que Hong Kong sofreu “revés”, mas que Macau tem feito muitos avanços na implementação da política “Um País, Dois Sistemas”. Além disso, no artigo lê-se ainda que os dois territórios são diferentes, mas que Xi Jinping disse que o território deveria servir “de importante guia” para Hong Kong. Zhang Xiaoming foi director do Gabinete de Ligação do Governo Central em Hong Kong entre 2012 e 2017.

O custo de ser internacional

No artigo do SCMP, são citadas declarações de Lau Siu-kai, vice-presidente da Associação Chinesa de Estudos para Hong Kong e Macau, que lembrou que “Pequim sempre teve preocupações em termos de segurança nacional relacionadas com Macau, e muita desta preocupação está relacionada com os Estados Unidos. Mas as organizações estrangeiras tiveram problemas ao estabelecer-se em Macau, então Pequim acredita que estas têm mais possibilidades de [construir a sua] influência através [da sua presença] em Hong Kong”.

Lau Siu-kai frisou que, apesar do Governo Central procurar que Macau diversifique a sua economia e se abra ao investimento estrangeiro, esta preocupação relacionada com as forças externas existe sempre.
“Pequim pode pensar que tem menos a recear em Macau pelo facto de o território ser menos desenvolvido [em relação a Hong Kong], mas as suas preocupações vão aumentar quando procura que Macau se torne mais internacional”, rematou.

3 Jan 2020

Ano Novo | Xi Jinping elogia estabilidade de Macau e pede o mesmo para Hong Kong

Na mensagem de Ano Novo, o Presidente Xi Jinping revelou-se sensibilizado com a “prosperidade e estabilidade” que encontrou em Macau, território que demonstra o sucesso da aplicação do princípio “Um País, Dois Sistemas”. Já para Hong Kong, deseja “o melhor” e a mesma estabilidade

 

[dropcap]O[/dropcap] Presidente da República Popular da China, Xi Jinping, elogiou na passada terça-feira, por ocasião da mensagem de Ano Novo, a estabilidade e prosperidade de Macau, desejando o mesmo para Hong Kong, que desde Junho se tem visto a braços com turbulentas manifestações pró-democracia

Num discurso de 15 minutos transmitido pelos diversos meios de comunicação estatais, o Presidente chinês afirmou mesmo sentir-se estimulado pela “prosperidade e estabilidade” que encontrou em Macau quando esteve no território entre os dias 18 e 20 de Dezembro para as celebrações do 20º aniversário da RAEM e para a tomada de posse do novo Executivo.

“Há uns dias, assisti às comemorações do 20.º aniversário do regresso de Macau à pátria e fiquei sensibilizado com a prosperidade e a estabilidade”, declarou Xi Jinping, de acordo com a agência Lusa. O sucesso de Macau “indica que o princípio ‘Um País, Dois Sistemas’ é plenamente aplicável, exequível e popular”, acrescentou.

Logo depois do elogio a Macau, Xi Jinping dirigiu algumas palavras à situação de Hong Kong, apelando à estabilidade e à paz na região.

“Nos últimos meses, os nossos corações têm estado preocupados com a situação em Hong Kong. Sem um ambiente harmonioso e estável, como é que as pessoas podem viver em paz”, questionou Xi Jinping. “Desejo sinceramente a Hong Kong e aos nossos compatriotas (…) o melhor”, afirmou o líder chinês, sublinhando que “a estabilidade e a prosperidade” da ex-colónia britânica é um desejo “de toda a pátria”.

Ano memorável

O ano em que se assinalou os 20 anos do regresso de Macau para administração chinesa, foi também aquele onde se celebrou o 70.º aniversário da fundação da República Popular da China, a 1 de Outubro. Para Xi Jinping este foi mesmo o “momento mais memorável de 2019”.

“Aplaudimos as gloriosas realizações da República Popular da China nos últimos 70 anos e ficámos impressionados com a força do patriotismo”, declarou.

Por outro lado, Xi mencionou ainda os sucessos diplomáticos do país em 2019, numa altura em que o número de países que detêm laços oficiais com Pequim subiu para 180: “Temos amigos em todo o mundo”, referiu.
Estas palavras têm peso particular e imediato em Taiwan, onde serão realizadas eleições presidenciais já no próximo 11 de Janeiro, após um ano em que o território continuou a perder aliados. Isto, porque Pequim exige a retirada do reconhecimento oficial de Taipé, a fim de estabelecer laços diplomáticos. Com Lusa

3 Jan 2020

Ano Novo | Xi Jinping elogia estabilidade de Macau e pede o mesmo para Hong Kong

Na mensagem de Ano Novo, o Presidente Xi Jinping revelou-se sensibilizado com a “prosperidade e estabilidade” que encontrou em Macau, território que demonstra o sucesso da aplicação do princípio “Um País, Dois Sistemas”. Já para Hong Kong, deseja “o melhor” e a mesma estabilidade

 
[dropcap]O[/dropcap] Presidente da República Popular da China, Xi Jinping, elogiou na passada terça-feira, por ocasião da mensagem de Ano Novo, a estabilidade e prosperidade de Macau, desejando o mesmo para Hong Kong, que desde Junho se tem visto a braços com turbulentas manifestações pró-democracia
Num discurso de 15 minutos transmitido pelos diversos meios de comunicação estatais, o Presidente chinês afirmou mesmo sentir-se estimulado pela “prosperidade e estabilidade” que encontrou em Macau quando esteve no território entre os dias 18 e 20 de Dezembro para as celebrações do 20º aniversário da RAEM e para a tomada de posse do novo Executivo.
“Há uns dias, assisti às comemorações do 20.º aniversário do regresso de Macau à pátria e fiquei sensibilizado com a prosperidade e a estabilidade”, declarou Xi Jinping, de acordo com a agência Lusa. O sucesso de Macau “indica que o princípio ‘Um País, Dois Sistemas’ é plenamente aplicável, exequível e popular”, acrescentou.
Logo depois do elogio a Macau, Xi Jinping dirigiu algumas palavras à situação de Hong Kong, apelando à estabilidade e à paz na região.
“Nos últimos meses, os nossos corações têm estado preocupados com a situação em Hong Kong. Sem um ambiente harmonioso e estável, como é que as pessoas podem viver em paz”, questionou Xi Jinping. “Desejo sinceramente a Hong Kong e aos nossos compatriotas (…) o melhor”, afirmou o líder chinês, sublinhando que “a estabilidade e a prosperidade” da ex-colónia britânica é um desejo “de toda a pátria”.

Ano memorável

O ano em que se assinalou os 20 anos do regresso de Macau para administração chinesa, foi também aquele onde se celebrou o 70.º aniversário da fundação da República Popular da China, a 1 de Outubro. Para Xi Jinping este foi mesmo o “momento mais memorável de 2019”.
“Aplaudimos as gloriosas realizações da República Popular da China nos últimos 70 anos e ficámos impressionados com a força do patriotismo”, declarou.
Por outro lado, Xi mencionou ainda os sucessos diplomáticos do país em 2019, numa altura em que o número de países que detêm laços oficiais com Pequim subiu para 180: “Temos amigos em todo o mundo”, referiu.
Estas palavras têm peso particular e imediato em Taiwan, onde serão realizadas eleições presidenciais já no próximo 11 de Janeiro, após um ano em que o território continuou a perder aliados. Isto, porque Pequim exige a retirada do reconhecimento oficial de Taipé, a fim de estabelecer laços diplomáticos. Com Lusa

3 Jan 2020

Concessão da Cinemateca Paixão prolongada por mais seis meses

Mok Ian Ian, presidente do Instituto Cultural, disse ontem que em Janeiro deverá ser aberto um novo concurso público para a gestão da Cinemateca Paixão. Mas, para já, a actual concessionária, Associação Audiovisual Cut, vê o contrato ser prolongado por mais seis meses

 

[dropcap]O[/dropcap] Instituto Cultural (IC) emitiu ontem um comunicado a referir que “iniciará o concurso público sobre a prestação de serviço de exploração da Cinemateca Paixão o mais rápido possível, a fim de fornecer ao público um serviço cultural de qualidade”. Em declarações reproduzidas pela TDM Rádio Macau, Mok Ian Ian, presidente do IC, assegurou que o concurso público para uma nova concessão poderá ser aberto ainda antes do Ano Novo Chinês.

Para já, é certo que a Associação Audiovisual Cut, concessionária desde a abertura da Cinemateca, pode continuar com o seu trabalho, uma vez que o contrato será renovado a curto prazo.

“Em resposta às recentes opiniões e necessidades do sector cinematográfico e do público sobre a Cinemateca Paixão, o IC prolonga o serviço de exploração da empresa actual por um período de seis meses, de acordo com os procedimentos administrativos”, lê-se.

No que diz respeito às obras de manutenção do espaço onde funciona a Cinemateca, os trabalhos começarão a ser feitos já a partir de Fevereiro do próximo ano. “Serão realizadas as inspecções e manutenção de pequenas dimensões da Cinemateca por fases, prevendo-se que as restantes obras sejam realizadas entre Junho e Agosto”, explica o IC.

Infiltrações por resolver

As obras de reparação e manutenção de que a Cinemateca Paixão será alvo devem-se, afinal, às infiltrações ocorridas devido às fortes chuvadas de Junho de 2019. “Nos últimos meses têm ocorrido falhas mais frequentes, incluindo falhas de flash do projector e desconexão frequente entre o projector e o servidor.

Depois de várias reparações, o problema não foi ainda resolvido completamente.” Além disso, “as infiltrações de água no edifício causaram também a descamação de argamassa das paredes”. Todos os trabalhos de reparação serão feitos em três fases.

As obras terão início apenas em Fevereiro devido ao facto de a produção do espectáculo “A Dupla Cinematográfica”, integrado no cartaz do 19º Festival Fringe, decorrer na Cinemateca.

O IC pretende, além das obras, e “tendo em conta a evolução da indústria cinematográfica nos últimos anos, proceder à revisão do conteúdo do serviço para garantir que a Cinemateca ofereça ao público uma qualidade ainda melhor das instalações de projecção de filmes no futuro”.

Cortar nas despesas

Ontem a presidente do IC disse ainda à TDM Rádio Macau que a nova secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, Elsie Ao Ieong U, “deu instruções” para controlar os custos. “Temos de ter muito mais cuidado com cada despesa. Nós vamos fazer uma revisão das despesas. Temos tido uma atitude de reajustamento das despesas”, frisou Mok Ian Ian. A responsável admitiu, porém, que para já não existe um “plano especial para cortar na programação”.

31 Dez 2019

Porto Interior | Passagem marítima com ligação a Zhuhai reabre a dia 23

A passagem marítima entre a zona do Porto Interior e Wanzai, em Zhuhai, recomeça a operar oficialmente no dia 23 de Janeiro, foi ontem anunciado. As autoridades estimam um aumento da frequência de barcos de 34 para 110 por dia, com um horário de funcionamento entre as 7h e as 22h

 

[dropcap]E[/dropcap]stão praticamente concluídos os trabalhos que vão permitir a reabertura da passagem marítima entre o terminal marítimo do Porto Interior e a passagem alfandegária de Wanzai (ilha da Lapa) em Zhuhai já no dia 23 de Janeiro. O Governo promoveu ontem uma conferência de imprensa onde explicou os detalhes de funcionamento deste novo serviço.

Será possível apanhar barco neste posto alfandegário entre as 7h e as 22h, com as autoridades a prever a operacionalização diária de 110 rotas de barcos, um aumento três vezes superior face às 34 rotas em funcionamento antes de 2016.

Susana Wong, directora dos Serviços para os Assuntos Marítimos e da Água (DSAMA), acrescentou que, ao nível do funcionamento das rotas, haverá um período de descanso menor na hora de almoço. “A frequência das ligações marítimas será de 15 minutos, o que aumentará as ligações marítimas em três vezes mais”, aponta um comunicado.

A directora da DSAMA frisou que está ainda a ser analisado o pedido apresentado pela Agência de Transporte de Passageiros Yuet Tung para a operacionalização dos barcos. Susana Wong explicou também que “em breve será efectuada uma análise à segurança dos barcos e o seu funcionamento, incluindo os equipamentos de salva vidas e contra-fogo, de forma a assegurar as condições adequadas”.

No que diz respeito ao preço dos bilhetes foram fixados preços baixos. Um bilhete simples de Macau para Wanzai será de 20 patacas, enquanto que um bilhete de ida e volta terá o preço de 30 patacas. Já um bilhete normal de Wanzai para Macau custará 15 renmimbis, enquanto que um bilhete de ida e volta terá um custo de 25 renmimbis.

Encerrado em Janeiro de 2016, esta passagem marítima funcionava apenas entre as 8h e 16h, com uma afluência anual de passageiros a rondar as 700 mil pessoas. Desta vez, o terminal passa a funcionar por um maior período de tempo, 15 horas diárias, estando prevista a passagem de 50 mil pessoas por dia. “São quatro frequências por hora e o maior barco suporta cerca de 280 passageiros. Com o modelo automático de passageiros podemos suportar estes números”, disse Lao Ian Seong, segunda-comandante do Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP).

Rápidas formalidades

André Cheong, secretário para a Administração e Justiça, adiantou que a abertura da travessia marítima corresponde aos desígnios do Governo Central. Citado pelo mesmo comunicado oficial, o governante disse que “estas medidas facilitam as deslocações da população local a Zhuhai, numa passagem alfandegária em condições mais confortáveis que pretendem não só promover a interacção entre as pessoas e a economia dos dois territórios, mas também concretizar uma das exigências do Presidente Xi Jinping, no que diz respeito ao reforço da cooperação entre Guangdong e Macau”.

Lao Ian Seong adiantou que tanto os balcões de controlo de documentos nas zonas de partidas e chegadas de passageiros poderão receber, por hora, 3840 passageiros. Tal “demonstra um grande aumento da capacidade de passagem alfandegária em comparação com o passado”, disse a responsável.

Já Lo Seng Chi, responsável da Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT), alertou para o facto de o trânsito na zona do Porto Interior poder vir a sofrer grandes alterações. “Com o aumento da frequência das ligações marítimas, após a abertura da nova passagem, haverá um incremento do fluxo de passageiros, pelo que as estações de autocarros e a zona destinada à tomada e largada de passageiros serão reajustadas”, frisou. Ainda assim, Lo Seng Chi considerou que a estação de táxis existente será mais um factor que poderá facilitar o transporte de pessoas.

31 Dez 2019

Porto Interior | Passagem marítima com ligação a Zhuhai reabre a dia 23

A passagem marítima entre a zona do Porto Interior e Wanzai, em Zhuhai, recomeça a operar oficialmente no dia 23 de Janeiro, foi ontem anunciado. As autoridades estimam um aumento da frequência de barcos de 34 para 110 por dia, com um horário de funcionamento entre as 7h e as 22h

 
[dropcap]E[/dropcap]stão praticamente concluídos os trabalhos que vão permitir a reabertura da passagem marítima entre o terminal marítimo do Porto Interior e a passagem alfandegária de Wanzai (ilha da Lapa) em Zhuhai já no dia 23 de Janeiro. O Governo promoveu ontem uma conferência de imprensa onde explicou os detalhes de funcionamento deste novo serviço.
Será possível apanhar barco neste posto alfandegário entre as 7h e as 22h, com as autoridades a prever a operacionalização diária de 110 rotas de barcos, um aumento três vezes superior face às 34 rotas em funcionamento antes de 2016.
Susana Wong, directora dos Serviços para os Assuntos Marítimos e da Água (DSAMA), acrescentou que, ao nível do funcionamento das rotas, haverá um período de descanso menor na hora de almoço. “A frequência das ligações marítimas será de 15 minutos, o que aumentará as ligações marítimas em três vezes mais”, aponta um comunicado.
A directora da DSAMA frisou que está ainda a ser analisado o pedido apresentado pela Agência de Transporte de Passageiros Yuet Tung para a operacionalização dos barcos. Susana Wong explicou também que “em breve será efectuada uma análise à segurança dos barcos e o seu funcionamento, incluindo os equipamentos de salva vidas e contra-fogo, de forma a assegurar as condições adequadas”.
No que diz respeito ao preço dos bilhetes foram fixados preços baixos. Um bilhete simples de Macau para Wanzai será de 20 patacas, enquanto que um bilhete de ida e volta terá o preço de 30 patacas. Já um bilhete normal de Wanzai para Macau custará 15 renmimbis, enquanto que um bilhete de ida e volta terá um custo de 25 renmimbis.
Encerrado em Janeiro de 2016, esta passagem marítima funcionava apenas entre as 8h e 16h, com uma afluência anual de passageiros a rondar as 700 mil pessoas. Desta vez, o terminal passa a funcionar por um maior período de tempo, 15 horas diárias, estando prevista a passagem de 50 mil pessoas por dia. “São quatro frequências por hora e o maior barco suporta cerca de 280 passageiros. Com o modelo automático de passageiros podemos suportar estes números”, disse Lao Ian Seong, segunda-comandante do Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP).

Rápidas formalidades

André Cheong, secretário para a Administração e Justiça, adiantou que a abertura da travessia marítima corresponde aos desígnios do Governo Central. Citado pelo mesmo comunicado oficial, o governante disse que “estas medidas facilitam as deslocações da população local a Zhuhai, numa passagem alfandegária em condições mais confortáveis que pretendem não só promover a interacção entre as pessoas e a economia dos dois territórios, mas também concretizar uma das exigências do Presidente Xi Jinping, no que diz respeito ao reforço da cooperação entre Guangdong e Macau”.
Lao Ian Seong adiantou que tanto os balcões de controlo de documentos nas zonas de partidas e chegadas de passageiros poderão receber, por hora, 3840 passageiros. Tal “demonstra um grande aumento da capacidade de passagem alfandegária em comparação com o passado”, disse a responsável.
Já Lo Seng Chi, responsável da Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT), alertou para o facto de o trânsito na zona do Porto Interior poder vir a sofrer grandes alterações. “Com o aumento da frequência das ligações marítimas, após a abertura da nova passagem, haverá um incremento do fluxo de passageiros, pelo que as estações de autocarros e a zona destinada à tomada e largada de passageiros serão reajustadas”, frisou. Ainda assim, Lo Seng Chi considerou que a estação de táxis existente será mais um factor que poderá facilitar o transporte de pessoas.

31 Dez 2019

Metro Ligeiro | Transporte vai continuar a ser gratuito até ao fim de Janeiro

André Cheong, secretário para a Administração e Justiça, assegurou que o período experimental de funcionamento do Metro Ligeiro será alargado até ao dia 31 de Janeiro, o que implica que as viagens vão continuar a ser grátis. Face às avarias ocorridas, o governante exige respostas rápidas e acção da empresa gestora para garantir a segurança dos passageiros

 

[dropcap]A[/dropcap] ocorrência de uma terceira avaria do Metro Ligeiro no espaço de um mês levou ontem o secretário para a Administração e Justiça, André Cheong, a prestar explicações. O governante adiantou também que as viagens no Metro Ligeiro vão continuar a ser grátis até 31 de Janeiro.

Sobre as avarias, André Cheong pediu respostas rápidas à empresa gestora de forma a garantir, em primeiro lugar, a segurança dos utilizadores. “Face a essa situação e aos transtornos causados à população pedimos desculpas. Temos de, em primeiro lugar, assegurar a segurança dos passageiros. Exigimos que a companhia responsável inicie já uma análise sobre a situação e possa apresentar uma proposta de resolução. O objectivo é constatar um problema de funcionamento e resolvê-lo de imediato. Se descobrirmos que se trata de uma falha mecânica ou de gestão, veremos quais são as medidas a serem adoptadas de forma atempada.”

Apesar dos alertas, André Cheong desvalorizou a ocorrência de avarias. “O Metro Ligeiro é uma novidade em Macau e todos sabemos que, mesmo a nível internacional, sempre que este tipo de transporte funciona pela primeira vez há sempre pequenos entraves e problemas que podem surgir. É um complexo sistema de transporte e carecemos de tempo para a sua articulação.”

Exigidas explicações

As sucessivas avarias do sistema de Metro Ligeiro levaram, entretanto, o deputado Lei Chan U a interpelar o Governo sobre o assunto. O legislador ligado aos Operários questiona as causas dos incidentes e os resultados do sistema de contingência do Metro Ligeiro. Lei Chan U pretende também saber se o relatório de análise às avarias será tornado público.

Ng Chio Wai, membro do Conselho Consultivo de Serviços Comunitários da Ilhas e membro da direcção da associação Aliança do Povo de Instituição de Macau defendeu, citado pelo Jornal do Cidadão, que tanto o Governo como a empresa gestora do Metro Ligeiro devem explicações ao público. O responsável disse ainda que é importante a criação de um sistema de contingência e de fiscalização.

Ng Chio Wai alertou para o facto de a ocorrência de três avarias ter prejudicado a imagem do sistema de transporte e argumentou que a abertura do Metro Ligeiro aconteceu para cumprir compromissos políticos.

Entretanto, o Corpo de Bombeiros, através do seu comandante, Leong Iok Sam, esclareceu as razões pelas quais não foram prestados esclarecimentos aos meios de comunicação social aquando da terceira avaria do Metro Ligeiro. “Os nossos funcionários têm estado ocupados e por isso não conseguimos atender as chamadas. Mas vamos continuar a melhorar os nossos serviços”, disse, citado pelo jornal Cheng Pou.

31 Dez 2019

Metro Ligeiro | Transporte vai continuar a ser gratuito até ao fim de Janeiro

André Cheong, secretário para a Administração e Justiça, assegurou que o período experimental de funcionamento do Metro Ligeiro será alargado até ao dia 31 de Janeiro, o que implica que as viagens vão continuar a ser grátis. Face às avarias ocorridas, o governante exige respostas rápidas e acção da empresa gestora para garantir a segurança dos passageiros

 
[dropcap]A[/dropcap] ocorrência de uma terceira avaria do Metro Ligeiro no espaço de um mês levou ontem o secretário para a Administração e Justiça, André Cheong, a prestar explicações. O governante adiantou também que as viagens no Metro Ligeiro vão continuar a ser grátis até 31 de Janeiro.
Sobre as avarias, André Cheong pediu respostas rápidas à empresa gestora de forma a garantir, em primeiro lugar, a segurança dos utilizadores. “Face a essa situação e aos transtornos causados à população pedimos desculpas. Temos de, em primeiro lugar, assegurar a segurança dos passageiros. Exigimos que a companhia responsável inicie já uma análise sobre a situação e possa apresentar uma proposta de resolução. O objectivo é constatar um problema de funcionamento e resolvê-lo de imediato. Se descobrirmos que se trata de uma falha mecânica ou de gestão, veremos quais são as medidas a serem adoptadas de forma atempada.”
Apesar dos alertas, André Cheong desvalorizou a ocorrência de avarias. “O Metro Ligeiro é uma novidade em Macau e todos sabemos que, mesmo a nível internacional, sempre que este tipo de transporte funciona pela primeira vez há sempre pequenos entraves e problemas que podem surgir. É um complexo sistema de transporte e carecemos de tempo para a sua articulação.”

Exigidas explicações

As sucessivas avarias do sistema de Metro Ligeiro levaram, entretanto, o deputado Lei Chan U a interpelar o Governo sobre o assunto. O legislador ligado aos Operários questiona as causas dos incidentes e os resultados do sistema de contingência do Metro Ligeiro. Lei Chan U pretende também saber se o relatório de análise às avarias será tornado público.
Ng Chio Wai, membro do Conselho Consultivo de Serviços Comunitários da Ilhas e membro da direcção da associação Aliança do Povo de Instituição de Macau defendeu, citado pelo Jornal do Cidadão, que tanto o Governo como a empresa gestora do Metro Ligeiro devem explicações ao público. O responsável disse ainda que é importante a criação de um sistema de contingência e de fiscalização.
Ng Chio Wai alertou para o facto de a ocorrência de três avarias ter prejudicado a imagem do sistema de transporte e argumentou que a abertura do Metro Ligeiro aconteceu para cumprir compromissos políticos.
Entretanto, o Corpo de Bombeiros, através do seu comandante, Leong Iok Sam, esclareceu as razões pelas quais não foram prestados esclarecimentos aos meios de comunicação social aquando da terceira avaria do Metro Ligeiro. “Os nossos funcionários têm estado ocupados e por isso não conseguimos atender as chamadas. Mas vamos continuar a melhorar os nossos serviços”, disse, citado pelo jornal Cheng Pou.

31 Dez 2019

Metro Ligeiro | Sistema de transporte regista outra falha de funcionamento

O Metro Ligeiro voltou a parar temporariamente devido a falha no fornecimento de energia. O serviço foi restabelecido cerca de uma hora e meia depois. Esta foi a segunda falha de funcionamento do Metro Ligeiro, depois da avaria verificada no dia da inauguração

 

[dropcap]A[/dropcap] entrada em funcionamento do Metro Ligeiro está a ser marcada por uma série de percalços técnicos. Depois da avaria registada no dia de inauguração, eis que o sistema de transporte registou ontem uma nova falha, obrigando os passageiros a saírem das carruagens e a percorrem a pé o resto do percurso até à próxima estação.

De acordo com um comunicado emitido pela Sociedade do Metro Ligeiro de Macau, a suspensão temporária ter-se-á devido a uma falha no fornecimento de energia por volta das 13h, registada entre as estações Posto Fronteiriço de Lótus e Cotai Oeste da Linha Taipa. As duas estações estiveram fechadas até às 14h35, mas depois o serviço voltou a funcionar normalmente.

Nessa altura, a fim de retirar os passageiros em segurança, o Centro de Operação e Controlo do Metro Ligeiro organizou a saída ordenada dos passageiros até à plataforma mais próxima da estação, tendo contado também com o apoio do Corpo de Bombeiros.

O incidente será ainda alvo de investigações para apurar ao detalhe a sua causa, aponta o mesmo comunicado. Vários vídeos da saída dos passageiros foram amplamente partilhados nas redes sociais.

Avaria junto ao Ocean Garden

No que diz respeito à primeira avaria, registada no passado dia 11 de Dezembro, aconteceu junto à zona residencial dos Ocean Garden, tendo soado um alarme na composição com duas carruagens, que travou subitamente. A composição voltou a circular, mas, segundo a operadora do Metro Ligeiro, parou logo a seguir na estação do posto fronteiriço da Flôr de Lótus, onde os passageiros foram retirados “por razões de prudência”.

A decisão foi tomada devido ao “alerta do sistema de monitorização de segurança”, disse a empresa, sem divulgar mais pormenores.

Alguns passageiros tiveram de esperar algum tempo para voltar a embarcar, admitiu a Sociedade do Metro Ligeiro de Macau, S.A., porque as composições seguintes estavam cheias.

Num comunicado divulgado posteriormente ao incidente, a empresa prometeu “proceder à revisão de todas as medidas” implementadas no primeiro dia de operação e sublinhou que o apoio dado aos passageiros pelos trabalhadores “ainda pode ser melhorado”.

30 Dez 2019

Metro Ligeiro | Sistema de transporte regista outra falha de funcionamento

O Metro Ligeiro voltou a parar temporariamente devido a falha no fornecimento de energia. O serviço foi restabelecido cerca de uma hora e meia depois. Esta foi a segunda falha de funcionamento do Metro Ligeiro, depois da avaria verificada no dia da inauguração

 
[dropcap]A[/dropcap] entrada em funcionamento do Metro Ligeiro está a ser marcada por uma série de percalços técnicos. Depois da avaria registada no dia de inauguração, eis que o sistema de transporte registou ontem uma nova falha, obrigando os passageiros a saírem das carruagens e a percorrem a pé o resto do percurso até à próxima estação.
De acordo com um comunicado emitido pela Sociedade do Metro Ligeiro de Macau, a suspensão temporária ter-se-á devido a uma falha no fornecimento de energia por volta das 13h, registada entre as estações Posto Fronteiriço de Lótus e Cotai Oeste da Linha Taipa. As duas estações estiveram fechadas até às 14h35, mas depois o serviço voltou a funcionar normalmente.
Nessa altura, a fim de retirar os passageiros em segurança, o Centro de Operação e Controlo do Metro Ligeiro organizou a saída ordenada dos passageiros até à plataforma mais próxima da estação, tendo contado também com o apoio do Corpo de Bombeiros.
O incidente será ainda alvo de investigações para apurar ao detalhe a sua causa, aponta o mesmo comunicado. Vários vídeos da saída dos passageiros foram amplamente partilhados nas redes sociais.

Avaria junto ao Ocean Garden

No que diz respeito à primeira avaria, registada no passado dia 11 de Dezembro, aconteceu junto à zona residencial dos Ocean Garden, tendo soado um alarme na composição com duas carruagens, que travou subitamente. A composição voltou a circular, mas, segundo a operadora do Metro Ligeiro, parou logo a seguir na estação do posto fronteiriço da Flôr de Lótus, onde os passageiros foram retirados “por razões de prudência”.
A decisão foi tomada devido ao “alerta do sistema de monitorização de segurança”, disse a empresa, sem divulgar mais pormenores.
Alguns passageiros tiveram de esperar algum tempo para voltar a embarcar, admitiu a Sociedade do Metro Ligeiro de Macau, S.A., porque as composições seguintes estavam cheias.
Num comunicado divulgado posteriormente ao incidente, a empresa prometeu “proceder à revisão de todas as medidas” implementadas no primeiro dia de operação e sublinhou que o apoio dado aos passageiros pelos trabalhadores “ainda pode ser melhorado”.

30 Dez 2019

Cinemateca Paixão | IC adia encerramento e assume rédeas até nova concessão

A concessionária da Cinemateca Paixão e o Instituto Cultural estão em conversações para prolongar a actual gestão do espaço e adiar o seu encerramento no início de 2020. Mas, segundo a nova secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, Ao Ieong U, a sala vai mesmo encerrar entre Junho e Agosto para obras de reparação

 

[dropcap]D[/dropcap]epois do anúncio que o encerramento da Cinemateca Paixão estaria relacionado com o facto de o contrato de arrendamento do espaço, entre o Instituto Cultural (IC) e a Associação Audiovisual Cut, não ter sido renovado a tempo, o IC emitiu um comunicado a afirmar que o local será submetido a um período de inspecção e manutenção que estará concluído “no terceiro quadrimestre de 2020”.

“Como o local possui apenas uma única sala para exibição de filmes, fazendo com que o sistema e o equipamento de projecção sejam muito utilizados, estão planeados trabalhos de inspecção e manutenção com o objectivo de melhorar a qualidade das exibições na Cinemateca (…) e garantir que o espaço oferece ao público, ainda melhores condições de exibição e ao nível das instalações, no futuro”, pode ler-se no comunicado.

Numa tentativa de adiar o encerramento do espaço no início do ano, e visto que o contrato de concessão, válido por três anos, termina no final de Dezembro, a concessionária da Cinemateca Paixão e o IC estão em conversações para prolongar a actual gestão do espaço, sendo o cenário mais provável, a assinatura de um novo contrato a título temporário, garantindo a continuidade do projecto até ser lançado novo concurso público.
“Estamos a discutir com o Instituto Cultural [a possibilidade de celebrar] um contrato de seis meses”, disse à Rádio Macau, Albert Chu, presidente da Associação Audio-visual Cut, que explora a Cinemateca desde a sua abertura em 2016. “O público quer uma casa de cinema que consegue exibir filmes diferentes”, acrescentou, reconhecendo que o prolongamento da concessão também se assume como uma boa notícia para a Cut.

No que diz respeito às obras de manutenção da Cinemateca Paixão, a secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, Ao Ieong U, afirmou no primeiro dia em funções no cargo, que após visitar o local comprovou que as reparações são mesmo necessárias. “Já visitei a Cinemateca e vi que há infiltrações em algumas paredes. A sala de projecções precisa de reparações. O estado geral não é muito bom, pelo que os equipamentos facilmente ficam danificados”, explicou. Ao Ieong U confirmou também que o IC irá assinar um contrato de curto prazo com uma empresa operacional para garantir que a cinemateca esteja a funcionar no primeiro semestre do próximo ano, esperando que a entidade vencedora do concurso tenha em consideração “os respectivos requisitos operacionais”.

Segundo a secretária, para se proceder às respectivas reparações, está previsto que a Cinemateca encerre entre Junho e Agosto do próximo ano, devendo as obras arrancar antes disso, em Fevereiro, sem comprometer, no entanto, o funcionamento do espaço.

Em cima do joelho

Acusando o Governo de ter anunciado o destino da Cinemateca Paixão “no último minuto”, o deputado à Assembleia Legislativa Sulu Sou mostra-se crítico e interpelou o Executivo pedindo esclarecimentos acerca da demora do referido anúncio e uma revisão das práticas governativas que levaram a esta situação.

“O contrato de exploração da Cinemateca Paixão está prestes a acabar. Porque será que as autoridades esperaram até o sector cultural manifestar descontentamento para divulgar o destino da Cinemateca no último minuto? Será que vai ser realizada uma revisão dos maus hábitos de governação? Em relação aos concursos públicos do contrato, aos planeamentos de manutenção e reparação das instalações que afectam directamente o funcionamento da Cinemateca, que trabalhos e progressos relevantes foram feitos pelas autoridades nos últimos anos?”, questionou Sulu Sou

Na sua interpelação Sulu Sou espera ainda que o Governo possa avaliar a rentabilidade dos últimos três anos de funcionamento da Cinemateca, bem como divulgar quais os indicadores que serão tidos em conta em futuros concursos públicos e as políticas de promoção do desenvolvimento da indústria cinematográfica local.

30 Dez 2019

Cinemateca Paixão | IC adia encerramento e assume rédeas até nova concessão

A concessionária da Cinemateca Paixão e o Instituto Cultural estão em conversações para prolongar a actual gestão do espaço e adiar o seu encerramento no início de 2020. Mas, segundo a nova secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, Ao Ieong U, a sala vai mesmo encerrar entre Junho e Agosto para obras de reparação

 
[dropcap]D[/dropcap]epois do anúncio que o encerramento da Cinemateca Paixão estaria relacionado com o facto de o contrato de arrendamento do espaço, entre o Instituto Cultural (IC) e a Associação Audiovisual Cut, não ter sido renovado a tempo, o IC emitiu um comunicado a afirmar que o local será submetido a um período de inspecção e manutenção que estará concluído “no terceiro quadrimestre de 2020”.
“Como o local possui apenas uma única sala para exibição de filmes, fazendo com que o sistema e o equipamento de projecção sejam muito utilizados, estão planeados trabalhos de inspecção e manutenção com o objectivo de melhorar a qualidade das exibições na Cinemateca (…) e garantir que o espaço oferece ao público, ainda melhores condições de exibição e ao nível das instalações, no futuro”, pode ler-se no comunicado.
Numa tentativa de adiar o encerramento do espaço no início do ano, e visto que o contrato de concessão, válido por três anos, termina no final de Dezembro, a concessionária da Cinemateca Paixão e o IC estão em conversações para prolongar a actual gestão do espaço, sendo o cenário mais provável, a assinatura de um novo contrato a título temporário, garantindo a continuidade do projecto até ser lançado novo concurso público.
“Estamos a discutir com o Instituto Cultural [a possibilidade de celebrar] um contrato de seis meses”, disse à Rádio Macau, Albert Chu, presidente da Associação Audio-visual Cut, que explora a Cinemateca desde a sua abertura em 2016. “O público quer uma casa de cinema que consegue exibir filmes diferentes”, acrescentou, reconhecendo que o prolongamento da concessão também se assume como uma boa notícia para a Cut.
No que diz respeito às obras de manutenção da Cinemateca Paixão, a secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, Ao Ieong U, afirmou no primeiro dia em funções no cargo, que após visitar o local comprovou que as reparações são mesmo necessárias. “Já visitei a Cinemateca e vi que há infiltrações em algumas paredes. A sala de projecções precisa de reparações. O estado geral não é muito bom, pelo que os equipamentos facilmente ficam danificados”, explicou. Ao Ieong U confirmou também que o IC irá assinar um contrato de curto prazo com uma empresa operacional para garantir que a cinemateca esteja a funcionar no primeiro semestre do próximo ano, esperando que a entidade vencedora do concurso tenha em consideração “os respectivos requisitos operacionais”.
Segundo a secretária, para se proceder às respectivas reparações, está previsto que a Cinemateca encerre entre Junho e Agosto do próximo ano, devendo as obras arrancar antes disso, em Fevereiro, sem comprometer, no entanto, o funcionamento do espaço.

Em cima do joelho

Acusando o Governo de ter anunciado o destino da Cinemateca Paixão “no último minuto”, o deputado à Assembleia Legislativa Sulu Sou mostra-se crítico e interpelou o Executivo pedindo esclarecimentos acerca da demora do referido anúncio e uma revisão das práticas governativas que levaram a esta situação.
“O contrato de exploração da Cinemateca Paixão está prestes a acabar. Porque será que as autoridades esperaram até o sector cultural manifestar descontentamento para divulgar o destino da Cinemateca no último minuto? Será que vai ser realizada uma revisão dos maus hábitos de governação? Em relação aos concursos públicos do contrato, aos planeamentos de manutenção e reparação das instalações que afectam directamente o funcionamento da Cinemateca, que trabalhos e progressos relevantes foram feitos pelas autoridades nos últimos anos?”, questionou Sulu Sou
Na sua interpelação Sulu Sou espera ainda que o Governo possa avaliar a rentabilidade dos últimos três anos de funcionamento da Cinemateca, bem como divulgar quais os indicadores que serão tidos em conta em futuros concursos públicos e as políticas de promoção do desenvolvimento da indústria cinematográfica local.

30 Dez 2019

Novo Governo | Ho Iat Seng inicia funções e lança farpas a Alexis Tam

No primeiro dia de trabalho como Chefe do Executivo, Ho Iat Seng deixou um alerta: é preciso controlar as despesas da Administração. O exemplo dado para ilustrar o despesismo foi a forma como Alexis Tam liderou os gastos na tutela dos Assuntos Sociais e Cultura. O Chefe do Executivo defendeu ainda mais patriotismo para quadros qualificados

 

[dropcap]A[/dropcap]lexis Tam liderou, entre 2014 e 20 de Dezembro deste ano, uma das secretarias mais importantes da Administração e a que mais questões tem levantado junto da população e de deputados, por conter as pastas da saúde e do turismo. No passado dia 26 de Dezembro, que marcou oficialmente o primeiro dia de trabalho de Ho Iat Seng na qualidade de Chefe do Executivo, este acusou o ex-secretário de ter esbanjado o erário público.

“Ser esbanjador é o maior crime, é o que posso dizer. A corrupção não é o único crime. Apenas um dos elementos. Mas ser esbanjador está também entre os maiores crimes”, disse, citado pela TDM.

As declarações de Ho Iat Seng surgiram após uma entrevista ao canal Ou Mun da TDM (em língua chinesa) na qual o novo chefe do Executivo acusou a tutela do ex-secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam, de despesismo e esbanjamento. Segundo a TDM – Rádio Macau, que cita o canal chinês, o líder do Governo falou em gastos desnecessários e gestão de desperdício, que, segundo Ho Iat Seng, podem ser equiparados ao crime de corrupção.

Ho Iat Seng, que anteriormente foi presidente da Assembleia Legislativa (AL), lembrou na mesma entrevista que, por diversas vezes, disse “que o desperdício de recursos é um problema corrente” e que a tutela de Alexis Tam absorvia 35 por cento do orçamento anual [da Administração] – “pelo menos 30 mil milhões de patacas” – e ainda assim era alvo de “várias queixas do público”, o que, considera o líder do Governo, acaba por ser “um problema”.

Apesar das críticas, Ho Iat Seng escolheu Alexis Tam para ser o chefe da Delegação Económica e Comercial em Lisboa e junto da União Europeia, em Bruxelas, durante um ano, em substituição de O Tin Lin.

Novo gabinete para Sónia

O controlo das despesas públicas sempre foi uma das bandeiras de Ho Iat Seng durante a campanha eleitoral. Eleito a 25 de Agosto e tendo tomado posse no passado dia 20 de Dezembro, por ocasião da visita do Presidente Xi Jinping a Macau, o governante tem agora a possibilidade de pôr em prática o que prometeu, com a criação do novo Gabinete para o Planeamento da Supervisão dos Activos Públicos da RAEM. O novo organismo público será chefiado pela ex-secretária para a Administração e Justiça, Sónia Chan.

Citado por um comunicado oficial, o Chefe do Executivo assegurou que ouviu “sempre os deputados defenderem a necessidade de supervisão do investimento de capital público” e que já exigiu “a todos os serviços públicos maior atenção quanto às despesas públicas”.

Ainda de acordo com o mesmo comunicado, o novo líder do Governo salientou que “o investimento de capital público envolve muito erário público quer em entidades e empresas em Macau e na China Interior, havendo a necessidade de se criar um organismo responsável pela supervisão e planeamento, no sentido de uniformizar o funcionamento deste tipo de entidades e empresas e criar requisitos e critérios iguais para os fundos que possuem autonomia administrativa e financeira”.

Nos últimos anos foram vários os deputados que questionaram na AL a injecção de milhões por parte do Governo em empresas de capitais públicos, principalmente aquelas cuja actividade era pouco transparente ou clara, sendo que algumas chegaram mesmo a declarar falência sem se perceber onde foram investidos os montantes injectados pela Administração.

Antes de assumir o cargo, na passada sexta-feira, a tónica do discurso de Ho Iat Seng centrou-se no combate à corrupção, na edificação de um Governo transparente e ainda na reforma da Administração Pública através da racionalização de quadros e da simplificação administrativa, reformas essas que deverão ser iniciadas a partir de Abril de 2020.

30 Dez 2019

Novo Governo | Ho Iat Seng inicia funções e lança farpas a Alexis Tam

No primeiro dia de trabalho como Chefe do Executivo, Ho Iat Seng deixou um alerta: é preciso controlar as despesas da Administração. O exemplo dado para ilustrar o despesismo foi a forma como Alexis Tam liderou os gastos na tutela dos Assuntos Sociais e Cultura. O Chefe do Executivo defendeu ainda mais patriotismo para quadros qualificados

 
[dropcap]A[/dropcap]lexis Tam liderou, entre 2014 e 20 de Dezembro deste ano, uma das secretarias mais importantes da Administração e a que mais questões tem levantado junto da população e de deputados, por conter as pastas da saúde e do turismo. No passado dia 26 de Dezembro, que marcou oficialmente o primeiro dia de trabalho de Ho Iat Seng na qualidade de Chefe do Executivo, este acusou o ex-secretário de ter esbanjado o erário público.
“Ser esbanjador é o maior crime, é o que posso dizer. A corrupção não é o único crime. Apenas um dos elementos. Mas ser esbanjador está também entre os maiores crimes”, disse, citado pela TDM.
As declarações de Ho Iat Seng surgiram após uma entrevista ao canal Ou Mun da TDM (em língua chinesa) na qual o novo chefe do Executivo acusou a tutela do ex-secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam, de despesismo e esbanjamento. Segundo a TDM – Rádio Macau, que cita o canal chinês, o líder do Governo falou em gastos desnecessários e gestão de desperdício, que, segundo Ho Iat Seng, podem ser equiparados ao crime de corrupção.
Ho Iat Seng, que anteriormente foi presidente da Assembleia Legislativa (AL), lembrou na mesma entrevista que, por diversas vezes, disse “que o desperdício de recursos é um problema corrente” e que a tutela de Alexis Tam absorvia 35 por cento do orçamento anual [da Administração] – “pelo menos 30 mil milhões de patacas” – e ainda assim era alvo de “várias queixas do público”, o que, considera o líder do Governo, acaba por ser “um problema”.
Apesar das críticas, Ho Iat Seng escolheu Alexis Tam para ser o chefe da Delegação Económica e Comercial em Lisboa e junto da União Europeia, em Bruxelas, durante um ano, em substituição de O Tin Lin.

Novo gabinete para Sónia

O controlo das despesas públicas sempre foi uma das bandeiras de Ho Iat Seng durante a campanha eleitoral. Eleito a 25 de Agosto e tendo tomado posse no passado dia 20 de Dezembro, por ocasião da visita do Presidente Xi Jinping a Macau, o governante tem agora a possibilidade de pôr em prática o que prometeu, com a criação do novo Gabinete para o Planeamento da Supervisão dos Activos Públicos da RAEM. O novo organismo público será chefiado pela ex-secretária para a Administração e Justiça, Sónia Chan.
Citado por um comunicado oficial, o Chefe do Executivo assegurou que ouviu “sempre os deputados defenderem a necessidade de supervisão do investimento de capital público” e que já exigiu “a todos os serviços públicos maior atenção quanto às despesas públicas”.
Ainda de acordo com o mesmo comunicado, o novo líder do Governo salientou que “o investimento de capital público envolve muito erário público quer em entidades e empresas em Macau e na China Interior, havendo a necessidade de se criar um organismo responsável pela supervisão e planeamento, no sentido de uniformizar o funcionamento deste tipo de entidades e empresas e criar requisitos e critérios iguais para os fundos que possuem autonomia administrativa e financeira”.
Nos últimos anos foram vários os deputados que questionaram na AL a injecção de milhões por parte do Governo em empresas de capitais públicos, principalmente aquelas cuja actividade era pouco transparente ou clara, sendo que algumas chegaram mesmo a declarar falência sem se perceber onde foram investidos os montantes injectados pela Administração.
Antes de assumir o cargo, na passada sexta-feira, a tónica do discurso de Ho Iat Seng centrou-se no combate à corrupção, na edificação de um Governo transparente e ainda na reforma da Administração Pública através da racionalização de quadros e da simplificação administrativa, reformas essas que deverão ser iniciadas a partir de Abril de 2020.

30 Dez 2019

Novo Governo | Ho Iat Seng aposta na diversificação económica e nas orientações de Xi

Sem prendas de Xi Jinping, o novo Chefe do Executivo, Ho Iat Seng defendeu que a aposta na diversificação económica e orientações do Presidente chinês serão os pilares do sucesso de Macau nos próximos anos. Sobre a interdição de entrada de jornalistas na região, o novo Chefe do Executivo afirmou que se trata de um assunto de polícia

 
[dropcap]D[/dropcap]epois do quinto Governo de Macau, liderado por Ho Iat Seng, ter tomado ontem posse perante o Presidente da República Popular da China, Xi Jinping, o novo Chefe do Executivo defendeu, por ocasião da cerimónia de comemoração do 20.º aniversário da RAEM que teve lugar na Torre de Macau, que a prioridade de Macau passa agora pela diversificação económica e por seguir as orientações deixadas pelo Presidente chinês.
“Eu e o novo Governo da RAEM iremos implementar seriamente as orientações e as exigências transmitidas pelo Presidente Xi e empenhar esforços na implementação bem-sucedida, estável e duradoura do princípio ‘Um País, Dois Sistemas’ com caraterísticas de Macau”, afirmou.
Mas as quatro expectativas apontados por Xi JinPing não foram as únicas orientações deixadas pelo Presidente chinês. No discurso proferido na recepção ao novo Governo, Ho Iat Seng sublinhou que “o Presidente Xi destacou, ainda, que após o retorno de Hong Kong e Macau à Pátria, os assuntos das duas Regiões Administrativas Especiais são totalmente assuntos internos da China, não precisando de nenhuma força externa a apontar o dedo e nos julgar, e que jamais toleramos a ingerência nos assuntos das Regiões Administrativas Especiais”, concluiu.
Em jeito de balanço dos últimos 20 anos, o novo Chefe do Executivo enalteceu ainda a capacidade que a região teve de se renovar em tão curto espaço de tempo.
“O tempo passa a correr e a Região Administrativa Especial de Macau completa hoje [ontem] os seus invulgares vinte anos, marcados por um rápido desenvolvimento económico, uma melhoria constante da qualidade de vida da população e uma consolidação da harmonia e da estabilidade sociais.
À margem da cerimónia e nas primeiras declarações aos jornalistas na qualidade de Chefe do Executivo, Ho Iat Seng confirmou também a inexistência de prendas anunciadas pelo Presidente, em concreto sobre a criação de uma bolsa de valores e a transformação de Macau num centro financeiro. 
”Ainda não estamos bem preparados a nível legal e sem ter essa base legal não podemos levar a cabo essa operação”, reconheceu.

Assunto de polícia

À margem da cerimónia, o novo líder do Governo de Macau escusou-se comentar a recusa de entrada no território a alguns jornalistas já acreditados para cobrir o 20.º aniversário da RAEM, referindo apenas que a proibição de entrada de jornalistas e activistas é uma matéria que compete às autoridades policiais.
“É a própria polícia e as autoridades policiais que têm que fiscalizar e avaliar. Temos de respeitar as autoridades policiais. Nós só temos de saber o que está a acontecer a nível interno e de fazer tudo para impedir que as forças externas entrem”, afirmou Ho Iat Seng.
Questionado ontem sobre o mesmo assunto, o secretário para a Segurança, Wong Sio Chak, prometeu uma análise “caso a caso”, sublinhando, sem pormenores, que as autoridades têm “o direito e o dever de manter a segurança de Macau”.
Recorde-se que o apertado controlo das fronteiras de Macau realizado pelas autoridades locais e também pelas forças chinesas na ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau resultou em detenções e recusas de entrada no território nos últimos dias de ativistas pró-democracia e a jornalistas. Com Lusa

21 Dez 2019

Novo Governo | Ho Iat Seng aposta na diversificação económica e nas orientações de Xi

Sem prendas de Xi Jinping, o novo Chefe do Executivo, Ho Iat Seng defendeu que a aposta na diversificação económica e orientações do Presidente chinês serão os pilares do sucesso de Macau nos próximos anos. Sobre a interdição de entrada de jornalistas na região, o novo Chefe do Executivo afirmou que se trata de um assunto de polícia

 

[dropcap]D[/dropcap]epois do quinto Governo de Macau, liderado por Ho Iat Seng, ter tomado ontem posse perante o Presidente da República Popular da China, Xi Jinping, o novo Chefe do Executivo defendeu, por ocasião da cerimónia de comemoração do 20.º aniversário da RAEM que teve lugar na Torre de Macau, que a prioridade de Macau passa agora pela diversificação económica e por seguir as orientações deixadas pelo Presidente chinês.

“Eu e o novo Governo da RAEM iremos implementar seriamente as orientações e as exigências transmitidas pelo Presidente Xi e empenhar esforços na implementação bem-sucedida, estável e duradoura do princípio ‘Um País, Dois Sistemas’ com caraterísticas de Macau”, afirmou.

Mas as quatro expectativas apontados por Xi JinPing não foram as únicas orientações deixadas pelo Presidente chinês. No discurso proferido na recepção ao novo Governo, Ho Iat Seng sublinhou que “o Presidente Xi destacou, ainda, que após o retorno de Hong Kong e Macau à Pátria, os assuntos das duas Regiões Administrativas Especiais são totalmente assuntos internos da China, não precisando de nenhuma força externa a apontar o dedo e nos julgar, e que jamais toleramos a ingerência nos assuntos das Regiões Administrativas Especiais”, concluiu.

Em jeito de balanço dos últimos 20 anos, o novo Chefe do Executivo enalteceu ainda a capacidade que a região teve de se renovar em tão curto espaço de tempo.

“O tempo passa a correr e a Região Administrativa Especial de Macau completa hoje [ontem] os seus invulgares vinte anos, marcados por um rápido desenvolvimento económico, uma melhoria constante da qualidade de vida da população e uma consolidação da harmonia e da estabilidade sociais.

À margem da cerimónia e nas primeiras declarações aos jornalistas na qualidade de Chefe do Executivo, Ho Iat Seng confirmou também a inexistência de prendas anunciadas pelo Presidente, em concreto sobre a criação de uma bolsa de valores e a transformação de Macau num centro financeiro. 
”Ainda não estamos bem preparados a nível legal e sem ter essa base legal não podemos levar a cabo essa operação”, reconheceu.

Assunto de polícia

À margem da cerimónia, o novo líder do Governo de Macau escusou-se comentar a recusa de entrada no território a alguns jornalistas já acreditados para cobrir o 20.º aniversário da RAEM, referindo apenas que a proibição de entrada de jornalistas e activistas é uma matéria que compete às autoridades policiais.

“É a própria polícia e as autoridades policiais que têm que fiscalizar e avaliar. Temos de respeitar as autoridades policiais. Nós só temos de saber o que está a acontecer a nível interno e de fazer tudo para impedir que as forças externas entrem”, afirmou Ho Iat Seng.

Questionado ontem sobre o mesmo assunto, o secretário para a Segurança, Wong Sio Chak, prometeu uma análise “caso a caso”, sublinhando, sem pormenores, que as autoridades têm “o direito e o dever de manter a segurança de Macau”.

Recorde-se que o apertado controlo das fronteiras de Macau realizado pelas autoridades locais e também pelas forças chinesas na ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau resultou em detenções e recusas de entrada no território nos últimos dias de ativistas pró-democracia e a jornalistas. Com Lusa

21 Dez 2019

Visita | Xi Jinping foi embora, mas deixou quatro tarefas para o Governo da RAEM

A tomada de posse de Ho Iat Seng decorreu ontem e o Chefe do Executivo tem quatro tarefas pela frente: melhoria da governação, desenvolvimento sustentável da economia, aumento do nível de vida da população e consolidação da harmonia e estabilidade social

[dropcap]N[/dropcap]a tomada de posse de Ho Iat Seng como Chefe do Executivo, que decorreu ontem de manhã na Nave Desportiva, o novo líder da RAEM recebeu trabalho de casa do Presidente Xi Jinping. Durante um discurso de meia hora, e muito virado para os sucessos do sistema ‘Um País, Dois sistemas’ num aparente, mas nunca mencionado, contraste com Hong Kong, Xi admitir ter quatro expectativas para o futuro de Macau. A melhoria da governação, o desenvolvimento sustentável da economia, a aumento do nível de vida da população e a consolidação da harmonia e estabilidade social foram as tarefas deixadas para o novo Executivo de Ho Iat Seng.

Em relação à governação da RAEM pelo Executivo local, Xi Jinping afirmou que novos tempos trazem “novas exigências” e que é necessário haver uma adaptação que se reflecte em “fazer reformas institucionais como a da administração pública”, que momentos antes tinha sido prometida por Ho Iat Seng. “O objectivo é aumentar a eficiência, a capacidade governativa e promover a modernização do sistema e capacidade de governação”, explicou Xi Jinping.

O líder chinês apelou também à utilização das novas tecnologias a favor das decisões políticas porque permitem “apresentar decisões melhores do governo”, ao mesmo tempo que permitem uma governação social mais precisa.
A segunda tarefa para o novo Chefe do Executivo passa por continuar com o trabalho de desenvolver a economia local e promover um crescimento saudável, com especial destaque para a Ilha da Montanha. “No momento, [compatriotas e amigos] podem focar-se na exploração da Ilha de Hengqin mediante a cooperação com Zhuhai, visando abrir espaço e injectar um novo vigor de desenvolvimento de longo prazo para Macau”, indicou.

Antes da viagem de Xi havia a expectativa de anúncios na área económica, como a criação de um bolsa de valores ou a cedência de terrenos em Hengqin. Porém, estes não foram anunciados no discurso do Presidente, que apontou os projectos nacionais “Uma Faixa, Uma Rota” e a “Grande Baía Guagdong-Hong Kong-Macau” como os caminhos mais desejados.

A força da união

Depois de ter dado posse a Ho Iat Seng, Xi recordou aos governantes locais a necessidade de partilhar os recursos gerados pelo crescimento económico. “Há que continuar a ter como objectivo do desenvolvimento a melhoria da vida dos cidadãos”, recordou o Presidente chinês.

Xi foi mais longe e pediu ao novo Executivo que responda às preocupações causadas pelo crescimento dos últimos 20 anos e às classes mais desfavorecidas. “Há que responder às preocupações dos cidadãos, tais como as da habitação, serviços médicos e cuidados aos idosos”, sublinhou. “Há que dar mais atenção e ajuda aos grupos vulneráveis. Há que continuar os esforços por um sistema educacional de qualidade, para oferecer melhores condições para o crescimento dos jovens e a formação de talentos”, acrescentou.

Através da acção de governar para a população e de promoção do valor essencial do “amor pela Pátria e por Macau”, Xi Jinping deixou o desejo de que todos remem na mesma direcção. Por isso, frisou a necessidade de se continuar trabalhar para a “inclusão social” e na consolidação da “harmonia e estabilidade social”.

“Há que defender e persistir nos valores chaves de amor à Pátria e a Macau, porque só assim podemos mobilizar todos os membros da sociedade para contribuir para o desenvolvimento de Macau”, apontou.

Este é um trabalho que o Presidente espera que seja feito com recurso a associações locais e de maneira adequada para responder “às contradições sociais” e fazer com que “todos defendam conjuntamente a estabilidade e harmonia social”.

No aspecto da sociedade, Xi não escondeu o papel de Macau “como ponto de encontro da cultura chinesa com as ocidentais”, por isso diz que compete às entidades locais promoverem o “intercâmbio cultural e a aprendizagem mútua”, entre as civilizações.

21 Dez 2019

Visita | Xi Jinping foi embora, mas deixou quatro tarefas para o Governo da RAEM

A tomada de posse de Ho Iat Seng decorreu ontem e o Chefe do Executivo tem quatro tarefas pela frente: melhoria da governação, desenvolvimento sustentável da economia, aumento do nível de vida da população e consolidação da harmonia e estabilidade social

[dropcap]N[/dropcap]a tomada de posse de Ho Iat Seng como Chefe do Executivo, que decorreu ontem de manhã na Nave Desportiva, o novo líder da RAEM recebeu trabalho de casa do Presidente Xi Jinping. Durante um discurso de meia hora, e muito virado para os sucessos do sistema ‘Um País, Dois sistemas’ num aparente, mas nunca mencionado, contraste com Hong Kong, Xi admitir ter quatro expectativas para o futuro de Macau. A melhoria da governação, o desenvolvimento sustentável da economia, a aumento do nível de vida da população e a consolidação da harmonia e estabilidade social foram as tarefas deixadas para o novo Executivo de Ho Iat Seng.
Em relação à governação da RAEM pelo Executivo local, Xi Jinping afirmou que novos tempos trazem “novas exigências” e que é necessário haver uma adaptação que se reflecte em “fazer reformas institucionais como a da administração pública”, que momentos antes tinha sido prometida por Ho Iat Seng. “O objectivo é aumentar a eficiência, a capacidade governativa e promover a modernização do sistema e capacidade de governação”, explicou Xi Jinping.
O líder chinês apelou também à utilização das novas tecnologias a favor das decisões políticas porque permitem “apresentar decisões melhores do governo”, ao mesmo tempo que permitem uma governação social mais precisa.
A segunda tarefa para o novo Chefe do Executivo passa por continuar com o trabalho de desenvolver a economia local e promover um crescimento saudável, com especial destaque para a Ilha da Montanha. “No momento, [compatriotas e amigos] podem focar-se na exploração da Ilha de Hengqin mediante a cooperação com Zhuhai, visando abrir espaço e injectar um novo vigor de desenvolvimento de longo prazo para Macau”, indicou.
Antes da viagem de Xi havia a expectativa de anúncios na área económica, como a criação de um bolsa de valores ou a cedência de terrenos em Hengqin. Porém, estes não foram anunciados no discurso do Presidente, que apontou os projectos nacionais “Uma Faixa, Uma Rota” e a “Grande Baía Guagdong-Hong Kong-Macau” como os caminhos mais desejados.

A força da união

Depois de ter dado posse a Ho Iat Seng, Xi recordou aos governantes locais a necessidade de partilhar os recursos gerados pelo crescimento económico. “Há que continuar a ter como objectivo do desenvolvimento a melhoria da vida dos cidadãos”, recordou o Presidente chinês.
Xi foi mais longe e pediu ao novo Executivo que responda às preocupações causadas pelo crescimento dos últimos 20 anos e às classes mais desfavorecidas. “Há que responder às preocupações dos cidadãos, tais como as da habitação, serviços médicos e cuidados aos idosos”, sublinhou. “Há que dar mais atenção e ajuda aos grupos vulneráveis. Há que continuar os esforços por um sistema educacional de qualidade, para oferecer melhores condições para o crescimento dos jovens e a formação de talentos”, acrescentou.
Através da acção de governar para a população e de promoção do valor essencial do “amor pela Pátria e por Macau”, Xi Jinping deixou o desejo de que todos remem na mesma direcção. Por isso, frisou a necessidade de se continuar trabalhar para a “inclusão social” e na consolidação da “harmonia e estabilidade social”.
“Há que defender e persistir nos valores chaves de amor à Pátria e a Macau, porque só assim podemos mobilizar todos os membros da sociedade para contribuir para o desenvolvimento de Macau”, apontou.
Este é um trabalho que o Presidente espera que seja feito com recurso a associações locais e de maneira adequada para responder “às contradições sociais” e fazer com que “todos defendam conjuntamente a estabilidade e harmonia social”.
No aspecto da sociedade, Xi não escondeu o papel de Macau “como ponto de encontro da cultura chinesa com as ocidentais”, por isso diz que compete às entidades locais promoverem o “intercâmbio cultural e a aprendizagem mútua”, entre as civilizações.

21 Dez 2019

Governo liderado por Ho Iat Seng tomou posse perante Xi Jinping

[dropcap]O[/dropcap] novo Governo de Macau, liderado por Ho Iat Seng, tomou hoje posse perante o Presidente da República Popular da China, Xi Jinping.

Trata-se do quinto Governo da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM), que celebra hoje o seu 20.º aniversário, depois de em 20 de Dezembro DE 1999 o território ter voltado à tutela da China, após mais de 400 anos de administração portuguesa.

Depois de Ho Iat Seng prestar juramento perante Xi Jinping, pouco depois das 10:00, foi a vez da tomada de posse dos secretários que integram o novo Executivo.

Do Governo anterior, do chefe do Executivo que hoje terminou funções, Fernando Chui Sai On, continuam nas mesmas pastas, Wong Sio Chak, como secretário para a Segurança, e Raimundo Arrais do Rosário, como secretário para os Transportes e Obras Públicas.

Como secretário para a Administração e Justiça tomou posse André Cheong Weng Chon, que transita do Comissariado Contra a Corrupção (CCAC), para secretário para a Economia e Finanças foi escolhido Lei Wai Nong, ex-vice-presidente do Instituto para os Assuntos Municipais (antigo Leal Senado), enquanto Ao Ieong U, que exercia as funções de diretora dos Serviços de Identificação, ocupa desde hoje o cargo de secretária para os Assuntos Sociais e Cultura.

Tomaram ainda posse o comissário contra a Corrupção, Chan Tsz King, o comissário da Auditoria, Ho Veng On, que se mantém nas funções, o diretor dos Serviços de Alfândega, Vong Man Chong, que era subdiretor destes serviços, e o procurador do Ministério Público, Ip Son Sang, que se mantém no cargo.

Na cerimónia da tomada de posse estiveram presentes os anteriores chefes do Governo a RAEM, Edmund Ho e Fernando Chui Sai On, que exerceram ambos dois mandatos no cargo, e a chefe do Executivo de Hong Kong, Carrie Lam.

20 Dez 2019

Cinemateca Paixão fecha portas nos próximos dias 

Questões contratuais com o edifício na Travessa da Paixão terão ditado o fecho da Cinemateca, adiantaram realizadores ao HM. Albert Chu, presidente da Associação Audiovisual Cut, concessionária do espaço, confirma o encerramento, mas só fala depois do comunicado oficial do Instituto Cultural

 

[dropcap]A[/dropcap] Cinemateca Paixão vai fechar portas ainda este ano devido ao facto de o contrato de arrendamento do espaço, situado na Travessa da Paixão, não ter sido renovado a tempo. A informação foi confirmada ao HM pela realizadora Tracy Choi e por um outro realizador, que não quis ser identificado.

“Penso que o encerramento se deve ao facto de o Instituto Cultural (IC) não ter planeado bem a questão”, começou por dizer Tracy Choi. “Eles sabiam que o contrato iria terminar no final deste ano, mas demoraram a tomar uma decisão, o que não deu tempo para assinar um novo contrato”, acrescentou.

Albert Chu, director artístico da Cinemateca Paixão e presidente da Associação Audiovisual Cut, concessionária do espaço, confirmou ao HM o fecho da sala de cinema, mas recusou-se a prestar esclarecimentos adicionais.

“Há uma mudança e há uma razão formal que o IC vai apresentar em breve. É melhor para nós não fazermos  qualquer comentário antes dessa declaração”, apontou.

Público crescente

A Cinemateca Paixão abriu portas em 2017 e desde então que tem vindo a apresentar um cartaz repleto de ciclos de cinema especiais, dedicados a realizadores internacionais de renome como Pedro Almodôvar ou Reiner Werner Fassbinder, sem esquecer o destaque dado a realizadores asiáticos e locais. Tracy Choi relembra o facto de esta sala de cinema ter vindo a receber cada vez mais pessoas nos últimos três anos.

“Começámos a ter um público cada vez mais numeroso, com exibições todos os meses. E agora não há qualquer sala disponível onde possamos fazer isto. Espero que a Cinemateca Paixão possa abrir em breve porque já tinha todas as estruturas necessárias”, adiantou.

Outro realizador, ligado à Associação Audiovisual Cut, e que não quis ser identificado, disse ao HM que desde Novembro que havia um sinal de que as coisas não estavam bem.

“Comecei a questionar quais seriam os planos da Cinemateca para o novo ano, porque há sempre um avanço em relação à agenda para os meses seguintes. E percebi as caras de desapontamento da equipa. No início não responderam, porque não tinham a certeza de que iria ser assim. Mas agora estamos no final do ano e o que lhe posso dizer é que a razão oficial para o fecho por parte do IC é a renovação do local, o que é um motivo falso.”

Este realizador explicou ainda que “as pessoas que estão na liderança [do IC] não levaram a cabo os devidos procedimentos para continuar com a abertura do espaço”.

“O IC vai anunciar a renovação do espaço para manter este suspense, mas é temporário. Mas sabemos que não trabalham de forma muito rápida. Não me parece que seja o fim da Cinemateca, mas 2019 deve ser o fim da primeira edição do projecto. Acredito que não abra no espaço de um ano e meio”, concluiu. O HM contactou o IC sobre esta questão, mas até ao fecho da edição não foi possível obter uma resposta.

20 Dez 2019

Xi Jinping explicou sucesso de Macau com o “valor fundamental” do patriotismo

No segundo dia da visita a Macau, o Presidente defendeu que os sucessos da RAEM se devem ao facto de os residentes colocarem acima de tudo o “valor fundamental” do amor pela Pátria e ainda por terem o interesse da Nação como critério para as políticas adoptadas

 

[dropcap]O[/dropcap] patriotismo das gentes de Macau foi o grande tema do discurso de Xi Jinping, durante o segundo dia da viagem de celebração do 20.º Aniversário do estabelecimento da RAEM. Para o Presidente chinês os feitos alcançados, como o desenvolvimento económico e a melhoria das condições de vida, só foram possíveis porque se trabalhou para a implementação “plena” do princípio ‘Um País, Dois Sistemas’, e o patriotismo esteve sempre acima de qualquer outro “valor fundamental”.

Enquanto discursava durante o jantar oferecido pelo Chefe do Executivo, que contou com cerca de 600 convidados, entre eles Carrie Lam, Chefe do Executivo de Hong Kong, Xi Jinping apontou que o patriotismo foi um dos quatro pontos mais altos dos primeiros 20 anos depois da transferência da soberania.

“O Governo e as pessoas de todos os círculos sociais da RAEM compreendem profundamente a ligação estreita entre o futuro de Macau e o da Pátria, têm um forte sentimento de identidade nacional e patriotismo e ainda combinam o amor à Pátria, com o amor a Macau”, começou por dizer. “Os compatriotas de Macau, enquanto valorizam os valores fundamentais como a democracia, a administração de acordo com a lei, os direitos humanos e a liberdade, adaptaram-se à mudança histórica que tornou Macau numa região administrativa especial do país e colocaram firmemente o amor à Pátria e a Macau em primeiro lugar na ordem dos valores fundamentais”, elogiou.

Neste sentido, Xi Jinping esclareceu que qualquer decisão na RAEM tem sempre como “critério mais importante” os interesses da Pátria e de Macau.

Primado da Constituição

Após a apologia do patriotismo, Xi sublinhou a importância de ensinar e consolidar a autoridade da Constituição da República Popular da China, que permite a Lei Básica de Macau.

“O Governo e as pessoas de todos os círculos sociais da RAEM compreendem profundamente que a Constituição e a Lei Básica formulam a base constitucional de Macau e que a administração de Macau conforme a lei significa, em primeiro lugar, a administração de Macau de acordo com a Constituição e a Lei Básica”, apontou.

No âmbito das acções de divulgação dos dois documentos, Xi elogiou as actividades que celebram o Dia Nacional da Constituição em Macau e que tudo foi feito para promover “um bom ambiente” que permite “respeitar, aprender, observar, salvaguardar e aplica a Constituição”, na RAEM.

Liderança do Executivo

O poder do Executivo saiu igualmente reforçado do jantar de ontem. Na sua mensagem, Xi Jinping recordou que a RAEM é liderada pelo poder do Executivo de Macau, que traça o seu futuro, sem esquecer que os “órgãos judiciais exercem independentemente o poder de julgamento”.
O sistema, segundo o Presidente, permite à RAEM funcionar “sem sobressaltos”. “Este princípio [da liderança do Executivo] também demonstra o requisito fundamental que é o Chefe do Executivo quem representa toda a região administrativa especial e é responsável perante o Governo Central”, apontou. “Sob a liderança do Chefe do Executivo, os órgãos executivo e legislativo colaboram um com o outro e equilibram-se, dando prioridade à colaboração”, acrescentou.

Agarrar as oportunidades

Finalmente, no quarto ponto, Xi Jinping olhou mais para o futuro e para o papel que espera que Macau e a sua população assumam na concretização do “Sonho Chinês da grande revitalização da Nação Chinesa”.
Face a uma audiência onde estiveram a maioria dos actores políticos e sociais do território, o Presidente pediu uma atitude pró-activa e positiva para o desenvolvimento do país e recordou que também o país precisa das “vantagens de Macau”. “Agarrem as oportunidades trazidas pela implementação das estratégias nacionais como a cooperação “Uma Faixa, Uma Rota” e a construção da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau”, apelou. “Tirem bom proveito das políticas favoráveis do Governo Central e integrem organicamente as vantagens de Macau, de que o País precisa, com as vantagem do País que Macau precisa”, sublinhou.

Hora de agradecer

Momentos antes do jantar oferecido pelo Chefe do Executivo, Xi Jinping teve um encontro com uma duração de 10 minutos com cerca de 150 representantes de diferentes sectores profissionais. Entre eles, constavam alguns nomes da comunidade portuguesa e macaense como os advogado Leonel Alves e Jorge Neto Valente, o arquitecto Carlos Marreiros, o provedor da Santa Casa da Misericórdia, António José de Freitas, Fátima Santos Ferreira e o presidente da Comissão Executiva da TDM, Manuel Pires.

Neste breve encontro, que serviu para tirar uma fotografia de grupo, estiveram ainda presentes todos os membros do actual e futuro governos, membros do Conselho Executivo e alguns deputados e empresários. E se à chegada ao aeroporto Xi Jinping disse que Macau não lhe era “um território estranho”, devido às viagens anteriores, desta feita o Presidente admitiu reconhecer mesmo algumas das caras. “Estão aqui presentes muitas pessoas que conheço. O sucesso, depois de 20 anos, é um orgulho para nós”, admitiu.

Nesta breve declaração, Xi focou igualmente o patriotismo dos mais jovens e agradeceu os esforços do presentes: “Gostava de manifestar os meus mais sinceros agradecimentos pelo empenho e dedicação para o desenvolvido de Macau”, frisou.

 

Ho Ion Sang quer prendas para resolver problemas da população

Ho Ion Sang, deputado considerou que as palavras proferidas pelo presidente Xi no aeroporto valorizaram o êxito e o progresso alcançado por Macau depois do retorno à Pátria. Ao jornal Ou Mun, o membro no CCPPC apontou que o plano de construção de 3.800 apartamentos para residentes na Ilha da Montanha é positivo, mas que não vão resolver os problemas das pessoas. Por isso, o deputado deixou o desejo de que o Presidente Xi anuncie mais medidas favoráveis a Macau e entre em contacto com residentes locais para perceber verdadeiramente a situação social de Macau.

Peng Liyuan esteve a fazer bolos

Se por um lado Xi Jinping teve uma agenda muito preenchida com várias visitas ao serviço da RAEM, por outro a esposa Peng Liyuan não lhe ficou atrás. A “primeira-dama” esteve no Instituto de Formação Turística (IFT), guiada pela Presidente Fanny Vong, onde teve a oportunidade de ajudar os alunos a preparar alguns pratos e bolos. As fotos divulgadas oficialmente mostram Peng Liyuan a encher com creme de ovo uma tarte.

Um dia a visitar serviços

A visita do Presidente chinês está envolta em secretismo e grande parte das actividades nem têm cobertura jornalísticas. Foi o que sucedeu ontem quando Xi Jinping teve direito a uma visita guiada por Sónia Chan ao Centro de Serviços da RAEM na Areia Preta. O mesmo aconteceu durante as passagens pela Escola de Talentos anexa à Escola Hou Kong, e ao Complexo da Plataforma de Serviços para a Cooperação Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa, cujas obras de construção terminaram recentemente. Na última parte da visita, antes do encontro com os sectores profissionais, Xi teve como guia o secretário para a Economia e Finanças Lionel Leong.

20 Dez 2019

Xi Jinping sublinha “harmonia” em Macau num período de teste para “Um País, Dois Sistemas”

[dropcap]O[/dropcap] Presidente chinês enalteceu hoje a “unidade” e “harmonia” em Macau, no aniversário dos 20 anos desde a transição da transferência do território para administração chinesa e numa altura de crise política em Hong Kong.

“O Governo e as pessoas de todos os círculos sociais da Região Administrativa Especial de Macau compreendem profundamente que a unidade faz prosperar a família e a harmonia traz boa sorte”, afirmou Xi Jinping, num banquete com as principais personalidades do território.

Xi referiu ainda a “valorização da consulta” na sociedade local, que não “provoca desavenças ou fricções internas”, e a resistência “consciente a todos os distúrbios que vêm do exterior”.

Macau celebra este mês 20 anos da aplicação no território da fórmula ‘um país, dois sistemas’, um modelo que confere autonomia administrativa, mas que foi originalmente pensado para Taiwan, que o recusou, e que é hoje também posto em causa por uma grave crise política em Hong Kong.

19 Dez 2019

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19 Dez 2019