Hoje Macau China / ÁsiaTimor-Leste | Xanana Gusmão em visita oficial a Portugal O líder do governo timorense tem uma agenda apertada com deslocações aos Açores, lançamento de livros e a assinatura do Programa Estratégico de Cooperação para o período 2024-2028 no valor de 75 milhões de euros O primeiro-ministro de Timor-Leste, Xanana Gusmão, iniciou sábado uma visita oficial a Portugal durante a qual será assinado o Programa Estratégico de Cooperação para o período 2024-2028 e mais dois acordos relativos a reabilitação de património e infraestruturas. O novo Programa Estratégico de Cooperação para o período 2024-2028 tem o valor de 75 milhões de euros e terá cinco áreas prioritárias, nomeadamente Desenvolvimento Humano, Estado de Direito e Boa Governação, Administração Pública, Finanças Públicas e Economia, Juventude e Emprego e Oceanos Sustentabilidade e Infraestruturas. O último PEC entre os dois Estados, que vigorou no período 2019-2023, teve uma execução de 102 por cento e tinha um envelope financeiro de 70 milhões de euros para intervenções nos setores de Consolidação do Estado de Direito e Boa Governação, Educação, Formação e Cultura e Desenvolvimento Socioeconómico Inclusivo. Programa das festas Para hoje, estão marcados encontros com o Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, e com o primeiro-ministro, Luís Montenegro, quando se realizará também um jantar oficial, oferecido pelo chefe do Governo português. Na terça-feira, Xanana Gusmão viaja para a ilha do Faial, no arquipélago dos Açores, onde vai ter vários encontros, incluindo com o presidente da Assembleia Legislativa Regional, Luís Garcia. No Faial, onde vai permanecer até quarta-feira, o primeiro-ministro timorense vai visitar também a Escola do Mar dos Açores, o edifício das actividades marítimas e turísticas, o Instituto de Investigação em Ciências do Mar e o Observatório do Mar dos Açores. Na quinta-feira à tarde, já em Lisboa, Xanana Gusmão participa na sede da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa numa sessão solene e lança dois livros, nomeadamente um de discursos com o título “Dalan ba Dame” e um de poemas denominado “Mauberíadas”. Os livros vão ser apresentados pelo antigo chefe da diplomacia portuguesa, Luís Amado. Xanana Gusmão vai, na visita oficial a Portugal, liderar uma delegação que inclui o vice-primeiro-ministro, ministro coordenador dos Assuntos Económicos e ministro do Turismo, Francisco Kalbuadi Lay, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Bendito Freitas, e ainda os ministros da Educação, Dulce Neves, do Ensino Superior, José Jerónimo, da Justiça, Sérgio Hornai, e do Interior, Francisco Guterres, bem como o secretário de Estado da Comunicação Social, Expedito Ximenes, e o presidente da Câmara de Comércio e Indústria timorense, Jorge Serrano.
Hoje Macau China / ÁsiaChina | Anunciadas grandes divergências nas negociações com UE sobre carros eléctricos O Ministério do Comércio chinês anunciou no sábado que as discussões em Bruxelas sobre os direitos aduaneiros impostos pela União Europeia aos veículos eléctricos importados da China terminaram com a observação de que permanecem “grandes divergências”. “Ainda existem grandes diferenças entre os dois lados. Até agora, as consultas não resultaram numa solução aceitável para ambos os lados”, disse o ministério num comunicado, acrescentando que convidou negociadores da União Europeia (UE) para a próxima ronda de negociações na China. Na sexta-feira, o Presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, apelou à China para que “adapte o seu comportamento” de forma a aliviar as tensões comerciais com Bruxelas, na sequência de uma série de medidas aduaneiras contestadas por ambas as partes. “Contamos com a China para adaptar o seu comportamento e compreender que é necessário reequilibrar as relações económicas para uma maior equidade, para uma concorrência leal”, afirmou o dirigente, que se encontrou com o primeiro-ministro chinês, Li Qiang, à margem da cimeira da Associação das Nações do Sudeste Asiático, no Laos. Charles Michel disse esperar que se chegue a um acordo nos próximos dias ou semanas, embora o contexto seja “muito difícil”. Na passada terça-feira, Pequim impôs mais condições para a importação de brandy europeu – sobretudo conhaque francês – na sequência da decisão de Bruxelas de impor taxas alfandegárias punitivas sobre os automóveis eléctricos fabricados na China. A Comissão Europeia acusa Pequim de distorcer a concorrência ao subsidiar os fabricantes no seu território, permitindo-lhes oferecer preços mais baixos. A China retaliou lançando inquéritos ‘antidumping’ sobre a carne de porco e os produtos lácteos.
Hoje Macau China / ÁsiaPequim anuncia emissão de obrigações no valor de quase 300 mil milhões de euros A gigantesca injecção financeira visa dar um novo ânimo ao desenvolvimento da economia chinesa O ministro das Finanças chinês anunciou no sábado que a emissão de quase 300 mil milhões de euros em obrigações especiais do Tesouro para reanimar a segunda maior economia do mundo, que está a perder dinamismo. Pequim vai emitir “obrigações especiais do Tesouro” para “ajudar os grandes bancos comerciais estatais a reconstituir a base de capital, melhorar a resistência ao risco e capacidade de empréstimo e servir melhor o desenvolvimento da economia”, afirmou Lan Fo’an, em conferência de imprensa. “Nos próximos três meses, um total de 2,3 biliões de yuan em obrigações especiais estará disponível para utilização”, acrescentou. Esta despesa pública vem juntar-se a uma série de medidas anunciadas nas últimas semanas, incluindo a redução das taxas de juro e a concessão de liquidez aos bancos. Pequim vai também aumentar o limite máximo da dívida das autoridades locais para que estas possam gastar mais em infra-estruturas e aumentar o emprego. O Governo central chinês ainda tem “uma margem considerável” para emitir dívida e aumentar o défice e vai continuar a estudar possíveis medidas anticíclicas, disse Lan. O responsável procurou acalmar os receios de muitos analistas e investidores, que apontavam precisamente a sustentabilidade da dívida como um possível travão ao aumento da despesa pública para relançar o crescimento da segunda maior economia do mundo, que não tem sido o esperado após o fim dos anos das restrições impostas para combater a pandemia da covid-19. A cobrança de impostos deste ano será inferior ao previsto, mas o sistema mostra resiliência suficiente para equilibrar receitas e despesas, disse o ministro, sem números específicos sobre os estímulos fiscais. Em andamento Na manhã de sábado, a emissora estatal CCTV noticiou que os principais bancos chineses vão baixar as taxas de juro da maioria dos empréstimos à habitação a partir de dia 25, em conformidade com um pedido feito pelo banco central em Setembro. No ano passado, a China registou uma das taxas de crescimento mais fracas das últimas três décadas. Lan avançou outras iniciativas para resolver problemas-chave da economia chinesa, como a dívida oculta dos governos locais e regionais – mais de nove biliões de dólares acumulados através de canais de financiamento informais – ou uma crise imobiliária prolongada que parece não estar a chegar ao fim. Em relação à primeira questão, o plano consiste em aumentar o limite máximo da dívida “numa escala relativamente grande”, a título excepcional, com o objectivo de trocar estes passivos ocultos e, assim, ajudar as administrações locais a reduzir os seus riscos de endividamento, um plano cujos pormenores serão conhecidos quando os respectivos procedimentos legais estiverem resolvidos. Lan precisou que, nos últimos três meses do ano, as regiões do país poderão ainda beneficiar de cerca de 2,3 biliões de yuans em obrigações especiais para acelerar o avanço dos projectos. Relativamente à crise imobiliária, o ministro adjunto das finanças Liao Min afirmou que serão emitidas obrigações a nível da administração local para “abrandar a queda do mercado imobiliário e estabilizá-lo”. Estas obrigações poderão ser utilizadas para comprar terrenos ociosos a promotores imobiliários em dificuldades ou propriedades não vendidas, com o objectivo de as converter em habitações a preços acessíveis, um plano que inicialmente envolvia a construção, mas que agora se centrará mais numa solução para casas já construídas e que não encontraram compradores, a fim de equilibrar a oferta e a procura. Além disso, Liao disse que as Finanças estão a estudar a possibilidade de eliminar o IVA sobre os imóveis residenciais.
Hoje Macau China / ÁsiaChina | Acções de empresas caem face a desilusão com estímulos As principais praças financeiras da China registaram ontem perdas, depois de os pormenores sobre os planos de estímulo económico de Pequim terem ficado aquém das expectativas dos investidores, enquanto outros mercados na Ásia subiram. As acções em Hong Kong oscilaram entre ganhos e perdas, com o índice Hang Seng a cair 2,4 por cento, para os 20.418,61 pontos. Esta descida seguiu-se a uma queda de mais de 9 por cento na terça-feira, com os investidores a venderem acções, após as recentes subidas. “A falta de novos estímulos tem sido a causa da desilusão, com muitos participantes no mercado a esperarem políticas fiscais que seguissem os passos da ‘bazuca’ financeira entregue no final de Setembro, mas houve claramente um recuo no anúncio de terça-feira”, escreveu Yeap Jun Rong da IG, líder mundial no comércio e investimentos ‘online’, num comentário. O Shanghai Composite, o índice de Xangai, perdeu 5,1 por cento, depois de ter encerrado com ganhos de 4,6 por cento, na terça-feira. O índice CSI300, que acompanha as 300 principais acções negociadas nos mercados de Xangai e Shenzhen, cedeu 5,6 por cento.
Hoje Macau China / ÁsiaGaza | Mortes superam 42.000 após um ano de guerra O número de mortos na Faixa de Gaza, onde Israel mantém há um ano uma intensa ofensiva militar, ultrapassou ontem os 42.000, a maioria mulheres e crianças, após uma noite de ataques no norte e centro do enclave palestiniano. “Nas últimas horas, a ocupação israelita cometeu três massacres contra famílias na Faixa de Gaza, incluindo 45 mártires e 130 feridos”, pormenorizou, num comunicado, o Ministério da Saúde local, tutelado pelo grupo extremista palestiniano Hamas, que controla o enclave desde 2007. O número total de mortos aumentou assim para 42.010, incluindo mais de 16.900 crianças e cerca de 11.500 mulheres, o que equivale a 69 por cento do total de vítimas mortais, segundo dados do Hamas. Entre as crianças estão mais de 700 que morreram antes de completar um ano de idade, referiu ainda o Ministério da Saúde tutelado pelo Hamas. A mesma fonte indicou que o número total de feridos na rede de hospitais locais é de 97.720 desde 7 de Outubro de 2023. Efeito borboleta A guerra em curso em Gaza foi desencadeada por um ataque sem precedentes do Hamas no sul de Israel, a 7 de Outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns, segundo as autoridades israelitas. Em retaliação, Israel lançou uma ofensiva militar contra o enclave palestiniano com mais de dois milhões de habitantes. Devido à guerra, Gaza está também a enfrentar uma crise humanitária sem precedentes, com milhares de pessoas a necessitarem de ajuda urgente, segundo as organizações internacionais. O conflito em Gaza tem desestabilizado toda a região do Médio Oriente.
Hoje Macau China / ÁsiaTaiwan | Pequim acusa Lai de quebrar laços históricos Pequim acusou ontem o líder de Taiwan de “quebrar deliberadamente os laços históricos entre os dois lados do estreito”, após William Lai ter afirmado “ser impossível” que a República Popular da China seja a pátria dos taiwaneses. A porta-voz do Gabinete para os Assuntos de Taiwan do Conselho de Estado (Executivo chinês), Zhu Fenglian, disse, em conferência de imprensa, que “Taiwan é um território sagrado da China com base em fundamentos históricos e legais claros”. Zhu lembrou que, em 25 de Outubro de 1945, o Governo chinês declarou a “recuperação da soberania sobre Taiwan”, depois da derrota do Japão na Segunda Guerra Mundial. Em 01 de Outubro de 1949, com a fundação da República Popular da China, o novo regime de Pequim “substituiu a República da China como único representante legítimo de todo o país”, disse. A porta-voz sublinhou que, “embora a reunificação ainda não tenha sido totalmente alcançada”, a soberania e o território da China “nunca foram e nunca poderão ser divididos” e o “facto de a China continental e Taiwan pertencerem à mesma China nunca mudou e nunca poderá mudar”. “Não importa que tipo de paradoxos históricos e declarações bizarras sobre a independência de Taiwan Lai faça, isso não muda o facto objectivo de que os dois lados do estreito de Taiwan pertencem à mesma China e não destruirá o sentimento patriótico dos nossos compatriotas de Taiwan”, disse Zhu, acusando Lai de “suprimir a identidade nacional dos compatriotas de Taiwan”. O Conselho dos Assuntos Continentais de Taiwan (MAC), o organismo governamental responsável pelas relações com a China continental, emitiu um comunicado a denunciar as “declarações absurdas” de Zhu, sublinhando que a República Popular da China “nunca governou Taiwan”, desde a criação em 1949.
Hoje Macau China / ÁsiaPequim pede aos EUA que clarifiquem limites da segurança nacional O ministro do Comércio da China pediu ontem aos Estados Unidos que “clarifiquem os limites da segurança nacional na esfera económica e comercial”, numa conversa telefónica com a homóloga norte-americana, Gina Raimondo. Nos últimos anos, Washington e Pequim têm utilizado a segurança nacional como motivo para impor restrições comerciais. De acordo com um comunicado difundido pelo Ministério do Comércio chinês, Wang Wentao afirmou que uma clarificação sobre os limites do conceito de segurança “contribuiria para manter a segurança e a estabilidade nas cadeias de abastecimento da indústria global e para criar um bom ambiente político para a cooperação entre as indústrias dos dois países”. O ministro manifestou também preocupação com “as restrições” dos EUA sobre os veículos eléctricos chineses e com a política de semicondutores de Washington em relação à China. Os EUA limitaram a exportação de ‘chips’ e tecnologias estrategicamente importantes para o país asiático. Wang instou Washington “a prestar atenção às preocupações específicas das empresas chinesas, a levantar as sanções impostas a estas firmas o mais rapidamente possível e a melhorar o ambiente empresarial para as companhias chinesas nos Estados Unidos”. O responsável pediu que as relações económicas entre Pequim e Washington se tornem o “pilar fundamental” das relações bilaterais entre as duas potências. De acordo com o comunicado, a conversa foi “franca, profunda e pragmática”. Raimondo sublinhou as preocupações expressas pela comunidade empresarial dos EUA relativamente à “falta de transparência regulamentar” na China, bem como às “práticas de mercado pouco competitivas e ao excesso de capacidade estrutural”, de acordo com um comunicado do Departamento do Comércio dos EUA. A responsável sublinhou que a segurança nacional dos EUA “é inegociável” e explicou que a abordagem do Governo dos EUA procura proteger a segurança nacional de “forma direccionada, sem fechar o espaço para um comércio e investimento saudáveis” entre as duas nações. Luta continua A China tem manifestado repetidamente preocupação com as restrições comerciais impostas pelos EUA nos últimos anos, que vão desde a imposição de taxas punitivas sobre as importações chinesas até à proibição de vendas de tecnologia a empresas chinesas. Em particular, o sector dos semicondutores é fundamental para a China, uma vez que constitui uma das pedras angulares dos planos para reforçar a autossuficiência tecnológica e reduzir a dependência de países terceiros. Os Estados Unidos têm criticado o que descrevem como “excesso de capacidade industrial” chinesa, ao qual reagiram impondo taxas sobre os veículos eléctricos chineses, entre outras medidas. Desde o início de 2018, os dois países estão envolvidos numa guerra comercial e tecnológica que tem vindo a desgastar significativamente as relações bilaterais.
Hoje Macau China / ÁsiaMédio Oriente | China opõe-se à expansão do conflito e deplora contradições na região Um ano passado desde o início do conflito no Médio-Oriente, Pequim manifesta a sua extrema preocupação com a escalada da violência que já provocou a morte de mais de 40.000 pessoas em Gaza e condena a possibilidade de um ataque ao Irão pelas forças israelitas A China manifestou ontem a sua “oposição à expansão do conflito no Médio Oriente”, referindo-se à possibilidade de Israel atacar o Irão em retaliação pela ofensiva de mísseis iranianos da semana passada. A porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Mao Ning, disse em conferência de imprensa que a China está “profundamente preocupada” com “a intensificação das contradições” na região. A China está “profundamente preocupada” com a “intensificação das contradições” na região e “lamenta que a escalada do conflito israelo-palestiniano se tenha arrastado durante um ano, resultando na morte de mais de 40.000 pessoas em Gaza, a maioria das quais mulheres e crianças”, afirmou Mao. “O que é necessário para resolver o conflito israelo-palestiniano não são armas e munições ou sanções unilaterais, mas sim vontade política e esforços diplomáticos”, afirmou, apelando às grandes potências para que “desempenhem o papel que lhes compete, respeitem a objectividade e a imparcialidade e assumam a liderança no cumprimento do direito internacional”. Mao instou ainda “todas as partes” a “manter a paz e a estabilidade regionais e a abordar a situação actual com calma, racionalidade e responsabilidade”. “A comunidade internacional, especialmente as potências influentes, deve desempenhar um papel construtivo para evitar mais instabilidade”, acrescentou. Tensão palpável Nos últimos dias, tem crescido a preocupação sobre a possibilidade de Israel atacar o Irão em retaliação contra o ataque de Teerão a território israelita na semana passada. Alguns analistas temem que Israel ataque as instalações nucleares iranianas, enquanto Teerão instou Israel a não testar a “vontade” do Irão. A China tem reiterado repetidamente o seu apoio à “solução dos dois Estados”, mostrando a sua “consternação” face aos ataques israelitas contra civis em Gaza, e os seus funcionários realizaram numerosas reuniões com representantes de países árabes e muçulmanos para reafirmar esta posição ou para tentar fazer avançar as negociações de paz. A China é o maior parceiro comercial do Irão, com o qual tem vindo a reforçar as suas relações nos últimos anos. Em Maio passado, quando o Irão realizou um ataque de menor dimensão contra Israel, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Wang Yi, indicou ao seu homólogo iraniano que a China tinha “tomado nota das declarações do Irão de que as suas acções são limitadas e no exercício do seu direito à autodefesa”, sublinhando a boa relação entre Pequim e Teerão.
Hoje Macau China / ÁsiaIsrael | Irão ameaça retaliação a qualquer ataque O ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão, Abbas Araghchi, ameaçou ontem Israel de que Teerão vai retaliar qualquer ataque contra território iraniano. “Exortamos Israel a não testar a vontade [do Irão]”, disse Araghchi num evento que assinalou em Teerão o ataque do Hamas contra território israelita, que matou 1.200 pessoas a 7 de Outubro do ano passado. “Qualquer ataque a instalações do Irão será objecto de uma resposta mais forte”, afirmou o chefe da diplomacia de Teerão. Entretanto, o Exército israelita declarou ontem que a Força Aérea matou o comandante do Hezbollah em Beirute Suhail Hussein Husseini, a última vítima de uma série de ataques contra dirigentes do movimento xiita libanês (Partido de Deus), incluindo o antigo líder máximo Hassan Nasrala. De acordo com Avichay Adraee, porta-voz do Exército israelita os aviões de combate efectuaram um ataque de precisão em Beirute e eliminaram Husseini, sem especificar o dia específico do ataque. De acordo com um comunicado militar, Huseini foi “responsável pela gestão orçamental e logística dos projectos mais sensíveis do Hezbollah”, como a planificação de ataques a partir da Síria ou do Líbano e a transferência de armas entre o Irão e a milícia libanesa. Na segunda-feira, as forças israelitas fizeram novos ataques em Beirute contra o quartel-general dos serviços secretos do Hezbollah, bombardeou o sul do Líbano e a zona do Vale de Bekaa, no leste do Líbano.
Hoje Macau China / ÁsiaMédio Oriente | China repatria 215 cidadãos do Líbano A China repatriou 215 cidadãos chineses do Líbano em dois grupos, na sequência da escalada da guerra entre Israel e o grupo xiita libanês Hezbollah, afirmou ontem a diplomacia de Pequim. “Trabalhámos em estreita colaboração com o ministério dos Transportes, a Administração da Aviação Civil e a embaixada chinesa no Líbano para garantir a segurança dos cidadãos chineses e realizar rapidamente as operações de transferência e de retirada”, declarou ontem a porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros, Mao Ning, em conferência de imprensa. De acordo com a porta-voz, a China conseguiu “a retirada segura de dois grupos, num total de 215 cidadãos chineses, por barco e voo charter, incluindo três residentes de Hong Kong e um compatriota de Taiwan”. Mao acrescentou que “a situação actual no Líbano e em Israel continua a ser complexa e grave”. “A embaixada da China no Líbano continuará a orientar e a ajudar o pequeno número de cidadãos chineses que permanecem no país a tomar medidas para proteger a sua própria segurança”, concluiu. A escalar A situação no Médio Oriente agravou-se desde o final de Setembro, quando Israel alargou a sua acção militar ao Líbano, bombardeando Beirute e outras cidades do sul do país, numa tentativa de liquidar o Hezbollah, que há meses dispara foguetes contra o norte de Israel, em retaliação pelas suas ações em Gaza. A China manifestou a sua profunda preocupação com a situação no Médio Oriente e a sua oposição à violação da soberania, da segurança e da integridade territorial do Líbano. Pequim anunciou também ontem que vai enviar material médico de emergência para o Líbano. Desde que o conflito se estendeu ao Líbano, mais de 2.000 pessoas foram mortas, segundo o ministério da Saúde Pública libanês, e 1,2 milhões foram deslocadas devido aos constantes ataques israelitas.
Hoje Macau China / ÁsiaPyongyang pretende alterar Constituição para acabar com ideia de reunificação As autoridades norte-coreanas convocaram segunda-feira uma sessão parlamentar para discutir uma possível alteração da Constituição destinada a traçar linhas claras de fronteira com a Coreia do Sul e eliminar os artigos sobre a reunificação da Coreia. A sessão plenária da Assembleia Suprema do Povo ocorre nove meses depois de o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, ter apelado para uma revisão da Lei Fundamental do país para definir a Coreia do Sul como “inimigo principal e imutável” da Coreia do Norte. Kim defendeu em várias ocasiões a necessidade de “definir as relações intercoreanas como as de dois Estados hostis um ao outro” e de pôr de lado eventuais opções de reconciliação ou unificação dos dois territórios, que continuam oficialmente em guerra desde a década de 1950. Sublinhou, portanto, a importância de alterar a Constituição durante as sessões plenárias desta semana, das quais espera que saia também a definição de fronteiras marítimas, embora não tenha fornecido mais pormenores sobre esse aspeto, segundo a agência noticiosa norte-coreana KCNA. Novas amizades O Ministério da Unificação da Coreia do Sul indicou estar previsto que a Coreia do Norte denuncie todos os acordos políticos e militares intercoreanos, incluindo o Acordo Básico alcançado em 1991, que definiu como “especial” a relação entre as duas partes, criadas com a ideia de uma futura reunificação do território. As autoridades poderão também aproveitar a ocasião para ratificar a sua nova parceria com a Rússia, numa altura em que as relações entre as duas partes se reforçam, num contexto de plena invasão russa da Ucrânia. Em Junho passado, Kim encontrou-se com o Presidente russo, Vladimir Putin, com quem assinou um tratado que inclui uma cláusula de defesa mútua e uma maior cooperação em questões militares. Desde a adopção da sua Constituição, em 1972, a Coreia do Norte introduziu uma dezena de alterações ao texto, que foi revisto pela última vez em Setembro de 2023 para introduzir uma política de reforço nuclear.
Hoje Macau China / ÁsiaPaquistão | Pequim pede reforço de segurança após morte de dois chineses em atentado A China pediu ontem a Islamabade para reforçar e garantir a protecção total do corredor económico entre os dois países, do pessoal e das empresas chinesas no Paquistão, onde dois cidadãos chineses foram mortos num ataque no domingo. “A China está profundamente chocada com o ataque contra cidadãos chineses e condena veementemente este acto terrorista”, afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, em comunicado. De acordo com a mesma nota, Pequim apelou ao Paquistão para que não poupe esforços no tratamento dos feridos e nas investigações sobre o incidente e disse esperar que os autores do ataque sejam detidos e levados à justiça. O país asiático exigiu também mais atenção para colmatar eficazmente as lacunas de segurança e emitiu um alerta, através da embaixada em Islamabade, para que os cidadãos, as empresas e os projectos chineses reforcem as medidas de segurança e tomem precauções. “O terrorismo é um inimigo comum da humanidade. As tentativas das forças terroristas para minar a confiança e a cooperação entre a China e o Paquistão e o Corredor Económico China-Paquistão (CPEC) não atingirão o seu objectivo”, afirmou o gabinete do porta-voz da diplomacia chinesa. O ataque de domingo, reivindicado pelo Exército de Libertação do Balochistão, teve lugar perto do Aeroporto Internacional de Carachi, no sul do Paquistão, e visou um comboio de trabalhadores chineses da empresa de electricidade Port Qasim Limited. A iniciativa CPEC inclui um investimento chinês de 60 mil milhões de dólares na construção de projectos de infra-estruturas no Paquistão. Na sequência do atentado, o Governo paquistanês condenou veementemente um “acto de terrorismo deplorável”, qualificando-o como “um ataque à amizade duradoura entre o Paquistão e a China”.
Hoje Macau China / ÁsiaChina | Mais de 2.000 milhões de deslocações internas registadas Semana Dourada A China registou mais de dois mil milhões de viagens entre 01 e 07 de Outubro, semana dos feriados do Dia Nacional, um aumento de 4,1 por cento no número médio diário, em comparação com o período homólogo. De acordo com os dados divulgados ontem pelo Ministério dos Transportes chinês, o último dia do feriado marcou um dos picos mais elevados em termos de mobilidade, com um fluxo maciço nas redes de transportes terrestres e aéreos. O tráfego nas estradas foi considerável, com um total acumulado de cerca de 1,85 mil milhões de viagens, mais 3,9 por cento do que no mesmo período do ano anterior. Nos caminhos-de-ferro, cerca de 19,86 milhões de pessoas utilizaram os comboios para regressar aos seus destinos na segunda-feira, com 1.705 comboios suplementares. Desde o início da época de férias, a 29 de Setembro, o volume diário de passageiros transportados nos comboios chineses ultrapassou os 17 milhões, tendo atingido o seu máximo a 01 de Outubro, quando foi estabelecido um novo recorde para o número de passageiros num só dia, com 21,4 milhões. Entretanto, as companhias aéreas transportaram um total de 16,12 milhões de pessoas em voos domésticos, representando uma média diária de 2,3 milhões de passageiros, mais 11,3 por cento do que no mesmo período de 2023, de acordo com o ministério. Assim, o número final de viagens é ligeiramente superior à previsão das autoridades chinesas de 1,94 mil milhões de viagens domésticas durante as férias. Apesar de a República Popular ter completado três quartos de século, as celebrações oficiais mantiveram-se relativamente discretas, uma vez que as autoridades chinesas organizam normalmente as maiores celebrações nos aniversários redondos.
Hoje Macau China / ÁsiaPequim anuncia medidas “antidumping” provisórias sobre importações de brandy europeu A China vai obrigar os importadores de brandy europeu a deixar um depósito nas alfândegas chinesas, anunciou ontem o ministério do Comércio do país asiático, num contexto de tensões comerciais entre Pequim e a União Europeia (UE). “A partir de 11 de Outubro de 2024 [sexta-feira], quando importarem brandy da União Europeia, os importadores vão ter de fornecer o depósito correspondente às autoridades aduaneiras da República Popular da China”, afirmou o ministério, em comunicado, dias após a UE ter confirmado que vai impor taxas alfandegárias adicionais sobre automóveis eléctricos importados da China. No final de Agosto, a China afirmou que não ia impor medidas ‘antidumping’ provisórias sobre o brandy importado, o que afectaria principalmente a França, apesar de ter concluído que os produtores europeus vendiam o licor no mercado chinês “com margens de ‘dumping’ de entre 30,6 por cento a 39 por cento”. ‘Dumping’ significa a venda abaixo do custo de produção, possível através de atribuição de subsídios aos produtores. O inquérito, iniciado a 5 de Janeiro deste ano, determinou então que estas práticas representam uma ameaça significativa para a indústria local de brandy na China. A 18 de Julho, a pasta analisou os efeitos industriais e de interesse público relacionados com a importação de brandy europeu. A China lançou outras investigações “antidumping” sobre produtos como os laticínios e a carne de porco da UE, no que é visto como resposta aos atritos comerciais com o bloco. Europa dividida Após nove meses de investigação, Bruxelas sugeriu um aumento das taxas devido ao apoio estatal chinês às empresas que fabricam automóveis eléctricos. Dependendo do nível de subsídios públicos que as diferentes marcas receberam de Pequim, a Comissão Europeia recomendou um imposto de 7,4 por cento para a BYD, 20 por cento para a Geely e 38,1 por cento para a SAIC. As marcas ocidentais que produzem na China seriam igualmente tributadas a 21 por cento. A França considerou “proporcional e calibrada” a proposta da Comissão Europeia de aumentar os direitos aduaneiros sobre os veículos eléctricos chineses, uma posição diferente da tomada pela Alemanha.
Hoje Macau China / ÁsiaImobiliário | Pequim aposta na procura e estabilização para reanimar economia Os novos estímulos à economia procuram contrariar as quedas no mercado imobiliário e os efeitos negativos do proteccionismo e da volatilidade do exterior As medidas recentemente aprovadas por Pequim para relançar a economia visam “expandir a procura interna” e “estabilizar o sector imobiliário”, afirmou ontem o principal órgão de planeamento da China, defendendo a “grande resiliência” das finanças do país. O director da Comissão Nacional de Reforma e Desenvolvimento da China (CNRD), Zheng Shajie, explicou, em conferência de imprensa, que os estímulos visam “expandir a procura interna efectiva”, “aumentar o apoio às empresas”, “conter a queda do mercado imobiliário e estabilizá-lo”, “impulsionar o mercado de capitais” e “harmonizar o ajustamento contracíclico das políticas macroeconómicas”. Zheng disse que foram “intensificados” os esforços para lançar “medidas para promover a recuperação contínua da economia”. O responsável insistiu na necessidade de “analisar a situação económica de forma objectiva” e afirmou que existe “um contexto complexo a nível interno e externo” em que “algumas potências viram o seu ritmo de crescimento abrandar”. “O proteccionismo e a volatilidade estão a aumentar”, o que “afecta a China”, afirmou. O responsável referiu que algumas empresas chinesas “aumentaram o investimento sem registar um aumento dos lucros” e que existem “pressões sobre a economia”. No entanto, afirmou que a China “tem feito progressos na redução dos riscos em áreas-chave”, apontando o “rápido crescimento industrial” em sectores como os automóveis e os electrodomésticos. “Nem as bases nem as vantagens da economia chinesa mudaram: o enorme potencial de mercado e a resiliência mantêm-se”, acrescentou. Meta alcançável O director adjunto do órgão, Zhao Chenxin, abordou o objectivo de crescimento económico para este ano, de cerca de 5 por cento, cuja realização tem sido questionada pelos especialistas. “No primeiro semestre do ano, registou-se um crescimento anual de cerca de 5 por cento e a situação económica manteve-se geralmente estável. Já assistimos a três trimestres de desempenho e a economia da China conseguiu manter a estabilidade e o crescimento”, argumentou. Zhao previu que, quando as medidas de apoio anunciadas pelas autoridades “entrarem em vigor”, “serão lançadas as bases para um funcionamento estável da economia”, ao mesmo tempo que transmitiu a sua “confiança” de que o país atingirá a meta de crescimento do produto interno bruto. Há duas semanas, as autoridades chinesas anunciaram a redução das taxas de juro dos empréstimos hipotecários existentes – poupando cerca de 21 mil milhões de dólares a 50 milhões de famílias – e a descida para 15 por cento do valor mínimo de entrada para as segundas habitações, numa tentativa de reanimar o sector imobiliário, que se encontra em profunda crise há três anos. A medida faz parte de um pacote de medidas apresentado pelas autoridades que inclui também a criação de mecanismos para oferecer cerca de 114 mil milhões de dólares de financiamento a empresas de valores mobiliários, fundos e companhias de seguros, bem como empréstimos a empresas cotadas em bolsa para recomprarem as suas acções e assim aumentarem o seu valor de mercado.
Hoje Macau China / ÁsiaIsrael | AI diz que é vergonhoso que guerra já dure há 1 ano A Amnistia Internacional considerou ontem que o prolongamento durante um ano da guerra entre Israel e o Hamas é sinal de “um fracasso colectivo da Humanidade”, sublinhando que foram cometidas várias atrocidades. Lamentando que ainda não tenha havido um cessar-fogo nem libertação de reféns, a organização de defesa dos direitos humanos afirma que a necessidade de respeitar os “direitos de todas as vítimas à verdade, à justiça e à reparação” é mais premente do que nunca. Em comunicado ontem divulgado para assinalar o primeiro aniversário dos ataques do grupo islamita Hamas a Israel, que conduziram à guerra, a secretária-geral da organização, Agnes Callamard, descreveu o 7 de Outubro como “um dia de luto”. “É um dia de luto para os israelitas cujos entes queridos foram mortos e raptados e para milhares de pessoas que continuam a ser deslocadas desde os hediondos ataques do Hamas e de outros grupos armados”, afirmou, referindo que se assinala também “um ano desde o início da terrível ofensiva das forças israelitas em Gaza, que matou dezenas de milhares de pessoas, deslocou à força 90 por cento da população e desencadeou uma catástrofe humanitária sem precedentes, colocando os palestinianos de Gaza em risco de genocídio”. Sem fim à vista Há exactamente um ano, cerca de mil combatentes do Hamas atacaram inesperadamente o território israelita, matando quase 1.200 pessoas e fazendo mais de 250 reféns, dos quais quase 100 continuam detidos. O Governo de Telavive prometeu aniquilar o movimento islamita, considerado terrorista por Israel, Estados Unidos e União Europeia. As investidas de Israel na Faixa de Gaza já mataram cerca de 41.500 pessoas e forçaram quase dois milhões de pessoas a fugir de casa. “A guerra prossegue sem fim à vista”, lembrou a responsável da Amnistia Internacional, afirmando que “a necessidade de um cessar-fogo, de respeito pelo direito internacional e pelos direitos de todas as vítimas” é “mais premente do que nunca”. O aniversário, adiantou Agnes Callamard, “é um lembrete sóbrio da necessidade urgente de abordar as causas profundas, cortar o fornecimento de armas a todas as partes e acabar com a impunidade de longa data que tem visto as forças israelitas, o Hamas e outros grupos armados desrespeitarem o direito internacional durante décadas sem temerem quaisquer consequências”. Apelando a “um cessar-fogo imediato e à libertação imediata e incondicional dos reféns civis detidos pelo Hamas e outros grupos armados e de todos os palestinianos detidos ilegalmente por Israel”, a líder da Amnistia Internacional sublinhou que “o mundo nunca deve esquecer as vítimas e a angústia das famílias afectadas”. A organização pediu a responsabilização daqueles que cometeram “assassinatos deliberados, raptos e ataques indiscriminados, incluindo ataques com ‘rockets’ contra Israel, e dos que são culpados de crimes de guerra, “incluindo ataques diretos a civis e objetos civis ou ataques desproporcionados e ilegais”.
Hoje Macau China / ÁsiaXanana Gusmão de visita ao Laos, Portugal e Indonésia O primeiro-ministro de Timor-Leste viajou ontem para visitas oficiais ao Laos e a Portugal, tendo também previsto deslocar-se à Indonésia para a tomada de posse do Presidente eleito do país, Prabowo Subianto. No Laos, Xanana Gusmão vai participar nas 44.ª e 45.ª cimeiras dos chefes de Estado e de Governo da Associação das Nações do Sudeste Asiático, em Vientiane, entre terça e sexta-feira, subordinadas ao tema “ASEAN: Reforçar a Conectividade e a Resiliência”, de acordo com um comunicado do gabinete do primeiro-ministro timorense. Timor-Leste tem o estatuto de observador na ASEAN e espera que a adesão à organização regional se formalize no próximo ano. No sábado, o primeiro-ministro timorense inicia uma visita oficial a Portugal, que termina no próximo dia 18, tendo previsto encontros com o Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, o presidente da Assembleia da República, Pedro Aguiar-Branco, e com o primeiro-ministro, Luís Montenegro. Durante a estada em Portugal, vão ser assinados o Programa Estratégico de Cooperação para o período 2024-2028, com um envelope financeiro de 75 milhões de euros, bem como um acordo relativo à reabilitação, património e turismo e outro sobre infra-estruturas, “sinalizando uma expansão contínua da forte relação bilateral”, salientou na mesma nota. Comitiva alargada Além de encontros com a comunidade timorense, académicos portugueses e sociedade civil, da agenda de Xanana Gusmão consta também uma deslocação aos Açores, a convite do governo regional, para “conhecer em primeira mão vários projectos e actividades da economia azul”. O programa da visita inclui também uma reunião com o secretário executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Zacarias da Costa, e com representantes dos Estados-membros. Em Portugal, acompanham Xanana Gusmão o vice-primeiro-ministro, ministro coordenador dos Assuntos Económicos e ministro do Turismo, Francisco Kalbuadi Lay, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Bendito Freitas, os ministros da Educação, Dulce Neves, do Ensino Superior, José Jerónimo, da Justiça, Sérgio Hornai, e do Interior, Francisco Guterres, bem como o secretário de Estado da Comunicação Social, Expedito Ximenes, e também o presidente da Câmara de Comércio e Indústria timorense, Jorge Serrano. De Portugal, o chefe do Governo timorense viaja para Jacarta para assistir à cerimónia de posse do Presidente eleito da Indonésia, a 20 de Outubro.
Hoje Macau China / ÁsiaTóquio | Anunciado fórum internacional contra armas nucleares Uma organização composta por jovens e sobreviventes da bomba atómica vai realizar um fórum internacional em Tóquio no próximo ano para impulsionar o movimento em prol da abolição de armas nucleares. A Campanha do Japão para Abolir Armas Nucleares anunciou o evento numa conferência de imprensa realizada na segunda-feira em Tóquio. Representantes da campanha dizem que o fórum acontecerá na Universidade do Sagrado Coração nos dias 8 e 9 de Fevereiro do próximo ano. Os organizadores vão convidar membros do governo e especialistas para realizar palestras e discussões sobre temas como a desumanidade das armas nucleares e apoio aos sobreviventes da bomba atómica. Os representantes informaram que apresentarão propostas para a terceira Reunião dos Estados Partes do Tratado para a Proibição de Armas Nucleares. A reunião está marcada para Março do próximo ano. Tanaka Terumi, da Confederação Japonesa de Organizações dos Sobreviventes das Bombas Atómicas e de Hidrogénio, ou Nihon Hidankyo, disse que o primeiro-ministro do Japão, Ishiba Shigeru, se referiu ao que é chamado de “compartilhamento nuclear” e que a situação aparentemente está a ficar cada vez mais difícil. No entanto, afirmou que, através do fórum, quer revelar a desumanidade das armas nucleares e exortar o governo japonês a liderar os esforços para criar um mundo livre destas armas. O ano que vem marca os 80 anos dos bombardeamentos atómicos de Hiroshima e Nagasaki pelos Estados Unidos.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreias | Norte volta a lançar balões com lixo para o Sul As provocações norte-coreanas voltaram a invadir os vizinhos do Sul. Pyongyang considera a Coreia do Sul como o seu pior inimigo A Coreia do Norte voltou ontem a lançar balões com detritos para o território sul-coreano, no mesmo dia em que deverá rever a Constituição do regime para eliminar referências à reunificação e redefinir fronteiras. O Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul (JCS) afirmou que o país vizinho voltou a lançar balões que podiam ser dirigidos contra a província de Gyeonggi, no norte, que rodeia Seul, e partes da capital do sul, de acordo com um comunicado. Desde Maio, o Norte lançou mais de 5.000 balões no total, em mais de 20 lançamentos, em resposta aos balões de propaganda contra o líder norte-coreano, Kim Jong-un, enviados por activistas do Sul. Entretanto, os meios de comunicação norte-coreanos não noticiaram o início da sessão da Assembleia Popular Suprema convocada para ontem. Não se sabe como serão anunciadas as alterações à Constituição, uma vez que, em ocasiões anteriores, os meios de comunicação social estatais norte-coreanos apenas divulgaram pormenores básicos e o conteúdo completo das alterações legislativas só foi conhecido algum tempo depois. Mudança de atitude A convocação da sessão responde à vontade de Kim Jong-un de formalizar o que disse há nove meses sobre a Coreia do Sul, com a qual os laços são inexistentes há cinco anos e que qualificou como o principal inimigo da Coreia do Norte. O líder norte-coreano também fechou a porta à reconciliação e à reunificação com o Sul, o que representa uma mudança importante na estratégia diplomática que o governo de Pyongyang articulou durante mais de três décadas. Especialistas disseram acreditar que a vontade expressa por Kim de abandonar o diálogo, formalizar a existência de dois Estados claramente diferenciados na península e definir unilateralmente as fronteiras do Norte pode piorar ainda mais o terrível ambiente na região.
Hoje Macau China / ÁsiaChina | Anunciado projecto para facilitar pagamentos de estrangeiros As autoridades chinesas anunciaram na segunda-feira novas medidas que ajudarão a facilitar os serviços de pagamento para viajantes que chegam ao país do exterior. De acordo com uma circular emitida conjuntamente pela Administração Estatal de Regulação do Mercado e pela Administração Nacional de Dados, oito cidades realizarão um projecto piloto no âmbito do qual as plataformas de serviços de pagamento móveis serão apoiadas na verificação das informações de entidades empresariais individuais, para que possa ser simplificado o processo de abertura de códigos de pagamento baseados em plataformas que suportem cartões de crédito estrangeiros, indica o Diário do Povo. As oito cidades incluem Suzhou, Hangzhou, Jinan, Wuhan, Changsha, Shenzhen, Chengdu e Xi’an, disse a circular. O projecto cobrirá mais de 11 milhões de entidades empresariais individuais, representando cerca de 9,3 por cento do número total do país. A parte continental da China registou uma estimativa de 95 milhões de chegadas de turistas nos primeiros nove meses deste ano, um aumento anual de 55,4 por cento, à medida que o país expande a sua política de trânsito livre de visto, acrescenta a publicação. A China está a desenvolver esforços contínuos para tornar os pagamentos mais acessíveis para viajantes estrangeiros. Em Março, o Conselho de Estado divulgou uma directriz destinada a continuar a optimizar os serviços de pagamento de cartões bancários, promovendo o uso de dinheiro e facilitando o pagamento móvel. Em Abril, foi emitida uma circular, estipulando que cartões bancários nacionais e estrangeiros deveriam ser aceites em algumas das principais atracções turísticas do país.
Hoje Macau China / ÁsiaEspaço | Nova tripulação chega à estação espacial este mês A China lançará a nave espacial tripulada Shenzhou-19 e receberá os taikonautas da Shenzhou-18 de regresso à Terra no final de Outubro, de acordo com a Agência Espacial Tripulada da China. Segundo o plano de missão de Outubro da agência divulgado esta semana, a tripulação da Shenzhou-18, que está a bordo da estação espacial chinesa Tiangong, em órbita, concluirá este mês a missão espacial de seis meses e embarcará na viagem de volta à Terra, indica o Diário do Povo. A tripulação da Shenzhou-18 é composta por três taikonautas do sexo masculino: Ye Guangfu, Li Cong e Li Guangsu. A tripulação foi lançada no espaço no dia 25 de Abril. Durante o feriado do Dia Nacional, que dura uma semana, a tripulação da Shenzhou-18 está a esforçar-se para manter um equilíbrio regular e entre trabalho e vida pessoal. No entanto, o tempo é ocupado principalmente por uma carga de trabalho pesada, incluindo experiências científicas, recolha de dados e preparação para a chegada da nova tripulação e trabalhos de transferência. De acordo com imagens recentes divulgadas pelo China Media Group, os três taikonautas da Shenzhou-18 expressaram a sua emoção com a iminente “reunião” na estação espacial, acrescenta a publicação estatal. Disseram que vão limpar os “quartos”, preparar “refeições de reunião” e garantir que os recém-chegados “se sintam em casa”.
Hoje Macau China / ÁsiaComércio | China pede à UE que volte ao caminho correcto para resolver disputas Apesar de muitas reuniões entre os dois lados, a União Europeia decidiu avançar com a imposição de altas tarifas sobre os veículos eléctricos chineses. Pequim condena a decisão e, além de apelar à abertura de novos canais de comunicação, alerta para os danos que podem advir do desinvestimento chinês na Europa A China pediu à Comissão Europeia que tome medidas concretas para implementar a sua vontade política e voltar ao caminho certo para resolver as fricções comerciais através de consultas, disse um porta-voz do Ministério do Comércio na sexta-feira. As observações foram feitas após a proposta da comissão de impor tarifas compensatórias definitivas sobre as importações de veículos eléctricos da China ter o apoio necessário dos Estados Membros da União Europeia (UE) para a adopção de tarifas, indica o Diário do Povo. “A China opõe-se firmemente ao projecto de decisão final do lado da UE, mas também frisou a sua vontade política de continuar a resolver a questão através de negociações”, disse o porta-voz, observando que as equipas técnicas de ambos os lados continuarão em negociações. O ministério pediu que a UE esteja claramente ciente dos danos da imposição de tarifas adicionais, uma vez que isso não resolverá nenhum problema, mas apenas abalará a confiança e a determinação das empresas chinesas e as impedirá de realizar investimentos na Europa. “A posição da China é consistente e clara. A China opõe-se firmemente às práticas proteccionistas injustas, ilegais e irracionais da UE nesse caso, e opõe-se resolutamente à tarifa compensatória adicional da UE sobre os veículos eléctricos chineses”, disse o porta-voz. As práticas proteccionistas da UE violam seriamente as regras da OMC e perturbam a ordem normal do comércio internacional, prejudicando não apenas a cooperação comercial e de investimentos entre a China e a UE, mas também a transição verde da UE, com um impacto negativo na resposta climática global, observou o porta-voz. O representante disse ainda que a China implementou o consenso alcançado pelos líderes dos dois lados, tendo sempre em mente os interesses gerais da parceria estratégica abrangente China-UE, e manteve sempre a máxima sinceridade em lidar adequadamente com as diferenças através do diálogo e de consultas. Desde o final de Junho, os dois lados realizaram mais de dez consultas técnicas envolvendo chefes de departamentos de sub-ministérios e duas consultas vice-ministeriais sobre o caso. Sem resultados A 19 de Setembro, o ministro do Comércio, Wang Wentao, e o vice-presidente executivo e comissário de comércio da Comissão Europeia, Valdis Dombrovskis, mantiveram conversas abrangentes, profundas e construtivas, disse o porta-voz, acrescentando que ambos expressaram claramente a vontade política de resolver as diferenças através de consultas e concordaram em estabelecer compromissos sobre preços para evitar a escalada das fricções comerciais. Nos 14 dias seguintes, equipas técnicas de ambos os lados realizaram seis rondas de consultas. Ao longo do processo, repetidamente, o lado chinês ouviu plenamente os pedidos e opiniões das indústrias chinesas e europeias, demonstrando uma atitude aberta e cooperativa e exercendo o máximo de flexibilidade, de acordo com o porta-voz. “A China tomará todas as medidas possíveis para defender firmemente os interesses das empresas chinesas”, acrescentou o porta-voz.
Hoje Macau China / ÁsiaBrasil recebe primeiros 229 resgatados do Líbano O Presidente do Brasil esperava ontem pelos primeiros 229 brasileiros resgatados do Líbano no primeiro voo de repatriamento que descolou sábado de Beirute, segundo um comunicado do Palácio do Planalto. A Presidência brasileira anunciou que “o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebe neste domingo, 06 de Outubro, os brasileiros resgatados no primeiro voo de repatriação da zona de conflito no Líbano”. “Essa é a primeira chegada da operação Raízes do Cedro, que decolou na tarde deste sábado de Beirute, trazendo 229 pessoas e três animais domésticos” a bordo, sublinha o Planalto. O avião da Força Aérea brasileira estava previsto aterrar em Lisboa numa escala para reabastecimento. Outros resgates Já a Austrália, a China e a Coreia do Sul concluíram sábado um primeiro processo de evacuação do Líbano de mais de 500 dos seus cidadãos, no contexto da invasão do exército israelita e da intensificação dos confrontos com as milícias do Hezbollah. O Ministério dos Negócios Estrangeiros da China confirmou que 215 cidadãos “foram resgatados em segurança do Líbano”, de acordo com um comunicado divulgado sábado pela agência noticiosa oficial chinesa Xinhua. O exército sul-coreano também completou sábado o seu primeiro voo de repatriamento do Líbano, com o regresso de 96 cidadãos. O avião de transporte militar KC-330 aterrou na base aérea de Seongnam, a sul de Seul, capital do país, por volta das 00:50 da manhã, de acordo com um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros divulgado pela agência noticiosa oficial sul-coreana Yonhap. Entre estes repatriados, encontra-se, segundo a agência de notícias espanhola EFE, um cidadão libanês, familiar de um dos sul-coreanos que regressou ao país, ambos pertencentes a um grupo em que 30 por cento dos seus elementos são menores. Por último, o primeiro de dois aviões fretados pelo Governo australiano para transportar mais de 500 cidadãos durante o fim de semana aterrou no Chipre também sábado. O primeiro voo aterrou sábado à tarde com 229 cidadãos australianos, residentes permanentes e respectivas famílias, segundo a Ministra dos Negócios Estrangeiros australiana, Penny Wong.
Hoje Macau China / ÁsiaNovo PM japonês preocupado com divisões globais O novo primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, advertiu que “a Ucrânia de hoje pode ser a precursora da Ásia Oriental de amanhã”, numa referência velada aos receios de uma invasão chinesa de Taiwan. “Porque é que a dissuasão não funcionou na Ucrânia?”, questionou Ishiba no seu primeiro discurso político perante o parlamento japonês, citado pela agência francesa AFP. Ishiba, 67 anos, tomou posse como primeiro-ministro do Japão na passada terça-feira, sucedendo a Fumio Kishida, que se demitiu após vários escândalos de corrupção no Partido Liberal Democrático (PDL) terem feito cair a sua popularidade. “Se tivermos também em conta a situação no Médio Oriente, a comunidade internacional está cada vez mais dividida e propensa a confrontos”, disse Ishiba. As relações entre o Japão e a China têm-se deteriorado nos últimos anos. Pequim tem afirmado a presença militar em territórios disputados na região e Tóquio tem reforçado os laços de segurança com os Estados Unidos e os seus aliados. Ishiba apoia a criação de uma aliança militar regional nos moldes da NATO e afirmou, na passada terça-feira, que a segurança do Japão “nunca esteve tão ameaçada desde o final da Segunda Guerra Mundial”. A nível interno, Ishiba disse pretender aumentar os salários no Japão através de um novo programa de estímulo monetário, e de apoio às autoridades locais e às famílias com baixos rendimentos. Nesta década, afirmou que pretende aumentar o salário mínimo nacional médio para 1.500 ienes por hora, um aumento de quase 43 por cento em relação ao salário actual de 1.050 ienes. “Conseguiremos aumentos salariais superiores aos aumentos de preços, aumentando a produtividade individual e acrescentando valor”, afirmou. Emergência silenciosa Numa reacção ao discurso, Takahide Kiuchi, do instituto de investigação Nomura, comentou que as declarações de Ishiba nesta fase são “provavelmente preparatórias para as próximas eleições gerais”, que o novo líder do PDL disse que irá convocar a 27 de Outubro. “A principal prioridade da administração Ishiba é ganhar estas eleições e consolidar a sua base de poder”, afirmou o analista, citado pela AFP. Daiju Aoki, do UBS SuMi TRUST, observou que “a ausência de uma estratégia de crescimento visível por parte da administração Ishiba constitui um risco político” para o primeiro-ministro. Apesar de o PDL ser o favorito, o governo de Ishiba tem apenas 51 por cento de apoio da população, segundo uma sondagem publicada na passada quarta-feira pelo diário Nikkei, abaixo do resultado do primeiro executivo de Kishida, quando tomou posse no final de 2021. No discurso no parlamento, Ishiba também descreveu a situação da taxa de natalidade como uma “emergência silenciosa” e anunciou que o governo vai promover medidas de apoio às famílias, como horários de trabalho flexíveis. O Japão, tal como muitos países industrializados, enfrenta uma crise demográfica iminente, com uma população envelhecida e uma taxa de natalidade teimosamente baixa. De acordo com o Banco Mundial, o país de 125 milhões de habitantes tem a população mais idosa do mundo, a seguir ao Mónaco. No ano passado, a taxa de natalidade no Japão foi de 1,2, muito abaixo dos 2,1 filhos necessários para manter os níveis populacionais.