Hoje Macau China / ÁsiaXinjiang | Volkswagen anuncia venda das suas operações O construtor automóvel alemão Volkswagen anunciou ontem a venda das suas operações na região chinesa de Xinjiang, onde Pequim é acusada de violações dos Direitos Humanos. A empresa vai vender a sua fábrica na capital de Xinjiang, Urumqi, bem como uma pista de testes em Turpan, a uma empresa chinesa, informou um porta-voz do grupo, em comunicado. A empresa invocou “razões económicas” e um “realinhamento estratégico” para justificar a sua decisão. Desde há vários anos, governos ocidentais e organizações de defesa dos Direitos Humanos acusam Pequim de exercer uma campanha repressiva contra os uigures e outras minorias étnicas de origem muçulmana em Xinjiang. A região do noroeste da China alberga uma série de fornecedores de empresas multinacionais, incluindo grandes marcas europeias e norte-americanas. Há muito que a Volkswagen está no centro das atenções por causa da sua fábrica de Urumqi, inaugurada em 2013, na qual a empresa tem uma participação através do seu parceiro local SAIC. No início deste ano, o diário financeiro alemão Handelsblatt afirmou que a construção da pista de testes da VW em Turpan, em 2019, poderia ter envolvido trabalho forçado. A Volkswagen respondeu que não tinha encontrado provas de violações dos Direitos Humanos relacionadas com o projecto. No seu comunicado de imprensa, o fabricante alemão declarou que todas as suas operações na região seriam transferidas para a empresa chinesa Shanghai Motor Vehicle Inspection Center.
Hoje Macau China / ÁsiaHong Kong defende integridade financeira e adverte Estados Unidos O governo de Hong Kong advertiu que as acções políticas norte-americanas podem ameaçar as relações bilaterais, em resposta a uma carta da Câmara de Representantes dos EUA que questiona o estatuto da cidade como centro económico internacional. O executivo da região semiautónoma chinesa repudiou esta carta enviada à secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, afirmando ser infundada e prejudicial à reputação da região, de acordo com um comunicado divulgado pelas autoridades na terça-feira. Além disso, o governo de Hong Kong garantiu que tem vindo a aplicar as sanções impostas pelas Nações Unidas e que mantém um mecanismo eficaz para aplicar as resoluções, incluindo o controlo de navios e empresas suspeitas, para evitar a evasão às sanções. Um porta-voz das autoridades da antiga colónia britânica classificou o documento como uma “tentativa grosseira e repreensível” de espalhar desinformação para fins políticos. Sublinhou que as leis de segurança nacional da cidade “garantem um ambiente estável e previsível que permite o crescimento da economia e das empresas”, referindo que a comunidade empresarial internacional continua a ter confiança em Hong Kong. O porta-voz salientou a integridade dos sistemas financeiros locais, destacando que os bancos e instituições do território cumprem as normas internacionais, nomeadamente em matéria de prevenção do branqueamento de capitais e do financiamento do terrorismo. As autoridades locais reafirmaram ainda o empenho no Estado de Direito no âmbito do quadro ‘um país, dois sistemas’, salientando que os direitos e liberdades fundamentais são protegidos pela Lei Básica. O conceito ‘um país, dois sistemas’, originalmente proposto pelo líder chinês Deng Xiaoping e aplicado pela primeira vez em 1997 e 1999, com a transferência de soberania de Hong Kong e de Macau, respectivamente, prevê ao longo de 50 anos um determinado grau de autonomia para as duas regiões, com foco no respeito pelas liberdades e garantias dos cidadãos. Dedo apontado Na segunda-feira, legisladores norte-americanos instaram as autoridades dos EUA a reavaliar o tratamento dado aos bancos de Hong Kong e acusaram a cidade de se ter tornado “um centro de lavagem de dinheiro e de ajuda aos países autoritários para contornar as sanções”. “Desde a imposição da Lei de Segurança Nacional por Pequim, Hong Kong deixou de ser um centro financeiro global de confiança para se tornar um actor fundamental no crescente eixo autoritário que inclui a China, o Irão, a Rússia e a Coreia do Norte”, argumentaram. Os congressistas acrescentam que Hong Kong “se tornou líder mundial em práticas como a importação e reexportação para a Rússia de tecnologia ocidental proibida, a criação de empresas de fachada para a compra de petróleo iraniano proibido, a facilitação do comércio de ouro de origem russa e a gestão de navios fantasma envolvidos no comércio ilegal com a Coreia do Norte”. Pequim impôs em Hong Kong uma lei de segurança nacional em Junho de 2020 que proíbe actos de secessão, subversão, terrorismo e conluio com forças estrangeiras, em resposta aos protestos que abalaram em 2019 a cidade. Depois disso, em Março deste ano, a antiga colónia britânica promulgou a própria lei de segurança nacional.
Hoje Macau China / ÁsiaCorrupção | Pequim diz que notícia sobre ministro da Defesa é “especulação” O Governo chinês descreveu ontem como “especulação” a informação avançada pelo jornal Financial Times de que o ministro da Defesa chinês, Dong Jun, está a ser investigado por corrupção. “Estão a perseguir sombras”, reagiu Mao Ning, porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, em conferência de imprensa. No entanto, Mao não desmentiu a informação. Citando actuais e antigos funcionários norte-americanos familiarizados com o caso, o jornal referiu que o caso faz parte de uma investigação mais ampla sobre a corrupção nas Forças Armadas chinesas. A confirmar-se, Dong seria o terceiro ministro da Defesa consecutivo a ser acusado por este tipo de delito na China. Antigo comandante da Marinha, Dong Jun foi nomeado ministro da Defesa em Dezembro de 2023, na sequência da súbita destituição do antecessor Li Shangfu, apenas sete meses após a sua entrada em funções. Li Shangfu foi posteriormente expulso do Partido Comunista Chinês por “suspeita de corrupção” e acusado de ter “recebido grandes somas de dinheiro”, segundo a televisão estatal. O antecessor, Wei Fenghe, que também era suspeito de corrupção, foi igualmente expulso do Partido. Também foram afastados, nos últimos meses, entre outros, os dois chefes da Força de Foguetões, de que depende o programa nuclear chinês. Após ascender ao poder, há pouco mais de dez anos, Xi lançou uma vasta campanha contra a corrupção, que se estendeu ao Exército.
Hoje Macau China / ÁsiaIndústria | Lucros das empresas chinesas caem 4,3% entre Janeiro e Outubro Os lucros das principais empresas industriais da China caíram 4,3 por cento, em termos homólogos, entre Janeiro e Outubro deste ano, segundo dados oficiais divulgados ontem pelo Gabinete Nacional de Estatística (GNE) do país. Os lucros das empresas analisadas foram de 5,87 biliões de yuan nos primeiros dez meses de 2024.A instituição notou que os lucros destas empresas caíram 10 por cento em Outubro, em termos homólogos, uma queda que é, no entanto, inferior à queda de 27,1 por cento registada no mês anterior. O estatístico do GNE, Yu Weining, atribuiu esta redução do valor mensal ao efeito das medidas de apoio anunciadas por Pequim nas últimas semanas, apontando especificamente os sectores da indústria transformadora, como a maquinaria e a alta tecnologia, como impulsionadores. Os lucros acumulados até agora este ano mostram um valor pior em Outubro, uma vez que entre Janeiro e Setembro tinham caído 3,5 por cento, em relação ao mesmo período do ano anterior. Em 2023, os lucros das principais empresas industriais chinesas registaram uma queda de 2,3 por cento, em comparação com o ano anterior. Para elaborar esta estatística, o GNE apenas tem em conta as empresas industriais com um volume de negócios anual superior a 20 milhões de yuan.
Hoje Macau China / ÁsiaBlinken insta Pequim a usar influência para travar aliança entre Rússia e Coreia do Norte O secretário de Estado norte-americano instou terça-feira a China a utilizar a sua influência para travar a aliança entre a Rússia e a Coreia do Norte, alertando que esta associação obrigará a Europa e a Ásia a reforçar a defesa. “A China tem um papel importante a desempenhar no uso da sua influência sobre a Coreia do Norte e a Rússia. Caso contrário, os países da região e da Península Coreana, incluindo os Estados Unidos, a Coreia do Sul e o Japão, irão dar novos passos para reforçar as suas capacidades de defesa”, frisou Antony Blinken, numa conferência de imprensa no final da cimeira do G7 em Itália. Blinken, que se despede deste fórum antes do regresso à Casa Branca do republicano Donald Trump, explicou a “profunda preocupação” que esta colaboração entre regimes suscita. “Não só por causa do que a Coreia do Norte está a fazer pela Rússia na sua agressão contra a Ucrânia, mas por causa do que a Rússia faz e pode fazer pela Coreia do Norte em termos das suas capacidades de mísseis ou nucleares”, detalhou o chefe da diplomacia norte-americana. Esta aliança fará com que os países vizinhos reforcem as suas forças de defesa, o que poderá enervar Pequim. “Sem dúvida, estas medidas não são dirigidas à China, mas a China não irá gostar delas. Como membro do Conselho de Segurança das Nações Unidas, penso que todos esperamos que a China use a sua influência e tente pôr fim a isto”, insistiu. Amizade condenada Os ministros do G7, o grupo das democracias mais industrializadas do planeta, reuniram-se nas cidades italianas de Fiuggi e Anagni, sob a liderança rotativa italiana. Na declaração final da cimeira, o G7 denunciou o “crescente apoio” da China à indústria de defesa da Rússia, o que, na sua opinião, lhe permite continuar a invasão da Ucrânia e ameaça ter impactos de “grande escala” na segurança. “Ao procurar relações construtivas e estáveis com a China, reconhecemos a importância do envolvimento directo e sincero para expressar preocupações e gerir as diferenças”, frisou o grupo. Esta cimeira de dois dias concentrou muita atenção nas relações com a China e a região Indo-Pacífico, e no apoio de Pequim ao regime de Vladimir Putin. “Pedimos à China que cesse a transferência de veículos de ataque aéreo não tripulados e de materiais de dupla utilização, incluindo armas e componentes materiais”, exigiram ainda os países, na declarações finais. Instaram também Pequim a “intensificar os esforços” para promover a paz e a segurança internacionais e a “solicitar à Rússia que cesse os seus ataques militares e retire imediata, completa e incondicionalmente as suas próprias tropas da Ucrânia”. Condenou ainda “com a maior firmeza” a “crescente cooperação militar” entre a Rússia e a Coreia do Norte, especialmente o envio de tropas de Pyongyang na guerra contra a Ucrânia. O G7 garantiu que está a trabalhar “em conjunto com parceiros internacionais para dar uma resposta coordenada” à aliança entre Moscovo e Pyongyang.
Hoje Macau China / ÁsiaComércio | Pequim garante próxima colheita de soja brasileira face a crescentes tensões Antes que a previsível guerra comercial anunciada por Trump se torne uma realidade, o governo chinês tenta assegurar trocas comerciais a preços razoáveis Os compradores chineses estão a garantir a soja brasileira da próxima colheita, visando salvaguardar a oferta e garantir bons preços, numa altura em que se prevê um agravamento das tensões comerciais entre Pequim e Washington. As compras de feijão brasileiro por empresas chinesas significam que pelo menos metade da procura chinesa para o período Fevereiro-Abril já foi coberta, bem como cerca de 20 por cento para Maio-Junho, segundo a agência Bloomberg. Espera-se que a próxima colheita seja a maior de sempre da nação sul-americana, ajudando os comerciantes chineses a obterem boas margens. Os compradores normalmente reservam as cargas com cerca de dois meses de antecedência. Os preços das cargas brasileiras estão cerca de 2 dólares por tonelada abaixo dos preços da Costa do Golfo dos EUA, para Fevereiro, e 22 dólares mais baratos para Março, segundo dados da Commodity3. Os trituradores chineses também estão a tomar a medida invulgar de garantir algumas cargas brasileiras para entrega em Dezembro e Janeiro, durante a época baixa no Brasil, que é mais cara, antes da próxima colheita, disseram os operadores, citados pela Bloomberg. Este período é tipicamente quando os EUA dominam o mercado global, após a sua própria colheita. Embora o Brasil já seja o maior exportador do mundo, as últimas compras destacam a crescente dependência da China em relação à soja do país. As preocupações com um potencial choque de abastecimento se Pequim aumentar as taxas alfandegárias sobre as importações de produtos agrícolas dos EUA estão a aumentar o incentivo para armazenar noutros locais. Ameaças conhecidas O presidente eleito norte-americano, Donald Trump, disse na segunda-feira que planeia impor taxas alfandegárias adicionais de 10 por cento sobre os produtos oriundos da China, logo após assumir funções. Anteriormente, comprometeu-se a aumentar as taxas para 60 por cento para todos os produtos da nação asiática, suscitando o risco de os produtos agrícolas norte-americanos serem apanhados em medidas de retaliação. Os EUA têm cerca de quatro milhões de toneladas de vendas de soja pendentes para a China na temporada 2024-25, segundo dados do Governo. Ainda assim, esse é o menor valor para esta época desde 2018 – durante o primeiro mandato de Trump. Os compradores estão cautelosos com as preocupações sobre taxas mais altas, disse a consultora chinesa Mysteel Global, num relatório emitido na semana passada. A previsão é que a China importe cerca de 109 milhões de toneladas de soja na actual temporada. A sua procura global de culturas, incluindo cereais, tem vacilado à medida que o país se debate com um abrandamento económico. Desde 2009, a China é o principal parceiro comercial do Brasil, com o comércio bilateral a passar de nove mil milhões de dólares, em 2004, para 157,5 mil milhões, em 2023. O Brasil desempenha, em particular, um papel importante na segurança alimentar da China, compondo mais de 20 por cento das importações agrícolas e pecuárias do país asiático. A segunda maior economia mundial alimenta quase 19 por cento da humanidade com apenas 8,5 por cento das terras aráveis do planeta. Em comparação, o país latino-americano tem quase 7 por cento das terras aráveis para 2,7 por cento da população mundial.
Hoje Macau China / ÁsiaFilipinas | Sara Duterte nega querer morte do Presidente A vice-presidente das Filipinas, Sara Duterte, convocada pela justiça filipina após declarações que a levaram a ser acusada de conspiração contra o Presidente Ferdinand Marcos, negou ontem qualquer intenção de assassinar o antigo aliado. Duterte descreveu as acusações de conspiração como uma farsa e disse num comunicado que os seus comentários reflectiam apenas a consternação pelo “fracasso [do governo de Marcos] em servir os filipinos enquanto persegue magistralmente os inimigos políticos”. Sara Duterte, 46 anos, filha do ex-presidente Rodrigo Duterte (2016-2022), candidatou-se à vice-presidência ao lado de Marcos nas eleições presidenciais de 2022, e ambos obtiveram vitórias esmagadoras com base numa campanha de unidade nacional. Devido a divergências, romperam relações este ano e a vice-presidente demitiu-se em Junho do cargo de secretária da Educação, abandonando o Governo. No entanto, continua a ser vice-presidente porque este cargo é eleito separadamente do chefe de Estado nas Filipinas, pelo que, constitucionalmente, continua a ser a sucessora de Marcos, caso o Presidente não consiga completar o mandato. A vice-presidente foi acusada de conspiração e convocada pela justiça depois de uma conferência de imprensa no fim de semana, durante a qual insultou Marcos e disse que tinha ordenado a sua morte caso ela própria fosse assassinada. “O bom senso deve permitir-nos compreender e aceitar que um alegado acto condicional de vingança não constitui uma ameaça activa”, defendeu Duterte, citada pela agência francesa AFP. Há alguns meses, o pai de Sara Duterte acusou Marcos de ser um toxicodependente. Um dia depois, o Presidente alegou que a saúde de Rodrigo Duterte estava a piorar devido ao uso prolongado de fentanil, um opioide. Os dois não forneceram provas para as alegações.
Hoje Macau China / ÁsiaUBS | Fabricantes de carros estrangeiros podem perder 20.000 ME anualmente na China Os fabricantes de automóveis estrangeiros correm o risco de perder até 19 mil milhões de anuais em lucros do mercado chinês, face à concorrência cada vez mais intensa das marcas locais e à rápida transição para veículos elcétricos, alertou ontem o banco UBS. Citado pelo jornal South China Morning Post, o chefe de análise do banco suíço para o sector automóvel do país asiático, Paul Gong, disse num seminário realizado em Hong Kong que a redução da procura por empresas estrangeiras poderá traduzir-se num excesso de capacidade de cerca de 10 milhões de veículos. “Acreditamos que os fabricantes de automóveis estrangeiros precisam de reavaliar e ajustar as suas estratégias [na China]”, disse o analista, que prevê que as marcas chinesas continuarão a acumular cada vez mais quota de mercado e lucros durante esta fase de consolidação do mercado. Algumas empresas chinesas poderão mesmo duplicar os seus lucros até 2030, à medida que os seus concorrentes estrangeiros reduzem a produção – marcas como a Honda, a Nissan e a Volkswagen fizeram-no este ano, chegando mesmo a encerrar fábricas – e o Governo chinês corta o financiamento aos fabricantes de automóveis estatais que geram perdas, de acordo com Gong. Os números do UBS sugerem que as marcas estrangeiras têm vindo a perder quota na China desde 2017, embora o ritmo tenha aumentado este ano. “Todas enfrentam o mesmo contexto: a ascensão das marcas chinesas fez com que os fabricantes de automóveis globais perdessem quota de mercado consistentemente na China”, descreveu o analista. Segundo a associação patronal China Passenger Car Association (CPCA), foram vendidos 2,73 milhões de veículos em Outubro, a marca mais elevada dos últimos 10 anos e um acréscimo de 12 por cento face ao mesmo período do ano passado. Mais de metade dos automóveis de passageiros vendidos em outubro na China eram eléctricos, segundo a associação.
Hoje Macau China / ÁsiaSuécia | Pedido retorno de cargueiro chinês suspeito de romper cabos A Suécia pediu ontem que o cargueiro chinês ancorado ao largo da sua costa regresse às suas águas territoriais, com o objectivo de contribuir para a investigação sobre a ruptura de cabos submarinos na região. “Temos estado em contacto com o navio e também com a China. Fizemos saber que queremos que o navio se dirija para águas territoriais suecas”, disse o primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson, em conferência de imprensa, sublinhando que o objectivo não era fazer uma “acusação”. A empresa finlandesa Cinia Oy, proprietária do cabo submarino C-Lion1, que sofreu uma misteriosa ruptura, indicou que os trabalhos de reparação começaram e que espera terminá-los “antes do final deste mês”. As autoridades finlandesas, suecas e lituanas estão a investigar a causa dos danos quase simultâneos neste e noutro cabo submarino de telecomunicações, no mar Báltico, não tendo excluído a hipótese de sabotagem. A Finlândia e a Suécia iniciaram uma investigação preliminar conjunta sobre um presumível acto de sabotagem, enquanto a Procuradoria-Geral da Lituânia abriu um processo sobre um possível acto de terrorismo. De momento, as principais suspeitas recaem sobre o cargueiro chinês Yi Peng 3, cujos dados de tráfego marítimo o colocam na proximidade dos dois cabos no momento em que foram detectadas as ruturas, entre a noite de 17 e a madrugada de 18 de Novembro. O navio, que tinha deixado o porto russo de Ust-Luga alguns dias antes e se dirigia ao Egipto, está actualmente ancorado no estreito de Kattegat, entre a Dinamarca e a Suécia, escoltado por um navio de patrulha da Marinha dinamarquesa. Portas fechadas A hipótese mais provável é que essas rupturas tenham sido provocadas pela âncora do navio mercante chinês Newnew Polar Bear, embora não se saiba se isso aconteceu acidentalmente – como afirma Pequim – ou deliberadamente, até porque o navio continuou a navegar sem que as autoridades finlandesas o mandassem parar para interrogar a tripulação. O ministro da Defesa finlandês, Antti Häkkänen, apelou às autoridades suecas, responsáveis pela investigação da recente rutura dos dois cabos submarinos, por ter ocorrido nas suas águas, para que não permitam que o Yi Peng 3 deixe o Báltico sem esclarecer o seu possível envolvimento. “É óbvio que, se as infra-estruturas críticas de alguns países foram destruídas ou gravemente danificadas e é preciso descobrir quem o fez, não se pode permitir que eles abandonem o local agitando a sua bandeira”, disse Häkkänen à imprensa local.
Hoje Macau China / ÁsiaAbastecimento | Li Qiang promete esforços em prol da estabilidade global O primeiro-ministro chinês garantiu ontem que Pequim vai esforçar-se para garantir a estabilidade e eficiência das cadeias industriais e de abastecimento globais, durante um simpósio que antecedeu a China International Supply Chain Expo (CISCE). Citado pela agência de notícias oficial Xinhua, Li Qiang referiu que a globalização económica permitiu, nas últimas décadas, a expansão das cadeias de abastecimento, impulsionando o crescimento económico mundial e “beneficiando todas as partes”. No entanto, advertiu que “o proteccionismo e o uso excessivo do conceito de segurança [nacional]” estão “a aumentar os custos das empresas, a reduzir a eficiência económica e a atrasar o desenvolvimento comum”. “Temos de proteger os interesses comuns de todas as partes e garantir que estas cadeias permanecem estáveis e fluidas”, afirmou. A CISCE contou com a presença de representantes de empresas como Apple, Rio Tinto e Contemporary Amperex Technology, que expressaram confiança na economia chinesa e sublinharam a vontade de reforçar a cooperação com o país asiático, segundo a Xinhua. Li sublinhou o empenho da China na abertura económica e na modernização industrial. Pequim planeia acelerar a “construção de um sistema industrial moderno” e “integrar ainda mais a inovação tecnológica com a cooperação internacional”, disse o primeiro-ministro. Li reiterou também o convite às empresas estrangeiras para expandirem os investimentos na China e colaborarem em projectos industriais.
Hoje Macau China / ÁsiaHong Kong alarga direitos à habitação e herança a cônjuges do mesmo sexo O Supremo Tribunal de Hong Kong confirmou ontem a extensão dos direitos à habitação e à herança a casais do mesmo sexo, rejeitando um recurso das autoridades da região. “O tribunal rejeita por unanimidade os recursos do governo de Hong Kong”, escreveu o presidente do Tribunal de Última Instância local, Andrew Cheung, em dois acórdãos. A decisão poderá ter um forte impacto na vida dos casais do mesmo sexo, que tradicionalmente têm menos direitos do que os heterossexuais em Hong Kong. Hong Kong não reconhece o casamento entre pessoas do mesmo sexo, o que leva residentes a casarem noutros locais. Actualmente, a cidade só reconhece o matrimónio entre homossexuais para determinados efeitos, como impostos, benefícios da função pública e vistos para dependentes. Muitas das concessões do governo foram obtidas através de acções judiciais e a cidade tem assistido a uma crescente aceitação social do casamento entre pessoas do mesmo sexo. Em Setembro de 2023, o Supremo Tribunal decidiu que o governo deveria estabelecer um quadro legal para o reconhecimento das uniões de facto entre homossexuais. Longa batalha As decisões de ontem do tribunal concluíram um longo percurso jurídico de Henry Li e do companheiro, Edgar Ng. Depois de se casarem na Grã-Bretanha, em 2017, Ng comprou um apartamento subsidiado para servir de domicílio conjugal. No entanto, a autoridade para a Habitação disse que Li não podia ser adicionado como ocupante autorizado do apartamento na qualidade de membro da família porque os parceiros casados do mesmo sexo não se enquadram na definição de cônjuge. Ng também estava preocupado que, se morresse sem testamento, as propriedades não seriam passadas para Li, foi referido em tribunal. Ng morreu em 2020. Em sentenças separadas, proferidas em 2020 e 2021, um tribunal decidiu que as políticas de habitação envolvidas neste caso violavam o direito constitucional à igualdade e que a exclusão dos cônjuges do mesmo sexo dos benefícios da lei das heranças constituía uma discriminação ilegal. O governo contestou as decisões no tribunal de recurso, mas perdeu em Outubro de 2023. Após a decisão do tribunal de recurso, no ano passado, Li escreveu nas redes sociais que esperava que o governo respeitasse a decisão. “O facto de o governo ter argumentado repetidamente em tribunal que eu não sou o marido de Edgar e que devia ser tratado como um estranho para ele, enquanto eu ainda estava de luto, acrescentou o insulto à injúria”, declarou. Mas as autoridades decidiram levar os casos ao Supremo Tribunal, que ontem deu razão ao casal.
Hoje Macau China / ÁsiaHuawei | Lançado telemóvel com sistema operativo próprio A Huawei apresentou ontem o seu primeiro telemóvel equipado com um sistema operativo desenvolvido inteiramente pela empresa tecnológica chinesa, num passo crucial na sua tentativa de contrabalançar o domínio dos líderes estrangeiros. O iOS da Apple e o Android da Google são actualmente utilizados na maioria dos dispositivos móveis. A Huawei, alvo de sanções dos Estados Unidos, procura inverter a tendência com uma nova série de telemóveis inteligentes equipados com o seu sistema operativo, o HarmonyOS Next. “Hoje, o muito aguardado Mate 70, o mais potente de sempre, está aqui”, anunciou Richard Yu, presidente da divisão de consumo da empresa, numa conferência do grupo, a partir da sede em Shenzhen, no sul da China. Este lançamento é um marco importante para a Huawei, que esteve algum tempo ‘paralisada’ pelas sanções norte-americanas, mas cujas vendas recuperaram nos últimos dois anos. “A procura na China por um sistema operativo móvel que seja viável, escalável e que esteja largamente fora do controlo das empresas ocidentais foi longa”, disse Paul Triolo, responsável pela China na consultora Albright Stonebridge Group, citado pela agência France Presse. Mais de três milhões de aparelhos já foram pré-encomendados, de acordo com a plataforma de vendas ‘online’ do grupo chinês. “O HarmonyOS é o primeiro sistema operativo desenvolvido internamente” e representa “um marco histórico nos esforços da China para reduzir a sua dependência do ‘software’ ocidental’, disse Gary Ng, economista da Natixis, citado pela AFP. Caminho árduo Ao contrário das versões anteriores, concebidas com suporte Android, o HarmonyOS Next exige a adaptação das aplicações ao novo sistema operativo. “As empresas chinesas estão prontas a investir para contribuir para este novo ecossistema da Huawei, mas a capacidade do HarmonyOS para fornecer o mesmo número de aplicações e funções aos consumidores de todo o mundo continua a ser um desafio”, defendeu Gary Ng. A Huawei está no centro da guerra tecnológica entre a China e os Estados Unidos, que afirmam que o equipamento chinês pode ser utilizado para fins de espionagem. Estas acusações são negadas por Pequim. Desde 2019, as sanções, que proíbem o grupo de utilizar tecnologias e componentes norte-americanos, atingiram fortemente a produção de telemóveis da Huawei. Este braço de ferro deverá intensificar-se com o regresso de Donald Trump à Casa Branca. O republicano prometeu aumentar drasticamente as taxas alfandegárias sobre produtos oriundos da China, em resposta ao que considera serem práticas comerciais desleais. “Esta tendência para a autossuficiência no sector tecnológico chinês tornou possível o progresso da Huawei”, disse Toby Zhu, analista da empresa de estudos de mercado Canalys. Para Zhu, o sucesso deste novo produto será o principal indicador de que os esforços do grupo valeram a pena. “Esta nova geração de produtos não pode falhar o alvo, pois as expectativas são consideráveis”, acrescentou. A Huawei era o maior fabricante de telemóveis da China até à eclosão do conflito tecnológico entre Pequim e Washington. No terceiro trimestre de 2024, a Huawei representava apenas 16 por cento das vendas no mercado chinês, com menos de 11 milhões de unidades vendidas, de acordo com a Canalys. Mas não é certo que os criadores de aplicações aceitem investir na criação de novas versões compatíveis com o sistema da Huawei, disse Rich Bishop, diretor da AppInChina, que adapta ‘software’ estrangeiro para o mercado chinês. Para os convencer, “a Huawei vai ter de melhorar constantemente o seu software, fornecer um apoio de melhor qualidade aos programadores e convencer a comunidade de programadores de que está determinada a assumir um compromisso a longo prazo no desenvolvimento do ecossistema HarmonyOS”, afirmou Paul Triolo.
Hoje Macau China / ÁsiaFilipinas | Sara Duterte acusada de ser mentora” de plano para assassinar Presidente O Ministério de Justiça das Filipinas acusou ontem a vice-presidente do país, Sara Duterte, é a “mentora” de uma conspiração para assassinar o Presidente filipino, dando-lhe cinco dias para responder a uma intimação. Sara Duterte foi intimada a explicar-se após uma conferência de imprensa neste fim de semana, na qual disse ter ordenado que o Presidente filipino, Ferdinand Marcos, fosse morto se ela própria fosse assassinada. “O Governo está a tomar medidas para proteger o nosso Presidente legalmente eleito”, assegurou ontem o Secretário-Adjunto da Justiça, Jesse Andres, durante uma conferência de imprensa. “A conspiração premeditada para assassinar o Presidente, tal como foi anunciada pela autora intelectual, como a própria admitiu, terá agora consequências jurídicas”, disse Andres. Em declarações à imprensa uma hora depois, Duterte disse que pretendia responder à intimação. “Terei todo o prazer em responder às perguntas que quiserem fazer, mas também devem responder às minhas perguntas”, disse Sara Duterte. No seu primeiro comentário público sobre o caso, o Presidente Marcos prometeu “defender-se” contra uma ameaça que classificou de “perturbadora”. Sara Duterte, que poderá ser alvo de um processo de destituição, declarou no sábado, durante uma conferência de imprensa repleta de insultos, que foi alvo de ameaças de assassínio e que ordenou a um membro da sua equipa de segurança que matasse o Presidente se este plano tivesse sucesso. Além do Presidente Marcos, pediu que, no caso “de morrer”, a primeira-dama Liza Araneta-Marcos e o primo do Presidente, Martin Romualdez, presidente da Câmara dos Deputados, também fossem assassinados. “A vice-presidente não está imune a processos. Pode ser alvo de qualquer investigação criminal ou administrativa”, disse Jesse Andres, acrescentando que a intimação estava a ser emitida. O responsável declarou que estava em curso uma caça ao homem para encontrar o alegado assassino contratado por Sara Duterte.
Hoje Macau China / ÁsiaGaza | 130 mil crianças sem alimentos e medicamentos Cerca de 130 mil crianças palestinianas com menos de dez anos têm falta de comida e de medicamentos devido à nova ofensiva militar israelita no norte de Gaza, declarou ontem a organização não-governamental Save the Children. A ONG sublinhou que as crianças estão retidas há 50 dias em zonas no norte do enclave que são praticamente inacessíveis ao pessoal humanitário. As crianças não estão a receber alimentos ou medicamentos apesar dos avisos de várias instituições sobre a fome no enclave palestiniano, quando Israel é reiteradamente acusado de criar restrições à entrega de ajuda humanitária em Gaza. A ONG afirmou que as crianças palestinianas que vivem nestas áreas estão quase totalmente privadas de alimentos, água e medicamentos desde 6 de Outubro, quando Israel declarou a área encerrada diante de uma nova ofensiva terrestre, o que levou Comité de Revisão da Fome a afirmar que a fome é iminente ou já está a ocorrer. A organização Save the Children especificou que não consegue entrar no norte de Gaza há mais de sete semanas para entregar pacotes de alimentos a 5.000 famílias, juntamente com 725 ‘kits’ de higiene e outros suprimentos de ajuda humanitária. Anteriormente, tinha conseguido intervir através de parceiros locais para distribuir ajuda a cerca de 15.000 crianças. A estas crianças, soma-se cerca de outras 10.000 que vivem em Jabalia, Beit Lahia e Beit Hanun, que não receberam a segunda dose da vacina contra a poliomielite durante a recente campanha de vacinação. “A ajuda humanitária atingiu o fundo do poço e a terrível situação no norte de Gaza é a ponta de um terrível icebergue”, explicou Stoner. Stoner apelou ao “acesso humanitário seguro e imediato” para que “os alimentos, a água, os suprimentos de Inverno e a assistência médica cheguem às pessoas presas na área”.
Hoje Macau China / ÁsiaIntercâmbios interpessoais China-EUA devem promover laços bilaterais Figuras de vários sectores da China e dos Estados Unidos reuniram-se em Pequim pedindo mais intercâmbios entre os dois povos face às a complexidades e incertezas dos laços bilaterais. Os convidados do Diálogo Popular EUA-China acreditam que os intercâmbios entre pessoas em setores como o académico, comércio, cultura e desporto, entre outros, podem servir como uma ponte entre chineses e americanos e como uma base para o desenvolvimento saudável de futuras relações bilaterais, relata a Xinhua. O evento, que ocorreu entre a última quarta-feira e sábado, foi co-organizado pelo Centro de Segurança e Estratégia Internacional (CISS, em inglês) da Universidade Tsinghua e pelo Comité Nacional de Relações EUA-China (NCUSCR). Da Wei, director do CISS, disse que os dois povos, compartilhando certas crenças e interesses comuns, ao mesmo tempo em que têm diferenças significativas, podem aumentar a compreensão mútua e construir confiança e amizade através de intercâmbios. “Às vezes temos ideias, políticas e interesses diferentes, mas precisamos nos entender”, disse Da, citado pela Xinhua. “Esse é o cerne dos intercâmbios entre pessoas.” Do outro lado Stephen Orlins, presidente do NCUSCR, elogiou o relacionamento entre as pessoas como a base das relações EUA-China. Lembrando o papel do comité na Diplomacia do Ping-Pong há mais de meio século e como isso “alterou fundamentalmente” as percepções chinesas e americanas um do outro, Orlins pediu esforços para fortalecer as relações interpessoais que foram construídas ao longo das décadas. No fortalecimento das relações, os intervenientes concentraram-se nos intercâmbios entre os jovens, na esperança de nutrir uma nova geração de futuros líderes com conhecimento correcto do outro país. Reconhecendo a iniciativa chinesa de convidar 50.000 jovens americanos para visitar e estudar na China, os representantes das universidades pediram mais esforços administrativos para facilitar o intercâmbio de estudantes, como procedimentos simplificados de visto.
Hoje Macau China / ÁsiaMNE | China considera UE “parceiro, não rival” Aproveitando a visita do vice-primeiro-ministro luxemburguês a Pequim, Wang Yi reforçou a ideia de que a China e a União Europeia são sobretudo parceiros e não adversários e devem lutar juntos contra o proteccionismo e o unilateralismo O ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, afirmou ontem em Pequim que a China e a União Europeia (UE) “são parceiros e não adversários” e apelou a Bruxelas para que mantenha a sua “independência estratégica”. “A China e a UE são parceiros, não adversários. Perante o crescente unilateralismo e proteccionismo, esperamos que a UE se mantenha fiel à sua aspiração original e assegure a sua independência estratégica”, afirmou ontem Wang, durante uma reunião com o vice-primeiro-ministro luxemburguês Xavier Bettel, que está de visita ao país asiático até 29 de Novembro. Wang afirmou que a China está “disposta a envidar esforços conjuntos” com o Luxemburgo para promover “o desenvolvimento sustentado e sólido das relações China-UE”, informou a diplomacia chinesa, em comunicado. O diplomata salientou ainda que “na atual situação de mudanças e caos entrelaçados”, a cooperação com aquele país tem sido “uma história de sucesso”, que demonstra “a importância do diálogo para evitar o confronto”. “Demonstra também a importância da abertura e da conectividade, que é a forma correta de promover o desenvolvimento comum e de responder aos desafios globais”, afirmou. Bettel afirmou, de acordo com o comunicado, que o Luxemburgo é “uma porta de entrada para a cooperação entre a China e a Europa”, embora tenha dito esperar que o país asiático “desempenhe um papel mais importante na paz e estabilidade globais”. Curto-circuitos As relações entre a China e a UE foram abaladas pela decisão de Bruxelas de impor taxas alfandegárias punitivas até 35,3 por cento sobre as importações de veículos eléctricos provenientes da China. Após nove meses de investigação, Bruxelas aumentou as taxas devido ao apoio do Estado chinês às empresas que fabricam automóveis eléctricos. Em resposta, a China lançou investigações ‘antidumping’ sobre produtos como os laticínios e a carne de porco provenientes da UE, no que é visto como uma resposta aos atritos comerciais com o bloco comunitário. Além disso, impôs taxas ‘antidumping’ provisórios sobre o brandy da UE e processou Bruxelas no mecanismo de resolução de litígios da Organização Mundial do Comércio (OMC) devido às taxas impostas sobre veículos eléctricos oriundos da China. O ‘dumping’ é a prática de venda de bens a preço abaixo do custo de produção.
Hoje Macau China / ÁsiaAmeaça de morte contra Presidente das Filipinas é questão de segurança nacional As autoridades filipinas descreveram ontem uma alegada ameaça de morte feita pela vice-presidente Sara Duterte contra o Presidente Ferdinand Marcos Jr. como uma questão de segurança nacional. O conselheiro para a segurança nacional, Eduardo Año, afirmou num comunicado que o seu departamento está a trabalhar com as forças de segurança e as agências de informação para investigar a ameaça e os responsáveis. “Envidaremos todos os esforços para defender as nossas instituições e processos democráticos que o Presidente representa”, afirmou Año, citado pela agência espanhola EFE. Segundo o canal filipino ABS-CBN, Duterte anunciou na sexta-feira à noite que tinha contratado um assassino para matar Marcos Jr., a mulher Liza Araneta, e o presidente da Câmara dos Representantes, Martin Romualdez, se ela própria fosse morta. “Disse-lhe que, se me matassem, ele devia matar o BBM [Marcos], a Liza Araneta e o Martin Romualdez. Não é uma brincadeira”, afirmou Duterte, durante uma conferência de imprensa pela Internet. BBM são as iniciais de Bongbong Marcos, o nome por que muitos filipinos identificam o Presidente, filho do ditador Ferdinand Marcos, que governou o arquipélago do sudeste asiático entre 1965 e 1986. Na sequência das declarações, a equipa de segurança do Presidente afirmou no sábado que tinha reforçado os protocolos de segurança para proteger o Chefe de Estado e a sua comitiva. “Qualquer ameaça contra a vida do Presidente e da sua família, independentemente da origem e especialmente se for feita de forma tão flagrante em público, é tratada com a maior seriedade”, afirmou o Comando de Segurança Presidencial num comunicado. Tal pai, tal filha Marcos Jr. concorreu com Duterte como candidata para a vice-presidência nas eleições de Maio de 2022, e ambos obtiveram vitórias esmagadoras com base numa campanha de unidade nacional. Devido a divergências, romperam relações este ano e a vice-presidente demitiu-se em Junho do cargo de secretária da Educação, abandonando o Governo. No entanto, continua a ser vice-presidente porque este cargo é eleito separadamente do de Presidente nas Filipinas. Em Outubro, Duterte acusou Marcos Jr. de incompetência e disse que tinha imaginado cortar-lhe a cabeça depois de ter descoberto que a sua relação era tóxica. Sara Duterte é filha do antigo presidente Rodrigo Duterte, que também teve inicialmente uma boa relação política com Marcos, mas que se desentendeu no final do mandato. Tal como o pai, a vice-presidente tornou-se uma crítica acérrima de Marcos, da mulher e de Martin Romualdez, aliado e primo em segundo grau do Presidente. A vice-presidente acusa-os de corrupção, incompetência e perseguição política da família Duterte e dos apoiantes mais próximos.
Hoje Macau China / ÁsiaTaiwan / Congresso | Kuomintang reivindica as raízes chinesas O Partido Nacionalista Chinês [Kuomintang/KMT], principal partido da oposição taiwanesa, reivindicou ontem as raízes chinesas da ilha, governada autonomamente desde 1949. Durante o congresso nacional do partido, que coincidiu com o 130.º aniversário da sua fundação, o presidente do KMT, Eric Chu, destacou o compromisso da formação azul na defesa da República da China [nome oficial de Taiwan] e com a manutenção da “democracia” e da “liberdade”. Num discurso divulgado pela agência de notícias estatal CNA, Chu insistiu que a República da China tem a sua “raiz” e “fundamento” na nação e na cultura chinesas, apelando que “as forças de independência de Taiwan” não “prejudiquem ou destruam a República da China”. Chu, antigo vice-primeiro-ministro (2009-2010) e antigo presidente da Câmara de Nova Taipé (2010-2018), enfatizou ainda que o KMT continuará a aprofundar o “desenvolvimento democrático” de Taiwan e a lutar contra o que definiu como a “hegemonia verde”, em referência às cores distintivas do Partido Democrático Progressista (PDP), no poder desde 2016. O Congresso do KMT, organizado no Centro de Convenções e Exposições de Taoyuan (norte), contou com a presença dos principais membros do partido, incluindo o ex-líder taiwanês Ma Ying-jeou (2008-2016), que reiterou as suas críticas ao actual responsável, o soberanista William Lai, por promover a chamada “teoria dos dois Estados”, que definiu como “desnecessária, inviável e irrealista”. O antigo líder da ilha, protagonista durante o seu mandato da maior aproximação entre Taipé e Pequim desde o fim da guerra civil chinesa em 1949, apelou ao KMT para aderir ao “Consenso de 1992”, um alegado acordo tácito entre o KMT e o Partido Comunista Chinês, que reconheceu a existência de “uma China” no mundo, embora os lados discordassem sobre o significado deste termo.
Hoje Macau China / ÁsiaMédio Oriente | Pequim apoia justiça após mandado contra Netanyahu A China disse na sexta-feira “apoiar todos os esforços para alcançar a justiça” na questão palestiniana e pediu uma “posição objectiva” ao Tribunal Penal Internacional (TPI), que emitiu um mandado de captura contra o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu. “A China espera que o TPI mantenha uma posição objectiva e justa (e) exerça os seus poderes em conformidade com a lei”, disse Lin Jian, porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros, numa conferência de imprensa. Lin acrescentou que a China “apoia todos os esforços da comunidade internacional sobre a questão palestiniana que contribuam para alcançar a justiça”. “O actual conflito em Gaza continua a arrastar-se e a crise humanitária não tem precedentes”, afirmou o porta-voz. Disse ainda que a China espera que o TPI “aplique o Estatuto de Roma e o direito internacional geral de forma abrangente e de boa-fé”. “A China sempre se colocou do lado da justiça e do direito internacional, opôs-se a todas as violações do direito internacional, incluindo o direito humanitário, e condenou todos os danos causados a civis e ataques a instalações civis”, acrescentou o porta-voz. Para além de Netanyahu, o TPI emitiu um mandado de captura contra o antigo ministro da Defesa israelita Yoav Gallant e o comandante do Hamas Mohammed Diab Ibrahim Al-Masri por alegados crimes contra a humanidade e crimes de guerra cometidos em Israel e na Palestina. O país asiático reiterou em várias ocasiões o seu apoio à “solução dos dois Estados”, manifestando a sua “consternação” perante ataques israelitas contra civis em Gaza, e os seus funcionários realizaram múltiplas reuniões com representantes de países árabes e muçulmanos para reafirmar esta posição ou para tentar fazer avançar as negociações de paz.
Hoje Macau China / ÁsiaComércio | China melhor preparada para retaliar contra Trump Pequim está melhor preparada a nível de legislação para retaliar contra sanções e outras medidas punitivas, afirmou ontem um investigador português, face à previsível intensificação da guerra comercial com Washington, após a eleição de Donald Trump. Rosendo Guimarães da Costa, candidato a doutoramento em Direito internacional pela Universidade de Ciência Política e Direito da China, destacou à agência Lusa a promulgação, nos últimos anos, de legislação abrangente, incluindo a Lei Antimonopólio e a Lei Contra Sanções Estrangeiras, que permite a Pequim adoptar contramedidas extraterritoriais contra uma “vasta gama de intervenientes”. “Os próprios Estados Unidos ou a Europa têm este tipo de mecanismo, no que é chamado o ‘efeito de Bruxelas’”, explicou o português, radicado em Pequim há mais de dez anos. A China foi apanhada desprevenida durante o primeiro mandato de Donald Trump, que lançou uma intensa guerra comercial e tecnológica contra o país asiático, que incluiu a imposição de taxas alfandegárias punitivas sobre milhares de milhões de dólares de importações oriundas da China, sanções contra empresas – chave chinesas, como a Huawei, e controlos mais apertados sobre o investimento e acesso por entidades chinesas a alta tecnologia produzida nos EUA. Nos últimos oito anos, no entanto, o país asiático introduziu novas leis que lhe permitem colocar empresas estrangeiras numa lista negra, impor as suas próprias sanções e cortar o acesso a cadeias de abastecimento cruciais. O investigador português destacou a aplicação extraterritorial desta nova legislação, exemplificando com a Lei Antimonopólio, que permite punir uma empresa que não esteja sediada na China, desde que tenha qualquer tipo de relação comercial no país asiático, a Lei da Segurança Nacional de Hong Kong, que pode ser aplicada sobre não residentes na região semiautónoma, ou a Lei da Cibersegurança, que prevê também a punição de entidades que não estejam na China. “A China tem actualmente instrumentos muito fortes, como a Lei Antimonopólio, que foi revista e que pode ser aplicada como arma de arremesso para efeitos proteccionistas”, frisou. “A lista negativa, criada pelo ministério do Comércio chinês, pode também proibir, restringir e limitar o acesso das empresas estrangeiras ao mercado chinês”, explicou. Recado deixado Nos últimos meses, Pequim fez já alguns avisos, incluindo proibir as empresas chinesas de fornecer componentes críticos à Skydio, a maior fabricante de “drones” dos EUA e fornecedora das Forças Armadas ucranianas. Pequim também ameaçou incluir a PVH, cujas marcas incluem Calvin Klein e Tommy Hilfiger, na sua “lista de entidades não confiáveis”, uma medida que pode cortar o acesso da empresa de moda ao enorme mercado chinês. Trump prometeu impor taxas de 60 por cento sobre as importações oriundas da China, o que teria um impacto no crescimento da segunda maior economia do mundo de até dois pontos percentuais, segundo analistas.
Hoje Macau China / ÁsiaHeilongjiang | Autoridades procuram tigre siberiano que atacou agricultor As autoridades chinesas estão a tentar localizar um tigre siberiano que atacou recentemente um agricultor na vila de Boli, na província de Heilongjiang, no nordeste da China. O felino mordeu gravemente a mão esquerda do homem, que evitou a amputação após várias horas de cirurgia, informou ontem o jornal de Hong Kong South China Morning Post. O incidente ocorreu na segunda-feira perto da aldeia de Changtai, onde um vídeo viral mostrou o tigre em frente a uma residência, momentos antes de um vizinho conseguir fechar o portão de ferro para evitar outro ataque. Os peritos confirmaram à imprensa local que se trata de um tigre siberiano e as autoridades locais avisaram os residentes para “evitarem as zonas montanhosas” e “saírem em grupos”, enquanto são feitos esforços para localizar o animal. Desde terça-feira que a Administração das Florestas e Pastagens de Heilongjiang reforçou as medidas de segurança e afirmou que a presença de tigres deste tipo na região não é comum. Investigadores do Instituto de Zoologia da Academia Chinesa de Ciências sugerem que o animal pode ter atravessado a fronteira a partir da Rússia, a cerca de 100 quilómetros de distância. O tigre siberiano, a maior subespécie de tigre, está protegido na China, onde os esforços de conservação aumentaram a sua população. O Parque Nacional do Nordeste da China, criado em 2021, alberga cerca de 70 tigres, e as vítimas de ataques podem apresentar pedidos de indemnização em caso de confirmação de tais incidentes. Em Abril de 2021, as autoridades capturaram um tigre siberiano selvagem que tinha mordido um aldeão e, após um exame veterinário, libertaram-no numa floresta densa.
Hoje Macau China / ÁsiaChina | Prometidas medidas para prevenir agressões indiscriminadas O ministro da Segurança Pública da China, Wang Xiaohong, pediu “mais medidas preventivas” para “manter a estabilidade social” após os últimos ataques indiscriminados registados no gigante asiático, foi ontem noticiado. “Devemos tomar medidas práticas para prevenir e controlar as fontes de risco. Para o fazer, devemos investigar minuciosamente cada caso e resolver os conflitos e disputas das pessoas antes que seja tarde demais”, disse Wang, citado pelo Diário do Povo. De acordo com o jornal oficial do Partido Comunista Chinês, o ministro realçou, durante uma deslocação à província de Liaoning (nordeste), que as autoridades devem “reforçar as tarefas de prevenção” para “garantir a segurança da população e manter a estabilidade social”. “Temos de resolver os problemas das pessoas com precisão. E à medida que o final do ano se aproxima, devemos também reforçar a fiscalização da segurança nos transportes rodoviários e nos grandes eventos”, acrescentou Wang. Na terça-feira, o Ministério Público da China prometeu “punições severas, rigorosas e rápidas” para aqueles que cometessem “crimes hediondos” após uma recente vaga de ataques. A procuradoria afirmou, em comunicado divulgado após uma reunião de trabalho, que irá implementar “uma abordagem de tolerância zero para crimes dirigidos contra alunos ou que comprometam a segurança escolar”. A reunião sublinhou “a importância de processar tais casos de forma decisiva e rápida para alcançar um poderoso efeito dissuasor”. Contas preocupam A polícia da cidade chinesa de Changde, na província central de Hunan, deteve na terça-feira um homem de 39 anos acusado de atropelar vários peões em frente a uma escola. As autoridades locais afirmaram que as vítimas, cujo número não foi divulgado e que foram levadas para o hospital, não apresentavam ferimentos que pusessem em risco a sua vida. No último ano, multiplicaram-se no país asiático os ataques indiscriminados contra transeuntes. Na semana passada, um homem conduziu um automóvel contra um grupo de pessoas à porta de um centro desportivo em Zhuhai, provocando pelo menos 35 mortos e 43 feridos. Em Fevereiro, um homem matou pelo menos 21 pessoas na província oriental de Shandong com uma faca e uma pistola. Em Julho, um automobilista de 55 anos atropelou uma multidão em Changsha (centro da China), matando oito pessoas, na sequência de um litígio sobre propriedade. Em Outubro, um homem de cerca de 50 anos esfaqueou cinco pessoas à porta de uma escola em Pequim, incluindo três crianças. Os motivos são muitas vezes pouco claros ou não são tornados públicos, mas a imprensa local classifica frequentemente estes episódios como “vingança contra a sociedade”, ou seja, ataques em que o agressor actua contra pessoas inocentes por frustração devido a disputas legais, sentimentais ou comerciais.
Hoje Macau China / Ásia Iluminação ArtificialPresidente do órgão legislativo máximo da China de visita a Portugal O presidente do órgão legislativo máximo da China e oficialmente segunda figura do regime chinês, Zhao Leji, iniciou ontem em Portugal um périplo de nove dias pelo sul da Europa, que inclui ainda deslocações a Espanha e Grécia. Segundo um comunicado difundido pela Assembleia Popular Nacional (APN) da China, Zhao visita Portugal a convite de Aguiar Branco, o presidente da Assembleia da República. O responsável chinês tem também previsto encontros com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e o primeiro-ministro, Luís Montenegro. Constitucionalmente, a Assembleia Popular Nacional é o “supremo órgão do poder de Estado na China” e o seu plenário anual decorre todos os anos, em Março, durante dez dias, no Grande Palácio do Povo, em Pequim. Zhao Leji é oficialmente o número dois da hierarquia chinesa, a seguir ao secretário-geral do Partido Comunista e Presidente, Xi Jinping. O primeiro-ministro, Li Qiang, é o número três. Os cerca de 3.000 delegados que compõem a APN, entre os quais uma representação das Forças Armadas, não são, porém, eleitos por sufrágio directo, e o “papel dirigente” do Partido Comunista Chinês (PCC) permanece como “um princípio cardial”. Entre os delegados está a elite política, líderes empresariais, tecnológicos, mediáticos e artísticos do país asiático. Aos delegados cabe aprovar novas leis, nomeações políticas e relatórios de trabalho do governo que detalham o progresso de vários departamentos e ministérios. Os responsáveis também votam o orçamento para a Defesa ou a meta de crescimento económico, durante a sessão plenária, em Março. Mas os analistas consideram que a função da APN é sobretudo aprovar formalmente decisões feitas anteriormente pela elite do Partido Comunista e que o debate aberto é escasso. A subir A China tornou-se, na última década, o quarto maior investidor directo estrangeiro em Portugal. Empresas chinesas, estatais e privadas, detêm uma posição global avaliada em 11,2 mil milhões de euros na economia portuguesa, segundo o Banco de Portugal (BdP). Os investimentos abrangem as áreas da energia, banca, seguros ou saúde. Em 2018, os dois países assinaram um memorando de entendimento sobre a iniciativa “Faixa e Rota”, um megaprojecto de infraestruturas lançado por Pequim que visa expandir a sua influência global através da construção de portos, linhas ferroviárias ou autoestradas.
Hoje Macau China / ÁsiaBrasil | Lula e Xi defendem paz na Ucrânia e o reconhecimento de um Estado palestiniano Após a participação na cimeira do G20 no Rio de Janeiro, os dois presidentes reuniram em Brasília para analisar a crise internacional e aprofundar as relações entre as duas nações O Presidente do Brasil, Lula da Silva, e o seu homólogo chinês, Xi Jinping, renovaram quarta-feira em Brasília os apelos para o fim da guerra na Ucrânia e para a criação de um Estado palestiniano no Médio Oriente. Lula da Silva recebeu quarta-feira na capital brasileira, com honras de Estado, o Presidente chinês, Xi Jinping, com quem debateu uma extensa agenda bilateral e o panorama global após a sua participação na cimeira do G20 (grupo das 20 maiores e emergentes economias do mundo), que decorreu esta semana no Rio de Janeiro. Em declarações aos jornalistas, Xi Jinping afirmou, ao lado do Presidente brasileiro, que “o mundo está longe de ser um lugar pacífico”. “Só quando abraçarmos as questões de segurança comum, abrangente, cooperativa e sustentável é que trilharemos um caminho de segurança universal”, frisou o líder chinês. Sobre o conflito na Ucrânia, o Presidente chinês disse já ter enfatizado várias vezes que não existe uma solução simples para um assunto complexo. “China e Brasil emitiram os entendimentos comuns sobre uma resolução política para a crise na Ucrânia e criaram o Grupo de Amigos da Paz sobre a crise na Ucrânia junto com os outros países do Sul global. Devemos reunir mais vozes que defendem a paz e procurem viabilizar uma solução política da crise na Ucrânia”, declarou Xi Jinping. Por sua vez, Lula da Silva destacou que num “mundo assolado por conflitos armados e tensões geopolíticas, China e Brasil colocam a paz, a diplomacia e o diálogo em primeiro lugar”. O Presidente brasileiro sustentou também que o mundo “nunca vencerá a fome no meio de guerras”. Xi Jinping falou ainda no conflito em curso na Faixa de Gaza, avaliando que a situação humanitária naquela região continua a deteriorar-se e que “os efeitos de contágio” estão a ampliar-se e que a segurança regional está “gravemente afectada”. “Estamos profundamente preocupados e a comunidade internacional tem de ter um maior empenho. Para resolver a crise actual é preciso focar na Palestina, que é a causa de raiz [do conflito]”, disse o líder chinês. “Apelamos para um cessar-fogo imediato, assistência humanitária garantida, e a implementação da solução de dois Estados [Palestina e Israel] e esforços incessantes para uma solução abrangente, justa e duradoura na questão palestiniana”, acrescentou. Cooperação económica Lula da Silva e Xi Jinping também expressaram o desejo de aprofundar o diálogo entre a China e o Mercado Comum do Sul (Mercosul), bloco económico fundado por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai e que deverá ser composto também pela Bolívia, que está em processo final de adesão. “Trabalharemos juntos para continuar o diálogo entre o Mercosul e a China”, disse o Presidente brasileiro. A possibilidade de uma negociação comercial entre a China e o Mercosul está a ser discutida há algum tempo e é vista como uma possível alternativa a um eventual fracasso do acordo que o Mercosul vem procurando, sem sucesso, com a União Europeia (UE) nos últimos 25 anos. Xi Jinping declarou, por sua vez, que a China gostaria de trabalhar com o Brasil e com os demais países da América Latina e Caraíbas para elevar a novos patamares a cooperação entre a China e a região.