Hoje Macau China / ÁsiaFrança | Pequim pede empenho para eliminação das taxas europeias sobre eléctricos O ministro chinês do Comércio, Wang Wentao, pediu ontem à ministra do Comércio Externo francesa, Sophie Primas, que “desempenhe um papel activo” para que as taxas impostas pela Comissão Europeia sobre veículos eléctricos chineses sejam removidas. Wang pediu à ministra que “mostre sinceridade” e procure uma “solução intermédia” com Pequim, durante uma reunião no domingo na megalópole oriental de Xangai, onde a sétima Exposição Internacional de Importação da China (CIIE) será inaugurada hoje, segundo um despacho da agência noticiosa oficial Xinhua. A investigação levada a cabo pelas autoridades europeias “afectou seriamente” a cooperação entre a União Europeia (UE) e o sector automóvel chinês, disse o ministro, que reiterou o seu apelo ao “diálogo e consulta” para resolver as fricções comerciais. Segundo a Xinhua, as equipas técnicas da UE e da China estão actualmente a realizar uma segunda ronda de consultas sobre as taxas alfandegárias aplicáveis sobre os automóveis eléctricos oriundos da China. Wang assegurou que as investigações anunciadas pela China em retaliação contra estas taxas – sobre brandy, produtos lácteos e carne de porco da UE – “cumprem as regras da Organização Mundial do Comércio”, e reiterou a sua oferta à Comissão Europeia para “procurar uma solução a este respeito”. De acordo com a Xinhua, Primas expressou a preocupação de Paris relativamente às investigações da China sobre o brandy e outros produtos, e garantiu que a França não quer que as tensões comerciais entre a China e a UE aumentem ainda mais. A França é considerada uma das principais defensoras da imposição de taxas sobre veículos eléctricos chineses, que entraram em vigor a 30 de Outubro e que prevêem taxas adicionais até 35,3 por cento.
Hoje Macau China / ÁsiaChina | Tripulação da estação espacial volta a casa após seis meses no espaço Três astronautas chineses regressaram ontem à Terra após uma estadia de seis meses na estação espacial Tiangong, no âmbito dos esforços da China para liderar a próxima era de exploração espacial. Um paraquedas aparou a descida da cápsula até uma zona de aterragem remota na região autónoma da Mongólia Interior. A tripulação emergiu depois de aterrar à 01:24 da manhã. Nos últimos anos, o programa espacial do país trouxe de volta rochas da Lua e colocou uma sonda em Marte. O próximo objectivo é pôr uma pessoa na Lua até 2030, o que faria da China a segunda nação a fazê-lo, depois dos Estados Unidos. Os astronautas da estação espacial regressaram após terem recebido na semana passada uma nova equipa de três pessoas para a última missão de seis meses. A nova equipa, composta por uma mulher e dois homens, vai realizar experiências, fazer caminhadas espaciais e instalar equipamento para proteger a estação de detritos espaciais. Um funcionário da agência espacial disse em Abril que a Tiangong teve que realizar várias manobras para evitar detritos e perdeu parcialmente a energia quando os cabos de energia da asa solar foram atingidos por detritos, de acordo com a agência noticiosa oficial Xinhua. A estação espacial Tiangong, que significa Palácio Celestial, foi concluída há dois anos e orbita a Terra. Programa exclusivo Até agora, apenas astronautas chineses foram para a estação espacial, mas um porta-voz da agência espacial disse na semana passada que a China está em discussões para seleccionar e treinar astronautas de outras nações para se juntarem às missões, informou a Xinhua. Astronautas de várias nações já viajaram para a Estação Espacial Internacional, mas a China está impedida de participar nesse programa, principalmente por causa das preocupações dos EUA sobre o envolvimento do Exército chinês no programa espacial do país. No mês passado, a China apresentou um plano ambicioso para se tornar líder na investigação científica espacial até 2050, em conjunto com os seus avanços na exploração espacial.
Hoje Macau China / ÁsiaChina | Órgão legislativo reunido esta semana para abordar estímulos à economia O Comité Permanente da Assembleia Popular Nacional, o órgão máximo legislativo da China, está reunido em Pequim para fazer face ao abrandamento económico do país Os principais líderes parlamentares chineses estão reunidos desde ontem para elaborar um plano de estímulos que, segundo os analistas, pode ser ainda mais ambicioso caso Donald Trump vença as eleições presidenciais norte-americanas esta semana. Face ao abrandamento da segunda maior economia do mundo, Pequim anunciou várias medidas nas últimas semanas, incluindo a redução das taxas de juro e a flexibilização das restrições à compra de habitação. Mas o optimismo foi um pouco atenuado pelo facto de as promessas e as políticas anunciadas não terem sido consideradas suficientemente fortes pelos mercados, que esperavam um pacote de estímulos mais ambicioso. Os analistas estão por isso atentos à reunião do Comité Permanente da Assembleia Popular Nacional (APN), o órgão máximo legislativo da China, presidido por Zhao Leji. Este comité permanente deve examinar e aprovar toda a legislação, incluindo a relativa ao orçamento de Estado. “Esperamos ver mais pormenores sobre as propostas que serão adoptadas”, escreveu Heron Lim, analista da Moody’s Analytics, destacando “a forma como um financiamento adicional será atribuído para resolver os problemas económicos a curto prazo”. Os economistas da Nomura disseram esperar que os parlamentares aprovem esta semana um orçamento suplementar de cerca de um bilião de yuan, principalmente para as autoridades locais endividadas (ver caixa). Os analistas antecipam também uma ajuda excepcional de um bilião de yuan de Pequim para os bancos, a fim de resolver o problema do crédito malparado dos últimos quatro anos. “Grande parte do dinheiro vai ser utilizada para cobrir perdas”, explicou Alicia Garcia Herrero, do banco de investimento Natixis. “Não se destinará, de facto, a estimular o crescimento”, acrescentou. Espera-se que as potenciais medidas concretas sejam anunciadas no final da reunião, na sexta-feira. Nessa altura, já serão conhecidos os resultados das eleições presidenciais nos Estados Unidos. “Pensamos que os resultados das eleições norte-americanas terão alguma influência na escala do plano de estímulo de Pequim”, afirmou Ting Lu, economista-chefe da Nomura para a China, numa nota. Ambos os candidatos prometeram continuar a pressionar Pequim. Donald Trump afirmou que ia impor taxas alfandegárias punitivas de 60 por cento sobre todos os produtos chineses que entram nos EUA. “A escala das medidas de estímulo fiscal (…) poderá ser 10-20 por cento maior no caso de uma vitória de Trump”, escreveu Ting. Mas “os principais desafios para Pequim vêm de dentro da China e não do exterior”, sublinhou. Pedras no caminho A China está a enfrentar um débil consumo interno, uma crise imobiliária e uma dívida pública galopante. Todos estes factores ameaçam o objectivo de crescimento do PIB para 2024, fixado pelo Governo em “cerca de 5 por cento”. O sector imobiliário tem sido, desde há muito, um dos principais motores de crescimento do país asiático, mas está agora a enfrentar uma grave crise de liquidez. O preço médio das casas novas aumentou ligeiramente no mês passado, segundo a China Index Academy, após vários anos de declínio. Mas muitas propriedades ainda estão inacabadas ou por vender. De acordo com as estimativas do Natixis, a sua aquisição por Pequim poderá custar até 3,300 biliões de yuan. A situação do sector imobiliário está a pesar na confiança das famílias. “O consumidor médio chinês com um empréstimo imobiliário não sente que o seu poder de compra esteja a aumentar”, salientou Heron Lim, da Moody’s Analytics. A espinhosa questão da gestão da dívida das administrações locais também estará na ordem do dia na reunião desta semana. Mas os problemas económicos da China não se limitam às casas vazias e à redução do consumo. “A economia no seu conjunto está a perder produtividade devido à má afectação dos dinheiros públicos”, observou Alicia Garcia Herrero, em particular no que se refere à política industrial e aos subsídios. “Tudo isto tem de ser alterado”, afirmou. Contra “dívida oculta” O Comité Permanente da Assembleia Popular Nacional (APN) da China analisou ontem um projecto de lei do Conselho de Estado (Executivo) que visa permitir o aumento dos limites de endividamento dos governos locais, para “substituir as dívidas ocultas existentes”. “Os legisladores analisaram um projecto de lei do Conselho de Estado sobre o aumento dos limites de endividamento das administrações locais, para substituir as dívidas ocultas existentes”, afirmou a agência noticiosa oficial Xinhua, em comunicado, sem dar mais pormenores.
Hoje Macau China / ÁsiaAstraZeneca | Chefe de filial chinesa sob investigação O director da filial chinesa do gigante farmacêutico britânico AstraZeneca foi colocado sob investigação no país asiático, anunciou a empresa, após informações sobre alegada recolha ilegal de dados e importação de medicamentos não autorizados. O presidente da AstraZeneca China, Leon Wang, está “a cooperar com as autoridades chinesas no âmbito de uma investigação em curso”, lê-se no comunicado emitido pelo grupo na quarta-feira. “As nossas actividades na China continuam sob a liderança do actual director-geral da AstraZeneca China”, acrescentou. “Caso seja solicitada, a AstraZeneca cooperará plenamente com a investigação”, lê-se na mesma nota. A China é um mercado-chave para o grupo, que ganhou reconhecimento mundial durante a pandemia de covid-19 por ter desenvolvido uma das primeiras vacinas contra a doença. Em Setembro, a empresa confirmou que vários funcionários estavam a ser investigados na China. Esta informação veio na sequência de notícias de que os funcionários estavam a ser questionados sobre uma possível recolha não autorizada de dados e importação ilegal de medicamentos. As investigações levadas a cabo pelas autoridades de Shenzhen envolvem cinco pessoas de nacionalidade chinesa, algumas ainda empregadas pelo grupo e outras já não, segundo a agência de notícias financeiras Bloomberg. Uma das investigações está relacionada com a recolha de dados de pacientes, que as autoridades acreditam ter violado as leis chinesas de protecção da privacidade, de acordo com a Bloomberg, que citou pessoas próximas do caso. Outra investigação, envolve a importação de um medicamento contra o cancro do fígado que não foi aprovado na China continental, avançou a agência. A Astrazeneca, que tem sede em Cambridge, no Reino Unido, emprega 90 mil pessoas em todo o mundo.
Hoje Macau China / ÁsiaChina | Nove anos de prisão por manter relações com cinco vizinhas Um homem foi condenado a nove anos e seis meses de prisão na China por fraude, poligamia e roubo, depois de ter mantido durante quatro anos relações simultâneas com cinco mulheres que viviam no mesmo bairro. As mulheres não sabiam da existência umas das outras e foram vítimas de uma mentira elaborada que o arguido apoiou com falsas promessas de riqueza, noticiou o jornal local Jimu News. As investigações começaram quando duas das mulheres, identificadas como Xiao Jia e Xiao Hong, receberam chamadas da polícia sobre o envolvimento do seu “marido” num processo judicial. Ambas descobriram então que eram casadas com o mesmo homem, identificado como Xiao Jun. A queixa inicial levou à detenção de Xiao, que mais tarde confessou ter mais três parceiras e um total de dois filhos dessas relações. A investigação judicial revelou que o homem, residente na cidade de Jilin, no nordeste do país, utilizou perfis nas redes sociais e portais de jogos de computador para iniciar o contacto com as mulheres. Mostrou-lhes documentos falsos e fotografias de propriedades e veículos luxuosos para as fazer crer que era herdeiro de uma empresa familiar de sucesso, estratégia que lhe permitiu receber somas de dinheiro sob o pretexto de gastar em casas ou compras conjuntas. Xiao Jun apresentava-se como um homem de negócios, mas também como um funcionário com ligações em vários sectores. Para além da pena de nove anos de prisão, Xiao foi condenado a devolver às mulheres o dinheiro obtido com as burlas.
Hoje Macau China / ÁsiaPyongyang | Lançamento de míssil intercontinental confirmado O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, afirmou ontem que o lançamento de um míssil balístico intercontinental (ICBM) demonstra a “determinação de Pyongyang em contra-atacar”. O lançamento de quarta-feira é uma “medida militar apropriada destinada a alertar os rivais, que causaram uma escalada intencional da situação regional e recentemente representaram uma ameaça à segurança nacional”, disse Kim. Num comunicado citado pela agência de notícias oficial norte-coreana KCNA, o líder afirmou ainda que a Coreia do Norte “nunca mudará a sua estratégia de desenvolvimento das suas capacidades nucleares”. O comunicado confirmou que o projéctil testado era um ICBM, algo que já tinha sido avançado tanto pelo Estado-Maior Conjunto (JCS) da Coreia do Sul como pelo ministro da Defesa japonês, Gen Nakatani. Horas antes, Nakatani tinha dito que o míssil podia ter sido de um novo tipo, uma vez que a duração do voo, de 86 minutos, e a altitude máxima registada de mais de sete mil quilómetros excederam os dados de testes anteriores feitos pela Coreia do Norte. O ministro sublinhou ainda que a distância de voo foi estimada em cerca de mil quilómetros. A Guarda Costeira do Japão confirmou que o míssil caiu fora da zona económica exclusiva do país, a cerca de 300 quilómetros a oeste da ilha de Okushiri, na subprefeitura de Hokkaido, referiu a emissora pública japonesa NHK. O JCS disse que a Coreia do Norte poderia ter testado um novo míssil balístico de longo alcance com combustível sólido. Os mísseis com propulsores sólidos incorporados são mais fáceis de mover e esconder e podem ser lançados mais rapidamente do que as armas com combustível líquido. O porta-voz do JCS disse que o lançamento foi possivelmente agendado a pensar nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, marcadas para 5 de Novembro, numa tentativa de fortalecer o poder negocial da Coreia do Norte. Lee Sung Joon disse que o míssil norte-coreano foi lançado de um ângulo elevado, aparentemente para evitar os países vizinhos. Dedo apontado O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA condenou “de forma veemente” o teste e manifestou preocupação com os riscos de desestabilização da região. “Este lançamento constitui uma violação flagrante de múltiplas resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas”, disse Sean Savett, em comunicado. O lançamento ocorreu após uma reunião realizada em Washington entre os ministros da Defesa dos EUA e da Coreia do Sul, Lloyd Austin e Kim Yong-hyun, respectivamente. Nessa reunião, ambos os governantes condenaram o envio de tropas norte-coreanas para a Rússia, que, segundo Austin, já se tinham aproximado da frente ucraniana e estão equipadas com uniformes e materiais russos. A Coreia do Norte lançou vários mísseis balísticos de curto alcance a 18 de Setembro, um teste no qual afirmou ter testado com sucesso um novo projéctil tático, capaz de transportar uma grande ogiva.
Hoje Macau China / ÁsiaPMI | Actividade industrial volta a crescer na China A actividade da indústria transformadora da China aumentou em Outubro, pela primeira vez em cinco meses, segundo o Índice de Gestores de Compras (PMI) divulgado ontem. De acordo com o Gabinete Nacional de Estatística (NBS) chinês, o PMI situou-se em 50,1 pontos, em Setembro, contra 49,8 pontos, no mês anterior, e ligeiramente acima das expectativas dos analistas, que apontavam para os 50 pontos. Neste indicador, um valor acima do limiar de 50 pontos representa um crescimento da actividade no sector, em comparação com o mês anterior, enquanto um valor abaixo desse limiar representa uma contracção. Entre os cinco subíndices que compõem o PMI da indústria transformadora, o único que reflectiu o crescimento da actividade foi o da produção, com as novas encomendas – a principal medida da procura – a manterem-se ao mesmo nível do mês anterior e as reservas de matérias-primas, o emprego e os prazos de entrega ainda abaixo dos 50 pontos, embora com descidas mais ligeiras. O estatístico do NBS, Zhao Qinghe, atribuiu a recuperação do PMI da indústria transformadora ao pacote de medidas de apoio anunciado pelas autoridades chinesas e ao “surgimento gradual dos efeitos” de iniciativas anteriormente anunciadas. Zhao destacou sectores como o automóvel, a maquinaria eléctrica e o equipamento geral, mas ressalvou que a procura ainda é insuficiente noutros sectores, como a transformação de madeira, produtos químicos e minerais não metálicos. O analista sublinhou que a confiança no sector subiu dois pontos em relação ao mês anterior, para 54 pontos, atingindo o nível mais alto em quase quatro meses.
Hoje Macau China / ÁsiaVendas da BYD superam pela primeira vez as da Tesla A maior fabricante de veículos eléctricos chinesa, a BYD, registou, pela primeira vez, receitas superiores às da rival norte-americana Tesla, apesar de a guerra de preços na China ter prejudicado as margens de lucro. As receitas da BYD no terceiro trimestre ascenderam a 201 mil milhões de yuan, ultrapassando os 25,2 mil milhões de dólares em vendas que a Tesla reportou na semana passada. O fabricante chinês de automóveis vendeu um recorde de 1,1 milhão de carros entre Julho e Setembro, impulsionado por novos subsídios atribuídos pelo Governo chinês para a compra de veículos eléctricos. O aumento de 24 por cento nas vendas foi, no entanto, alcançado às custas de uma queda das margens brutas da BYD, de 22,1 por cento, no ano passado, para 21,9 por cento no terceiro trimestre. O lucro líquido fixou-se em 11,6 mil milhões de yuan, um aumento de 11,5 por cento, em termos homólogos. Em vez de oferecer descontos directamente, a BYD lançou nos últimos meses modelos de gama mais alta equipados com características mais avançadas a preços mais baixos do que as versões antigas. Esta estratégia ajudou a BYD a consolidar a liderança no mercado, numa altura de concorrência feroz, mas fez baixar o lucro líquido do grupo por veículo, de acordo com analistas. Novos caminhos A guerra de preços no maior mercado automóvel do mundo está a afectar as margens de lucro das marcas chinesas e dos fabricantes de automóveis estrangeiros. Devido a um elevado nível de integração vertical, incluindo o controlo sobre a produção de baterias e ‘chips’ semicondutores, a margem bruta da BYD de 21,9 por cento ainda está muito à frente dos 17 por cento da Tesla e dos rivais chineses Zeekr, com 14,2 por cento, e Xpeng, com 6,4 por cento. Analistas defenderam que a expansão no estrangeiro será fundamental para o crescimento futuro da BYD, num contexto de crescente proteccionismo ocidental. Na terça-feira, a União Europeia (UE) decidiu impor taxas alfandegárias adicionais de 17 por cento sobre as importações de veículos eléctricos da BYD, para além das taxas de 10 por cento já existentes. Apesar de a BYD ter aberto recentemente uma fábrica na Tailândia – a primeira base de produção fora da China – as vendas no estrangeiro representaram apenas 7,9 por cento do total das vendas mensais em Setembro, face a 9,8 por cento no ano anterior.
Hoje Macau China / ÁsiaTaiwan | Tufão Kong-rey faz um morto e 73 feridos O poderoso tufão Kong-rey fez ontem um morto e 73 feridos em Taiwan, onde ditou o encerramento de escolas e escritórios e a mobilização de dezenas de milhares de tropas. O tufão, acompanhado de rajadas de 184 quilómetros por hora e de chuvas torrenciais, atingiu por volta do meio-dia o sudeste de Taiwan, a parte menos povoada da ilha, que tem 23 milhões de habitantes. Mesmo antes da sua chegada, foram observadas ondas de 10 metros de altura e pelo menos 27 pessoas ficaram feridas devido ao mau tempo, que causou deslizamentos de terra, informou a Agência Nacional dos Bombeiros, sem fornecer mais pormenores. Inicialmente descrito como o tufão mais poderoso do ano, Kong-rey tem agora a mesma intensidade que o tufão Gaemi, a tempestade mais forte a atingir Taiwan nos últimos oito anos, quando chegou em Julho. Com um raio de 320 quilómetros, Kong-rey é considerado o mais extenso a atingir Taiwan em quase 30 anos. Escolas e escritórios foram ontem encerrados em Taiwan, enquanto os moradores se preparavam para a tempestade. O gigante tecnológico taiwanês TSMC declarou que tinha “activado os procedimentos habituais de preparação para o tufão” nas suas fábricas de circuitos integrados e que não esperava qualquer “impacto significativo” na sua actividade. As ruas de Taipé, atingidas por chuvas e ventos fortes, estavam ontem praticamente desertas. Os meteorologistas alertaram para os ventos “destruidores” do Kong-rey e cerca de 35.000 soldados estão a postos para ajudar nos esforços de socorro. Mudam-se os tempos Na quarta-feira, dezenas de serviços de transporte por barco e voos domésticos foram cancelados e as autoridades ordenaram evacuações em oito condados e cidades, incluindo Yilan, Hualien e Taitung. De acordo com Chu Mei-lin, da Administração Meteorológica Central, a tempestade deverá enfraquecer quando atingir a costa e deslocar-se em direcção às montanhas centrais antes de atravessar o Estreito de Taiwan, o que deverá afectar “severamente” a ilha. O ministro do Interior, Liu Shyh-fang, mostrou-se preocupado com o destino de dois turistas checos que faziam caminhadas no desfiladeiro de Taroko, perto de Hualien, e que não conseguiram ser contactados por telemóvel na quarta-feira. Taiwan está habituada a tempestades tropicais, que são frequentes entre Julho e Outubro, mas é “invulgar que um tufão tão poderoso atinja a ilha tão tarde no ano”, observou o meteorologista Chang Chun-yao. Segundo os cientistas, as alterações climáticas estão a aumentar a intensidade dos tufões, com chuvas torrenciais, inundações repentinas e rajadas de vento muito fortes. Kong-rey será o terceiro tufão a atingir Taiwan desde Julho. Este Verão, o Gaemi matou 10 pessoas e feriu centenas, provocando inundações generalizadas na cidade de Kaohsiung, no sul do país. A este tufão seguiu-se o Krathon, que varreu o sul de Taiwan no início de Outubro, provocando ventos destruidores, inundações e deslizamentos de terras que causaram pelo menos quatro mortos e centenas de feridos.
Hoje Macau China / ÁsiaShenzhou-19 | Nave espacial tripulada acopla-se à estação espacial chinesa A nave espacial chinesa Shenzhou-19, com três astronautas a bordo, acoplou-se ontem com sucesso ao módulo central Tianhe, da estação espacial Tiangong, anunciou a Agência Espacial de Missões Tripuladas da China. A acoplagem foi concluída às 11:00, após um processo que demorou cerca de seis horas e meia, desde o lançamento da nave a partir da base de Jiuquan, no deserto do norte do país. A tripulação da Shenzhou-19 é liderada por Cai Xuzhe, um veterano da missão Shenzhou-14, realizada em 2022. O astronauta é acompanhado por dois estreantes: Song Lingdong, antigo piloto da força aérea, e Wang Haoze, engenheira da Academia de Tecnologia de Propulsão Aeroespacial. Os três astronautas vão entrar no módulo Tianhe, onde conviverão com a tripulação da Shenzhou-18, composta por Ye Guangfu, Li Cong e Li Guangsu, que se encontram na Tiangong desde Abril. As duas tripulações permanecerão juntas nos próximos dias até que os tripulantes da Shenzhou-18 iniciem a sua viagem de regresso à Terra. Durante uma estadia de seis meses na estação, os astronautas da Shenzhou-19 vão efectuar investigação científica, incluindo testes para a construção de habitats lunares utilizando tijolos feitos de material simulado do solo lunar. Esta é a oitava missão tripulada a visitar Tiangong, que funcionará durante cerca de dez anos e deverá tornar-se a única estação espacial do mundo a partir de 2024, se a Estação Espacial Internacional, uma iniciativa liderada pelos Estados Unidos, for retirada como planeado este ano. Pequim reforçou o seu programa espacial com investimentos estratégicos, alcançando marcos importantes como a alunagem no lado mais distante da Lua com a sonda Chang’e 4 e a chegada a Marte, sendo o terceiro país a fazê-lo, depois dos Estados Unidos e da antiga União Soviética.
Hoje Macau China / ÁsiaEUA | Taiwan pode “passar de peão a criança abandonada” se Trump for eleito – Pequim O Governo chinês sugeriu ontem que se o candidato republicano à Casa Branca, Donald Trump, ganhar as eleições nos Estados Unidos, Taiwan pode “passar de peão a criança abandonada”. “Penso que a maioria dos compatriotas de Taiwan já fez um julgamento racional e sabe que os EUA manterão uma política de se colocarem em primeiro lugar. Taiwan pode passar de peão a criança abandonada a qualquer altura”, afirmou Zhu Fenglian, porta-voz do Gabinete para os Assuntos de Taiwan do Conselho de Estado chinês. Trump reiterou as críticas a Taiwan na passada sexta-feira, ao afirmar que a ilha roubou a indústria de semicondutores dos EUA e que deveria pagar a Washington pela sua defesa, críticas que já tinha feito em Julho. No entanto, o candidato republicano disse também que, se for eleito, vai impor taxas alfandegárias até 200 por cento sobre bens oriundos da China “se Pequim usar a força contra Taiwan”, embora tenha sublinhado que Taipé deve pagar pela protecção norte-americana. A actual administração norte-americana de Joe Biden anunciou na semana passada um novo contrato de armas para Taiwan no valor de cerca de dois mil milhões de dólares, algo que, tal como todas as vendas de armas a Taipé, enfureceu Pequim. Taiwan, ilha governada de forma autónoma desde 1949 e considerada pela China como uma província sua, tem uma economia fortemente dependente da exportação de produtos tecnológicos, especialmente semicondutores. Os Estados Unidos são um dos principais compradores destes ‘chips’ e são também o maior fornecedor de armas a Taiwan.
Hoje Macau China / ÁsiaXizang | Cientistas extraem maior núcleo de gelo do mundo Cientistas chineses anunciaram esta terça-feira que extraíram o maior núcleo de gelo do mundo nas latitudes médias e baixas da Terra. O núcleo foi extraído no glaciar Purog Kangri no condado de Tsonyi, Região Autónoma de Xizang, segundo informou a Xinhua. Com uns impressionantes 324 metros de comprimento, o núcleo de gelo supera o recorde anterior de um núcleo extraído da calota de gelo de Guliya na prefeitura de Ngari em Xizang, indica o Diário do Povo. O glaciar Purog Kangri é o glaciar mais espesso do planalto Qinghai-Tibete. Ao mergulhar na extensão gelada, os investigadores pretendem obter informações valiosas sobre a paisagem em mudança desta região significativa, acrescenta a publicação. Através de exames meticulosos de núcleos de gelo, os cientistas esperam desvendar as transformações que ocorrem dentro do glaciar e lançar luz sobre o impacto da mudança climática global nos glaciares em todo o mundo. O acontecimento representa um passo crucial na compreensão dos efeitos do aquecimento das temperaturas nestas formações naturais vitais.
Hoje Macau China / ÁsiaUE | China “não aceita e não concorda com” taxas sobre veículos eléctricos A entrada em vigor de taxas europeias sobre os veículos eléctricos chineses, até 35,3 por cento, levou a uma resposta enérgica de Pequim A China afirmou ontem que “não aceita e não concorda com” a decisão da União Europeia (UE) de aplicar, desde ontem, tarifas alfandegárias de até 35,3 por cento sobre veículos eléctricos importados do país asiático. O Ministério do Comércio chinês recordou, em comunicado, que apresentou um recurso ao mecanismo de resolução de litígios da Organização Mundial do Comércio (OMC). “A China continuará a tomar todas as medidas necessárias para proteger os direitos e interesses legítimos das empresas chinesas de forma determinada”, disse Pequim. Em Agosto, as autoridades chinesas iniciaram um processo de resolução de litígios junto da OMC, afirmando que a iniciativa da UE “violava gravemente” as regras da organização e não tinha “qualquer base objectiva e jurídica”. Embora o porta-voz para o comércio tenha sublinhado ontem que a investigação anti-subvenções da UE constitui uma “manifestação de proteccionismo”, o responsável reiterou também a vontade de Pequim de continuar a negociar para “chegar a uma solução mutuamente aceitável o mais rapidamente possível”. “A China sempre se empenhou em resolver os diferendos comerciais através do diálogo e da consulta, e tem feito tudo o que está ao seu alcance neste domínio. Actualmente, as equipas técnicas das duas partes estão a realizar uma nova ronda de negociações”, lê-se na mesma nota. “Esperamos que a UE trabalhe de forma construtiva com a China, siga os princípios do pragmatismo e do equilíbrio, aborde as principais preocupações de cada uma das partes (…) e evite uma escalada das fricções comerciais”, insistiu o porta-voz. Taxas e mais taxas O executivo comunitário aplicou taxas punitivas de 35,3 por cento ao fabricante chinês SAIC (MG e Maxus, entre outras marcas), 18,8 por cento à Geely e 17 por cento à BYD, por um período máximo de cinco anos. A medida afectará também as empresas ocidentais que produzem na China, como a norte-americana Tesla, que ficará sujeita a uma taxa de 7,8 por cento, enquanto outras que tenham cooperado com a Comissão na investigação que esta desenvolveu antes de aprovar as taxas ficarão sujeitas a uma taxa de 20,7 por cento. A UE está a tomar esta medida depois de, apesar da divisão entre os 27, ter recebido apoio suficiente na votação dos governos da UE no início deste mês: cinco países opuseram-se às taxas, dez apoiaram-nas e doze abstiveram-se. A Comissão declarou que suspenderia os direitos aduaneiros em caso de acordo com a China durante os próximos cinco anos, mas não os cancelaria, a fim de ganhar tempo para os voltar a aplicar se Pequim não cumprisse o acordo. Em retaliação, a China anunciou nos últimos meses investigações sobre as importações de aguardente, produtos lácteos e carne de porco da UE.
Hoje Macau China / ÁsiaONU | Israel não pode ignorar obrigações internacionais, diz Guterres O secretário-geral da ONU lembrou que “nenhuma legislação pode alterar” as obrigações internacionais de Israel, depois da aprovação de uma lei que ameaça o trabalho da agência das Nações Unidas para os refugiados palestinianos. António Guterres disse, numa declaração divulgada na segunda-feira, que Israel tem “obrigações ao abrigo do direito internacional, incluindo o direito internacional humanitário e aqueles que concedem privilégios e imunidades à ONU”. O português disse estar “profundamente preocupado” com a aprovação no parlamento israelita de uma lei que proíbe a agência da ONU para os refugiados palestinianos (UNRWA) de realizar “qualquer actividade” ou de prestar qualquer serviço dentro de Israel. Guterres anunciou que vai levar o assunto à Assembleia Geral da ONU, que em 1952 criou a UNRWA “para satisfazer as necessidades dos refugiados palestinianos”. O secretário-geral indicou que “não há alternativa à UNRWA”, pois é “o principal meio através do qual a ajuda essencial chega aos refugiados palestinianos nos territórios palestinianos ocupados”. A aplicação da lei “será prejudicial para a solução do conflito israelo-palestiniano e para a paz e segurança em toda a região”, alertou. A legislação, que não entra imediatamente em vigor, poderá destruir o processo de distribuição de assistência em Gaza, numa altura em que a crise humanitária no enclave se está a agravar e em que Israel se encontra sob crescente pressão dos Estados Unidos para reforçar a ajuda aos palestinianos. O parlamento israelita aprovou, além desta, uma segunda lei que corta os laços diplomáticos com a UNRWA. O Governo de Israel acusou funcionários da UNRWA de terem estado envolvidos no ataque do movimento islamita palestiniano Hamas contra o sul do país, a 7 de Outubro de 2023.
Hoje Macau China / ÁsiaEUA | Alta diplomata visita Taiwan após críticas de Trump à ilha A representação dos Estados Unidos em Taiwan anunciou ontem a visita de uma diplomata de alto nível ao território, depois de o candidato presidencial republicano, Donald Trump, ter reiterado recentemente críticas a Taipé. Em comunicado, o American Institute in Taiwan (AIT) afirmou que Ingrid Larson, directora-geral do escritório do AIT em Washington, vai estar em Taiwan até 1 de Novembro, como parte do “forte compromisso dos EUA com Taiwan e para fazer avançar a crescente parceria EUA-Taiwan”. “Durante a sua visita a Taiwan, [Larson] discutirá a colaboração contínua entre os EUA e Taiwan em questões de interesse mútuo, como a segurança regional, o comércio e o investimento mutuamente benéficos e os laços educacionais, culturais e interpessoais”, indicou a agência. A visita surge depois de Trump ter reiterado ataques a Taiwan na sexta-feira, afirmando que a ilha roubou a indústria de semicondutores dos EUA e que deveria pagar a Washington pela sua defesa. “Taiwan roubou-nos a nossa indústria de ‘chips’. Querem protecção, mas não nos pagam para isso. A máfia faz-nos pagar dinheiro”, disse Trump, durante uma conversa com um conhecido apresentador norte-americano.
Hoje Macau China / ÁsiaUcrânia | Tropas norte-coreanas enviadas para a frente de batalha, diz Seul O Serviço Nacional de Inteligência (NIS) da Coreia do Sul disse ontem ter indicações de que algumas tropas norte-coreanas podem estar já a deslocar-se para combater na Ucrânia. “As transferências de tropas entre a Coreia do Norte e a Rússia estão em curso e estamos a estudar a possibilidade de que algum pessoal, incluindo generais militares, passe para a frente de batalha”, disse o NIS. O exército da Rússia está a ensinar aos norte-coreanos uma centena de termos na língua russa para tentar prevenir “problemas de comunicação”, acrescentou, citado pela agência de notícias pública sul-coreana Yonhap. “Acreditamos que um importante responsável de segurança russo envolvido no envio de tropas norte-coreanas estava a bordo do avião especial do governo russo que viajou entre Moscovo e Pyongyang nos dias 23 e 24 de Outubro”, disse o NIS, indicando que o objectivo da viagem seria coordenar o envio de tropas. A cooperação militar entre Moscovo e Pyongyang representa uma “ameaça significativa à segurança da comunidade internacional e pode representar um sério risco para a segurança” da Coreia do Sul, afirmou o Presidente sul-coreano, Yoon Suk-yeol. Na segunda-feira, o Departamento de Defesa norte-americano tinha anunciado que cerca de dez mil militares da Coreia do Norte foram enviados para treinar na Rússia e combater na Ucrânia nas próximas semanas. “Estamos cada vez mais preocupados com a intenção da Rússia de utilizar estes soldados em combate ou para apoiar operações de combate contra as forças ucranianas na região russa de Kursk”, disse a porta-voz do Pentágono aos jornalistas. Reverso da medalha Sabrina Singh lembrou que o secretário da Defesa norte-americano, Lloyd Austin, já tinha avisado publicamente que, caso os soldados da Coreia do Norte fossem utilizados no campo de batalha, seriam considerados beligerantes e alvos legítimos, com sérias implicações para a segurança na região do Indo-Pacífico. Austin vai ter um encontro com os responsáveis da Defesa da Coreia do Sul no final desta semana no Pentágono, no qual se espera que seja discutido o uso de soldados norte-coreanos no conflito da Ucrânia. Também na segunda-feira, a NATO afirmou que algumas das tropas norte-coreanas já foram enviadas para a região fronteiriça de Kursk, onde a Rússia tem tentado repelir uma incursão ucraniana iniciada no Verão. Entretanto, a ministra dos Negócios Estrangeiros, Choe Son-hui, partiu na segunda-feira para uma visita oficial à Rússia, disse a agência de notícias estatal norte-coreana KCNA, sem adiantar o motivo da deslocação.
Hoje Macau China / ÁsiaEspionagem | China detém cidadão sul-coreano suspeito A China confirmou ontem a detenção de um cidadão sul-coreano por suspeita de espionagem. “O cidadão sul-coreano em questão foi detido pelas autoridades chinesas competentes por suspeita de espionagem”, confirmou Lin Jian, porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, em conferência de imprensa. “Os serviços competentes (…) deixaram inteiramente a cargo dos representantes da embaixada [sul-coreana] o cumprimento da sua missão consular”, sublinhou. “A China é um Estado de direito. Investiga e trata as actividades ilegais e criminosas em conformidade com a lei, protegendo simultaneamente os direitos das partes envolvidas”, apontou. O porta-voz não deu pormenores sobre a identidade do indivíduo detido nem sobre as acusações de que é alvo. As autoridades chinesas têm detido o homem de 50 anos desde o final de 2023, informou na segunda-feira a agência noticiosa sul-coreana Yonhap, citando fontes diplomáticas em Seul. Segundo a Yonhap, trata-se do primeiro cidadão sul-coreano a ser alvo da nova legislação contraespionagem da China. Na altura da sua detenção, o cidadão sul-coreano trabalhava para uma empresa de semicondutores na China e vivia na cidade de Hefei, no leste do país.
Hoje Macau China / ÁsiaProibição dos EUA de investimento em tecnológicas chinesas causa prejuízo global, diz CE de HK O líder do governo de Hong Kong disse ontem que a proibição de Washington de investir capital norte-americano em empresas tecnológicas chinesas vai ter impacto global, de acordo com a imprensa da região semiautónoma chinesa. “Mostra novamente que os políticos norte-americanos procuram os seus próprios interesses políticos, minando o investimento e o comércio normais, o mercado livre e a ordem económica. Isto irá prejudicar a cadeia de abastecimento global”, reagiu o chefe do Executivo, John Lee, citado pela emissora pública de Hong Kong RTHK. Em declarações antes da reunião do Conselho Executivo, Lee notou que a medida da administração de Joe Biden “prejudica os interesses de outros, bem como dos Estados Unidos enquanto nação, do seu povo e das suas empresas”, referiu. O governo de Hong Kong, continuou o responsável, “vai defender os próprios interesses e os interesses das empresas de Hong Kong”. “Trabalharemos igualmente com o país para proteger os interesses nacionais”, acrescentou. Segurança em primeiro A decisão dos Estados Unidos, anunciada na segunda-feira e que entra em vigor a 2 de Janeiro, proíbe o investimento em três sectores-chave da economia chinesa: semicondutores e microelectrónica, informação quântica e inteligência artificial. “A administração Biden-Harris está empenhada em proteger a segurança nacional dos Estados Unidos da América e em manter as tecnologias estratégicas avançadas fora das mãos daqueles que poderiam usá-las para ameaçar a nossa segurança nacional”, destacou o subsecretário do Tesouro, Paul Rosen, em comunicado. “A inteligência artificial, os semicondutores e as tecnologias quânticas são fundamentais para o desenvolvimento da próxima geração de aplicações militares, de vigilância, de inteligência e de certas aplicações de cibersegurança”, acrescentou. Rosen alertou, como forma de exemplo, que estas tecnologias poderiam ser utilizadas em sistemas informáticos avançados para quebra de código ou aeronaves de combate de nova geração.
Hoje Macau China / ÁsiaShenzhou-19 | Pequim apresenta nova tripulação A China revelou ontem as identidades dos membros da tripulação da missão Shenzhou-19, que parte amanhã para a estação espacial chinesa com a terceira mulher astronauta a bordo. Os três astronautas são Cai Xuzhe, Song Lingdong e Wang Haoze. Cai será o comandante, anunciou a Agência Espacial Chinesa para Missões Tripuladas, numa conferência de imprensa organizada no Centro de Lançamento de Satélites de Jiuquan, no noroeste do país. Cai já participou na missão Shenzhou-14, em 2022. Para Song e Wang, ambos nascidos na década de 1990, vai ser uma estreia no espaço. Antes de ser seleccionado como astronauta, Song serviu como piloto na força aérea, enquanto Wang foi engenheira na Academia de Tecnologia de Propulsão Aeroespacial, de acordo com a agência. Wang seguirá os passos de Liu Yang, que se tornou a primeira astronauta chinesa a ir para o espaço em 2012, e Wang Yaping, que se tornou a segunda a fazê-lo, em 2013. A Shenzhou-19 vai descolar às 04:27 de amanhã, informou a agência. A nave espacial transportará os astronautas para a estação espacial Tiangong, onde realizarão experiências, incluindo investigação sobre a construção de habitats lunares utilizando tijolos feitos de material simulado do solo lunar. Cabeça na lua A China, até agora o único país a ter pousado no lado mais distante da Lua, planeia construir uma base de exploração científica juntamente com a Rússia e outros países no polo sul do satélite natural. Os membros da tripulação ontem revelados substituirão os três astronautas que chegaram à estação espacial chinesa a bordo da missão anterior, a Shenzhou-18, em Abril. A Tiangong funcionará durante cerca de dez anos e tornar-se-á a única estação espacial do mundo a partir de 2024, se a Estação Espacial Internacional, uma iniciativa liderada pelos Estados Unidos à qual a China está impedida de aceder devido aos laços militares do seu programa espacial, for retirada este ano, como previsto. A China investiu fortemente no seu programa espacial e conseguiu aterrar com sucesso a sonda Chang’e 4 no lado mais distante da Lua e chegar a Marte pela primeira vez, tornando-se o terceiro país – depois dos Estados Unidos e da antiga União Soviética – a consegui-lo.
Hoje Macau China / ÁsiaPM japonês promete “reformas fundamentais” após perder maioria O primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, prometeu ontem iniciar “reformas fundamentais” dentro do Partido Democrático Liberal (PDL, conservador de direita), que perdeu a maioria na Câmara Baixa do Parlamento após as eleições gerais de domingo. “Vou iniciar reformas fundamentais em matéria de financiamento e política”, declarou Ishiba à imprensa. O responsável pela campanha do PDL demitiu-se ontem, na sequência do desaire, confirmou um dirigente do partido à agência de notícias France-Presse. “Como funcionário eleitoral, apresentei a minha carta de demissão” ao primeiro-ministro e presidente do partido, Shigeru Ishiba, “para assumir a responsabilidade pelo resultado, e [a demissão] foi aceite”, disse Shinjiro Koizumi, citado pela televisão japonesa Fuji TV. Ishiba atribuiu o desaire eleitoral à “suspeita, desconfiança e raiva” entre os eleitores após o escândalo financeiro que abalou o PDL. “O maior factor é a suspeita, a desconfiança e a raiva que não desapareceram em relação ao problema do financiamento e da política”, disse o primeiro-ministro à imprensa. O escândalo financeiro, que já tinha contribuído para a impopularidade do anterior primeiro-ministro, Fumio Kishida, levou o PDL a punir várias dezenas de membros por não terem declarado o equivalente a vários milhões de euros, recolhidos através da venda de bilhetes para noites de angariação de fundos. Daqui não saio Shigeru Ishiba garantiu ontem que pretende manter-se no cargo apesar do desaire eleitoral, indicando que não pretende criar um “vácuo político”. “Quero cumprir o meu dever, que é proteger a vida das pessoas, proteger o Japão”, insistiu o primeiro-ministro. Horas antes, Ishiba já tinha reconhecido à emissora pública NHK que o partido recebeu um “duro julgamento” por parte dos eleitores. De acordo com projeções baseadas em sondagens à boca das urnas, a coligação do PDL com o aliado Komeito não deverá obter a maioria absoluta. No final de uma campanha em que sofreu com a elevada inflação no Japão e com as consequências de um escândalo financeiro, o PDL poderá ter conquistado entre 153 e 219 lugares, segundo as primeiras projeções. Este número é muito inferior à maioria absoluta de 233 lugares, num total de 465. Sem uma maioria absoluta com o seu parceiro de coligação, o PDL terá de procurar outros aliados ou formar um Governo minoritário precário, uma vez que a oposição continua demasiado fragmentada para propor uma alternativa. Este resultado será praticamente inédito na história do PDL, que conseguiu manter-se no poder quase ininterruptamente desde 1955. Ishiba, 67 anos, que se tornou primeiro-ministro em 01 de Outubro, tinha convocado as eleições antecipadas, prometendo aos eleitores “um novo Japão”, com um programa de reforço da segurança e da defesa, de aumento do apoio às famílias com baixos rendimentos e de revitalização do mundo rural japonês.
Hoje Macau China / ÁsiaMoeda | Promovidos acordos de recompra definitiva na China O banco central chinês anunciou ontem a incorporação de acordos de recompra a título definitivo como parte das suas operações monetárias, visando gerir os prazos e manter uma liquidez adequada no mercado interbancário. Em comunicado, o Banco Popular da China (PBOC) adiantou que estas operações vão ser realizadas mensalmente, com duração máxima de um ano, e envolverão os principais participantes no mercado. A operação de recompra definitiva consistirá na compra de títulos com o compromisso de os vender numa data futura. As garantias incluirão obrigações soberanas, dívida local e de empresas. O novo instrumento vem juntar-se aos instrumentos existentes, como os acordos de recompra a sete dias e o financiamento aos bancos através de facilidades de crédito a médio prazo, que oferecem prazos intermédios de três e seis meses. Com esta medida, o banco central procura optimizar a gestão da liquidez antes do vencimento de 1,45 biliões de yuan em empréstimos de médio prazo, em Novembro e Dezembro, minimizando a necessidade de ajustamentos em baixa das reservas obrigatórias dos bancos, segundo dados divulgados pela agência de notícias financeira Bloomberg. Esta iniciativa permitirá também que as obrigações utilizadas como garantia continuem a circular no mercado secundário, reforçando assim a segurança dos mutuantes e alinhando as práticas chinesas com as normas internacionais. Isto aumenta ainda a flexibilidade do sistema financeiro do país e facilita a entrada de investidores estrangeiros no mercado interbancário, segundo analistas do sector, citados pelo jornal local The Paper.
Hoje Macau China / ÁsiaMar de Bohai | Pequim anuncia exercícios com fogo real A China anunciou ontem que vai realizar exercícios militares com fogo real no mar de Bohai, entre o litoral chinês e a península coreana, nos dias 29 e 30 de Outubro. Os exercícios decorrem hoje, entre a 00:00 e as 18:00, enquanto no dia 30 de Outubro decorrerão entre a 00:00 e as 12:00, segundo um comunicado da Administração de Segurança Marítima da China. Durante este período, o acesso às zonas designadas vai ser restringido, de acordo com o comunicado publicado no portal oficial da autoridade na cidade de Dalian. As manobras fazem parte das medidas de rotina da China no âmbito da sua estratégia de defesa marítima, reforçando a vigilância numa região considerada sensível devido à sua proximidade com a península coreana. A zona do mar de Bohai é uma importante área para a realização de exercícios militares chineses, normalmente conduzidos pelas tropas do Teatro de Operações Oriental do Exército de Libertação Popular. Esta área registou alguns incidentes no passado, inclusive em 2020, quando Pequim apresentou uma queixa formal aos Estados Unidos devido ao sobrevoo de um avião U-2 numa zona de exclusão durante exercícios militares, considerando a acção provocatória e uma violação de acordos bilaterais.
Hoje Macau China / ÁsiaShenzhou-19 | Finalizados testes de lançamento da missão tripulada A China está a preparar o lançamento da missão tripulada Shenzhou-19, que vai transportar um grupo de astronautas para a estação espacial Tiangong, onde realizarão experiências sobre a construção de habitats na Lua. As autoridades realizaram este fim de semana um lançamento simulado que incluiu uma verificação do funcionamento da torre de lançamento, do foguetão e da nave espacial, num teste que incluiu desde os preparativos iniciais até à separação do foguetão e da nave espacial, informou o Centro de Lançamento de Satélites de Jiuquan, no noroeste da China, em comunicado, no domingo. A tripulação da Shenzhou-19, cujas identidades ainda não foram reveladas, também realizou testes para verificar a comunicação e a coordenação entre a equipa de terra, a nave espacial e o foguetão. Uma componente inovadora da missão Shenzhou-19 será a entrega de tijolos feitos de material simulado do solo lunar, que serão transportados para a estação espacial chinesa na missão de carga Tianzhou-8, prevista para as próximas semanas. Uma vez recebidos os tijolos na estação espacial, os astronautas avaliarão o impacto das condições espaciais nos materiais de construção, numa tentativa de fazer avançar o desenvolvimento de estruturas habitáveis na superfície lunar, disse o especialista Kang Guohua, citado pelo jornal oficial Global Times. Kang disse que os testes representam um “avanço significativo” nos planos da China para futuras colónias espaciais e exploração do espaço profundo, num esforço para estabelecer uma presença duradoura na Lua. Construção lunar A China, o único país que até agora aterrou no lado mais distante da Lua, planeia construir uma base de exploração científica com a Rússia e outros países no polo sul da Lua. A Shenzhou-19 deve transportar a nova tripulação da Tiangong, que desde Abril inclui três astronautas que chegaram à estação no âmbito da missão anterior, a Shenzhou-18. A Tiangong vai funcionar durante cerca de dez anos e tornar-se-á a única estação espacial do mundo a partir de 2024, se a Estação Espacial Internacional, uma iniciativa liderada pelos Estados Unidos à qual a China está impedida de aceder devido aos laços militares do seu programa espacial, for retirada este ano, como previsto. A China investiu fortemente no seu programa espacial e conseguiu aterrar a sonda Chang’e 4 no lado mais afastado da lua – a primeira vez que tal foi conseguido – e tornou-se o terceiro país, depois dos Estados Unidos e da antiga União Soviética, a chegar a Marte.
Hoje Macau China / ÁsiaChina condena venda de mísseis dos Estados Unidos a Taiwan A China condenou a venda a Taiwan de sistemas de mísseis norte-americanos, denunciando uma acção que “prejudica seriamente as relações” com os Estados Unidos e “põe em perigo a paz” na região. A venda de sistemas de mísseis terra-ar a Taiwan “viola seriamente a soberania e os interesses de segurança da China, prejudica seriamente as relações sino-americanas e põe em perigo a paz e a estabilidade” no estreito, afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, num comunicado divulgado no sábado à noite. Pequim poderá tomar “todas as medidas necessárias para defender firmemente a soberania nacional, a segurança e a integridade territorial”. O negócio de 1,16 mil milhões de dólares, aprovado por Washington na sexta-feira e que ainda tem de ser aprovado pelo Congresso, inclui vários sistemas antiaéreos e 123 mísseis, de acordo com a agência norte-americana responsável pelas vendas militares ao estrangeiro. Outra venda anunciada na sexta-feira, envolve sistemas de radar no valor total de 828 milhões de dólares. O equipamento será retirado diretamente dos ‘stocks’ da Força Aérea dos EUA. Taiwan expressou, no sábado, “sincera gratidão” pela venda, que ajudará o exército a “continuar a melhorar a capacidade de defesa e a manter conjuntamente a paz e a estabilidade no estreito”. Os Estados Unidos não reconhecem Taiwan como um Estado e consideram a República Popular da China como o único governo legítimo, mas fornecem a Taipé uma ajuda militar substancial. Paz tremida Pequim opõe-se regularmente ao apoio dos EUA a Taiwan e acusa Washington de se intrometer em assuntos que são do interesse da China. As relações entre Pequim e Taipé têm-se deteriorado desde 2016, altura em que Tsai Ing-wen se tornou líder de Taiwan. William Lai, que era vice-líder na administração de Tsai, e que posteriormente assumiu a liderança do país manteve a posição de defesa da soberania do território. A China acusou ambos de procurarem aprofundar o fosso entre a ilha e o continente. Em resposta, Pequim intensificou a pressão diplomática e a actividade militar em torno do território.