Hoje Macau China / ÁsiaWang Yi na América | Biden no prato O Ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Yi, reuniu-se com o Presidente dos EUA, Joe Biden, na Casa Branca, na sexta-feira. O objectivo desta visita foi “comunicar com os EUA e implementar eficazmente o importante consenso alcançado na reunião entre os dois chefes de Estado em Bali, no ano passado, e aguardar com expectativa São Francisco, a fim de promover a estabilização e a recuperação das relações China-EUA para que estas regressem rapidamente a uma via de desenvolvimento saudável e estável”, disse Wang a Biden. Durante a sua reunião com Biden, Wang declarou que “o princípio de uma só China e os três comunicados conjuntos entre a China e os EUA constituem a base política mais importante para as relações bilaterais e devem ser mantidos sem interferência”. “A China atribui importância ao desejo dos EUA de estabilizar e melhorar as relações bilaterais”, disse Wang, por isso “todas as partes devem actuar de forma responsável em relação ao mundo, à história e às pessoas, e promover o desenvolvimento estável e positivo das relações China-EUA com base nos três princípios de respeito mútuo, coexistência pacífica e cooperação vantajosa para todos, propostos pelo Presidente Xi Jinping. Isto não só serve os interesses fundamentais de ambos os países e dos seus povos, mas também satisfaz as expectativas comuns da comunidade internacional”. Do lado americano, Joe Biden expressou que a parte americana está disposta a manter a comunicação com a China e a trabalhar em conjunto para enfrentar os desafios globais. Após a reunião de Biden com Wang, a Casa Branca disse que o presidente enfatizou a “necessidade de gerir a concorrência no relacionamento de forma responsável e manter linhas abertas de comunicação”. “Ele sublinhou que os Estados Unidos e a China devem trabalhar juntos para enfrentar os desafios globais”. Problemas detectados Durante a sua visita aos EUA, Wang também se encontrou com o Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, e com o Conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan. “O secessionismo de Taiwan é a maior ameaça à paz e à estabilidade no Estreito de Taiwan e o maior desafio às relações entre a China e os EUA, devendo ser firmemente combatido através de políticas e acções específicas”, disse Wang a Sullivan. Os dois concordaram num esforço conjunto para uma potencial reunião entre os dois chefes de Estado em São Francisco. Os EUA vão acolher a APEC em 2023, sob o tema “Criar um futuro resiliente e sustentável para todos”, em São Francisco. No seu encontro com Blinken, na quinta-feira, Wang afirmou que se ouvem frequentemente vozes dissonantes nas relações entre a China e os EUA, mas que a China está calma em relação a elas, porque considera que “o critério do certo e do errado não é determinado por quem tem mais bravata ou uma voz mais alta, mas sim pelo facto de se comportar de acordo com as disposições dos três comunicados conjuntos China-EUA, com o direito internacional e as normas básicas das relações internacionais e com a tendência dos tempos”. Biden e Xi | Encontro em Novembro Os Estados Unidos e a China concordaram em trabalhar na organização de um encontro no próximo mês entre os dois presidentes, depois de uma reunião na sexta-feira entre Joe Biden e o ministro chinês dos Negócios Estrangeiros, Wang Yi. Apesar das tensões bilaterais, o Presidente dos Estados Unidos espera reencontrar-se com o homólogo chinês, Xi Jinping, na cimeira da Cooperação Económica Ásia-Pacífico (APEC), que se realiza em São Francisco, na Califórnia, em meados de novembro. Xi Jinping ainda não confirmou a presença na cimeira. O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, John Kirby, não deu qualquer indicação se Pequim tinha respondido positivamente ao convite para que Xi Jinping visitasse os Estados Unidos. “Estamos a trabalhar em conjunto” tendo em vista essa visita por ocasião da cimeira da Apec, assegurou um funcionário americano que pediu anonimato.
Hoje Macau China / ÁsiaApesar das sanções, Huawei aumenta receitas O grupo tecnológico chinês Huawei disse que as suas receitas aumentaram nos primeiros três trimestres do ano, apesar das sanções impostas por Washington, que dificultam a venda dos seus produtos e a aquisição de tecnologia avançada. A empresa com sede em Shenzhen, no sudeste da China, informou que obteve 456,6 mil milhões de yuans em receitas, nos primeiros nove meses do ano, um aumento de 2,4%, em comparação com o mesmo período do ano passado. A Huawei, o maior fabricante do mundo de equipamentos de rede, disse que a sua margem de lucro líquido ascendeu a 16%, mas não deu nenhuma base de comparação. Ken Hu, o presidente rotativo da Huawei, afirmou que os números estavam “em linha com as previsões”, agradecendo aos clientes e parceiros da Huawei pela sua confiança e apoio. “No futuro, continuaremos a aumentar o nosso investimento em pesquisa e desenvolvimento para tirar o máximo partido da nossa carteira de negócios e elevar a competitividade dos nossos produtos e serviços para novos patamares”, afirmou. A Huawei, que não está cotada em bolsa, é alvo de sanções norte-americanas desde que o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump proibiu a empresa de fazer negócios com empresas norte-americanas, acusando-a de estar sujeita a cooperar com os serviços de espionagem da China. A medida cortou efetivamente o acesso da Huawei a semicondutores e a outras tecnologias dos EUA. A Huawei nega as acusações de que constitui um risco para a segurança e insiste que não espia para o Governo chinês. A empresa, que já foi um dos principais fabricantes de telemóveis, caiu do topo da classificação mundial, depois de ter perdido o acesso aos serviços Google para os seus dispositivos. Desde então, a Huawei dedicou-se a ajudar as empresas, fábricas e minas a digitalizarem-se. O grupo tem um dos maiores orçamentos mundiais para pesquisa e desenvolvimento, incluindo em tecnologias como ‘chips’ semicondutores e condução autónoma. Em setembro, a Huawei causou agitação depois de ter lançado a sua série de telemóveis Mate 60 na China. O topo de gama Mate 60 Pro utiliza um chip avançado de fabrico nacional, o que, segundo os especialistas, sugere que a empresa começou a ultrapassar as sanções impostas pelos EUA. Os consumidores chineses compraram os telemóveis Mate 60, dando à Huawei um aumento de 37% nas vendas de telemóveis, no terceiro trimestre, em comparação com o mesmo período do ano passado, mesmo quando outras marcas como a Apple, Oppo e Vivo registaram um declínio no crescimento das vendas, de acordo com a empresa de pesquisa de mercado Counterpoint Research. A Huawei disse no início desta semana que lançou um laboratório de saúde em Helsínquia, na Finlândia, como parte dos seus esforços para aprofundar a investigação em algoritmos de monitorização da saúde, a colocar em dispositivos.
Hoje Macau China / ÁsiaChina e EUA concordam em aumentar para 70 voos semanais entre os dois países A Administração de Aviação Civil chinesa (CAAC, na sigla em inglês) confirmou o aumento do número de voos semanais diretos de passageiros entre a China e os EUA para 70, a partir de 9 de novembro. O Departamento de Transportes dos Estados Unidos também já tinha anunciado os novos regulamentos na sexta-feira, aumentando o limite atual de 48 voos semanais (24 viagens de ida e volta) para 70. Entre as companhias aéreas chinesas que poderão lançar mais voos para os EUA estão a Air China, a Beijing Capital Airlines, a China Eastern Airlines, a China Southern Airlines e a Hainan Airlines, referiu o jornal chinês Global Times. As autoridades norte-americanas manifestaram o desejo de continuar o “diálogo produtivo” com a CAAC para facilitar uma reabertura gradual e mais ampla do mercado de serviços aéreos entre a China e os Estados Unidos. As ligações directas entre os dois países foram reduzidas ao mínimo durante a pandemia, devido à política chinesa de ‘covid zero’, que incluiu um encerramento quase total das fronteiras a estrangeiros. A agência de viagens online chinesa Qunar sugeriu que, “embora ainda haja uma diferença significativa em comparação com o volume de vôos em 2019, este último aumento, que é o segundo ajuste na frequência de vôos num curto período, indica uma tendência para ambos os lados expandirem as operações de vôo”. O aumento do número de vôos permite aos passageiros aceder a mais vôos diretos, o que é de “grande importância” para o fluxo de passageiros entre os dois países, afirmou a agência. Os 24 voos semanais entre a China e os EUA corresponde a 6% do volume de 2019, lamentou em junho o vice-presidente para o Norte da Ásia da Associação Internacional de Transportes Aéreos (IATA), Xie Xingquan. A retoma das inúmeras rotas aéreas que existiam antes da pandemia entre os dois países tem sido lenta, o que tem feito com que o preço dos bilhetes entre as duas maiores economias do mundo tenha permanecido elevado. O aumento da frequência dos vôos surge após a visita do ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, aos Estados Unidos, numa tentativa de melhorar as relações entre as duas potências. A viagem de Wang seguiu-se a visitas à China de vários responsáveis norte-americanos este ano, incluindo o secretário de Estado, Antony Blinken, os secretários do Tesouro e do Comércio, Janet Yellen e Gina Raimondo, e o enviado especial para as Alterações Climáticas, John Kerry. No início de outubro, o líder chinês Xi Jinping afirmou que a relação bilateral “irá determinar o destino da humanidade” após se reunir com a primeira delegação de senadores dos EUA a visitar a China em quatro anos.
Hoje Macau China / ÁsiaCaça chinês repele bombardeiro estratégico dos EUA Um caça chinês aproximou-se a menos de três metros de um bombardeiro norte-americano B-52, capaz de transportar ogivas nucleares, que sobrevoava o Mar do Sul da China, quase provocando um acidente, disse na sexta-feira o Exército dos Estados Unidos, que divulgou um vídeo de 38 segundos sobre o incidente. Durante a intercepção noturna, o caça bimotor Shenyang J-11 aproximou-se do avião da Força Aérea dos Estados Unidos a uma “velocidade excessiva e descontrolada, voando por baixo, à frente e a menos de três metros do B-52, colocando ambas as aeronaves em risco de embate”, afirmou o Comando para o Indo-Pacífico dos EUA, em comunicado. “Estamos preocupados com o facto de o piloto não ter consciência de que esteve muito perto de provocar um embate”, lê-se na mesma nota. O Governo chinês lê de forma diferente o incidente. “Para mostrar a verdade sobre o reconhecimento próximo dos EUA às portas da China, o Ministério da Defesa Nacional chinês publicou um vídeo que mostra que os EUA são os provocadores e causadores de problemas”, escreve o jornal Global Times. “Algumas horas antes da divulgação do vídeo dos EUA, a China tinha acabado de divulgar um vídeo dos militares dos EUA no Mar do Sul da China a aproximarem-se e a interromperem o treino normal dos militares chineses”, narra o Global Times. “Ainda mais crítico, mas não mencionado pelos EUA, é o facto de o B-52 dos EUA ser um bombardeiro estratégico que pode transportar ogivas nucleares, o que não é o mesmo que um bombardeiro normal. Porque é que apareceu no Mar do Sul da China? O que fez exactamente para que o lado chinês fizesse uma intercepção de emergência durante a noite? Em 2015, dois bombardeiros estratégicos B-52 invadiram sem autorização o espaço aéreo adjacente às ilhas Nansha, na China, e o Pentágono fez uma declaração especial mais tarde. A aparição do B-52 no Mar do Sul da China também recebeu atenção internacional muitas vezes desde então. Os militares norte-americanos não só o consideraram um dado adquirido, como acusaram a parte chinesa de intercepção injustificada. Pode ver-se que, no que diz respeito ao “encontro perigoso” causado pelo reconhecimento próximo dos militares dos EUA na vizinhança da China, a preocupação real dos militares dos EUA com a situação perigosa é muito menor do que o seu interesse em aumentar o perigo”, conclui o Global Times. “Condutores de autoestrada” O B-52 estava “legalmente a realizar operações de rotina sobre o Mar do Sul da China no espaço aéreo internacional” quando foi interceptado pelo J-11 na terça-feira, disseram os militares dos EUA. As Forças Armadas norte-americanas afirmaram no comunicado que o incidente não vai alterar a sua abordagem. “Os Estados Unidos vão continuar a voar, navegar e operar – de forma segura e responsável – onde a lei internacional permitir”, afirmaram os militares. Segundo Pequim, “no âmbito da sua estratégia de contenção da China, os EUA não querem genuinamente evitar o conflito, mas têm um forte impulso para demonstrar o seu poder militar através de acções provocatórias contra a China, uma vez que procuram obter uma vantagem psicológica sobre este país e dar ao mundo a impressão de que podem “conter” a China. É como os condutores que, na autoestrada, cortam frequentemente à frente dos outros só para mostrarem as suas capacidades de condução. Estas pessoas imprudentes são a verdadeira fonte de perigo. Em contrapartida, todas as acções da China são tomadas em legítima autodefesa. Como salientou o porta-voz do Ministério da Defesa Nacional chinês, os encontros directos entre navios e aviões chineses e americanos ocorrem todos nas zonas marítimas e aéreas que rodeiam a China, e não no Golfo do México ou ao largo da costa dos EUA. É o lado americano que vem à porta da China para provocar e causar problemas.”
Hoje Macau China / ÁsiaGaza | ONU alerta que “nenhum lugar é seguro A coordenadora dos assuntos humanitários da ONU para os territórios palestinianos alertou ontem que “nenhum lugar é seguro em Gaza” devido aos bombardeamentos israelitas no território desde o início da guerra com o Hamas. Lynn Hastings afirmou em comunicado que os “avisos prévios” emitidos pelo exército israelita para que as pessoas se retirem das zonas que pretende atingir “não fazem qualquer diferença”. “Nenhum sítio é seguro em Gaza”, afirmou Hastings, citada pela agência francesa AFP. A guerra foi desencadeada por um ataque do Hamas em Israel em 07 de Outubro, que as autoridades israelitas dizem ter causado mais de 1.400 mortos. Israel prometeu aniquilar o grupo islamita palestiniano e, desde então, tem bombardeado a Faixa de Gaza, com um saldo de mais de 6.500 mortos, segundo o Hamas. Hasting disse que o exército israelita “continua a avisar os habitantes da cidade de Gaza de que aqueles que permanecem em casa estão a colocar-se em perigo”. Referiu que, em alguns casos, a notificação do exército israelita] “encoraja as pessoas a irem para uma zona humanitária em Al-Mawasi”, situada a oeste da cidade de Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza. “Para as pessoas que não podem fugir, porque não têm para onde ir ou não podem deslocar-se, os avisos precoces não fazem qualquer diferença”, disse a coordenadora da ONU. Hastings lamentou que as pessoas tenham de enfrentar escolhas impossíveis “quando as rotas de evacuação são bombardeadas, (…) quando faltam os bens essenciais à sobrevivência e quando não há garantias de regresso”.
Hoje Macau China / ÁsiaPequim quer reforçar cooperação com a Califórnia na questão do clima O ministro do Ambiente chinês, Huang Runqiu, afirmou ontem que a China pretende reforçar a cooperação com os Estados Unidos na luta contra as alterações climáticas, durante uma reunião com o governador da Califórnia, Gavin Newsom. Newsom está a fazer uma visita de uma semana à China, visando promover a cooperação no âmbito da luta contra as alterações climáticas. A viagem de Newsom como governador, outrora considerada rotineira, ganhou maior relevo no âmbito das tensões crescentes entre EUA e China. O clima é uma das poucas questões em que os dois países concordaram em trabalhar juntos. As relações entre Pequim e Washington deterioraram-se nos últimos anos, devido a uma guerra comercial e tecnológica, diferendos em questões de direitos humanos, o estatuto de Hong Kong e Taiwan ou a soberania do mar do Sul da China. Huang disse que o seu ministério vai continuar a cumprir os acordos ao abrigo de um memorando de entendimento assinado no ano passado entre China e Califórnia, que inclui “investimentos no mercado do carbono, adaptação climática, implementação da lei ambiental e intercâmbio entre pessoas para reforçar a cooperação e ter um efeito positivo na cooperação ambiental China – EUA”. A Califórnia é líder na regulação da poluição atmosférica e outras questões relacionadas com o clima, disse Newsom, durante o encontro. “Mas reconhecemos os limites da liderança subnacional. Precisamos de mais parceiros. E estou aqui com esse espírito de parceria e também de humildade, reconhecendo que não temos todas as respostas”, disse o governador. Ambas as partes falaram sobre o aumento de fenómenos de clima extremo nos seus países. Objectivo comum Califórnia e China emitiram uma declaração na quarta-feira na qual se comprometem a trabalhar em conjunto para combater as alterações climáticas, incluindo promover o uso de energia eólica, tecnologias avançadas de armazenamento de energia e veículos com emissões zero. Newsom foi recebido em Pequim com uma cordialidade e simpatia raramente vistas entre autoridades norte-americanas e chinesas. Na quarta-feira, reuniu-se com o líder chinês, Xi Jinping, e outros líderes de topo, incluindo o ministro dos Negócios Estrangeiros, Wang Yi, e o vice-presidente, Han Zheng. Newsom destacou o clima como um domínio em que ambas as partes precisam de cooperar, uma vez que está em causa a sobrevivência e o futuro da população humana. Reuniu-se ainda com o chefe da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da China, órgão máximo de planeamento económico do Governo chinês.
Hoje Macau China / ÁsiaTiangong | Pequim envia tripulação mais jovem de sempre para estação espacial A política chinesa de desenvolvimento espacial conheceu ontem um novo capítulo com a colocação em órbita dos astronautas mais jovens de sempre. O objectivo é ter um astronauta chinês na lua até 2030 A China lançou ontem a tripulação mais jovem de sempre para a sua estação espacial Tiangong, em órbita, no âmbito da estratégia de enviar um astronauta chinês à Lua até 2030. A missão tripulada Shenzhou-17 partiu a bordo de um foguetão às 11:14 do centro de lançamento de Jiuquan, no deserto de Gobi, no noroeste do país, segundo a agência espacial chinesa responsável pelos voos espaciais tripulados (CMSA). De acordo com a televisão estatal chinesa CCTV, a idade média dos três membros da tripulação, 38 anos, é a mais baixa desde o lançamento da missão inicial de construção da estação espacial, que ficou concluída no final de 2022. O trio de ‘taikonautas’ (o nome chinês para astronautas) Tang Hongbo (40 anos), Tang Shengjie (33 anos) e Jiang Xinlin (35 anos) deverá chegar à Tiangong dentro de seis ou sete horas, para substituir uma tripulação que está na estação há seis meses. A agência anunciou também ontem planos para enviar um novo telescópio para sondar as profundezas do universo. A CCTV disse que o telescópio permitiria mapear o céu, mas nenhum prazo foi dado para a instalação. A viagem de ontem insere-se na estratégia de enviar um astronauta chinês à Lua até 2030, um dos principais objectivos de um programa espacial no qual o país já investiu milhares de milhões de euros. Por todo o espaço A China tem actualmente projectos de cooperação com a Agência Espacial Europeia e o Gabinete das Nações Unidas para os Assuntos Espaciais Exteriores, que podem vir a aumentar, tendo em conta que a Tiangong pode em 2024 tornar-se a única estação espacial operacional. A Estação Espacial Internacional, iniciativa liderada pelos Estados Unidos e à qual a China está proibida de aceder devido aos laços militares do seu programa espacial, deverá ser abandonada em 2024. Em 2019, a China pousou uma nave espacial no lado mais distante da Lua, tornando-se a primeira nação do mundo a fazê-lo, e em 2020, trouxe de volta amostras lunares e finalizou o Beidou, sistema de navegação por satélite. Em 2021, a China fez aterrar um pequeno robô em Marte, e o próximo passo é garantir o lançamento de duas missões espaciais tripuladas por ano, segundo a CMSA. O país quer ainda lançar em 2030 a missão espacial Tianwen-3, para recolher e trazer de volta para a Terra amostras do solo de Marte, disse à Lusa no início do mês o cientista português André Antunes, responsável pela unidade de astrobiologia do Laboratório de Referência do Estado para a Ciência Lunar e Planetária da Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau (MUST).
Hoje Macau China / ÁsiaSupremo Tribunal do Japão considera inconstitucional requisitos para mudança de género O Supremo Tribunal do Japão considerou ontem inconstitucional a lei que exige que as pessoas transexuais tenham de remover os seus órgãos reprodutivos para poderem mudar oficialmente de género. A decisão dos 15 juízes foi a primeira sobre a constitucionalidade da lei japonesa de 2003 que exige a remoção dos genitais para a mudança de género, reconhecida pelo Estado, uma prática criticada por grupos médicos e de direitos humanos internacionais. O caso foi movido por uma japonesa cujo pedido de mudança de género no registo familiar – de homem para mulher – foi rejeitado pelos tribunais inferiores. A queixosa, identificada apenas como residente no oeste do Japão, apresentou originalmente o pedido em 2000, dizendo que a exigência de uma cirurgia impõe um enorme fardo económico e físico e que viola as protecções de direitos iguais da Constituição. No início do mês, um tribunal de família local tinha aceitado o pedido de um homem transgénero para uma mudança de género sem a cirurgia obrigatória, dizendo que a regra é inconstitucional, numa decisão sem precedentes. Uma decisão que tinha dado esperança aos grupos de direitos humanos e à comunidade LGBTQ+ no Japão numa eventual mudança na lei. Regras e excepções Mais de 10 mil japoneses mudaram oficialmente de género desde 2003, de acordo com documentos judiciais ligados à decisão do tribunal, datada de 11 de Outubro. Em 2019, o Supremo Tribunal do Japão, num outro caso movido por um homem transgénero que pretendia uma mudança de registo de género sem a necessária remoção de órgãos sexuais e cirurgia de esterilização, tinha considerado a lei em vigor constitucional. Nessa decisão, o tribunal superior disse que a lei se destinava a reduzir a confusão nas famílias e na sociedade, embora reconhecesse que restringe a liberdade e poderia ficar desactualizada face à mudança dos valores sociais. Em Junho, um tribunal distrital de Fukuoka, no sul do Japão, decidiu que a proibição do casamento entre pessoas do mesmo sexo é constitucional, mas defendeu que a falta de protecção legal para pessoas LGBTQ+ parece ser inconstitucional. A decisão, ainda longe das expectativas dos activistas, foi vista como um avanço no sentido de pressionar o país a permitir o casamento entre pessoas do mesmo sexo. O Japão é o único membro do G7 (grupo dos sete países mais industrializados do mundo) sem protecções legais LGTBQ+. O apoio à legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo cresceu entre a população do país, mas o governante do Partido Liberal Democrático, conhecido pelos seus valores conservadores e relutância em promover a igualdade de género e a diversidade sexual, é a principal oposição aos direitos do casamento e outros reconhecimentos da igualdade LGTBQ+. A decisão envolveu o último dos cinco processos judiciais movidos por 14 casais do mesmo sexo em 2019 que acusavam o governo de violar a igualdade.
Hoje Macau China / ÁsiaPequim acusa EUA de ser o maior perturbador da paz no mundo A China acusou ontem os Estados Unidos de serem o “maior elemento perturbador da paz e da estabilidade” no mundo, numa reação a um relatório do Pentágono sobre a crescente expansão militar do país asiático. O relatório anual, exigido pelo Congresso norte-americano, é uma forma de o Pentágono avaliar as capacidades militares da China, que o governo dos Estados Unidos considera como a principal ameaça na região Ásia-Pacífico e o maior desafio de segurança a longo prazo. Em comunicado, o ministério da Defesa chinês qualificou as conclusões do relatório do Pentágono como “falsas” e atacou as recentes acções dos EUA em apoio a Israel e à Ucrânia, assim como a construção de instalações militares em todo o mundo. “Os EUA enviaram munições de urânio empobrecido e bombas de fragmentação para a Ucrânia, enviaram porta-aviões de combate para o Mediterrâneo e armas e munições para Israel. É este o ‘evangelho’ que o ‘defensor dos Direitos Humanos’ está a trazer para a região?”, questionou Wu Qian, porta-voz do ministério da Defesa chinês. O relatório do Pentágono indicou que a China está a expandir rapidamente a sua força nuclear, em consonância com o crescimento geral das Forças Armadas. Num aviso emitido anteriormente, o Pentágono indicou que Pequim deve quadruplicar o número de ogivas que possui, para 1.500, até 2035. O principal diplomata da China, Wang Yi, vai visitar os Estados Unidos esta semana, antes de um possível encontro entre os líderes dos dois países, Joe Biden e Xi Jinping, em Novembro.
Hoje Macau China / ÁsiaHong Kong vai elaborar a sua própria lei de segurança nacional em 2024 O chefe do governo de Hong Kong anunciou ontem que o território vai elaborar a sua própria lei de segurança nacional em 2024. “Alguns países estão a minar a China e a implementação do [princípio] ‘Um país, dois sistemas’ em Hong Kong para seu próprio benefício. As forças externas continuam a imiscuir-se nos assuntos de Hong Kong”, acusou John Lee, no seu discurso político anual. “Devemos manter-nos vigilantes contra o possível ressurgimento da violência nas ruas, estar conscientes das rebeliões encobertas através de uma ‘resistência branda’ e estar atentos aos movimentos antigovernamentais no estrangeiro que regressam a Hong Kong. Devemos prestar especial atenção às actividades anti-China e desestabilizadoras, camufladas em nome dos direitos humanos, da liberdade, da democracia e dos meios de subsistência”, contextualizou o chefe do Executivo. Razão pela qual “o governo está a avançar com a elaboração de opções legislativas eficazes e vai concluir o exercício legislativo em 2024” para cumprir o seu “dever constitucional”, como se encontra estipulado na miniconstituição do território, prevendo que o Governo da região administrativa especial chinesa “deve completar, o mais rapidamente possível, a legislação relativa à protecção da segurança nacional, tal como estipulado na lei fundamental, e aperfeiçoar a legislação pertinente”. Por cumprir Em 2019, Hong Kong foi palco de grandes protestos, espoletados por uma lei que previa a extradição de suspeitos de crimes para a China continental, mas as reivindicações evoluíram para a exigência de mais liberdades e autonomia em relação a Pequim. Em resposta, Pequim impôs uma Lei de Segurança Nacional que pune a secessão, a subversão, o terrorismo e a conivência com forças estrangeiras com penas que podem ir até à prisão perpétua. Nos termos da Lei Básica, que constitui a Constituição da Região Administrativa Especial chinesa, Hong Kong é obrigada a elaborar a sua própria legislação sobre sete crimes de segurança, incluindo a traição e a espionagem. Esta tarefa, também designada pelo governo do território como uma “responsabilidade constitucional”, ainda não foi cumprida, mais de 25 anos depois de a antiga colónia britânica ter sido devolvida à China. De acordo com o Gabinete de Segurança de Hong Kong, um total de 280 pessoas foram detidas até ao final de Setembro e 30 foram condenadas ao abrigo da Lei de Segurança Nacional, em vigor desde que Pequim a promulgou em 2020.
Hoje Macau China / ÁsiaClima | Governador da Califórnia reúne com Wang Yi em Pequim Gavin Newsom está na China, numa visita de uma semana, para promover a colaboração do Estado californiano com a s autoridades chinesas no combate às alterações climáticas O governador do Estado norte-americano da Califórnia, Gavin Newsom, reuniu-se ontem com o chefe da diplomacia da China, Wang Yi, num breve momento de simpatia que contrasta com a tensão na relação bilateral. Gavin Newsom está a fazer uma visita de uma semana à China, visando promover a cooperação no âmbito da luta contra as alterações climáticas. A viagem de Newsom como governador, outrora considerada rotineira, ganhou maior relevo no âmbito das tensões crescentes entre os EUA e a China. “Estou aqui na expectativa de virar a página, de renovar a nossa amizade e de voltar a envolver-nos em questões fundamentais que determinarão a nossa fé colectiva no futuro”, disse Newsom num breve discurso de abertura antes do seu encontro com Wang. Newsom está a visitar Hong Kong, Pequim, Xangai e as províncias de Guangdong e Jiangsu. Num discurso proferido na Universidade de Hong Kong, na segunda-feira, prometeu continuar a cooperar no domínio das alterações climáticas, independentemente do resultado das próximas eleições presidenciais nos EUA. O ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, também utilizou um tom optimista: “O Presidente [chinês], Xi [Jinping] afirmou que a base das relações entre a China e os EUA está no contacto entre as pessoas. Penso que a sua visita à China estabelece uma base sólida, dá esperanças e abre possibilidades para o futuro”. Wang disse também saber que a viagem de Newsom atraiu muitas críticas, mas que a encara de forma positiva. “Penso que o tempo e os factos vão certamente provar que a sua visita à China está de acordo com os desejos do povo da Califórnia e com os interesses do povo norte-americano e as expectativas da sociedade global”, frisou. Outros tempos, mesmas vontades Newsom reuniu ainda com o chefe da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da China, órgão máximo de planeamento económico do Governo chinês. Os governadores da Califórnia, que têm uma economia maior do que a da maioria dos países, têm uma longa história de colaboração climática com a China. O democrata Jerry Brown e o republicano Arnold Schwarzenegger também viajaram para a China para trocar conhecimentos sobre a redução da poluição atmosférica e das emissões e, desde que deixou o cargo, Brown lançou o Instituto Climático Califórnia-China na Universidade da Califórnia, em Berkeley.
Hoje Macau China / ÁsiaCorrupção | Executivo de empresa estrangeira detido na China A China deteve um executivo de uma agência de comunicação estrangeira por alegada corrupção, confirmou a empresa-mãe WPP, numa altura em que grupos estrangeiros estão preocupados com o ambiente empresarial na segunda maior economia mundial. Estes receios foram agravados após consecutivas rusgas e interrogatórios a empresas de consultoria norte-americanas, nos últimos meses. As empresas estão também preocupadas com a nova versão da lei de contraespionagem, que entrou em vigor em Julho e que ampliou significativamente o leque de acções que podem ser consideradas ameaças à segurança nacional. Na segunda-feira, o gigante britânico da publicidade WPP disse que um executivo de uma das suas filiais, a agência de comunicação GroupM, estava detido na China por acusações de corrupção. O WPP está a “cooperar com as autoridades e a conduzir a sua própria investigação com uma terceira parte independente”, disse o grupo, citado pela agência France Presse, acrescentando que “rescindiu” o contrato do funcionário. O jornal britânico Financial Times noticiou na sexta-feira passada que os escritórios do GroupM em Xangai, a “capital” económica da China, foram alvo de uma rusga e que um executivo foi detido. No sábado, a polícia de Xangai disse ter “resolvido um caso de corrupção comercial” e detido três suspeitos, entre os quais “um publicitário”. O comunicado não especificava a empresa em causa. Sob os suspeitos recai a acusação de terem “tirado partido da sua posição, entre 2019 e Fevereiro de 2023, para aceitar somas avultadas em subornos”, lê-se na mesma nota.
Hoje Macau China / ÁsiaDiplomacia | Wang Yi nos EUA para manter diálogo de alto nível O conflito Israel – Hamas e a guerra na Ucrânia deverão ser alguns dos temas abordados pelos responsáveis da diplomacia chinesa e norte-americana no encontro que irá decorrer em Washington esta semana O chefe da diplomacia da China vai-se deslocar aos Estados Unidos esta semana para uma visita de três dias, ilustrando os esforços dos dois países para retomar o diálogo de alto nível, apesar das tensas relações bilaterais. O ministro chinês dos Negócios Estrangeiros, Wang Yi, deve reunir com o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, e com o conselheiro de Segurança Nacional, Jake Sullivan. Segundo fontes da Administração norte-americana citadas pela agência Associated Press, os responsáveis vão abordar o conflito Israel – Hamas, a guerra na Ucrânia e os recentes embates entre um navio chinês e uma embarcação filipina no mar do Sul da China. A viagem de Wang decorre cerca de três semanas antes da cimeira da Cooperação Económica Ásia – Pacífico em São Francisco, onde existe a possibilidade de o Presidente norte-americano, Joe Biden, reunir com o homólogo chinês, Xi Jinping. Os funcionários não confirmaram a reunião entre os líderes. A viagem de Wang foi descrita como sendo recíproca à visita de Blinken a Pequim em Junho passado. Pequim também não confirmou se Xi se vai deslocar a São Francisco para a cimeira anual da APEC. Wang vai frisar a “posição e os princípios da China sobre as relações com os EUA e as legítimas preocupações” de Pequim, afirmou ontem a porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Mao Ning, em conferência de imprensa. A China espera “impulsionar em conjunto as relações bilaterais de volta ao caminho do desenvolvimento sólido e estável”, acrescentou. Impasse eterno Durante a visita de Wang, as autoridades norte-americanas vão pressionar a China a ser mais construtiva no Médio Oriente, disseram os altos funcionários da Casa Branca citados pela AP. No início do mês, Blinken abordou por telefone com Wang a importância de manter a estabilidade na região e de desencorajar a entrada de outras partes no conflito. Os embates ocorridos no fim de semana entre embarcações filipinas e chinesas em águas disputadas no Mar do Sul da China também vão ser abordados durante as reuniões com Wang, disseram os funcionários norte-americanos. Washington respondeu afirmando o seu apoio a Manila e criticando Pequim pelas suas “acções perigosas e ilegais”. A China, no entanto, reivindicou as águas como parte do seu território e acusou as Filipinas de “violar gravemente a soberania territorial da China” ao abandonar um navio da marinha no local. Pequim prometeu tomar “as medidas necessárias” para defender a soberania e os interesses marítimos da China. À medida que os Estados Unidos enfrentam a ascensão da China como potência global, Biden apelou à criação de “linhas de protecção” para gerir as relações bilaterais, mas a China rejeitou-as. Em vez disso, exigiu um “tipo diferente de relação entre grandes potências”, segundo o qual os EUA devem respeitar os interesses fundamentais do país asiático.
Hoje Macau China / ÁsiaAIE prevê pico de combustíveis fósseis esta década e aquecimento de 2,4 graus O pico de consumo de combustíveis fósseis será atingido esta década, mas já não irá a tempo de evitar um aquecimento global de 2,4 graus Celsius, alertou ontem a Agência Internacional de Energia (AIE). Num relatório, a AIE lembrou que o aquecimento acumulado até agora já ronda os 1,2 graus e deverá duplicar até ao final do século com a dinâmica actual. Isto apesar da transição para a energia limpa estar em curso e a única questão ser quanto tempo levará a concretizar-se, sublinhou o director executivo da agência, Fatih Birol. A AIE admitiu que ainda considera “possível, mas muito difícil”, conseguir limitar o aquecimento global a 1,5 graus, o objectivo que a comunidade internacional estabeleceu com o Acordo de Paris, em 2015. A agência sublinhou que cumprir essa meta exigiria uma redução muito mais acentuada no uso de combustíveis fósseis. Embora o pico de consumo de carvão já deva ter sido atingido e o pico de consumo de petróleo e gás natural deva acontecer esta década, os combustíveis fósseis continuarão a corresponder a cerca de 73 por cento da procura global de energia em 2030. A acelerar Por outro lado, a AIE sublinhou que a transição para os automóveis eléctricos está a acontecer mais depressa do que o esperado e previu que 40 por cento dos carros vendidos em 2030 serão movidos a electricidade. A agência disse ainda acreditar que, até ao final da década, as energias renováveis representarão 80 por cento da nova capacidade de produção de electricidade, com a energia solar a representar mais de metade. As políticas anuais permitem a instalação de painéis solares com capacidade para produzir 500 gigawatts por ano, mas a AIE garantiu que o mundo poderia fabricar e instalar painéis solares com uma capacidade para produzir 1.200 gigawatts por ano até 2030. Ou seja, com o reforço das redes eléctricas e do armazenamento de electricidade, poderia ser integrada muito mais produção de fontes renováveis, o que reduziria mais rapidamente a utilização de combustíveis fósseis, sobretudo do carvão e especialmente na China. A China, que na última década absorveu quase dois terços da procura adicional de petróleo e um terço da procura de gás, além de ser o principal consumidor de carvão, é agora uma potência nas energias limpas, sublinhou a agência. A procura por combustíveis fósseis e as emissões associadas começarão a diminuir a partir de 2025 e será a Índia a impulsionar o crescimento do consumo de energia, seguida do Sudeste Asiático e África. A AIE defendeu que, para reduzir o uso de combustíveis fósseis, será decisivo encontrar financiamento para o desenvolvimento de tecnologias de baixas emissões nestas regiões.
Hoje Macau China / ÁsiaOMC | Timor-Leste e Indonésia assinam acordo sobre bens e serviços Timor-Leste e a Indonésia assinaram o acordo bilateral de acesso ao mercado de serviços e bens no âmbito do processo de adesão do país à Organização Mundial do Comércio (OMC), anunciou ontem o Governo timorense. Segundo informação divulgada ontem na página oficial do Governo, o acordo foi assinado na segunda-feira em Genebra, Suíça, pela representante permanente de Timor-Leste naquele país, e pelo embaixador indonésio, Febrian A. Ruddyard. “A assinatura deste acordo marca a conclusão de nove de dez negociações bilaterais conduzidas por Timor-Leste, significando um importante passo para a integração de Timor-Leste no sistema multilateral de comércio e no seu processo de adesão à OMC”, refere o Governo timorense. Para o Governo de Timor-Leste, o acordo bilateral “representa também um passo significativo para impulsionar o crescimento económico nacional, as relações comerciais e os esforços” do país para entrar na Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) e “reforça as relações diplomáticas” com a Indonésia. Segundo a OMC, o grupo de trabalho para a adesão de Timor-Leste à organização foi estabelecido em Dezembro de 2016.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Sul intercepta barco com quatro desertores norte-coreanos As autoridades da Coreia do Sul interceptaram ontem um barco de madeira nas águas do mar do Japão com quatro norte-coreanos a bordo, que pediram para desertar, avançou o Governo de Seul. O Estado-Maior Conjunto (JCS) sul-coreano confirmou em comunicado que “sinais incomuns foram detectados na manhã desta terça-feira em águas próximas à Linha Limite Norte no Mar do Leste”, nome dado ao mar do Japão pelas duas Coreias. A Linha Limite Norte serve para dividir, no mar Amarelo e no mar do Japão, as águas territoriais dos dois vizinhos, que tecnicamente ainda estão em guerra. As Forças Navais sul-coreanas, com a cooperação da guarda costeira, conseguiram intercetpar um “pequeno navio de madeira” que tinha atravessado a linha, em águas a leste da cidade portuária de Sokcho, cerca de 150 quilómetros a nordeste da capital. Fontes do Governo de Seul, citadas pela agência de notícias sul-coreana Yonhap, indicaram que havia quatro cidadãos norte-coreanos no barco que “expressaram a intenção de desertar”. Os quatro deverão ser interrogados pelos militares e pela agência de segurança sul-coreana nas próximas horas. Salve-se quem puder Embora os norte-coreanos raramente optem por fugir para o Sul através das fronteiras terrestres e marítimas, fortemente militarizadas em ambos os lados, alguns ocasionalmente conseguem fazê-lo de barco. Os desertores normalmente tentam atravessar a pé ou a nado os rios que separam a Coreia do Norte da China e de lá tentam chegar a um terceiro país – habitualmente a Tailândia – para pedir asilo numa embaixada ou consulado sul-coreanos. No entanto, o número de deserções tem caído em flecha, em parte devido ao reforço da segurança fronteiriça por parte do regime norte-coreano devido à pandemia. Por outro lado, as autoridades chinesas têm usado métodos cada vez mais sofisticados para detectar a presença na China de norte-coreanos, que são automaticamente deportados para a Coreia de Norte. Em 2019, pouco mais de mil desertores norte-coreanos chegaram ao Sul, enquanto em 2022 apenas 59 o fizeram. Nos primeiros seis meses de 2023 entraram na Coreia do Sul 99 norte-coreanos, cinco vezes mais do que no mesmo período do ano anterior.
Hoje Macau China / ÁsiaJerusalém | Macron propõe coligação internacional para combater Hamas O Presidente francês, Emmanuel Macron, propôs ontem em Jerusalém que a coligação internacional actualmente destacada no Iraque e na Síria para combater o Estado Islâmico possa também actuar contra o Hamas. “A França está pronta para que a coligação internacional contra o Estado Islâmico, na qual estamos envolvidos, possa também lutar contra o Hamas”, afirmou Macron após um encontro com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu. “Proponho aos nossos parceiros internacionais que construamos uma coligação regional e internacional para lutar contra os grupos terroristas que nos ameaçam a todos”, insistiu, citado pela agência francesa AFP. Macron viajou ontem para Israel para expressar a solidariedade da França na sequência do ataque de 7 de Outubro do Hamas que provocou 1.400 mortos, segundo as autoridades de Telavive.
Hoje Macau China / ÁsiaIsrael | China diz que “todos os países” têm o direito à defesa O ministro dos Negócios Estrangeiros da China disse ao homólogo israelita que “todos os países” têm o direito de se defender, no primeiro contacto diplomático bilateral desde que o conflito em Gaza eclodiu. O diplomata enfatizou que todos os países “devem respeitar o direito humanitário internacional e proteger a segurança dos civis, assim como prometeu que a China “faria o seu melhor” para apoiar os esforços “conducentes à paz”. “A tarefa mais urgente agora é evitar que a situação piore e conduza a uma catástrofe humanitária mais grave”, disse Wang Yi. Desde 9 de Outubro, dois dias após o início da guerra com o Hamas, Israel impôs um cerco total à Faixa de Gaza, enclave com 2,3 milhões de habitantes, e cortou o abastecimento de água, electricidade e alimentos. Wang Yi reiterou a posição de Pequim, que considera que só uma solução de dois Estados pode pôr fim ao conflito. A China “espera sinceramente que a questão palestiniana seja resolvida de uma forma abrangente e justa com base na ‘solução de dois Estados’ e que as preocupações legítimas de segurança de todas as partes sejam resolvidas de uma forma genuína e completa”, disse o ministro. Pequim não condenou de forma explícita o ataque do Hamas e os Estados Unidos disseram esperar que a amizade entre a China e o Irão, que apoia o movimento islamita palestiniano, possa ajudar a pôr termo à crise. Perigo de contágio A China afirmou na segunda-feira que está a encarar a situação em Gaza com “grande preocupação” e considerou que existe risco crescente de ocorrer um conflito em grande escala, através da expansão para as fronteiras vizinhas. Citado pela televisão estatal chinesa CCTV, o enviado especial de Pequim para o Médio Oriente, Zhai Jun, que se encontra em visita à região, alertou para a possível propagação do conflito a nível regional e internacional, especialmente ao longo das fronteiras do Líbano e da Síria, o que está a criar um quadro preocupante. Durante a Cimeira da Paz do Cairo, no sábado, Zhai exortou a comunidade internacional a estar “altamente vigilante” sobre a situação e a tomar medidas imediatas para garantir o cumprimento rigoroso do Direito humanitário internacional. O grupo islamita do Hamas lançou a 7 de Outubro um ataque surpresa contra o sul de Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados, fazendo mais de duas centenas de reféns. Em resposta, Israel declarou guerra ao Hamas, movimento que é classificado como terrorista pela União Europeia (UE) e Estados Unidos, bombardeando várias infraestruturas do grupo na Faixa de Gaza.
Hoje Macau China / ÁsiaMoçambique | China e Portugal com mais de 20% da dívida pública externa Mais de 20 por cento da dívida externa contraída por Moçambique até final de Junho era com a China e Portugal, totalizando quase 2.000 milhões de euros, segundo dados de um relatório governamental Até ao final de Junho, mais de um quinto de toda a dívida pública externa moçambicana era com Portugal e China, numa quantia de quase 2 mil milhões de euros, de acordo com um relatório governamental a que a Lusa teve acesso. De acordo com o relatório sobre a dívida pública, do Ministério da Economia e Finanças, Moçambique tinha no final do primeiro semestre um ‘stock’ de dívida pública contraída externamente num valor total superior a 10.215 milhões de dólares (9.663 milhões de euros), uma redução de 2,9 por cento face ao primeiro trimestre. Desse total, 52,1% correspondia a dívida pública externa contraída junto de credores multilaterais, no valor global de 5.326 milhões de dólares (5.038 milhões de euros), um aumento de 6,5 por cento face ao primeiro trimestre. Contudo, só 3.045 milhões de dólares (2.890 milhões de euros) correspondem ao financiamento da Associação Internacional de Desenvolvimento, do grupo Banco Mundial. Já o peso dos credores bilaterais é de 39 por cento do total da dívida pública externa, que ascendia no final de Junho a 3.988 milhões de dólares (3.784 milhões de euros), menos quase 1 por cento face ao final de Março. Outras balanças Só a China representava 15,8 por cento de toda a dívida pública externa de Moçambique, totalizando mais de 1.616 milhões de dólares (1.533 milhões de euros), inalterada face ao primeiro trimestre, enquanto Portugal representava 4,4 por cento do total, no valor de 452,3 milhões de dólares (429 milhões de euros), uma redução de 4,7 por cento no espaço de três meses. Entre outros credores bilaterais da dívida pública externa moçambicana estão ainda a Líbia, com 253,3 milhões de dólares (429,1 milhões de euros), Angola, com 61,4 milhões de dólares (58,2 milhões de euros), o Brasil, com 47,4 milhões de dólares (44,9 milhões de euros), ou a Rússia, com praticamente 56 milhões de dólares (53,1 milhões de euros).
Hoje Macau China / ÁsiaBolsa | Venda de títulos chineses agrava fuga de capital Investidores estrangeiros venderam o equivalente a 3,1 mil milhões de euros em acções de empresas cotadas na China, na semana passada, após o país ter registado em Setembro a maior fuga de capitais desde 2016, segundo um relatório. De acordo com o banco de investimento norte-americano Goldman Sachs, a fuga de capitais da segunda maior economia do mundo ascendeu este mês ao equivalente a 4,8 mil milhões de euros. Na semana passada, o índice CSI 300, que reúne as maiores empresas cotadas na China, caiu 4,2 por cento, aproximando-se do nível mais baixo dos últimos 12 meses. “Com as taxas de juro mais altas por mais tempo nos Estados Unidos e a necessidade de maior flexibilização da política monetária na China, a pressão para a saída de capitais e a depreciação [da moeda chinesa, o yuan] vai persistir”, afirmaram os economistas do Goldman Sachs, num outro relatório publicado ontem. Cerca de 75 mil milhões de dólares (mais de 70 mil milhões de euros) saíram do país em Setembro, a maior saída líquida desde 2016, de acordo com o banco norte-americano, que utiliza a sua própria medida do fluxo monetário transfronteiriço. Esta saída ocorreu depois de uma fuga de 42 mil milhões de dólares em Agosto (quase 40 mil milhões de euros), quando tanto a balança de capitais como a balança corrente registaram défices. Apesar do elevado excedente nas trocas comerciais entre a China e o resto do mundo, o país registou uma entrada líquida de 15 mil milhões de dólares em Setembro, contra 26 mil milhões de dólares em Agosto, o que sugere que as empresas mantiveram parte das suas receitas de exportação fora do país, face à depreciação da moeda chinesa.
Hoje Macau China / ÁsiaTsingtao | Investigado funcionário por urinar nas matérias-primas A fábrica de cerveja chinesa Tsingtao anunciou que abriu uma investigação depois de um vídeo que mostra um trabalhador da fábrica a urinar nas matérias-primas se ter tornado viral na semana passada. As imagens, publicadas ‘online’ na quinta-feira, mostram alegadamente um trabalhador do armazém da Tsingtao Brewery Co, um dos maiores fabricantes de cerveja da China, a subir para um grande contentor e a aliviar-se no seu conteúdo. O vídeo circulou nas redes sociais chinesas, registando dezenas de milhões de visualizações na popular plataforma Weibo. A Tsingtao disse na sexta-feira que contactou a polícia sobre o incidente e que estava a decorrer uma investigação. “A nossa empresa atribui grande importância ao vídeo”, afirmou o fabricante de cerveja num comunicado. “Comunicámos o incidente à polícia o mais rapidamente possível e os órgãos de segurança pública estão envolvidos na investigação”, acrescentou. “Actualmente, o lote de malte em questão foi totalmente selado. A empresa continua a reforçar os seus procedimentos de gestão e a garantir a qualidade dos seus produtos, acrescentou”. A Tsingtao, o segundo maior fabricante de cerveja da China, é uma das marcas de bebidas mais conhecidas do país e pode ser encontrada na maioria dos bares e restaurantes da Ásia. Nos últimos anos, a empresa cotada em Hong Kong procurou capitalizar a mudança de gostos dos jovens bebedores chineses, diversificando para cervejas artesanais e outros produtos.
Hoje Macau China / ÁsiaFilipinas convocam embaixador chinês devido a incidente com navios O Governo de Manila convocou ontem o embaixador chinês no país, após duas colisões entre navios chineses e filipinos no disputado mar do Sul da China, informou uma representante da diplomacia das Filipinas. “Estamos a fazer pleno uso dos [mecanismos] diplomáticos (…) à nossa disposição. Isto inclui a convocação do embaixador chinês, o que fizemos esta manhã”, declarou ontem a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros das Filipinas. Teresita Daza disse numa conferência de imprensa que, como o embaixador chinês Huang Xilian se encontrava ausente da capital, foi o número dois da missão diplomática da China nas Filipinas a participar na reunião. O atol Ayungin “faz parte da nossa zona económica exclusiva e plataforma continental, e temos direitos soberanos e jurisdição sobre ela”, acrescentou Daza, usando o nome filipino do atol. No sábado, as Filipinas criticaram a guarda costeira chinesa após uma embarcação colidir com um navio de abastecimento filipino perto de uma pequena guarnição no disputado mar do Sul da China. “As manobras perigosas de bloqueio do navio 5203 da guarda costeira chinesa provocaram a colisão com o navio de abastecimento […] contratado pelas Forças Armadas das Filipinas” nas Spratlys, a cerca de 25 quilómetros do atol Second Thomas Shoal, onde está estacionada a Marinha filipina, referiu um grupo de trabalho governamental. Quem te avisa O Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês acusou Manila de ter provocado deliberadamente a colisão, afirmando que a embarcação filipina “ignorou vários avisos” da guarda costeira chinesa e “causou deliberadamente problemas” antes da colisão. Numa nota do Departamento de Estado divulgada na noite de domingo, os Estados Unidos afirmaram a solidariedade para com as Filipinas face “às acções perigosas e ilegais” da guarda costeira chinesa. Os Estados Unidos acusaram os navios chineses de “violarem o direito internacional ao interferirem intencionalmente com o exercício da liberdade de navegação em alto mar por parte dos navios filipinos”. Washington lembrou que o artigo IV do Tratado de Defesa Mútua EUA-Filipinas, de 1951, se estende a ataques armados contra as forças armadas, embarcações públicas e aeronaves filipinas – incluindo as da sua Guarda Costeira – em qualquer parte do mar do Sul da China. A conduta da guarda costeira chinesa, considera o Departamento de Estado, pôs em risco a segurança dos membros da tripulação filipina e impediu que os abastecimentos essenciais chegassem ao destino. O Departamento de Estado criticou o que chamou de provocações da guarda costeira chinesa no mar do Sul da China para “fazer valer as suas reivindicações marítimas expansivas e ilegais”, reflectindo o desrespeito por outros Estados que operam legalmente na região.
Hoje Macau China / ÁsiaJapão | Governo quer cortar impostos às famílias e incentivar empresas O primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, disse ontem estar a preparar uma redução no imposto sobre o rendimento das famílias, afectado pela inflação, assim como incentivos fiscais para encorajar as empresas nipónicas a investir No discurso de abertura do novo ano parlamentar, Kishida defendeu que é altura de mudar de uma economia de baixos salários e redução de custos para uma economia apoiada pelo crescimento criado por aumentos salariais sustentáveis e investimento. “Estou determinado a tomar medidas ousadas sem precedentes (…). Colocarei mais ênfase na economia do que em qualquer outra coisa”, disse o chefe de Governo. Kishida prometeu um esforço intensivo para alcançar uma capacidade de produção mais forte no espaço de cerca de três anos. O primeiro-ministro garantiu ainda estar determinado a ajudar as famílias a superar o impacto do aumento dos preços dos alimentos e serviços públicos, através da implementação de cortes no imposto sobre o rendimento. Kishida também se comprometeu a introduzir incentivos fiscais às empresas para encorajar aumentos salariais e investimento. Os líderes da oposição acusaram o primeiro-ministro de tentar, com estas promessas, comprar votos, depois do partido que o apoia, o Partido Liberal Democrata, ter perdido um assento no parlamento em eleições parciais realizadas no domingo. “Os resultados mostram claramente que muitos eleitores estão insatisfeitos com o atraso nas medidas económicas do Governo para combater o aumento dos preços”, disse Jun Azumi, um deputado do Partido Democrático Constitucional, da oposição. Andar à pesca Fumio Kishida negou que a proposta de redução de impostos tenha propósitos eleitorais e diz que faz parte de um novo pacote de estímulo económico que pretende anunciar até ao final do mês. “Agora é a altura de me concentrar nisso e não estou a pensar em mais nada”, disse o primeiro-ministro aos jornalistas, após o fim da sessão parlamentar. Ainda durante o discurso, Kishida reiterou a necessidade de fortalecer as forças armadas do Japão, apontados para conflitos como a invasão da Ucrânia pela Rússia e a guerra entre Israel e o movimento islamita Hamas na Faixa de Gaza. O chefe do Governo também instou a China a suspender imediatamente a proibição de importações japonesas de marisco, imposta em Agosto, quando a central nuclear de Fukushima começou a libertar no mar águas residuais radioactivas tratadas. As autoridades do Japão estão a trabalhar para encontrar novos mercados para a indústria pesqueira japonesa e reduzir a dependência da China, disse Kishida.
Hoje Macau China / ÁsiaDiplomacia | Primeiro-ministro australiano visita China em Novembro O primeiro-ministro australiano anunciou que vai visitar a China no início de Novembro, uma informação avançada horas antes de voar para os Estados Unidos para se encontrar com o Presidente norte-americano. Anthony Albanese tem na agenda deslocações a Pequim e Xangai O primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, anunciou no fim-de-semana que irá visitar a China no início do próximo mês. O gabinete do governante australiano também disse que a China concordou em rever as tarifas que colocou sobre o vinho australiano e que bloquearam desde 2020 o comércio com o maior mercado de exportação dos produtores de vinho. Albanese será o primeiro primeiro-ministro australiano a visitar a China em sete anos quando viajar para Pequim e Xangai de 4 a 7 de Novembro. Na agenda consta uma reunião com o Presidente, Xi Jinping, e o primeiro-ministro, Li Qiang, em Pequim, para depois participar na China International Import Expo em Xangai. A visita à China é um potencial avanço na disputa sobre o vinho e na normalização das relações bilaterais desde que o Partido Trabalhista de centro-esquerda de Albanese ganhou as eleições no ano passado, após nove anos de governo conservador na Austrália. “Estou ansioso por visitar a China, um passo importante para assegurar uma relação estável e produtiva”, afirmou Albanese num comunicado. “Congratulo-me com os progressos alcançados no sentido de devolver os produtos australianos, incluindo o vinho australiano, ao mercado chinês. Um comércio forte beneficia ambos os países”, acrescentou Albanese. Usa flores no cabelo Albanese aceitou um convite há semanas para visitar a China este ano, mas encontrar datas adequadas tem sido um desafio. O governante está de visita a Washington, D.C., para se encontrar com Biden esta semana e vai regressar aos Estados Unidos após a viagem à China para participar no fórum de líderes da Cooperação Económica Ásia-Pacífico em São Francisco, de 15 a 17 de Novembro. Esta será a nona vez que Biden se encontra com Albanese enquanto primeiro-ministro. A primeira reunião teve lugar em Tóquio, horas depois de Albanese ter tomado posse como líder do Governo em Maio do ano passado. As discussões desta semana deverão abranger o acordo AUKUS, no âmbito do qual os Estados Unidos e o Reino Unido vão cooperar para fornecer à Austrália uma frota de submarinos equipados com tecnologia nuclear norte-americana para fazer face a uma China mais assertiva. Os líderes também vão discutir uma maior cooperação em matéria de energia limpa, minério considerado essencial e combate às alterações climáticas.