Hoje Macau China / ÁsiaCidadão norte-americano condenado a prisão perpétua na China por espionagem A China condenou ontem um cidadão dos Estados Unidos, de 78 anos, à prisão perpétua, por acusações de espionagem, num período de renovadas tensões entre Pequim e Washington. John Shing-Wan Leung, que possui residência permanente em Hong Kong, foi detido a 15 de Abril de 2021 pela agência de contra-espionagem da China, na cidade de Suzhou, junto a Xangai, no sudeste do país. O tribunal intermédio da cidade anunciou ontem a sentença de Leung, num breve comunicado, mas não deu detalhes sobre as acusações. O tribunal ordenou ainda o arresto dos bens pessoais de Leung, no valor de 500.000 yuan. A sentença ocorre numa altura em que o Presidente dos EUA, Joe Biden, viaja para Hiroshima, no Japão, para participar na cimeira do G7, após ter realizado uma visita a Papua Nova Guiné. A China tem procurado aumentar a sua influência militar, diplomática e económica naquela nação insular do Pacífico. O tribunal de Suzhou não indicou qualquer relação entre o veredicto e as tensões entre China e EUA e as provas que apoiam acusações de espionagem não são divulgadas. Esta é uma prática padrão entre a maioria dos países, que deseja proteger as suas redes e acesso à informação. A China alterou a sua Lei de Contraespionagem em Abril, para incluir o crime de “colaboração com agências de espionagem e os seus agentes”. A Assembleia Popular Nacional, o órgão máximo legislativo da China, explicou que a reforma “adere a uma abordagem de resolução de problemas” e que “amplia” as categorias de conteúdo cuja divulgação e acesso é classificado como “roubo de segredos de Estado”.
Hoje Macau China / ÁsiaDiplomacia | Enviado de Pequim em périplo que inclui visitas à Ucrânia e Rússia Após o êxito da diplomacia chinesa, alcançado em Março, com o acordo entre o Irão e a Arábia Saudita, Pequim procura obter um papel cada vez mais determinante no contexto internacional. Ontem, Li Hui, ex-embaixador em Moscovo, partiu numa viagem pela Europa que inclui uma visita a Kiev e Moscovo Um enviado do governo chinês partiu ontem num périplo que inclui visitas à Ucrânia e à Rússia, como parte dos esforços de Pequim para mediar um acordo político que ponha fim à guerra, que dura há 15 meses. Li Hui, ex-embaixador em Moscovo, também vai visitar a Polónia, França e Alemanha, de acordo com o ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, que não deu outros detalhes sobre a programação da viagem. Analistas políticos consideram que as possibilidades de haver um acordo de paz são baixas, já que nem a Ucrânia nem a Rússia estão prontas para parar de lutar. O Presidente chinês, Xi Jinping, falou por telefone com o homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, no final de Abril, preparando o terreno para uma investida diplomática. O périplo do enviado de Pequim “expressa o compromisso da China em promover a paz e as negociações”, disse o porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros Wang Wenbin. Wang disse que a China deseja evitar uma “escalada da situação”. Medalha de honra Vários líderes europeus, incluindo o presidente francês, Emmanuel Macron, a líder da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, visitaram Pequim, nos últimos dois meses, visando encorajar a China a usar a sua influência junto de Moscovo para pôr fim ao conflito. Xi Jinping reclama um papel maior para a China na resolução de questões internacionais, em consonância com a ascensão económica e militar do país. Em particular, o líder chinês propôs a Iniciativa de Segurança Global, que visa construir uma “arquitectura global e regional de segurança equilibrada, eficaz e sustentável”, ao “abandonar as teorias de segurança geopolíticas ocidentais”. Num triunfo para Xi, o Irão e a Arábia Saudita anunciaram, em Março passado, em Pequim, um acordo para restabelecerem as relações diplomáticas, cortadas por Riade em 2016. A China mantém boas relações com Moscovo e influência económica, sendo o maior cliente do petróleo e gás russo e considera a parceria com a Rússia fundamental para contrapor a ordem democrática liberal, numa altura em que a sua relação com os Estados Unidos atravessa também um período de grande tensão, marcada por disputas em torno do comércio e tecnologia ou diferendos em questões de Direitos Humanos, o estatuto de Hong Kong ou Taiwan e a soberania dos mares do Sul e do Leste da China. Pequim usou a sua posição como um dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas para bloquear ataques diplomáticos à Rússia.
Hoje Macau China / ÁsiaAustrália | “Fase positiva” na relação comercial com a China O ministro do Comércio australiano elogiou esta sexta-feira “a fase positiva” que a Austrália regista nas relações com a China, após uma viagem a Pequim com o objectivo de encerrar anos de tensões comerciais entre os dois países. Don Farrell que manteve um encontro com o seu homólogo chinês, Wang Wentao, naquela que foi a primeira reunião a este nível desde 2019, sublinhou que os dois países “concordaram em intensificar o diálogo sobre o acordo de livre comércio e através de outros canais para resolver questões pendentes”. Os dois países “continuarão a desenvolver esta fase positiva para [as suas] relações comerciais”, durante uma futura visita à Austrália que Wentao concordou em realizar, acrescentou Farrell, em conferência de imprensa citada pela agência France-Presse (AFP). Em 2020, a China impôs tarifas significativas sobre exportações australianas cruciais, como carne bovina, vinho ou cevada, no auge de um episódio grave de tensões com o Governo conservador na altura no poder em Camberra. Pequim agiu em retaliação a uma lei australiana contra influências estrangeiras, que privou a empresa chinesa Huawei de realizar contratos na área da rede 5G. O Governo chinês também protestava contra os repetidos apelos das autoridades de Camberra para lançar uma investigação independente sobre as origens da pandemia de covid-19. A China deixou ainda de comprar matérias-primas importantes, incluindo carvão, da Austrália, privando o país de biliões de dólares em receitas. Durante a conferência de imprensa, o ministro australiano não mencionou um plano chinês para suspender estas restrições imediatamente, mas disse esperar que algumas das questões pendentes possam ser resolvidas no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC).
Hoje Macau China / ÁsiaG7 | Pedida distribuição mais rápida e justa de vacinas Os ministros da Saúde do G7 reclamaram ontem a criação de um mecanismo que permita uma distribuição mais rápida e justa de vacinas e medicamentos, devido aos problemas que sofreram países em vias desenvolvimento durante a pandemia. As lições aprendidas com a crise sanitária do coronavírus foram um dos temas centrais da reunião de dois dias de ministros da Saúde do Grupo dos Sete realizada na cidade nipónica de Nagasaki. Face a uma eventual nova pandemia, os ministros destacaram a necessidade de melhorar o processo de distribuição global de medicamentos e vacinas, com vista a “criar um sistema em que todo o mundo possa ser vacinado e em que as vacinas possam obter-se de forma equitativa”, de acordo com uma declaração conjunta adotada no final da reunião. “Acordamos a construção de um mecanismo que promova o acesso a estes medicamentos e cada país deverá agora tomar a iniciativa para trabalhar neste sentido. Gostaríamos que fosse a base para avançar na cooperação internacional”, disse o ministro nipónico da Saúde, Katsunobu Kato, que presidiu à reunião. O texto final também visa garantir que a informação sobre novos fármacos se distribua de forma justa, rápida e ampla. Na mesma linha, os ministros do G7 apostam num “uso efectivo” do novo instrumento financeiro lançado no ano passado pelo Banco Mundial para custear a resposta a doenças contagiosas. Na declaração conjunta sublinham, no entanto, o papel fundamental desempenhado pelos sistemas de saúde nacionais durante a pandemia e estabelecem o objetivo de alcançar uma “cobertura sanitária universal” que ofereça cuidados de saúde de qualidade a todos os cidadãos até 2030. O encontro de Nagasaki serviu para preparar as discussões em matéria de saúde que os líderes do G7 vão desenvolver na cimeira prevista entre os dias 19 a 21, em Hiroshima, referiu o ministro nipónico, em conferência de imprensa.
Hoje Macau China / ÁsiaWenchuan | Lembradas as quase 70.000 vítimas do terramoto A imprensa estatal chinesa e os utilizadores das redes sociais do país lembraram na sexta-feira o 15.º aniversário do terramoto de Wenchuan, um sismo de magnitude 8 que fez mais de 69.000 mortos e deixou cerca de 18.000 desaparecidos. Na rede social Weibo, o tema #5121428, que se refere ao horário do terremoto, acumulou 178 mil partilhas e 410 milhões de visualizações nas primeiras 24 horas. A aplicação de vídeo Douyin, a versão chinesa do TikTok, montou uma capela digital para homenagear os falecidos, na qual mais de 230 mil usuários depositaram velas virtuais. “Quinze anos se passaram, mas ainda choro quando vejo as imagens. Naquele dia, alguns partiram e outros ficaram. Lembremo-nos das crianças de Beichuan [a área mais afectada] e das mães e professoras que usaram os seus corpos para protegê-los”, escreveu um internauta no Weibo. A catástrofe natural atingiu especialmente escolas e colégios rurais, alguns deles construídos com materiais defeituosos e impreparados para um terremoto daquela magnitude. Outros internautas destacaram a mobilização popular em prol de Wenchuan e da província de Sichuan, que se cristalizou na ida de milhares de voluntários às áreas afectadas para ajudar no resgate ou na massiva arrecadação de fundos, da qual participaram personalidades da cultura, cinema, política e comunidades chinesas no exterior. Os órgãos de comunicação oficiais destacaram a homenagem aos membros das forças de socorro que se deslocaram às zonas afectadas pelo sismo, o “renascimento” das zonas mais atingidas e as histórias de superação de algumas das crianças atingidas que perderam um membro. Alguns alcançaram carreiras de sucesso em áreas como o desporto ou a moda nas suas vidas adultas.
Hoje Macau China / ÁsiaUcrânia | Pequim envia representante a Kiev e Moscovo A República Popular da China anunciou na passada sexta-feira o envio na segunda-feira de um representante especial à Ucrânia, Rússia e outros países europeus no sentido de analisar “regras políticas” para a guerra na Ucrânia. “A partir de 15 de Maio (hoje), o embaixador Li Hui, representante especial chinês para os assuntos euro-asiáticos vai deslocar-se à Ucrânia, Polónia, França, Alemanha e Rússia para encontros com todas as partes sobre ‘regras políticas’ para a crise ucraniana”, disse em conferência de imprensa em Pequim Wang Wenbin, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da República Popular da China. Este ano, Pequim apresentou uma primeira iniciativa diplomática sobre a guerra na Ucrânia, mas uma grande parte dos países ocidentais consideraram que a República Popular da China não tinha uma solução definitiva e que a proposta carecia de falta de definição.
Hoje Macau China / ÁsiaMNE | China e Europa devem rejeitar uma nova Guerra Fria O chefe da diplomacia chinesa, Qin Gang, defendeu na sexta-feira que a China e a Europa devem “rejeitar a mentalidade da Guerra Fria”, numa altura em que a União Europeia (UE) discute o reajustamento da relação com Pequim. “Hoje em dia, algumas pessoas estão a insistir na narrativa da democracia contra a autocracia e até a falar de uma nova Guerra Fria”, disse Qin numa conferência de imprensa durante uma visita a Oslo. Para Qin, uma nova Guerra Fria terá um resultado “ainda mais desastroso” do que a anterior, numa referência à divisão entre o bloco ocidental, liderado pelos Estados Unidos, e o bloco de leste, sob a liderança da União Soviética. Uma nova Guerra Fria “prejudicará seriamente as relações e a cooperação entre a China e a Europa”, avisou Qin, citado pela agência francesa AFP. Os comentários de Qin em Oslo surgiram numa altura em que os chefes da diplomacia da UE se reuniram em Estocolmo, na vizinha Suécia, para falar a uma só voz contra a China. “Temos de reajustar a nossa posição em relação à China”, disse o chefe da diplomacia da UE, Josep Borrell, na abertura da reunião. Ucrânia, Taiwan, direitos humanos e a situação da minoria muçulmana uigur na China são algumas das questões que opõem Pequim e o Ocidente. A UE não defende especificamente uma dissociação, mas propõe uma diminuição do risco nas relações com a China para evitar tornar-se demasiado dependente do gigante asiático (ver caixa). Visita calculada Qin Gang termina em Oslo uma digressão pela Europa que incluiu Alemanha e França. “Sinto que a Europa tem um desejo urgente de aumentar a coordenação e a comunicação com a China e de desenvolver uma cooperação mutuamente benéfica”, afirmou, em jeito de balanço da visita, segundo a agência espanhola EFE. Qin acrescentou que “enquanto a Europa e a China se mantiverem empenhadas na paz para a coexistência, permanecerem independentes, se empenharem na cooperação mútua e mantiverem o diálogo e a consulta”, podem “ultrapassar as dificuldades e alcançar um crescimento sustentado”. A visita de Qin ocorre também numa altura em que a UE está a discutir um novo pacote de medidas contra a Rússia, que inclui empresas da China e de Hong Kong. Durante a visita à Alemanha, na terça-feira, Qin Gang advertiu a UE de que a China tomará medidas de retaliação se o bloco europeu sancionar empresas chinesas. Os aliados ocidentais de Kiev, incluindo a UE, têm imposto sucessivos pacotes de sanções à Rússia desde que invadiu a Ucrânia, a 24 de Fevereiro de 2022. A China tem assumido uma posição de neutralidade no conflito, apesar das relações próximas com a Rússia. Contra excessos O chefe da diplomacia europeia anunciou na sexta-feira que a maioria dos Estados-membros concordou em acabar com “dependências” excessivas da China, mas rejeitou que a União Europeia (UE) esteja a caminhar para o proteccionismo económico. “Posso anunciar que a generalidade dos ministros gostou do documento que apresentámos, com as linhas gerais da recalibração da nossa relação com a China […], de acabar com as dependências quando são grandes demais e, por isso, um risco”, disse Josep Borrell, no final de uma reunião informal dos ministros dos Negócios Estrangeiros da UE, em Estocolmo, na Suécia. A prioridade dos 27, sustentou o alto-representante da UE para os Negócios Estrangeiros, tem de ser “equilibrar as balanças comerciais” com Pequim. Contudo, Josep Borrell assegurou que a União Europeia “não está a caminhar em direcção ao proteccionismo”.
Hoje Macau China / ÁsiaUcrânia | Putin manda criar corredor de cereais para Pequim O Presidente russo, Vladimir Putin, encarregou o Governo de assinar um acordo com a China para a criação de um corredor de cereais que aumentaria as exportações para o país asiático, foi na quarta-feira divulgado. O objectivo do acordo, que deve ficar pronto até 1 de Outubro, é aumentar a produção de cereais na Sibéria e, principalmente, no Extremo Oriente, cujas regiões fazem fronteira com a China. Uma das principais ligações no novo corredor terrestre entre Rússia e China seria o terminal ferroviário já existente na região de Zabaikal, que faz fronteira com a China e a Mongólia. Este terminal ferroviário, que ficou operacional em Setembro de 2022, é considerado o primeiro do género no mundo e tem capacidade para transportar oito milhões de toneladas por ano. Além de resolver o problema da diferença de largura das vias entre os dois países, possui um sistema de vigilância do abastecimento de cereais. No âmbito deste projecto, a Rússia lançou um programa de cereais ao longo da ferrovia transiberiana com capacidade de armazenamento de 1,4 milhão de toneladas, um terminal marítimo e vários centros russos de distribuição no Cazaquistão. Moscovo ameaça retirar-se do acordo de cereais do Mar Negro, cujas partes (Rússia, Ucrânia, Turquia e ONU) estão reunidas em Istambul, porque, segundo argumenta, não pode exportar os seus fertilizantes devido às sanções ocidentais. Apesar da guerra em curso na Ucrânia, desencadeada pela Rússia em Fevereiro de 2022, as exportações russas aumentaram nos últimos meses. Face à deterioração das suas relações com o Ocidente, Moscovo procura alternativas para a exportação de cereais, principalmente no continente asiático.
Hoje Macau China / ÁsiaAviação | Prejuízo superior a 29 mil milhões de euros em 2022 A aviação civil da China perdeu 217.440 milhões de yuan, em 2022, segundo dados divulgados ontem, ilustrando o impacto da política de ‘zero casos’ de covid-19, que foi, entretanto, desmantelada. As perdas foram superiores às registadas em 2021, quando o sector perdeu 137.460 milhões de yuan, de acordo com um relatório divulgado pela Administração de Aviação Civil da China. “A profundidade e persistência do impacto da epidemia na aviação civil superou em muito as expectativas”, apontou o documento. Segundo a mesma fonte, o volume de passageiros em voos domésticos registou uma queda homóloga de 39,5 por cento em 2022, quando a altamente contagiosa variante ómicron da covid-19 lançou a China num ciclo de bloqueios que paralisaram a actividade económica. A agência observou que a indústria “está a recuperar” desde que a China abdicou da política de ‘zero casos’ de covid-19, em Dezembro de 2022. A agência noticiosa oficial Xinhua apurou que, em Março, os voos domésticos diários ascenderam a uma média de 11.657, número que representa um crescimento de 133 por cento, face ao mesmo período do ano passado. As companhias aéreas chinesas e estrangeiras estão a retomar gradualmente as rotas que ligavam a China ao resto do mundo antes da pandemia, pelo que o tráfego aéreo internacional do país asiático continuou limitado a menos de 5 por cento do existente em 2019.
Hoje Macau China / ÁsiaInflação | Reservas de ouro aumentam pelo sexto mês consecutivo A China aumentou as reservas de ouro pelo sexto mês consecutivo, em Abril, à medida que bancos centrais em todo o mundo expandem as suas reservas do metal precioso, face à inflação galopante e riscos geopolíticos. As reservas de ouro chinesas subiram 8,09 toneladas em Abril, de acordo com dados da Administração Estatal de Câmbio da China, divulgados ontem. As reservas totais do país ascenderam a 2.076 toneladas, depois de terem aumentado 120 toneladas, no período entre Novembro e Março. O debate sobre a fragmentação do mercado monetário e a diluição do domínio do dólar norte-americano foi renovado pelas sanções impostas pelo Ocidente contra a Rússia. O deteriorar das relações entre China e EUA também está a aumentar o apelo do ouro como um activo seguro. Pequim está, em simultâneo, a tentar estabelecer acordos de compensação do yuan com outros países, visando incrementar o uso da sua moeda nas trocas comerciais, em detrimento do dólar. Os bancos centrais em todo o mundo realizaram compras líquidas de 228 toneladas de ouro, no primeiro trimestre, um valor recorde para um período de três meses, de acordo com o relatório de Maio do World Gold Council. Singapura, China e Turquia estão entre os maiores compradores.
Hoje Macau China / ÁsiaEconomia | Inflação mantém-se praticamente inalterada em Abril Sem grandes alterações a registar no mês passado, a taxa de crescimento económico vai provavelmente superar a meta oficial de 5 por cento O índice de preços ao consumidor (IPC), o principal indicador da inflação na China, manteve-se praticamente inalterado, em Abril, ao registar um aumento homólogo de 0,1 por cento, o menor ritmo de crescimento no espaço de um ano. Já em Março, aquele indicador registou a menor taxa de crescimento homólogo dos últimos 12 meses, ao subir 0,7 por cento. Os dados divulgados ontem pelo Gabinete Nacional de Estatística (GNE) da China ficaram 0,3 por cento abaixo do previsto pelos analistas. Depois de o IPC da China ter subido 2 por cento, no ano passado, Pequim estabeleceu uma meta de crescimento de cerca de 3 por cento para 2023. O índice de preços ao produtor (PPI), que mede os preços à saída das fábricas, caiu 3,6 por cento, uma queda mais acentuada do que a registada no mês anterior (-2,5 por cento), aprofundando a deflação em Abril. Dentro do IPC, os preços dos alimentos na China subiram em Abril 0,4 por cento, em relação ao mesmo mês do ano anterior, depois de terem registado um aumento de 2,4 por cento em Março. Os preços não alimentícios subiram 0,1 por cento, no mês passado, abaixo do aumento de 0,3 por cento registado em Março. Os preços da carne de porco, a principal fonte de proteína animal na cozinha chinesa, subiram 4 por cento, em Março, em comparação com o mesmo mês do ano anterior, enquanto os preços das frutas subiram 5,3 por cento, em termos homólogos, e os preços dos vegetais caíram 13,5 por cento. Excluindo os preços voláteis dos alimentos e energia, o principal indicador da inflação na China subiu 0,7 por cento, em Abril, em comparação com o mesmo mês do ano anterior. Regresso ao normal Na terça-feira, o banco britânico Standard Chartered alertou que a inflação na China pode ficar perto de zero nos próximos meses, já que o aumento no preço do petróleo no primeiro semestre de 2022 criou uma base de comparação alta. O banco reduziu a sua previsão para o IPC da China, em 2023, de 2,3 por cento para 1 por cento, devido à fraca procura e à queda nos preços da carne suína e do petróleo. No entanto, “com as taxas de juros já em mínimos históricos e uma taxa de crescimento que vai provavelmente superar a meta oficial de 5 por cento, não esperamos que o [banco central da China] corte as taxas de juros num futuro próximo”, disseram os economistas do Standard Chartered, num relatório.
Hoje Macau China / ÁsiaPensões | Obrigações do Governo chinês no plano de contribuições O Fundo de Pensões anunciou ontem que vai introduzir a partir de Junho o fundo de obrigações do Governo da China: “HSBC Global Funds ICAV – China Government Local Bond Index Fund” como plano de aplicação das contribuições do Regime de Previdência. A medida foi justificada com a necessidade de proporcionar aos contribuintes do Regime de Previdência dos Trabalhadores dos Serviços Públicos flexibilidade na diversificação mais acentuada dos riscos de investimento. O novo fundo investe nas obrigações emitidas pelo Governo Popular Central da China e pelos três bancos de política da China (Banco de Desenvolvimento da China, Banco de Exportação e Importação da China e Banco de Desenvolvimento Agrícola da China). “O fundo é gerido de forma passiva, com o objectivo de acompanhar o desempenho do seu índice de referência, proporcionando rendimento periódico e valorização de capital, e é adequado aos contribuintes que desejam aproveitar as oportunidades de investimento a longo prazo resultantes do desenvolvimento do mercado das obrigações da China”, indicou ontem o Fundo de Pensões da RAEM.
Hoje Macau China / ÁsiaTimor-Leste | Pedido de asilo de deputado filipino rejeitado Timor-Leste rejeitou o pedido de asilo de um deputado filipino suspenso de funções naquele país, por considerar que não cumpre os requisitos para obter esse estatuto, dando-lhe cinco dias para sair do país, confirmou fonte oficial. A fonte do Ministério do Interior timorense explicou à Lusa que o deputado Arnolfo Teves Jr., que as autoridades das Filipinas querem declarar como terrorista, viajou para Timor-Leste no final de Abril, num voo privado e acompanhado da família. “Chegou num avião privado com a sua família. O pedido de asilo foi avaliado e com base na lei de imigração e asilo, os serviços de migração consideraram que não cumpre os requisitos”, disse a fonte. “O cidadão tem cinco dias para sair de Timor-Leste, sendo que a lei prevê ainda uma opção de recurso da decisão”, explicou. “É ainda garantido o direito de asilo aos estrangeiros e os apátridas que, receando fundamentadamente ser perseguidos em virtude da sua raça, religião, nacionalidade, opiniões políticas ou integração em certo grupo social, não possam ou, em virtude desse receio, não queiram voltar ao Estado da sua nacionalidade ou da sua residência habitual”, refere ainda o diploma. Neste caso, explicou a fonte, as autoridades consideram que Arnolfo Teves Jr. não preenche essas condições, notando que o deputado suspenso de funções nem sequer é ainda oficialmente um cidadão procurado. As autoridades filipinas anunciaram que estão a dar passos para considerar Teves Jr. como terrorista, um processo que já começou a ser tratado. O portal Inquirer cita cartas entre responsáveis do sector judicial do país e informação dada pela embaixadora das Filipinas em Díli, que indicam que Arnolfo Teves Jr. terá já apresentado o pedido de asilo às autoridades timorenses.
Hoje Macau China / ÁsiaChina ameaça retaliar eventuais sanções europeias a empresas chinesas A China adoptará medidas de retaliação se a União Europeia (UE) impuser restrições a empresas chinesas por alegadamente ajudarem a Rússia a contornar sanções ocidentais, advertiu ontem, em Berlim, o chefe da diplomacia de Pequim. “A China e as empresas russas têm uma relação normal, uma cooperação. Este tipo de cooperação normal não deve ser afectado por eventuais sanções europeias”, alertou Qin Gang durante uma conferência de imprensa com a homóloga alemã, Annalena Baerbock. A Comissão Europeia apresentou, na sexta-feira, aos Estados-membros da UE um 11.º pacote de medidas restritivas contra a Rússia para evitar que as sanções sejam contornadas. “O objectivo é evitar que as mercadorias proibidas de serem exportadas para a Rússia entrem no complexo militar russo”, disse o porta-voz da Comissão Eric Mamer, na segunda-feira. A proposta da Comissão visa, pela primeira vez, oito empresas chinesas e de Hong Kong acusadas de reexportar mercadorias sensíveis para a Rússia, de acordo com um documento citado pela agência francesa AFP. “A China vai dar a resposta necessária para proteger firmemente os interesses legítimos das empresas chinesas”, avisou Qin em Berlim. Qin Gang alertou também para os elevados custos para a Europa de uma “nova guerra fria” e pediu a colaboração alemã para garantir a estabilidade económica mundial face ao confronto que disse estar a ser incentivado pelos Estados Unidos. “Se a nova guerra fria se tornar uma realidade, não custará apenas à China, mas também à Europa”, afirmou Qin, citado pela agência espanhola EFE. Baerbock apelou à China para que adopte uma posição clara sobre o conflito na Ucrânia, afirmando que a neutralidade equivale a estar do lado da Rússia. “Neutralidade significa estar do lado do agressor”, disse a ministra alemã. “A China pode, se assim o decidir, desempenhar um papel importante (…) para acabar com a guerra”, acrescentou. A China apresenta-se como um interlocutor neutro no conflito, apesar das relações próximas com Moscovo. No final de Abril, o Presidente chinês, Xi Jinping, e o homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, tiveram uma conversa telefónica, a primeira desde o início da ofensiva russa na Ucrânia, no dia 24 de Fevereiro de 2022. Qin disse em Berlim que a China vai “enviar em breve um representante especial para os assuntos europeus à Ucrânia”. “Ele também visitará outros países europeus”, afirmou, assegurando que a China “continua a defender as negociações” entre Moscovo e Kiev.
Hoje Macau China / ÁsiaAutomóveis | Pequim vai adoptar padrões de emissão mais rígidos A China vai aplicar, a partir de Julho, uma versão nova e mais rígida de padrões de emissão para veículos, anunciou ontem o Ministério do Meio Ambiente do país asiático. Após a entrada em vigor da Norma Nacional VI B, que inclui restrições mais rigorosas a elementos poluentes como o monóxido de carbono e os óxidos de azoto, vai ser proibida a venda, produção e importação de automóveis que não cumpram os novos requisitos, informou ontem o jornal oficial Global Times. O novo regulamento implica a realização de testes na estrada em condições reais, algo que não era exigido no sistema actual. A Associação de Fabricantes de Automóveis da China disse na terça-feira que existem actualmente cerca de 1,89 milhão de veículos no país que não atendem aos novos padrões. O analista Wu Shuocheng, citado pelo jornal, disse que a implementação dos novos padrões “vai acelerar o desenvolvimento de veículos eléctricos entre os fabricantes que não são capazes de adoptar as mudanças tecnológicas necessárias para os novos padrões”. O Presidente chinês, Xi Jinping, anunciou, em 2020, que o país atingiria o pico de emissões de carbono em 2030, e a neutralidade de carbono até 2060, face a crescentes preocupações globais com as mudanças climáticas. No ano passado, foram vendidos na China quase seis milhões de carros eléctricos, mais do que em todos os outros países do mundo juntos. A China é o maior emissor de gases poluentes do mundo, devido à dependência do carvão, mas é também líder global em energias renováveis. Em 2022, o país asiático acrescentou tanta capacidade instalada de energia eólica e solar quanto todos os outros países do mundo combinados.
Hoje Macau China / ÁsiaÁfrica | Exposição na China vai ter Moçambique como convidado de honra Moçambique vai ser um dos oito países convidados de honra para a terceira edição da Exposição Económica e Comercial China-África, a realizar no centro da China, no final de Junho, anunciou a organização. Numa reunião do comité organizador da exposição, foi decidido que os outros convidados de honra serão Benim, República Democrática do Congo, Madagáscar, Malaui, Marrocos, Nigéria e Zâmbia, avançou o Diário do Povo. De acordo com o jornal oficial chinês, três organizações internacionais e 257 empresários de 45 países africanos já se inscreveram para a exposição, que vai decorrer entre 19 de Junho e 2 de Julho. A exposição, que se realiza de dois em dois anos em Changsha, capital da província de Hunan, vai contar com seis pavilhões e uma zona de exposições ao ar livre, com uma área total de cerca de 100 mil metros quadrados. O evento é coorganizado pelo Ministério do Comércio chinês e pelas autoridades da província de Hunan, onde também se situa o Parque de Demonstração de Inovação da Cooperação Económica e Comercial China-África. Em 2021, a Câmara de Comércio e Indústria de Angola assinou um memorando com o parque China-África, visando diversificar as exportações angolanas, incluindo mandioca e bananas. Em Junho de 2022, a companhia aérea angolana TAAG assinou um acordo no valor de 200 milhões de dólares anuais com a chinesa China Lucky Aviation para transporte de carga a partir de Changsha, na China, para São Paulo, através de Luanda.
Hoje Macau China / ÁsiaHong Kong | Ministro britânico visita a região após anos de tensão O primeiro governante britânico a visitar Hong Kong em cinco anos afirmou ontem que o seu país não se vai “esquivar” das suas responsabilidades históricas em relação às pessoas que vivem na ex-colónia do Reino Unido. As afirmações do ministro de Estado do Departamento de Negócios e Comércio, Dominic Johnson, foram publicadas ontem num artigo de opinião no jornal South China Morning Post. O ministro acrescentou que o Reino Unido será claro sobre o seu direito de agir quando a China quebrar os compromissos internacionais ou abusar de direitos humanos. A visita de Johnson esta semana ocorre num contexto de anos de tensão entre o Reino Unido e Hong Kong. Depois da introdução da lei de segurança em 2020, o Reino Unido permitiu à população de Hong Kong viver e trabalhar no Reino Unido bem como solicitar a cidadania britânica após seis anos através de um visto especial. O ministro britânico explicou que a sua visita, que terminou ontem, incluiu reuniões com os principais investidores da cidade e funcionários do governo para promover laços de investimento. Na segunda-feira, encontrou-se com o presidente da multinacional CK Hutchison, Victor Li, para discutir os planos de investimento no Reino Unido e com o secretário de serviços financeiros e do Tesouro de Hong Kong, Christopher Hui. “Estou em Hong Kong como parte da minha missão de promover o Reino Unido como um dos principais destinos de investimento e comércio”, disse Johnson na rede social Twitter.
Hoje Macau China / ÁsiaCooperação | China e Portugal prometem fortalecer laços em energia e inovação A visita do vice-presidente chinês, Han Zheng a Portugal permitiu a celebração de novos acordos entre os dois países o reforço dos laços de amizade O vice-presidente chinês, Han Zheng, de visita a Portugal até ontem, e a secretária de Estado da Energia e Clima portuguesa, Ana Fontoura Gouveia, prometeram na segunda-feira fortalecer a cooperação em energia e inovação entre os dois países. Acompanhado por Gouveia, Han visitou o Centro de Investigação e Desenvolvimento da Redes Energéticas Nacionais SGPS SA (REN), o operador da rede nacional de Portugal, indicou a agência Xinhua. Estabelecida em 2013 como uma joint venture entre a State Grid Corporation of China (SGCC) e a REN, o centro concentra-se na pesquisa de simulação e análise de sistemas de energia, gestão de energia renovável, tecnologia de rede inteligente, mercado de energia e outros campos, preenchendo a lacuna no que diz respeito à experiência de simulação de rede eléctrica em grande escala em Portugal. Han disse que os dois lados aproveitaram vantagens complementares e fizeram do centro um bom exemplo de cooperação de benefício mútuo entre China e Portugal, acrescenta a agência estatal chinesa. “A China elogia o governo português pelos seus esforços firmes para promover a transformação energética e apoiar o desenvolvimento da indústria de novas energias”, assinalou Han, expressando a esperança de que os dois lados fortaleçam ainda mais a cooperação em avanços tecnológicos, popularização de padrões e inovação de mecanismos em redes inteligentes e outros campos. Bons resultados Ana Fontoura Gouveia disse que as relações Portugal-China são estáveis e que a cooperação bilateral em vários domínios, sobretudo no domínio económico, tem produzido resultados frutíferos. O centro tem um grande significado para Portugal e tem dado um grande impulso ao governo português nos seus esforços para alcançar o objectivo da transição energética, avaliou Gouveia, acrescentando que Portugal está disposto a aprofundar ainda mais a cooperação prática bilateral com a China, especialmente nas áreas de energia e inovação. Rodrigo Costa, CEO da REN, disse que as realizações do centro beneficiaram a China, Portugal, a Europa e até o mundo, tornando-se uma importante plataforma de pesquisa e intercâmbio internacional em energia. Com o apoio dos dois governos, o centro continuará a construir o modelo de cooperação pragmática entre Portugal e a China, e fortalecer a plataforma de intercâmbios globais, disse.
Hoje Macau China / ÁsiaTrês brasileiros detidos no aeroporto de Hong Kong com 1,6 quilos de cocaína A polícia de Hong Kong deteve três brasileiros, em dois dias consecutivos, que voaram para a região com um total de 1,6 quilos de cocaína, no valor de 150 mil euros, no interior do corpo. Num comunicado divulgado esta quarta-feira, a Alfândega de Hong Kong revelou que na segunda-feira detetou duas mulheres, de 22 e 24 anos, que chegaram ao aeroporto do território vindas do Brasil, através do Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Na terça-feira, as autoridades detiveram um homem, de 22 anos, que tinha também partido do Brasil e passado pelo Dubai e pela Tailândia antes de aterrar na região chinesa. Os três passageiros foram considerados “suspeitos de terem drogas perigosas escondidas nas cavidades dos seus corpos”, tendo sido levados para um hospital para serem submetidos a exames, referiu a Alfândega. Os exames confirmaram que os três detidos tinham engolido um total de 154 cápsulas de cocaína, com um valor de mercado de 1,3 milhões de dólares de Hong Kong, acrescentou a polícia. As autoridades sublinharam que, “após a retoma das viagens e trocas normais com o interior [da China] e outras partes do mundo, o número de visitantes em Hong Kong tem aumentado constantemente”. A Alfândega de Hong Kong prometeu “continuar a aplicar uma abordagem de avaliação de risco e concentrar-se na seleção de passageiros de regiões de alto risco”. O crime de tráfico de droga é punido na região chinesa com uma multa de até 5 milhões de dólares de Hong Kong e uma pena de prisão que pode ser perpétua. Em setembro, a polícia anunciou a apreensão de 16,5 quilos de cocaína, com um valor de mercado de 14 milhões de dólares de Hong Kong, no interior de contentores, vindos do Brasil com fibras de algodão.
Hoje Macau China / ÁsiaNintendo | Lucro líquido caiu 9,4 % devido às vendas da ‘Switch’ A empresa japonesa de videojogos Nintendo obteve um lucro líquido de 432.768 milhões de ienes (2.920 milhões de euros), menos 9,4 por cento face ao ano anterior devido a uma desaceleração nas vendas da consola ‘Switch’ e problemas com ‘chips’. A empresa sediada em Kyoto, no oeste do Japão, viu o seu lucro operacional interanual cair 14,9 por cento, para 504 milhões de ienes (3,4 milhões de euros), no seu último ano fiscal, de 1 de Abril de 2022 e o passado 31 de Março, de acordo com o relatório financeiro publicado ontem. A Nintendo vendeu 17,97 milhões de unidades de consolas ‘Switch’ no seu mais recente ano financeiro (menos 22,1 por cento no ano anterior). As vendas de jogos caíram 9 por cento em relação ao ano anterior, para 213,96 milhões de cópias, “afectadas, até certo ponto, pela queda nas vendas de ‘hardware’”, indicou a Nintendo. Relativamente à Nintendo digital, que inclui as vendas de cópias digitais de jogos e expansões ou do seu serviço de subscrição de pagamento Nintendo Online, as suas vendas aumentaram 12,7 por cento, até aos 405.200 milhões de ienes (2.730 milhões de euros). A Nintendo apresentou previsões pessimistas para 2023, estimando uma quebra no seu lucro líquido de 21,4 por cento face ao ano anterior, até aos 340.000 milhões de ienes (2.290 milhões de euros), e uma quebra no seu lucro operacional de 10,8 por cento, até 450.000 milhões de ienes (3.030 milhões de euros).
Hoje Macau China / ÁsiaLinkedIn | Rede social encerra a sua última aplicação na China A rede social para uso profissional LinkedIn anunciou ontem que vai encerrar a sua última aplicação disponível na China, devido à “concorrência feroz” e “clima macroeconómico difícil”. A Microsoft, que detém o LinkedIn, é uma das poucas empresas norte-americanas do sector da Internet que conseguiu estabelecer uma rede social na China. O grupo oferecia no país uma versão específica da sua rede profissional, de forma a cumprir com as regras locais, através da parceria com uma empresa local. Em 2021, o LinkedIn passou a estar inacessível na China continental, devido a um “ambiente operacional difícil” e “maiores requisitos de conformidade com os regulamentos em vigor”. A rede social foi substituída por uma versão local e simplificada chamada InCareer, que permitia que profissionais locais continuassem conectados à rede social. “Após uma cuidadosa consideração, tomamos a decisão de encerrar o InCareer a partir de 9 de Agosto de 2023”, disse a rede social, em comunicado. “Apesar do progresso inicial, o InCareer enfrenta uma concorrência feroz e um clima macroeconómico difícil, o que eventualmente nos levou a decidir interromper o serviço” na China, justificou o LinkedIn. A rede social experimentou um rápido crescimento no país, impulsionado por uma cultura de relacionamento, onde a agenda de contactos e redes profissionais desempenham um papel fundamental. No entanto, nos últimos anos, o LinkedIn estava cada vez mais marginalizado, face a uma infinidade de aplicativos locais particularmente inovadores.
Hoje Macau China / ÁsiaDeputado filipino suspenso está em Timor-Leste em busca de asilo O secretário da Justiça das Filipinas anunciou que um deputado suspenso de funções naquele país, e que as autoridades do país querem declarar terrorista, está em Timor-Leste à procura de asilo político, segundo a imprensa filipina. O portal Inquirer cita cartas entre responsáveis do sector judicial do país, e informação dada pela embaixadora das Filipinas em Díli, que indicam que Arnolfo Teves Jr. terá já apresentado o pedido de asilo às autoridades timorenses. Numa carta divulgada pelo jornal, Jesus Crispin Remulla, secretário da Justiça, refere-se a outra missiva do secretário dos Negócios Estrangeiros, Enrique Manalo, em que este comunica informação sobre a localização de Teves em Timor-Leste. “Escrevo em resposta à vossa carta de 29 de Abril com informação confidencial do nosso embaixador em Timor-Leste, de que o deputado Arnolfo Teves está na capital Díli, onde solicitou o visto de protecção, com o objectivo de asilo”, refere Remulla, na carta. “Informo que o Departamento de Justiça deu passos concretos para designar o deputado Teves Jr. como terrorista, no âmbito da lei antiterrorismo”, refere. Remulla explica ter solicitado ao Conselho Antiterrorismo a criação de um grupo técnico de trabalho com o fim de formalizar essa designação e que o grupo já se reuniu no passado dia 4 de Maio. “Solicita-se respeitosamente que estas últimas actualizações sejam feitas ao nosso embaixador em Timor-Leste”, disse Remulla. Fonte oficial da Embaixada das Filipinas em Díli escusou-se a fazer qualquer comentário sobre o caso, inclusive a confirmar se Teves Jr. está ou não em Timor-Leste. “Estamos à espera de instruções da nossa capital. É o único que posso dizer nesta altura”, afirmou a fonte. Não foi possível obter qualquer comentário sobre o caso da parte do Ministério dos Negócios Estrangeiros timorense. Crimes e ameaças Teves Jr., eleito para a Câmara dos Representantes desde 2016, tornou-se uma das vozes controversas da política filipina, tendo sido acusado de ser o mentor de Roel Degamo, governador da zona de Negros Oriental. A 4 de Março, depois de o Tribunal Supremo proclamar Roel Degamo como governador, numa eleição contestada contra o ex-governador e irmão de Teves, Pryde Henry Teves, Degamo foi assassinado em casa. Teves negou qualquer envolvimento na morte e tem criticado os seus opositores pelas acusações. O deputado foi de licença médica para os Estados Unidos a 28 de Fevereiro, tendo a 15 de Março solicitado uma licença de dois meses, citando o que considerou ser uma “ameaça muito grave” à sua vida e à sua família. A 22 de Março de 2023, a Câmara dos Representantes votou por unanimidade suspender Teves por não ter regressado ao país, apesar de ter uma autorização de viagem expirada, e cuja validade terminava a 9 de Março. A suspensão dura 60 dias e é a segunda maior pena da Câmara, depois apenas da expulsão. Desconhece-se quando Teves terá chegado a Timor-Leste.
Hoje Macau China / ÁsiaEuropa | Qin Gang esta semana na Alemanha, França e Noruega O ministro dos Negócios Estrangeiros (MNE) da China, Qin Gang, está esta semana na Alemanha, França e Noruega, informou na segunda-feira a diplomacia chinesa, em comunicado. “A convite dos ministros dos Negócios Estrangeiros da Alemanha, França e Noruega, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Qin Gang, está de visita aos três países entre 08 e 12 de Maio”, disse o ministério, numa nota informativa, sem dar mais detalhes. A chefe da diplomacia alemã, Annalena Baerbock, visitou a China, no final de Abril, onde garantiu que um conflito militar no Estreito de Taiwan constituiria um “cenário de terror” com implicações para a economia mundial. A viagem de Baerbock aconteceu meses depois de o chanceler alemão, Olaf Scholz, ter visitado o país asiático, onde mostrou vontade de cooperar com a China, ao mesmo tempo em que admitiu divergências entre os dois países. O encontro de Qin Gang com a sua homóloga francesa Catherine Colonna ocorre após a visita de Estado de três dias do Presidente francês, Emmanuel Macron, à China em Abril passado, naquela que foi a sua primeira viagem ao país desde 2019. Os líderes europeus têm instado repetidamente Pequim, nos últimos meses, a usar a sua influência junto da Rússia para pôr fim à guerra na Ucrânia. Desde o início da guerra, a China, que se opõe a sanções contra Moscovo, reiterou a importância de respeitar a integridade territorial dos países, incluindo a Ucrânia, e as “legítimas preocupações de segurança de todas as partes”, referindo-se à Rússia. A China considera a parceria com a Rússia fundamental para contrapor a ordem democrática liberal, numa altura em que a sua relação com os Estados Unidos atravessa também um período de grande tensão.
Hoje Macau China / ÁsiaMNE | Pequim expulsa diplomata em retaliação contra Otava A China anunciou ontem a expulsão de uma diplomata do Canadá, em retaliação contra a decisão de Otava de afastar um funcionário consular chinês por alegadas ameaças a um deputado canadiano e aos seus familiares. Em comunicado, o ministério dos Negócios Estrangeiros chinês disse que a China adoptou uma “contramedida recíproca à acção inescrupulosa do Canadá”. A mesma nota informou que a diplomata do Canadá colocada em Xangai, Jennifer Lynn Lalonde, foi convidada a sair, até ao dia 13 de Maio, e que a China “reserva o direito de tomar outras medidas retaliatórias”. O Canadá anunciou anteriormente a expulsão de um diplomata chinês, acusado por Otava de ter tentado intimidar um deputado canadiano crítico do regime de Pequim. Um alto funcionário do Governo canadiano disse que o diplomata, identificado como Zhao Wei, tem cinco dias para deixar o país. O caso envolve o deputado conservador canadiano Michael Chong e a sua família, que alegadamente sofreram pressão chinesa por causa das críticas de Chong ao histórico de violação dos Direitos Humanos do país asiático. As relações entre Pequim e Otava deterioraram-se, nos últimos anos, após a detenção, em 2018, pelas autoridades canadianas, de uma executiva do grupo chinês de telecomunicações Huawei. Em represália, a China deteve dois cidadãos canadianos. Embora todos tenham sido libertados, as tensões persistiram, com Pequim a acusar Otava de alinhar na política de Washington para conter a China e as autoridades canadianas a acusarem regularmente a China de interferência nos assuntos internos do país.