Hoje Macau China / ÁsiaKim Jong Un agradece apoio dos norte-coreanos “em tempos difíceis” O líder da Coreia do Norte agradeceu no dia 1 o apoio popular dos norte-coreanos “em tempos difíceis”, numa carta manuscrita publicada por ocasião do Ano Novo, a alguns dias de um congresso do partido no poder. “Agradeço ao povo por ter sempre confiado no nosso partido e por o ter apoiado, mesmo nos momentos difíceis”, afirmou Kim Jong Un, no que foi interpretado como uma referência às dificuldades económicas causadas pelas sanções internacionais e pelas restrições para conter a pandemia. A mensagem foi divulgada após uma cerimónia marcada por fogo-de-artifício, danças e cânticos, na praça Kim Il Sung, em Pyongyang, para assinalar a entrada em 2021. A cerimónia foi organizada apesar da pandemia de covid-19, com a Coreia do Norte a afirmar que não registou qualquer caso da doença no seu território. Kim dirige-se habitualmente aos norte-coreanos no dia 01 de janeiro, numa mensagem transmitida pela televisão em que antecipa a política que será seguida ao longo no ano. No ano passado, essa tradição foi interrompida e o líder norte-coreano optou por falar em 31 de dezembro, numa sessão plenária do Partido dos Trabalhadores (no poder). Este ano, muitos observadores diziam não esperar que a tradição fosse retomada, a alguns dias da abertura de um congresso partidário, o primeiro em cinco anos. Os ‘media’ oficiais anunciaram que o congresso teria lugar no início de janeiro, sem adiantar uma data precisa. “Desejo sinceramente a todas as famílias do país as maiores felicidades e boa saúde”, declarou Kim, na carta divulgada pela agência noticiosa oficial KCNA. “Neste novo ano, também me esforçarei para fazer avançar a nova era em que os ideais e desejos de nosso povo se tornarão realidade”, prometeu. Segundo os ‘media’ sul-coreanos, foi a primeira vez desde 1995 que um líder da Coreia do Norte se dirigiu por carta à população por ocasião do Ano Novo. A última carta tinha sido escrita por Kim Jong Il, pai e antecessor do atual líder.
Hoje Macau China / Ásia5G | País empenha-se na aceleração da promoção da rede em 2021 A China vai construir mais de 600.000 antenas de 5G em 2021, à medida que o país acelera a promoção da tecnologia sem fios, segundo os últimos dados do Ministério da Indústria e Tecnologia da Informação. Até meados de Dezembro, a China já construiu mais de 718.000 torres de 5G e já possuiu sinais de 5G disponíveis em mais de 300 cidades. “O país vai promover a construção e aplicação da rede 5G de maneira ordenada, acelerará a cobertura 5G nas cidades principais e avançará na construção cooperativa e no compartilhamento de torres 5G entre as operadoras de telecomunicações”, disse Xiao Yaqing, ministro da indústria e tecnologia da informação, numa conferência de imprensa na segunda-feira passada. “Mais esforços serão realizados para desenvolver projectos-pilotos da rede 5G industrial, concentrando-se em 10 indústrias-chave e formando 20 cenários de aplicação industrial típicos”, disse ainda Xiao, sem dar detalhes. O plano da promoção do 5G para o próximo ano estabelecerá uma infraestrutura de telecomunicações sólida para uma integração mais profunda das economias digital e real, ajudará a estabilizar o investimento e acelerará as actualizações industriais, comentaram os especialistas. Xiang Ligang, director geral da Aliança de Consumo de Informação, uma associação da indústria de telecomunicações, disse que a China já construiu a maior rede 5G comercial e que a internet industrial e de consumo do país também entraram em modo de rápida aplicação. “A maior ênfase na rede 5G privada industrial no próximo ano acelerará a aplicação de tecnologias digitais em sectores tradicionais e ajudará a nação a procurar o desenvolvimento da manufactura de alta qualidade”, disse Xiang. Mais de 1.100 projectos que se concentram na implementação da integração do 5G e a Internet industrial estavam a ser construídos na China em Novembro, indicou o ministério. Cobertura assegurada A Industrial Securities, uma empresa de segurança, informou em nota de investigação que o plano de construção da rede 5G para 2021 está praticamente alinhado com as expectativas do mercado. Com a ascensão das empresas chinesas na cadeia industrial de telecomunicações na era do 5G, a lucratividade das operadoras de telecomunicações chinesas e dos fornecedores de equipamentos de telecomunicações deverá crescer. Yang Jie, presidente da China Mobile, a maior operadora de telecomunicações do país asiático, disse que a empresa planeia alcançar uma cobertura 5G completa nas cidades, condados e principais vilas no próximo ano. Liu Duo, chefe da Academia Chinesa de Tecnologia da Informação e Comunicação, afirmou que cerca de 20 por cento das aplicações 5G serão orientadas pelo consumidor, e 80 por cento do seu potencial comercial reside no seu uso em sectores tradicionais. Como resultado, a combinação de 5G com a Internet industrial será de maior importância para o impulso da China nas actualizações industriais em grande escala.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Índia autoriza vacinas da Biotech e Oxford/AstraZeneca A Índia autorizou hoje duas vacinas covid-19, abrindo caminho a um enorme programa de inoculação para travar a pandemia do novo coronavírus no segundo país mais populoso do mundo. O regulador de medicamentos da Índia deu uma autorização de emergência para as vacinas desenvolvidas pela Universidade de Oxford e pelo biofarmacêutica AstraZeneca, e outra desenvolvida pela empresa indiana Bharat Biotech. O plano inicial de vacinação do país visa vacinar 300 milhões de pessoas até agosto, desde trabalhadores da saúde a pessoal da linha de frente, incluindo a polícia e aquelas consideradas mais vulneráveis devido à sua idade ou outras doenças. O Instituto Serum da Índia, a maior empresa mundial de fabrico de vacinas, foi contratado pela AstraZeneca para fazer mil milhões de doses para nações em desenvolvimento, incluindo a Índia. Na sexta-feira, O Reino Unido foi o primeiro a aprovar a vacina. A outra vacina conhecida como Covaxin é desenvolvida pela Bharat Biotech, em colaboração com agências governamentais. A empresa completou apenas duas das três fases de ensaio. A terceira, que testa a sua eficácia, teve início em meados de novembro. Os primeiros estudos clínicos mostraram que a vacina não tem quaisquer efeitos secundários graves e produz anticorpos para a covid-19. A Índia, com quase 1,4 mil milhões de pessoas, é o segundo país afetado pelo coronavírus depois dos Estados Unidos com mais de 10,3 milhões de casos confirmados e 149.435 mortes, embora a taxa de contágios tenha diminuído significativamente a partir de um pico em meados de setembro. Um pedido de autorização de vacina feito pela Pfizer ainda está a ser analisado pelas autoridades indianas. A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.827.565 mortos resultantes de mais de 83,9 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência de notícias France-Presse (AFP).
Hoje Macau China / ÁsiaXi Jinping diz que acordo com UE vai ajudar a criar uma “economia mundial aberta” O Presidente chinês, Xi Jinping, afirmou ontem que o “acordo de princípio” sobre Investimentos alcançado esta quarta-feira com a União Europeia (UE) dará um “importante contributo” para a construção de uma “economia mundial aberta”. Ao fim de quase sete anos de negociações, o bloco comunitário e Pequim chegaram hoje a um “acordo de princípio” sobre Investimentos durante uma videoconferência entre os líderes da UE e Xi Jinping. Segundo a agência noticiosa oficial chinesa Xinhua, o Presidente chinês declarou durante a videoconferência que este acordo também vai servir para impulsionar o caminho da recuperação após a actual pandemia da doença covid-19 e reforçar a confiança internacional na globalização económica e no comércio livre. A UE e a China estavam a negociar este acordo desde 2014, mas, nas últimas semanas, as conversações avançaram de forma substancial face a um compromisso das partes de concluir um documento antes do final do ano. De acordo com Bruxelas, o acordo político hoje alcançado “irá criar um melhor equilíbrio nas relações comerciais UE-China”, uma vez que “a UE tem sido tradicionalmente muito mais aberta do que a China ao investimento estrangeiro”. Pequim “compromete-se agora a abrir-se à UE numa série de sectores-chave” e a assegurar “um tratamento justo” às empresas europeias, de modo a que estas possam competir em condições de igualdade, referiu a Comissão Europeia. “Pela primeira vez, a China também concordou com disposições ambiciosas sobre desenvolvimento sustentável, incluindo compromissos sobre trabalho forçado e a ratificação das convenções fundamentais relevantes da Organização Internacional do Trabalho”, indicou o executivo comunitário em comunicado. O texto do acordo deverá ainda ser finalizado pelas partes e aprovado pelo Conselho (Estados-membros) e pelo Parlamento Europeu, o que só sucederá numa fase posterior, em 2021. A “conclusão em princípio” das negociações sobre este novo acordo de investimento UE-China ocorreu durante uma videoconferência, na qual a UE esteve representada pelos presidentes da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e do Conselho Europeu, Charles Michel, tendo ainda participado a chanceler alemã, Angela Merkel (cujo país ocupa até ao final de dezembro a presidência semestral rotativa do Conselho da UE, que será assumida por Portugal no início do ano) e o Presidente francês, Emmanuel Macron.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | China apela a trabalhadores que não viajem durante Ano Novo Lunar O Governo chinês está a encorajar dezenas de milhões de trabalhadores migrantes a não regressarem à terra natal durante as férias do Ano Novo Lunar, a principal festa das famílias chinesas, para evitar a propagação do novo coronavírus. A medida da Comissão Nacional de Saúde, conhecida ontem, não é uma proibição formal de viajar, mas constitui uma recomendação excecional, na única época do ano em que milhões de trabalhadores migrantes podem estar com as suas famílias. A comissão disse que está a encorajar os governos provinciais a persuadirem os trabalhadores a seguirem aquela sugestão. A mesma fonte apontou que os trabalhadores que ficarem nos locais onde trabalham devem receber pagamento extra e tirar férias noutra altura. A ausência de um bloqueio nas vésperas do Ano Novo Lunar do ano em curso foi responsável pela propagação do vírus por todo o país e, a seguir, por outras partes do mundo. A China praticamente erradicou a transmissão local do coronavírus, mas as autoridades continuam em alerta máximo, face a um possível ressurgimento. As escolas já estão programadas para começar as férias do Ano Novo Lunar uma semana antes e os turistas foram orientados a não se deslocarem até Pequim durante o feriado. O novo coronavírus foi detectado pela primeira vez na cidade de Wuhan, no centro da China, no final do ano passado. Os números oficiais da China apontam para 4.634 mortes, entre 87.027 casos confirmados de covid-19 no país. “Os governos locais devem intensificar os esforços para encorajarem empresas e instituições a (…) orientarem os trabalhadores a tirarem férias nos seus locais de trabalho apenas dentro do possível”, disse a comissão, em comunicado. A semana do Ano Novo Lunar é tradicionalmente a época em que as famílias se reúnem para refeições e visitas a templos e mercados. Milhões de chineses regressam à terra natal, na maior migração interna do planeta, em longas viagens de comboio, avião ou autocarro. Milhões de chineses de classe média também aproveitam a ocasião para viajar em lazer. A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.791.033 mortos resultantes de mais de 81,9 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Hoje Macau China / ÁsiaTurquia afasta eventual envio de uigures para China após ratificação de tratado A Turquia assegurou ontem que não irá enviar membros da minoria muçulmana uigur refugiados em território turco para a China, apesar da recente ratificação por parte de Pequim de um tratado de extradição com Ancara. “É incorreto dizer que (a ratificação de Pequim) significa que a Turquia irá enviar uigures de volta para a China”, afirmou o chefe da diplomacia turca, Mevlut Cavusoglu, numa conferência de imprensa realizada na capital do país, Ancara. “Isso só será aplicado a pessoas culpadas (de crimes). No passado, existiram pedidos para o envio de uigures que se encontravam na Turquia para a China. A Turquia não aplicou tais medidas”, prosseguiu o ministro dos Negócios Estrangeiros turco. No sábado passado, o Parlamento chinês ratificou um tratado de extradição assinado em 2017 com Ancara, acordo que Pequim quer utilizar, em particular, para acelerar o regresso de alguns uigures suspeitos de “terrorismo” e refugiados em território turco. O Parlamento turco não ratificou o texto, mas a medida anunciada pelas autoridades chinesas suscitou preocupação junto da diáspora uigur – estimada em cerca de 50.000 pessoas – refugiada na Turquia, maioritariamente na cidade de Istambul. A Turquia tem laços linguísticos e culturais com os uigures (um dos 56 grupos étnicos que existem no território chinês), que são maioritariamente muçulmanos e falam na sua grande maioria uma língua relacionada com o turco. O Estado turco foi durante muito tempo um dos principais defensores da causa uigur a nível internacional. Posteriormente, e de forma a proteger os interesses económicos do país, as críticas turcas em relação ao tratamento desta minoria ficaram mais discretas. Alguns artigos publicados denunciaram que a Turquia já deportou, de forma discreta, membros da minoria uigur para a China, nomeadamente através de países terceiros. Os uigures (bem como os cazaques) são etnicamente distintos do grupo étnico maioritário na China, os chineses han, e constituem uma grande parte da população em Xinjiang (noroeste), uma vasta região chinesa que faz fronteira com o Afeganistão e o Paquistão. Esta etnia representa um pouco menos de metade dos 25 milhões de pessoas que vivem na região de Xinjiang, um vasto território semidesértico no noroeste da China há muito atingido por ataques violentos, que Pequim atribui a elementos separatistas e islamitas. A China tem sido acusada de ter lançado uma política de vigilância máxima e de concentrar minorias étnicas chinesas de origem muçulmana em campos de doutrinação e reeducação no extremo noroeste do território chinês. Segundo peritos estrangeiros, pelo menos um milhão de pessoas, incluindo uigures, estarão nestes “campos”. Pequim tem sempre rejeitado este alegado plano de “genocídio cultural” de minorias muçulmanas na China, alegando que estas instalações são “centros de formação profissional”, destinadas a ajudar a população a encontrar trabalho e a mantê-la afastada do extremismo e do terrorismo. Muitos dos refugiados uigures que se encontram na Turquia não têm notícias dos seus familiares que estão nestas estruturas. Denúncias internacionais também apontaram este ano que os uigures estão a ser alegadamente submetidos a esterilizações forçadas, no sentido de reduzir e controlar a natalidade desta população. Cerca de 20 uigures voltaram hoje a concentrar-se, pelo nono dia consecutivo, em frente ao consulado chinês em Istambul para pedir notícias dos respetivos familiares. Também apelaram às autoridades turcas para que não ratifiquem o tratado de extradição com a China. “Estamos muito preocupados. Esperamos que o Estado (turco) não aprove isso”, disse, em declarações à agência France Presse (AFP), Omer Faruh, cuja mãe e filhos estão detidos no território chinês.
Hoje Macau China / ÁsiaUE e China alcançam “acordo de princípio” sobre investimentos A União Europeia e a China chegaram esta quarta-feira a um “acordo de princípio” sobre Investimentos, ao fim de sete anos de negociações, durante uma videoconferência entre líderes da UE e o Presidente chinês, Xi Jinping, anunciou a Comissão Europeia. De acordo com Bruxelas, este acordo político “irá criar um melhor equilíbrio nas relações comerciais UE-China”, uma vez que “a UE tem sido tradicionalmente muito mais aberta do que a China ao investimento estrangeiro”. Pequim “compromete-se agora a abrir-se à UE numa série de sectores-chave” e a assegurar “um tratamento justo” às empresas europeias, de modo a que estas possam competir em condições de igualdade, referiu a Comissão. “Pela primeira vez, a China também concordou com disposições ambiciosas sobre desenvolvimento sustentável, incluindo compromissos sobre trabalho forçado e a ratificação das convenções fundamentais relevantes da Organização Internacional do Trabalho”, indica o executivo comunitário em comunicado. Os baixos padrões laborais chineses, e em particular a questão do trabalho forçado, constituíam, para vários Estados-membros da UE, o principal obstáculo à conclusão de um acordo com Pequim. O texto do acordo deverá ainda ser finalizado pelas partes e aprovado pelo Conselho (Estados-membros) e pelo Parlamento Europeu, o que só sucederá numa fase posterior. A “conclusão em princípio” das negociações sobre este novo acordo de investimento UE-China ocorreu durante uma videoconferência celebrada hoje, na qual a UE esteve representada pelos presidentes da Comissão, Ursula von der Leyen, e do Conselho Europeu, Charles Michel, tendo ainda participado a chanceler alemã, Angela Merkel, e o Presidente francês, Emmanuel Macron, enquanto a China se fez representar pelo seu chefe de Estado, Xi Jinping. Numa declaração divulgada em Bruxelas, Von der Leyen considerou este acordo “um marco importante” nas relações da UE com a China, apontando que o mesmo “proporcionará aos investidores europeus um acesso sem precedentes ao mercado chinês”, ao mesmo tempo que “compromete a China com princípios ambiciosos a nível de sustentabilidade, transparência e não-discriminação”. Por seu lado, o vice-presidente executivo da Comissão Valdis Dombrovskis, que tem a seu cargo a pasta do Comércio, sublinhou que “este acordo dará às empresas europeias um enorme impulso num dos maiores mercados do mundo e de mais rápido crescimento, ajudando-as a operar e a competir na China”. “Garantimos compromissos vinculativos em matéria de ambiente, alterações climáticas e combate ao trabalho forçado. Envolver-nos-emos de perto com a China para assegurar que todos os compromissos sejam plenamente cumpridos”, garantiu. De acordo com um comunicado conjunto da Comissão e do Conselho, durante a videoconferência de hoje os líderes abordaram também outros dossiês, designadamente o combate às alterações climáticas, a pandemia da covid-19, Hong Kong e direitos humanos, com os dirigentes europeus a congratularem-se com “importantes progressos numa série de questões-chave”, mas “contínuas expectativas e preocupações noutras áreas”, sem especificar. A União Europeia reiterou ainda o convite dirigido ao Presidente chinês, Xi Jinping, para uma cimeira UE-China ao mais alto nível, com a participação dos chefes de Estado e de Governo dos 27, que chegou a estar prevista para este ano mas foi adiada devido à covid-19, devendo então decorrer em Bruxelas em 2021, em data ainda a definir.
Hoje Macau China / ÁsiaSismo de 5,1 no Japão sem danos materiais e pessoais a registar Um terramoto de 5,1 graus na escala de Ritcher atingiu hoje o Japão e foi fortemente sentido em Tóquio, sem que as autoridades tenham emitido qualquer aviso de tsunami ou comunicado danos materiais ou pessoais. O sismo ocorreu às 09:35 com o epicentro localizado em Ibaraki, a nordeste de Tóquio, a cerca de 60 quilómetros de profundidade, informou a Agência Meteorológica do Japão. O terramoto atingiu o nível 4 na escala japonesa de 7, mais concentrado nas áreas afectadas (Ibaraki, Tochigi e Chiba), mas foi também sentido e registado como nível 3 na capital. O Japão está situado no chamado Anel de Fogo, uma das zonas sísmicas mais activas do mundo, com as infra-estruturas nacionais a serem concebidas para resistir aos terramotos.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Chinesa Sinopharm diz que a sua vacina tem 79% de eficácia A farmacêutica estatal chinesa Sinopharm revelou hoje que uma das suas vacinas candidatas contra a covid-19 revelou uma eficácia de 79,34%, e que já pediu autorização às autoridades do país asiático para comercializá-la. Esta é a primeira vacina, entre as várias chinesas que concluíram a fase 3 de testes, de que é conhecida oficialmente a sua eficácia. No início do mês, as autoridades dos Emirados Árabes Unidos, um dos países que participaram nos testes da vacina, tinham apontado para 86% de eficácia. O país árabe tornou-se assim o primeiro a aprovar uma vacina chinesa, mesmo antes da própria China, que ainda não autorizou oficialmente a comercialização de nenhuma das vacinas desenvolvidas no país, embora a imprensa estatal tenha assegurado que esse processo estará concluído antes do final deste ano. O Instituto de Produtos Biológicos de Pequim, uma subsidiária da Sinopharm, disse que os resultados dos testes de fase 3 revelaram que os seus níveis de segurança são “bons” e que todos os participantes desenvolveram altos níveis de anticorpos, após receberem ambas as doses, embora não mencione possíveis efeitos colaterais. O comunicado refere, em linha com os testes realizados nos Emirados Árabes Unidos, que a taxa de soroconversão, ou de desenvolvimento dos anticorpos que defendem contra a infeção, é de 99,5%. O Instituto de Produtos Biológicos de Pequim assegurou que os dados provisórios extraídos dos ensaios estão em linha com as normas técnicas da Organização Mundial de Saúde (OMS). Esta vacina tem sido usada na China, desde julho passado, em grupos de maior risco, como funcionários de saúde ou de programas de prevenção da doença, trabalhadores em portos ou serviços logísticos, ou profissionais colocados em países onde o risco de contágio é considerado alto. Há pouco mais de um mês, o presidente da Sinopharm, Liu Jingzhen, afirmou que quase um milhão de pessoas na China tinham recebido uma das vacinas de “emergência” e que apenas um pequeno número experimentou efeitos adversos e ligeiros. Atualmente, quatro vacinas desenvolvidas na China alcançaram a fase 3 dos ensaios clínicos – duas da Sinopharm, uma da Sinovac e uma da CanSino Biologics.
Hoje Macau China / ÁsiaChina condena activistas de Hong Kong a penas entre sete meses e três anos de prisão Dez activistas de Hong Kong acusados de terem entrado ilegalmente em águas territoriais da China, durante uma tentativa de fuga para Taiwan, foram hoje condenados a penas entre sete meses e três anos de cadeia. De acordo com a rádio pública de Hong Kong, a RTHK, Tang Kai-yin, considerado o líder do grupo, foi condenado a três anos de prisão e ao pagamento de uma multa de 20 mil yuans pelo tribunal do distrito de Yantian, em Shenzhen, zona económica especial chinesa adjacente à região semi-autónoma. A única mulher do grupo, Quinn Moon, recebeu uma sentença de dois anos de prisão e uma multa de 15 mil yuans, por o tribunal ter considerado que desempenhou um papel de co-liderança no caso. Os restantes oito detidos, incluindo o residente de Hong Kong com passaporte português Tsz Lun Kok, foram condenados a sete meses de cadeia e multas de 10 mil yuans, indicou a RTHK. O grupo, na maioria ligado aos protestos anti-governamentais do ano passado, em Hong Kong, foi julgado na segunda-feira, em Shenzhen, e, de acordo com o tribunal, todos se apresentaram como culpados de travessia ilegal das águas da China continental. O tribunal, que divulgou o veredicto no seu ‘site’, referiu ter decidido as sentenças depois de ter avaliado o papel dos diferentes réus, a extensão e consequências do crime em causa e também o remorso demonstrado. Em 23 de Agosto, um grupo de 23 residentes de Hong Kong foi detido pela guarda costeira da província chinesa de Guangdong (sul), depois de ter saído da região administrativa especial chinesa numa lancha. A tentativa de fuga terá sido motivada pela imposição por Pequim da lei de segurança nacional em Hong Kong. Desde então, vários críticos do Governo fugiram de Hong Kong, muitos dos quais para Taiwan. Dois elementos do grupo, menores de idade, não foram julgados em Shenzhen e foram entregues esta tarde à polícia de Hong Kong, que admitiu a possibilidade destes enfrentarem acusações adicionais, acrescentou a RTHK.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | China transforma crise em oportunidade face a “caos” no Ocidente Numa altura em que o Ocidente, em particular a Europa e os EUA, se debatem com um aumento crescente de casos de covid-19, a China parece recuperar a passos largos, num sinal de que o “século americano” pode muito bem ter chegado ao fim Reportagem de João Pimenta, da agência Lusa Um ano após o primeiro caso de covid-19 ter sido diagnosticado, a China é o único grande país que derrotou a doença, reforçando a crença doméstica na superioridade do autoritarismo, face ao “declínio” do Ocidente liberal. “A ideia de que o Ocidente fazia tudo melhor acabou”, resumiu à agência Lusa um diplomata europeu colocado em Pequim, acrescentando: “Após esta epidemia, os chineses nunca mais vão olhar para nós da mesma forma”. Três semanas após o primeiro caso de uma “misteriosa pneumonia” ter sido anunciado pelas autoridades de Wuhan, no centro da China, em 31 de Dezembro, as autoridades chinesas adoptaram restritas medidas de prevenção, que incluíram isolar cidades com milhões de habitantes. A origem da doença continua a ser uma incógnita, mas os estágios iniciais do surto revelaram que as autoridades foram lentas a agir. Mais grave: no final de Dezembro, já vários médicos em Wuhan alertavam para os perigos de uma nova doença desconhecida, mas a polícia deteve oito deles para os “educar” sobre os perigos associados a espalhar rumores. Mas, assim que a liderança do Partido Comunista se mobilizou, fê-lo com resolução. O anúncio do bloqueio de Wuhan, em 23 de Janeiro, surgiu a meio da noite, sem aviso ou debate público. Enquanto a afluência de pessoas sobrecarregava os hospitais da cidade, pacientes com sintomas leves foram mandados para casa, onde infectaram os familiares. Num fenómeno raro no país, que condena frequentemente à prisão críticos do regime por “perturbação da ordem pública”, críticas abertas ao regime multiplicavam-se nas redes sociais chinesas. No entanto, quando parecia que o Partido Comunista Chinês tinha tropeçado num buraco, esse buraco revelou-se uma mina de ouro. O caos a Ocidente Mais de dois meses após o primeiro caso de covid-19 ter sido diagnosticado em Wuhan, a Europa e os Estados Unidos sucumbiram ao caos, ultrapassando rapidamente a China no número total de infectados e mortos. “Está na hora de acordar da fé cega no sistema ocidental”, proclamou, em editorial, o jornal oficial China Education News. “No Ocidente, as violentas lutas partidárias estão a agravar-se, as fissuras sociais a aprofundar-se e começa-se a formar uma grave crise social”, vincou. Para Wang Xiangsui, coronel aposentado do exército chinês e professor universitário, a luta contra a pandemia é uma história de “vencedores e vencidos”. “Nós somos a potência vitoriosa, enquanto os Estados Unidos caíram no caos e penso que podem muito bem tornar-se na potência derrotada”, apontou. A ideia de um Ocidente em declínio e uma China triunfal não é nova no país. O fundador da República Popular da China, Mao Zedong, comparava o mundo capitalista a alguém às portas da morte. Estas ideias terão sido abaladas quando o Partido Comunista adoptou reformas de mercado e os Estados Unidos emergiram como a única superpotência, após o colapso da União Soviética. “No entanto, a crise financeira de 2008, da qual a China saiu relativamente ilesa, fez com que os líderes chineses se questionassem se o declínio ruinoso do capitalismo que Mao previra não teria de facto chegado”, escreve Julian Gewirtz, Professora de História na Universidade de Columbia, na revista Foreign Affairs. A pandemia da covid-19 deu finalmente aos comentadores chineses a oportunidade de declarar o “fim do século americano”. Num cenário que contrasta com a situação vivida em vários países, na China, à porta dos restaurantes mais populares formam-se agora longas filas, os ginásios enchem-se de pessoas ao fim da tarde e os alunos há vários meses voltaram às salas de aula. Uma exposição temática sobre a luta de Wuhan contra o surto, no norte da cidade, exalta o papel do Partido Comunista Chinês, em particular do líder Xi Jinping, na luta contra a epidemia, mas não faz qualquer referência à origem da covid-19. A exposição enaltece antes o apoio prestado pela China a países estrangeiros, incluindo o envio de equipamento médico e funcionários de saúde, e a generosidade dos líderes chineses em partilharem a “solução chinesa” com o mundo. Zhao Xiaosong, um estudante chinês, de 24 anos, que assiste à exposição, parece convencido. “Em dois meses conseguimos derrotar a doença. Um feito único a nível mundial”, explica à Lusa. “O Partido Comunista desempenhou um papel crucial”, diz.
Hoje Macau China / ÁsiaActivistas de Hong Kong julgados na China declaram-se culpados, revelam familiares Familiares dos jovens de Hong Kong, entre os quais o luso-chinês Tsz Lun Kok, acusados na China de tentarem escapar de lancha, face a uma campanha repressiva contra dissidentes, revelaram hoje que os jovens se declararam culpados. As famílias dos detidos foram ainda informadas por advogados nomeados pelo tribunal do distrito de Yantian, na cidade de Shenzhen, sudeste da China, que o veredicto será entregue na quarta-feira, de acordo com a associação 12 Hongkongers Concern Group, que está a apoiar as famílias. Não se sabe se os 10 jovens que foram a julgamento na segunda-feira serão condenados já na quarta, mas os tribunais chineses costumam emitir sentenças em simultâneo com os veredictos. Os 10 réus, incluindo o luso-chinês Tsz Lun Kok, são acusados de cruzamento ilegal da fronteira. Dois deles são também acusados de terem organizado a tentativa de fuga, segundo a acusação, emitida em Shenzhen. São ainda esperadas audiências separadas para dois menores, que também estavam a bordo do barco. Os 12 detidos, a maioria ligados aos protestos anti-governamentais do ano passado, em Hong Kong, estão detidos há cerca de quatro meses em Shenzhen, cidade chinesa adjacente à antiga colónia britânica, por “travessia ilegal” das águas continentais. O grupo tinha iniciado a viagem com destino a Taiwan, onde se pensa que procuravam asilo, quando a lancha em que seguiam foi interceptada, em 23 de agosto, pela guarda costeira chinesa. A tentativa de fuga terá sido motivada pela imposição por Pequim de uma lei de segurança nacional em Hong Kong. Desde então, vários críticos do governo fugiram de Hong Kong, muitos para a ilha de Taiwan. A imprensa de Hong Kong diz que pelo menos um dos réus pode ter recebido um mandado de prisão, sob a nova lei de segurança nacional. Familiares dos réus afirmaram que foram impedidos de contratar os seus próprios advogados e que as acusações têm motivação política. Os réus podem ser condenados a até um ano de prisão, por cruzarem a fronteira, e a sete anos, por terem organizado a viagem. Os familiares foram informados apenas na sexta-feira de que o julgamento iria decorrer na segunda. Ou seja, não puderam assistir à sessão, devido à quarentena de 14 dias imposta a quem chega à China continental, uma medida de combate à pandemia de covid-19. Tsz Lun Kok, que tem nacionalidade portuguesa e chinesa, embora a China não reconheça a dupla nacionalidade, tinha já sido detido em 18 de novembro de 2019, em Hong Kong, e mais tarde libertado, durante o cerco da polícia à Universidade Politécnica daquele território, sendo acusado de motim, por ter participado alegadamente numa manobra para desviar as atenções das forças de segurança com o objetivo de permitir a fuga de estudantes refugiados no interior.
Hoje Macau China / ÁsiaEmpresário e produtor chinês Lin Qi morto com suspeitas de envenenamento O empresário chinês Lin Qi, administrador da empresa de videojogos Yoozoo e produtor de uma série na Netflix, morreu na sexta-feira, alegadamente por envenenamento, e as autoridades chinesas detiveram um suspeito, foi ontem anunciado. A Yoozoo Games confirmou, em comunicado, que Lin Qi, de 39 anos, morreu na sexta-feira, dia de Natal, depois de ter estado hospitalizado, mas não revelou a causa da morte. A polícia de Shangai revelou que o empresário foi hospitalizado no dia 17, na sequência de um envenenamento, e que deteve um homem, que trabalha na Yoozoo, suspeito de ter cometido o crime. A publicação Caixin, citada pela Associated Press, indica que o suspeito do envenenamento estava a trabalhar na produção da série “The Three-Body Problem” para a plataforma de ‘streaming’ Netflix, da qual Lin Qi era coprodutor executivo. A imprensa chinesa local acrescenta que o suspeito é Xu Yao, um outro executivo da Yoozoo, responsável pela área de produção para cinema e televisão, e que terá havido uma disputa entre administradores por causa daquela série. A “The Three-Body Problem” é uma série de ficção, a partir de uma popular trilogia de ficção científica do autor chinês Liu Cixin, e está a ser produzida também por David Benioff e D. B. Weiss, criadores da série “A Guerra dos Tronos”. Por sua vez, a emprega Yoozoo desenvolveu o videojogo “Game of Thrones: Winter is coming”. Lin Qi fundou a Yoozoo – também conhecida como Yuzou Interactive – em 2009, e tinha uma fortuna estimada em mil milhões de dólares. O primeiro volume da trilogia do escritor Liu Cixin será publicada em Portugal em 2021 pela Relógio d’Água, com o título “O problema dos três corpos”.
Hoje Macau China / ÁsiaONU pede libertação da jornalista chinesa que reportou surto em Wuhan A ONU apelou ontem à libertação da jornalista chinesa independente Zhang Zhan, condenada esta segunda-feira a quatro anos de prisão pelas informações que recolheu sobre o surto inicial do novo coronavírus em Wuhan, no centro da China. O apelo dirigido às autoridades chinesas foi feito pela Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos, a ex-Presidente chilena Michelle Bachelet. “Temos falado sobre este caso com as autoridades ao longo de 2020 e consideramos este caso com um exemplo das restrições excessivas à liberdade de expressão em relação à covid-19”, afirmou a equipa de Michelle Bachelet numa mensagem publicada na rede social Twitter. Um tribunal de Xangai condenou hoje Zhang Zhan a quatro anos de prisão. Zhang Zhan viajou para Wuhan, em fevereiro passado, para recolher informações sobre o surto inicial da covid-19, ocorrido no final de dezembro de 2019, e a subsequente campanha de prevenção contra a doença e tratamento dos pacientes, mas desapareceu, em maio, sendo mais tarde revelado que tinha sido detida pela polícia em Xangai, no leste da China. O tribunal considerou que Zhang Zhan tinha “provocado distúrbios” e “procurado problemas” com as notícias que fez sobre o surto em Wuhan. A jornalista independente recusou-se a reconhecer as acusações, tendo considerado que as informações publicadas por si em plataformas chinesas como o WeChat ou nas redes sociais Twitter e YouTube não deveriam ter sido censuradas. Segundo a organização não-governamental (ONG) Amnistia Internacional, o trabalho de Zhang Zhan centrou-se na denúncia das detenções de outros repórteres independentes e do assédio que foi feito a familiares de vítimas do novo coronavírus durante aquele que é considerado como o primeiro surto da pandemia da covid-19 e que posteriormente viria a ganhar proporções mundiais. A organização Defensores dos Direitos Humanos na China revelou, em setembro passado, que a jornalista tinha sido presa por informar que os cidadãos de Wuhan receberam comida estragada, durante as 11 semanas de confinamento da cidade, ou que foram obrigados a pagar para realizarem testes de deteção do novo coronavírus. A pandemia da doença covid-19 já provocou pelo menos 1.765.049 mortos resultantes de mais de 80,6 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Hoje Macau China / ÁsiaDiplomatas portugueses compareceram no julgamento de Tsz Lun Kok O embaixador português na China, José Augusto Duarte, garantiu o acompanhamento das autoridades portuguesas do caso que envolve o jovem luso-chinês, adiantando que não é ainda altura de tirar conclusões. A diplomacia portuguesa, e não só, acompanha o julgamento numa sala ao lado do local da audiência Diplomatas portugueses estiveram ontem no tribunal chinês onde arrancou o julgamento de dez jovens de Hong Kong, entre os quais o luso-chinês Tsz Lun Kok, acusados de tentarem fugir da região semiautónoma chinesa de lancha. Fonte da embaixada de Portugal na China confirmou à agência Lusa a presença dos diplomatas numa sala ao lado do local onde está a decorrer a audiência, por cruzamento ilegal da fronteira. Dois deles são também acusados de terem organizado a tentativa de fuga, segundo a acusação. São ainda esperadas audiências separadas para dois menores, que também estavam a bordo do barco. Em declarações por escrito enviadas à Lusa, o embaixador português na China, José Augusto Duarte, assegurou que o “caso está a ser acompanhado com a maior atenção” pelas autoridades portuguesas, mas “não chegou ainda o momento de fazer balanços”. “Mantemos sempre contactos com as autoridades chinesas e com a família do senhor Tsz Lun Kok e assim continuaremos”, afirmou. Em conferência de imprensa, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Zhao Lijian, disse apenas que o caso está “actualmente a ser processado”. “As pessoas em questão são suspeitas de cruzarem, ou de terem organizado, a passagem ilegal na fronteira, e o caso está a ser processado de acordo com a lei”, disse Zhao. Imagens difundidas pela imprensa de Hong Kong mostram barreiras temporárias colocadas em redor do tribunal, com uma placa a indicar aos peões para contornarem os acessos ao edifício. Presença ocidental Os 12 detidos, a maioria ligados aos protestos anti-governamentais do ano passado, em Hong Kong, estão detidos há cerca de quatro meses em Shenzhen por “travessia ilegal” das águas continentais. O grupo tinha iniciado a viagem com destino a Taiwan, onde se pensa que procuravam asilo, quando a lancha em que seguiam foi interceptada, em 23 de Agosto, pela guarda costeira chinesa. Além dos diplomatas portugueses, estiveram também presentes diplomatas do Reino Unido, Estados Unidos, Austrália, França, Alemanha, Holanda e Canadá. Os familiares foram informados apenas na sexta-feira de que o julgamento iria decorrer esta segunda-feira. Ou seja, não puderam assistir à sessão, devido à quarentena de 14 dias imposta a quem chega à China continental, uma medida de combate à pandemia de covid-19.
Hoje Macau China / ÁsiaVulcão entra em erupção no Japão. Autoridades elevam nível de alerta Um vulcão localizado na pequena ilha de Suwanose (sudeste do Japão) entrou hoje em erupção, levando as autoridades a aumentar o nível de alerta na área. A erupção foi registada às 02:48 horas na cratera do Monte Otake, um vulcão activo que começou a lançar uma coluna de fumo com mais de 200 metros de altura e a cuspir pedras a uma distância de 1,3 quilómetros, de acordo com a Agência Meteorológica do Japão. A agência declarou um alerta de nível 3 para a actividade vulcânica (numa escala de 5), recomendando que os habitantes da área não se aproximem da cratera, sem contemplar, por enquanto, a evacuação total da ilha. Suwanose tem menos de 100 habitantes e faz parte do arquipélago das Ilhas Tokara, conhecido pela sua frequente actividade sísmica.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Coreia do Sul identifica primeiros infectados com variante mais contagiosa do novo coronavírus A Coreia do Sul anunciou hoje ter detectado os primeiros casos de uma variante mais contagiosa do novo coronavírus e que foi identificada pela primeira vez no Reino Unido. A Agência de Controlo e Prevenção de Doenças da Coreia afirmou que os casos foram diagnosticados numa família de três pessoas que chegou à Coreia do Sul a 22 de dezembro, antes das autoridades suspenderem as ligações aéreas com o reino Unido até 31 de dezembro. As três pessoas, que residem no Reino Unido, estão sob quarentena na Coreia do Sul. A Coreia do Sul registou na segunda-feira 808 novos casos de coronavírus, elevando o seu número de casos nacionais para 57.680, com 819 mortes. Nas últimas semanas, a Coreia do Sul tem registado um pico súbito de infeções ligadas a hospitais, lares, igrejas, uma prisão e reuniões familiares. No domingo, o Governo disse que iria passar mais uma semana antes de determinar se iria impor regras mais duras de distanciamento físico na grande área de Seul, apesar de tal prejudicar ainda mais a economia. A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.758.026 mortos resultantes de mais de 80,2 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência de notícias France-Presse (AFP).
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | China condena a prisão jornalista independente que reportou surto em Wuhan Uma jornalista chinesa independente que noticiou o surto inicial do novo coronavírus em Wuhan, no centro da China, foi hoje condenada a quatro anos de prisão por um tribunal de Xangai, segundo um jornal de Hong Kong. Zhang Zhan viajou para Wuhan, em fevereiro passado, para reportar sobre o surto da covid-19 e a subsequente campanha de prevenção contra a doença e tratamento dos pacientes, mas desapareceu, em maio, sendo mais tarde revelado que foi detida pela polícia em Xangai, no leste da China. Zhang Zhan foi condenada por “causar distúrbios” e “procurar problemas”, uma acusação frequente contra jornalistas e ativistas dos Direitos Humanos na China, segundo o jornal Apple Daily, que citou um dos advogados. A jornalista recusou-se a admitir as acusações, considerando que as informações publicadas por si em plataformas chinesas como o WeChat ou nas redes sociais Twitter e YouTube não deveriam ter sido censuradas. De acordo com a Amnistia Internacional (AI), o seu trabalho em Wuhan focou-se no relato das prisões de outros repórteres independentes e o assédio de familiares de vítimas do novo coronavírus. A organização Defensores dos Direitos Humanos na China revelou, em setembro passado, que a jornalista tinha sido presa por informar que os cidadãos de Wuhan receberam comida estragada, durante as 11 semanas de confinamento da cidade, ou que foram obrigados a pagar para realizarem testes de deteção do coronavírus. Zhang Zhan, que foi presa no final de maio, iniciou uma greve de fome em setembro, o que fez com que ficasse numa condição física “muito fraca”, segundo a sua defesa, que afirmou que as autoridades a alimentaram à força, recorrendo a um tubo. Um outro advogado revelou a intenção da repórter, de 37 anos, de continuar a sua greve de fome “mesmo que morra na prisão”. Vários outros jornalistas independentes que viajaram para Wuhan no início do surto foram detidos ou desapareceram na China, enquanto as autoridades restringiram a cobertura e a imprensa oficial enalteceu a resposta de Pequim como eficaz e oportuna. Em fevereiro, Chen Qiushi, que transmitiu vídeos ao vivo de Wuhan durante o bloqueio da cidade e difundiu reportagens nas redes sociais, desapareceu também. Dois outros jornalistas independentes – Li Zehua e Fang Bin – também foram detidos após cobrirem o surto em Wuhan. No entanto, Zhang Zhan foi a primeira jornalista a ser formalmente punida com pena de prisão. A China é o país que mais jornalistas detem no mundo, segundo a organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF). O regime chinês controla rigidamente a imprensa doméstica, enquanto bloqueia a maioria dos meios de comunicação estrangeiros, através de um sistema de censura ?online’. Em março passado, a China expulsou jornalistas dos órgãos New York Times, Washington Post e Wall Street Journal, num ataque sem precedentes contra a imprensa estrangeira. Embora surtos esporádicos continuem a surgir, a China controlou amplamente o vírus, permitindo ao país retomar uma relativa normalidade. As restrições à imprensa, no entanto, não foram suspensas, e a imprensa estatal chinesa passou a promover agressivamente teorias de que a pandemia teve origem fora do país, apesar de não haver evidências cientificas.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | China com mais 23 casos, um deles por contágio local A China informou hoje que foram diagnosticados 23 novos casos do coronavírus no sábado, um deles por contágio local. O infectado local foi identificado na província de Liaoning, no nordeste do país. O número divulgado hoje mostra uma ligeira recuperação, após os 17 casos anunciados no dia anterior. As autoridades sanitárias também especificaram que mais 21 pacientes tiveram alta. O número total de casos ativos na China continental é agora de 309, cinco dos quais em estado grave. A Comissão Nacional de Saúde não anunciou quaisquer novas mortes por covid-19, pelo que o número se mantém em 4.634 (inalterado desde meados de Maio), entre as 86.829 pessoas infectadas desde o início da pandemia. A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.675.362 mortos resultantes de mais de 75,6 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência de notícias France-Presse (AFP).
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | China vai continuar a vacinar pessoal de risco antes de vacinação maciça A China vai continuar a vacinar grupos de risco de contrair a covid-19, como trabalhadores sanitários, alfandegários e dos transportes, antes de iniciar campanhas de inoculação em maior escala, anunciaram este sábado as autoridades chinesas. “O objectivo é criar imunidade de grupo mediante um processo de vacinação em várias fases”, afirmou o subdiretor da Comissão de Saúde da China, Zeng Yixin, em conferência de imprensa. O responsável salientou que, nesta fase, serão vacinados os grupos de maior risco de infeção no inverno e na primavera, incluindo “pessoal que trabalha na cadeia de frio e nos mercados de alimentos frescos, bem como trabalhadores alfandegários, dos transportes e da saúde. E quem sair para estudar ou trabalhar no estrangeiro”. Zeng sublinhou que a prioridade das autoridades chinesas é proteger estes grupos de risco para prevenir surtos, dado que a situação no país é “muito diferente” da de outros que registam centenas de casos diários de covid-19. “Vamos desenvolver os nossos planos de vacinação em função da situação da pandemia. Na China, a situação é, de um modo geral, estável, ao contrário de outros países. Estamos a fazer um muito bom trabalho de prevenção”, disse. Em 22 de Julho, a China autorizou o uso de candidatas a vacinas contra a covid-19 no pessoal médico e funcionários para “casos de emergência”. Desde então um milhão de pessoas já foi vacinada “sem que tenham sido registadas reações adversas”, indicou o diretor do Departamento de Desenvolvimento de Ciência e Tecnologia daquela Comissão, Zheng Zhongwei, na mesma conferência de imprensa. Zheng afirmou que 60 mil pessoas que viajaram para o estrangeiro receberam a vacina para casos de alto risco e não ficaram infectadas. “Espera-se que as vacinas contra a covid protejam durante mais de meio ano, mas que essa proteção possa estender-se a períodos de cinco a dez anos, ou por toda a vida, ainda é incerto”, acrescentou. O responsável indicou que três empresas chinesas, com “luz verde” nas inspeções de bio-segurança, vão começar a produção em massa de vacinas “depois destas serem oficialmente aprovadas”. Pequim ainda não anunciou oficialmente a autorização para as vacinas do país que já concluíram a terceira fase dos testes clínicos. De acordo com o jornal de Hong Kong South China Morning Post, a China vai vacinar 50 milhões de pessoas de grupos de alta prioridade para as férias do Ano Novo lunar, com início em 12 de fevereiro próximo, para prevenir surtos durante a maior migração interna do planeta. A vacinação para a população chinesa, em geral, só deverá começar depois do Ano Novo lunar, indicou o diário.
Hoje Macau China / ÁsiaEspaço | Cápsula chinesa regressa à Terra com detritos e rochas lunares Mais de 40 anos após as últimas amostras trazidas da Lua por uma nave da antiga União Soviética, a sonda chinesa regressou ontem a casa com rochas que se estima serem milhares de milhões de anos mais recentes do que as anteriores e que poderão permitir dar importantes passos em frente no conhecimento da Lua e de outros corpos celestes Uma cápsula lunar enviada pela China regressou ontem à Terra com a primeira recolha de amostras de rocha e detritos da Lua em mais de 40 anos, noticiou a imprensa estatal. A cápsula da sonda Chang’e-5 pousou cerca das 02:00 no distrito de Siziwang, na região da Mongólia Interior. A cápsula separou-se do módulo orbital e projectou-se para embater contra a atmosfera da Terra, visando perder velocidade, antes de entrar e flutuar com um paraquedas rumo ao solo. Dois dos quatro módulos da Chang’e-5 pousaram na Lua, no início de Dezembro, e recolheram cerca de dois quilogramas de amostras, incluindo recolhas à superfície e a dois metros de profundidade na crosta lunar. As amostras foram depositadas num recipiente lacrado que foi levado por um veículo de volta ao módulo de regresso. A missão constituiu o mais recente avanço para o programa espacial da China, que prevê uma missão a Marte e planos para construir uma estação espacial. Em comunicado, lido a partir do Centro de Controlo Aeroespacial de Pequim, o Presidente chinês, Xi Jinping, considerou a missão uma grande conquista e um passo em frente para a indústria espacial da China, noticiou a agência oficial chinesa Xinhua. Xi disse esperar que os participantes na missão continuem a contribuir para transformar a China numa grande potência espacial, como parte da visão de rejuvenescimento da nação chinesa, acrescentou a agência. A equipa preparou helicópteros e veículos para identificar os sinais emitidos pela nave lunar e conseguir localizar a cápsula na escuridão que envolve a vasta região coberta de neve no extremo norte da China. Novas descobertas Esta foi a primeira vez que cientistas obtiveram amostras de rochas lunares desde uma missão enviada pela antiga União Soviética (URSS), em 1976. As rochas agora recolhidas deverão ser milhares de milhões de anos mais recentes do que as obtidas anteriormente pelos Estados Unidos e pela ex-URSS, proporcionando novas descobertas sobre a história da Lua e de outros corpos celestes. As rochas vêm de uma parte da Lua conhecida como Oceanus Procellarum, perto de um local chamado Mons Rumker, que se acredita ter sido vulcânico outrora. Tal como aconteceu com os 382 quilogramas de amostras lunares trazidas pelos astronautas dos Estados Unidos, entre 1969 e 1972, as rochas serão estudadas e deverão ser partilhadas com outros países. A idade das amostras vai ajudar a preencher uma lacuna no conhecimento sobre a história da Lua, de entre cerca de mil milhões e três mil milhões de anos, indicou o director do Centro McDonnell para Ciências Espaciais, na Universidade de Washington, Brad Jolliff, citado pela agência de notícias norte-americana Associated Press. As amostras também poderão fornecer pistas sobre a disponibilidade de recursos economicamente úteis na Lua, como hidrogénio concentrado e oxigénio, disse Jolliff. “Tiro o chapéu aos nossos colegas chineses por realizarem uma missão muito difícil. Os avanços científicos que resultarão da análise das amostras devolvidas vão ser um legado que durará por muitos e muitos anos e, espero, envolverá a comunidade internacional de cientistas”, acrescentou.
Hoje Macau China / ÁsiaBolsa | Acções de fabricante de semicondutores caem após rumor de demissão do CEO O boato de que o presidente do conselho de administração da mais famosa empresa chinesa de fabrico de semicondutores se iria demitir, no seguimento da inclusão na lista negra dos Estados Unidos, fizeram cair as acções da Manufacturing International Corporation cerca de 5 por cento em Hong Kong e em Xangai As acções da Semiconductor Manufacturing International Corporation (SMIC), principal fabricante de semicondutores da China, caíram ontem nas praças financeiras de Xangai e Hong Kong, face aos rumores de uma possível demissão do CEO. As acções da empresa caíram 4,94 por cento, em Hong Kong, e 5,53 por cento, em Xangai, perante a hipótese de o presidente do conselho de administração se demitir, depois de a empresa ter sido incluída na lista negra dos Estados Unidos, que restringe a exportação de alta tecnologia. Em comunicado enviado à Bolsa de Valores de Hong Kong, a empresa pediu a suspensão temporária das negociações, voltando a retomar após o intervalo do meio-dia. Em outro comunicado, difundido durante o intervalo da sessão, a SMIC indicou que o conselho de administração “viu que alguns meios de comunicação relataram que o CEO e o co-CEO da empresa, Liang Mong Song, está prestes a renunciar aos cargos e que a empresa soube da intenção de Liang de renunciar condicionalmente”. “A empresa está a verificar com Liang a sua intenção de renunciar”, explicou. No início deste mês, os Estados Unidos colocaram a SMIC na lista negra do Pentágono, por alegados laços ao exército chinês. No total, são já 35 as empresas chinesas que o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acrescentou à lista negra em 2020. Huawei, Hikvision ou China Telecom são outros dos grupos visados. A lista dos EUA decorre de uma lei aprovada em 1999, mas até este ano estava vazia. Foi a administração de Trump que designou as empresas chinesas como estando sob controlo do Exército de Libertação Popular, as forças armadas chinesas. A partir do próximo ano, investidores norte-americanos estão proibidos de comprar acções de empresas que fazem parte da lista negra. A ordem executiva assinada por Trump permite que se desfaçam das acções até Novembro de 2021. Guerra aberta As relações entre os Estados Unidos e a China deterioraram-se rapidamente nos últimos dois anos, que ficaram marcados por uma prolongada guerra comercial e tecnológica, e divergências em assuntos como o estatuto de Hong Kong, a questão de Taiwan ou a soberania no mar do Sul da China. A China quer reduzir a sua dependência de alta tecnologia norte-americana, incluindo dos semicondutores produzidos pelos Estados Unidos, pelo que a SMIC desempenha um papel crucial. A SMIC triplicou o seu valor de mercado quando entrou na bolsa de Xangai há um ano e meio. O valor das acções triplicou no primeiro dia de negociações, demonstrando a confiança dos investidores no apoio de Pequim ao desenvolvimento do sector.
Hoje Macau China / ÁsiaJustiça | MP acusa formalmente 12 manifestantes de Hong Kong Cerca de quatro meses depois de terem sido interceptados pelas autoridades quando seguiam numa lancha com destino a Taiwan, os 12 activistas, onde se inclui o jovem de nacionalidade portuguesa e chinesa, são agora acusados formalmente de “travessia ilegal” das águas da China continental O Ministério Público chinês anunciou ontem a acusação formal de “travessia ilegal” das águas da China continental a 12 manifestantes antigovernamentais de Hong Kong detidos em Agosto, entre eles um jovem luso-chinês. Segundo uma nota publicada na rede social chinesa Weibo pela Procuradoria-Geral de Yantian, em Shenzhen, cidade chinesa adjacente a Hong Kong, dois dos jovens são ainda suspeitos de organizar a passagem ilegal da fronteira. Dois jovens serão julgados à porta fechada por serem menores de idade, acrescenta a nota. A campanha #save12hkyouths (“salvem os 12 jovens de Hong Kong”) revelou à Lusa que só a família de um dos detidos tinha sido informada da acusação formal, tendo ontem recebido uma chamada de um advogado que terá sido nomeado pelo Governo chinês para defender o activista. A campanha confirmou que a família do estudante universitário Tsz Lun Kok, detentor de passaportes português e chinês, não recebeu ainda qualquer informação oficial. Os detidos, a maioria ligados aos protestos anti-governamentais do ano passado, em Hong Kong, tinham iniciado a viagem com destino a Taiwan, onde se pensa que procuravam asilo, quando a lancha em que seguiam foi interceptada, em 23 de Agosto, pela guarda costeira chinesa. Segundo familiares dos detidos, desde a detenção nenhum dos activistas pôde contactar a família nem ter acesso a advogados mandatados pelos seus familiares. O homem duplo A #save12hkyouths anunciou a 19 de Novembro que familiares de sete dos detidos receberam cartas alegadamente escritas pelos activistas. Na altura a campanha confirmou à Lusa que a família de Tsz Lun Kok não tinha recebido qualquer mensagem do jovem. O jovem, que tem nacionalidade portuguesa e chinesa, embora a China não reconheça a dupla nacionalidade, tinha já sido detido em 18 de Novembro de 2019 em Hong Kong, e mais tarde libertado, durante o cerco da polícia à Universidade Politécnica daquele território, sendo acusado de motim, por ter participado alegadamente numa manobra para desviar as atenções das forças de segurança com o objectivo de permitir a fuga de estudantes refugiados no interior.
Hoje Macau China / ÁsiaCrédito |Suspensa principal agência de ‘rating’ face a incumprimentos A China suspendeu ontem uma das suas principais agências de classificação de crédito, depois de um ex-executivo ter sido acusado de aceitar subornos e quando várias empresas chinesas com ‘rating’ triplo A entram em incumprimento. A Comissão Reguladora de Valores Mobiliários da China suspendeu temporariamente a licença da Golden Credit Rating e proibiu a agência de assumir novos negócios por um período de três meses. A decisão surge numa altura em que o maior fabricante de têxteis da China, a Shandong Ruyi, falha com o pagamento do cupão das suas obrigações, pela segunda vez em poucos dias. Várias situações de incumprimento têm abalado o mercado de dívida corporativa da China, que está estimado em 4,0 biliões de dólares, o segundo maior do mundo. Entre as empresas que entraram em incumprimento nas últimas semanas estão várias estatais, o que surpreendeu os investidores, habituados a ver as autoridades a socorrer as empresas públicas em dificuldades. O regulador chinês disse ontem que o Golden Credit não conseguiu justificar algumas das suas avaliações de crédito. O regulador ordenou que a agência “realize imediatamente uma rectificação abrangente, fortaleça os controlos internos e a gestão de compliance, fiscalize estritamente as práticas comerciais e melhore a qualidade das classificações”. As agências de classificação de crédito da China foram criticadas por manterem as suas classificações triplo A para empresas estatais que entraram em incumprimento. Falhas e subornos Analistas consideram que estas agências são motivadas a aumentar as suas classificações, para atrair clientes, e são pressionadas a apoiar os esforços de financiamento de grupos ligados ao governo. A Shandong Ruyi falhou no pagamento de obrigações avaliadas em 153 milhões de dólares, na segunda-feira. A empresa parecia ontem prestes a falhar o pagamento de um título separado, no mesmo valor. A suspensão do Golden Credit ocorreu menos de 24 horas depois de as autoridades chinesas terem anunciado que vão processar Jin Yongshou, o ex-director geral da agência, por supostamente aceitar subornos para aumentar as classificações dos emissores. Os reguladores também estão a investigar a China Chengxin, outra grande agência de classificação, depois de a mineradora Yongcheng Coal and Electricity Holding ter entrado em incumprimento, em Novembro passado. A China Chengxin avaliou a dívida da Yongcheng como triplo A.