Covid-19 | Cientistas chineses dizem que vírus pode sobreviver no ar até 30 minutos

[dropcap]O[/dropcap] novo coronavírus pode sobreviver no ar por pelo menos 30 minutos e contagiar alguém a 4,5 metros, ou seja, mais do que a “distância segura” recomendada pelas autoridades de saúde de todo o mundo, segundo um estudo publicado por cientistas chineses.

O estudo, realizado por epidemiologistas do Governo chinês e divulgado pela imprensa local, garante que o vírus pode “durar dias” em superfícies onde tenham caído gotas respiratórias infectadas, o que aumenta o risco de infeção caso se toque na superfície e se esfregue a mão no rosto.

O tempo que o vírus dura depende de factores como a temperatura: por exemplo, a cerca de 37 graus Celsius, o vírus pode sobreviver entre dois e três dias em materiais como vidro, tecido, metal, plástico ou papel. As descobertas desafiam o conselho das autoridades de saúde de todo o mundo de que as pessoas devem permanecer separadas por uma “distância segura” de entre um e dois metros.

O número de pessoas infectadas desde Dezembro passado pelo novo coronavírus em todo o mundo aumentou para 114.151, entre as quais morreram 4.012, segundo um balanço feito pela agência noticiosa France-Presse (AFP), com dados atualizados às 09:00 de hoje. Citando fontes oficiais, a AFP diz que, no total, foram registadas em 105 países e territórios 898 contaminações e 48 novas mortes desde o último balanço, às 17:00 de domingo.

A China continental (excluindo os territórios de Hong Kong e Macau), onde a epidemia eclodiu no final de dezembro, teve 80.754 casos, incluindo 3.136 mortes. Entre as 17:00 de domingo e as 09:00 de hoje foram anunciadas 19 novas infeções e 17 novas mortes no país.

Em outras partes do mundo, foram registados 33.397 casos (877 novos) até às 09:00 de hoje, incluindo 876 mortes (31 novas).

10 Mar 2020

Covid-19 | Cientistas chineses dizem que vírus pode sobreviver no ar até 30 minutos

[dropcap]O[/dropcap] novo coronavírus pode sobreviver no ar por pelo menos 30 minutos e contagiar alguém a 4,5 metros, ou seja, mais do que a “distância segura” recomendada pelas autoridades de saúde de todo o mundo, segundo um estudo publicado por cientistas chineses.
O estudo, realizado por epidemiologistas do Governo chinês e divulgado pela imprensa local, garante que o vírus pode “durar dias” em superfícies onde tenham caído gotas respiratórias infectadas, o que aumenta o risco de infeção caso se toque na superfície e se esfregue a mão no rosto.
O tempo que o vírus dura depende de factores como a temperatura: por exemplo, a cerca de 37 graus Celsius, o vírus pode sobreviver entre dois e três dias em materiais como vidro, tecido, metal, plástico ou papel. As descobertas desafiam o conselho das autoridades de saúde de todo o mundo de que as pessoas devem permanecer separadas por uma “distância segura” de entre um e dois metros.
O número de pessoas infectadas desde Dezembro passado pelo novo coronavírus em todo o mundo aumentou para 114.151, entre as quais morreram 4.012, segundo um balanço feito pela agência noticiosa France-Presse (AFP), com dados atualizados às 09:00 de hoje. Citando fontes oficiais, a AFP diz que, no total, foram registadas em 105 países e territórios 898 contaminações e 48 novas mortes desde o último balanço, às 17:00 de domingo.
A China continental (excluindo os territórios de Hong Kong e Macau), onde a epidemia eclodiu no final de dezembro, teve 80.754 casos, incluindo 3.136 mortes. Entre as 17:00 de domingo e as 09:00 de hoje foram anunciadas 19 novas infeções e 17 novas mortes no país.
Em outras partes do mundo, foram registados 33.397 casos (877 novos) até às 09:00 de hoje, incluindo 876 mortes (31 novas).

10 Mar 2020

Xi Jinping faz “visita de inspecção” ao epicentro do surto do Covid-19

[dropcap]O[/dropcap] Presidente chinês, Xi Jinping, chegou hoje à cidade de Wuhan para uma “visita de inspeção”, na sua primeira deslocação ao epicentro do surto do Covid-19, informou a agência de notícias oficial Xinhua. O líder chinês vai reunir com moradores, médicos, doentes e políticos locais, detalhou a agência.

Situada no centro da China, a cidade de Wuhan foi colocada sob quarentena, em 23 de Janeiro, com entradas e saídas bloqueadas. A visita surge no dia em que a China regista o menor número de novos casos, 19, desde que a contagem começou a ser feita a nível nacional.

Xi Jinping chegou de avião à capital da província de Hubei, onde várias outras cidades foram submetidas a medidas semelhantes de isolamento. No total, Hubei soma 3.024 mortes e 67.760 casos confirmados de infecção pelo Covid-19.

O novo coronavírus surgiu em dezembro passado, em Wuhan, antes de se espalhar por todo o país e além-fronteiras. Mais de 110.000 pessoas foram infectadas em todo o mundo, entre as quais 4.000 morreram, a grande maioria na China.

A propagação da doença provocou forte descontentamento popular no país asiático, sobretudo depois de acusações públicas de que as autoridades silenciaram denunciantes e ocultaram informações cruciais, facilitando o alastramento do surto.

Depois de ter desaparecido da imprensa oficial durante o pico da crise, Xi Jinping voltou a ser destaque no noticiário da televisão estatal, como o líder da “guerra popular” contra o surto.

No final de janeiro passado, quando o país registava milhares de novos casos por dia, foi o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, a dar a cara no combate ao surto, tendo inclusive visitado Wuhan. As falhas iniciais foram, entretanto, atribuídas a funcionários municipais e provinciais, entretanto afastados.

A visita de Xi pode indicar que o Partido Comunista está confiante que o vírus foi contido, depois de o país ter estagnado ao longo de quase dois meses, com centenas de milhões de pessoas impedidas de regressarem ao trabalho.

10 Mar 2020

Xi Jinping faz "visita de inspecção" ao epicentro do surto do Covid-19

[dropcap]O[/dropcap] Presidente chinês, Xi Jinping, chegou hoje à cidade de Wuhan para uma “visita de inspeção”, na sua primeira deslocação ao epicentro do surto do Covid-19, informou a agência de notícias oficial Xinhua. O líder chinês vai reunir com moradores, médicos, doentes e políticos locais, detalhou a agência.
Situada no centro da China, a cidade de Wuhan foi colocada sob quarentena, em 23 de Janeiro, com entradas e saídas bloqueadas. A visita surge no dia em que a China regista o menor número de novos casos, 19, desde que a contagem começou a ser feita a nível nacional.
Xi Jinping chegou de avião à capital da província de Hubei, onde várias outras cidades foram submetidas a medidas semelhantes de isolamento. No total, Hubei soma 3.024 mortes e 67.760 casos confirmados de infecção pelo Covid-19.
O novo coronavírus surgiu em dezembro passado, em Wuhan, antes de se espalhar por todo o país e além-fronteiras. Mais de 110.000 pessoas foram infectadas em todo o mundo, entre as quais 4.000 morreram, a grande maioria na China.
A propagação da doença provocou forte descontentamento popular no país asiático, sobretudo depois de acusações públicas de que as autoridades silenciaram denunciantes e ocultaram informações cruciais, facilitando o alastramento do surto.
Depois de ter desaparecido da imprensa oficial durante o pico da crise, Xi Jinping voltou a ser destaque no noticiário da televisão estatal, como o líder da “guerra popular” contra o surto.
No final de janeiro passado, quando o país registava milhares de novos casos por dia, foi o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, a dar a cara no combate ao surto, tendo inclusive visitado Wuhan. As falhas iniciais foram, entretanto, atribuídas a funcionários municipais e provinciais, entretanto afastados.
A visita de Xi pode indicar que o Partido Comunista está confiante que o vírus foi contido, depois de o país ter estagnado ao longo de quase dois meses, com centenas de milhões de pessoas impedidas de regressarem ao trabalho.

10 Mar 2020

Covid-19 | Total de casos de infecção em Portugal sobe para 39

[dropcap]O[/dropcap] total de casos de infecção pelo novo coronavírus em Portugal aumentou ontem para 39, mais nove casos do que no domingo, havendo uma doente com um quadro clínico mais gravoso que se encontra em “vigilância apertada”.

As informações foram transmitidas pelo secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, em conferência de imprensa conjunta com a directora-geral da Saúde, Graça Freitas, na qual foi ainda adiantado que o número de casos suspeitos subiu para 339, dos quais 39 são positivos e 67 aguardam resultado laboratorial.

Dos novos casos ontem confirmados, sete estão na região Norte e os restantes na região de Lisboa e Vale do Tejo. A maioria das pessoas infectadas encontra-se numa situação clínica estável, sendo que apenas uma inspira “alguns cuidados”.

António Lacerda Sales referiu que existem “à data cadeias de transmissão activas em Portugal”, que têm por base os primeiros casos de infecção, importados de Itália e Espanha. Segundo o governante existem 10 hospitais de referência para a epidemia de Covid-19, tendo sido já activados “alguns hospitais de segunda linha” para o combate ao surto e podem vir a ser accionados mais.

“À medida que a situação vai evoluindo são activadas mais unidades e com a evolução do surto todos os hospitais poderão estar aptos a receber doentes”, disse.

O Hospital de São João, o Hospital de Santo António, o Hospital de Braga, o Hospital Pedro Hispano, o Hospital da Guarda, o Hospital Pediátrico de Coimbra, o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, o Hospital Curry Cabral, o Hospital Dona Estefânia e o Hospital de Santa Maria são as 10 unidades neste momento ativadas para receber doentes de Covid- 19.

António Lacerda Sales referiu também que a região Norte é a mais afetada no país, nomeando o encerramento de todas as escolas de Lousada e Felgueiras, mas acrescentando o encerramento de duas escolas na Amadora e duas no Algarve, para justificar que “as medidas de contingência são tomadas depois de ser feita uma avaliação pelas unidades de saúde de forma flexível, dinâmica e proporcional” que pode determinar, no caso das escolas, por exemplo, encerramentos totais ou parciais.

“As medidas tomadas são sempre suscetíveis de atualização. Importa deixar claro que essas medidas não são arbitrárias e seguem determinadas orientações da Direção-Geral da Saúde e é importante que os portugueses continuem a confiar e a seguir as recomendações da nossa autoridade nacional de saúde”, declarou.

O governante deixou uma saudação aos profissionais de saúde e um agradecimento “à atitude responsável” das ordens profissionais, que têm apelado ao envolvimento de todos os profissionais no combate a este surto”.

A epidemia de Covid-19 foi detectada em dezembro e desde então foram infectadas mais de 110 mil pessoas, mas a maioria já recuperou. A doença provocou até ao momento quase quatro mil mortos, a maioria na China.

10 Mar 2020

Covid-19 | Total de casos de infecção em Portugal sobe para 39

[dropcap]O[/dropcap] total de casos de infecção pelo novo coronavírus em Portugal aumentou ontem para 39, mais nove casos do que no domingo, havendo uma doente com um quadro clínico mais gravoso que se encontra em “vigilância apertada”.
As informações foram transmitidas pelo secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, em conferência de imprensa conjunta com a directora-geral da Saúde, Graça Freitas, na qual foi ainda adiantado que o número de casos suspeitos subiu para 339, dos quais 39 são positivos e 67 aguardam resultado laboratorial.
Dos novos casos ontem confirmados, sete estão na região Norte e os restantes na região de Lisboa e Vale do Tejo. A maioria das pessoas infectadas encontra-se numa situação clínica estável, sendo que apenas uma inspira “alguns cuidados”.
António Lacerda Sales referiu que existem “à data cadeias de transmissão activas em Portugal”, que têm por base os primeiros casos de infecção, importados de Itália e Espanha. Segundo o governante existem 10 hospitais de referência para a epidemia de Covid-19, tendo sido já activados “alguns hospitais de segunda linha” para o combate ao surto e podem vir a ser accionados mais.
“À medida que a situação vai evoluindo são activadas mais unidades e com a evolução do surto todos os hospitais poderão estar aptos a receber doentes”, disse.
O Hospital de São João, o Hospital de Santo António, o Hospital de Braga, o Hospital Pedro Hispano, o Hospital da Guarda, o Hospital Pediátrico de Coimbra, o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, o Hospital Curry Cabral, o Hospital Dona Estefânia e o Hospital de Santa Maria são as 10 unidades neste momento ativadas para receber doentes de Covid- 19.
António Lacerda Sales referiu também que a região Norte é a mais afetada no país, nomeando o encerramento de todas as escolas de Lousada e Felgueiras, mas acrescentando o encerramento de duas escolas na Amadora e duas no Algarve, para justificar que “as medidas de contingência são tomadas depois de ser feita uma avaliação pelas unidades de saúde de forma flexível, dinâmica e proporcional” que pode determinar, no caso das escolas, por exemplo, encerramentos totais ou parciais.
“As medidas tomadas são sempre suscetíveis de atualização. Importa deixar claro que essas medidas não são arbitrárias e seguem determinadas orientações da Direção-Geral da Saúde e é importante que os portugueses continuem a confiar e a seguir as recomendações da nossa autoridade nacional de saúde”, declarou.
O governante deixou uma saudação aos profissionais de saúde e um agradecimento “à atitude responsável” das ordens profissionais, que têm apelado ao envolvimento de todos os profissionais no combate a este surto”.
A epidemia de Covid-19 foi detectada em dezembro e desde então foram infectadas mais de 110 mil pessoas, mas a maioria já recuperou. A doença provocou até ao momento quase quatro mil mortos, a maioria na China.

10 Mar 2020

Francisco George diz que Covid-19 é mais mortal do que a gripe sazonal

[dropcap]O[/dropcap] ex-director-geral da Saúde Francisco George afirmou ontem que o novo coronavírus e a gripe sazonal são vírus distintos, sabendo-se já que a nova epidemia é mais mortal.

Apesar de a doença provocada pelo novo coronavírus(Covid-19), ainda não ser totalmente conhecida, “já se identificou o vírus, a forma como se transmite, a sua composição molecular, estão a ser ensaiadas vacinas e um novo medicamento que se administra por via oral para apoiar o controlo da doença”, disse o especialista em saúde pública.

Também já se sabe que “a probabilidade de se morrer da doença é comprovadamente maior para o novo coronavírus do que para outras doenças respiratórias como a gripe”, disse o também presidente da Cruz Vermelha Portuguesa.

Na semana passada, o director-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, já tinha afirmado que o novo coronavírus – família de vírus que pode causar infecções respiratórias como pneumonia – é mais perigoso do que os vírus da gripe, apresentando uma taxa de mortalidade de 3,4% (para a gripe é menos de 1%).

Para o especialista em saúde pública Francisco George não se pode comparar o novo coronavírus com a gripe porque são “vírus distintos, doenças distintas, que geram epidemias distintas”.
“Provavelmente, terá havido desde o início um processo de comparação, a meu ver indevida, com o vírus da gripe”, mas não se pode comparar um problema com o outro, afirmou.

Cuidados intensos

Francisco George salientou ainda que “há avanços que têm sido muito rápidos” e que “este é o momento da ciência que tem de ser acompanhado por confiança” por parte dos portugueses e pela adopção de medidas de etiqueta respiratória como lavar frequentemente as mãos.

“A falta de cuidados que os portugueses sempre demonstram em relação à gripe é inimiga da adopção de medidas para o novo coronavírus”, alertou.

Face ao aumento de casos de infecção, o Governo ordenou a suspensão temporária de visitas em hospitais, lares e estabelecimentos prisionais na região Norte e a limitação de visitas às prisões de todo o país.
Foram também encerrados temporariamente alguns estabelecimentos de ensino secundário e universitário.
Portugal regista 30 casos confirmados de infecção, nenhum deles se encontra nos cuidados intensivos, segundo o boletim mais recente da Direcção-Geral da Saúde, divulgado no domingo.

10 Mar 2020

Covid-19 | Corrida global na comunidade científica em busca de vacina

Enquanto a comunidade científica se multiplica num esforço global para encontrar uma vacina eficaz, multiplicam-se as vozes que consideram provável a hipótese de o novo coronavírus continuar activo em 2021. A própria detecção do Covid-19, cujas falhas são apontadas como facilitadoras da propagação, levam à urgência de testes de despistagem que se podem fazer em casa

 

[dropcap]P[/dropcap]elos quatro cantos do mundo, a preocupação com a contenção do surto do novo coronavírus é proporcional aos esforços da comunidade científica na busca por uma vacina que combata o inimigo invisível.

Wuhan, o epicentro da epidemia, foi o primeiro campo de batalha contra o Covid-19. Os esforços da comunidade científica na China multiplicam-se por vários caminhos, como anunciou Zheng Zhongwei, director do Centro de Pesquisa Científica e Tecnológica da Comissão Nacional de Saúde, ao revelar que estão a ser estudadas cinco abordagens na busca de uma vacina.

Apesar das cautelas dos cientistas, que alertam para esperadas dificuldades no caminho da inoculação, Ding Xiangyang, representante do Governo Central responsável pela supervisão das operações na província de Hubei, disse que a partir de Abril vão começar a receber inscrições de vacinas para ensaio clínico.

Em circunstâncias normais, chegar a uma vacina segura e eficaz é uma tarefa que requer tempo, investimento e rigor científico. Um cenário completamente diferente do suscitado pelo Covid-19, que traz desafios que normalmente não seriam obstáculos a contornar. Os próprios oficiais chineses admitem esse cenário, apontando para um prazo entre 12 a 18 meses para completar a fase de testes clínicos.

Segundo a legislação chinesa, a pesquisa de vacinas em casos de situações de grandes emergências de saúde pública pode ser acelerada, conforme o grau de urgência e sob determinadas condições específicas. Para isso, é necessário que a Administração Nacional de Produtos Médicos considere que os benefícios do tratamento em muito suplantem os riscos.

Corrida americana

Apesar do ruído provocado por Donald Trump, que não raras vezes desmente informações prestadas pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças, agência do departamento de saúde da sua própria administração, a busca por uma vacina fez arregaçar as mangas em diversos laboratórios norte-americanos.

Depois de várias semanas de pesquisa, o Instituto Nacional de Saúde (NIH na sigla em inglês), uma equipa de cientistas debruça-se sobre uma placa de Petri, um recipiente onde se testam reacções químicas, ou para a cultura de microrganismos. Esperam o resultado positivo a uma reacção química, com demonstre que estão no bom caminho para chegar à almejada vacina que fortaleça o sistema imunitário.

“São momentos como este que reúnem toda a gente em redor de uma experiência. É absolutamente espantoso”, comenta Kizzmekia Corbett, que lidera a equipa do NIH que procura uma vacina para combater o Covid-19, citada pela Associated Press (AP).

A equipa de Corbett é apenas uma entre várias dezenas de grupos de investigação científica que procuram encontrar vários tipos diferentes de vacinas. Ajudados pelo avanço tecnológico, a investigação científica pode ser mais breve e, ao mesmo tempo, obter uma inoculação mais potente. Há mesmo cientistas a trabalhar apenas em soluções temporárias, que imunizem populações durante um mês ou dois, enquanto não se chega a uma solução definitiva.

“Até testarmos as vacinas em humanos não temos qualquer tipo de ideia de qual será a resposta imunológica”, referiu à AP Judith O’Donnell, especialista em vacinas e doenças infeciosas. “Termos disponíveis vários tipos diferentes de vacinas, com teorias científicas distintas a suportar a ciência capaz de gerar imunidade, tudo isto em paralelo, realmente dá-nos as melhores hipóteses de sermos bem-sucedidos”, acrescenta a cientista.

Os primeiros testes num grupo reduzido de jovens e saudáveis voluntários está num horizonte próximo, sem risco de que sejam infectados, uma vez que as vacinas não contêm o Covid-19. O objectivo é verificar a possibilidade de efeitos secundários adversos e preparar o terreno para testes de maior dimensão.

Mesmo que os testes iniciais sejam um sucesso, será necessário esperar entre um ano a um ano e meio para se chegar a uma vacina que possa ser usada amplamente. “Compreendo completamente a frustração das pessoas e mesmo a confusão. Podemos fazer tudo o mais depressa possível, mas não podemos contornar estas etapas vitais do processo”, desabafa à AP Kate Broderick, que lidera uma das equipas de pesquisa norte-americana.

Teste micro suave

Um dos factores apontados à propagação do surto é a forma ineficaz na despistagem de infectados pelo novo coronavírus.

O magnata e fundador da Microsoft, Bill Gates, financiou um projecto, através da sua fundação, para a criação de testes caseiros de despistagem ao Covid-19, que serão disponibilizados em primeiro lugar na zona de Seattle, no estado de Washington. Os kits permitem a qualquer pessoa recolher amostras que são enviadas para análise. Os resultados, que se esperam demorar entre um a dois dias, serão depois partilhados com as autoridades de saúde da área de residência da pessoa, que procederá à notificação de quem testou positivo.

Os infectados vão ter à sua disposição um portal de internet com questionários sobre os seus movimentos e pessoas com quem contactaram, de forma a facilitar a vida às autoridades na localização de outros indivíduos que que devem ser submetidos a quarentena.

O objectivo é conseguir processar milhares de testes diariamente e ir muito além da cidade onde será disponibilizado numa primeira fase, referiu ao The Seattle Times Scott Dowell, que lidera a equipa de resposta ao novo coronavírus da Fundação Bill & Melinda Gates. Ainda não existe data para disponibilizar os kits. Dowell, citado pelo jornal do estado de Washington, confessou que “ainda há muito trabalho pela frente”, mas realça o potencial destes testes para “inverter a maré” na luta contra a epidemia. O projecto teve um orçamento de cinco milhões de dólares americanos.

Longo alcance

Além da inoculação, outra preocupação global prende-se com a duração do surto. O especialista em doenças infecciosas de Hong Kong, Yuen Kwok-yung, participou num painel de discussão, na TVB, sobre o Covid-19 no passado domingo onde afirmou que, sem vacinas ou medicação efectiva, o novo coronavírus pode não ter fim à vista. Em vez disso, as possibilidades apontam na direcção de se tornar como a gripe sazonal, com um período de maior tranquilidade durante o Verão, e ressurgimento no Inverno.

A directora do departamento doenças contagiosas do Centro de Protecção de Saúde de Hong Kong, Chuang Shuk-kwan, partilha a opinião de que a epidemia não irá dissipar-se durante os meses do Verão, ao contrário do que aconteceu em 2003 com o surto de SARS. Chuang acrescentou no domingo, em conferência de imprensa, que as autoridades da região vizinha vão fazer os possíveis para adiar a propagação de infecções, enquanto se tenta ganhar tempo até à chegada de uma vacina ou de um método de tratamento.

“Compreendemos que existe a possibilidade de a doença ficar entre nós. Seja através de novos medicamentos ou vacinas, do conhecimento quanto às vias de transmissão do vírus, ou por uma maior compreensão em relação à natureza da doença, teremos no futuro melhores métodos para responder”, apontou Chuang, citada pelo Hong Kong Free Press.

Apesar dos esforços da comunidade científica, não faltam exemplos de casos em que as vacinas chegam tarde demais, quando um surto infeccioso já se encontra em declínio.

Anthony Fauci, que preside ao departamento que estuda doenças infecciosas no Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos, confessou à AP que este processo para se encontrar uma vacina “tem sido o mais rápido de sempre”. Ainda assim, o cientista realça que provável que o Covid-19 possa “ir além de apenas uma estação e que regresse no próximo ano”. Para já, tudo aponta que as futuras vacinas para conter o surto sejam apenas uma arma disponível às autoridades de saúde do mundo inteiro em 2021.

10 Mar 2020

Covid-19 | Corrida global na comunidade científica em busca de vacina

Enquanto a comunidade científica se multiplica num esforço global para encontrar uma vacina eficaz, multiplicam-se as vozes que consideram provável a hipótese de o novo coronavírus continuar activo em 2021. A própria detecção do Covid-19, cujas falhas são apontadas como facilitadoras da propagação, levam à urgência de testes de despistagem que se podem fazer em casa

 
[dropcap]P[/dropcap]elos quatro cantos do mundo, a preocupação com a contenção do surto do novo coronavírus é proporcional aos esforços da comunidade científica na busca por uma vacina que combata o inimigo invisível.
Wuhan, o epicentro da epidemia, foi o primeiro campo de batalha contra o Covid-19. Os esforços da comunidade científica na China multiplicam-se por vários caminhos, como anunciou Zheng Zhongwei, director do Centro de Pesquisa Científica e Tecnológica da Comissão Nacional de Saúde, ao revelar que estão a ser estudadas cinco abordagens na busca de uma vacina.
Apesar das cautelas dos cientistas, que alertam para esperadas dificuldades no caminho da inoculação, Ding Xiangyang, representante do Governo Central responsável pela supervisão das operações na província de Hubei, disse que a partir de Abril vão começar a receber inscrições de vacinas para ensaio clínico.
Em circunstâncias normais, chegar a uma vacina segura e eficaz é uma tarefa que requer tempo, investimento e rigor científico. Um cenário completamente diferente do suscitado pelo Covid-19, que traz desafios que normalmente não seriam obstáculos a contornar. Os próprios oficiais chineses admitem esse cenário, apontando para um prazo entre 12 a 18 meses para completar a fase de testes clínicos.
Segundo a legislação chinesa, a pesquisa de vacinas em casos de situações de grandes emergências de saúde pública pode ser acelerada, conforme o grau de urgência e sob determinadas condições específicas. Para isso, é necessário que a Administração Nacional de Produtos Médicos considere que os benefícios do tratamento em muito suplantem os riscos.

Corrida americana

Apesar do ruído provocado por Donald Trump, que não raras vezes desmente informações prestadas pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças, agência do departamento de saúde da sua própria administração, a busca por uma vacina fez arregaçar as mangas em diversos laboratórios norte-americanos.
Depois de várias semanas de pesquisa, o Instituto Nacional de Saúde (NIH na sigla em inglês), uma equipa de cientistas debruça-se sobre uma placa de Petri, um recipiente onde se testam reacções químicas, ou para a cultura de microrganismos. Esperam o resultado positivo a uma reacção química, com demonstre que estão no bom caminho para chegar à almejada vacina que fortaleça o sistema imunitário.
“São momentos como este que reúnem toda a gente em redor de uma experiência. É absolutamente espantoso”, comenta Kizzmekia Corbett, que lidera a equipa do NIH que procura uma vacina para combater o Covid-19, citada pela Associated Press (AP).
A equipa de Corbett é apenas uma entre várias dezenas de grupos de investigação científica que procuram encontrar vários tipos diferentes de vacinas. Ajudados pelo avanço tecnológico, a investigação científica pode ser mais breve e, ao mesmo tempo, obter uma inoculação mais potente. Há mesmo cientistas a trabalhar apenas em soluções temporárias, que imunizem populações durante um mês ou dois, enquanto não se chega a uma solução definitiva.
“Até testarmos as vacinas em humanos não temos qualquer tipo de ideia de qual será a resposta imunológica”, referiu à AP Judith O’Donnell, especialista em vacinas e doenças infeciosas. “Termos disponíveis vários tipos diferentes de vacinas, com teorias científicas distintas a suportar a ciência capaz de gerar imunidade, tudo isto em paralelo, realmente dá-nos as melhores hipóteses de sermos bem-sucedidos”, acrescenta a cientista.
Os primeiros testes num grupo reduzido de jovens e saudáveis voluntários está num horizonte próximo, sem risco de que sejam infectados, uma vez que as vacinas não contêm o Covid-19. O objectivo é verificar a possibilidade de efeitos secundários adversos e preparar o terreno para testes de maior dimensão.
Mesmo que os testes iniciais sejam um sucesso, será necessário esperar entre um ano a um ano e meio para se chegar a uma vacina que possa ser usada amplamente. “Compreendo completamente a frustração das pessoas e mesmo a confusão. Podemos fazer tudo o mais depressa possível, mas não podemos contornar estas etapas vitais do processo”, desabafa à AP Kate Broderick, que lidera uma das equipas de pesquisa norte-americana.

Teste micro suave

Um dos factores apontados à propagação do surto é a forma ineficaz na despistagem de infectados pelo novo coronavírus.
O magnata e fundador da Microsoft, Bill Gates, financiou um projecto, através da sua fundação, para a criação de testes caseiros de despistagem ao Covid-19, que serão disponibilizados em primeiro lugar na zona de Seattle, no estado de Washington. Os kits permitem a qualquer pessoa recolher amostras que são enviadas para análise. Os resultados, que se esperam demorar entre um a dois dias, serão depois partilhados com as autoridades de saúde da área de residência da pessoa, que procederá à notificação de quem testou positivo.
Os infectados vão ter à sua disposição um portal de internet com questionários sobre os seus movimentos e pessoas com quem contactaram, de forma a facilitar a vida às autoridades na localização de outros indivíduos que que devem ser submetidos a quarentena.
O objectivo é conseguir processar milhares de testes diariamente e ir muito além da cidade onde será disponibilizado numa primeira fase, referiu ao The Seattle Times Scott Dowell, que lidera a equipa de resposta ao novo coronavírus da Fundação Bill & Melinda Gates. Ainda não existe data para disponibilizar os kits. Dowell, citado pelo jornal do estado de Washington, confessou que “ainda há muito trabalho pela frente”, mas realça o potencial destes testes para “inverter a maré” na luta contra a epidemia. O projecto teve um orçamento de cinco milhões de dólares americanos.

Longo alcance

Além da inoculação, outra preocupação global prende-se com a duração do surto. O especialista em doenças infecciosas de Hong Kong, Yuen Kwok-yung, participou num painel de discussão, na TVB, sobre o Covid-19 no passado domingo onde afirmou que, sem vacinas ou medicação efectiva, o novo coronavírus pode não ter fim à vista. Em vez disso, as possibilidades apontam na direcção de se tornar como a gripe sazonal, com um período de maior tranquilidade durante o Verão, e ressurgimento no Inverno.
A directora do departamento doenças contagiosas do Centro de Protecção de Saúde de Hong Kong, Chuang Shuk-kwan, partilha a opinião de que a epidemia não irá dissipar-se durante os meses do Verão, ao contrário do que aconteceu em 2003 com o surto de SARS. Chuang acrescentou no domingo, em conferência de imprensa, que as autoridades da região vizinha vão fazer os possíveis para adiar a propagação de infecções, enquanto se tenta ganhar tempo até à chegada de uma vacina ou de um método de tratamento.
“Compreendemos que existe a possibilidade de a doença ficar entre nós. Seja através de novos medicamentos ou vacinas, do conhecimento quanto às vias de transmissão do vírus, ou por uma maior compreensão em relação à natureza da doença, teremos no futuro melhores métodos para responder”, apontou Chuang, citada pelo Hong Kong Free Press.
Apesar dos esforços da comunidade científica, não faltam exemplos de casos em que as vacinas chegam tarde demais, quando um surto infeccioso já se encontra em declínio.
Anthony Fauci, que preside ao departamento que estuda doenças infecciosas no Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos, confessou à AP que este processo para se encontrar uma vacina “tem sido o mais rápido de sempre”. Ainda assim, o cientista realça que provável que o Covid-19 possa “ir além de apenas uma estação e que regresse no próximo ano”. Para já, tudo aponta que as futuras vacinas para conter o surto sejam apenas uma arma disponível às autoridades de saúde do mundo inteiro em 2021.

10 Mar 2020

Covid-19 | Número de novos casos continua a cair na China

[dropcap]A[/dropcap] China voltou hoje a registar uma queda no número de novos casos de infeção, 40, face a 44 no dia anterior, ao mesmo tempo que ocorreram 22 mortes, quase todas na província de Hubei, epicentro da epidemia.

Até à meia-noite de segunda-feira a China continental, que exclui Macau e Hong Kong, contabilizava, no total, 80.735 infetados e 3.119 mortos devido ao novo coronavírus. Todas as mortes ocorridas nas últimas 24 horas, exceto uma, que ocorreu na província de Guangdong, adjacente a Macau, foram registadas em Hubei, assim como 36 dos 40 novos casos.

No total, Hubei soma 3.007 mortes e 67.743 casos confirmados, até à data. Várias cidades da província foram colocadas em quarentena, com entradas e saídas bloqueadas, numa medida que afecta quase 60 milhões de pessoas.

Nas últimas 24 horas, a China reportou ainda quatro casos “importados” na província de Gansu, no noroeste da China. Além disso, a Comissão Nacional de Saúde informou hoje que, no mesmo período de 24 horas, 1.535 pessoas receberam alta após superarem a doença.

Desde o início do surto, 674.760 pessoas que tiveram contacto próximo com os infectados foram acompanhadas pelas autoridades, entre as quais 20.146 permanecem sob observação. Uma das prioridades das autoridades chinesas é “protegerem-se contra a importação” de infeções de outros países.

A epidemia de Covid-19 foi detetada em dezembro, na China, e já provocou cerca de 3.800 mortos entre mais de 109 mil pessoas infectadas numa centena de países e territórios.

9 Mar 2020

Covid-19 | Número de novos casos continua a cair na China

[dropcap]A[/dropcap] China voltou hoje a registar uma queda no número de novos casos de infeção, 40, face a 44 no dia anterior, ao mesmo tempo que ocorreram 22 mortes, quase todas na província de Hubei, epicentro da epidemia.
Até à meia-noite de segunda-feira a China continental, que exclui Macau e Hong Kong, contabilizava, no total, 80.735 infetados e 3.119 mortos devido ao novo coronavírus. Todas as mortes ocorridas nas últimas 24 horas, exceto uma, que ocorreu na província de Guangdong, adjacente a Macau, foram registadas em Hubei, assim como 36 dos 40 novos casos.
No total, Hubei soma 3.007 mortes e 67.743 casos confirmados, até à data. Várias cidades da província foram colocadas em quarentena, com entradas e saídas bloqueadas, numa medida que afecta quase 60 milhões de pessoas.
Nas últimas 24 horas, a China reportou ainda quatro casos “importados” na província de Gansu, no noroeste da China. Além disso, a Comissão Nacional de Saúde informou hoje que, no mesmo período de 24 horas, 1.535 pessoas receberam alta após superarem a doença.
Desde o início do surto, 674.760 pessoas que tiveram contacto próximo com os infectados foram acompanhadas pelas autoridades, entre as quais 20.146 permanecem sob observação. Uma das prioridades das autoridades chinesas é “protegerem-se contra a importação” de infeções de outros países.
A epidemia de Covid-19 foi detetada em dezembro, na China, e já provocou cerca de 3.800 mortos entre mais de 109 mil pessoas infectadas numa centena de países e territórios.

9 Mar 2020

Covid-19 | Portugal tem 30 casos confirmados, mais nove do que no sábado

[dropcap]P[/dropcap]ortugal regista 30 casos confirmados de infecção pelo coronavírus que causa a doença Covid-19, mais nove do que os contabilizados no sábado, anunciou ontem a Direcção-Geral de Saúde (DGS). De acordo com o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, há 57 novos casos suspeitos, num total de 281 registados desde o início do ano, estando 56 a aguardar resultado laboratorial.

A região Norte continua a liderar o número de casos confirmados de infeção com o novo coronavírus (22, mais sete que no sábado), enquanto a Grande Lisboa tem seis casos (mais um). Foi confirmado o primeiro caso no Sul do país, o de uma aluna de uma escola de Portimão. O Centro do país continua a registar um caso, enquanto o Alentejo, Açores e Madeira ainda não têm casos de infeção pelo Covid-19.

Todos os pacientes com o novo coronavírus estão hospitalizados. Do total de doentes, 18 são homens e 12 são mulheres. Relativamente às idades, um terço dos pacientes (10) tem entre 40 e 49 anos. Há duas mulheres entre os 70 e os 79 anos, as doentes mais idosas. Entre os 10 e os 19 anos, há cinco infectados (dois rapazes e três raparigas).

Estão sob vigilância das autoridades de saúde 447 pessoas por contactos com infectados, mais 35 que no sábado. Segundo a DGS, há quatro cadeias de transmissão activas, existindo seis casos importados – cinco de Itália e um de Espanha.

O boletim epidemiológico divulgado ontem pela Direcção-Geral da Saúde dá também conta de que dos 30 casos confirmados de infecção pelo Covid-19, 23 apresentam tosse, sendo este o sintoma mais comum.

A DGS indica ainda que entre os casos infectados, há 18 pessoas com febre, 17 com dores musculares, 14 com fraqueza generalizada e cefaleia, e cinco com dificuldade respiratória.

9 Mar 2020

Covid-19 | Portugal tem 30 casos confirmados, mais nove do que no sábado

[dropcap]P[/dropcap]ortugal regista 30 casos confirmados de infecção pelo coronavírus que causa a doença Covid-19, mais nove do que os contabilizados no sábado, anunciou ontem a Direcção-Geral de Saúde (DGS). De acordo com o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, há 57 novos casos suspeitos, num total de 281 registados desde o início do ano, estando 56 a aguardar resultado laboratorial.
A região Norte continua a liderar o número de casos confirmados de infeção com o novo coronavírus (22, mais sete que no sábado), enquanto a Grande Lisboa tem seis casos (mais um). Foi confirmado o primeiro caso no Sul do país, o de uma aluna de uma escola de Portimão. O Centro do país continua a registar um caso, enquanto o Alentejo, Açores e Madeira ainda não têm casos de infeção pelo Covid-19.
Todos os pacientes com o novo coronavírus estão hospitalizados. Do total de doentes, 18 são homens e 12 são mulheres. Relativamente às idades, um terço dos pacientes (10) tem entre 40 e 49 anos. Há duas mulheres entre os 70 e os 79 anos, as doentes mais idosas. Entre os 10 e os 19 anos, há cinco infectados (dois rapazes e três raparigas).
Estão sob vigilância das autoridades de saúde 447 pessoas por contactos com infectados, mais 35 que no sábado. Segundo a DGS, há quatro cadeias de transmissão activas, existindo seis casos importados – cinco de Itália e um de Espanha.
O boletim epidemiológico divulgado ontem pela Direcção-Geral da Saúde dá também conta de que dos 30 casos confirmados de infecção pelo Covid-19, 23 apresentam tosse, sendo este o sintoma mais comum.
A DGS indica ainda que entre os casos infectados, há 18 pessoas com febre, 17 com dores musculares, 14 com fraqueza generalizada e cefaleia, e cinco com dificuldade respiratória.

9 Mar 2020

Covid-19 | Aumenta para 105.836 o número de infectados em todo o mundo

[dropcap]O[/dropcap] número de pessoas infectadas em todo o mundo pelo Covid-19 aumentou para 105.836, das quais morreram 3.595, de acordo com um balanço feito pela agência France-Presse (AFP), com dados atualizados às 09:00 de ontem. Citando fontes oficiais de vários países, a AFP acrescenta que foram registadas mais 933 infecções e 39 mortes, em comparação com o último balanço feito, às 17:00 de sábado.

Na China – excluindo os territórios de Hong Kong e Macau -, onde a epidemia do novo coronavírus começou no final de dezembro, há 80.695 pessoas contagiadas e 3.097 morreram. Foram anunciados mais 44 casos de infeção e 27 mortes entre as 17:00 de sábado e as 09:00 de hoje.

A France-Presse refere também que até às 09:00 de hoje há 25.141 (889 novos) casos confirmados de contágio pelo Covid-19 nos restantes países, incluindo 498 mortes (12 novas).

Os países mais afectados depois da China são a Coreia do Sul (7.134 casos, incluindo 367 novos e 48 mortes), Itália (5.883 casos, nenhum novo e 233 mortes), Irão (5.823 casos, nenhum novo e 145 mortes), França (949 casos, incluindo 233 novos e 16 mortes). Desde as 17:00 de sábado, China, Coreia do Sul, França e Austrália registaram novas mortes, enquanto a Argentina anunciou a primeira morte relacionada com a epidemia de Covid-19. Moldávia, Bulgária e Paraguai confirmaram os primeiros casos de contágio.

A Ásia registou, até às 09:00 de ontem, um total de 89.525 casos (3.162 mortes), Europa contabiliza 9.655 casos (263 mortes), Médio Oriente regista 6.158 casos (149 mortes), Estados Unidos da América e Canadá contabilizam ambos 270 casos (16 mortes), Oceânia 83 casos (três mortes), África 78 casos, América Latina e Caraíbas 66 casos (uma morte).

A avaliação da AFP foi realizada de acordo com dados recolhidos às autoridades de vários países, assim como informação da Organização Mundial de Saúde.

9 Mar 2020

Covid-19 | Aumenta para 105.836 o número de infectados em todo o mundo

[dropcap]O[/dropcap] número de pessoas infectadas em todo o mundo pelo Covid-19 aumentou para 105.836, das quais morreram 3.595, de acordo com um balanço feito pela agência France-Presse (AFP), com dados atualizados às 09:00 de ontem. Citando fontes oficiais de vários países, a AFP acrescenta que foram registadas mais 933 infecções e 39 mortes, em comparação com o último balanço feito, às 17:00 de sábado.
Na China – excluindo os territórios de Hong Kong e Macau -, onde a epidemia do novo coronavírus começou no final de dezembro, há 80.695 pessoas contagiadas e 3.097 morreram. Foram anunciados mais 44 casos de infeção e 27 mortes entre as 17:00 de sábado e as 09:00 de hoje.
A France-Presse refere também que até às 09:00 de hoje há 25.141 (889 novos) casos confirmados de contágio pelo Covid-19 nos restantes países, incluindo 498 mortes (12 novas).
Os países mais afectados depois da China são a Coreia do Sul (7.134 casos, incluindo 367 novos e 48 mortes), Itália (5.883 casos, nenhum novo e 233 mortes), Irão (5.823 casos, nenhum novo e 145 mortes), França (949 casos, incluindo 233 novos e 16 mortes). Desde as 17:00 de sábado, China, Coreia do Sul, França e Austrália registaram novas mortes, enquanto a Argentina anunciou a primeira morte relacionada com a epidemia de Covid-19. Moldávia, Bulgária e Paraguai confirmaram os primeiros casos de contágio.
A Ásia registou, até às 09:00 de ontem, um total de 89.525 casos (3.162 mortes), Europa contabiliza 9.655 casos (263 mortes), Médio Oriente regista 6.158 casos (149 mortes), Estados Unidos da América e Canadá contabilizam ambos 270 casos (16 mortes), Oceânia 83 casos (três mortes), África 78 casos, América Latina e Caraíbas 66 casos (uma morte).
A avaliação da AFP foi realizada de acordo com dados recolhidos às autoridades de vários países, assim como informação da Organização Mundial de Saúde.

9 Mar 2020

Os casos de quarentena em Portugal

Quando o Covid-19 começou a afectar a China, muitos cidadãos chineses a residir em Portugal optaram por fazer quarentena voluntária, mesmo sem sintomas. Mas com 28 casos confirmados em Portugal, esse cenário já se estende aos portugueses. Governo desaconselha viagens ao Norte do país e algumas escolas foram encerradas

 

[dropcap]O[/dropcap] alerta soou no passado dia 2 de Março. O escritor chileno Luís Sepúlveda foi diagnosticado com o novo coronavírus Covid-19 depois de ter passado pelo festival literário Correntes D’Escritas, na Póvoa do Varzim, o que obrigou várias personalidades do meio literário a ficarem de quarentena em casa por precaução. Iniciava-se, assim, um cenário que, no início da epidemia, se cingia quase exclusivamente aos cidadãos oriundos da China e a viver em Portugal, que se fechavam em casa mesmo sem sintomas.

Com cada vez mais casos de infecção por Covid-19 em Portugal, há cada vez mais portugueses em alerta e a optarem pelo isolamento social. Francisco José Viegas, escritor e ex-secretário de Estado da Cultura, foi uma das pessoas que se cruzou com Luís Sepúlveda. Ao HM, por e-mail, Francisco José Viegas confessa que está a viver em regime de quarentena com toda a tranquilidade.

“Percebi que havia necessidade de o fazer quando a empresa onde trabalho (no grupo Porto Editora) me lembrou, com inteira sensatez, que eu tinha estado em contacto com o Luís Sepúlveda. Depois, eu próprio falei com o serviço Saúde24, que foi extremamente simpático naquela hora, e desdramatizador. E decidimos que, por precaução, devia ficar em casa.”

Para o escritor, estar em casa não é uma novidade. “Trabalho de casa, que é uma coisa que eu gosto de fazer e que não é uma experiência nova. Mais uns dias e espero regressar sem qualquer tipo de suspeita. Confesso que, pessoalmente, nunca fiquei realmente preocupado e evito falar do assunto. Acho que há um alarme enorme, justificado, mas ampliado até ao exagero – só que nunca se sabe, claro”, disse ainda.

Com um novo romance nas bancas, intitulado “A Luz de Pequim”, Francisco José Viegas diz encontrar aqui uma ligação a tudo o que está a acontecer. “Quando publiquei o romance em Novembro nunca imaginei que os meses a seguir iriam estar tão ligados a isto tudo. Na verdade, estive em Pequim a passar o Natal. A minha mulher, que está em Portugal desde o início de Janeiro, trabalha em Pequim, onde é professora. Estamos os dois em casa.”

Quem também andou pelo festival Correntes D’Escritas foi o escritor Rui Zink, que também tem estado a fazer quarentena voluntária. Ainda assim, o autor fala de algum “exagero” em toda a situação. “Não tive efeitos alguns, deixei de ir a restaurantes e evitei contactar quem tivesse familiares pequenos ou idosos. Creio que foi uma notícia falsa, precipitada, e acho que o hospital asturiano devia rever o seu diagnóstico”, disse, numa referência ao diagnóstico feito a Sepúlveda num hospital espanhol.

À conversa com Sepúlveda

Sara Figueiredo Costa é jornalista freelancer e conversou pessoalmente com Luís Sepúlveda no festival literário da Póvoa do Varzim, onde esteve entre os dias 18 e 21 de Fevereiro. “Estávamos ao ar livre, sim, mas suficientemente perto um do outro para me fazer soar o alarme uns dias mais tarde, quando soube que ele estava doente”, contou ao HM.

Quando ligou para a linha Saúde 24, ligada ao Serviço Nacional de Saúde (SNS), Sara não foi aconselhada, de imediato, a fazer quarentena em casa. “Disseram-me para lavar bem as mãos, evitar aproximar-me de outras pessoas (mantendo um metro de distância) e monitorizar os sintomas, medindo a temperatura duas vezes por dia. Perguntei se não devia isolar-me em casa e disseram-me que naquele momento não tinham indicações para a quarentena. Apesar do que me foi dito, pareceu-me lógico que tinha de ficar em casa até cumprir os quinze dias sobre a última vez que estive com o Luís Sepúlveda, no dia 20.”

Para a jornalista, habituada a trabalhar a partir de casa em regime freelancer, esta não é uma situação completamente desconhecida. “Trabalhar a partir de casa não é novo para mim, já que sou jornalista freelancer, portanto a rotina não é muito diferente da dos dias em que estou em casa a ler e a escrever. A diferença é que tive de cancelar reuniões e algumas entrevistas, por motivos óbvios, mas o trabalho decorre sem grandes abalos. A parte de não poder sair tem o seu efeito psicológico, claro, mas ir à varanda apanhar ar e ver o céu ajuda a mitigar essa parte. Pior é não saber se vai haver sintomas e, pior ainda, não saber se posso ter contaminado alguma das pessoas com quem estive nos dias em que não sabia que podia ser transmissora de um vírus.”

Sara Figueiredo Costa acredita que “seria bom encontrar um equilíbrio entre a histeria desinformada – e tantas vezes xenófoba – dos programas televisivos e de alguma imprensa, que clamam que vem aí o ‘vírus da China’ e que vamos todos morrer, e o modo desinteressado com que tanta gente olha para isto, assumindo que não é assim tão grave – apesar do que temos visto e lido nas últimas semanas sobre o que se passa na China.”

A jornalista destaca ainda uma reacção tardia das autoridades portuguesas. “Seria igualmente bom que as instituições portuguesas tivessem aproveitado a janela temporal das últimas semanas, quando já era óbvio que o vírus não ia ficar quietinho na Ásia, e tivessem feito um plano de prevenção e contenção em condições. Se calhar, fizeram – quero mesmo acreditar que sim – mas não está a chegar aos cidadãos, ou só estará a chegar a alguns, e isso não é nada apaziguador.”

Escolas em alerta

Pedro Silva, professor na Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo (ESMAE) do Instituto Politécnico do Porto, foi um dos primeiros portugueses em território nacional a ser diagnosticado com o Covid-19, algo que aconteceu depois de uma viagem a Itália. Nas redes sociais, a esposa do docente escreveu que, até ao momento, a situação é estável.

“[O professor] encontra-se actualmente sob vigilância, de boa saúde e sem sintomas. A família está bem e todos os colegas que estiveram em contacto com ele estão em quarentena e serão testados caso comecem a demonstrar sintomas, o que ainda não aconteceu”, pode ler-se.

Pedro Silva deu uma aula na Escola Profissional de Artes da Beira Interior (EPABI), na cidade da Covilhã, mas, até ao momento, apenas os alunos que participaram na sua aula estão de quarentena, conforme contou ao HM Tatiana Figueiredo, aluna da instituição de ensino superior, que optou por não ficar em casa.

“Não vamos deixar de ter aulas. Tivemos uma masterclass com dois professores de fora, e um deles foi o professor que está agora infectado. Os alunos que estiveram com ele na sala de aula estão de quarentena, e a escola continua aberta. Não tenho sintomas e a maior parte dos alunos não tem sintomas, e não sei se o director da escola nos vai justificar as faltas”, confessou.

Há ainda outras instituições do ensino superior em alerta relativamente ao Covid-19, como é o caso da Escola Superior de Música de Lisboa, do Instituto Politécnico de Lisboa, onde o professor infectado chegou a dar aulas. Numa nota enviada aos alunos, a que o HM teve acesso, lê-se que é recomendável a quarentena a potenciais casos de infecção.

“Por precaução, recomendamos a todos os professores, funcionários que estudantes que viajaram nas últimas duas semanas entre países europeus e não-europeus afectados pelo Covid-19 que não venham à escola por nenhum motivo, seja aulas, ensaios ou outros, devendo permanecer em casa durante os próximos dias.”

Também a Universidade do Minho, em Braga, resolveu encerrar um campus universitário depois de ser detectado um caso de infecção. No que diz respeito ao ensino não superior, há nesta altura seis turmas, professores e funcionários de quarentena em duas escolas da Amadora, perto de Lisboa, depois de uma professora ter sido diagnosticada com o novo coronavírus. Em comunicado, o Agrupamento de Escolas Pioneiras da Aviação Portuguesa, ao qual pertence a Escola Básica 2/3 Roque Gameiro e Escola Secundária da Amadora, refere que uma professora esteve de férias em Milão, Itália, na semana passada, e regressou à escola para dar aulas no fim da semana passada.

Com 21 casos diagnosticados, Portugal anunciou no sábado mais medidas preventivas, como a suspensão de visitas a hospitais, lares de idosos e prisões na zona Norte do país, além de se recomendar o adiamento de eventos sociais.

9 Mar 2020

Partido Kuomingtang elege novo líder reformista em Taiwan

O Kuomingtang, partido actualmente na oposição em Taiwan e que defende melhores relações com a China continental, elegeu no sábado o deputado reformista Johnny Chiang como novo líder, depois da derrota nas presidenciais de Janeiro. O deputado de 48 anos obteve mais de dois terços dos votos numa eleição interna, tornando-se o líder mais novo de sempre do Kuomingtang.

Liderados por Chiang Kai-shek, os nacionalistas do Kuomintang refugiaram-se na ilha de Taiwan em 1949, após a derrota perante o Partido Comunista Chinês na guerra civil que antecedeu a proclamação da República Popular da China por Mao Zedong.

Reclamando-se o governo legítimo da República da China, proclamada em 1912 pelo fundador do partido Sun Yat-sen, o Kuomintang governou a ilha situada a 120 quilómetros da China continental até 2000.

Numa breve intervenção, citada pela AFP, após a vitória sobre o antigo presidente da Câmara da capital Taipé, Hau Lung-bin, Johnny Chiang estimou que a sua vitória representa “um primeiro passo crucial para as reformas”.

O Kuomingtang sofreu uma derrota marcante aquando da reeleição, em Janeiro, da Presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, um resultado considerado como uma rejeição das tentativas de Pequim isolar diplomaticamente a ilha.

A formação política de Tsai, o Partido Democrático Progressista (PDP), que milita tradicionalmente pela independência do território, rejeita o princípio da unidade entre a ilha e o continente sob a premissa política de “Uma China Única”.

O Kuomingtang tentou evitar as fricções com Pequim, aceitando o princípio de uma “Mesma China”, sem precisar quem – Pequim ou Taipé – era o seu representante legítimo.

Johnny Chiang apelou ao seu partido para que reformulasse a sua posição a fim de atrair jovens eleitores, cujos votos são indispensáveis para obter uma vitória eleitoral.

A China, através do Gabinete dos Assuntos de Taiwan, felicitou Chiang, sublinhando que espera que o Kuomingtang permaneça ligado à manutenção da sua linha política atual.

8 Mar 2020

Covid-19 | Mais de 7.100 infectados na Coreia do Sul, 367 novos casos em 24 horas

[dropcap]A[/dropcap]s autoridades de saúde sul-coreanas anunciaram hoje 367 novos casos de contágio pelo novo coronavírus, elevando para 7.134 o total de infectados no país, onde já morreram 50 pessoas com a doença Covid-19. Os números divulgados pelo Centro de Controlo e Prevenção de Doenças Contagiosas da Coreia do Sul (KCDC) referem-se a todos os casos registados desde a meia-noite de sexta-feira até às 00:00 de sábado. Durante este período foram registadas seis novas mortes.
A cidade de Daegu, a cerca de 230 quilómetros a sudeste de Seul, e a província vizinha de Gyeongsang do Norte, centros do surto no país, registaram a grande maioria dos novos casos, 294 dos 367.
Esta região tem a esmagadora maioria de todas as infeções que ocorreram na Coreia do Sul, desde que o vírus foi detectado no país, em 20 de Janeiro. Cerca de 60% das infecções em todo o território sul-coreano estão ligadas à seita cristã Shincheonji, cuja sede é em Daegu, quarta maior cidade do país (cerca de 2,4 milhões de habitantes), onde foram realizadas várias missas no início de Fevereiro.
A Coreia do Sul é o segundo país com mais casos de Covid-19 no mundo depois da China, e tem sido o país que regista mais novos casos da doença todos os dias.

8 Mar 2020

Covid-19 | Mais de 7.100 infectados na Coreia do Sul, 367 novos casos em 24 horas

[dropcap]A[/dropcap]s autoridades de saúde sul-coreanas anunciaram hoje 367 novos casos de contágio pelo novo coronavírus, elevando para 7.134 o total de infectados no país, onde já morreram 50 pessoas com a doença Covid-19. Os números divulgados pelo Centro de Controlo e Prevenção de Doenças Contagiosas da Coreia do Sul (KCDC) referem-se a todos os casos registados desde a meia-noite de sexta-feira até às 00:00 de sábado. Durante este período foram registadas seis novas mortes.

A cidade de Daegu, a cerca de 230 quilómetros a sudeste de Seul, e a província vizinha de Gyeongsang do Norte, centros do surto no país, registaram a grande maioria dos novos casos, 294 dos 367.

Esta região tem a esmagadora maioria de todas as infeções que ocorreram na Coreia do Sul, desde que o vírus foi detectado no país, em 20 de Janeiro. Cerca de 60% das infecções em todo o território sul-coreano estão ligadas à seita cristã Shincheonji, cuja sede é em Daegu, quarta maior cidade do país (cerca de 2,4 milhões de habitantes), onde foram realizadas várias missas no início de Fevereiro.

A Coreia do Sul é o segundo país com mais casos de Covid-19 no mundo depois da China, e tem sido o país que regista mais novos casos da doença todos os dias.

8 Mar 2020

Covid-19 | Pelo menos quatro mortos no hotel que ruiu na China que albergava pessoas em quarentena

Pelo menos quatro pessoas morreram na sequência do desmoronamento de um hotel na China que albergava pessoas em quarentena por terem estado em contacto com pacientes infectados com o Covid-19, anunciaram hoje as autoridades. Das 71 pessoas presas nos escombros, 42 já foram retiradas. Entre os retirados, encontravam-se quatro mortos e cinco em estado grave, apontou o Ministério de Situações de Emergência da China, em comunicado.

O estabelecimento, localizado em Quanzhou, na província de Fujian, ruiu no sábado por volta das 19:30 por motivos ainda desconhecidos. A unidade hoteleira, Xinjia Hotel que tem 80 quartos, foi recentemente convertida numa instalação de quarentena para pessoas que entraram em contacto com pacientes infectados com o novo coronavírus. Segundo as autoridades locais de Quanzhou, mais de 700 operacionais de equipas de resgate foram posicionadas no local.

A China registou hoje mais 27 mortes devido do Covid-19, elevando o número total de mortes para 3.097, informou a Comissão Nacional de Saúde do país. No total, desde que o surto começou, até à meia-noite de sábado, foram confirmados 80.695 casos na China continental, que exclui Macau e Hong Kong, segundo a Comissão Nacional de Saúde do país. No momento, 57.065 pacientes responderam com sucesso ao tratamento e receberam alta.

8 Mar 2020

Covid-19 | Pelo menos quatro mortos no hotel que ruiu na China que albergava pessoas em quarentena

Pelo menos quatro pessoas morreram na sequência do desmoronamento de um hotel na China que albergava pessoas em quarentena por terem estado em contacto com pacientes infectados com o Covid-19, anunciaram hoje as autoridades. Das 71 pessoas presas nos escombros, 42 já foram retiradas. Entre os retirados, encontravam-se quatro mortos e cinco em estado grave, apontou o Ministério de Situações de Emergência da China, em comunicado.
O estabelecimento, localizado em Quanzhou, na província de Fujian, ruiu no sábado por volta das 19:30 por motivos ainda desconhecidos. A unidade hoteleira, Xinjia Hotel que tem 80 quartos, foi recentemente convertida numa instalação de quarentena para pessoas que entraram em contacto com pacientes infectados com o novo coronavírus. Segundo as autoridades locais de Quanzhou, mais de 700 operacionais de equipas de resgate foram posicionadas no local.
A China registou hoje mais 27 mortes devido do Covid-19, elevando o número total de mortes para 3.097, informou a Comissão Nacional de Saúde do país. No total, desde que o surto começou, até à meia-noite de sábado, foram confirmados 80.695 casos na China continental, que exclui Macau e Hong Kong, segundo a Comissão Nacional de Saúde do país. No momento, 57.065 pacientes responderam com sucesso ao tratamento e receberam alta.

8 Mar 2020

Covid-19 | Portugal com 13 infecções confirmadas e 30 novos casos em avaliação

[dropcap]P[/dropcap]ortugal regista 13 infeções confirmadas de Covid-19 e 30 novos casos suspeitos ainda em avaliação, informou ontem a Direção-Geral da Saúde (DGS). Segundo o boletim sobre a situação epidemiológica em Portugal, divulgado pela DGS, o número total de casos suspeitos é de 181 desde o início do ano, entre os quais os 30 que se encontravam ontem ao final do dia a aguardar resultados dos exames laboratoriais.

O aumento do número de infecções, de nove na quinta-feira para 13 ontem, foi inicialmente anunciado pela ministra da Saúde, Marta Temido, após uma reunião da União Europeia, em Bruxelas. No boletim, a DGS explica que dos 13 casos de infectados com o novo coronavírus, que provoca a doença denominada Covid-19, oito são no Porto, um em Coimbra e quatro em Lisboa. Do total de casos, cinco são importados: um de Espanha e quatro de Itália. Nove são homens. Ainda de acordo com o boletim, houve ainda 354 contactos em vigilância pelas autoridades de saúde.

O número de pessoas infectadas pelo novo coronavírus aumentou para 100.842, das quais 3.456 morreram, em 92 países e territórios, segundo um balanço divulgado pela agência noticiosa France Presse (AFP), com dados atualizados às 17:00 de hoje.

O novo coronavírus surgiu pela primeira vez no final do ano passado em Wuhan, na China, e pode causar infeções respiratórias como pneumonia. A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou o surto de Covid-19 como uma emergência de saúde pública internacional e aumentou o risco para “muito elevado”.

7 Mar 2020

Covid-19 | Portugal com 13 infecções confirmadas e 30 novos casos em avaliação

[dropcap]P[/dropcap]ortugal regista 13 infeções confirmadas de Covid-19 e 30 novos casos suspeitos ainda em avaliação, informou ontem a Direção-Geral da Saúde (DGS). Segundo o boletim sobre a situação epidemiológica em Portugal, divulgado pela DGS, o número total de casos suspeitos é de 181 desde o início do ano, entre os quais os 30 que se encontravam ontem ao final do dia a aguardar resultados dos exames laboratoriais.
O aumento do número de infecções, de nove na quinta-feira para 13 ontem, foi inicialmente anunciado pela ministra da Saúde, Marta Temido, após uma reunião da União Europeia, em Bruxelas. No boletim, a DGS explica que dos 13 casos de infectados com o novo coronavírus, que provoca a doença denominada Covid-19, oito são no Porto, um em Coimbra e quatro em Lisboa. Do total de casos, cinco são importados: um de Espanha e quatro de Itália. Nove são homens. Ainda de acordo com o boletim, houve ainda 354 contactos em vigilância pelas autoridades de saúde.
O número de pessoas infectadas pelo novo coronavírus aumentou para 100.842, das quais 3.456 morreram, em 92 países e territórios, segundo um balanço divulgado pela agência noticiosa France Presse (AFP), com dados atualizados às 17:00 de hoje.
O novo coronavírus surgiu pela primeira vez no final do ano passado em Wuhan, na China, e pode causar infeções respiratórias como pneumonia. A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou o surto de Covid-19 como uma emergência de saúde pública internacional e aumentou o risco para “muito elevado”.

7 Mar 2020

Covid-19 | Epidemia já matou 3.385 pessoas e infectou mais de 98.000

[dropcap]O[/dropcap] número de pessoas infectadas pelo novo coronavírus em todo o mundo aumentou para 98.123, das quais morreram 3.385, segundo um balanço feito pela agência noticiosa France Presse (AFP), com dados actualizados às 09:00 de hoje. Citando fontes oficiais, a AFP diz que, no total, foram registadas 613 novas contaminações e 39 mortes desde o último balanço, às 17:00 de quinta-feira.

A China (excluindo os territórios de Hong Kong e Macau), onde a epidemia eclodiu no final de Dezembro, teve 80.552 casos, incluindo 3.042 mortes. Entre as 17:00 de quinta-feira e as 09:00 de hoje foram anunciadas 143 novas infeções e 30 novas mortes no país.

Depois da China, o país mais afectado pela epidemia, surgem a Coreia do Sul (6.284 casos, incluindo 196 novos, 42 mortes), Itália (3.858 casos, 148 mortes), Irão (3.513 casos, 107 mortes) e França (423 casos, incluindo 46 novos, sete óbitos).

Desde as 17:00 de quinta-feira, foram registadas mortes na China, Coreia do Sul, França e Espanha. As autoridades palestinianas e o Butão anunciaram o diagnóstico dos primeiros casos no seu território.

A Ásia registava às 09:00 de hoje um total de 88.344 casos (3.101 mortes), a Europa 5.701 casos (161 mortes), o Médio Oriente 3.757 (110 mortes), Estados Unidos e Canadá 194 casos (11 mortes), Oceania 64 (2 mortes), América Latina e Caribe 34 pessoas infectadas e África 29 casos do novo coronavírus.

Este balanço da AFP foi elaborado com dados recolhidos junto das autoridades nacionais competentes e informações da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Portugal, de acordo com a Direção Geral da Saúde, tem nove casos confirmados de Covid-19, a doença provocada pelo coronavírus, e os casos suspeitos registados pelas autoridades aumentaram para 147.

6 Mar 2020