Epidemia | China admite falta de máscaras de protecção face a aumento da procura

[dropcap]O[/dropcap] ministério chinês do Comércio reconheceu hoje que há “falta de oferta” de máscaras de protecção devido aos altos níveis de procura, suscitados pelo surto do Covid-19, que já fez mais de 3.000 mortos no país asiático.

Em conferência de imprensa, o diretor do Departamento de Comércio Externo, Li Xingqian, ressalvou, no entanto, que a capacidade e a produção da China “melhoraram rapidamente” nas últimas semanas e que “o desequilibro entre a procura e a oferta reduziu bastante”. A China é o maior produtor mundial de máscaras e 70% da sua produção é destinada à exportação.

Antes do início do surto, em janeiro passado, a China produzia cerca de 20 milhões de unidades por dia, um número que, entretanto, se multiplicou quase por seis vezes, para 116 milhões, segundo a imprensa oficial.

Questionado sobre uma possível proibição de exportar máscaras e outro equipamento médico, Li disse tratar-se de “produtos comercializados livremente e que o Governo chinês não estabeleceu nenhuma medida de controlo a esse respeito”. “O ministério do Comércio (…) nunca proibiu a exportação de máscaras ou outros bens”, assegurou.

“Enquanto superamos as nossas próprias dificuldades, estamos dispostos a ajudar os países afetados com fornecimento de equipamento de proteção médica, como máscaras, e a apoiá-los na luta contra o surto”, acrescentou o representante ministerial.

Li lamentou que alguns países tenham proibido a exportação de máscaras para garantir o fornecimento interno. Taiwan, que Pequim considera uma província chinesa, mas que funciona como uma entidade política soberana, por exemplo, baniu as exportações de máscaras e proibiu a entrada de viajantes oriundos da China continental. “Essas restrições tiveram um impacto negativo, mas entendemos as reações dos países em questão”, disse.

Na mesma conferência de imprensa, Li e o vice-director do Departamento de Operações de Mercado e Assuntos do Consumidor, Wang Bin, afirmaram que o sector retalhista tem vindo a recuperar desde meados de Fevereiro, depois de atingir mínimos históricos.

No entanto, eles alertaram para o efeito no comércio externo da China da disseminação internacional do vírus, especialmente no Japão e na Coreia do Sul, dois dos principais parceiros comerciais do país.

5 Mar 2020

Epidemia | China admite falta de máscaras de protecção face a aumento da procura

[dropcap]O[/dropcap] ministério chinês do Comércio reconheceu hoje que há “falta de oferta” de máscaras de protecção devido aos altos níveis de procura, suscitados pelo surto do Covid-19, que já fez mais de 3.000 mortos no país asiático.
Em conferência de imprensa, o diretor do Departamento de Comércio Externo, Li Xingqian, ressalvou, no entanto, que a capacidade e a produção da China “melhoraram rapidamente” nas últimas semanas e que “o desequilibro entre a procura e a oferta reduziu bastante”. A China é o maior produtor mundial de máscaras e 70% da sua produção é destinada à exportação.
Antes do início do surto, em janeiro passado, a China produzia cerca de 20 milhões de unidades por dia, um número que, entretanto, se multiplicou quase por seis vezes, para 116 milhões, segundo a imprensa oficial.
Questionado sobre uma possível proibição de exportar máscaras e outro equipamento médico, Li disse tratar-se de “produtos comercializados livremente e que o Governo chinês não estabeleceu nenhuma medida de controlo a esse respeito”. “O ministério do Comércio (…) nunca proibiu a exportação de máscaras ou outros bens”, assegurou.
“Enquanto superamos as nossas próprias dificuldades, estamos dispostos a ajudar os países afetados com fornecimento de equipamento de proteção médica, como máscaras, e a apoiá-los na luta contra o surto”, acrescentou o representante ministerial.
Li lamentou que alguns países tenham proibido a exportação de máscaras para garantir o fornecimento interno. Taiwan, que Pequim considera uma província chinesa, mas que funciona como uma entidade política soberana, por exemplo, baniu as exportações de máscaras e proibiu a entrada de viajantes oriundos da China continental. “Essas restrições tiveram um impacto negativo, mas entendemos as reações dos países em questão”, disse.
Na mesma conferência de imprensa, Li e o vice-director do Departamento de Operações de Mercado e Assuntos do Consumidor, Wang Bin, afirmaram que o sector retalhista tem vindo a recuperar desde meados de Fevereiro, depois de atingir mínimos históricos.
No entanto, eles alertaram para o efeito no comércio externo da China da disseminação internacional do vírus, especialmente no Japão e na Coreia do Sul, dois dos principais parceiros comerciais do país.

5 Mar 2020

Portugal com oito casos confirmados de infecção por Covid-19

[dropcap]P[/dropcap]ortugal tem mais dois casos confirmados do novo coronavírus, elevando para oito o número de casos confirmados, revelou hoje a Direcção-Geral da Saúde (DGS). Estes dois novos casos confirmados são de dois homens que estão internados no Porto.

No total, Portugal tem oito casos confirmados de Covid-19. Os doentes estão internados em hospitais do Porto, Coimbra e Lisboa. No boletim divulgado ao final do dia de quarta-feira sobre a situação epidemiológica em Portugal, a DGS informava que estavam registados 117 casos suspeitos.

5 Mar 2020

Covid-19 | Governo prepara hospitais militares para eventual surto em Portugal

[dropcap]O[/dropcap] Ministério da Defesa está a fazer um levantamento de instalações militares para colocar à disposição em caso de aumento do surto de Covid-19 em Portugal, estando já a realizar obras no Hospital das Forças Armadas do Porto.

“Nós temos algumas instalações militares, nomeadamente nos nossos hospitais, com alguma capacidade sobrante e com alguma capacidade de recuperar, a curto prazo, instalações para a utilização, se necessário, de uma população doente maior do que a habitual”, afirmou à agência Lusa o ministro da Defesa, João Gomes Cravinho.

Falando à margem da reunião informal dos ministros da Defesa, que decorre na capital croata, em Zagreb, o responsável indicou que a tutela já fez um “primeiro levantamento” de possíveis infraestruturas para tratamentos relacionados com o Covid-19, que já foi partilhado com o Ministério da Saúde, e vai agora a “avançar com algumas obras para colocar em condições de receber doentes algumas instalações das forças armadas”.

“Para já, estamos a olhar para capacidade sobrante no hospital das forças armadas do Porto, que tem um conjunto de salas, é um edifício muito grande, e tem um conjunto de salas que não estão a ser utilizadas neste momento e que, com algum investimento, podemos recuperar”, referiu João Gomes Cravinho.

João Gomes Cravinho adiantou à Lusa que o Ministério da Defesa está, então, a “verificar tudo o que é possível colocar à disposição do Sistema Nacional de Saúde, para contribuir para esforço coletivo, numa situação que pode vir a ser de sobre extensão” das capacidades.

Ainda assim, o ministro vincou que “a primeira preparação diz respeito a todos os portugueses e que é simplesmente seguir as regras higiénicas que estão a ser amplamente divulgadas”.

“Nós não sabemos como é que vai evoluir a situação do coronavírus em Portugal ou em qualquer outra parte do mundo, [mas] temos de estar preparados”, concluiu.

O surto de Covid-19, que pode causar infeções respiratórias como pneumonia, provocou mais de 3.200 mortos e infetou mais de 93 mil pessoas em 78 países, incluindo seis em Portugal.

Além dos 3.012 mortos na China Continental, há registo de vítimas mortais no Irão, Itália, Coreia do Sul, Japão, França, Hong Kong, Taiwan, Austrália, Tailândia, Estados Unidos e Filipinas.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou o surto de Covid-19 como uma emergência de saúde pública internacional e aumentou o risco para “muito elevado”.

5 Mar 2020

Covid-19 | Governo prepara hospitais militares para eventual surto em Portugal

[dropcap]O[/dropcap] Ministério da Defesa está a fazer um levantamento de instalações militares para colocar à disposição em caso de aumento do surto de Covid-19 em Portugal, estando já a realizar obras no Hospital das Forças Armadas do Porto.
“Nós temos algumas instalações militares, nomeadamente nos nossos hospitais, com alguma capacidade sobrante e com alguma capacidade de recuperar, a curto prazo, instalações para a utilização, se necessário, de uma população doente maior do que a habitual”, afirmou à agência Lusa o ministro da Defesa, João Gomes Cravinho.
Falando à margem da reunião informal dos ministros da Defesa, que decorre na capital croata, em Zagreb, o responsável indicou que a tutela já fez um “primeiro levantamento” de possíveis infraestruturas para tratamentos relacionados com o Covid-19, que já foi partilhado com o Ministério da Saúde, e vai agora a “avançar com algumas obras para colocar em condições de receber doentes algumas instalações das forças armadas”.
“Para já, estamos a olhar para capacidade sobrante no hospital das forças armadas do Porto, que tem um conjunto de salas, é um edifício muito grande, e tem um conjunto de salas que não estão a ser utilizadas neste momento e que, com algum investimento, podemos recuperar”, referiu João Gomes Cravinho.
João Gomes Cravinho adiantou à Lusa que o Ministério da Defesa está, então, a “verificar tudo o que é possível colocar à disposição do Sistema Nacional de Saúde, para contribuir para esforço coletivo, numa situação que pode vir a ser de sobre extensão” das capacidades.
Ainda assim, o ministro vincou que “a primeira preparação diz respeito a todos os portugueses e que é simplesmente seguir as regras higiénicas que estão a ser amplamente divulgadas”.
“Nós não sabemos como é que vai evoluir a situação do coronavírus em Portugal ou em qualquer outra parte do mundo, [mas] temos de estar preparados”, concluiu.
O surto de Covid-19, que pode causar infeções respiratórias como pneumonia, provocou mais de 3.200 mortos e infetou mais de 93 mil pessoas em 78 países, incluindo seis em Portugal.
Além dos 3.012 mortos na China Continental, há registo de vítimas mortais no Irão, Itália, Coreia do Sul, Japão, França, Hong Kong, Taiwan, Austrália, Tailândia, Estados Unidos e Filipinas.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou o surto de Covid-19 como uma emergência de saúde pública internacional e aumentou o risco para “muito elevado”.

5 Mar 2020

Covid-19 | Portugal com seis casos confirmados de infecção

Portugal tem mais um caso confirmado de Covid-19, elevando para seis o número de casos confirmados, revelou ontem a Direcção-Geral da Saúde (DGS). Num boletim divulgado sobre a situação epidemiológica em Portugal, há três casos confirmados no norte do país, um no centro e dois na região de Lisboa (onde se registou o sexto caso), tendo-se registado 117 casos suspeitos desde Janeiro.

Dois seis casos, quatro tiveram origem em cidadãos provenientes de Itália (três) e de Espanha e há dois casos com ligação a caso confirmado. Dos seis casos confirmados, cinco são homens. O novo caso confirmado na região de Lisboa é uma mulher. De terça-feira para hoje há mais 16 casos suspeitos, num total de 117 casos suspeitos desde Janeiro deste ano. No boletim divulgado pela DGS na terça-feira estavam contabilizados desde o início do ano 101 casos suspeitos.

A primeira mulher com Covid-19 tem entre 40 e 49 anos, diz também a DGS, segundo a qual há 81 contactos em vigilância pelas autoridades de saúde.

5 Mar 2020

Covid-19 | Portugal com seis casos confirmados de infecção

Portugal tem mais um caso confirmado de Covid-19, elevando para seis o número de casos confirmados, revelou ontem a Direcção-Geral da Saúde (DGS). Num boletim divulgado sobre a situação epidemiológica em Portugal, há três casos confirmados no norte do país, um no centro e dois na região de Lisboa (onde se registou o sexto caso), tendo-se registado 117 casos suspeitos desde Janeiro.
Dois seis casos, quatro tiveram origem em cidadãos provenientes de Itália (três) e de Espanha e há dois casos com ligação a caso confirmado. Dos seis casos confirmados, cinco são homens. O novo caso confirmado na região de Lisboa é uma mulher. De terça-feira para hoje há mais 16 casos suspeitos, num total de 117 casos suspeitos desde Janeiro deste ano. No boletim divulgado pela DGS na terça-feira estavam contabilizados desde o início do ano 101 casos suspeitos.
A primeira mulher com Covid-19 tem entre 40 e 49 anos, diz também a DGS, segundo a qual há 81 contactos em vigilância pelas autoridades de saúde.

5 Mar 2020

Covid-19 | Mais de 5.600 infectados na Coreia do Sul, 438 novos casos em 24 horas

[dropcap]A[/dropcap]s autoridades de saúde sul-coreanas anunciaram hoje 438 novos casos de contágio pelo novo coronavírus, elevando para 5.666 o total de infectados no país, onde já morreram 35 pessoas com a doença Covid-19. Os números divulgados pelo Centro de Controlo e Prevenção de Doenças Contagiosas da Coreia do Sul (KCDC) referem-se a todos os casos registados desde a meia-noite de terça-feira até às 00:00 de quarta-feira. Durante este período foram registadas três novas mortes.

A cidade de Daegu, a cerca de 230 quilómetros a sudeste de Seul, e a província vizinha de Gyeongsang do Norte, centros do surto no país, registaram a grande maioria dos novos casos, 405 dos 438. Esta região tem quase 90% (5.200) de todas as infeções que ocorreram na Coreia do Sul, desde que o vírus foi detectado no país, em 20 de Janeiro.

Cerca de 60% das infecções em todo o território sul-coreano estão ligadas à seita cristã Shincheonji, cuja sede é em Daegu, quarta maior cidade do país (cerca de 2,4 milhões de habitantes), onde foram realizadas várias missas no início de Fevereiro. As autoridades indicaram terem já testado quase todos os membros da Shincheonji.

O KCDC também apontou que dois terços das infecções registadas até agora no país ocorreram em locais fechados, que concentravam grandes grupos como igrejas, hospitais ou academias. A Coreia do Sul é o segundo país com mais casos de Covid-19 no mundo depois da China, e é também o país que regista mais novos casos da doença todos os dias.

As autoridades sul-coreanas fizeram já análises a 140.775 pessoas, numa campanha que tem realizado entre dez mil e 15 mil testes diários nos últimos dias. Mais de 21.000 pessoas continuam em quarentena.

O Governo sul-coreano começou a classificar os novos infectados em quatro grupos, para diferenciar entre as condições clínicas mais e menos graves e, assim, dar prioridade à hospitalização dos casos mais graves.

Na quarta-feira, o Governo apresentou um orçamento extraordinário para combater os efeitos do novo coronavírus de 11,7 biliões de won. Este novo pacote orçamental deverá ser aprovado hoje pelo parlamento sul-coreano.

5 Mar 2020

Covid-19 | Mais de 5.600 infectados na Coreia do Sul, 438 novos casos em 24 horas

[dropcap]A[/dropcap]s autoridades de saúde sul-coreanas anunciaram hoje 438 novos casos de contágio pelo novo coronavírus, elevando para 5.666 o total de infectados no país, onde já morreram 35 pessoas com a doença Covid-19. Os números divulgados pelo Centro de Controlo e Prevenção de Doenças Contagiosas da Coreia do Sul (KCDC) referem-se a todos os casos registados desde a meia-noite de terça-feira até às 00:00 de quarta-feira. Durante este período foram registadas três novas mortes.
A cidade de Daegu, a cerca de 230 quilómetros a sudeste de Seul, e a província vizinha de Gyeongsang do Norte, centros do surto no país, registaram a grande maioria dos novos casos, 405 dos 438. Esta região tem quase 90% (5.200) de todas as infeções que ocorreram na Coreia do Sul, desde que o vírus foi detectado no país, em 20 de Janeiro.
Cerca de 60% das infecções em todo o território sul-coreano estão ligadas à seita cristã Shincheonji, cuja sede é em Daegu, quarta maior cidade do país (cerca de 2,4 milhões de habitantes), onde foram realizadas várias missas no início de Fevereiro. As autoridades indicaram terem já testado quase todos os membros da Shincheonji.
O KCDC também apontou que dois terços das infecções registadas até agora no país ocorreram em locais fechados, que concentravam grandes grupos como igrejas, hospitais ou academias. A Coreia do Sul é o segundo país com mais casos de Covid-19 no mundo depois da China, e é também o país que regista mais novos casos da doença todos os dias.
As autoridades sul-coreanas fizeram já análises a 140.775 pessoas, numa campanha que tem realizado entre dez mil e 15 mil testes diários nos últimos dias. Mais de 21.000 pessoas continuam em quarentena.
O Governo sul-coreano começou a classificar os novos infectados em quatro grupos, para diferenciar entre as condições clínicas mais e menos graves e, assim, dar prioridade à hospitalização dos casos mais graves.
Na quarta-feira, o Governo apresentou um orçamento extraordinário para combater os efeitos do novo coronavírus de 11,7 biliões de won. Este novo pacote orçamental deverá ser aprovado hoje pelo parlamento sul-coreano.

5 Mar 2020

Covid-19 | Número de mortos na China ultrapassa os três mil

[dropcap]O[/dropcap] balanço de mortos na China devido ao surto de Covid-19 ultrapassou a barreira das três mil pessoas, com 31 novas vítimas mortais registadas nas últimas 24 horas, anunciaram hoje as autoridades chinesas. Desde que foi inicialmente detectado, no final do ano passado, no centro da China, o país registou 3.012 mortes pelo novo coronavírus.
Até à meia-noite de quinta-feira, foram também confirmadas 139 novas infecções, um pouco mais do que na véspera (119), para um total de 80.409 casos confirmados, segundo a Comissão Nacional de Saúde do país.
Todas as novas mortes foram registadas na província de Hubei, epicentro do surto, e onde foram reportados 134 dos 139 novos casos. Várias cidades da província foram colocadas sob quarentena de facto, em janeiro passado, com entradas e saídas bloqueadas.
Até à data, Hubei reportou 2.902 mortes e 67.466 casos confirmados de infeção, a maioria em Wuhan, capital da província. A Comissão Nacional de Saúde da China informou ainda que, no mesmo período de 24 horas, 2.189 pessoas receberam alta após superarem a doença.
Segundo os dados oficiais, 52.045 pacientes receberam alta desde o início do surto e 669.025 pessoas que tiveram contacto próximo com pacientes foram acompanhadas, entre as quais 32.870 permanecem sob observação.
Nas últimas 24 horas surgiram mais 143 novos casos classificados como suspeitos por terem estado em contacto próximo com os infectados, fixando o total em 522. A mesma fonte detalhou que há 20 casos confirmados “importados” de fora, sobretudo oriundos de Itália e do Irão, que registaram na última semana um rápido aumento no número de casos.
Uma das prioridades das autoridades chinesas é agora “protegerem-se contra a importação” de infecções de outros países.

5 Mar 2020

Covid-19 | Número de mortos na China ultrapassa os três mil

[dropcap]O[/dropcap] balanço de mortos na China devido ao surto de Covid-19 ultrapassou a barreira das três mil pessoas, com 31 novas vítimas mortais registadas nas últimas 24 horas, anunciaram hoje as autoridades chinesas. Desde que foi inicialmente detectado, no final do ano passado, no centro da China, o país registou 3.012 mortes pelo novo coronavírus.

Até à meia-noite de quinta-feira, foram também confirmadas 139 novas infecções, um pouco mais do que na véspera (119), para um total de 80.409 casos confirmados, segundo a Comissão Nacional de Saúde do país.

Todas as novas mortes foram registadas na província de Hubei, epicentro do surto, e onde foram reportados 134 dos 139 novos casos. Várias cidades da província foram colocadas sob quarentena de facto, em janeiro passado, com entradas e saídas bloqueadas.

Até à data, Hubei reportou 2.902 mortes e 67.466 casos confirmados de infeção, a maioria em Wuhan, capital da província. A Comissão Nacional de Saúde da China informou ainda que, no mesmo período de 24 horas, 2.189 pessoas receberam alta após superarem a doença.

Segundo os dados oficiais, 52.045 pacientes receberam alta desde o início do surto e 669.025 pessoas que tiveram contacto próximo com pacientes foram acompanhadas, entre as quais 32.870 permanecem sob observação.

Nas últimas 24 horas surgiram mais 143 novos casos classificados como suspeitos por terem estado em contacto próximo com os infectados, fixando o total em 522. A mesma fonte detalhou que há 20 casos confirmados “importados” de fora, sobretudo oriundos de Itália e do Irão, que registaram na última semana um rápido aumento no número de casos.

Uma das prioridades das autoridades chinesas é agora “protegerem-se contra a importação” de infecções de outros países.

5 Mar 2020

Covid-19 | Homem morre da doença em Wuhan dois dias depois de receber alta

[dropcap]U[/dropcap]m homem morreu de insuficiência respiratória devido a Covid-19, em Wuhan, centro do surto do novo coronavírus, dois dias após receber alta de um dos hospitais construídos para conter a doença, noticiou hoje a imprensa local.

Li Liang, de 36 anos, foi internado em 12 de Fevereiro e teve alta duas semanas mais tarde, sob a condição de ficar em quarentena 14 dias. No entanto, dois dias depois, voltou a sentir sintomas e, no dia 2 de Março, regressou ao hospital, onde morreu no mesmo dia. A autópsia indicou que a causa directa da morte foi a Covid-19, segundo a imprensa local.

Cinco províncias chinesas registaram já casos de pacientes que voltaram a testar positivo, depois de terem recuperado da doença e recebido alta, indicou a revista chinesa Caixin. Na província de Guangdong, adjacente a Macau, 14% dos pacientes que recuperaram da Covid-19 e receberam alta voltaram a testar positivo para o coronavírus em testes subsequentes, de acordo com a revista.

Não é ainda claro se os pacientes voltaram a estar infectados. Especialistas afirmaram que os testes positivos podem ocorrer porque a inflamação pulmonar ainda está em processo de absorção, pelo que pode ocorrer desintoxicação intermitente.

Na quinta-feira, as autoridades de saúde chinesas adicionaram a análise de anti-corpos e testes às fezes e urina aos métodos de diagnóstico.

Pacientes recuperados que voltarem a testar positivo deverão fazer outro teste passadas 24 horas. Se ambos os resultados forem positivos, os pacientes devem ser hospitalizados novamente, recomendou o epidemiologista chinês Zhong Nanshan.

“Agora, a questão principal não é se alguém pode ser infectado novamente, mas se a pessoa pode ser contagiosa para os outros”, disse.

Desde que foi inicialmente detectado, no final do ano passado, no centro da China, o país registou 3.012 mortes pelo novo coronavírus.

Até à meia-noite de quinta-feira, foram também confirmadas 139 novas infecções, um pouco mais do que na véspera (119), para um total de 80.409 casos confirmados, segundo a Comissão Nacional de Saúde do país.

O surto de Covid-19, que pode causar infeções respiratórias como pneumonia, provocou mais de 3.200 mortos e infectou mais de 93 mil pessoas em 78 países, incluindo seis em Portugal.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou o surto de Covid-19 como uma emergência de saúde pública internacional e aumentou o risco para “muito elevado”.

5 Mar 2020

Covid-19 | Homem morre da doença em Wuhan dois dias depois de receber alta

[dropcap]U[/dropcap]m homem morreu de insuficiência respiratória devido a Covid-19, em Wuhan, centro do surto do novo coronavírus, dois dias após receber alta de um dos hospitais construídos para conter a doença, noticiou hoje a imprensa local.
Li Liang, de 36 anos, foi internado em 12 de Fevereiro e teve alta duas semanas mais tarde, sob a condição de ficar em quarentena 14 dias. No entanto, dois dias depois, voltou a sentir sintomas e, no dia 2 de Março, regressou ao hospital, onde morreu no mesmo dia. A autópsia indicou que a causa directa da morte foi a Covid-19, segundo a imprensa local.
Cinco províncias chinesas registaram já casos de pacientes que voltaram a testar positivo, depois de terem recuperado da doença e recebido alta, indicou a revista chinesa Caixin. Na província de Guangdong, adjacente a Macau, 14% dos pacientes que recuperaram da Covid-19 e receberam alta voltaram a testar positivo para o coronavírus em testes subsequentes, de acordo com a revista.
Não é ainda claro se os pacientes voltaram a estar infectados. Especialistas afirmaram que os testes positivos podem ocorrer porque a inflamação pulmonar ainda está em processo de absorção, pelo que pode ocorrer desintoxicação intermitente.
Na quinta-feira, as autoridades de saúde chinesas adicionaram a análise de anti-corpos e testes às fezes e urina aos métodos de diagnóstico.
Pacientes recuperados que voltarem a testar positivo deverão fazer outro teste passadas 24 horas. Se ambos os resultados forem positivos, os pacientes devem ser hospitalizados novamente, recomendou o epidemiologista chinês Zhong Nanshan.
“Agora, a questão principal não é se alguém pode ser infectado novamente, mas se a pessoa pode ser contagiosa para os outros”, disse.
Desde que foi inicialmente detectado, no final do ano passado, no centro da China, o país registou 3.012 mortes pelo novo coronavírus.
Até à meia-noite de quinta-feira, foram também confirmadas 139 novas infecções, um pouco mais do que na véspera (119), para um total de 80.409 casos confirmados, segundo a Comissão Nacional de Saúde do país.
O surto de Covid-19, que pode causar infeções respiratórias como pneumonia, provocou mais de 3.200 mortos e infectou mais de 93 mil pessoas em 78 países, incluindo seis em Portugal.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou o surto de Covid-19 como uma emergência de saúde pública internacional e aumentou o risco para “muito elevado”.

5 Mar 2020

Covid-19 | Itália confirma encerramento de escolas e universidades até 15 de Março

[dropcap]A[/dropcap] Itália anunciou ontem que todas as escolas e universidades encerram a partir de quinta-feira e até 15 de março como medida de precaução face à epidemia de Covid-19, que já provocou mais de 100 mortos no país. “A decisão não foi fácil, mas foi tomada como medida de precaução”, disse em declarações aos ‘media’ a ministra da Educação, Lucia Azzolina.

As escolas e universidades já estão encerradas há 13 dias nas regiões do norte mais atingidas pela epidemia e abrangidas pelas medidas de exceção, em particular no Veneto e Emília-Romanha, as mais afetadas pela epidemia de Covid. Ontem, o ministro dos Desportos, Vincenzo Spadafora, admitiu que o Governo poderá ordenar que os jogos profissionais de futebol e outras atividades desportivas decorram à porta fechada.

Em paralelo, as autoridades transalpinas confirmaram que a epidemia de Covid-19 ultrapassou os 100 mortos. De acordo com um balanço oficial divulgado na tarde de ontem, desde o início do surto epidémico foram registados 107 mortos e 3.089 casos no país, que coloca a Itália como o terceiro país mais afetado no mundo a seguir à China e Coreia do Sul.

O anterior balanço emitido na terça-feira indicava 79 mortos e 2.502 casos, significando um aumento em 24 horas de 28 mortos e 587 novos casos, segundo o balanço da Proteção civil. O surto de Covid-19, detetado em dezembro, na China, e que pode causar infeções respiratórias como pneumonia, provocou cerca de 3.200 mortos e infectou mais de 93 mil pessoas em 78 países, incluindo cinco em Portugal. Das pessoas infectadas, cerca de 50 mil recuperaram.

5 Mar 2020

Covid-19 | Itália confirma encerramento de escolas e universidades até 15 de Março

[dropcap]A[/dropcap] Itália anunciou ontem que todas as escolas e universidades encerram a partir de quinta-feira e até 15 de março como medida de precaução face à epidemia de Covid-19, que já provocou mais de 100 mortos no país. “A decisão não foi fácil, mas foi tomada como medida de precaução”, disse em declarações aos ‘media’ a ministra da Educação, Lucia Azzolina.
As escolas e universidades já estão encerradas há 13 dias nas regiões do norte mais atingidas pela epidemia e abrangidas pelas medidas de exceção, em particular no Veneto e Emília-Romanha, as mais afetadas pela epidemia de Covid. Ontem, o ministro dos Desportos, Vincenzo Spadafora, admitiu que o Governo poderá ordenar que os jogos profissionais de futebol e outras atividades desportivas decorram à porta fechada.
Em paralelo, as autoridades transalpinas confirmaram que a epidemia de Covid-19 ultrapassou os 100 mortos. De acordo com um balanço oficial divulgado na tarde de ontem, desde o início do surto epidémico foram registados 107 mortos e 3.089 casos no país, que coloca a Itália como o terceiro país mais afetado no mundo a seguir à China e Coreia do Sul.
O anterior balanço emitido na terça-feira indicava 79 mortos e 2.502 casos, significando um aumento em 24 horas de 28 mortos e 587 novos casos, segundo o balanço da Proteção civil. O surto de Covid-19, detetado em dezembro, na China, e que pode causar infeções respiratórias como pneumonia, provocou cerca de 3.200 mortos e infectou mais de 93 mil pessoas em 78 países, incluindo cinco em Portugal. Das pessoas infectadas, cerca de 50 mil recuperaram.

5 Mar 2020

Covid-19 | Homem de 82 anos é a segunda vítima mortal em Espanha

[dropcap]U[/dropcap]m homem de 82 anos com doenças crónicas morreu hoje em Biscaia, no País Basco, com o novo coronavírus, sendo a segunda vítima mortal em Espanha, depois do falecimento na quarta-feira de um outro homem na Comunidade Valenciana. O Departamento Basco de Saúde anunciou a morte deste homem que tinha pneumonia e foi confirmado positivo no teste do novo coronavírus.

Nas últimas horas, o País Basco registou quatro novos casos desta infeção, elevando o número de doentes positivos nesta comunidade para 21. As autoridades de saúde em Madrid atualizaram a meio do dia para 193 o número de pessoas com o vírus, mas nas últimas horas já foram revelados novos casos que elevaram os infectados para um número superior a 200.

Dos 193 casos anunciados 13 foram registados na Andaluzia, dois nas Astúrias, cinco nas Baleares, sete nas Canárias, 10 na Cantábria, 12 em Castela-Mancha, 11 em Castela e Leão, 15 na Catalunha, 19 na Comunidade Valenciana, seis na Estremadura, 70 em Madrid, três em Navarra, 17 no País Basco e três em La Rioja.

O surto de Covid-19, detetado em dezembro, na China, e que pode causar infeções respiratórias como pneumonia, provocou cerca de 3.200 mortos e infectou mais de 93 mil pessoas em 78 países, incluindo cinco em Portugal. Das pessoas infectadas, cerca de 50 mil recuperaram.

Há ainda registo de vítimas mortais no Irão, Itália, Coreia do Sul, Japão, França, Hong Kong, Taiwan, Austrália, Tailândia, Estados Unidos da América, Filipinas e Iraque. Um português, tripulante de um navio de cruzeiros está hospitalizado no Japão com confirmação de infecção. Em Portugal, a Direcção-Geral da Saúde confirmou cinco casos de infeção, dos quais quatro no Porto e um em Lisboa.

A Organização Mundial de Saúde declarou o surto de Covid-19 como uma emergência de saúde pública internacional e aumentou o risco para “muito elevado”.

5 Mar 2020

Covid-19 | Homem de 82 anos é a segunda vítima mortal em Espanha

[dropcap]U[/dropcap]m homem de 82 anos com doenças crónicas morreu hoje em Biscaia, no País Basco, com o novo coronavírus, sendo a segunda vítima mortal em Espanha, depois do falecimento na quarta-feira de um outro homem na Comunidade Valenciana. O Departamento Basco de Saúde anunciou a morte deste homem que tinha pneumonia e foi confirmado positivo no teste do novo coronavírus.
Nas últimas horas, o País Basco registou quatro novos casos desta infeção, elevando o número de doentes positivos nesta comunidade para 21. As autoridades de saúde em Madrid atualizaram a meio do dia para 193 o número de pessoas com o vírus, mas nas últimas horas já foram revelados novos casos que elevaram os infectados para um número superior a 200.
Dos 193 casos anunciados 13 foram registados na Andaluzia, dois nas Astúrias, cinco nas Baleares, sete nas Canárias, 10 na Cantábria, 12 em Castela-Mancha, 11 em Castela e Leão, 15 na Catalunha, 19 na Comunidade Valenciana, seis na Estremadura, 70 em Madrid, três em Navarra, 17 no País Basco e três em La Rioja.
O surto de Covid-19, detetado em dezembro, na China, e que pode causar infeções respiratórias como pneumonia, provocou cerca de 3.200 mortos e infectou mais de 93 mil pessoas em 78 países, incluindo cinco em Portugal. Das pessoas infectadas, cerca de 50 mil recuperaram.
Há ainda registo de vítimas mortais no Irão, Itália, Coreia do Sul, Japão, França, Hong Kong, Taiwan, Austrália, Tailândia, Estados Unidos da América, Filipinas e Iraque. Um português, tripulante de um navio de cruzeiros está hospitalizado no Japão com confirmação de infecção. Em Portugal, a Direcção-Geral da Saúde confirmou cinco casos de infeção, dos quais quatro no Porto e um em Lisboa.
A Organização Mundial de Saúde declarou o surto de Covid-19 como uma emergência de saúde pública internacional e aumentou o risco para “muito elevado”.

5 Mar 2020

Portugal | Farmácias sem máscaras e desinfectantes devido aos casos de Covid-19

Com cinco casos de infecção por Covid-19 confirmados no país, as farmácias portuguesas, de norte a sul, estão sem máscaras e produtos desinfectantes. Se ainda é fácil encomendar desinfectantes o mesmo não acontece com as máscaras, cujos valores estão inflaccionados. OMS alerta para escassez destes materiais

 

 

[dropcap]C[/dropcap]om a chegada do Covid-19 a Portugal, é cada vez mais difícil, se não impossível, adquirir máscaras de protecção e produtos desinfectantes nas farmácias das principais cidades do país. Quando o vírus atingiu o seu pico na China, os asiáticos eram os principais clientes e compravam dezenas de caixas, asseguram farmacêuticos com quem o HM falou. Mas com a chegada do vírus à Europa, são cada vez mais europeus a comprar, incluindo portugueses.

No Porto, onde surgiram os dois primeiros casos, não só não há máscaras como não há qualquer previsão por parte dos fornecedores de quando possam chegar. “Não temos nada em stock, está tudo encomendado.

Temos previsão de que chegará alguma da mercadoria até ao final desta semana, mas apenas de desinfectantes e não de máscaras. Fizemos o pedido, mas as únicas que poderão surgir novamente são as cirúrgicas. Mas também não temos qualquer previsão de quando é que ficarão disponíveis”, explicou uma farmacêutica que não quis ser identificada.

Os preços estão a ser inflaccionados desde o momento em que os produtos são fabricados até à sua venda ao público. “O que se está a passar é que o produto que hoje custa 2 euros daqui a dois dias custa 10 euros e depois custa 20. A ideia que temos, com base nos nossos fornecedores, é que os preços são mantidos. Sei que nas fábricas o produto está a escassear, e depois isto é uma cadeia entre o produtor e a farmácia que vende.”

Filipe Silva, farmacêutico numa outra farmácia no Porto, contou que ainda possuem máscaras, mas a sua venda está raccionada. “Temos algumas máscaras para venda ao balcão, mas limitámos a 10 unidades para que o maior número de pessoas tenha acesso, porque senão as pessoas compram em grande quantidade e só um pequeno grupo de pessoas é que tem acesso às máscaras. Temos previsão de ter em stock mais álcool gel entre esta semana e o início da próxima.”

Nesta farmácia, uma caixa com 10 máscaras custa três euros [cerca de 30 patacas], mas em Lisboa os preços podem atingir 1 euro [cerca de 10 patacas] por máscara. “Estamos a vender cada máscara por 0,30 cêntimos por máscara por uma questão de consciência social.”

Reservas no fim

Esta terça-feira a Organização Mundial de Saúde (OMS) alertou para o esgotamento rápido das reservas de equipamento de protecção individual contra o novo coronavírus que causa a doença Covid-19.

“A OMS enviou cerca de meio milhão de equipamentos de protecção individual para 27 países, mas os ‘stocks’ esgotam-se rapidamente”, disse o director-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, numa conferência de imprensa, na sede da organização, em Genebra, na Suíça.

Tedros Adhanom Ghebreyesus considerou que “a capacidade de resposta dos países está comprometida pela desorganização grave e crescente da oferta mundial de equipamentos de protecção individual, provocada pelo aumento da procura, a acumulação e o mau uso”.

A OMS estima que, por mês, sejam necessários no mundo mais de 89 milhões de máscaras cirúrgicas, 76 milhões de luvas e 1,6 milhões de óculos de protecção. A sua falta pode colocar em risco de contágio médicos e enfermeiros que cuidam de doentes infectados pelo novo coronavírus.

O director-geral da OMS assinalou que, apesar de numerosas pessoas terem desenvolvido ao longo de vários anos imunidade contra a gripe sazonal, ninguém “está imune” em relação ao coronavírus que causa a doença Covid-19. Tedros Adhanom Ghebreyesus sublinhou que o novo coronavírus – família de vírus que pode causar infecções respiratórias como pneumonia – é mais perigoso do que os vírus da gripe, apresentando uma taxa de mortalidade de 3,4 por cento (para a gripe é menos de 1 por cento).

Filipe Silva, farmacêutico no Porto, também acredita que a situação vai ficar muito complicada. “Nós estamos precavidos, mas considero que a maior parte das farmácias não o esteja. Há uma preocupação generalizada em parte devido à imprensa que alarmou para esta situação e as pessoas estão bastante preocupadas, daí a correria às máscaras e ao álcool.”

Em Lisboa, a situação não é diferente. Muitas pessoas compram até produtos para reforçar as defesas do organismo, existindo casos em que até a vitamina C esgota. Na Farmácia Barral, na Rua Augusta, as máscaras e produtos desinfectantes estão esgotados desde a última quinta-feira, explicou a farmacêutica Carlota Matos ao HM.

“Todos os dias recebemos centenas de pessoas que pedem estes produtos. O stock já esgotou, encomendámos, mas estamos à espera. Neste momento não nos conseguem dar a previsão se os produtos chegam, e quando chegam. Os preços aumentam cada vez mais porque a procura é maior, o que leva as farmácias a venderem mais caro. Estamos habituados a comprar uma coisa que custa cêntimos e que agora compramos por alguns euros.”

No caso desta farmácia, uma máscara cirúrgica normal custa 1 euro, mas as mais avançadas custam 5 euros. “Vamos passar por uma situação complicada no acesso a materiais, já estava bastante complicado há meses e agora não temos recebido equipamento de todo.”

Carlota Matos nota que os portugueses são agora os principais compradores deste tipo de equipamentos. “No pico do vírus na China notava-se mais os asiáticos a comprarem. Depois com a descida dos casos e com o aumento dos casos em Itália, e como estamos numa zona super turística, temos tido procura por italianos, mas agora é exclusivo dos portugueses.”

Desaparecimento misterioso

A corrida às máscaras é tão evidente que foi reportado, esta terça-feira, um caso de desaparecimento deste material no hospital de Elvas. A Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano (ULSNA) abriu um inquérito interno para apurar as circunstâncias do desaparecimento de máscaras de protecção no serviço de Medicina do Hospital de Santa Luzia.

“Não podemos qualificar se se trata de um furto ou não. Participámos às autoridades policiais esta circunstância e temos aberto um inquérito para apuramento do que aconteceu”, disse à agência Lusa Joaquim Araújo, vogal executivo do conselho de administração da ULSNA, de que faz parte o hospital de Elvas, no distrito de Portalegre.

O mesmo responsável admitiu que o desaparecimento de máscaras de protecção da unidade hospitalar poderá estar relacionado com o novo coronavírus (Covid-19). “Esta situação poderá ter a ver com esta problemática [surto de Covid-19] e as pessoas, especialmente os funcionários, numa atitude defensiva, julgamos nós, tomam esta medida, mas só o inquérito eventualmente poderá esclarecer”, disse.

Joaquim Araújo não quantificou o número de máscaras de protecção que desapareceram do serviço de Medicina do Hospital de Santa Luzia, uma vez que ainda está a ser feito o “apuramento de tudo”.
No entanto, garantiu que a situação “não põe em perigo qualquer fornecimento aos serviços” e afastou a possibilidade de ser feito comércio com as máscaras. “É grave, não nego a situação porque aconteceu, mas já foram tomadas medidas para salvaguardar tudo”, acrescentou.

Na farmácia Castro, na avenida Almirante Reis, perto de uma zona onde existem muitos comércios ligados à comunidade chinesa, as máscaras começaram a esgotar assim que surgiram as primeiras notícias do surto do Covid-19 na China.

“Isto não é só cá, já acontece em Espanha e Itália, e penso que são os chineses que compram as máscaras todas para levar para lá. A maioria dos clientes são chineses e tenho pessoas que todos os dias que me perguntam se temos máscaras. Todos querem, mas não já não há. Quando começaram a surgir os primeiros sinais do surto eram os chineses que essencialmente compravam”, explicou ao HM o farmacêutico Carlos Eusébio.

Há uma semana que esta farmácia já não tem quaisquer produtos deste género para venda. “Vendemos tudo o que tínhamos para vender. Fomos vendendo ao longo dos dias, depois lá nos enviavam uma caixa ou outra, mas num dia ou dois vendíamos logo tudo. Neste momento há mais de uma semana que não temos nada. Fizemos uma encomenda, mas já nos informaram de que não vem tão depressa”, concluiu.

Economia | Ministro diz não existirem preocupações sobre stocks

O ministro da Economia em Portugal, Pedro Siza Vieira, afirmou ontem não existirem “preocupações” ao nível do abastecimento e ‘stocks’ de produtos no sector farmacêutico e garantiu que o surgimento de novos casos de Covid-19 não vai “mudar de forma radical” estas circunstâncias. “Tive ainda anteontem [segunda-feira] uma reunião com um conjunto de sectores da economia portuguesa e do lado do sector farmacêutico e desta matéria, não há, neste momento, preocupações relativamente a abastecimento e stocks'”, garantiu Pedro Siza Vieira.

O ministro assegurou também que o Governo está “preparado para responder e apoiar as empresas” e que a situação vai continuar a ser “calmamente” gerida.

“Vamos continuar calmamente a gerir a situação, a tomar as decisões relevantes com base na melhor informação disponível e perceber que mais um caso hoje, dez amanhã, não vão mudar de forma radical, neste momento, as circunstâncias que estão presentes”, disse.

Questionado pelos jornalistas se havia algum protocolo de apoio, nomeadamente, às empresas, Pedro Siza Vieira realçou que, apesar de esta não ser uma doença “grave” é, no entanto, “muito contagiosa” e que o objectivo passa agora por “conter a sua propagação”.

“Quanto mais conseguirmos conter a propagação da doença, menos gente ficará doente ao mesmo tempo, menos gente estará a sobrecarregar os nossos serviços de saúde e menos impacto económico terá esta doença”, referiu, acrescentando que o novo caso de surto de Covid-19 em Portugal, à semelhança dos restantes, foi contraído fora do país. “Este caso é como todos os outros, o caso de uma pessoa que veio infectada de fora, aquilo que continuamos a tentar assegurar é que conseguimos conter a velocidade de propagação da doença”, concluiu.

5 Mar 2020

Portugal | Farmácias sem máscaras e desinfectantes devido aos casos de Covid-19

Com cinco casos de infecção por Covid-19 confirmados no país, as farmácias portuguesas, de norte a sul, estão sem máscaras e produtos desinfectantes. Se ainda é fácil encomendar desinfectantes o mesmo não acontece com as máscaras, cujos valores estão inflaccionados. OMS alerta para escassez destes materiais

 
 
[dropcap]C[/dropcap]om a chegada do Covid-19 a Portugal, é cada vez mais difícil, se não impossível, adquirir máscaras de protecção e produtos desinfectantes nas farmácias das principais cidades do país. Quando o vírus atingiu o seu pico na China, os asiáticos eram os principais clientes e compravam dezenas de caixas, asseguram farmacêuticos com quem o HM falou. Mas com a chegada do vírus à Europa, são cada vez mais europeus a comprar, incluindo portugueses.
No Porto, onde surgiram os dois primeiros casos, não só não há máscaras como não há qualquer previsão por parte dos fornecedores de quando possam chegar. “Não temos nada em stock, está tudo encomendado.
Temos previsão de que chegará alguma da mercadoria até ao final desta semana, mas apenas de desinfectantes e não de máscaras. Fizemos o pedido, mas as únicas que poderão surgir novamente são as cirúrgicas. Mas também não temos qualquer previsão de quando é que ficarão disponíveis”, explicou uma farmacêutica que não quis ser identificada.
Os preços estão a ser inflaccionados desde o momento em que os produtos são fabricados até à sua venda ao público. “O que se está a passar é que o produto que hoje custa 2 euros daqui a dois dias custa 10 euros e depois custa 20. A ideia que temos, com base nos nossos fornecedores, é que os preços são mantidos. Sei que nas fábricas o produto está a escassear, e depois isto é uma cadeia entre o produtor e a farmácia que vende.”
Filipe Silva, farmacêutico numa outra farmácia no Porto, contou que ainda possuem máscaras, mas a sua venda está raccionada. “Temos algumas máscaras para venda ao balcão, mas limitámos a 10 unidades para que o maior número de pessoas tenha acesso, porque senão as pessoas compram em grande quantidade e só um pequeno grupo de pessoas é que tem acesso às máscaras. Temos previsão de ter em stock mais álcool gel entre esta semana e o início da próxima.”
Nesta farmácia, uma caixa com 10 máscaras custa três euros [cerca de 30 patacas], mas em Lisboa os preços podem atingir 1 euro [cerca de 10 patacas] por máscara. “Estamos a vender cada máscara por 0,30 cêntimos por máscara por uma questão de consciência social.”

Reservas no fim

Esta terça-feira a Organização Mundial de Saúde (OMS) alertou para o esgotamento rápido das reservas de equipamento de protecção individual contra o novo coronavírus que causa a doença Covid-19.
“A OMS enviou cerca de meio milhão de equipamentos de protecção individual para 27 países, mas os ‘stocks’ esgotam-se rapidamente”, disse o director-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, numa conferência de imprensa, na sede da organização, em Genebra, na Suíça.
Tedros Adhanom Ghebreyesus considerou que “a capacidade de resposta dos países está comprometida pela desorganização grave e crescente da oferta mundial de equipamentos de protecção individual, provocada pelo aumento da procura, a acumulação e o mau uso”.
A OMS estima que, por mês, sejam necessários no mundo mais de 89 milhões de máscaras cirúrgicas, 76 milhões de luvas e 1,6 milhões de óculos de protecção. A sua falta pode colocar em risco de contágio médicos e enfermeiros que cuidam de doentes infectados pelo novo coronavírus.
O director-geral da OMS assinalou que, apesar de numerosas pessoas terem desenvolvido ao longo de vários anos imunidade contra a gripe sazonal, ninguém “está imune” em relação ao coronavírus que causa a doença Covid-19. Tedros Adhanom Ghebreyesus sublinhou que o novo coronavírus – família de vírus que pode causar infecções respiratórias como pneumonia – é mais perigoso do que os vírus da gripe, apresentando uma taxa de mortalidade de 3,4 por cento (para a gripe é menos de 1 por cento).
Filipe Silva, farmacêutico no Porto, também acredita que a situação vai ficar muito complicada. “Nós estamos precavidos, mas considero que a maior parte das farmácias não o esteja. Há uma preocupação generalizada em parte devido à imprensa que alarmou para esta situação e as pessoas estão bastante preocupadas, daí a correria às máscaras e ao álcool.”
Em Lisboa, a situação não é diferente. Muitas pessoas compram até produtos para reforçar as defesas do organismo, existindo casos em que até a vitamina C esgota. Na Farmácia Barral, na Rua Augusta, as máscaras e produtos desinfectantes estão esgotados desde a última quinta-feira, explicou a farmacêutica Carlota Matos ao HM.
“Todos os dias recebemos centenas de pessoas que pedem estes produtos. O stock já esgotou, encomendámos, mas estamos à espera. Neste momento não nos conseguem dar a previsão se os produtos chegam, e quando chegam. Os preços aumentam cada vez mais porque a procura é maior, o que leva as farmácias a venderem mais caro. Estamos habituados a comprar uma coisa que custa cêntimos e que agora compramos por alguns euros.”
No caso desta farmácia, uma máscara cirúrgica normal custa 1 euro, mas as mais avançadas custam 5 euros. “Vamos passar por uma situação complicada no acesso a materiais, já estava bastante complicado há meses e agora não temos recebido equipamento de todo.”
Carlota Matos nota que os portugueses são agora os principais compradores deste tipo de equipamentos. “No pico do vírus na China notava-se mais os asiáticos a comprarem. Depois com a descida dos casos e com o aumento dos casos em Itália, e como estamos numa zona super turística, temos tido procura por italianos, mas agora é exclusivo dos portugueses.”

Desaparecimento misterioso

A corrida às máscaras é tão evidente que foi reportado, esta terça-feira, um caso de desaparecimento deste material no hospital de Elvas. A Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano (ULSNA) abriu um inquérito interno para apurar as circunstâncias do desaparecimento de máscaras de protecção no serviço de Medicina do Hospital de Santa Luzia.
“Não podemos qualificar se se trata de um furto ou não. Participámos às autoridades policiais esta circunstância e temos aberto um inquérito para apuramento do que aconteceu”, disse à agência Lusa Joaquim Araújo, vogal executivo do conselho de administração da ULSNA, de que faz parte o hospital de Elvas, no distrito de Portalegre.
O mesmo responsável admitiu que o desaparecimento de máscaras de protecção da unidade hospitalar poderá estar relacionado com o novo coronavírus (Covid-19). “Esta situação poderá ter a ver com esta problemática [surto de Covid-19] e as pessoas, especialmente os funcionários, numa atitude defensiva, julgamos nós, tomam esta medida, mas só o inquérito eventualmente poderá esclarecer”, disse.
Joaquim Araújo não quantificou o número de máscaras de protecção que desapareceram do serviço de Medicina do Hospital de Santa Luzia, uma vez que ainda está a ser feito o “apuramento de tudo”.
No entanto, garantiu que a situação “não põe em perigo qualquer fornecimento aos serviços” e afastou a possibilidade de ser feito comércio com as máscaras. “É grave, não nego a situação porque aconteceu, mas já foram tomadas medidas para salvaguardar tudo”, acrescentou.
Na farmácia Castro, na avenida Almirante Reis, perto de uma zona onde existem muitos comércios ligados à comunidade chinesa, as máscaras começaram a esgotar assim que surgiram as primeiras notícias do surto do Covid-19 na China.
“Isto não é só cá, já acontece em Espanha e Itália, e penso que são os chineses que compram as máscaras todas para levar para lá. A maioria dos clientes são chineses e tenho pessoas que todos os dias que me perguntam se temos máscaras. Todos querem, mas não já não há. Quando começaram a surgir os primeiros sinais do surto eram os chineses que essencialmente compravam”, explicou ao HM o farmacêutico Carlos Eusébio.
Há uma semana que esta farmácia já não tem quaisquer produtos deste género para venda. “Vendemos tudo o que tínhamos para vender. Fomos vendendo ao longo dos dias, depois lá nos enviavam uma caixa ou outra, mas num dia ou dois vendíamos logo tudo. Neste momento há mais de uma semana que não temos nada. Fizemos uma encomenda, mas já nos informaram de que não vem tão depressa”, concluiu.

Economia | Ministro diz não existirem preocupações sobre stocks

O ministro da Economia em Portugal, Pedro Siza Vieira, afirmou ontem não existirem “preocupações” ao nível do abastecimento e ‘stocks’ de produtos no sector farmacêutico e garantiu que o surgimento de novos casos de Covid-19 não vai “mudar de forma radical” estas circunstâncias. “Tive ainda anteontem [segunda-feira] uma reunião com um conjunto de sectores da economia portuguesa e do lado do sector farmacêutico e desta matéria, não há, neste momento, preocupações relativamente a abastecimento e stocks'”, garantiu Pedro Siza Vieira.
O ministro assegurou também que o Governo está “preparado para responder e apoiar as empresas” e que a situação vai continuar a ser “calmamente” gerida.
“Vamos continuar calmamente a gerir a situação, a tomar as decisões relevantes com base na melhor informação disponível e perceber que mais um caso hoje, dez amanhã, não vão mudar de forma radical, neste momento, as circunstâncias que estão presentes”, disse.
Questionado pelos jornalistas se havia algum protocolo de apoio, nomeadamente, às empresas, Pedro Siza Vieira realçou que, apesar de esta não ser uma doença “grave” é, no entanto, “muito contagiosa” e que o objectivo passa agora por “conter a sua propagação”.
“Quanto mais conseguirmos conter a propagação da doença, menos gente ficará doente ao mesmo tempo, menos gente estará a sobrecarregar os nossos serviços de saúde e menos impacto económico terá esta doença”, referiu, acrescentando que o novo caso de surto de Covid-19 em Portugal, à semelhança dos restantes, foi contraído fora do país. “Este caso é como todos os outros, o caso de uma pessoa que veio infectada de fora, aquilo que continuamos a tentar assegurar é que conseguimos conter a velocidade de propagação da doença”, concluiu.

5 Mar 2020

Covid-19 | Sobe para cinco o número de infectados em Portugal

[dropcap]O[/dropcap] número de infectados em Portugal pelo novo coronavírus subiu para cinco, com um novo caso confirmado de um homem regressado de Itália, anunciou hoje a Direcção-Geral da Saúde (DGS). Numa nota enviada às redacções, a DGS informa que hoje foi confirmado este quinto caso positivo para a doença Covid-19, que provoca infecções respiratórias como a pneumonia, e que o homem de 44 anos está no Centro Hospitalar Universitário de São João. “A situação clínica está estável”, acrescenta.

Além deste homem, foram reportados com resultados positivos para o novo coronavírus dois outros casos no Porto, um Coimbra e outro em Lisboa. No boletim divulgado na terça-feira ao final do dia, a DGS indicava a existência de 101 notificações de casos suspeitos.

No mundo há mais de 92 mil casos confirmados, com mais de três mil mortes. Das pessoas infectadas, cerca de 48 mil recuperaram, segundo autoridades de saúde de vários países. A Organização Mundial de Saúde já declarou o surto de Covid-19 como uma emergência de saúde pública internacional de risco “muito elevado”.

4 Mar 2020

Covid-19 | Sobe para cinco o número de infectados em Portugal

[dropcap]O[/dropcap] número de infectados em Portugal pelo novo coronavírus subiu para cinco, com um novo caso confirmado de um homem regressado de Itália, anunciou hoje a Direcção-Geral da Saúde (DGS). Numa nota enviada às redacções, a DGS informa que hoje foi confirmado este quinto caso positivo para a doença Covid-19, que provoca infecções respiratórias como a pneumonia, e que o homem de 44 anos está no Centro Hospitalar Universitário de São João. “A situação clínica está estável”, acrescenta.
Além deste homem, foram reportados com resultados positivos para o novo coronavírus dois outros casos no Porto, um Coimbra e outro em Lisboa. No boletim divulgado na terça-feira ao final do dia, a DGS indicava a existência de 101 notificações de casos suspeitos.
No mundo há mais de 92 mil casos confirmados, com mais de três mil mortes. Das pessoas infectadas, cerca de 48 mil recuperaram, segundo autoridades de saúde de vários países. A Organização Mundial de Saúde já declarou o surto de Covid-19 como uma emergência de saúde pública internacional de risco “muito elevado”.

4 Mar 2020

Covid-19 | Mais de 5.200 infectados na Coreia do Sul, 516 novos casos em 24 horas

[dropcap]A[/dropcap]s autoridades de saúde sul-coreanas anunciaram hoje 516 novos casos de contaminação pelo novo coronavírus, elevando para 5.328 o total de pessoas infectadas no país, onde já morreram 32 pessoas. Os números divulgados pelo Centro de Controlo e Prevenção de Doenças Contagiosas da Coreia (KCDC) calculam todos os casos que ocorreram desde a meia-noite de segunda-feira até terça-feira. Durante este período foram registadas quatro novas mortes.

A cidade de Daegu (cerca de 230 quilómetros a sudeste de Seul) e a província vizinha de Gyeongsang do Norte, o epicentro do surto no país, registaram a grande maioria dos novos casos, 494 dos 516 em todo o país.

Esta região tem quase 90% de todas as infeções que ocorreram na Coreia do Sul, desde que o vírus foi detetado no país, no dia 20 de janeiro.

Cerca de 60% das infeções em todo o território nacional estão ligadas à seita cristã Shincheonji, cuja sede é em Daegu, (cerca de 230 quilómetros a sudeste de Seul), a quarta maior cidade do país, com cerca de 2,4 milhões de habitantes, onde foram realizadas várias missas no início de fevereiro.

No entanto, o número de infeções não diretamente relacionadas à seita cristã Shincheonji em Daegu já é de cerca de 1.300, o que indica um nível alarmante de contágio na comunidade.

A Coreia do Sul já fez testes a 131.379 pessoas, de acordo com o KCDC, uma campanha abrangente que tem realizado entre 10.000 e 15.000 testes diários nos últimos dias.

Para combater a saturação da saúde na região sudeste, o Governo sul-coreano começou a classificar os novos infectados em quatro grupos, a fim de diferenciar entre as condições clínicas mais e menos graves e, assim, priorizar a hospitalização dos casos mais graves.

O Governo apresentou hoje um orçamento extra para combater os efeitos do novo coronavírus de 11,7 biliões de won. Este novo pacote orçamental será enviado na quinta-feira à Assembleia Nacional (Parlamento) para aprovação.

4 Mar 2020

Covid-19 | Mais de 5.200 infectados na Coreia do Sul, 516 novos casos em 24 horas

[dropcap]A[/dropcap]s autoridades de saúde sul-coreanas anunciaram hoje 516 novos casos de contaminação pelo novo coronavírus, elevando para 5.328 o total de pessoas infectadas no país, onde já morreram 32 pessoas. Os números divulgados pelo Centro de Controlo e Prevenção de Doenças Contagiosas da Coreia (KCDC) calculam todos os casos que ocorreram desde a meia-noite de segunda-feira até terça-feira. Durante este período foram registadas quatro novas mortes.
A cidade de Daegu (cerca de 230 quilómetros a sudeste de Seul) e a província vizinha de Gyeongsang do Norte, o epicentro do surto no país, registaram a grande maioria dos novos casos, 494 dos 516 em todo o país.
Esta região tem quase 90% de todas as infeções que ocorreram na Coreia do Sul, desde que o vírus foi detetado no país, no dia 20 de janeiro.
Cerca de 60% das infeções em todo o território nacional estão ligadas à seita cristã Shincheonji, cuja sede é em Daegu, (cerca de 230 quilómetros a sudeste de Seul), a quarta maior cidade do país, com cerca de 2,4 milhões de habitantes, onde foram realizadas várias missas no início de fevereiro.
No entanto, o número de infeções não diretamente relacionadas à seita cristã Shincheonji em Daegu já é de cerca de 1.300, o que indica um nível alarmante de contágio na comunidade.
A Coreia do Sul já fez testes a 131.379 pessoas, de acordo com o KCDC, uma campanha abrangente que tem realizado entre 10.000 e 15.000 testes diários nos últimos dias.
Para combater a saturação da saúde na região sudeste, o Governo sul-coreano começou a classificar os novos infectados em quatro grupos, a fim de diferenciar entre as condições clínicas mais e menos graves e, assim, priorizar a hospitalização dos casos mais graves.
O Governo apresentou hoje um orçamento extra para combater os efeitos do novo coronavírus de 11,7 biliões de won. Este novo pacote orçamental será enviado na quinta-feira à Assembleia Nacional (Parlamento) para aprovação.

4 Mar 2020

Covid-19 | China contabiliza mais 38 mortos e 119 novos casos

[dropcap]A[/dropcap] China contabilizou mais 38 mortos devido ao surto do Covid-19, nas últimas 24 horas, fixando o número total de vítimas mortais em 2.981, ao mesmo tempo que detetou 119 novos casos de infecção. Segundo a Comissão Nacional de Saúde do país, até à meia-noite de quarta-feira, o número de infectados na China continental, que exclui Macau e Hong Kong, ascendeu assim aos 80.270.

Foram registados menos seis novos casos e mais sete mortes do que no dia anterior. Todas as mortes, excepto uma, foram registadas na província de Hubei, onde o surto começou, no final do ano passado. Várias cidades da província estão sob quarentena, com entradas e saídas bloqueadas, desde janeiro passado.

O surto de Covid-19, que pode causar infeções respiratórias como pneumonia, provocou mais de 3.100 mortos e infectou mais de 90.300 pessoas, em cerca de 70 países e territórios, incluindo quatro em Portugal. Das pessoas infectadas, cerca de 48 mil recuperaram, segundo autoridades de saúde de vários países.

Além dos mortos na China, onde o surto foi detetado em dezembro, há registo de vítimas mortais no Irão, Itália, Coreia do Sul, Japão, França, Hong Kong, Taiwan, Austrália, Tailândia, Estados Unidos da América, San Marino e Filipinas.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou o surto de Covid-19 como uma emergência de saúde pública internacional de risco “muito elevado”.

4 Mar 2020