Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Norte | Mulher de Kim Jong-un reaparece em actos públicos após mais de um ano de ausência A mulher do líder norte-coreano Kim Jong-un fez a sua primeira aparição pública após mais de um ano ausente em cerimónias, informaram hoje os medias estatais, encerrando a polémica sobre a sua ausência prolongada. Ri Sol ju acompanhou o marido num concerto destinado a comemorar o nascimento de Kim Jong-il, pai e também antecessor do atual líder norte-coreano. O aniversário do nascimento do segundo integrante da dinastia Kim é conhecido como o “Dia da Estrela Brilhante”. É um dos feriados mais importantes do calendário norte-coreano. O jornal oficial Rodong Sinmun divulgou fotos do casal a sorrir e a aplaudir os artistas que se apresentavam no Teatro de Artes de Mansudae, em Pyongyang. “Quando o secretário-geral entrou no auditório do teatro com a sua mulher Ri Sol ju, ao som de uma música de boas-vindas, todos os participantes os aplaudiram e saudaram”, relatou a agência de notícias oficial KCNA. Nas fotos publicadas, nenhum dos espectadores está a usar máscara. Ri Sol ju não era vista em público desde Janeiro de 2020, durante um evento relacionado com o Ano Novo Lunar. A sua ausência suscitou muitas especulações sobre o seu estado de saúde. Muitos questionaram se a mulher do líder norte-coreano estava isolada para se proteger do novo coronavírus ou se estava grávida. O casal terá, provavelmente, três filhos. A Coreia do Norte encerrou as suas fronteiras no início do ano passado numa tentativa de se proteger da pandemia. Kim afirmou repetidamente que o seu país continuava livre do novo coronavírus, o que os especialistas estrangeiros duvidam. A publicação das fotos ocorre no dia seguinte a uma reunião dos parlamentares sul-coreanos com os serviços de informação de Seul, na qual foi transmitido que a mulher do líder norte-coreano estava a abster-se de qualquer aparição pública devido à pandemia do novo coronavírus e passava o seu tempo junto dos seus filhos. Ri Sol ju é, juntamente com a irmã do seu marido, Kim Yo-jong, uma das mulheres mais conhecidas do regime patriarcal.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Piratas informáticos norte-coreanos tentam entrar nos sistemas da Pfizer Piratas informáticos norte-coreanos tentaram entrar nos sistemas da Pfizer para encontrar informações sobre a vacina produzida pelo gigante farmacêutico contra a covid-19, de acordo com os serviços secretos da Coreia do Sul citados pela imprensa local. Segundo declarou aos jornalistas a deputada sul-coreana Ha Tae-keung, o Serviço Nacional de Inteligência informou que a Coreia do Norte “tentou obter as tecnologias contidas na vacina e os tratamentos usados contra a covid-19 através de um ciberataque dirigido à Pfizer”. A Coreia do Norte foi o primeiro país do mundo a encerrar as suas fronteiras, no final de janeiro de 2020, para tentar proteger-se da pandemia que surgiu em dezembro de 2019 na vizinha China e que depois se espalhou por todo o mundo. O líder norte-coreano Kim Jong Un afirmou que o país não registou qualquer caso de contaminação pelo novo coronavírus, mas o que é considerado como sendo pouco provável pelos peritos, já que a China faz fronteira com o país e é o seu principal parceiro comercial. O fecho de fronteiras aumentou a pressão sobre a economia norte-coreana, já submetida a sanções internacionais devido ao programa nuclear e balístico desenvolvido por aquele regime comunista. Segundo peritos ocidentais, a Coreia do Norte dispõe de um “exército” de milhares de piratas informáticos muito bem treinados, que já perpetraram ataques a empresas, instituições e centros de investigação, em particular da Coreia do Sul. A coreia do Norte terá, igualmente, desviado ao longo dos últimos meses mais de 300 milhões de dólares em cripto moedas através de ataques informáticos destinados a financiar o seu programa nuclear e balístico, segundo um relatório confidencial da ONU divulgado há poucos dias. Apesar de afirmar estar isenta do vírus, a Coreia do Norte fez recentemente uma encomenda de vacinas contra a covid-19, devendo receber cerca de dois milhões de doses, segundo a Aliança Global de vacinas (Gavi), membro do programa Covax, que coordena a distribuição de vacinas aos países pobres. Embora não haja ainda confirmação oficial, o país terá pedido ajuda internacional, já que as infra-estruturas médicas norte-coreanas são consideradas inadequadas para fazer face a uma pandemia.
Hoje Macau China / ÁsiaHong Kong | Activistas no banco dos réus por organizarem manifestação Vários activistas proeminentes da luta pró-democracia em Hong Kong compareceram em tribunal, acusados de organizar uma das maiores manifestações de 2019, em protesto contra a lei da extradição. Entre os nove arguidos, encontram-se algumas das personalidades mais respeitadas da antiga colónia britânica, incluindo o advogado Martin Lee, de 82 anos, que há décadas foi escolhido por Pequim para redigir a Lei Básica, o texto que serve de mini-constituição na região semi-autónoma. Também acusados estão a antiga deputada da oposição Margaret Ng, uma advogada de 73 anos, e o magnata dos media Jimmy Lai, que se encontra actualmente em prisão preventiva, por acusações separadas ao abrigo da lei da segurança nacional. Vários são figuras de destaque na Frente Civil pelos Direitos Humanos, a coligação que organizou as maiores manifestações em 2019, quando a cidade viveu a sua pior crise política desde a entrega em 1997, com ações e mobilizações quase diárias. Quando os arguidos entraram no tribunal, vários activistas fizeram a saudação com três dedos, um gesto que se tornou um símbolo da luta contra o autoritarismo na Ásia. O grupo, que enfrenta até cinco anos de prisão, é acusado de organizar em 18 de Agosto de 2019 a segunda maior manifestação em sete meses de protesto. Os organizadores tinham estimado uma participação de 1,7 milhões de manifestantes, que representariam quase um quarto da população de Hong Kong, um número que não pôde ser verificado de forma independente.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | New York Times acusado de falsificar declarações sobre origem do vírus Profissionais de uma equipa da Organização Mundial da Saúde (OMS), que concluíram sua missão de rastreamento da origem da COVID-19 na China, denunciaram o The New York Times por uma reportagem controversa, enfatizando que os seus colegas foram “selectivamente mal citados” e a história não é verdadeira. “Esta não foi a minha experiência na missão da OMS. Como líder do grupo de trabalho animal/ambiental, encontrei confiança e abertura nos meus colegas da China. Nós tivemos acesso a novos dados críticos durante todo o tempo e aumentámos a nossa compreensão dos caminhos prováveis de propagação”, esclareceu Peter Daszak, membro da equipe da OMS, no Twitter depois de ser citado pelo The New York Times. O notícia acusou cientistas chineses de se recusarem a partilhar dados importantes sobre os primeiros dias da pandemia COVID-19, citando investigadores independentes da OMS. A equipa internacional, tendo terminado seu trabalho em Wuhan, na China, foi composta por especialistas da Austrália, Dinamarca, Alemanha, Japão, Holanda, Qatar, Rússia, Grã-Bretanha, Estados Unidos e Vietnãame. A equipa também inclui especialistas da OMS e da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura e da Organização Mundial da Saúde Animal. No relatório, Daszak disse que sua viagem foi emocionalmente desgastante ao entenderem o trauma dos primeiros dias da pandemia. Thea K. Fischer, a epidemiologista dinamarquesa da equipa, também refutou imediatamente a reportagem, que acusou de “distorcer intencionalmente” as observações dos entrevistados e lançar “sombras sobre importantes trabalhos científicos”. “Esta não foi a minha experiência nem no lado epidemiológico. Construímos um bom relacionamento na equipa epidemiológica chinesa/internacional. Permitir discussões acaloradas reflecte um profundo nível de empenhamento na sala”, explicou no Twitter. Ecoando a raiva de Fischer, Daszak tuitou numa nota de resposta: “Ouça! Ouça! É decepcionante passar tempo com jornalistas explicando as importantes descobertas do nosso exaustivo trabalho de um mês na China, para acabar vendo os nossos colegas, selectivamente mal citados, serem encaixados numa narrativa que foi prescrita antes do início do trabalho. Que vergonha @New York Times!” Outros especialistas em saúde também expressaram as suas opiniões sobre o incidente, pedindo confiança e respeito mútuos à cooperação internacional na pesquisa de COVID-19. “A colaboração é sobre confiança e respeito mútuos. Se não existe isso, ninguém vai partilhar dados. Como cientistas da EID, precisamos urgentemente descartar a porcaria política. Espero que haja boa vontade pessoal duradoura, suficiente para nós procedermos efetivamente…” tuitou Hume Field, um conselheiro científico e político da EcoHealth Alliance em Nova Iorque. A equipa internacional apresentou as suas descobertas iniciais descartando a hipótese de que o vírus escapou de um laboratório. A equipa está a trabalhar num relatório resumido, previsto para ser publicado nesta semana, enquanto um relatório final completo será publicado nas próximas semanas, de acordo com Tedros Adhanom Ghebreyesus, director-geral da OMS. O chefe da OMS explicou que a missão alcançou uma melhor compreensão dos primeiros dias da pandemia, e identificou áreas para análise e pesquisa posteriores. “Sempre dissemos que, essa missão não encontraria todas as respostas, mas adicionou informações importantes que nos aproximam da compreensão das origens do vírus”, acrescentou. O rastreamento da origem da COVID-19 é “uma questão científica complexa envolvendo muitos países e regiões”, e deve ser realizada por cientistas globais com colaboração, disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Wenbin, no início da semana passada. “O governo chinês tem dado forte apoio e assistência para a visita da missão da OMS à China, como parte da cooperação global de estudos de rastreamento de origens”, observou ele, enfatizando que a China manterá abertura, transparência, estreita comunicação e cooperação com a OMS.
Hoje Macau China / ÁsiaJapão anuncia pior registo diário de mortes por covid-19 O Japão anunciou hoje que registou o pior número de mortes num só dia, ao contabilizar 121 óbitos por covid-19 nas últimas 24 horas. O número adiantado pelo Ministério da Saúde japonês aumentou o total de mortos no país para 6.678 desde o início da pandemia. O Japão ainda não iniciou a vacinação contra o novo coronavírus. As vacinas para o pessoal médico estão previstas para este mês. A área metropolitana de Tóquio está sob estado de emergência, com as autoridades a pedirem aos residentes para ficarem em casa e os restaurantes a fecharem durante a noite. Embora os casos tenham permanecido relativamente baixos no Japão no ano passado, em comparação com os Estados Unidos e a Europa, as infeções têm vindo a aumentar recentemente, no momento em que crescem os pedidos para serem cancelados os Jogos Olímpicos de Tóquio, programados para começarem em julho. A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.341.496 mortos no mundo, resultantes de mais de 106,8 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | OMS começa a deixar a China sem resultados conclusivos Especialistas da missão da Organização Mundial da Saúde (OMS) encarregados de investigar as origens do novo coronavírus começaram ontem a deixar a China, país que consideram o “início do caminho” para desvendar a origem da covid-19. “A equipa está a trabalhar até sair [da China]. Este é apenas o início do caminho, com muito trabalho a ser feito, seguindo as pistas dos nossos colegas chineses”, afirmou ontem o britânico Peter Daszak, membro da missão, na rede social Twitter. “Muito orgulhoso das nossas conquistas e realista sobre o percurso que nos espera”, acrescentou. Também Marion Koopmans, virologista holandesa, declarou-se “exausta”, mas comemorou a missão de 27 dias em Wuhan, a cidade chinesa onde foram diagnosticados os primeiros casos de covid-19. “Estou realmente ansiosa para dar os próximos passos”, escreveu no Twitter. A epidemiologista dinamarquesa Thea K. Fischer, que considerou na mesma rede social que a missão foi uma “experiência única”, apontou duas teorias preliminares sobre as origens do vírus: através de um animal que serviu de hospedeiro intermediário para humanos ou através de algum alimento congelado. Esta segunda teoria tem sido defendida pela China repetidamente, nos últimos meses, após a detecção de vestígios do vírus em alguns produtos congelados importados pelo país asiático. A investigação é extremamente sensível para o regime, cujos órgãos oficiais têm promovido teorias que apontam que o vírus teve origem em outros países. A administração do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump acusou o Instituto de Virologia de Wuhan de ter deixado o vírus escapar, voluntariamente ou não. Peter Daszak admitiu que a equipa teve de realizar as suas investigações num ambiente de pressão política. O chefe da missão, o especialista em zoonose dinamarquês Peter Ben Embarek, descartou na que o vírus tenha tido origem num laboratório, e considerou a possibilidade de que tenha chegado à China por meio de produtos congelados. “Tudo continua a apontar para um reservatório deste vírus, ou um vírus semelhante, nas populações de morcegos”, seja na China, em outros países asiáticos ou mesmo em outros lugares, defendeu. O especialista disse que rastrear o percurso do vírus ainda é um “trabalho em andamento”.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | OMS diz ser improvável que vírus tenha escapado de laboratório Um especialista da Organização Mundial da Saúde (OMS) disse hoje que é improvável que o novo coronavírus tenha escapado de um laboratório chinês, defendendo antes a possibilidade de ter sido transmitido por um animal. O especialista em segurança alimentar e doenças animais da OMS Peter Ben Embarek fez um resumo da investigação levada a cabo por uma equipa de cientistas chineses e da OMS sobre as possíveis origens do novo coronavírus em Wuhan, a cidade chinesa onde os primeiros casos de covid-19 foram diagnosticados. O Instituto de Virologia de Wuhan, um dos principais laboratórios de pesquisa de vírus da China, construiu um arquivo de informações genéticas sobre coronavírus em morcegos, após o surto da Síndrome Respiratória Aguda Grave, que surgiu no país asiático, em 2003. Isto levou a alegações de que a covid-19 poderia ter saído daquelas instalações, teoria promovida pelo anterior presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Juntamente com cientistas do instituto, a equipa da OMS, que inclui especialistas de 10 países, visitou hospitais, institutos de pesquisa e o mercado de frutos do mar onde foram diagnosticados os primeiros casos. “As nossas descobertas iniciais sugerem que a introdução, através de uma espécie hospedeira intermediária, é o caminho mais provável, o que exigirá mais estudos e pesquisas mais específicas”, disse Embarek. “No entanto, as descobertas sugerem que a hipótese de se tratar de um incidente num laboratório é extremamente improvável”, acrescentou. Os investigadores chineses anunciaram que não encontraram o animal que está na origem do novo coronavírus. A transmissão para o ser humano a partir de um animal é provável, mas “ainda não foi identificada”, disse Liang Wannian, chefe da delegação de cientistas chineses. Wuhan, cidade localizada no centro da China, diagnosticou os primeiros casos do novo coronavírus no final de 2019, no que as autoridades de saúde designaram então de “pneumonia por causa desconhecida”. Os investigadores disseram não ter encontrado indícios da presença do vírus em Wuhan antes de os primeiros casos terem sido diagnosticados. “Nos dois meses anteriores a dezembro não há evidências de que o [vírus] estivesse a circular na cidade”, disse Liang, em conferência de imprensa da OMS sobre os resultados da sua investigação. A missão da OMS sobre as origens da transmissão do vírus é importante para prevenir a ocorrência de futuras epidemias, mas só se concretizou passado mais de um ano depois de os primeiros casos terem sido diagnosticados. Pequim continuou a negar os pedidos de uma investigação estritamente independente. A investigação é extremamente sensível para o regime comunista, cujos órgãos oficiais têm promovido teorias que apontam que o vírus teve origem em outros países. A visita dos especialistas acontece depois de longas negociações com Pequim, que incluíram uma rara reprimenda por parte da OMS, que afirmou que a China estava a demorar muito para fazer os arranjos finais. A OMS já tinha alertado que seria necessário ter paciência antes de encontrar a origem do vírus.
Hoje Macau China / ÁsiaOMS anuncia hoje primeiros resultados sobre investigação quanto à origem do novo coronavírus A equipa de especialistas da Organização Mundial de Saúde (OMS) que se encontra na China para tentar descobrir a origem da pandemia de covid-19 vai dar uma conferência de imprensa, anunciou hoje a instituição. “A equipa internacional que procura compreender a origem do coronavírus associado à covid-19 e que termina a estada de 14 dias em Wuhan, na China, dará uma conferência de imprensa com os colegas chineses”, indica num comunicado a OMS, que acrescenta que o encontro com os jornalistas começará às 08:00 TMG. Wuhan foi onde se reportaram os primeiros casos de covid-19 em Dezembro de 2019. A pandemia já provocou mais de 2,3 milhões de mortes entre os mais de 106 milhões de casos de contágio. A missão para determinar a origem da transmissão do coronavírus aos humanos, considerada extremamente importante para tentar melhorar a luta contra uma possível nova epidemia, foi difícil de concretizar, uma vez que a China se mostrou muito relutante em permitir a presença dos especialistas mundiais de diferentes áreas, desde a epidemiologia à zoologia. A autorização chegou um ano após a pandemia ter sido declarada. Pequim recebeu muito mal as críticas ao modo como lidou no início da crise, em particular os ataques muito virulentos de Donald Trump, enquanto Presidente dos Estados Unidos. As autoridades chinesas indicam que têm estado a trabalhar há meses para acabar com as dúvidas sobre onde e como o coronavírus pode ter começado a infectar seres humanos. Tendo chegado à China em Janeiro, os especialistas da OMS foram seguidos por todo o lado por uma grande quantidade de jornalistas chineses e internacionais. Os peritos puderam utilizar as redes sociais e ser entrevistados, tendo um deles, Peter Daszak, zoólogo que dirige a organização não-governamental EcoHelth, com sede em Nova Iorque, afirmado sexta-feira que a equipa teve acesso a todos os lugares que pretendia observar. Entre esses lugares figurou o Instituto de Virologia de Wuhan, que os norte-americanos acusaram de ser a fonte da propagação do vírus, mas também o mercado de animais, onde os primeiros casos foram relatados. A OMS já avisou que é preciso ter paciência antes de encontrar uma possível resposta, mensagem reiterada por um membro da equipa, Hung Nguyen-Viet, em entrevista à agência noticiosa France-Presse (AFP). “Estamos num processo e precisamos de tempo e de esforço para entender” o que aconteceu, explicou o especialista, co-director do Programa de Saúde Humana e Animal do Instituto Internacional de Pesquisa sobre Reprodução de Nairóbi. A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.316.812 mortos no mundo, resultantes de mais de 106 milhões de casos de infecção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | China soma 14 novos casos, todos oriundos do exterior A Comissão de Saúde da China informou hoje que foram diagnosticados 14 casos de covid-19 nas últimas 24 horas, todos oriundos do exterior. Os casos registados pelas autoridades foram diagnosticados em viajantes oriundos do exterior, na cidade de Xangai (leste) e nas províncias de Guangdong (sudeste), Jiangsu (leste), Zhejiang (leste), Fujian (sudeste), Shandong (nordeste) e Sichuan (centro). Pelo segundo dia consecutivo, o país não registou casos de infecção local. A Comissão de Saúde chinesa indicou que, até à meia-noite, o número total de infectados activos na China continental se fixou em 1.057, entre os quais 18 em estado grave. Desde o início da pandemia, 89.720 pessoas ficaram infetadas na China, tendo morrido 4.636 doentes. A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.316.812 mortos no mundo, resultantes de mais de 106 milhões de casos de infecção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Hoje Macau China / ÁsiaMyanmar | Reino Unido e UE pedem reunião de emergência na ONU O Reino Unido, a União Europeia e outros 19 membros do Conselho de Direitos Humanos da ONU convocaram esta segunda-feira uma reunião de emergência deste organismo para discutir a situação em Myanmar após o golpe militar. O pedido “é uma resposta ao estado de emergência imposto em Myanmar e à detenção arbitrária de políticos e membros da sociedade civil eleitos democraticamente”, disse o embaixador do Reino Unido nas Nações Unidas em Genebra, Julian Braithwaite. “Temos de responder com urgência à provação pela qual o povo de Myanmar está a passar e à rápida deterioração da situação dos direitos humanos”, acrescentou o diplomata, durante uma reunião do Conselho, por videoconferência. A reunião deve ocorrer na quinta-feira, de acordo com uma mensagem na rede social Twitter de Dominic Raab, secretário de Negócios Estrangeiros britânico. Dezenas de milhares de pessoas saíram às ruas de Myanmar desde o golpe de Estado no início da semana passada, para protestar contra o regresso dos militares ao poder, apesar das inúmeras detenções e da censura na Internet. O embaixador disse que o grupo que propôs a reunião de emergência informará outros membros do Conselho sobre a redação de uma resolução conjunta. A reunião de emergência – cujo pedido é validado desde que reúna pelo menos um terço dos 47 membros do Conselho – deve ser realizada antes do início da sessão regular do Conselho de Direitos Humanos, com sede em Genebra, que arranca no dia 22 Fevereiro. Lei marcial imposta A Junta Militar birmanesa decretou ontem a lei marcial após sucessivos protestos e uma greve geral em curso, que está a paralisar o país. Os militares declararam a lei marcial em pelo menos seis localidades, impondo o recolher obrigatório e proibindo reuniões com mais de cinco pessoas, bem como discursos públicos. A medida, que afecta vários distritos de Rangum, a maior cidade e o centro económico do país, entrou também em vigor nas regiões de Mandalay, Monywa, Loikaw, Hpsaung e Myaungmya. Ontem também, e pela primeira vez desde o golpe de Estado, o líder da Junta Militar birmanesa, Min Aung Hlaing, falou ao país para justificar o golpe de Estado, insistindo nas acusações anteriores de fraude eleitoral nas eleições de novembro de 2020, afirmando que a sublevação acabou por tornar-se “inevitável”. Numa mensagem na televisão pública MRTV, o general golpista assegurou que, apesar de as anteriores eleições (2010 e 2015) terem sido justas e livres, as de 2020 “estiveram repletas de irregularidades”, e garantiu que prova disso foi a alta participação registada apesar da pandemia de covid-19. Min Hlaing pediu a todos os cidadãos que permaneçam “unidos como país” e que se foquem “nos factos e não nas emoções”. Logo após o golpe de estado, o Exército de Myanmar (antiga Birmânia) prendeu parte dos membros do Governo eleito, entre eles a líder e Nobel da Paz Aung San Suu Kyi, cujo partido, a Liga Nacional para a Democracia (LND), venceu com 83%. O exército disse ter descoberto “mais de 10 milhões de casos de fraudes” e exigiu à Comissão Eleitoral a publicação das listas eleitorais para conformação, o que o órgão encarregado do escrutínio recusou. No discurso, o militar, de 64 anos, denunciou a existência de “mais de 200 fraudes” e prometeu investigar as supostas irregularidades, além de ter como missão combater a gerir a crise pandémica e restaurar o crescimento económico. “Enquanto salvamos o país durante um tempo, não alteraremos nenhuma política externa, administrativa ou económica. Vamos continuar como dantes”, frisou, tendo como pando de fundo a promessa de realizar novas eleições gerais dentro de um ano. Min Hlaing referiu-se também à situação da minoria muçulmana rohingya, sem a mencionar explicitamente, e garantiu que está a trabalhar com as autoridades do Bangladesh para que os deslocados possam ser repatriados “logo que possível”. Após uma operação de repressão militar lançada em agosto de 2017, no estado de Rakhine, no nordeste do país, mais de 725.000 rohingya fugiram para o vizinho Bangladesh. A intervenção do líder golpista surge no meio da condenação internacional e de protestos maciços contra a sublevação militar. Há cerca de uma década, os militares, que governaram o país com ‘mão de ferro’ entre 1962 e 2011, desenharam uma “democracia disciplinada” sem terem renunciado totalmente ao poder. Apesar da realização de eleições democráticas, o Exército tinha 25% das cadeiras no Parlamento e os Ministérios do Interior, Fronteiras e Defesa.
Hoje Macau China / ÁsiaChina publica regras anti-monopólio para regular o sector digital A China publicou esta segunda-feira várias normas que visam “prevenir e barrar práticas monopolistas” de plataformas digitais, numa altura em que várias empresas do sector digital foram multadas por este tipo de conduta. Estas directrizes proíbem, por exemplo, as empresas de forçar os clientes a escolher entre duas plataformas ou vendas abaixo do custo de aquisição, como forma de concorrência desleal. A Administração Estatal de Regulação do Mercado indicou que os regulamentos visam “proteger a concorrência no mercado” e “salvaguardar os interesses do consumidor e do público”. Em Dezembro passado, o regulador multou os grupos Alibaba e Tencent por não cumprirem os procedimentos anti-monopólio na aquisição de outras empresas. Um porta-voz da agência disse na altura que, “embora o valor das multas seja relativamente baixo”, sinalizam uma fiscalização mais forte do sector.
Hoje Macau China / ÁsiaMais de mil manifestantes em Rangum contra o golpe de Estado em Myanmar Mais de mil pessoas começaram hoje a manifestar-se nas ruas de Rangum contra o golpe de Estado no início deste mês, no qual a líder Aung San Suu Kyi foi afastada do poder. “Estou a participar neste movimento porque não quero a ditadura”, disse à agência de notícias France-Presse o trabalhador de uma fábrica de confecção Hnin Thazin, durante o protesto na capital económica do país, iniciado às 10h locais. Ao mesmo tempo, os manifestantes apelavam para a realização de uma greve geral, tal como haviam feito durante o fim de semana, um pouco por todo o país. “Não vamos trabalhar mesmo que o nosso salário baixe”, acrescentou, desfilando ao lado de outros trabalhadores, monges e estudantes, que agitavam bandeiras vermelhas nas quais se podia ler: “Libertem os nossos dirigentes”, “Respeitem os nossos votos” ou “Rejeitem o golpe de Estado”. Em várias cidades do país decorriam protestos idênticos, tal como no fim de semana, com os manifestantes a gritarem: “Não queremos ditadura militar”, “Libertem ‘Mãe Suu'”. Aung San Suu Kyi, prémio Nobel da Paz, foi detida, em local não conhecido, na segunda-feira. As manifestações, as mais importantes desde a revolta popular de 2007, violentamente reprimida pelos militares, decorreram sem grandes incidentes. Numa mensagem enviada aos órgãos de comunicação social, os organizadores dos protestos exigiram uma “revolução em todo o país contra a ditadura” e apelaram para uma greve geral, com um pedido aos funcionários públicos e trabalhadores das empresas privadas para se juntarem ao movimento. Dezenas de funcionários públicos de vários ministérios tinham já deixado de trabalhar na semana passada, em sinal de protesto. Os militares puseram fim, em 01 de fevereiro, a uma frágil transição democrática, ao instaurarem o estado de emergência por um ano e detiveram Suu Kyi e outros dirigentes da Liga Nacional para a Democracia (LND). Mais de 150 pessoas, entre deputados, responsáveis locais e ativistas, foram interpelados e continuam detidos, indicou a AAPP. As ligações à internet foram parcialmente restabelecidas no domingo, depois de uma perturbação no serviço de 24 horas, mas o acesso à rede social Facebook, principal ferramenta de comunicação para milhões de birmaneses, continua a ser restrito. O país viveu sob um regime militar durante cerca de 50 anos, desde a independência em 1948. Uma liberalização progressiva começou em 2010, e cinco anos depois, com a vitória da LND nas eleições, chegou ao poder um governo civil, dirigido de facto por Suu Kyi. Muito criticada até há pouco pela comunidade internacional pela alegada passividade na crise dos muçulmanos rohingyas, Aung San Suu Kyi, que viveu sob residência vigiada durante 15 anos pela oposição à junta, continua a ser extremamente popular no país. De acordo com fontes partidárias, a ex-dirigente estará de “boa saúde”, confinada a uma residência em Naypyidaw, a capital construída pelos militares. A LND venceu novamente as legislativas de novembro, num escrutínio cuja regularidade foi contestada pelos militares, apesar de observadores internacionais não terem constatado quaisquer problemas graves. Os militares prometeram eleições livres depois do fim do estado de emergência.
Hoje Macau China / ÁsiaJornalista Cheng Lei acusada na China de fornecer segredos de Estado, diz Governo australiano O Governo da Austrália disse hoje que a jornalista australiana Cheng Lei, detida na China, foi acusada de “fornecer segredos de Estado a um país estrangeiro”. A ministra dos Negócios Estrangeiros australiana, Marise Payne, afirmou que as autoridades chinesas apresentaram na sexta-feira uma acusação formal contra Cheng, nascida na China e apresentadora da televisão pública chinesa CGTN, detida desde 13 de agosto. O Governo australiano manifestou “grande preocupação” às autoridades chinesas acerca da detenção de Cheng e está a prestar-lhe assistência consular. “Esperamos que as normas básicas de equidade, justiça processual e tratamento humano sejam cumpridas, de acordo com as normas internacionais”, disse Payne. Além da jornalista, a China também deteve Yang Hengjun, escritor chinês-australiano, desde o início de 2019, por alegada espionagem. As relações já tensas entre Camberra e Pequim têm estado sob pressão crescente desde que a Austrália lançou este ano uma investigação independente sobre a origem do novo coronavírus, cujos primeiros casos da doença foram detetados na cidade chinesa de Wuhan. A Austrália também aprovou várias leis contra a interferência na política interna de países estrangeiros, sem citar explicitamente a China, com Pequim a responder impondo direitos aduaneiros a algumas importações australianas.
Hoje Macau China / ÁsiaSeca afecta 330.000 pessoas no sul da China Centenas de milhares de pessoas no sul e no leste da China estão a enfrentar escassez de água potável, devido aos baixos níveis de precipitação registados nos últimos meses, revelaram as autoridades. O Ministério dos Recursos Hídricos disse que mais de 500.000 hectares de terras aráveis foram afetados pela seca, deixando 330.000 pessoas em áreas rurais sem abastecimento suficiente de água potável. Desde outubro que os níveis de precipitação nas regiões a sul do rio Yangtse se fixaram entre 50% e 80% abaixo do normal, indicou a mesma fonte, citada pela imprensa chinesa. Cerca de 2,4 milhões de pessoas nas províncias de Zhejiang, Guangdong e Fujian já foram afetadas pela seca, e as preocupações estão a aumentar em Guangxi, Hunan e Yunnan, segundo o ministério. Em Taizhou, província de Zhejiang, os residentes da vila de Sanmen estão a enfrentar a pior seca dos últimos 50 anos, informou a emissora estatal CCTV. As autoridades locais ordenaram que o abastecimento de água para as famílias funcione apenas em dias alternados e que as empresas não essenciais que usam grandes quantidades de água suspendam as suas operações. Nas áreas rurais, a água potável é entregue aos moradores por bombeiros e novos poços estão a ser abertos para aumentar o abastecimento. Yuan Yuan, vice-diretor do departamento de previsão da Administração Meteorológica da China, disse em entrevista ao portal Thepaper.cn que a seca foi causada principalmente pela La Niña, um padrão climático complexo que ocorre devido às variações das temperaturas na banda equatorial do Oceano Pacífico. “A circulação anormal do ciclone continuou desde outubro e a sua intensidade aumentou no inverno”, referiu. Qian Yonglan, investigador do Centro Meteorológico Nacional, apontou que a seca já teve um impacto prejudicial nas safras de outono e inverno, como a batata, pimentão, tomate e banana, e pode representar uma ameaça às colheitas de arroz. “Se a precipitação continuar baixa, pode afetar o plantio do arroz”, descreveu.
Hoje Macau China / ÁsiaEUA | Biden diz que vai haver “concorrência extrema” com China, mas não um conflito O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse ontem que a rivalidade com a China vai traduzir-se numa “concorrência extrema”, mas assegurou que quer evitar qualquer conflito entre as duas potências mundiais. Numa entrevista à televisão norte-americana CBS, de que foram divulgados apenas excertos, Biden diz que ainda não falou com o homólogo chinês, Xi Jiping, mas frisou não ter “nenhuma razão para não lhe telefonar” e que “há muito para falar”. “Ele é muito inteligente, é muito duro. Ele não tem – e não digo isto como uma crítica, é apenas a realidade -, ele não tem um grama de democracia em si”, acrescentou o Presidente norte-americano na entrevista. “Sempre lhe disse que não precisamos de ter um conflito. Mas vai haver uma concorrência extrema. E não o vou fazer da maneira que ele sabe. E é por isso que ele também está a enviar sinais. Não o vou fazer da maneira que Trump o fez. Vamos concentrar-nos nas regras internacionais”, acrescentou. A China é considerada por Washington como o seu principal adversário estratégico. Apesar disso, no seu primeiro discurso sobre política externa, na semana passada, Joe Biden foi relativamente vago quanto ao assunto, prometendo apenas estar disposto a enfrentar “o avanço do autoritarismo, em particular as ambições crescentes da China”. Biden disse então também que se vai empenhar, sem precisar, em “contrariar os abusos económicos da China” e os seus “atos de agressão” e que vai defender os direitos humanos, embora esteja determinado a trabalhar com Pequim “quando isso for do interesse dos Estados Unidos”.
Hoje Macau China / ÁsiaChina financia assistência técnica a agricultura cabo-verdiana com aposta nas algas O Governo chinês assinou esta quinta-feira um acordo com Cabo Verde para o financiamento de quase 1,5 milhão de dólares em assistência técnica, a implementar pela FAO na atividade agrícola e segurança alimentar, apostando na produção de algas no arquipélago. O projeto de assistência técnica a Cabo Verde, a três anos (2021 a 2024), surge no âmbito do Programa de Cooperação Sul-Sul entre a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e a China, e deverá abranger 4.500 agricultores das ilhas de Santo Antão e de Santiago, além de 100 investigadores, estudantes e técnicos, no reforço das capacidades. “Não se trata de um projeto de infra-estruturas, em que cerca de 1,5 milhões de dólares irão ser empregues em equipamentos e infra-estruturas. Não é nada disto. Trata-se essencialmente de partilha de conhecimento e de boas práticas no domínio da agricultura, da pecuária e da produção de algas marinhas como uma novidade no contexto dos projetos técnicos que temos estado a desenvolver aqui em Cabo Verde”, destacou o ministro da Agricultura, Gilberto Silva. O governante cabo-verdiano falava após a assinatura, na Praia, do acordo tripartido para implementar o projecto. Durante três anos, o projecto financiado pela China, com a presença de sete peritos chineses, vai fornecer a Cabo Verde assistência técnica na promoção da horticultura, com apoio à gestão dos solos, água e fertilizantes, e na promoção da proteção das plantas, através da introdução de métodos e da organização de formações de campo para a gestão integrada de pragas do milho e os métodos de controlo biológicos sobre as pragas de solo. Envolve ainda a “promoção do pequeno produtor pecuário”, através da melhoria da produção animal e da melhoria da genética animal, do reforço da vigilância epidemiológica e da valorização dos produtos animais. O projecto prevê ainda um estudo sobre a eco-fisiologia e o potencial do cultivo de algas marinhas e da cadeia de valor em Cabo Verde, bem como o desenvolvimento e implementação de “sítios-piloto para introduzir e promover a cultura de algas marinhas”, explicou a FAO. “Temos um imenso mar e é possível tirar melhor proveito deste imenso mar na produção de algas e introdução de algas como alimentos, mas também, e porque não, utilizar as algas para outros fins, como a cosmética e efeitos farmacêuticos. Temos de começar a tirar melhor proveito dos recursos marinhos”, enfatizou o ministro da Agricultura. O objectivo, explicou Gilberto Silva, é tirar partido da “experiência” da China nesta actividade. “Não tendo nós tradição nem experiência neste domínio, entendemos que é bom começar com estudos e com a partilha de conhecimentos que nos levem a definir melhor o caminho e empregar uma boa franja da nossa população, sobretudo aquela que se vem dedicando à extração de areias nas praias, à produção de algas. Portanto, encontrar um caminho mais sustentável para assegurar o emprego e o rendimento, e acima de tudo proteger o ambiente”, disse ainda o governante. O montante estimado do projeto é de quase 1,5 milhão de dólares, financiados pelo Governo da China, sendo a execução e gestão a cargo da FAO, através do acordo tripartido assinado. De acordo com Ana Touza, representante da FAO em Cabo Verde, o arquipélago será o décimo país a implementar um projeto ao abrigo do Programa de Cooperação Sul-Sul/FAO-China. “Em temos de inovação o destaque vai para a possibilidade de aquacultura em algas marinhas, área ainda não muito estudada e aproveitada em Cabo Verde, um país com 99% de mar e com grande potencial na matéria”, destacou a representante da FAO, sublinhando igualmente a atenção que será dada ao combate às pragas que afetam a produção agrícola no país. O embaixador da China em Cabo Verde, Du Xiaocong, assumiu que este projeto é um dos passos para assinalar, em 2021, os 45 anos das relações diplomáticas entre os dois países, reforçando a cooperação bilateral. “E demonstra que no futuro próximo, a China vai apoiar mais parceiros internacionais e oferecer mais apoio aos países africanos, na agricultura”, destacou o diplomata chinês. “Leva-nos a crer que vamos no caminho certo, no caminho de uma agricultura cada vez mais resiliente e adaptada às mudanças climáticas, mais inteligente e voltada para o reforço da segurança alimentar e nutricional, tendo em conta que é necessário produzir mais alimentos saudáveis e colocar na mesa dos cabo-verdianos”, concluiu o ministro Gilberto Silva.
Hoje Macau China / ÁsiaReino Unido retira licença de transmissão a canal estatal chinês CGTN O Reino Unido retirou esta quinta-feira a licença de transmissão ao canal de notícias estatal chinês CGTN, após apurar que o titular não tinha controlo editorial sobre a produção, controlada antes pelo Partido Comunista da China. A CGTN (China Global Television Network), que estava disponível na televisão gratuita e paga no Reino Unido, não comentou ainda a decisão. O regulador da imprensa britânico Ofcom começou a investigar o canal depois de várias pessoas terem apresentado queixa, devido à exibição de confissões forçadas, que violam as regras de justiça e objectividade. Uma das confissões envolveu o antigo funcionário do Consulado Britânico em Hong Kong que afirma ter sido detido e torturado pela polícia chinesa à procura de informações sobre os manifestantes na antiga colónia britânica. Outro caso envolveu um investigador corporativo britânico que disse ter sido forçado a confessar durante a sua detenção na China. O regulador disse ainda ter apurado que a entidade que detinha a licença do canal, a Star China Media Limited, não tinha responsabilidade editorial pela produção da CGTN, que é um requisito para obter licenciamento. Um pedido de transferência da licença para a China Global Television Network Corporation (CGTNC) foi rejeitado porque faltavam “informações cruciais”, disse o Ofcom. “Consideramos que o CGTNC seria desqualificado de deter uma licença, já que é controlado por um órgão que é controlado pelo Partido Comunista Chinês”, justificou ainda. O regulador disse que deu à CGTN “tempo significativo” para cumprir com os requisitos. “Após cuidadosa consideração, levando em consideração todos os factos e os direitos da emissora e do público à liberdade de expressão, decidimos que é apropriado revogar a licença da CGTN para transmitir no Reino Unido”, justificou.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Equipa da OMS em Wuhan diz que lado chinês está a cooperar Um dos investigadores da Organização Mundial da Saúde (OMS) em busca de pistas sobre a origem do novo coronavírus na cidade de Wuhan, centro da China, disse hoje que o lado chinês ofereceu um alto nível de cooperação. Numa mensagem difundida via Twitter, o zoólogo Peter Daszak elogiou as reuniões de quarta-feira com a equipa do importante Instituto de Virologia de Wuhan, incluindo o vice-diretor Shi Zhengli, um virologista que trabalhou com Daszak para rastrear as origens da Síndrome Respiratória Aguda Grave, ou SARS, que teve origem na China, em 2003. “Reunião extremamente importante hoje, incluindo com o Dr. Shi Zhengli. Uma discussão franca e aberta. As principais perguntas que fizemos tiveram resposta”, escreveu Daszak. A equipa permaneceu no hotel e parecia não ter visitas programadas para hoje. Anteriormente, Daszak difundiu imagens dos jornalistas à porta do instituto. “Agradecemos à imprensa pela sua paciência e interesse em divulgar estas notícias para o mundo. O trabalho está a avançar e esperamos poder conversar sobre os resultados o mais rápido possível”, apontou. O Instituto de Virologia de Wuhan juntou muitas amostras de vírus, levando a alegações não comprovadas de que pode ter causado o surto original, através de um acidente. A China negou veementemente essa possibilidade e promoveu teorias não comprovadas de que o vírus pode ter tido origem em outro lugar. A equipa da OMS, que inclui especialistas de 10 países, visitou ainda hospitais, institutos de pesquisa e um mercado de frutos do mar ligado ao surto original. É provável que sejam precisos anos para confirmar a origem do vírus por causa da pesquisa exaustiva, incluindo amostras de animais, análises genéticas e estudos epidemiológicos. Uma possibilidade é que um caçador de animais selvagens possa ter passado o vírus para comerciantes que o carregaram para Wuhan, mas isso ainda não foi provado. Os primeiros pacientes da covid-19 foram detetados em Wuhan, no final de 2019, levando o governo a colocar a cidade de 11 milhões de habitantes sob um bloqueio de 76 dias. Desde então, a China relatou mais de 89.000 casos e 4.600 mortes.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Coreia do Norte vai receber 1,9 milhões de vacinas no primeiro semestre A Coreia do Norte vai receber 1.992.000 unidades de vacinas desenvolvidas pela AstraZeneca e Universidade de Oxford contra a covid-19 no primeiro semestre do ano através do projeto COVAX, segundo um relatório provisório divulgado na quarta-feira. O relatório divulgado pela COVAX [consórcio que pretende garantir aos países de baixo e médio rendimento acesso às vacinas contra a covid-19] avança que a Coreia do Norte vai receber vacinas desenvolvidas pela AstraZeneca e pela Universidade de Oxford e fabricadas pelo Serum Institute of India (SII). De acordo com o documento, a previsão é que entre 35 e 40% do total seja entregue no primeiro trimestre e 60-65% no segundo. O mecanismo global de fornecimento de vacinas explicou que começará a distribuir um total de 337 milhões de doses para países de baixo e médio rendimento no final de fevereiro. Os meios de propaganda norte-coreana não noticiaram hoje o anúncio da COVAX. El Rodong, principal jornal de um regime, divulgou hoje os últimos números de infeções a nível global, com reportagens separadas para os números da Europa ou da Ásia. A Coreia do Norte continua a não relatar nenhum caso de covid-19 à Organização Mundial de Saúde (OMS), de acordo com o último relatório regional da organização com sede em Genebra. De acordo com Pyongyang, nenhuma das mais de 13.200 pessoas que fizeram o teste teve resultado positivo. No entanto, e apesar de o país ter fechado as suas fronteiras, a total ausência de infeções é uma afirmação que muitos especialistas duvidam ser verdadeira. Em agosto passado, o regime publicou um decreto no qual reconhecia que muitos norte-coreanos continuaram a entrar e sair ilegalmente da China durante o início da pandemia e que dava ordens para atirar para matar qualquer um que se aproximasse das áreas de fronteira. A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.253.813 mortos resultantes de mais de 103,8 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Hoje Macau China / ÁsiaTóquio 2020 | Presidente da organização desculpa-se por comentários ofensivos sobre mulheres O presidente do comité organizador dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, Yoshiro Mori, pediu hoje desculpas públicas pelos comentários ofensivos sobre mulheres, um dia depois de o incidente ter gerado críticas e apelos à sua demissão. “Reconheço que os comentários durante a reunião com o Comité Olímpico do Japão foram contrários ao espírito olímpico. Lamento”, disse hoje Mori, de 83 anos, durante uma conferência de imprensa. Na quarta-feira, Yoshiro Mori defendeu que as mulheres têm dificuldade em ser concisas, observando que os membros femininos do órgão a que preside “sabem colocar-se no seu lugar”. As declarações do responsável máximo do comité organizador da próxima edição dos Jogos Olímpicos (JO), adiada para 2021 devido à pandemia de covid-19, foram feitas durante uma reunião com o Comité Olímpico do Japão, aberta à comunicação social e reproduzidas pelo diário Asahi Shimbun. “As reuniões dos conselhos de administração com a presença de muitas mulheres demoram demasiado tempo. Se for aumentado o número de membros femininos e o tempo de intervenção não for limitado, será mais difícil concluí-las, o que é irritante”, sustentou Mori. “As mulheres têm espírito competitivo. Se uma levanta a mão [para poder intervir], as outras sentem-se na obrigação de se exprimirem também. É por isso que todos acabaram por falar”, acrescentou. O antigo primeiro-ministro japonês (2000-2001) notou que “o comité organizador [dos Jogos Olímpicos Tóquio2020] tem sete mulheres, mas elas sabem colocar-se no seu lugar”, um comentário que motivou sorrisos entre vários responsáveis presentes na reunião. As declarações levaram a uma chuva de críticas na rede social Twitter, com apelos à demissão de Mori, acusando-o de discriminar as mulheres. Questionado sobre se tencionava abandonar o cargo, por causa da polémica, Mori recusou à partida essa possibilidade, mas acrescentou: “Se todos me disserem que estou a incomodar, então deverei pensar nisso”. O responsável máximo do comité que prepara os próximos JO na capital japonesa reiterou as desculpas perante os ofendidos com as declarações e as pessoas que fazem parte da organização, considerando que “estão a fazer tudo o que é possível” para o sucesso da competição. O Japão ocupa o 121.º lugar no mais recente relatório do Fórum Económico Mundial sobre a igualdade de género, entre 153 países, e o 131.º na proporção de mulheres em lugares de topo em empresas, política e administração pública.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Farmacêutica Sinovac solicita autorização na China para comercializar vacina A farmacêutica chinesa Sinovac solicitou à Administração Nacional de Produtos Médicos da China “autorização comercial condicional” para a sua vacina contra a covid-19, designada CoronaVac, informou hoje a empresa em comunicado. Segundo a nota, o antígeno já foi fornecido a “dezenas de milhares de pessoas na China” como parte de um programa de uso de emergência, lançado em julho passado, e que visou grupos específicos com alto risco de infeção. “Catorze dias após a vacinação das duas doses, a taxa de eficácia está de acordo com os padrões da Organização Mundial da Saúde (OMS) e as diretrizes para avaliação clínica de vacinas preventivas para a covid-19 emitidas pela Administração Nacional de Produtos Médicos”, assegurou a Sinovac. “A vacina candidata foi testada em ensaios clínicos da fase 3, realizados fora da China. Os resultados preliminares desses testes mostraram um bom perfil de segurança para a vacina”, acrescentou a empresa. Os ensaios revelaram diferentes taxas de eficácia para a vacina da Sinovac: na Turquia, os testes revelaram uma eficácia de 91,25%, na Indonésia, de 65,3%, e no Brasil de 50,4%. No mês passado, as autoridades chinesas autorizaram, pela primeira vez, o uso comercial de uma vacina contra a covid-19, desenvolvida pela farmacêutica Sinopharm e pela sua subsidiária, o Instituto de Produtos Biológicos de Pequim. A China está a executar uma campanha de vacinação que visa imunizar 50 milhões de nacionais, antes da chegada do Ano Novo lunar, em 12 de fevereiro. Desde o início da pandemia, 89.649 pessoas ficaram infectadas na China, tendo morrido 4.636 doentes. A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.253.813 mortos resultantes de mais de 103,8 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Hoje Macau China / ÁsiaMyanmar | China rejeita ter dado consentimento tácito ao golpe A China rejeitou hoje ter apoiado ou dado consentimento tácito ao golpe de Estado em Myanmar (antiga Birmânia) e reiterou que espera que todas as partes resolvam as suas diferenças e promovam a estabilidade. “Essas teorias não são verdadeiras. Desejamos que todas as partes em Myanmar possam resolver as suas diferenças e defender a estabilidade política e social”, disse Wang Wenbin, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, questionado sobre o alegado apoio de Pequim. Wang observou que a comunidade internacional “deve criar um bom ambiente externo” para que o país do sudeste asiático possa “resolver os seus conflitos de maneira apropriada”. “A China está perplexa e chocada com a fuga de um documento interno que está a ser debatido no Conselho de Segurança das Nações Unidas”, disse o porta-voz, referindo-se à publicação por órgãos de imprensa do projeto de resolução que não foi aprovado na terça-feira pelo órgão máximo da ONU, devido ao bloqueio da China e da Rússia. O projeto, promovido pelo Reino Unido, condenava o golpe e instava os militares a respeitar a lei e os Direitos Humanos e a libertar os detidos imediatamente. O ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Yi, visitou em janeiro Myanmar, onde se encontrou com o chefe militar, Min Aung Hlaing, que executou o golpe, e também com a líder de fato do Executivo, Aung San Suu Kyi, que foi presa após os militares assumirem o poder. A China reiterou desde a última segunda-feira que confia que todas as partes no Myanmar “vão resolver corretamente as suas diferenças, de acordo com a Constituição e a lei”. “Qualquer decisão da comunidade internacional deve ajudar a estabilidade política e social em Myanmar, promover uma solução pacífica e evitar mais conflitos”, enfatizou o porta-voz.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Equipa da OMS visita laboratório em Wuhan alvo de especulação Investigadores da Organização Mundial da Saúde (OMS) visitaram hoje o laboratório na cidade chinesa de Wuhan que tem sido objecto de especulação sobre a origem do novo coronavírus, sustentada pela anterior administração dos Estados Unidos. A visita da equipa da OMS ao Instituto de Virologia de Wuhan faz parte da missão para reunir dados e pistas sobre a origem e a disseminação do vírus. Jornalistas estrangeiros acompanharam a equipa até à instalação de alta segurança, mas tal como em visitas anteriores, não houve acesso direto aos investigadores, que deram poucos detalhes sobre a pesquisa em Wuhan, até à data. Guardas de segurança em uniforme e à paisana ficaram de vigia, mas não havia sinal dos trajes de proteção que os membros da equipa usaram na terça-feira, durante uma visita a um centro de pesquisa de doenças animais. O instituto, que é um dos principais laboratórios de pesquisa de vírus da China, construiu um arquivo de informações genéticas sobre coronavírus em morcegos, após o surto da Síndrome Respiratória Aguda Grave, em 2003. Isto levou a alegações de que a covid-19 pode ter vazado daquelas instalações, teoria promovida pelo anterior presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Os primeiros casos de covid-19 foram diagnosticados em Wuhan, no final de 2019. A China negou veementemente essa possibilidade. O Governo chinês promoveu teorias de que o surto pode ter começado com a importação de frutos do mar congelados contaminados com o vírus, uma ideia totalmente rejeitada por cientistas e agências internacionais. O vice-director do instituto é Shi Zhengli, um virologista que trabalhou com Peter Daszak, zoólogo na equipa da OMS, para rastrear as origens da SARS, que teve origem na China e levou ao surto de 2003. Shi publicou estudos em revistas académicas e trabalhou para refutar as teorias defendidas por Trump de que o vírus é uma arma biológica que vazou do laboratório do instituto. Depois de duas semanas em quarentena, a equipa da OMS, que inclui especialistas de 10 países, visitou hospitais, institutos de pesquisa e um mercado de frutos do mar ligado a muitos dos primeiros casos. Determinar a origem de um surto requer uma grande quantidade de pesquisas, incluindo amostras de animais, análises genéticas e estudos epidemiológicos. Uma possibilidade é que um caçador de animais selvagens tenha passado o vírus para comerciantes, que o levaram para Wuhan. A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.237.990 mortos resultantes de mais de 103,3 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Hoje Macau China / ÁsiaMyanmar | Chefe militar diz que golpe de segunda-feira era “inevitável” O chefe das Forças Armadas do Myanmar (antiga Birmânia), Min Aung Hlaing, que passou a concentrar o essencial dos poderes, considerou ontem que o golpe de Estado militar de segunda-feira era “inevitável”. “Este desfecho era inevitável para o país e foi por isso que o escolhemos”, declarou o general Min Aung Hlaing segundo a página oficial das Forças Armadas na rede social Facebook, um dia após o golpe de estado condenado pelos principais atores internacionais. As declarações do responsável militar coincidiram com um endurecimento da posição dos Estados Unidos, que hoje acusou os militares birmaneses de terem perpetrado um “golpe de estado”, implicando uma redução da ajuda norte-americana, apesar de o chefe militar continuar aparentemente a ignorar as condenações internacionais e os apelos à libertação da líder do Governo civil, Aung San Suu Kyi. “Após uma análise cuidadosa dos factos e circunstâncias, chegamos à conclusão de que Aung San Suu Kyi, a líder do partido governante em Myanmar, e Win Myint, o Presidente do Governo eleito, foram depostos num golpe” na segunda-feira, disse um oficial do Departamento de Estado norte-americano. Os Estados Unidos anunciaram também que irão limitar a ajuda pública ao Governo de Myanmar, que fica “automaticamente interrompida”. O exército prendeu na segunda-feira a chefe do Governo civil de Myanmar, Aung San Suu Kyi, o Presidente Win Myint e vários ministros e dirigentes do partido governamental, proclamando o estado de emergência e colocando no poder um grupo de generais. Os militares acusaram a comissão eleitoral de não ter sanado as “enormes irregularidades”, que segundo eles ocorreram durante as eleições legislativas de novembro, vencidas por esmagadora maioria pelo partido de Aung San Suu Kyi, a Liga Nacional para a Democracia (LND, na sigla em inglês), no poder desde 2015. Para além da interrupção da ajuda financeira a Myanmar, o Governo norte-americano fará também cortes na colaboração em diversos programas de ajuda internacional.