AL | Jurista Pedro Sena sai por vontade própria Andreia Sofia Silva - 12 Nov 2019 [dropcap]O[/dropcap] jurista Pedro Sena está de saída da Assembleia Legislativa (AL) onde desempenhava funções como assessor desde 1997. A notícia foi avançada ontem pela Rádio Macau e confirmada ao HM pelo próprio. “Vou começar na secretaria de Estado da Protecção Civil (em Portugal) já no início do mês. Esta é uma decisão minha, apareceu esta oportunidade e decidi aproveitar. 25 anos de Macau já chega”, adiantou o jurista. Questionado sobre se a sua saída tem algo a ver com o facto dos seus ex-colegas Paulo Cardinal e Paulo Taipa terem deixado a AL, Pedro Sena afastou por completo essa possibilidade. “Não tem nada a ver com a saída dos Paulos”, apontou. Recorde-se que os dois juristas saíram do hemiciclo quando Ho Iat Seng, hoje Chefe do Executivo eleito, era presidente da AL, pelo facto de os seus contratos não terem sido renovados. Desde a saída de Paulo Cardinal e Paulo Taipa que a AL contratou cinco juristas portugueses, como Paulo Henriques, a juíza desembargadora Maria José da Costa Machado, Manuel Magriço, Rosa Neves e Ana Correia, vindos do Ministério da Justiça de Portugal.
AL | Jurista Pedro Sena sai por vontade própria Andreia Sofia Silva - 12 Nov 2019 [dropcap]O[/dropcap] jurista Pedro Sena está de saída da Assembleia Legislativa (AL) onde desempenhava funções como assessor desde 1997. A notícia foi avançada ontem pela Rádio Macau e confirmada ao HM pelo próprio. “Vou começar na secretaria de Estado da Protecção Civil (em Portugal) já no início do mês. Esta é uma decisão minha, apareceu esta oportunidade e decidi aproveitar. 25 anos de Macau já chega”, adiantou o jurista. Questionado sobre se a sua saída tem algo a ver com o facto dos seus ex-colegas Paulo Cardinal e Paulo Taipa terem deixado a AL, Pedro Sena afastou por completo essa possibilidade. “Não tem nada a ver com a saída dos Paulos”, apontou. Recorde-se que os dois juristas saíram do hemiciclo quando Ho Iat Seng, hoje Chefe do Executivo eleito, era presidente da AL, pelo facto de os seus contratos não terem sido renovados. Desde a saída de Paulo Cardinal e Paulo Taipa que a AL contratou cinco juristas portugueses, como Paulo Henriques, a juíza desembargadora Maria José da Costa Machado, Manuel Magriço, Rosa Neves e Ana Correia, vindos do Ministério da Justiça de Portugal.
Polícia | Chan Meng Kam e Mak Soi Kun vão integrar comissão de fiscalização João Santos Filipe - 12 Nov 2019 Os grandes vencedores das eleições legislativas de 2013 e 2017 vão fazer parte da Comissão de Fiscalização da Disciplina das Forças e Serviços de Segurança de Macau [dropcap]C[/dropcap]han Meng Kam, membro do Conselho Executivo, e Mak Soi Kun, deputado, vão integrar a Comissão de Fiscalização da Disciplina (CFD) das Forças e Serviços de Segurança de Macau. A informação foi avançada, ontem, pela Rádio Macau e está relacionada com as alterações promovidas pelo Chefe do Executivo. As entradas avançadas ontem pela Rádio Macau fazem parte das mexidas promovidas pelo Chefe do Executivo e devem ser oficializadas “em breve”. Foi a 1 de Novembro que o Chefe do Executivo aumentou a constituição do CFD de sete para 11 membros, através da publicação de um despacho que também reforçou os poderes deste órgão de fiscalização. Chan Meng Kam e Mak Soi Kun vão assim juntar-se aos outros sete membros que já tinham sido nomeados anteriormente, como Leonel Alves, que preside à CFD e é igualmente membro do Conselho Executivo, a par de Chan Meng Kam. Além de Mak Soi Kun, fazem igualmente parte da CFD os deputados Vong Hin Fai e Tsui Wai Kwan, os gestores da Sociedade do Aeroporto Internacional de Macau Ma Iao Hang e Leong Sio Piu, o ex-deputado por Macau à Assembleia Popular Nacional e figura incontornável da União Geral das Associações dos Moradores de Macau, Ho Iong Meng, e a presidente da Associação Geral das Mulheres de Macau, Chio Ngan Ieng. Fujian e Kong Mun Chan Meng Kam foi o vencedor das eleições legislativas em 2013, quando a sua lista surpreendeu e elegeu três deputados. O empresário ligado à área do jogo, que detém os casinos com a marca Dragon, assim como uma cadeia de electrodomésticos fez fortuna em Macau na importação e exportação de produtos. Localmente, Chan Meng Kam sempre foi visto como um dos líderes da comunidade natural de de Fujian, de onde proveio muito do apoio eleitoral nas legislativas. Em 2017, decidiu abandonar a Assembleia Legislativa mas apoiou duas listas, com os deputados com quem tinha sido eleito em 2013, ou seja as listas lideradas por Si Ka Lon e Song Pek Kei. Ambos acabaram eleitos. Por sua vez, Mak Soi Kun nasceu em Macau e fez fortuna no sector da construção civil. É tido como um dos líderes da comunidade imigrante, e já naturalizada, da zona de Kong Mun, também conhecida como Jiangmen, em mandarim. A lista liderada pelo deputado foi a vencedora nas últimas eleições e conseguiu igualmente eleger, tal como tinha acontecido em 2013, o empresário Zheng Anting. A CFD foi criada em 2005, como órgão de controlo externo da actividade das forças e serviços de segurança. Este ano, obteve um reforço das suas competências com o poder de fazer averiguações sumárias, ou seja, poderá desenvolver investigações por sua iniciativa.
Polícia | Chan Meng Kam e Mak Soi Kun vão integrar comissão de fiscalização João Santos Filipe - 12 Nov 2019 Os grandes vencedores das eleições legislativas de 2013 e 2017 vão fazer parte da Comissão de Fiscalização da Disciplina das Forças e Serviços de Segurança de Macau [dropcap]C[/dropcap]han Meng Kam, membro do Conselho Executivo, e Mak Soi Kun, deputado, vão integrar a Comissão de Fiscalização da Disciplina (CFD) das Forças e Serviços de Segurança de Macau. A informação foi avançada, ontem, pela Rádio Macau e está relacionada com as alterações promovidas pelo Chefe do Executivo. As entradas avançadas ontem pela Rádio Macau fazem parte das mexidas promovidas pelo Chefe do Executivo e devem ser oficializadas “em breve”. Foi a 1 de Novembro que o Chefe do Executivo aumentou a constituição do CFD de sete para 11 membros, através da publicação de um despacho que também reforçou os poderes deste órgão de fiscalização. Chan Meng Kam e Mak Soi Kun vão assim juntar-se aos outros sete membros que já tinham sido nomeados anteriormente, como Leonel Alves, que preside à CFD e é igualmente membro do Conselho Executivo, a par de Chan Meng Kam. Além de Mak Soi Kun, fazem igualmente parte da CFD os deputados Vong Hin Fai e Tsui Wai Kwan, os gestores da Sociedade do Aeroporto Internacional de Macau Ma Iao Hang e Leong Sio Piu, o ex-deputado por Macau à Assembleia Popular Nacional e figura incontornável da União Geral das Associações dos Moradores de Macau, Ho Iong Meng, e a presidente da Associação Geral das Mulheres de Macau, Chio Ngan Ieng. Fujian e Kong Mun Chan Meng Kam foi o vencedor das eleições legislativas em 2013, quando a sua lista surpreendeu e elegeu três deputados. O empresário ligado à área do jogo, que detém os casinos com a marca Dragon, assim como uma cadeia de electrodomésticos fez fortuna em Macau na importação e exportação de produtos. Localmente, Chan Meng Kam sempre foi visto como um dos líderes da comunidade natural de de Fujian, de onde proveio muito do apoio eleitoral nas legislativas. Em 2017, decidiu abandonar a Assembleia Legislativa mas apoiou duas listas, com os deputados com quem tinha sido eleito em 2013, ou seja as listas lideradas por Si Ka Lon e Song Pek Kei. Ambos acabaram eleitos. Por sua vez, Mak Soi Kun nasceu em Macau e fez fortuna no sector da construção civil. É tido como um dos líderes da comunidade imigrante, e já naturalizada, da zona de Kong Mun, também conhecida como Jiangmen, em mandarim. A lista liderada pelo deputado foi a vencedora nas últimas eleições e conseguiu igualmente eleger, tal como tinha acontecido em 2013, o empresário Zheng Anting. A CFD foi criada em 2005, como órgão de controlo externo da actividade das forças e serviços de segurança. Este ano, obteve um reforço das suas competências com o poder de fazer averiguações sumárias, ou seja, poderá desenvolver investigações por sua iniciativa.
Multas | Deputados questionam aumento de valores Hoje Macau - 12 Nov 2019 [dropcap]A[/dropcap] proposta de Lei do Controlo Sanitário Animal, que tem como objectivo evitar, minimizar e combater as epidemias entre animais, prevê multas que vão das 5000 patacas às 20 mil patacas. No entanto, segundo a Rádio Macau, os deputados da Primeira Comissão Permanente, presidida por Ho Ion Sang, que está a discutir o diploma na especialidade, questionaram o aumento. “Em primeiro lugar vamos ouvir a explicação do Governo. Há três anos a multa era de 500 patacas, mas agora aumentou e portanto só depois da explicação do Governo é que a comissão pode tomar uma decisão”, disse Ho Ion Sang, no final do encontro, citado pela Rádio Macau. No diploma em causa, um dos assuntos mais discutidos na generalidade foi a possibilidade de ser paga uma compensação aos donos de animais, quando houver abates, tal como acontece em Hong Kong e Taiwan. O assunto ainda não foi discutido em sede de comissão, mas o facto de ser criado um regime para responsabilizar empresas colectivas também gerou confusão entre os legisladores. “Vamos pedir ao Governo para explicar em que situações as pessoas colectivas vão ser punidas administrativamente. Será que se as pessoas colectivas forem punidas, a responsabilidade das pessoas singulares é afastada?”, questionou Ho, na reunião de ontem.
Multas | Deputados questionam aumento de valores Hoje Macau - 12 Nov 2019 [dropcap]A[/dropcap] proposta de Lei do Controlo Sanitário Animal, que tem como objectivo evitar, minimizar e combater as epidemias entre animais, prevê multas que vão das 5000 patacas às 20 mil patacas. No entanto, segundo a Rádio Macau, os deputados da Primeira Comissão Permanente, presidida por Ho Ion Sang, que está a discutir o diploma na especialidade, questionaram o aumento. “Em primeiro lugar vamos ouvir a explicação do Governo. Há três anos a multa era de 500 patacas, mas agora aumentou e portanto só depois da explicação do Governo é que a comissão pode tomar uma decisão”, disse Ho Ion Sang, no final do encontro, citado pela Rádio Macau. No diploma em causa, um dos assuntos mais discutidos na generalidade foi a possibilidade de ser paga uma compensação aos donos de animais, quando houver abates, tal como acontece em Hong Kong e Taiwan. O assunto ainda não foi discutido em sede de comissão, mas o facto de ser criado um regime para responsabilizar empresas colectivas também gerou confusão entre os legisladores. “Vamos pedir ao Governo para explicar em que situações as pessoas colectivas vão ser punidas administrativamente. Será que se as pessoas colectivas forem punidas, a responsabilidade das pessoas singulares é afastada?”, questionou Ho, na reunião de ontem.
Cartas de condução | Governo não esclarece dúvidas de Ng Kuok Cheong Hoje Macau - 12 Nov 2019 O reconhecimento mútuo de cartas de condução com o Interior da China continua a ser um tema nebuloso, desta vez porque o Governo pouco ou nada adiantou em resposta à interpelação escrita de Ng Kuok Cheong, que levantou uma série de preocupações. Ao HM, o deputado defende que a implementação da medida deve ser suspensa de imediato [dropcap]É[/dropcap] mais uma mão cheia de nada. “O Governo da RAEM (…) não tem de momento novas informações a acrescentar”, pode ler-se em resposta a uma das questões colocadas pelo deputado Ng Kuok Cheong na sua interpelação escrita enviada a 1 de Julho de 2019, acerca do reconhecimento mútuo de cartas de condução com o Interior da China. Ao HM, o deputado refere que a resposta da Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT) é “muito vaga”. Na altura, o deputado à Assembleia Legislativa interpelou a DSAT acerca da sua posição sobre uma implementação concertada, ao invés de um modelo de equivalência puro e duro. “O Governo da RAEM deve esclarecer o público sobre a sua posição, especialmente se vai exigir de forma firme, que no acordo não se adopte, cegamente, um modelo de equivalência, mas uma política de complementaridade de vantagens na cooperação regional, reconhecida pelo Governo Central. Vai fazê-lo agora?”, pode ler-se na interpelação escrita de Ng Kuok Cheong. Em causa estão as preocupações com questões de segurança e sobre a diminuta capacidade de espaço da RAEM para receber veículos de fora, demonstradas também publicamente em Março deste ano, numa manifestação organizada pela Iniciativa para o Desenvolvimento Comunitário e pela Associação Novo Macau, que juntou mais de 500 pessoas no jardim Vasco da Gama e onde se exigiram medidas como o maior controlo de condutores chineses através de formação e realização de exames de condução. Sobre este ponto, o deputado questionou igualmente o Governo, não só sobre as vantagens da obtenção de licença para conduzir no Interior da China como veículo facilitador de integração na região da Grande Baía, mas também acerca das características e restrições da RAEM, enquanto “cidade pequena com muitos veículos e congestionamentos”, que necessita de se concentrar na optimização dos transportes públicos. Pára tudo O deputado Ng Kuok Cheong defendeu ainda que o Governo deve parar imediatamente o trabalho de implementação medida, dado que o reconhecimento mútuo irá causar muitos problemas a Macau, não só de trânsito, mas também sociais. “Parar o trabalho não significa que Macau está contra a China, mas sim que está alinhado com plano da Grande Baía”, frisou o deputado, salientando as seis novas medidas anunciadas pelo Ministério de Segurança Pública da China, que entraram em vigor no dia 20 de Setembro. Do lado da DSAT, o organismo refere na resposta enviada, apenas que “O Governo da RAEM teve um diálogo profundo com os serviços competentes do Interior da China durante a discussão sobre o acordo supramencionado”. Sobre a questão das limitações de espaço, o Governo refere que nos últimos anos investiu “um grande volume de recursos para a melhoria do serviço de autocarros”. Recorde-se que no final de Outubro, Chiang Ngoc Vai, subdirector da DSAT, explicou que a medida do reconhecimento mútuo não deverá entrar em vigor até ao final do ano porque ainda se encontra a ser alvo de análise. P.A.
Cartas de condução | Governo não esclarece dúvidas de Ng Kuok Cheong Hoje Macau - 12 Nov 2019 O reconhecimento mútuo de cartas de condução com o Interior da China continua a ser um tema nebuloso, desta vez porque o Governo pouco ou nada adiantou em resposta à interpelação escrita de Ng Kuok Cheong, que levantou uma série de preocupações. Ao HM, o deputado defende que a implementação da medida deve ser suspensa de imediato [dropcap]É[/dropcap] mais uma mão cheia de nada. “O Governo da RAEM (…) não tem de momento novas informações a acrescentar”, pode ler-se em resposta a uma das questões colocadas pelo deputado Ng Kuok Cheong na sua interpelação escrita enviada a 1 de Julho de 2019, acerca do reconhecimento mútuo de cartas de condução com o Interior da China. Ao HM, o deputado refere que a resposta da Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT) é “muito vaga”. Na altura, o deputado à Assembleia Legislativa interpelou a DSAT acerca da sua posição sobre uma implementação concertada, ao invés de um modelo de equivalência puro e duro. “O Governo da RAEM deve esclarecer o público sobre a sua posição, especialmente se vai exigir de forma firme, que no acordo não se adopte, cegamente, um modelo de equivalência, mas uma política de complementaridade de vantagens na cooperação regional, reconhecida pelo Governo Central. Vai fazê-lo agora?”, pode ler-se na interpelação escrita de Ng Kuok Cheong. Em causa estão as preocupações com questões de segurança e sobre a diminuta capacidade de espaço da RAEM para receber veículos de fora, demonstradas também publicamente em Março deste ano, numa manifestação organizada pela Iniciativa para o Desenvolvimento Comunitário e pela Associação Novo Macau, que juntou mais de 500 pessoas no jardim Vasco da Gama e onde se exigiram medidas como o maior controlo de condutores chineses através de formação e realização de exames de condução. Sobre este ponto, o deputado questionou igualmente o Governo, não só sobre as vantagens da obtenção de licença para conduzir no Interior da China como veículo facilitador de integração na região da Grande Baía, mas também acerca das características e restrições da RAEM, enquanto “cidade pequena com muitos veículos e congestionamentos”, que necessita de se concentrar na optimização dos transportes públicos. Pára tudo O deputado Ng Kuok Cheong defendeu ainda que o Governo deve parar imediatamente o trabalho de implementação medida, dado que o reconhecimento mútuo irá causar muitos problemas a Macau, não só de trânsito, mas também sociais. “Parar o trabalho não significa que Macau está contra a China, mas sim que está alinhado com plano da Grande Baía”, frisou o deputado, salientando as seis novas medidas anunciadas pelo Ministério de Segurança Pública da China, que entraram em vigor no dia 20 de Setembro. Do lado da DSAT, o organismo refere na resposta enviada, apenas que “O Governo da RAEM teve um diálogo profundo com os serviços competentes do Interior da China durante a discussão sobre o acordo supramencionado”. Sobre a questão das limitações de espaço, o Governo refere que nos últimos anos investiu “um grande volume de recursos para a melhoria do serviço de autocarros”. Recorde-se que no final de Outubro, Chiang Ngoc Vai, subdirector da DSAT, explicou que a medida do reconhecimento mútuo não deverá entrar em vigor até ao final do ano porque ainda se encontra a ser alvo de análise. P.A.
Novo Governo | Ip Son Sang, o senhor que se segue na presidência do TUI? Andreia Sofia Silva - 12 Nov 2019 Sam Hou Fai pode estar de saída da presidência do Tribunal de Última Instância, cargo que ocupou nos últimos anos, uma longevidade que gerou críticas. Para o seu lugar deverá ser escolhido Ip Son Sang, actual procurador da RAEM que foi substituir Ho Chio Meng, condenado por corrupção. O advogado João Miguel Barros elogia Ip Son Sang mas refere que há ainda muito a mudar nos tribunais. Álvaro Rodrigues, também advogado, assegura que ainda não é desta que Sam Hou Fai deixa o cargo [dropcap]É[/dropcap] um rosto que está na presidência do Tribunal de Última Instância (TUI) desde a transferência de soberania do território, uma vez que foi nomeado a 20 de Dezembro de 1999. Sam Hou Fai pode estar de saída da presidência do TUI e ser substituído por Ip Son Sang, actual Procurador do Ministério Público (MP) da RAEM. Para o lugar de Ip Son Sang deverá ser escolhido Chan Tsz King, procurador-adjunto do MP. A informação foi avançada este domingo pela TDM Rádio Macau e poderá confirmar-se nos próximos dias, quando o novo elenco governativo for anunciado. Contactado pelo HM, o advogado João Miguel Barros destaca o profissionalismo de Ip Son Sang. “Tenho uma boa opinião do actual Procurador. Acho que é um homem sério e um bom jurista. Vejo com bons olhos essa mudança.” Mesmo que Sam Hou Fai venha a sair, João Miguel Barros lamenta que a revisão da lei de bases da organização judiciária não tenha ido mais além no que diz respeito a uma reforma do próprio TUI. “O problema de fundo mantém-se, que é termos o TUI com três juízes e com uma competência muito restrita e limitada, não apreciando mais casos. Perdemos uma grande oportunidade em não ter feito uma reforma profunda a nível do sistema de organização judiciária. Tenho pena que em Macau se tenha sido tão conservador.” Para João Miguel Barros, “o facto de haver juízes que estão há muito tempo no mesmo lugar (faz com que) a jurisprudência comece a ficar crispada. Começa a não haver uma dinâmica jurisprudencial em Macau que permita até acompanhar a evolução da sociedade. Isso é um problema maior do que as pessoas”, assegurou. “Há um grande problema em Macau na composição dos tribunais superiores e do modo como eles têm a jurisprudência firmada ao longo de muitos anos, e as coisas não mudam”. Neste sentido, a possível entrada de Ip Son Sang para a presidência pode significar que “que existam alterações jurisprudenciais, porque com novas pessoas há diferentes entendimentos”, adiantou João Miguel Barros. Questionado sobre a possível saída de Sam Hou Fai, Álvaro Rodrigues, advogado e membro da direcção da Associação dos Advogados de Macau (AAM), negou essa possibilidade. “Não, ele não vai sair. Não creio que isso irá acontecer. O doutor Sam Hou Fai está a fazer um óptimo trabalho e ainda não está na idade da reforma. Tem 57 anos, vai sair para onde? Não vai reformar-se, que eu saiba não tem nenhum problema de saúde ou pessoal que o leve a abandonar o cargo, não creio.” Sobre a longevidade da permanência na presidência do TUI, Álvaro Rodrigues defende que “essa é uma outra questão”. “Há pessoas que acham que o cargo não deve ser vitalício, e também concordo. Mas não vejo a possibilidade de ele vir a ser substituído agora”, frisou. De recordar que foi o próprio presidente da AAM que questionou a prolongada permanência de Sam Hou Fai neste cargo. “Já toda a gente nos altos cargos foi substituída: os secretários, o comissário contra a corrupção, o comissário de auditoria, o Chefe do Executivo, todos! O presidente do Tribunal de Última Instância é insubstituível”, criticou Neto Valente, em entrevista à Rádio Macau concedida o ano passado. Nascido em 1962 na China, Sam Hou Fai começou por licenciar-se em Direito pela Universidade de Pequim, tendo depois feito os cursos de Direito e de Língua e Cultura Portuguesa da Universidade de Coimbra, Portugal, e o Curso de Introdução ao Direito, da Universidade de Macau, assim como o primeiro Curso de Formação de Magistrados e o respectivo Curso de Reciclagem, do Centro de Formação de Magistrados de Macau. Tendo exercido advocacia no Continente, regressou a Macau em 1993 após estudos em Portugal e, em 1995, passou a integrar o primeiro grupo de auditores judiciais de Macau enquanto trabalhava nos tribunais e no Ministério Público. Em 1997, assumiu o cargo de juiz no Tribunal de Competência Genérica e, em seguida, foi eleito membro do Conselho Judiciário. Já Ip Son Sang assumiu o cargo de Procurador da RAEM aquando do afastamento de Ho Chio Meng, em 2016, quando este foi detido preventivamente acusado de vários crimes de corrupção. Ho Chio Meng foi Procurador da RAEM entre 1999 e 2014, tendo sido condenado a 21 anos de prisão. O julgamento de Ho Chio Meng, no TUI, começou a 9 de Dezembro de 2016, depois de a primeira audiência ter sido adiada na sequência de um requerimento apresentado pela defesa do ex-procurador que pedia o afastamento de Sam Hou Fai do processo, um pedido recusado pelo tribunal. Um “excelente jurista” Ainda na área da justiça, o jornal All About Macau avançou que Sónia Chan, secretária para a Administração e Justiça, poderá ser substituída por André Cheong, actual comissário do Comissariado contra a Corrupção (CCAC) e ex-director dos Serviços para os Assuntos de Justiça (DSAJ). Para João Miguel Barros, esta é também uma boa escolha. “André Cheong é um excelente jurista. Não conhecia a doutora Sónia Chan, ela vai embora e eu continuo a não conhecê-la. É uma pessoa muito discreta e muito burocrata no exercício do seu cargo político. Não sei se será assim o doutor André Cheong.” Além das mudanças de nomes, o advogado alerta para a fase de mudança que vive Macau no que diz respeito à manutenção do seu Direito específico e ao conceito “Um País, Dois Sistemas”. “Em Macau estamos numa fase de ajustamento e temos de perceber qual vai ser a evolução política e o que prevalece, se são os direitos fundamentais do segundo sistema ou se são os direitos do primeiro sistema. Há aí muitas incógnitas, independentemente do nome das pessoas.” Também Álvaro Rodrigues elogia o percurso de André Cheong. “É uma excelente escolha, em primeiro lugar porque é um excelente jurista e em segundo porque foi director da DSAJ, conhecendo bem essa área, apontou. De acordo com a TDM Rádio Macau, André Cheong deverá ser substituído pelo seu número dois no CCAC, Hoi Lai-fong. Ho Veng On: será suficiente? Outra mudança de peso passa pela possibilidade do actual secretário para a Economia e Finanças, Lionel Leong, vir a ser substituído pelo comissário do Comissariado de Auditoria (CA), Ho Veng On. Contudo, para o economista Albano Martins, a sua vasta experiência a analisar as contas públicas da RAEM ou a investigar casos mais específicos de gastos públicos pode não ser suficiente para assumir a pasta da economia, numa altura em que Macau se prepara para novos posicionamentos. “Em princípio, quem está no CA tem uma boa visão das questões da economia, mas não conheço essa faceta de Ho Veng On e não posso dizer exactamente se é ou não uma boa escolha. A melhor escolha para essa área será alguém com conhecimento suficiente do tecido económico”, começou por dizer. Ho Veng On “tem uma formação razoável na maneira como a Função Pública funciona”, mas “se tem coordenação ou capacidade para ir um pouco mais além, e responder a esta fase em que se estão a discutir as concessões de jogo, e com o problema da economia de Macau, é essa a questão”. “Não sei qual é a competência dele nessa área, não basta ter formação económica”, frisou o economista português. A lista avançada pelo All About Macau e pela TDM Rádio Macau fala da manutenção de nomes como o de Wong Sio Chak, na pasta da segurança, e de Raimundo do Rosário na pasta dos Transportes e Obras Públicas. João Miguel Barros destaca de forma positiva a permanência deste último nome. “Penso que a manutenção do nome do engenheiro Raimundo do Rosário é positivo, é um homem muito pragmático e tem uma grande vontade de fazer coisas e tem uma frontalidade muito grande. Saúda-se a sua continuação no cargo e será uma decisão muito boa do novo Chefe do Executivo, a confirmar-se”, rematou o advogado. Contactada pelo HM, a deputada Agnes Lam escusou-se a comentar os possíveis nomes para o novo elenco governativo. “Há vários nomes que têm vindo a ser avançados na última semana, há diferentes listas, e não sei qual é a lista que se confirma. Gostaria que continuassem (Wong Sio Chak e Raimundo do Rosário), mas não posso dizer muito mais, não posso comentar sobre uma pessoa em particular, não estou familiarizada com todos os nomes que estão a ser avançados”, rematou. Para substituir Alexis Tam na tutela dos Assuntos Sociais e Cultura está Au Ieong U, actual directora dos Serviços de Identificação. O actual vice-presidente do Instituto para os Assuntos Municipais, Lei Wai Nong, deverá subir ao cargo de comissário do CA. Estão também previstas alterações nos Serviços de Alfândega e nos Serviços de Polícia Unitários. Wong Man Chong, actual subdirector, vai dirigir os Serviços de Alfândega, enquanto o comandante do CPSP, Leong Man Cheong, vai liderar os Serviços de Polícia Unitários. A composição do Conselho Executivo também deverá ser alvo de mudanças.
Novo Governo | Ip Son Sang, o senhor que se segue na presidência do TUI? Andreia Sofia Silva - 12 Nov 2019 Sam Hou Fai pode estar de saída da presidência do Tribunal de Última Instância, cargo que ocupou nos últimos anos, uma longevidade que gerou críticas. Para o seu lugar deverá ser escolhido Ip Son Sang, actual procurador da RAEM que foi substituir Ho Chio Meng, condenado por corrupção. O advogado João Miguel Barros elogia Ip Son Sang mas refere que há ainda muito a mudar nos tribunais. Álvaro Rodrigues, também advogado, assegura que ainda não é desta que Sam Hou Fai deixa o cargo [dropcap]É[/dropcap] um rosto que está na presidência do Tribunal de Última Instância (TUI) desde a transferência de soberania do território, uma vez que foi nomeado a 20 de Dezembro de 1999. Sam Hou Fai pode estar de saída da presidência do TUI e ser substituído por Ip Son Sang, actual Procurador do Ministério Público (MP) da RAEM. Para o lugar de Ip Son Sang deverá ser escolhido Chan Tsz King, procurador-adjunto do MP. A informação foi avançada este domingo pela TDM Rádio Macau e poderá confirmar-se nos próximos dias, quando o novo elenco governativo for anunciado. Contactado pelo HM, o advogado João Miguel Barros destaca o profissionalismo de Ip Son Sang. “Tenho uma boa opinião do actual Procurador. Acho que é um homem sério e um bom jurista. Vejo com bons olhos essa mudança.” Mesmo que Sam Hou Fai venha a sair, João Miguel Barros lamenta que a revisão da lei de bases da organização judiciária não tenha ido mais além no que diz respeito a uma reforma do próprio TUI. “O problema de fundo mantém-se, que é termos o TUI com três juízes e com uma competência muito restrita e limitada, não apreciando mais casos. Perdemos uma grande oportunidade em não ter feito uma reforma profunda a nível do sistema de organização judiciária. Tenho pena que em Macau se tenha sido tão conservador.” Para João Miguel Barros, “o facto de haver juízes que estão há muito tempo no mesmo lugar (faz com que) a jurisprudência comece a ficar crispada. Começa a não haver uma dinâmica jurisprudencial em Macau que permita até acompanhar a evolução da sociedade. Isso é um problema maior do que as pessoas”, assegurou. “Há um grande problema em Macau na composição dos tribunais superiores e do modo como eles têm a jurisprudência firmada ao longo de muitos anos, e as coisas não mudam”. Neste sentido, a possível entrada de Ip Son Sang para a presidência pode significar que “que existam alterações jurisprudenciais, porque com novas pessoas há diferentes entendimentos”, adiantou João Miguel Barros. Questionado sobre a possível saída de Sam Hou Fai, Álvaro Rodrigues, advogado e membro da direcção da Associação dos Advogados de Macau (AAM), negou essa possibilidade. “Não, ele não vai sair. Não creio que isso irá acontecer. O doutor Sam Hou Fai está a fazer um óptimo trabalho e ainda não está na idade da reforma. Tem 57 anos, vai sair para onde? Não vai reformar-se, que eu saiba não tem nenhum problema de saúde ou pessoal que o leve a abandonar o cargo, não creio.” Sobre a longevidade da permanência na presidência do TUI, Álvaro Rodrigues defende que “essa é uma outra questão”. “Há pessoas que acham que o cargo não deve ser vitalício, e também concordo. Mas não vejo a possibilidade de ele vir a ser substituído agora”, frisou. De recordar que foi o próprio presidente da AAM que questionou a prolongada permanência de Sam Hou Fai neste cargo. “Já toda a gente nos altos cargos foi substituída: os secretários, o comissário contra a corrupção, o comissário de auditoria, o Chefe do Executivo, todos! O presidente do Tribunal de Última Instância é insubstituível”, criticou Neto Valente, em entrevista à Rádio Macau concedida o ano passado. Nascido em 1962 na China, Sam Hou Fai começou por licenciar-se em Direito pela Universidade de Pequim, tendo depois feito os cursos de Direito e de Língua e Cultura Portuguesa da Universidade de Coimbra, Portugal, e o Curso de Introdução ao Direito, da Universidade de Macau, assim como o primeiro Curso de Formação de Magistrados e o respectivo Curso de Reciclagem, do Centro de Formação de Magistrados de Macau. Tendo exercido advocacia no Continente, regressou a Macau em 1993 após estudos em Portugal e, em 1995, passou a integrar o primeiro grupo de auditores judiciais de Macau enquanto trabalhava nos tribunais e no Ministério Público. Em 1997, assumiu o cargo de juiz no Tribunal de Competência Genérica e, em seguida, foi eleito membro do Conselho Judiciário. Já Ip Son Sang assumiu o cargo de Procurador da RAEM aquando do afastamento de Ho Chio Meng, em 2016, quando este foi detido preventivamente acusado de vários crimes de corrupção. Ho Chio Meng foi Procurador da RAEM entre 1999 e 2014, tendo sido condenado a 21 anos de prisão. O julgamento de Ho Chio Meng, no TUI, começou a 9 de Dezembro de 2016, depois de a primeira audiência ter sido adiada na sequência de um requerimento apresentado pela defesa do ex-procurador que pedia o afastamento de Sam Hou Fai do processo, um pedido recusado pelo tribunal. Um “excelente jurista” Ainda na área da justiça, o jornal All About Macau avançou que Sónia Chan, secretária para a Administração e Justiça, poderá ser substituída por André Cheong, actual comissário do Comissariado contra a Corrupção (CCAC) e ex-director dos Serviços para os Assuntos de Justiça (DSAJ). Para João Miguel Barros, esta é também uma boa escolha. “André Cheong é um excelente jurista. Não conhecia a doutora Sónia Chan, ela vai embora e eu continuo a não conhecê-la. É uma pessoa muito discreta e muito burocrata no exercício do seu cargo político. Não sei se será assim o doutor André Cheong.” Além das mudanças de nomes, o advogado alerta para a fase de mudança que vive Macau no que diz respeito à manutenção do seu Direito específico e ao conceito “Um País, Dois Sistemas”. “Em Macau estamos numa fase de ajustamento e temos de perceber qual vai ser a evolução política e o que prevalece, se são os direitos fundamentais do segundo sistema ou se são os direitos do primeiro sistema. Há aí muitas incógnitas, independentemente do nome das pessoas.” Também Álvaro Rodrigues elogia o percurso de André Cheong. “É uma excelente escolha, em primeiro lugar porque é um excelente jurista e em segundo porque foi director da DSAJ, conhecendo bem essa área, apontou. De acordo com a TDM Rádio Macau, André Cheong deverá ser substituído pelo seu número dois no CCAC, Hoi Lai-fong. Ho Veng On: será suficiente? Outra mudança de peso passa pela possibilidade do actual secretário para a Economia e Finanças, Lionel Leong, vir a ser substituído pelo comissário do Comissariado de Auditoria (CA), Ho Veng On. Contudo, para o economista Albano Martins, a sua vasta experiência a analisar as contas públicas da RAEM ou a investigar casos mais específicos de gastos públicos pode não ser suficiente para assumir a pasta da economia, numa altura em que Macau se prepara para novos posicionamentos. “Em princípio, quem está no CA tem uma boa visão das questões da economia, mas não conheço essa faceta de Ho Veng On e não posso dizer exactamente se é ou não uma boa escolha. A melhor escolha para essa área será alguém com conhecimento suficiente do tecido económico”, começou por dizer. Ho Veng On “tem uma formação razoável na maneira como a Função Pública funciona”, mas “se tem coordenação ou capacidade para ir um pouco mais além, e responder a esta fase em que se estão a discutir as concessões de jogo, e com o problema da economia de Macau, é essa a questão”. “Não sei qual é a competência dele nessa área, não basta ter formação económica”, frisou o economista português. A lista avançada pelo All About Macau e pela TDM Rádio Macau fala da manutenção de nomes como o de Wong Sio Chak, na pasta da segurança, e de Raimundo do Rosário na pasta dos Transportes e Obras Públicas. João Miguel Barros destaca de forma positiva a permanência deste último nome. “Penso que a manutenção do nome do engenheiro Raimundo do Rosário é positivo, é um homem muito pragmático e tem uma grande vontade de fazer coisas e tem uma frontalidade muito grande. Saúda-se a sua continuação no cargo e será uma decisão muito boa do novo Chefe do Executivo, a confirmar-se”, rematou o advogado. Contactada pelo HM, a deputada Agnes Lam escusou-se a comentar os possíveis nomes para o novo elenco governativo. “Há vários nomes que têm vindo a ser avançados na última semana, há diferentes listas, e não sei qual é a lista que se confirma. Gostaria que continuassem (Wong Sio Chak e Raimundo do Rosário), mas não posso dizer muito mais, não posso comentar sobre uma pessoa em particular, não estou familiarizada com todos os nomes que estão a ser avançados”, rematou. Para substituir Alexis Tam na tutela dos Assuntos Sociais e Cultura está Au Ieong U, actual directora dos Serviços de Identificação. O actual vice-presidente do Instituto para os Assuntos Municipais, Lei Wai Nong, deverá subir ao cargo de comissário do CA. Estão também previstas alterações nos Serviços de Alfândega e nos Serviços de Polícia Unitários. Wong Man Chong, actual subdirector, vai dirigir os Serviços de Alfândega, enquanto o comandante do CPSP, Leong Man Cheong, vai liderar os Serviços de Polícia Unitários. A composição do Conselho Executivo também deverá ser alvo de mudanças.
Chui Sai On na AL | Larry So espera debate sobre transportes e habitação Andreia Sofia Silva - 11 Nov 2019 [dropcap]O[/dropcap] Chefe do Executivo, Chui Sai On, desloca-se amanha à Assembleia Legislativa (AL) naquele que será o último debate com os deputados na qualidade de governante máximo da RAEM. O analista político Larry So adiantou ao HM que não espera grandes novidades do discurso de Chui Sai On, mas acredita que os deputados vão abordar temas relacionados com a falta de habitação pública e a rede de transportes. “A sociedade espera que seja abordado o problema da habitação, porque neste mandato não existem novas casas públicas a ser construídas e as pessoas estão em lista de espera há muito tempo. O Chefe do Executivo está no cargo há dez anos e estamos ainda a enfrentar os mesmos problemas, relacionados com o facto de não existir habitação pública suficiente e de os preços dos imóveis não pararem de subir.” No que diz respeito aos transportes, o analista político relembra que a população “esperava mais nesta área”. “Há a questão dos contratos dos autocarros e também do Metro Ligeiro. Temos sérios problemas que não foram resolvidos nos últimos dez anos, sobretudo se olharmos para a área dos transportes”, adiantou. No que diz respeito ao discurso do Chefe do Executivo, Larry So acredita que será virado para o futuro da RAEM que, a médio prazo, será liderado por Ho Iat Seng, Chefe do Executivo eleito a 25 de Agosto. “Ele (Chui Sai On) não irá apresentar nada de novo em termos de políticas porque ele está quase no fim do seu mandato. Penso que vai falar um pouco sobre aquilo que foi feito nos últimos dez anos e vai encorajar mais os jovens e os residentes a integrarem-se no projecto da Grande Baía”, frisou Larry So. O Chefe do Executivo apresenta esta terça-feira, 12, a partir das 15h00, o balanço do trabalho do Governo referente ao ano económico de 2019, bem como a preparação do Orçamento para o ano económico de 2020. Segue-se a realização de uma conferencia de imprensa na sede do Governo.
Chui Sai On na AL | Larry So espera debate sobre transportes e habitação Andreia Sofia Silva - 11 Nov 2019 [dropcap]O[/dropcap] Chefe do Executivo, Chui Sai On, desloca-se amanha à Assembleia Legislativa (AL) naquele que será o último debate com os deputados na qualidade de governante máximo da RAEM. O analista político Larry So adiantou ao HM que não espera grandes novidades do discurso de Chui Sai On, mas acredita que os deputados vão abordar temas relacionados com a falta de habitação pública e a rede de transportes. “A sociedade espera que seja abordado o problema da habitação, porque neste mandato não existem novas casas públicas a ser construídas e as pessoas estão em lista de espera há muito tempo. O Chefe do Executivo está no cargo há dez anos e estamos ainda a enfrentar os mesmos problemas, relacionados com o facto de não existir habitação pública suficiente e de os preços dos imóveis não pararem de subir.” No que diz respeito aos transportes, o analista político relembra que a população “esperava mais nesta área”. “Há a questão dos contratos dos autocarros e também do Metro Ligeiro. Temos sérios problemas que não foram resolvidos nos últimos dez anos, sobretudo se olharmos para a área dos transportes”, adiantou. No que diz respeito ao discurso do Chefe do Executivo, Larry So acredita que será virado para o futuro da RAEM que, a médio prazo, será liderado por Ho Iat Seng, Chefe do Executivo eleito a 25 de Agosto. “Ele (Chui Sai On) não irá apresentar nada de novo em termos de políticas porque ele está quase no fim do seu mandato. Penso que vai falar um pouco sobre aquilo que foi feito nos últimos dez anos e vai encorajar mais os jovens e os residentes a integrarem-se no projecto da Grande Baía”, frisou Larry So. O Chefe do Executivo apresenta esta terça-feira, 12, a partir das 15h00, o balanço do trabalho do Governo referente ao ano económico de 2019, bem como a preparação do Orçamento para o ano económico de 2020. Segue-se a realização de uma conferencia de imprensa na sede do Governo.
Hong Kong | Violência alastra, lançado fogo a homem durante discussão Hoje Macau - 11 Nov 2019 [dropcap]U[/dropcap]m homem ficou hoje em estado crítico, depois de ter sido regado com um líquido inflamável e incendiado, durante uma discussão em Hong Kong, em mais um episódio de violência registado esta manhã, foi noticiado. A polícia confirmou já o conteúdo de um vídeo publicado nas redes sociais que dá conta de uma discussão numa ponte pedonal em Ma On Shan, pouco antes das 13:00. No vídeo é possível ver um homem, vestido com camisa verde, que acabou de ser agredido. Alguém ajuda o indivíduo, ensanguentado, a limpar-se. À medida que se afasta, o homem ainda gritou: “Vocês não são chineses”. Um grupo respondeu: “Somos Hongkongers”. Ele regressa depois de alguém lhe dirigir insultos, intensificando a discussão. Alguém acaba por lançar sobre a cara e tronco um líquido inflamável, ateando de imediato o fogo que se propagou pelo corpo. Uma fonte policial disse ao jornal South China Morning Post que o homem foi transportado para o Hospital Príncipe de Gales, em Sha Tin, para receber tratamento. O indivíduo apresenta queimaduras de segundo grau em 28% do corpo, principalmente no peito e nos braços. De acordo com a emissora local RTHK, o homem encontra-se em estado crítico. Desde a manhã que se têm registado episódios crescentes de violência e vandalismo, algo que se intensificou após pelo menos um jovem manifestante ter sido baleado por um polícia, um incidente que foi também gravado em vídeo e partilhado nas redes sociais. As últimas informações indicaram que o jovem, já foi submetido a cirurgia, está em estado crítico e nos cuidados intensivos. Durante as operações policiais, um agente usou a arma de serviço e “um homem foi baleado”. Em outras duas áreas, Shatin e Tung Chung, outros polícias foram obrigados a sacarem também das armas de serviço dos coldres, indicou um comunicado da polícia. “Apelamos aos manifestantes radicais para que sejam calmos e racionais. Os manifestantes devem interromper todos os actos que ameaçam a segurança de outras pessoas e obstruam a execução legal do dever pela polícia”, acrescentou. “Desde esta manhã, manifestantes radicais estabeleceram barricadas em vários locais em Hong Kong. Inclusive, atiraram objectos grandes e pesados, para as faixas de rodagem, representando grande perigo para os utilizadores da estrada”, referiu a polícia na mesma nota, adiantando que “os manifestantes também atiraram bombas incendiárias” no metropolitano “e vandalizaram as instalações universitárias”. As forças de segurança indicaram ainda que “devido aos extensos actos ilegais dos manifestantes, a polícia respondeu com operações de dispersão e detenções”. Pouco antes das 08:00 foi publicado na rede social Twitter um vídeo no qual um polícia de trânsito é visto a atirar três tiros de curta distância em dois jovens vestidos de preto, cor associada aos protestos antigovernamentais e pró-democracia, na área residencial de Sai Wan Ho, onde um grupo de manifestantes estava a bloquear a circulação automóvel. Na gravação, vê-se inicialmente o agente a atravessar a rua seguido por alguns manifestantes. Num movimento repentino, o agente sacou da arma, virou-se e agarrou um jovem vestido de branco e com a cara tapada por uma máscara. O jovem resistiu e bateu no ombro direito do polícia, que disparou um tiro no estômago contra outro indivíduo, também de máscara, mas com uma indumentária preta, que tentou aparentemente tirar-lhe a arma. O polícia efectuou ainda dois outros disparos contra outro manifestante que também se aproximava. Esta é a terceira vez que balas reais são disparadas directamente contra os manifestantes pela polícia de Hong Kong. Os outros dois incidentes ocorreram no início de Outubro, ferindo dois jovens, de 18 e de 14 anos. A greve geral foi convocada esta segunda-feira nas redes sociais, depois da morte na sexta-feira de um estudante universitário de 22 anos, que caiu de uns andares de um parque de estacionamento e sofreu ferimentos cerebrais graves em circunstâncias desconhecidas, durante um protesto ilegal em 3 de Novembro. Os manifestantes culparam a polícia, que já negou categoricamente qualquer responsabilidade na morte do estudante.
Hong Kong | Violência alastra, lançado fogo a homem durante discussão Hoje Macau - 11 Nov 2019 [dropcap]U[/dropcap]m homem ficou hoje em estado crítico, depois de ter sido regado com um líquido inflamável e incendiado, durante uma discussão em Hong Kong, em mais um episódio de violência registado esta manhã, foi noticiado. A polícia confirmou já o conteúdo de um vídeo publicado nas redes sociais que dá conta de uma discussão numa ponte pedonal em Ma On Shan, pouco antes das 13:00. No vídeo é possível ver um homem, vestido com camisa verde, que acabou de ser agredido. Alguém ajuda o indivíduo, ensanguentado, a limpar-se. À medida que se afasta, o homem ainda gritou: “Vocês não são chineses”. Um grupo respondeu: “Somos Hongkongers”. Ele regressa depois de alguém lhe dirigir insultos, intensificando a discussão. Alguém acaba por lançar sobre a cara e tronco um líquido inflamável, ateando de imediato o fogo que se propagou pelo corpo. Uma fonte policial disse ao jornal South China Morning Post que o homem foi transportado para o Hospital Príncipe de Gales, em Sha Tin, para receber tratamento. O indivíduo apresenta queimaduras de segundo grau em 28% do corpo, principalmente no peito e nos braços. De acordo com a emissora local RTHK, o homem encontra-se em estado crítico. Desde a manhã que se têm registado episódios crescentes de violência e vandalismo, algo que se intensificou após pelo menos um jovem manifestante ter sido baleado por um polícia, um incidente que foi também gravado em vídeo e partilhado nas redes sociais. As últimas informações indicaram que o jovem, já foi submetido a cirurgia, está em estado crítico e nos cuidados intensivos. Durante as operações policiais, um agente usou a arma de serviço e “um homem foi baleado”. Em outras duas áreas, Shatin e Tung Chung, outros polícias foram obrigados a sacarem também das armas de serviço dos coldres, indicou um comunicado da polícia. “Apelamos aos manifestantes radicais para que sejam calmos e racionais. Os manifestantes devem interromper todos os actos que ameaçam a segurança de outras pessoas e obstruam a execução legal do dever pela polícia”, acrescentou. “Desde esta manhã, manifestantes radicais estabeleceram barricadas em vários locais em Hong Kong. Inclusive, atiraram objectos grandes e pesados, para as faixas de rodagem, representando grande perigo para os utilizadores da estrada”, referiu a polícia na mesma nota, adiantando que “os manifestantes também atiraram bombas incendiárias” no metropolitano “e vandalizaram as instalações universitárias”. As forças de segurança indicaram ainda que “devido aos extensos actos ilegais dos manifestantes, a polícia respondeu com operações de dispersão e detenções”. Pouco antes das 08:00 foi publicado na rede social Twitter um vídeo no qual um polícia de trânsito é visto a atirar três tiros de curta distância em dois jovens vestidos de preto, cor associada aos protestos antigovernamentais e pró-democracia, na área residencial de Sai Wan Ho, onde um grupo de manifestantes estava a bloquear a circulação automóvel. Na gravação, vê-se inicialmente o agente a atravessar a rua seguido por alguns manifestantes. Num movimento repentino, o agente sacou da arma, virou-se e agarrou um jovem vestido de branco e com a cara tapada por uma máscara. O jovem resistiu e bateu no ombro direito do polícia, que disparou um tiro no estômago contra outro indivíduo, também de máscara, mas com uma indumentária preta, que tentou aparentemente tirar-lhe a arma. O polícia efectuou ainda dois outros disparos contra outro manifestante que também se aproximava. Esta é a terceira vez que balas reais são disparadas directamente contra os manifestantes pela polícia de Hong Kong. Os outros dois incidentes ocorreram no início de Outubro, ferindo dois jovens, de 18 e de 14 anos. A greve geral foi convocada esta segunda-feira nas redes sociais, depois da morte na sexta-feira de um estudante universitário de 22 anos, que caiu de uns andares de um parque de estacionamento e sofreu ferimentos cerebrais graves em circunstâncias desconhecidas, durante um protesto ilegal em 3 de Novembro. Os manifestantes culparam a polícia, que já negou categoricamente qualquer responsabilidade na morte do estudante.
Resistência | António Félix da Costa vence terceira prova do Mundial Hoje Macau - 11 Nov 2019 [dropcap]O[/dropcap] piloto português António Félix da Costa (Oreca) venceu ontem a categoria LMP2 da terceira prova do Campeonato do Mundo de Resistência de automobilismo, disputada em Xangai, na China, na qual Filipe Albuquerque foi terceiro. Félix da Costa, que fez equipa com o britânico Anthony Davidson e com o mexicano Roberto Gonzalez, partiu da quinta posição da grelha, mas terminou as quatro horas de corrida com 121 voltas completadas e 17,090 segundos de avanço sobre o segundo classificado da classe, o Oreca da Jackie Chan DC Racing, tripulado pelo francês Gabriel Aubry, pelo chinês Ho-Pin Tung e pelo britânico Will Stevens. Para o piloto de Cascais foi “um grande dia”, pois esta é a primeira vitória no Mundial de Resistência: “Não foi uma corrida nada fácil, devido à gestão de pneus que tivemos de fazer, principalmente com o elevado nível de degradação deste circuito. Esta vitória foi obtida pelo excelente trabalho de equipa que todos fizemos, sem qualquer erro em pista e com ‘pit stops’ [paragens nas boxes] muito eficientes e sempre nos momentos certos, toda a equipa JOTA esteve muito bem e merecemos esta vitória.” “[Foi um] grande trabalho dos meus colegas de equipa. Juntos, hoje, mostrámos que fomos os mais fortes e só temos de estar orgulhosos deste dia. Para mim, principalmente, pois foi a minha primeira vitória aqui no Mundial de Resistência. Um grande dia”, resumiu Félix da Costa, sexto classificado da geral. De trás para a frente Em terceiro lugar ficou Filipe Albuquerque, no Oreca da United Autosports, depois de ter partido de idêntica posição da grelha. Albuquerque, que fez equipa com os britânicos Phil Hanson e Paul di Resta, terminou a 21,727 segundos de Félix da Costa, depois de ter caído para a última posição devido a um pedaço de plástico que se alojou na entrada de ar do motor. “Foi sempre a ganhar posições, com um excelente andamento. Fizemos tudo o que podíamos para chegar mais além, mas o tempo perdido e os andamentos semelhantes não permitiram ir mais longe. É sempre um pouco frustrante, porque ainda não tivemos uma corrida limpa, há sempre alguma coisa que nos acontece e nos obriga a ceder posições”, lamentou o piloto de Coimbra, oitavo da geral. O Rebellion pilotado pelos brasileiros Gustavo Menezes e Bruno Senna e pelo francês Norman Nato bateu os Toyota oficiais pela primeira vez em pista (a outra derrota da Toyota foi na secretaria) e venceu a prova chinesa. Com estes resultados, Félix da Costa está em sexto lugar da LMP2, com 35 pontos, mais cinco do que Filipe Albuquerque, que é sétimo. Os comandantes são os holandeses Giedo Van der Garde e Frits Van Eerd, com 51. A próxima prova disputa-se em 14 de Dezembro, com as 8 Horas do Bahrain.
Resistência | António Félix da Costa vence terceira prova do Mundial Hoje Macau - 11 Nov 2019 [dropcap]O[/dropcap] piloto português António Félix da Costa (Oreca) venceu ontem a categoria LMP2 da terceira prova do Campeonato do Mundo de Resistência de automobilismo, disputada em Xangai, na China, na qual Filipe Albuquerque foi terceiro. Félix da Costa, que fez equipa com o britânico Anthony Davidson e com o mexicano Roberto Gonzalez, partiu da quinta posição da grelha, mas terminou as quatro horas de corrida com 121 voltas completadas e 17,090 segundos de avanço sobre o segundo classificado da classe, o Oreca da Jackie Chan DC Racing, tripulado pelo francês Gabriel Aubry, pelo chinês Ho-Pin Tung e pelo britânico Will Stevens. Para o piloto de Cascais foi “um grande dia”, pois esta é a primeira vitória no Mundial de Resistência: “Não foi uma corrida nada fácil, devido à gestão de pneus que tivemos de fazer, principalmente com o elevado nível de degradação deste circuito. Esta vitória foi obtida pelo excelente trabalho de equipa que todos fizemos, sem qualquer erro em pista e com ‘pit stops’ [paragens nas boxes] muito eficientes e sempre nos momentos certos, toda a equipa JOTA esteve muito bem e merecemos esta vitória.” “[Foi um] grande trabalho dos meus colegas de equipa. Juntos, hoje, mostrámos que fomos os mais fortes e só temos de estar orgulhosos deste dia. Para mim, principalmente, pois foi a minha primeira vitória aqui no Mundial de Resistência. Um grande dia”, resumiu Félix da Costa, sexto classificado da geral. De trás para a frente Em terceiro lugar ficou Filipe Albuquerque, no Oreca da United Autosports, depois de ter partido de idêntica posição da grelha. Albuquerque, que fez equipa com os britânicos Phil Hanson e Paul di Resta, terminou a 21,727 segundos de Félix da Costa, depois de ter caído para a última posição devido a um pedaço de plástico que se alojou na entrada de ar do motor. “Foi sempre a ganhar posições, com um excelente andamento. Fizemos tudo o que podíamos para chegar mais além, mas o tempo perdido e os andamentos semelhantes não permitiram ir mais longe. É sempre um pouco frustrante, porque ainda não tivemos uma corrida limpa, há sempre alguma coisa que nos acontece e nos obriga a ceder posições”, lamentou o piloto de Coimbra, oitavo da geral. O Rebellion pilotado pelos brasileiros Gustavo Menezes e Bruno Senna e pelo francês Norman Nato bateu os Toyota oficiais pela primeira vez em pista (a outra derrota da Toyota foi na secretaria) e venceu a prova chinesa. Com estes resultados, Félix da Costa está em sexto lugar da LMP2, com 35 pontos, mais cinco do que Filipe Albuquerque, que é sétimo. Os comandantes são os holandeses Giedo Van der Garde e Frits Van Eerd, com 51. A próxima prova disputa-se em 14 de Dezembro, com as 8 Horas do Bahrain.
Desconforto João Santos Filipe - 11 Nov 2019 [dropcap]U[/dropcap]m aluno está a ser investigado pela prática do crime de dano qualificado por ter feito um grafiti numa parede na Travessa da Paixão. Nas redes sociais, principalmente em chinês, o caso ganhou um amplo destaque porque o filho de uma deputada fez o mesmo, numa parede diferente, e não teve problemas. O caso foi mais insólito porque, na ignorância, as imagens até foram transmitidas num programa de televisão do Interior da China. As autoridades sempre tão expeditas a tratar de outros casos, neste apenas disseram que teria de ser o “privado” a apresentar a queixa, o que não aconteceu. Porém, para a sociedade civil a mensagem que passou foi de uma impunidade para uma das famílias mais ricas. Mas não foi a primeira vez. Num outro caso descobriu-se que a deputada era proprietária de uma fracção que estava a ser utilizada como pensão ilegal. Na altura de apurar responsabilidades, e mais uma vez, o Governo considerou que o membro da família Ho nem sabia o que se passava na fracção. Em ambos os casos as autoridades podem ter agido totalmente de forma legal e imparcial. Contudo, é muito complicado explicar à população a diferença de critérios. Um estudante faz um grafiti e as autoridades fazem-no sentir o peso brutal da justiça, com o recurso aos Olhos no Céu. Uma das famílias abastadas vê-se envolvida em mais do que um caso e surgem todas as tecnicalidades para ilibá-la, com recurso ao sistema Cabeça debaixo da Areia. A PJ até se veio defender, e pareceu-me que de forma muito clara e objectiva, mas basta recordar “a simpatia” do secretário Wong Sio Chak face às agressões a agentes da PSP numa manifestação do Pearl Horizon para perceber a razão de haver franjas da sociedade a questionar a imparcialidade das decisões…
Derrota das amotinadas tropas chinesas José Simões Morais - 11 Nov 2019 [dropcap]N[/dropcap]a manhã de 27 de Setembro de 1564 os habitantes de Macau juntaram-se e aceitaram dar ajuda aos mandarins, conseguindo em poucos dias reunir entre 250 a 300 portugueses de têmpera para combater os marinheiros da armada imperial que desde Abril andavam revoltados. Dez dias depois, a 7 de Outubro embarcaram estes em Macau como mercenários com a sua artilharia a bordo dos juncos chineses. “O chumpim, ou capitão-mor do mar de Cantão, veio à povoação com cinco velas grossas e sete miúdas, para recolher os voluntários portugueses”, segundo Rui Manuel Loureiro (RML), que refere, “A expedição foi dividida em dois grupos, um comandado por Diogo Pereira, que correria a orla litoral nos juncos de maior porte; o outro capitaneado por Luís de Melo, que nas velas miúdas rumaria à cidade de Cantão, por dentro do rio.” Já “as embarcações dos ladrões eram nove muito grandes, com muito artilharia e munições de guerra, afora outras pequenas, e mais de dois mil homens de peleja com muitas armas, saligues (antiga arma de arremesso) (e) estrepes de ferro para quando abalroam”, escrevia João de Escobar. O efeito surpresa foi geral! Ao verem a armada imperial chinesa, os marinheiros amotinados avançaram destemidamente os seus juncos sobre ela, crendo como habitual serem de fácil vencer. Não esperavam ver entre eles portugueses, que com as suas armas impunham respeito. “Entrou-lhes tal medo que das embarcações se lançaram a nadar e cada um só tratava de fugir. Em espaço de meia hora, sem perda alguma dos nossos, quase todos foram cativos>”, segundo Gonçalo Mesquitela. Refere RML, “Como escreve o irmão André Pinto, <só a vista dos cristãos bastou para os desbaratar e desfazer>, porque, ao constatarem que , renderam-se em massa às autoridades cantonenses. De acordo com outro testemunho, os juncos capturados eram ; mas os expedicionários portugueses impuseram-se pela sua reputação de homens e armas, tomando-os a todos, . A fulgurante vitória portuguesa parece ter causado uma impressão muito favorável nas autoridades de Cantão. Pelo menos, essa é a opinião dos missionários jesuítas que testemunharam todo o episódio. André Pinto afirma que que . Quanto ao padre Francisco Pérez, confirma esta apreciação, colocando mesmo na boca do chumpim palavras altamente elogiosas em relação aos portugueses: ”. Terminava assim a 7 de Outubro de 1564 a grave perturbação criada havia cinco meses pela rebelião interna na marinha imperial estacionada em Zhelin (Dongguan) nos arredores de Cantão. “O general de armas chinês pediu aos portugueses para lhe entregarem os juncos capturados, mas a recusa quase provocou um conflito apenas sanado por Luís de Mello e Diogo Pereira que, diplomaticamente, explicaram ao oficial militar que os portugueses eram tão disciplinados que só aos seus capitães obedeciam. O general chinês subtilmente retorquiu: ”, segundo Gonçalo Mesquitela, que usou as informações do Padre António Franco para a descrição desta crise. O corpo expedicionário de Macau foi brindado “com chapas de um dos mandarins reconhecendo os seus bons serviços e prometendo intercessão junto do Imperador para que fosse autorizada a entrada na China da missão diplomática de Diogo Pereira/Gil de Góis (1563-1565) e ainda, cumulativamente, terá sido dada à cidade, a título de recompensa, a isenção do pagamento dos direitos alfandegários desse mesmo ano de 1565”, segundo Beatriz Basto da Silva (BBS). Foram ainda os portugueses autorizados a irem a Cantão tratar de negócios. Fracassa a Embaixada de Gil de Góis Em 1564, “Os chineses apenas podiam permanecer durante o dia no território de Macau, devendo regressar às terras de origem ao anoitecer”, segundo os historiadores Jin Guo Ping, Wu Zhiliang e o padre Manuel Teixeira. Tien-Tsê Chang, em O Comércio Sino-Português entre 1514 e 1644, refere, “O relacionamento entre a China e a jovem colónia estrangeira foi, durante alguns anos, instável, pois o governo em Pequim recusava-se firmemente a ter quaisquer relações oficiais com os portugueses. Uma missão portuguesa portadora de um tributo foi recusada, por ordem da corte, tão tarde quanto 1565.” Tal ocorreu quando, após dois anos, o impaciente Embaixador Gil de Góis, farto de esperar, já em Cantão, “não conseguiu aceitar as exigências dos costumes chineses e os mandarins recusaram-se a reconhecer a embaixada com a justificação de que esta era particularmente destituída de magnificência ostentosa e do acompanhamento necessário, em forma de tributo, para o Filho do Céu”, segundo Montalto de Jesus. Muito se deveu ao capitão de Malaca D. Francisco de Eça não a ter prendado condignamente, como refere Gonçalo Couceiro, que diz ter então a fixação dos missionários na China falhado definitivamente. “Para os três jesuítas as directivas chegam breve, depois do fracasso da missão diplomática; o padre provincial da Índia, António Quadros, ordena-lhes em 1565 que se estabeleçam em casa própria, pelo que deixaram as dependências que ocupavam na residência de Pero Quintero. Com isto criava-se o primeiro hospício, ou casa própria da Companhia de Jesus, em Macau, pelas vantagens de se dispor de residência certa: quer para nela estarem os missionários da Missão do Japão, enquanto aguardavam para Goa, ou para o arquipélago Nipónico, quer pelo facto, mais próximo, de se poder ter uma base para organizar a futura instalação dos missionários da Companhia na China.” Data assim de 1565 o estabelecimento dos jesuítas em Macau. Rui Manuel Loureiro, em As Origens de Macau nas Fontes Ibéricas, refere que em 1565 “os responsáveis da Companhia de Jesus despachavam o padre André Fernandes para aquelas partes, para, juntamente com o padre Manuel Teixeira e o irmão André Pinto, dar assistência religiosa aos mercadores portugueses que sempre são muitos. Mas, durante algumas semanas, entre a partida dos navios para o Japão e a chegada da frota de Malaca, a população diminuía consideravelmente.” A 15 de Novembro de 1565, segundo BBS, “Os Padres Perez S.J. e Juan de Escobar S.J., foram de visita a Cantão” e em Dezembro, junto à Ermida de S. António e pegada à habitação de Pero Quintero, os jesuítas edificaram a primeira residência estável da Companhia de Jesus em Macau. Os espanhóis, que tinham chegado em 1521 às Filipinas, só em 1565 aí se estabeleceram e a ocuparam, edificando Manila em 1571. Como todas as anteriores embaixadas portuguesas enviadas à China Ming, a de Gil de Góis também fracassou e só mais de um século depois, já no trono do Celeste Império se sentava o Imperador Kangxi da Dinastia Qing, voltaram a realizar uma nova embaixada régia.
Vacinas | Empresa envolvida em produção ilegal declara falência Hoje Macau - 11 Nov 2019 [dropcap]U[/dropcap]ma firma chinesa, multada em 9,1 mil milhões de yuans por produção ilegal de vacinas contra a raiva, declarou sexta-feira falência. Em comunicado, a Changchun Changsheng Life Sciences Ltd indicou que um tribunal declarou a empresa como insolvente, decisão que deixa automaticamente de obrigar ao pagamento de dívidas. Além de ter sido multada, a empresa perdeu as licenças de produção de vacinas, em 2018, num dos maiores escândalos de saúde pública na China nos últimos anos. No ano passado, uma investigação à Changsheng confirmou que a empresa recorreu a material fora de prazo no fabrico de vacinas contra a raiva para uso humano, e desde pelo menos 2014 que a firma não registava correctamente as datas ou os números de série dos produtos. Os reguladores acrescentaram que a empresa destruiu registos para ocultar as irregularidades. A raiva continua a ser endémica em algumas partes da China. Informações de que as autoridades não agiram imediatamente apesar das suspeitas de que a empresa teria falsificado registos de produção originaram protestos da população. Já em 2016 mais de 130 pessoas tinham sido detidas na China, num escândalo de venda ilegal de vacinas fora de validade e armazenadas sem condições. Em 2008, um outro escândalo de saúde pública na China resultou na morte de seis crianças e danos para a saúde de 300 mil, devido a leite em pó contaminado com melamina.
Vacinas | Empresa envolvida em produção ilegal declara falência Hoje Macau - 11 Nov 2019 [dropcap]U[/dropcap]ma firma chinesa, multada em 9,1 mil milhões de yuans por produção ilegal de vacinas contra a raiva, declarou sexta-feira falência. Em comunicado, a Changchun Changsheng Life Sciences Ltd indicou que um tribunal declarou a empresa como insolvente, decisão que deixa automaticamente de obrigar ao pagamento de dívidas. Além de ter sido multada, a empresa perdeu as licenças de produção de vacinas, em 2018, num dos maiores escândalos de saúde pública na China nos últimos anos. No ano passado, uma investigação à Changsheng confirmou que a empresa recorreu a material fora de prazo no fabrico de vacinas contra a raiva para uso humano, e desde pelo menos 2014 que a firma não registava correctamente as datas ou os números de série dos produtos. Os reguladores acrescentaram que a empresa destruiu registos para ocultar as irregularidades. A raiva continua a ser endémica em algumas partes da China. Informações de que as autoridades não agiram imediatamente apesar das suspeitas de que a empresa teria falsificado registos de produção originaram protestos da população. Já em 2016 mais de 130 pessoas tinham sido detidas na China, num escândalo de venda ilegal de vacinas fora de validade e armazenadas sem condições. Em 2008, um outro escândalo de saúde pública na China resultou na morte de seis crianças e danos para a saúde de 300 mil, devido a leite em pó contaminado com melamina.
OMC | Ex-juiz alerta que disputa comercial pode evoluir para “guerra económica” Hoje Macau - 11 Nov 2019 [dropcap]U[/dropcap]m ex-juiz da Organização Mundial do Comércio (OMC) advertiu sexta-feira que o conflito comercial entre a China e os Estados Unidos pode escalar para uma “guerra económica” se não for alcançado um acordo comercial em breve. “Olhando só para esta região, há tantos focos de conflito, como Taiwan, ou o mar do Sul da China. Neste momento existe uma guerra comercial, mas o próximo passo pode ser uma guerra económica”, avisou Peter van den Bossche, em declarações à agência Lusa. O professor de direito internacional económico da Universidade de Berna falava à margem de um curso intensivo promovido pelo Instituto de Estudos Europeus de Macau (IEEM), intitulado “Direito do Comércio e Investimento Internacional do Delta do Rio das Pérolas”. A China considera Taiwan uma província chinesa e os EUA vêem a soberania da ilha como uma peça-chave do jogo geopolítico na Ásia. Por outro lado, Pequim tem aumentado a presença militar no disputado mar do Sul da China, o que não tem agradado a Washington. “Já não estou a falar só de comércio, mas em proibir o investimento e as companhias de realizarem negócios e em dificultar a entrada de empresas chinesas na bolsa de valores de Nova Iorque”, afirmou. Washington já colocou o gigante de telecomunicações móveis Huawei numa lista de empresas estrangeiras que precisam de permissão oficial para comprar tecnologia norte-americana, restrições que significam a perda de milhares de milhões de dólares em vendas anuais para fornecedores norte-americanos. “Há pessoas no actual Governo norte-americano que não querem apenas mudar o modelo económico chinês, querem mesmo dissociar a economia chinesa da economia mundial, querem isolar a China economicamente”, disse. Para o antigo juiz da OMC, o risco não vem apenas do controverso Presidente norte-americano, Donald Trump, até porque a política comercial contra a China “tem apoio bipartidário em Washington”, frisou. “Seria fácil dizer ‘vamos esperar pelas próximas eleições [presidenciais dos EUA] e cruzar os dedos’, mas, mesmo que seja eleito um democrata (…) a estratégia é quase a mesma, só as tácticas é que mudam”, apontou. Em vias de extinção Peter van den Bossche foi até Maio deste ano juiz da mais alta instância no sistema de resolução de litígios da OMC. Este órgão de recurso, responsável pela resolução de conflitos comerciais de 164 países, “está prestes a desaparecer” devido ao bloqueio norte-americano para nomear substitutos, alertou. “As actividades deste tribunal vão terminar porque os EUA se recusaram a nomear novos membros. No final de Dezembro, dentro de algumas semanas, restará apenas um membro nesse tribunal – um juiz chinês. E para lidar com os recursos, é necessário haver três”. “Se esse sistema desaparecer, muito rapidamente todo o sistema entrará em colapso, não há dúvida de que, sem a possibilidade de recurso, todo o sistema acabará por chegar ao fim. O que farão os países que precisam de resolver litígios? Não podem ir a tribunal, têm de sair para a rua (…) e os EUA acham que podem vencer toda a gente”, afirmou.
OMC | Ex-juiz alerta que disputa comercial pode evoluir para “guerra económica” Hoje Macau - 11 Nov 2019 [dropcap]U[/dropcap]m ex-juiz da Organização Mundial do Comércio (OMC) advertiu sexta-feira que o conflito comercial entre a China e os Estados Unidos pode escalar para uma “guerra económica” se não for alcançado um acordo comercial em breve. “Olhando só para esta região, há tantos focos de conflito, como Taiwan, ou o mar do Sul da China. Neste momento existe uma guerra comercial, mas o próximo passo pode ser uma guerra económica”, avisou Peter van den Bossche, em declarações à agência Lusa. O professor de direito internacional económico da Universidade de Berna falava à margem de um curso intensivo promovido pelo Instituto de Estudos Europeus de Macau (IEEM), intitulado “Direito do Comércio e Investimento Internacional do Delta do Rio das Pérolas”. A China considera Taiwan uma província chinesa e os EUA vêem a soberania da ilha como uma peça-chave do jogo geopolítico na Ásia. Por outro lado, Pequim tem aumentado a presença militar no disputado mar do Sul da China, o que não tem agradado a Washington. “Já não estou a falar só de comércio, mas em proibir o investimento e as companhias de realizarem negócios e em dificultar a entrada de empresas chinesas na bolsa de valores de Nova Iorque”, afirmou. Washington já colocou o gigante de telecomunicações móveis Huawei numa lista de empresas estrangeiras que precisam de permissão oficial para comprar tecnologia norte-americana, restrições que significam a perda de milhares de milhões de dólares em vendas anuais para fornecedores norte-americanos. “Há pessoas no actual Governo norte-americano que não querem apenas mudar o modelo económico chinês, querem mesmo dissociar a economia chinesa da economia mundial, querem isolar a China economicamente”, disse. Para o antigo juiz da OMC, o risco não vem apenas do controverso Presidente norte-americano, Donald Trump, até porque a política comercial contra a China “tem apoio bipartidário em Washington”, frisou. “Seria fácil dizer ‘vamos esperar pelas próximas eleições [presidenciais dos EUA] e cruzar os dedos’, mas, mesmo que seja eleito um democrata (…) a estratégia é quase a mesma, só as tácticas é que mudam”, apontou. Em vias de extinção Peter van den Bossche foi até Maio deste ano juiz da mais alta instância no sistema de resolução de litígios da OMC. Este órgão de recurso, responsável pela resolução de conflitos comerciais de 164 países, “está prestes a desaparecer” devido ao bloqueio norte-americano para nomear substitutos, alertou. “As actividades deste tribunal vão terminar porque os EUA se recusaram a nomear novos membros. No final de Dezembro, dentro de algumas semanas, restará apenas um membro nesse tribunal – um juiz chinês. E para lidar com os recursos, é necessário haver três”. “Se esse sistema desaparecer, muito rapidamente todo o sistema entrará em colapso, não há dúvida de que, sem a possibilidade de recurso, todo o sistema acabará por chegar ao fim. O que farão os países que precisam de resolver litígios? Não podem ir a tribunal, têm de sair para a rua (…) e os EUA acham que podem vencer toda a gente”, afirmou.
China perde 48 milionários em 2018 Hoje Macau - 11 Nov 2019 [dropcap]O[/dropcap] número de milionários chineses caiu para 325 no ano passado, menos 48 do que em 2017, segundo um relatório conjunto da UBS e do PwC Billionaire Insights Report 2019, sexta-feira divulgado. Também a Hurun Report Inc, unidade de investigação sediada em Xangai e considerada a Forbes chinesa, revelou no início do ano que um número recorde de chineses tinha perdido aquele estatuto. O presidente do grupo Fosun, Guo Guangchang, que detém várias empresas em Portugal, caiu 10 lugares, para a 45.ª posição, detalhou a Hurun. A fortuna pessoal de Guo, 52 anos, fixou-se este ano nos 57 mil milhões de yuan. Cerca de 103 chineses saíram da lista de bilionários da UBS / PwC, em 2018, mas 56 novos nomes foram adicionados. Um milionário chinês mudou de nacionalidade, no ano passado, detalhou o relatório. Uma depreciação de cerca de 6 do yuan, face ao dólar norte-americano, contribuiu em cerca de metade para a queda. Também a bolsa de Xangai, principal praça financeira da China, contribuiu para a queda, ao cair 25 por cento, ao longo de 2018, o pior desempenho entre as praças financeiras globais. O fenómeno reflecte ainda o impacto sobre a riqueza que incertezas geopolíticas prolongadas podem ter, sobretudo numa altura de desaceleração da economia doméstica. “A China realmente teve uma trajectória incrível, mas em 2018 vimos volatilidade”, disse John Mathews, chefe de gestão de património privado da UBS. A nível global, a riqueza total dos milionários caiu 4,3 por cento, no ano passado. “Em 2018, vimos a escalada da guerra comercial [entre China e Estados Unidos], a incerteza do Brexit, e a subida do dólar”, justificou Solita Marcelli, directora de investimentos das Américas na UBS Global Wealth Management. “Tudo isto contribuiu para o declínio da riqueza dos milionários”, disse. No entanto, num período de cinco anos até 2018, a fortuna dos milionários chineses quase triplicou para um total de 982,4 mil milhões de dólares Durante aquele período, a China tornou-se o segundo país do mundo com mais milionários, atrás apenas dos Estados Unidos. No final de 2018, um em cada oito milionários era chinês, segundo o relatório.
Hong Kong | Deputados pró-democracia detidos Hoje Macau - 11 Nov 2019 Após a morte confirmada de um estudante, alegadamente na sequência de uma fuga de uma carga policial, a notícia da detenção de três deputados pró-democratas promete continuar a incendiar o ambiente na antiga colónia britânica [dropcap]T[/dropcap]rês deputados pró-democracia de Hong Kong foram detidos sábado e quatro intimados a comparecer na esquadra para ser detidos, um dia depois de a cidade ter vivo mais uma noite marcada por manifestações violentas. Um comunicado da polícia disse que três deputados foram detidos e acusados de obstruírem uma reunião no Conselho Legislativo (Legco, o parlamento de Hong Kong), no dia 11 de Maio, sobre a proposta de emendas à lei de extradição na origem dos protestos pró-democracia que provocaram a maior crise política desde a transferência de soberania do Reino Unido para China, em 1997. Os restantes deputados receberam uma intimação para comparecerem perante a polícia para serem detidos. Os legisladores pró-democracia acusam o Governo de esta ter sido uma medida calculada para provocar mais violência e, desta forma, adiar as eleições distritais agendadas para 24 de Novembro. O secretário para os Assuntos Constitucionais e do Continente de Hong Kong, Patrick Nip, já veio negar estas acusações: “Não há correlação entre os dois”, disse. “A polícia está a fazer o seu trabalho e a investigar todos os casos.” Noite negra Sexta-feira, Hong Kong foi palco de uma noite de violência e luto com vários actos de vandalismo e vigílias em protesto contra a morte de um estudante de 22 anos, alegadamente a primeira vítima directa dos confrontos entre manifestantes e polícia registados desde Junho. Milhares de pessoas participaram em vigílias à luz das velas que ocorreram em pelo menos nove distritos durante a noite, de sexta-feira para sábado. Outros depositaram flores, acenderam velas e escreveram mensagens de condolências no local onde Alex Chow Tsz-lok foi encontrado. O hospital Rainha Isabel, onde estava internado desde a madrugada de segunda-feira, confirmou que o estudante morreu sexta-feira às 08:09, sem especificar a causa da morte, adiantou o South China Morning Post (SCMP). Segundo a rádio local RTHK, Alex Chow foi encontrado inanimado num parque de estacionamento, aparentemente na sequência de uma fuga de uma acção policial contra uma manifestação ilegal em Hong Kong. O estudante de ciência informática da Universidade de Ciência e Tecnologia de Hong Kong (HKUST) foi encontrado inanimado no segundo andar de um parque de estacionamento em Tseung Kwan O e que as autoridades admitiram a possibilidade de ter caído do terceiro andar, acrescentou o jornal SCMP. Momentos antes, a polícia tinha disparado várias granadas de gás lacrimogéneo para dispersar manifestantes, que atiraram garrafas e tijolos contra as forças de segurança.