Tomás Chio SociedadeJogo | FAOM sugere promoção do mercado de slot-machines O número não é limitado pelo Governo e sofrem menos impacto quando há queda nas receitas. As slot-machines são, para a FAOM e para o proprietário da primeira sala VIP de máquinas, o futuro para o desenvolvimento do Jogo [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]Federação das Associações dos Operatórios de Macau (FAOM) sugeriu ontem ao Governo que Macau se foque no desenvolvimento e produção de slot-machines. O dono da primeira sala VIP em Macau que conta apenas com estas máquinas mostrou-se positivo face à ideia, que diz ser possível. Leong Sun Iok, Chefe do Departamento de Formação Profissional da FAOM, disse ao Jornal Ou Mun que, se o Governo quer desenvolver a diversificação económica, não pode ignorar o desenvolvimento do sector de jogo noutros âmbitos que não apenas as mesas. As slot-machines são o futuro, diz, e trazem menos impactos negativos. Por isso mesmo, Leong sugere que as operadoras invistam mais nestas máquinas, ainda que, diz, seja necessário permitir uma participação dos locais na sua fabricação. Maior resistência O responsável relembra que os impostos do Jogo provêm de três grandes áreas, que são o Baccarat das salas de VIP – que ocupa 55% – o Baccarat na zona de massas – com 33% – e as slot-machines, responsáveis por 5,1%. Mas, números relacionados com a queda dos impostos no último ano mostram que a percentagem de queda para as slot-machines foi mais pequena quando comparada com os outros – as máquinas fizeram menos 18%, enquanto os outros desceram 35% e 39%, respectivamente. “Isso testemunha que as máquinas sofreram menos impacto”, diz Leong Sun Iok, que sugere que seja dada formação profissional aos residentes para fabricarem estas máquinas. E relembra: o aumento das mesas de jogo é controlado, “mas não há limite para o aumento das máquinas”. Zhang Zheng, o dono da primeira sala VIP só de slot-machines, operada pelo Grupo JJJ, concorda com a perspectiva e diz mesmo que espera que mais duas salas VIP deste tipo venham a ser criadas este ano.
Tomás Chio BrevesEngano da TDM leva alunos a pensar que aulas foram canceladas Uma confusão ontem entre mensagens da Direcção dos Serviços de Educação e Juventude (DSEJ) e da TDM deram origem a que muitos alunos faltassem às aulas. A DSEJ assegura que não disse que as aulas estavam canceladas, mas uma notícia dada por engano no canal chinês da TDM dava conta que os estudantes das escolas primárias, secundárias e do ensino especial não precisavam de ir às aulas. A TDM já pediu desculpa no telejornal de ontem, mas a Associação Novo Macau enviou um comunicado onde critica o caso e pede até o despedimento do responsável da TDM. Devido à chuva intensa ontem de manhã, o canal chinês da TDM deu a notícia citando a DSEJ, sendo que vários pais – que não visitaram o site da DSEJ – foram enganados com a mensagem. Algumas escolas mandaram também alertas aos pais sobre o cancelamento. Trinta minutos depois de ter sido dada a notícia, o canal chinês declarou que esta será apenas um “ensaio”. Numa conferência de imprensa ontem à tarde, Leong Lai, directora da DSEJ, apresentou desculpas, mas sublinhou que o organismo não teve nenhuma culpa no caso, uma vez que este era um ensaio que acontece anualmente e que os órgãos envolvidos foram avisados disso mesmo. Segundo a DSEJ, foi enviado um alerta a 11 de Março que indicava que iria haver este ensaio.
Tomás Chio PolíticaCentros de explicações | Novo projecto de lei pronto este ano [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]Direcção dos Serviços de Educação e Juventude (DSEJ) garante que vai concluir o novo projecto de revisão do Regime de Licenciamento e Fiscalização dos Centros Particulares de Apoio Pedagógico Complementar – centros de explicações – ainda este ano. Segundo o jornal Ou Mun, a directora da DSEJ, Leong Lai, garantiu que a lei irá contemplar o funcionamento das instalações e as regras a adoptar por docentes e funcionários dos centros. “Muitos pais acham que os centros de explicações têm essa função de cuidado das crianças, por isso a segurança dos estudantes nestes centros é uma coisa muito importante”, apontou. Leong Lai acredita ainda que o nível de qualidade dos professores que dão explicações nestes centros também precisa de melhorar. A directora da DSEJ mostrou-se preocupada com os recentes casos de violência contra alunos ocorridos nestes locais, tendo referido que o organismo tem vindo a acompanhar o caso de um professor que terá agredido um aluno num centro de explicação, caso que já está a ser investigado pela polícia. “O professor do centro que bateu no aluno já foi suspenso do cargo e o centro continua a funcionar. Os meus colegas estão a elaborar um relatório sobre isso”, apontou. O alegado caso de violência terá ocorrido num centro de explicações na zona norte. Um professor é acusado de bater num aluno com um molho de papéis enrolados. Outro dos problemas comuns deste tipo de centros é a falta de licença para operação.
Tomás Chio PolíticaConstrução Civil | DSAL exclui pagamentos adiantados da Lei Laboral A existência de sub-empreiteiros levou a deputada Ella Lei a pedir que se incluam garantias na lei para os trabalhadores que não recebem muitas vezes os salários destas empresas, mas o Governo não quer que a Lei Laboral envolva relações com terceiros [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL) considera que a revisão da Lei das Relações do Trabalho não deve prever o pagamento adiantado de salários a trabalhadores da construção civil ou indemnizações pagas por acidentes de trabalho por parte das concessionárias. Numa resposta a uma interpelação escrita da deputada Ella Lei, Wong Chi Hong, director da DSAL, explicou que, embora haja relações laborais entre as empresas construtoras e os trabalhadores e a Lei Laboral estabeleça os direitos e deveres de ambas as partes, esta não deve abranger direitos e obrigações de terceiros, no caso dos sub-empreiteiros. O responsável da DSAL acredita, por isso, que não é adequado que a lei, aquando da sua revisão, inclua um mecanismo para o pagamento adiantado dos salários ou indemnizações por acidentes de trabalho. Carência de direitos Em declarações ao jornal Ou Mun, a deputada Ella Lei considerou que a inclusão destas regras na lei sobre as regras de gestão do pessoal dos estaleiros não é suficiente para garantir os direitos dos trabalhadores. Ella Lei acredita que o Governo deve, neste caso, imitar o exemplo de Hong Kong, onde as empresas concessionárias têm responsabilidades quanto aos pagamentos adiantados no caso dos sub-empreiteiros não pagarem salários e indemnizações. Para a deputada, é necessário estudar melhor o caso. “O Governo só disse que a lei não podia conter esta alteração”, apontou. Ella Lei já tinha interpelado o Governo sobre a necessidade de classificar as responsabilidades das construtoras quando os subempreiteiros demoram a pagar salários ou indemnizações, tendo pedido a criação de um sistema de pagamento adiantado. Em relação ao projecto de lei sobre as regras de gestão do pessoal dos estaleiros, a DSAL garantiu que vai ser criada uma classificação das responsabilidades que os empreiteiros devem ter na obra. Wong Chi Hong explicou que “a proposta envolve uma classificação para as construtoras e empresas adjudicadas durante a obra, sem esquecer a nomeação de um responsável geral antes o início da construção”.
Tomás Chio EventosWu Ming-yi, escritor: “Mais importante que o sucesso é a felicidade” Wu Ming-yi, considera que o lado mais maravilhoso da escrita é poder fazê-lo contra qualquer tipo de pressão existente. Nascido em Taiwan, e convidado do Festival Literário Rota das Letras, Wu Ming-yi debruça-se sobre a necessidade de cuidar do ambiente e fala ainda de como a felicidade é mais importante que o dinheiro [dropcap]F[/dropcap]alar sobre escrita com Wu Ming-yi é falar em desafios. Sempre que escreve e tenciona publicar alguma coisa, o escritor de Taiwan admite que tem de pensar sempre “se poderá ter algum problema”, ainda que também nos confesse que, na Ilha Formosa, onde nasceu, as coisas não são tão más quanto no continente. “Os escritores taiwaneses preocupam-se sobretudo com o problema da impressão e em ter leitores. Quando publicamos no estrangeiro queremos ser lidos. Já o Governo chinês dá atenção a muitas coisas e o desaparecimento dos livreiros de Hong Kong trouxe um grande alerta para o público. Queremos sempre que haja liberdade para cada publicação e, enquanto escritores, acreditamos que os leitores são inteligentes e que os maus livros vão ser eliminados com o tempo, pela história. Mas a verdade é que, quando era jovem, também não podia ler certos livros, ainda que os lesse com os meus colegas às escondidas. Os políticos nem sempre conhecem bem a humanidade e isso é um limite”, confessa ao HM. Wu Ming-Yi gostava de ver a literatura da ilha mais traduzida, de modo a fazer chegar a “cultura muito própria” de Taiwan ao Ocidente, que considera que vê Taiwan como a vê a China. “As pessoas que vivem em Taiwan sabem que não se trata apenas de política, a cultura é muito diferente”, assegura-nos. O também ambientalista fala-nos da sua ilha, que caracteriza como um território pequeno, com pouco mais de 20 milhões de pessoas e onde “a cultura e a arte têm vindo a desaparecer graças à destruição do ambiente”. A protecção ambiental, diz-nos, sempre foi “um lado importante” da sua vida e muito popular na juventude de Wu Ming-yi. “Nasci em 1971, a pior fase para a poluição, e acabou por ser natural que temas como a ecologia e a protecção do ambiente fossem abordados nas minhas obras”, diz-nos, admitindo que também enquanto dá aulas, já que é professor, aborda estes temas. “Dou uma aula onde se criticam as políticas ecológicas e onde todas as semanas discuto os assuntos relacionados com a protecção ambiental com os meus alunos. Soube do caso da construção de um edifício no Alto de Coloane e dou esse exemplo em relação ao que acontece em Taiwan, onde temos grandes cidades, mas onde não podemos ignorar as pessoas que querem manter um estilo de vida simples ligado ao campo. Espero que sejam os residentes a tomar uma decisão e não o Governo”, atira ainda. Recordar é viver Não é a primeira vez que está em Macau, porque já cá tinha vindo com a mulher e também para dar aulas. Do tempo que já passou, relembra o território como a “vila piscatória e tranquila” que era, ao invés da cidade barulhenta e moderna em que se tornou. Mas Wu Ming-yi assegura que é possível promover “uma convivência e equilíbrios entre a protecção ambiental e o desenvolvimento” urbano. Também a natureza luxuriante de Taiwan está ameaçada pela poluição e vícios da vida moderna, como diz o escritor, à semelhança da população aborígene e da identidade taiwanesa, temas que marcam, aliás, as páginas de “The Man with the Compound Eyes”, o único livro traduzido para Inglês de Wu Ming-Yi e o quarto que publicou. Inspirado no bucolismo dos antigos poetas chineses, o livro recupera um movimento literário taiwanês dos anos 1980, quando o desenvolvimento industrial despertou uma forte consciência ambiental na ilha. Em Macau para a sessão deste ano do Festival Literário Rota das Letras, Wu Ming-yi falou com estudantes locais, que se mostraram até curiosos sobre a cultura da Formosa. Mas não é só isto que parece preocupar os nossos estudantes. “Os jovens de Macau e Hong Kong sentem-se ansiosos em relação ao sistema político ou ao ambiente, os modelos de pensamento nestas regiões são semelhantes. Mas, os pais deveriam encorajar os filhos que querem ser outras coisas, como ser pintores ou artistas de rua. Devem encorajar os seus filhos a encontrar o modelo certo para a sua vida, porque a educação chinesa não é assim. Os pais preocupam-se se os filhos vão ou não ganhar dinheiro. Eu digo sempre aos meus alunos que, mais importante do que ter sucesso, é termos felicidade.” Ainda que tenha pisado pela quarta vez a RAEM, esta foi a primeira vez que veio como escritor, um trabalho que Wu Ming-yi – cujo escritor preferido é Anton Tchekhov – tem de coadunar diariamente com o papel de professor universitário. “Parte do meu dia é passado a escrever e quero sempre ter sempre tempo livre para escrever, mas tenho um horário muito cheio, sobretudo com o trabalho da universidade. Só posso escrever as minhas obras nas férias ou feriados”, diz-nos.
Tomás Chio PolíticaPaula Ling pede acreditação para advogados de Macau trabalharem na China [dropcap]P[/dropcap]aula Ling, deputada de Macau à Assembleia Popular Nacional, sugeriu que se diminuíssem as exigências para que os advogados de Macau pudessem obter qualificação para trabalhar no interior da China. Em Pequim, onde participa na reunião do Governo Central, Ling pediu ainda que os advogados do território possam trabalhar no continente de forma mais alargada. Segundo o Jornal Ou Mun, a deputada relembrou que o primeiro escritório onde trabalham advogados do interior da China, de Hong Kong e de Macau, na Ilha de Montanha, começou a operar no último mês, algo que, para Ling, representa um importante marco na colaboração judicial entre as regiões. “Devido à Zona de Comércio Livre da Ilha de Montanha, o escritório está a ocupar um papel indispensável, bem como oferece serviços profissionais judiciais que são eficazes para as trocas comerciais, o comércio dos bens e o comércio dos serviços. E o escritório também pode mostrar como é único ao tratar de casos cíveis e comerciais sabendo utilizar qualquer lei, seja a do continente, seja a de Macau” disse. Para reforçar o papel de plataforma de Macau entre a China e os Países Lusófonos Paula Ling, também advogada no território, sugere que se diminuam as exigências, para que os advogados possam “tratar de assuntos judiciais do continente”. Apesar de admitir a diferença entre os sistemas, estes, diz, têm o mesmo fundo portanto poderia ser feito um estudo para a possibilidade dos advogados de Macau poderem praticar no país, sugeriu, acrescentando que isto pode reforçar a cooperação comercial entre a China e Macau e, ao mesmo tempo, melhorar e desenvolver os sistemas judiciais dos dois locais.
Tomás Chio SociedadePearl Horizon | Polytec garante que vai vencer em tribunal [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]r Wai Sheun, presidente do Grupo Polytec, assegura que “a Polytec não vai perder no processo judicial do caso do Pearl Horizon contra o Governo”, porque simplesmente “não pode perder”. Em Pequim, onde participa na Conferência Consultiva Política do Povo Chinês, o presidente da empresa apelou aos investidores do edifício para manterem a “racionalidade” e perceberem que a Polytec é “a maior vítima do caso”. O edifício Pearl Horizon, na Areia Preta, ficou por construir depois de ter sido prometida a sua entrega este ano e, posteriormente, em 2018. Agora, a empresa viu-se sem o terreno, que lhe foi retirado pelo Executivo por esta não ter cumprido o prazo para aproveitamento do terreno. Or Wai Sheun diz que a Polytec tentará ganhar o processo em tribunal o “mais depressa possível”, para que possa concluir o edifício “com uma exigência rigorosa e qualidade elevada”, algo que, diz, é a melhor resposta a dar às questões dos promitentes-compradores, que pedem o dinheiro investido de volta. O responsável mostra-se confiante e diz que o “projecto só parou temporariamente”. “A Polytec não vai perder, também nem pode perder o processo” frisou Or Wai Sheun, indicando que “a demora para aprovação do projecto [pelo Governo] é um facto absoluto” e que há “testemunhos escritos” que o provam. “Por isso, só espero um resultado positivo, para manter a harmonia social.” Or Wai Sheun diz mesmo que a Polytec é a maior vítima no caso do Pearl Horizon e relembra que os investidores estão constantemente a sabotar eventos da empresa. “Os nossos funcionários foram feridos por eles durante manifestações”, afirmou. O presidente diz ainda que a empresa está apta a aceitar “qualquer proposta que possa melhorar o caso”, como “uma transação ou negociação com o Governo”.
Tomás Chio PolíticaEconomia | Pedidos vistos empresariais para empresários da China [dropcap style=’circle’]L[/dropcap]ionel Leong, Secretário para a Economia e Finanças, disse que o relatório entregue a Pequim sobre a diversificação da economia local contém o pedido de criação de vistos destinados a empresários do interior da China que queiram investir em Macau. “O relatório menciona muitas coisas e uma das questões é como podemos atrair mais empresas, estatais e privadas, para investirem em Macau”, disse Lionel Leong, segundo o canal chinês da Rádio Macau. O Secretário relembrou ainda que, neste momento, caso os empresários do interior da China queiram conhecer melhor a situação do mercado ou contratar um advogado para um negócio, só podem vir a Macau com visto de turista. “Há alguns vistos comerciais para as empresas do interior da China que estão ligados a actividades de grande envergadura, relacionados com exposições e convenções, como é o caso da Feira Internacional de Macau. Mas para além disso, os empresários só podem entrar em Macau na qualidade de turistas”, referiu. O governante garantiu que o pedido de facilitação da entrada de empresários já foi entregue, sendo ainda necessário obter mais apoio junto de mais figuras do Governo Central. “Entregámos o relatório ao Chefe do Executivo em Janeiro e já foi entregue ao Governo Central. A China está a apoiar de forma sustentável a diversificação da economia e espero que o Governo Central apoie este pedido”, rematou.
Tomás Chio Manchete PolíticaFilhos maiores | Chan Meng Kam pede a Pequim para autorizar residência O deputado Chan Meng Kam e entregou uma proposta ao Governo Central que pede a autorização de residência para os chamados filhos maiores, cujos pais – idosos – têm vindo a reivindicar a autorização de permanência dos seus familiares na RAEM. Estes, diz, podem ser a mão-de-obra de que Macau precisa [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]deputado Chan Meng Kam entregou uma proposta à Assembleia Popular Nacional (APN) relativamente à questão dos filhos maiores, sugerindo que seja aprovada residência em Macau para os jovens das províncias de Guangdong e Fujian que tenham “formação e experiência de vida de nível elevado”. Segundo o Jornal do Cidadão, o deputado indicou que há muitos filhos maiores que não viram a sua residência aprovada por razões “muito complicadas”. “Segundo os dados fornecidos pelas famílias, existem 1200 agregados de Macau com filhos maiores, sendo que 2323 desses filhos estão na meia idade e 1710 têm entre 25 a 44 anos. Relativamente à origem, os dados indicam que 1718 são da província de Guangdong e 595 de outras províncias, sendo que a maioria deste último grupo é originária de Fujian. Este filhos maiores têm uma educação e experiência de vida de nível elevado, portanto, eles podem ser um novo recurso para o mercado laboral”, argumentou o deputado, em Pequim, onde participa na Conferência Consultiva Política do Povo Chinês. Chan Meng Kam acredita que a prioridade para a importação de trabalhadores para Macau devem ser estes filhos maiores, tal como é defendido pelo Relatório do Estudo sobre a Política Demográfica de Macau, lançado em Julho do último ano. Assumir este grupo como prioritário é atribuir-lhe um significado positivo, diz. O facto das pessoas destas províncias terem uma ligação com Taiwan, com a sua cultura, língua, hábitos e história, pode ajudar, acredita, no reforço da função da plataforma entre Macau e a Ilha Formosa. “Precisamos ainda de um estudo para aprovação da residência dos filhos maiores, com base no humanismo, história e realidade social, para que se possa garantir a harmonia em Macau, evitando uma disputa social desnecessária”, rematou o deputado. Recorde-se que os encarregados de educação dos chamados “filhos maiores” reivindicam há anos a residência para estas pessoas. Algumas delas foram autorizadas a vir para cá, mas a maioria não, ainda que os pais – idosos – sejam já residentes da RAEM.
Tomás Chio SociedadeColoane | CPU “não tem direito” a pedir detalhes do projecto, diz Governo [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]Conselho do Planeamento Urbanístico (CPU) não tem poderes para pedir mais informações ao Governo sobre a construção de um edifício de luxo junto ao Alto de Coloane, já que, segundo o regulamento administrativo, apenas se pode pronunciar sobre projectos entregues pelo Executivo. Segundo o Jornal do Cidadão, Loi Hoi Ngan, membro do CPU e professor do Instituto Politécnico de Macau (IPM), explicou que “segundo o regulamento, os membros não têm direito a pedir informações, só podendo discutir os assuntos que são incluídos na agenda das reuniões”. Ainda que não negue que possam ser pedidos mais detalhes “depois das reuniões”, questionado sobre os deveres do CPU nesta matéria, por se tratar de uma construção que poderá pôr em causa a protecção de Coloane, Loi Hoi Ngan não quis comentar, referindo que todos os membros do CPU se preocupam com o desenvolvimento e o planeamento do urbanismo de Macau, mas devem “respeitar a agenda prevista”. “Podemos discutir uma alteração do regulamento administrativo no futuro”, apontou o docente. Loi Hoi Ngan referiu ainda que existe um debate no seio do CPU sobre a área da protecção ambiental onde poderá nascer o empreendimento da empresa de Sio Tak Hong, mas, diz, todos os relatórios das reuniões estão publicados e o processo é “transparente”. Para o académico, os cidadãos podem observar o desempenho dos membros caso tenham preocupações a este nível. O Jornal do Cidadão ouviu ainda Leong Chong In, também membro do CPU, que referiu que a construção de um edifício de cem metros de altura junto à montanha pode afectar o meio ambiente e a floresta, defendendo a suspensão da construção. Contudo, admitiu que é impossível que não haja desenvolvimentos nesta zona.
Tomás Chio Manchete PolíticaAL | Rita Santos não confirma candidatura José Pereira Coutinho diz que sim, mas Rita Santos diz “nim”. Uma candidatura à AL pode não ser uma realidade tão certa como o colega e presidente da ATFPM afirma. Rita Santos diz que tudo dependerá de decisões pessoais e, apesar de preparada, diz que este pode não ser o caminho. Deputados desvalorizam [dropcap style=’circle’]”[/dropcap]Não é uma decisão. Eu ainda não tomei essa decisão”, clarificou Rita Santos, presidente da Assembleia Geral da Associação dos Trabalhadores da Função Pública (ATFPM), relativamente a uma possível candidatura à Assembleia Legislativa (AL), confirmada pelo colega e presidente da Associação José Pereira Coutinho. Depois das eleições, no passado sábado, José Pereira Coutinho, também deputado, confirmou que Rita Santos seria candidata já nas próximas eleições, em 2017. Informação que é desmentida pela própria. “Nem sequer falei com a minha família. Hoje (ontem) comecei a receber telefonemas sobre isso. Eu não confirmo. Não estou certa que o vá fazer”, explicou ao HM. Agarrada ao mote de “tempo para a família”, Rita Santos explica que deixou as suas responsabilidades como secretária-geral adjunta do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa para se dedicar a “100%” aos seus. “Deverei entrar de novo na vida política? Quer dizer, quero estar com a minha família, sou de uma família muito numerosa e quero continuar isso e por isso tenho que estar disponível para estar presente. Eu vejo pelo Pereira Coutinho: o trabalho que ser deputado da AL dá. Não sei se quero isso”, apontou, embora sinta que está “preparada para assumir” essa função. “Não vou confirmar uma coisa que não está decidida. Não sei”, reforçou. Sem pressas Questionado sobre a possibilidade de um lugar do hemiciclo ser ocupado pela comendadora, o deputado Au Kam San desvaloriza. “Os deputados eleitos por sufrágio directo não ocupam mais de metade dos lugares e é o Governo que orienta o funcionamento da AL, por isso, seja quem for o deputado eleito para ocupar aquele lugar não terá a capacidade de trazer mudanças ao que quer que seja”, explicou ao HM. Para o deputado, que já anunciou retirar-se nas próximas eleições, “estas novidades” não irão afectar o funcionamento da própria AL. Diferente seria se o número de deputados eleitos por sufrágio directo fosse maior. “Isso sim é importante”, rematou. Para a deputada Kwan Tsui Hang o público deve respeitar todos as candidaturas às futuras eleições no próximo ano. “Não quero estar a comentar sobre isto porque não quero ser injusta para os candidatos. Temos de respeitar todos os residentes que se possam candidatar”, apontou, frisando que é “demasiado cedo para qualquer candidatura”. Outros deputados não quiseram comentar a eventual candidatura.
Tomás Chio BrevesHo Iat Seng | Tudo pela diversificação O presidente da Assembleia Legislativa, Ho Iat Seng, afirmou, durante a sua visita a Pequim, que Macau não deve estar preocupado com o desenvolvimento, ou a influência das medidas anti-corrupção na economia de Macau, porque o mais importante é a diversificação. O também membro permanente da Assembleia Popular Nacional (APN), explicava, aos jornalistas, que muitos funcionários públicos do interior da China jogavam nos casinos em Macau e com isso trouxeram problemas, “algo que está a mudar” devido às acções de anti-corrupção levadas a cabo pelo Governo Central. Estas acções “trouxeram uma influência negativa a Macau”, mas é algo que pode não ter tanto peso quanto se pensa. Ho Iat Seng acredita que o que é importante é a diversificação e não o desenvolvimento económico.
Tomás Chio BrevesMacau Story House fecha por fim de contrato de arrendamento A Macau Story House fechou, ou está suspensa, até a Associação de História Oral de Macau, grupo responsável pelo espaço, encontrar um novo local. O contrato de arrendamento foi terminado e, sem renovação, o espaço teve de fechar portas. “Espero que encontremos outro sítio para poder continuar. Acho que o Governo deve investir mais nos seus recursos, como por exemplo utilizar prédios antigos que reúnam as condições para uso. É preciso investir na cultura e fortalecer o poder cultural na sociedade”, afirmou Lam Fat Iam, presidente da Associação, ao jornal Ou Mun. A funcionar desde 2012, Lam Fat Iam lamenta o fecho do espaço que é um “plataforma cheia de cultura, com espaço para leitura”. Com apoio do Governo, o presidente explica que só falta arranjar um local, pois dinheiro para as rendas “não é problema”.
Tomás Chio SociedadeRádio-Táxis | David Chow confiante na liderança do concurso público [dropcap style=’circle’]V[/dropcap]avid Chow, presidente da empresa Lai Ou Serviços de Táxi, S.A., diz não estar preocupado com o facto de existir uma concorrente à obtenção de licenças para operação de rádio-táxis. A candidata ao concurso público não tinha sido aceite, mas a Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego resolveu voltar atrás. Ainda assim, David Chow considera que a competição tornará as empresas mais exigentes e isso, diz, é bom para os próprios residentes. “O Governo tem a sua razão. Há falta de recursos humanos no serviço de rádio-táxis. Há pouco interesse. Mas se isto é um serviço a pedido da sociedade, e se o próprio Governo também quer, é bom que várias empresas participem no concurso público”, disse a jornal Ou Mun, frisando que competição “é sempre uma coisa boa”. “No nosso caso, ao obter a licença de táxis especiais vamos sempre cumprir o que prometemos”, frisou. O empresário mostrou não se importar com mais um concorrente na corrida à licença para os serviços, mas fez questão de frisar que o Governo deve rever o processo de recolha de candidaturas e perceber de quem é o problema quando há falhas: se dos “chefes ou dos recepcionistas”. “O Governo tem de verificar isto”, disse. Com duas candidatas na corrida, David Chow diz não querer perder dinheiro. “A nossa empresa não quer perder dinheiro, embora a licença seja um serviço público. Acho que o [Executivo] vai tomar uma decisão inteligente”, frisou. Exige-se qualidade A empresa que assumir a responsabilidade, diz, terá de melhorar a qualidade dos serviços fornecidos pelo sector dos táxis. “Esta é mais uma plataforma de transportes públicos para os residentes, os ‘táxis pretos’ [o serviço comum] terá de melhorar a sua qualidade nos serviços também”, defendeu. A decisão da DSAT surge depois de um recurso da empresa que tinha incluído um documento no sobrescrito errado ter sido excluída. O Governo considerou depois “que o documento inserido no sobrescrito errado não era causa suficiente para a exclusão da concorrente, tendo em conta os princípios que devem presidir a um concurso público”, tendo esta sido novamente aceite. A Lai Ou Serviços de Táxi, empresa de David Chow – detentor da Macau Legend – foi uma das três concorrentes às licenças, sendo que foi, na altura, a única a ser aceite. O empresário, responsável por empreendimentos como a Doca dos Pescadores, constituiu a nova empresa especificamente para este investimento, que estava já delineado. “Vamos investir 70 milhões de patacas [em infra-estruturas] e mais 30 milhões em carros. Os veículos que vamos usar vão ser de boas marcas, já temos 30 Mercedes”, disse o empresário ao canal chinês da Rádio Macau, na altura. Só “no segundo ou terceiro trimestres” é que se deverá saber a decisão do Governo.
Tomás Chio PolíticaAPN | Pedido sistema de fiscalização aos titulares dos principais cargos [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]chefe da Comissão de Assuntos Chineses Ultramarinos da Assembleia Popular Nacional (APN), Bai Zhijian, considera que o caso de corrupção de Ho Chio Meng não está relacionado com política, sendo que é apenas um problema de mau comportamento por parte do ex-procurador do Ministério Público (MP). Ainda assim, considera uma boa opção criar um mecanismo de fiscalização aos titulares dos principais cargos. Bai Zhijian, também ex-chefe do Gabinete de Ligação do Governo Central, indicou que tomou conhecimento do caso da detenção do ex-procurador do MP através dos meios de comunicação social. Para Bai, Ho Chio Meng deve ser sujeito a uma investigação à luz da lei, mas deve também servir de exemplo. “Ho Chio Meng é o segundo principal dirigente de Macau envolvido em corrupção, depois da transferência de soberania. Isto é muito grave, a sociedade de Macau deve rever a sua lei para evitar a corrupção e especialmente o sistema de fiscalização e de denúncia [de casos]”, defendeu. Para isso é preciso, diz, criar um mecanismo de observação e fiscalização aos titulares dos principais cargos. À margem das reuniões da APN, o responsável sublinhou que o caso não é “político”, mas sim algo que aconteceu devido ao comportamento pessoal do próprio ex-procurador. Os possíveis casos de corrupção, diz ainda, não estão relacionados com questões políticas. Ainda assim, Ho Cio Meng “desiludiu” a confiança que a sociedade de Macau e o Governo Central lhe atribuíram. “O Gabinete de Ligação do Governo Central não toma as decisões finais nos departamentos governamentais do interior da China, porque cabe a estes ‘gerir a sua casa e o seu dinheiro’. Nós [Gabinete de ligação do Governo Central] podemos é dar uma ajuda na governação”, apontou, defendendo que não cabe ao Governo Central tomar conta dos dirigentes de Macau. O responsável mencionou ainda temer que “os radicalismos de Hong Kong” possam influenciar os jovens de Macau. É preciso, apontou, que o Governo da RAEM reforce a educação para os jovens.
Tomás Chio BrevesChui Sai Peng quer Macau como mediador para PLP José Chui Sai Peng, deputado de Macau à Assembleia Popular Nacional (APN), sugeriu em Pequim que o Governo Central coloque Macau com uma função mediadora face aos países de Língua Portuguesa. O também deputado do hemiciclo considera que o território deveria prestar serviços de “centro de mediação e arbitragem comercial” entre a China e esses países. Citado pelo jornal do Cidadão, Chui Sai Peng disse que “Macau é um porto franco que serve como porta ao comércio da China, estando a criar infra-estruturas como o Centro de Serviços Comerciais para as Pequenas e Médias Empresas dos Países de Língua Portuguesa, o Centro de Distribuição dos Produtos Alimentares dos Países de Língua Portuguesa e o Centro de Convenções e Exposições para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa, algo que testemunha o papel de plataforma”. Por isso mesmo, indica, Macau pode e deve oferecer o serviço de arbitragem, especialmente porque as questões judiciais “vão cada vez aumentar e cada vez ser mais rigorosas”. “Acho que precisamos de um serviço judicial para responder aos problemas que podem advir da cooperação económica e do investimento bilateral no futuro. Além disso, a lei existente em Macau é baseada no Código Civil de Portugal, que tem uma ligação às leis dos países lusófonos como o Brasil e Angola. Macau pode, por isso, ocupar um papel de mediador quando a China tem problemas com os países de língua portuguesa.”
Tomás Chio PolíticaAL | “Não há tempo” para discutir a Lei de Transferência de Infractores, diz presidente Ho Iat Seng, presidente da Assembleia Legislativa (AL), referiu ao canal chinês da TDM, em Pequim, que o hemiciclo já recebeu a proposta de Lei da Assistência Judiciária Inter-regional, mas o hemiciclo ainda tem de tratar de mais de dez propostas, portanto, “não há calendário para debate”. O responsável diz que as Comissões Permanentes também não têm tempo para discutir a proposta. Ho Iat Seng, também membro permanente da Assembleia Popular Nacional (APN), explicou que a proposta foi entregue ao hemiciclo depois do Ano Novo Lunar e assegura que os assessores da AL já a estão a estudar. “A AL aprova algumas propostas de lei via processo de urgência, por exemplo, casos de aumentos de impostos, ou casos urgentes de proibição de alguns medicamentos. Fora estes casos, normalmente, não é utilizado o processo urgente para aprovação”, explicou. “Neste momento, todas as propostas têm a sua urgência e, além dos feriados e outras agendas como as reuniões em Pequim, o tempo não é suficiente, especialmente, no próximo ano, que é o último da 5ª legislatura e que será mais difícil devido ao excesso de trabalho. Espero que o Governo entregue as propostas mais rápido”, acrescentou. A proposta, que foi concluída pelo Conselho Executivo em Dezembro último, consagra o princípio e regras gerais da assistência judiciária inter-regional em matéria penal, definindo situações de entrega de infractor em fuga, execução de sentença penal, transferência de pessoa condenada, transmissão de procedimento penal e outras formas de colaboração judiciária entre regiões.
Tomás Chio PolíticaPedida medida para resolver conflitos turísticos Hu Sut Heng e Leong Iok Wa, deputados de Macau à Assembleia Popular Nacional(APN), sugeriram, durante a sua presença em Pequim, a criação de um mecanismo de mediação de turismo entre o Interior da China e Macau para resolver conflitos turísticos. Os dois deputados definiram quatro pontos para resolver conflitos turísticos. O primeiro passa pela criação um mecanismo de mediação de turismo entre o interior da China e Macau, sendo uma ponte comunicativa entre o sector e as autoridades governamentais regionais. A segunda ideia apresentada é a criação de um grupo, composto por membros de Macau e da China, que terá como função a implementação das lei relativas ao sector, que envolvam todos os agentes, sejam guias, agências ou turistas. A melhoria para a qualidade profissional dos guias é o terceiro ponto, sendo que os deputados sugeriram que a fiscalização seja feita com mais rigor na autorização das acreditações e licenças para os guias. Como último ponto, os deputados indicaram ser necessária a criação de uma associação para o sector turístico na China, para que todas as associações possam resolver os conflitos via conversação. Hu Sut Heng e Leong Iok Wa consideraram que os turistas do Interior são a maioria dos turistas de Macau, portanto, uma cooperação dos sectores dos dois territórios é essencial.
Tomás Chio SociedadeEnsino | Pedida revisão a iniciativa de empréstimo para formação Teresa Vong, professora da Faculdade de Educação da Universidade de Macau (UM), está contra a medida do Governo em atribuir empréstimos a recém-licenciados que queiram melhorar ou aprender um novo idioma, defendendo que o Executivo deve reformar antes o sistema educacional do território para que os empréstimos não sejam necessários. “O Governo precisa de saber porque é que os estudantes que terminam as licenciaturas não têm competência linguística”, afirmou, citada pelo Jornal Ou Mun. Também a deputada Chan Hon não ficou convencida com a medida, chegando mesmo a defender que as reacções dos estudantes não vão ser positivas, pois, sublinha, é difícil que os alunos queiram perder um ou dois anos para só se dedicarem à aprendizagem de uma língua. “O Governo deve classificar quais as exigências para os candidatos, dando-nos mais detalhes. Também é possível que o Governo possa abdicar desta ideia para apostar no intercâmbio de estudantes”, acrescentou ainda a deputada. Uma base sólida Teresa Vong exemplificou que as universidades de Hong Kong não funcionam com este sistema de empréstimos, pois são exigentes ao nível do Inglês durante todo o tempo do curso. É dada a oportunidade, apontou ainda, aos estudantes de línguas “e de outros cursos” de estudar, pelo menos um semestre, fora. Estas possibilidades permitem uma aposta na formação dos alunos, logo, depois de terminarem o curso, não precisam de ir estudar mais um ano, frisa. A ideia do Governo é “apenas um serviço de apoio financeiro”, portanto não é uma medida clara que venha apostar na formação de línguas em Macau. O Governo, sugere, deve preocupar-se mais com as questões internas da educação superior. “Durante a revisão, em 2008, do ensino não superior, o Governo frisou várias vezes a importância dos três idiomas em Macau, ou seja, Chinês, Inglês e Português. Até agora os alunos não se adaptaram à ideia do ensino e importância do Inglês, mas também o nível dos professores não é suficiente”, acrescentou ainda a docente. Teresa Vong defende ainda que as disciplinas de línguas chinesa e inglesa devem ser obrigatórias na educação dos estudantes de Macau, para que a médio e longo prazo tenhamos mais alunos a estudar línguas. Alexis Tam, Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura afirmou na segunda-feira que o Governo pretende ainda este ano lançar esta medida de empréstimos para formar recursos humanos na área linguística.
Tomás Chio SociedadeAbuso sexual | Associação cria regras para professores A Associação de Educação Chinesa considera que o caso de alegado abuso sexual cometido por um professor do ensino primário poderá influenciar de forma negativa a imagem dos professores no território. Ho Sio Kam, antiga deputada e actual presidente da Associação, confirmou que já estão a ser elaborados critérios para os professores do ensino não superior, por forma a melhorar a qualidade de educação e da moral dos professores. Segundo o jornal Ou Mun, a Associação já reuniu com os membros do Conselho de Educação para o Ensino não Superior sobre o assunto. “O professor, ao ter este tipo de comportamentos, envergonhou todo o sector da educação”, apontou Ho Sio Kam. “Neste momento a escola em causa deve oferecer apoio psicológico às vítimas e tentar diminuir o impacto deste caso”, referiu. Mentes submersas Lam, de 26 anos, é professor do ensino primário suspeito de ter cometido abuso sexual a uma aluna menor, a quem dará aulas, e de ter tirado fotos íntimas a outras raparigas sem o seu consentimento. Segundo as autoridades policiais, Lam foi apanhado no dia 15 de Janeiro a tirar fotografias às pernas e à roupa interior de uma rapariga na biblioteca da Universidade de Macau (UM). Nesse dia, e após os gritos da rapariga, Lam conseguiu escapar, tendo sido preso pela polícia no dia a seguir, quando regressou ao local. Presente ao MP, o docente acabou por confirmar que tem um fetiche por fotografias íntimas e que abusou sexualmente da menor. Entretanto a Direcção dos Serviços de Educação e Juventude (DSEJ) já se pronunciou sobre o caso, tendo a sua directora, Leong Lai, referido que não vai ser dada tolerância a este tipo de casos. Leong Lai confirmou que, como o caso ainda não está encerrado e como não há uma acusação formal, o suspeito continua a dar aulas na escola. “Acredito que a lei existente vai punir de forma adequada o suspeito. A DSEJ vai continuar a acompanhar o caso e criar mais iniciativas para melhorar a moral dos professores no futuro”, referiu.
Tomás Chio PolíticaNg Kuok Cheong volta a pedir consulta sobre sufrágio directo [dropcap style=’circle’]N[/dropcap]g Kuok Cheong voltou a questionar o Governo sobre o desenvolvimento da democracia em Macau, pedindo agora a criação de uma plataforma que reúna sugestões dos cidadãos face às eleições para a Assembleia Legislativa e para o Chefe do Executivo. “O Governo vai ou não criar um plataforma para recolher as sugestões dos cidadãos sobre a forma de eleição do Chefe Executivo e sobre o número dos deputados que devem ser eleitos por sufrágio directo, a fim de obter um consenso em Macau?”, questiona, referindo ainda que já apresentou um relatório com sugestões por si recolhidas face ao desenvolvimento constitucional, datado de Dezembro de 2014. O documento, diz, foi entregue na Assembleia Legislativa e mostrava que “mais de 70% de inquiridos esperam uma eleição de sufrágio directo para o Chefe Executivo” e ainda que “todos os entrevistados esperam que o número dos deputados eleitos por sufrágio directo ocupe mais de metade” do hemiciclo. Mais assentos? O deputado, que não é estranho a estes pedidos, pretende ainda saber se o Governo vai incluir o aumento dos deputados directos no hemiciclo na proposta de revisão da Lei Eleitoral para a AL, que deve ser dada a conhecer este ano. “Quando o Governo fizer a proposta de revisão da Lei Eleitoral para a Assembleia Legislativa ou fizer consulta pública vai propor que os lugares do hemiciclo sejam ocupados por mais de metade de deputados eleitos por sufrágio? E vai ou não ser apresentada esta hipótese na consulta, para garantir que os cidadãos decidam o número de deputados que querem por sufrágio directo?” Na mesma interpelação, Ng Kuok Cheong criticou ainda Sónia Chan, Secretária para a Administração e Justiça, e o Governo, por estes não terem divulgado nada sobre os relatórios da duas eleições anteriores, apesar de diversas questões “técnicas” terem sido encontradas. O deputado diz que existem situações “por debaixo da mesa” que dificultam o desenvolvimento do território. Recorde-se que o Chefe do Executivo é escolhido por uma Comissão composta por 400 membros e os lugares do hemiciclo são ocupados por deputados escolhidos por associações ou nomeados pelo líder do Governo, além dos escolhidos directamente, que estão em minoria.
Tomás Chio PolíticaLei anti-monopólio não é para já e vai ser distinta da protecção aos consumidores O Governo explica que os trabalhos legislativos sobre uma lei anti-monopólio e a lei relativa aos direitos dos consumidores são assuntos com origem e objectivos diferentes e por isso devem ser trabalhos separados. O Governo indica que é possível que a proposta sobre os consumidores seja apresentada este ano [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]Direcção dos Serviços da Economia (DSE) respondeu a uma interpelação da deputada Wong Kit Cheang sobre a criação de uma lei anti-monopólio e a Lei de Protecção dos Direitos e Interesses dos Consumidores, explicando que as duas legislações em causa estão separadas, sendo que é necessário mais cuidado com a primeira devido ao mercado livre, segundo alerta a Direcção dos Serviços para os Assuntos de Justiça (DSAJ). A DSE explicou que o Governo reconhece que o objecto das leis é diferente, assim como as medidas de protecção e as sanções, portanto os trabalhos legislativos destas duas leis serão feitos em separado, “com base no exemplo da regiões vizinhas”. Sou Tim Peng, director da DSE, ao citar o conselho da DSAJ, defendeu que “como o regulamento de competição envolve vários sectores, estão em causa muitos elementos complicados e sensíveis. É preciso manter a organização do mercado e, ao mesmo tempo, criar uma igualdade. A DSAJ acha que é necessário mais cuidado nos trabalhos da legislação anti-monopólio”. O director garantiu ainda que a DSE vai rever regularmente o sistema de competição existente no mercado, continuando a recolher sugestões de toda a comunidade, a fim de uma melhoria do próprio mercado. A deputada Wong Kit Cheang perguntava qual era o andamento dos trabalhos de elaboração das propostas de lei e quais as medidas que o Governo irá tomar para divulgar as informações, sendo que o obrigatório será sempre proteger os direitos e interesses dos consumidores. Wong Hong Neng, presidente da Comissão Executiva do Conselho de Consumidores, confirmou que a Lei de Protecção dos Direitos e Interesses dos Consumidores poderá chegar à Assembleia Legislativa (AL) já este ano. Em resposta a uma interpelação escrita do deputado Leong Veng Chai, Wong Hong Neng garantiu que o Governo vai, com a nova lei, dar mais direitos ao Conselho de Consumidores na área da fiscalização. O responsável justificou os motivos do atraso na entrega do diploma com a necessidade de analisar as leis que estão em vigor nas regiões vizinhas. “O organismo vai tentar entregar o diploma à AL, o qual vai dar mais direitos ao conselho de consumidores na área da fiscalização, sendo que o Conselho vai ter o direito de punir violações à lei”, explicou Wong Hon Neng. Este era um dos pedidos primordiais dos deputados, uma vez que o Conselho dos Consumidores não têm, actualmente, qualquer poder. O novo diploma deverá incluir ainda o direito de informação e especificidades para novos modelos de consumo, sem esquecer regras para comportamentos comerciais “impróprios”. Na resposta ao deputado Wing Hon Neng foi ainda referido que as queixas sobre os serviços de telecomunicações caíram 37% o ano passado, face ao ano de 2014.
Tomás Chio BrevesMa Iao Lai | Macau deve imitar UE no modelo económico Ma Iao Lai, deputado de Macau à Assembleia Popular Nacional (APN), referiu em Pequim que Macau deve aprender mais com a União Europeia (UE) na área do turismo. “A UE é um bom exemplo de cooperação regional, tem a mesma moeda, um mercado único e partilha de recursos. A fim de promover uma grande união económica, Macau deve imitar o caso da UE para o reforço da cooperação regional”, disse. Para Ma Iao Lai, Macau deve aproveitar as vantagens do CEPA e da baixa carga fiscal para fortalecer relações com Hong Kong e Guangdong, a fim de acelerar a criação de um “centro mundial de turismo e lazer”.
Tomás Chio BrevesJogo | Relatório sobre revisão de licenças entregue até Dezembro Lionel Leong, Secretário para a Economia e Finanças, confirmou ontem que já recebeu o relatório sobre a revisão das licenças das operadoras e da indústria do Jogo, elaborado por uma instituição, e o mesmo deverá ser entregue ao Governo Central até final deste ano. Segundo o canal chinês da Rádio Macau, Leong referiu que o Governo ainda está a analisar a tradução e o conteúdo jurídico do relatório, sendo que o tempo de publicação acabou por demorar mais do que o previsto. O relatório, diz, pode disponibilizar informações fundamentais sobre o futuro do Jogo enquanto suporte de Macau como centro mundial de turismo e lazer. O Secretário garante que Pequim não vai fazer novas exigências quanto ao relatório.